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RESENHA: Eu sou o número quatro, Vol. 1, Os Legados de Lorien, Pittacus Lore

Eu sou o número quatro é o primeiro livro da série Os Legados de Lorien e, além da história, tem uma coisa meio curiosa: não tem autor! Quer dizer, até tem, mas ele é colocado como um ancião do planeta Lorien que está escondido na Terra narrando os livros, Pittacus Lore. Tudo é colocado como real e isso dá um gostinho a mais à leitura. Mas, vamos à história: Lorien é um planeta do nosso sistema solar ainda desconhecido pelos seres humanos, que foi atacado por um povo (os mogadorianos) que queria seus recursos naturais. Tudo foi destruído, mas uma nave contendo nove crianças e um tutor para cada uma é enviada para a Terra, a fim de que as crianças fiquem escondidas, cresçam, desenvolvam seus Legados (poderes como super força, invisibilidade, resistência ao fogo) e possam, um dia, retornar a Lorien e recomeçar. Há enviados dos mogadorianos na Terra caçando essas crianças, então, basicamente, eles fogem e se escondem o tempo todo e nenhum sabe onde o outro está.

A história é narrada por John, a quarta criança, o número quatro. Ele e seu cêpan, Henri, fazem o que foram orientados a fazer, mudam de cidade em cidade, tentam passar despercebidos e treinam para que os Legados de John desenvolvam e ele fique cada vez mais perto de vingar seu povo. Tudo corre bem até que eles chegam a Paradise, Ohio, e John conhece Sam (seu primeiro amigo de verdade) e Sarah (garota que se torna sua namorada) e ele não quer mais ir embora. Claro que isso não ia dar certo e não demora muito para que ele seja rastreado e a perseguição comece. Os outros três já estão mortos e ele é o próximo na lista, já que, graças a um feitiço, as crianças só podem ser mortas na ordem em que foram marcadas.

História elaborada, diferente e que foge do tradicional mundo pós-apocalíptico. Comecei o segundo livro e, até agora, está bem promissor. Não me lembro de alguma série sobre aliens adolescentes com crise de existência e sentimentos tão próximos dos seres humanos, talvez esse seja o charme maior da história. Um mundo não tão diferente do nosso, com seres não tão diferentes de nós que lutam para sobreviver e serem felizes, assim como nós.

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Resenha: O Francês, Daniel de Carvalho

Lançamento da Editora Pandorga, O Francês, escrito pelo administrador de empresas, Daniel José de Carvalho, conta uma incrível história de amor entre um francês e uma descendente de indígenas tupi-guarani. Esta relação é brutalmente interrompida para ressurgir com todas as forças depois de 272 anos.

Uma parte desse caso de amor se passa no município de Carvalhos, no Estado de Minas Gerais, no ano de 2013. A outra parte se passa no Arraial dos Franceses, na Capitania de Minas Gerais, no século XVIII. O “Mon Journal”, um estranho diário, desaparece misteriosamente no ano de 1741, no Arraial dos Franceses, para ser encontrado apenas no ano de 2013 em Carvalhos. Tal diário é o elo que esclarece a relação entre os dois casais de épocas tão distantes e tão diferentes.

O autor viajou diversas vezes a trabalho, permanecendo longas temporadas em diversos países da Europa, Ásia, África, América do Norte, Central e do Sul. Essas viagens lhe deram a oportunidade de conviver com muitas famílias e pessoas de outras culturas, enriquecendo seu conhecimento da natureza humana e ajudando-o na composição dos personagens. Com 232 páginas, este romance também tem uma pitada de suspense, que fará o leitor se envolver e se encantar com a narrativa rica em detalhes.

“Se você não existisse, por que eu existiria?”

O escritor Daniel de Carvalho certamente, penso eu quando li sua biografia, se inspirou em suas inúmeras viagens para retratar a sua história: O Francês. Inicio minha resenha elucidando esta afirmativa em meus pensamentos, pois seu livro retrata uma história de amor entre jovens de lugares diferentes, França e Brasil, no interior do estado de Minhas Gerais.

