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Livros, Resenhas

Resenha: Bela Distração, Jamie McGuire

Bela Distração, volume #1 da série Irmãos Maddox, spin-off de Belo Desastre.

Sinopse:
Cami Camlin é uma garota intensa e independente. Agora, cursando a faculdade e trabalhando como bartender no The Red Door, Cami não tem tempo para nada, até que uma viagem para visitar seu namorado é cancelada e, pela primeira vez em quase um ano, ela tem um fim de semana de folga. Trenton Maddox era o rei da Universidade Eastern. Mas, depois de um trágico acidente virar sua vida de cabeça para baixo, ele deixa o campus para lidar com a culpa esmagadora. Um ano e meio depois, Trenton está morando com o pai e trabalhando em um estúdio de tatuagem para ajudar a pagar as contas. Justamente quando ele pensa que sua vida está voltando ao normal, nota Cami sozinha em uma mesa no Red Door. Como a irmã mais velha de três caras de pavio curto, Cami acredita que não terá problemas para manter a amizade com Trenton no nível estritamente platônico. Mas, quando um Maddox se apaixona, é para sempre — mesmo que Cami possa ser a razão para que a já fragilizada família Maddox desmorone de vez.

De volta ao universo de Belo Desastre, nossa querida Jamie McGuire não decepciona escrevendo agora uma série sobre os Irmãos Maddox. Eles são em cinco: Thomas, Taylor e Tyler, Trenton e por fim Travis.

Nesse primeiro, Bela Distração, conheceremos a estória de amor de Trenton Maddox.

Este livro se passa simultâneo a Belo Desastre, então vamos acompanhando Travis se apaixonando e sofrendo tudo de novo por Abby. Se você ainda não conhece Travis e Abby leia a resenha de Belo Desastre clicando aqui: Belo Desastre e Desastre Iminente

Vamos lá então, o livro é narrado em primeira pessoa por Camille Camlin.

Cami é amiga de infância de Trent (Trenton). Forte, independente, única irmã no meio de quatro irmãos, ou seja, sabe como lidar com temperamentos difíceis… Teve uma vida familiar muito difícil, lidando com um pai violento.

Então quando aparece a oportunidade de sair de casa ela a agarra e vai cursar uma faculdade. Trabalha como bartender e se mantém estável, até que um de seus irmãos pede ajuda financeira e ai ela precisa encontrar um segundo emprego.

Logo a chance que lhe aparece é ser recepcionista no estúdio de tatuagem que Trenton Maddox trabalha. O negócio é que o cara é um galinha super sexy e ele resolveu que ia gastar todo o seu tempo tentando conquistá-la.

Porém, ela não está nem ai porque, primeiro, ela tem namorado por quem está apaixonada e, segundo, ela e Trent são amigos desde criança.

Numa noite em que uma viagem para ver seu namorado T.J. não deu certo, Cami está chorando as magoas em uma mesa no Red Door quando Trent aparece. Timing é tudo né.

Depois dessa noite, Cami e Trent se aproximam cada vez mais e cada hora fica bem difícil para ela manter a relação no nível da amizade, porque Trenton Maddox é lindo, amoroso, carismático, e está apaixonado por ela.

E para deixar a situação mais complicada, TJ diz gostar dela e querer que dê certo, porém não tem tempo. E ele é um homem bem misterioso, por assim dizer.

“Eu estava encrencada. Numa grande e desastrosa encrenca chamada Maddox.”

Nesse livro também temos em paralelo tanto o que Travis está passando com Abby, quanto a amiga de Cami, Raegan, que está passando por uma trama amorosa também, no meio de um triângulo, mas Raegan é trouxa inocente…. Bom, não curti muito essa personagem.

Voltando aos protagonistas. O romance deles é leve, divertido, cativante.
Trent é muito parecido com Travis porém é mais maduro que o irmão e não tão intenso, Travis ganha na competição de intensidade.

De qualquer maneira ele é um Maddox, seu sobrenome lhe traz algumas características como ser explosivo e não se priva de estar no meio de uma briga, mas pelo menos Trent é um pouco mais controlado. Também há nessa trama ciúme excessivo e superproteção.

“Os irmãos Maddox podiam farejar confusão. Pelo menos era isso que parecia, porque sempre que havia uma briga, eles a tinham começado ou terminado. Geralmente, as duas coisas.”

No entanto, a personalidade de Cami contrabalanceia com as atitudes de Trent. Ser a única menina no meio de vários irmãos a ajuda bastante na hora de lidar com o temperamento do amado.

“Quando um Maddox se apaixona, é para sempre”

Mesmo com a insistência de Trent, a amizade só se torna um romance mesmo quando Cami decide que é a hora. Trenton é apaixonado por Cami desde que os dois eram criança, ele foi paciente e a esperou por anos e nesse livro é quando ele decide se aproximar dela, justo quando ela tem um namorado.