O livro de duzentas e vinte e oito páginas me cativou lentamente e, através da leitura, ao descobrir que eram duas histórias de amor intercruzadas, quatro vidas entrelaçadas pelo destino vivendo e revivendo o mesmo ciclo de paixão ardente e confidente em tempos totalmente diferentes, me fez reservar um tempo maior para me dedicar ao pegar o “mon journal”

O amor constrói. O amor não mente. Uma promessa feita pelo/através do amor, pode demorar mais de cem anos, mas ela se concretiza, ao ler esse livro aprendemos este ensinamento. O amor sempre cumpre suas promessas:

“O suave som dos violinos, na extasiante e tão característica acústica da igreja, mesclava-se com os murmúrios e exclamações de encanto com a beleza.” [página 228]

Sem mais delongas, o livro: “O Francês” (Editora Pandorga), narra duas histórias de amor: no primeiro momento, Jean e Karina; uma moça do interior de Minas Gerais, nascida e criada no Arraial dos Franceses, capitania de Minhas Gerais e Jean, um francês sociólogo recém formado. Anos antes, no século XVII, Andrien e Yara interpretando o mesmo estereótipo de casal. O amor tendo a oportunidade de ser vivido duas vezes.

Como toda trama a ser desenvolvida, vários acontecimentos permeiam o andamento da narrativa dando oportunidades para o aparecimento de vários sentimentos, opiniões e reflexões sobre a história. É encantador toda abordagem histórica ilustrada com a chegada da Família Dubois no ano de 1720.

É uma leitura rica e muito doce, sem contar com a estética do livro: formidável! Os detalhes em arabescos nas páginas, a fonte da letra e até mesmo, o uso da caixa alta é possível perceber a ênfase e a jogada de ideias numa possível reconstrução de um diário e também de uma carta.

Quer descobrir o poder do amor em cumprir sua palavra?

Só consigo te dar uma resposta, leia “O Francês”.

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Resenha: A Arte da Ilusão, Nora Roberts

Adam Heines parecia ser apenas mais um hóspede na mansão dos Fairchild, quando na verdade investigava o misterioso desaparecimento de um Rembrandt legítimo. Mas ele não estava preparado para enfrentar um problema ainda maior: Kirby Fairchild, a deslumbrante filha de seu anfitrião. Meio fada, meio bruxa, ela o enfeitiça com seu jeito direto de seduzir. Afinal, Kirby também desconfia das verdadeiras intenções de Adam… E sua estratégia é bastante clara: fazer da sedução sua arma para iludir.

Em “Arte da Ilusão”, de Nora Roberts, o leitor irá acompanhar a história de Adam Haines: um pintor famoso e oriundo de uma família rica que possuía uma segunda profissão, mas sem que ninguém do seu convívio soubesse. Na história, o pintor está à procura de um quadro desaparecido e, durante a sua busca na casa do principal suspeito pelo roubo do quadro, acaba se envolvendo com Kirby Fairchild, filha de seu anfitrião, o pintor Philip Fairchild.

A história é romântica, porém cheia de mistérios e suspenses. Além disso, a obra se faz muito rica quando Nora Roberts traz obras de pintores famosos como Rembrandt e Van Gogh, além de outras referências literárias. Um ponto cômico e intrigante na narrativa que merece destaque é a presença de uma gata que paga aluguel e possui um cachorro de estimação.

“Algumas pessoas são exatamente o que parecem, para melhor e para pior.”

A missão de Adam, na obra, era descobrir o que Philip havia feito com o quadro desaparecido, entretanto muita coisa estava por trás do sumiço desse quadro. Por estar investigado o fato, Adam não podia se deixar envolver com Kirby, o castelo em que ela morava com o pai possuía muitos segredos e ele precisava descobrir. A narrativa se desenvolve até que se descobre que Kirby corria sérios riscos e, se quisesse zelar pela segurança dela, Adam precisava descobrir o que acontecia e ainda contar a ela quem ele era na verdade, entretanto ele tinha pouco tempo para fazer isso.

Muitas são as perguntas: até onde estaria Kirby envolvida nisso tudo? Harriet, dona do quadro desaparecido, e sua filha Melinda, faziam parte da trama? Quem estaria ameaçando a vida de Kirby?

Nessa obra sensacional, Nora Roberts mistura um enredo policial e uma narrativa romântica. A história é emocionante e o final surpreendente. Uma obra digna de prender o leitor do início ao fim!

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Resenha: Felizes para sempre, Kiera Cass

O que dizer de Felizes para sempre, livro extra da série A Seleção, de Kiera Cass? Melhor livro extra ever!!! Mesmo depois de ter me decepcionado muito com o extra de Fallen, não resisti. Quem me conhece sabe que eu não sou de ler extras, sempre acho que eles não acrescentam muita coisa, mas Kiera Cass fez eu morder minha língua milhões de vezes e mais alguns milhões só para garantir.

O livro tem tudo o que um fã poderia querer: ilustrações inéditas, introduções da própria autora para cada conto e, claro, contos que fazem toda a diferença. Fiquei tão encantada como quando li os livros oficiais da série, são histórias inéditas que esclarecem muita coisa e fazem com que conheçamos melhor os personagens.

Além dos quatro contos já divulgados (o príncipe, a rainha, o guarda e a favorita), tem um conto da Celeste, um da Lucy e o que eu mais amei de todos: um epílogo de “A Escolha”, que acontece 2 anos depois do casamento de Maxon com sua escolhida. Se você é fã da série, tem que ler esse extra, é maravilhoso! E além de tudo isso (sim, ainda tem mais), tem o primeiro capítulo do “A Sereia” e um marca página exclusivo na contra capa. Sério, gente, não tem livro mais perfeito!

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Resenha: Confesse, Colleen Hoover

Um romance sobre arriscar tudo pelo amor — e sobre encontrar seu coração entre a verdade e a mentira. Da autora das séries Slammed e Hopeless.
Auburn Reed perdeu tudo que era importante para ela. Na luta para reconstruir a vida destruída, ela se mantém focada em seus objetivos e não pode cometer nenhum erro. Mas ao entrar num estúdio de arte em Dallas à procura de emprego, Auburn não esperava encontrar o enigmático Owen Gentry, que lhe desperta uma intensa atração. Pela primeira vez, Auburn se vê correndo riscos e deixa o coração falar mais alto, até descobrir que Owen está encobrindo um enorme segredo. A importância do passado do artista ameaça acabar com tudo que Auburn mais ama, e a única maneira de reconstituir sua vida é mantendo Owen afastado.

Me considero bem suspeita quando o assunto é Colleen Hoover, desde o primeiro livro que li dela, Métrica, soube que ela se tornaria minha autora favorita.

Sei dos problemas que as histórias dela têm: o fato de sempre representar casais brancos privilegiados, as protagonistas sempre serem mocinhas frágeis e os homens sempre machos alfas que protegem suas damas de todas as formas. Acrescento também uma coisa que me irritou nos últimos livros que li: por que o cara já conhece a menina em 90% das vezes e a menina não lembra? Mas, ao mesmo tempo, ela tem representado alguns personagens fora dos padrões em livros como Novembro, 9 e Talvez um dia, o que me agradou bastante.

Independente desses problemas, o que mais me encanta na autora, além da escrita e construção de personagem incríveis (afinal ela tem um padrão de personagens bem formado, mas ainda assim todos eles ficam gravados de forma muito clara na minha cabeça e eu não confundo suas personalidades e o que aconteceu com eles), é o fato de que a história nunca se trata só daquele romance clichê da sinopse. Tem romance clichê? Tem sim, tem muito, mas ela também trata de assuntos sérios, como abuso infantil, mães adolescentes, mortes de pessoas queridas, e várias outras questões que te fazem sentir a dor dos personagens e sofrer com cada decisão.

Agora, falando diretamente sobre Confesse, esse se tornou um dos melhores livros da autora, na minha opinião. Por não ser a primeira história dela que leio, já sabia que haveria uma camada mais profunda e tentei descobrir qual era desde o início. A cada momento que eu achava que tinha finalmente desvendado o plot twist, CoHo pisava na minha cara mostrando várias outras coisas que eu não havia percebido.