“Se você acha que ama duas pessoas, você escolhe a segunda, certo? Porque, se eu amasse mesmo o T.J., não teria me apaixonado por você”

E ai, bom, o romance se desenvolve mesmo lotado de mistérios, culpa e segredos.

“– Eu não sei o que isso significa. Mas sei que, se você soubesse a história toda, Trenton, você se afastaria de mim e nunca mais olharia para trás.
– Eu não quero a história toda. Eu só quero você.”

E posso contar para vocês que o segredo que Cami esconde é relevante e pode realmente abalar a família Maddox.

Jamie escreveu um livro fazendo com que torcêssemos por Trent e Cami desde o início, e ter “aversão” a TJ, apesar de ser bem misterioso e só conhecermos seu apelido.

Bom, digo para vocês uma coisa, o final é chocante, mistérios são revelados, segredos que EU não esperava, apesar de ter algumas pistas durante a leitura, mas me deixou de boca aberta literalmente.

E o que eu posso dizer? AMEI, com todas as letras e sentimentos.

Recomendo a todos que amam bons romances.

Livros, Resenhas

Resenha: Belo Desastre e Desastre Iminente, Jamie McGuire

Beautiful Disaster ou traduzido, Belo Desastre.

Sinopse:
Abby Abernathy é uma boa garota. Ela não bebe nem fala palavrão. E acredita que seu passado sombrio está bem distante, porém, quando, para cursar a faculdade, se muda para uma nova cidade, seu recomeço é rapidamente ameaçado pelo bad boy do local: Travis Maddox. Um jovem com um corpo esculpido, abdômen definido e braços tatuados. Tudo que Abby precisa – e deseja – evitar. Mas o menino é um conquistador e logo se depara com a resistência de Abby ao seu charme, Intrigado, Travis a atrai com um jogo. Se ele perder, terá que ficar sem sexo por um mês. Se ela perder, deverá morar no apartamento dele pelo mesmo período. Qualquer que seja o resultado da aposta, nem passa pela cabeça do garoto que ele acaba de se deparar com uma adversária à altura.

Belo Desastre, o próprio nome já alude ao que veremos nesse livro. Envolvente, controverso, charmoso, picante e uma história de vida. Gênero New Adult rápido e envolvente. Desde a primeira vez que li me apaixonei, virou meu romance de cabeceira. Sempre que alguém pede indicação de um romance clichê mas nem tanto eu logo falo “Belo Desastre”.

A narrativa gira entorno de Abby Abernathy, uma garota comum que deixou tudo para trás em busca de um recomeço na Universidade Eastern e que tem um passado bem diferente do que se espera. Ela realmente tenta ser o mais comum possível, desde suas roupas, ao jeito que se comporta na faculdade. Acompanhada de sua melhor amiga Mare (America), vieram juntas de Wichita, Kansas para a Eastern.

Tudo começa quando Mare convence Abby a ir em uma luta clandestina da universidade para acompanhar seu namorado, Shepley Maddox. E é nesse momento que o destino cruza Abby Abernathy e Travis Maddox, primo de Shepley e um dos lutadores do ringue. Sangue respinga em sua roupa e Travis, após ganhar em mais uma luta, acaba se atraindo por ela e a chama de beija-flor, porém que ela não está nem ai para ele.

Travis Maddox é o típico badboy universitário. Com o corpo escultural, todo tatuado, bom de briga e que pilota uma Harley. Tem tudo o que quer na mão, e uma (ou várias) mulheres diferentes por dia/noite. Vem de uma família sendo o mais novo de 5 irmãos. Criados pelo pai uma vez que a mãe faleceu quando ele ainda era muito jovem.

Bom, tudo realmente começa quando as caldeiras do dormitório de Abby e America param de funcionar e, como America namora Shepley, nada mais justo que passar esses dias no apartamento dele. Óbvio que ela não deixaria a melhor amiga tomando banho de água fria, então leva Abby junto com ela por essa semana. Só que Shepley divide o apartamento com o primo, Travis.

Logo Abby dá um fora nele e depois disso começam a se divertir e nasce uma amizade entre os dois.

“(…) parecer desinteressante era a melhor estratégia. A ideia seria que Travis perdesse instantaneamente o interesse em mim e colocasse um ponto final nessa ridícula persistência.”

Quando as caldeiras voltam a funcionar, Travis e Abby fazem uma aposta. Se Maddox ganhar uma luta e sair sem nenhum arranhão, eles vão morar juntos por um mês. Caso contrário, ele deverá ficar sem transar com nenhuma mulher pelo mesmo período. E quem ganha a aposta é Travis.

Bom, agora vamos a realidade do livro. Travis é impulsivo, possessivo, temperamental, galinha e despreza as mulheres no geral. É o boy lixo, digamos assim. A única mulher que ele trata de maneira diferente é Abby.