A premissa da história é encantadora por si só: um dos protagonistas, Owen, é um pintor e sua arte se baseia em nada mais nada menos do que confissões anônimas deixadas por pessoas em seu ateliê, como se não bastasse, as confissões são reais de leitores da Colleen Hoover, tem como amar mais essa mulher? Fiquei encantada com essa ideia e, como ela não brinca em serviço, no final ainda podemos ver alguns dos quadros que foram pintados por um artista especialmente para o livro. Do outro lado, temos Auburn, uma menina que perdeu o seu primeiro e único namorado, Adam, aos 15 anos, quando ele morre, e agora ela se muda para Dallas pra tentar reconstruir sua vida, mesmo que já tenha passado muitos anos desde todos os acontecimentos que marcaram sua vida para sempre.

Nem preciso falar que os dois vão se envolver de alguma forma, mas vários empecilhos vão aparecer. Porém, a questão com Colleen Hoover é que ela pega os clichês e as situações que a gente já espera e faz com que elas sejam incríveis mesmo assim. Por mais que você espere que algo aconteça, você nunca espera que seja o que ela faz. Ela usa questões muito reais e de fácil identificação, não há acontecimentos super mirabolantes, na maior parte das vezes, e, particularmente, em Confesse também não. É algo que pode acontecer com qualquer um e isso torna o sofrimento muito palpável.

A história ainda conta com uma mini série gravada pelo site Go90 que, infelizmente, não disponibiliza os episódios para o Brasil, mas, com um pouco de paciência (leia-se muita), dá pra assistir tudo no YouTube. Eu, particularmente, não gostei muito da série. Achei as atuações muito fracas e a história se tornou muito banal, partes muito importantes e profundas foram simplesmente deixadas de lado, mas, ainda assim, acho que vale a pena conferir.

PS.: Vocês já ouviram o CD “Maybe Someday” do Griffin Peterson? É a trilha sonora de Talvez um dia, e um dos CDs que eu mais amo no mundo todo.

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RESENHA: Círculos de chuva, Vol. 3, Dragões de Éter, Raphael Draccon

João e o pé de feijão. É com essa referência que começamos o terceiro volume da série Dragões de Éter, Círculos de chuva, e uma guerra se inicia entre humanos e gigantes pela posse do menino que pode ser Merlim reencarnado. Vamos com Axel para a Terra do Nunca e nos surpreendemos um pouco com a versão de Raphael Draccon para o Peter Pan. Snail junta seus garotos e vai atrás do maior tesouro do mundo e acompanhamos a saga de João em seus desafios para se tornar cavaleiro.

Não preciso nem dizer que estou enlouquecida pelo último volume que o Draccon tem nos enrolado há anos, mas, ao mesmo tempo, dá uma dorzinha no coração em saber que não verei mais esses personagens tão cativantes que eu mergulhei tanto na história. Me apaixonei pela escrita do Draccon e super recomendo. Não deixem se assustar pelo tamanho dos livros, realmente, vale a pena.

[SPOILER]

Sei que era necessário, que faz todo o sentido para a história e foi isso que salvou Arzallum na guerra, mas só eu acho que o Axel devia largar aquela elfa-amazona-guerreira e sei mais lá o que e ficar com a Maria??? Apesar de tudo, torço pelos dois e espero que a Livith morra para que o verdadeiro conto de fadas se realize. Sou muito má? (rs).

[/SPOILER]

Nova Éter é um reino mágico, onde todos os nossos personagens favoritos que aprendemos a amar durante nossa infância se reúnem em histórias que se entrelaçam. Raphael Draccon se mostrou o perfeito Criador, nos envolvendo nessa trama emocionante que nos leva para longe, direto para as terras de Arzallum, ou para o alto mar no antigo navio do Capitão Gancho, ou ainda mais além, para as Terras do Nunca, onde os elfos nunca crescem, a não ser um. Somos os semideuses que fazem tudo isso existir, simplesmente, por acreditar e, enquanto continuarmos acreditando, Nova Éter permanecerá viva e mais histórias fantásticas surgirão. Agora, me dão licença, que eu vou voltar para Arzallum e ficar hospedada no Grande Paço até o próximo livro. E um… Dois… Três.

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RESENHA: Eu, você e a garota que vai morrer, Jesse Andrews

Controvérsia. É o que sinto com relação a Eu, você e a garota que vai morrer. Greg Gaines está no último ano do Ensino Médio e seu maior objetivo de vida é passar despercebido e não ser atacado nos corredores. Ele tem um amigo, Earl Jackson, garoto problemático, com uma família muito mais problemática, que compartilham algo em comum: os dois fazem filmes caseiros de gosto meio duvidoso. Você deve estar se perguntando: e quem é essa garota que vai morrer? Pois é, Rachel foi diagnosticada em uma fase terminal de leucemia e todos sabem que ela vai morrer.

A controvérsia começa aí. O título foi feito para ser engraçado, mas não há nada engraçado na história de alguém que vai morrer, mesmo assim, o jogo de palavras ficou legal. Além disso, tudo é narrado pela visão de Greg, como um diário ou algo assim, de forma totalmente informal e cômica (o garoto é meio perturbado rs) e a história não gira ao redor de Rachel e sua doença, mas todas as coisas que isso afetou na vida de Greg e seus dilemas pessoais, ou melhor, suas desgraças pessoais, o que nos faz ter ataques de risos pelo meio da leitura e até nos esquecermos que tem mesmo uma garota que vai morrer.

Quero deixar claro que isso não é um spoiler. Fica claro desde o início que não há esperança para ela, mas isso não importa. O foco está no processo enquanto tudo isso acontece e, como o próprio Greg diz, esse não é um livro de superação, curas milagrosas e amores melosos. Está aí a controvérsia. Apesar de tudo isso, o livro é extremamente engraçado, leve e se mostrou uma leitura muito agradável que voou em dois dias e me fez ter ataques de riso no metrô, o que atraiu alguns olhares desconfiados. Acho estranho como as pessoas não conseguem entender como um livro pode ser prazeroso e divertido. Enfim, não se assustem com o título do livro, a história é legal e nada dramática como tudo faz acreditar.

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Resenha: O Ceifador, Neal Shusterman

Imagine viver em um mundo onde a medicina e a ciência evoluíram de tal modo que conseguimos vencer as doenças e todos se tornam imortais. Isso mesmo, imortais. Graças aos avanços tecnológicos a morte também foi vencida, de modo que se alguém comete suicídio a pessoa é rapidamente ressuscitada e retorna a vida. Para completar, existem técnicas rejuvelhecedoras capazes de fazer pessoas centanárias parecerem ter apenas 20. Sim, este é o mundo que você irá encontrar em O Ceifador, primeiro livro da trilogia Scythe, do autor Neal Shusterman.

“Nós afastamos da natureza no momento que vencemos a morte”

É claro que viver em um mundo que ninguém morre tem seus problemas. Afinal, nossos recursos são limitados e não há planeta que comporte uma população que só cresce, certo? Para conter o aumento populacional, é criado uma profissão que está acima de tudo e todos: Os ceifadores. Pessoas que em tese são treinadas para selecionar algumas pessoas para morrer, e transformar sua morte em algo honroso e gentil. Mas como em qualquer instituição, existe o bem e o mal e na “ceifa” existe jogo de poder, ego e ganância como em qualquer outro.

Os ceifadores são escolhidos por profissionais que já estão nessa profissão há várias décadas, e são treinados por eles até realizarem testes finais em reuniões regionais de ceifadores, chamados de Conclave. O honroso e lendário Faraday escolhe um casal de aprendizes para isso, Citra e Rowan, mas as disputas de poder internas da ceifa os coloca em uma posição difícil: aquele que for aprovado nos testes finais terá de coletar o outro. Isso já seria complicado mas a tarefa se torna mais árdua quando ambos se encontram apaixonados um pelo o outro.

Citra é uma jovem querida pela família, estudiosa e dedicada. Rowan é membro de uma família de 19 membros e não se sente muito querido por eles. Apesar da diferença, ambos tem muito a perder: sua vida. Ser aprendiz de ceifador não é opcional. Caso seja escolhido não existe escapatória.

O mundo sob jurisdição de um computador, tendo governos e distribuição de riquezas a cargo de uma “nuvem”, um ser onipresente e justo como se deve ser. A possibilidade de ficar vivo toda a eternidade. A vitória sobre doenças e a própria morte. E acima disso tudo, um instigante romance. O Ceifador questiona aquilo que queremos ser, sobre as conquistas dos antepassados que vemos com desdém e sobre como a ganância pode acabar com o mundo. Tem um ritmo leve e te faz querer devorar capítulo após capítulo até chegar ao fim da história o mais rápido possível. É sem dúvidas uma saga jovem que há bastante tempo não víamos e já estamos na expectativa do segundo livro da trilogia, que chegará às livraria no próximo ano.

Vale dizer que a Universal Studios adquiriu os direitos do livro para adaptação no cinema. O  roteiro será escrito por Josh Campbell e Matt Stuecken, responsáveis pelo filme Rua Cloverfield, 10.

Se procura uma saga de aventura, romance e um mundo utópico, se junte ao clube. O Ceifador é uma excelente história que merece ser passada para frente.

Teste. Teste. Teste. Teste. Teste. Teste. Teste. Teste. Teste. Teste.

O Ceifador

Autor: Neal Shusterman

Editora: Seguinte – Companhia das Letras

Preço: R$13,95 (kindle) ou R$31,90 (livro físico).

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Resenha: Shawn Mendes – Edição Especial para Fãs

Um guia ilustrado com 70 fotos incríveis que conduzirá você ao palco, às turnês e aos bastidores, além de revelar um Shawn que poucos conhecem. Em 2013, o canadense Shawn Mendes começou a gravar vídeos no Vine sem saber que, três anos depois, seria considerado o novo Príncipe do Pop, um talento precoce da música internacional. Neste livro você vai conhecer um pouco mais sobre a origem e a carreira do cantor. Também descobrirá várias curiosidades, como a playlist que ele gosta de ouvir em casa, seus 10 tuítes mais populares e a música que considera mais pessoal.

Depois do show do Shawnzinho no Rock in Rio, todos estamos nessa vibe meio chorei, não disse por onde, né não? Foi exatamente assim que eu estava quando o carteiro chegou em casa com o Shawn Mendes – Edição Especial para Fãs, presente da Sextante que eu quase surtei enquanto abria o pacote.

O livro, de capa dura e de ótima qualidade, é um guia ilustrado e um verdadeiro presente para quem já é fã de longa data e para quem se tornou fã depois do Rock in Rio, lançado pela Editora Sextante nessa edição promocional que vai te deixar emocionado só de segurar.

Na edição, temos várias fotos do cantor em diversos momentos de sua carreira, seja em shows, ensaios, vida pessoal, além de entrevistas, informações de prêmios e trabalhos, curiosidades… Todas as fotos são bem “fofas”, concentradas no rosto do cantor, já que o livro é destinado para o público adolescente, por isso, se você quer fotos do Shawn sem camisa, vai pro Google porque aqui não tem nenhuma.

Produzido inteiramente em folha de papel fotográfico, tem um ótimo custo-benefício, pelo preço de capa (deve ter em promoção em vários lugares, só procura). De modo geral, o livro mostra com a ajuda das fotos, a história da carreira de Mendes, que começou a postar no Vine covers de músicas de bandas como One Direction e 5 Seconds of Summer. É legal porque ele apresenta suas expectativas para sua turnê de 2017 (um dos shows da turnê foi o do Rock in Rio), então é aquela mistura de MEU DEUS QUE FOFO e SOCORRO JÁ SOU FÃ a cada página.

Então, se você virou fã, é um livro que vale bastante a pena para você conhecer toda a carreira e trabalho do Shawn Mendes. Tem muito pouco sobre a sua vida pessoal, e isso pode ser visto como um problema para muitas pessoas, mas para mim, foi ótimo porque não é todo mundo que gosta de se expor ao máximo por aí, né?! Vem ver também o especial que fizemos sobre o Shawn aqui.
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Resenha: O Sol Também é Uma Estrela, Nicola Yoon

Natasha: Sou uma garota que acredita na ciência e nos fatos. Não acredito na sorte. Nem no destino. Muito menos em sonhos que nunca se tornarão realidade. Não sou o tipo de garota que se apaixona perdidamente por um garoto bonito que encontra numa rua movimentada de Nova York. Não quando minha família está a 12 horas de ser deportada para a Jamaica. Apaixonar-me por ele não pode ser a minha história.

Daniel: Sou um bom filho e um bom aluno. Sempre estive à altura das grandes expectativas dos meus pais. Nunca me permiti ser o poeta. Nem o sonhador. Mas, quando a vi, esqueci de tudo isso. Há alguma coisa em Natasha que me faz pensar que o destino tem algo extraordinário reservado para nós dois.

O Universo: Cada momento de nossas vidas nos trouxe a este instante único. Há um milhão de futuros diante de nós. Qual deles se tornará realidade?

O livro “O Sol Também é Uma Estrela” é uma obra de lições. Teve destaque no mundo e chegou forte no Brasil em uma linda edição pela Editora Arqueiro. Foi questão de tempo para que as pessoas lessem e se identificassem com as personagens, além disso, que pudessem se questionar sobre várias questões que o livro remete e se deliciar em um amor juvenil cheio de complexos e diferenças.

Nesse segundo livro de Nicola Yoon, autora best-seller de “Tudo e Todas as Coisas”, conheceremos a história de Natasha e Daniel. Ela é uma imigrante Jamaicana que vive nos Estados Unidos, desde os oito anos, cresceu sendo uma garota que ama o lugar que vive e desenvolveu aptidão para ciências e tudo que seja comprovado. Nada de sorte ou destino, para ela, tudo são fatos, metodologias e ciências. Por outro lado, Daniel é um garoto coreano totalmente oposto a Natasha, acredita em destino, é sonhador, almeja ser poeta e leva tudo e todas as coisas com o coração.

Natasha gosta de sua vida em Nova York, exceto pelo fato dela e sua família estarem morando ilegalmente no país e estarem a poucos passos de serem deportados. Ela acha que culpa da deportação da família é de seu pai e que não é justo que toda sua família pague esse preço por um erro dele. Com isso, a personagem tenta cancelar a decisão do juiz sobre a deportação e vai atrás dele.

Com essa difícil missão em mãos, Natasha corre atrás disso e acaba passando ocasionalmente ao lado de Daniel, que estava vestido de terno e gravata vermelha, pela primeira vez e o garoto começou a segui-la como quem teve uma paixão a primeira vista, até que em certo momento se encontraram em uma loja de discos, no início dessa “perseguição” que não acabou por ai.

Um dia. A história se passa em um dia. E é nesse tempo que a vida um do outro começou a mudar. Nas primeiras conversas Daniel consegue ver que Natasha é desacreditada em destino ou amor a primeira vista e ele está convencido que se apaixonou por ela. O garoto sugere que façam um experimento “cientifico” que levaria os dois a se apaixonarem, porém ele tinha pouco tempo para fazer isso, aproximadamente 12 horas.

Aparentemente temos a receita de uma história clichê, mas Nicola Yoon surpreende novamente com uma narrativa ágil e bem escrita. Temos a possibilidade de acompanhar em capítulos rápidos a visão das personagens principais em primeira pessoa e aproveitar para ler em terceira pessoa as escritas de alguns personagens secundários e explicações para certos eventos que trouxeram um ar mais interessante a obra.

Tudo acaba acontecendo tão rápido que nem temos tanto tempo para nos aprofundarmos nas construções das personagens, afinal, são 276 páginas que basicamente narram um único dia. Mas com toda sua simplicidade e envolvência tiramos várias lições do livro e mergulhamos em observar todas diferenças trazidas a tona pelos personagens e ver como se constrói as soluções dos conflitos abordados.