Travis e Abby criam um laço tão forte que nenhum de seus amigos entende o que realmente está acontecendo entre os dois.

“Eu não sei o que está rolando entre você e o Travis, mas sei que ele vai fazer algo idiota que vai te deixar irada. É uma mania que ele tem. Ele não fica muito chegado a ninguém por tanto tempo e, sei lá por quê, abriu espaço na vida dele pra você”

Acontecem muitas situações inconvenientes por parte de Abby quando, morando e dividindo a cama com Travis, ela começa a sair com um outro cara da faculdade e isso me irrita um pouco, mas superamos…

“Travis esperou até que eu estivesse saindo com alguém, alguém de quem eu realmente gostava, para demonstrar interesse em mim, e eu parecia ser a única garota com quem ele não conseguia fazer sexo, nem mesmo quando estava caindo de bêbado.”

Com o decorrer do livro ele vai amadurecendo, e sentimentos a mais começam a aparecer. O amadurecimento do Travis com relações a mulheres é muito claro, porém ele continua tendo seus defeitos, como por exemplo, ser ciumento e possessivo em relação a Abby.

“A gente não dá certo juntos, Travis. Acho que você está obcecado com o pensamento de me possuir mais do que qualquer outra coisa.”

Bom, com o tempo Abby vai ganhando mais sal destaque, e quando seu pai aparece mostrando que ela não é apenas uma garota comum, conhecemos sobre seu passado e suas atitudes em relação a Travis começam a fazer mais sentido.

De repente, um vira a vida do outro.

“É perigoso precisar tanto assim de alguém. Você está tentando salvar o Travis e ele espera que você o consiga. Vocês dois são um desastre”

Do mesmo jeito que explica o passado da Abby, também contam o passado de Travis, e o leitor começa a ver todos os traumas dos dois e porque são como são nos dias atuais.

É um livro que varia muito a opinião dos leitores, vai do seu gosto.

Cheio de altos e baixos, acessos de raiva e calmaria. Uma contradição atrás da outra, várias antíteses. Sentimentos reprimidos, ansiosos por serem liberados. Liberdade e identidades contidas. Personalidade contida.

Uma tentativa de se evitar o Efeito Borboleta, da Teoria do Caos, o qual afirma que um simples bater de asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo.

Esse é Belo Desastre e Desastre Iminente.

Em Belo Desastre temos a estória pela visão de Abby Abernathy, enquanto que em Desastre Iminente são os mesmos fatos, só que narrados por Travis Maddox. Um livro complementa o outro.

ALERTA DE SPOILER!

Depois desses dois livros, Jamie McGuire também lançou um conto chamado Belo Casamento que é a descrição do casamento em Las Vegas dos dois, com detalhes de como foi lá, e também nos presenteia com a renovação dos votos de Travis e Abby, 1 ano depois.

É um livro pequeno que está mais para um conto. Super vale a pena se você for tão apaixonada por esse casal igual eu sou.

Livros, Resenhas

Resenha: Apenas Amigos, Christina Lauren

Sinopse:
Holland Bakker foi salva de um ataque no metrô pelo musicista irlandês Calvin McLoughlin. Como agradecimento, Holland o apresenta a um grande diretor de musicais e o que era uma tentativa despretensiosa se transforma numa chance inimaginável, pois, antes mesmo de perceber, Calvin foi escalado para um grande musical da Broadway! Ou quase… Até admitir que seu visto de estudante expirou e ele está no país ilegalmente. Sem titubear, e com uma paixão crescente pelo rapaz que só ele ainda não percebeu, Holland se oferece para casar com o irlandês a fim de mantê-lo em Nova York. Conforme a relação dos dois se desenrola de “apenas amigos” a ”casal apaixonado”, Calvin se torna o queridinho da Broadway. No meio de tanto teatro e do gostar-sem-se-envolver, o que fará esse casal perceber que há muito amor verdadeiro em cena?

Definitivamente uma das leituras mais fáceis e divertidas que tive até agora, Apenas Amigos é o típico romance clichê americano de um casamento arranjado para conseguir um greencard.

Tudo começa quando a jovem Holland, que é formada em escrita criativa mas trabalha com seu tio no teatro, mora na cidade de Nova York e se ‘apaixona’ por um músico em uma estação de metrô. Ela vive arranjando desculpas para vê-lo, como mudar sua rota para o trabalho e andar mais quadras somente para ver seu crush secreto, a quem ela nunca dirigiu a palavra.

No dia que ela finalmente toma coragem (literalmente toma coragem líquida) para falar com ele, acontece um acidente que a faz parar no hospital, e ninguém menos do que ele, o irlandês Calvin a socorre, mas não de uma maneira muito convencional.

De qualquer maneira, destino ou não, seu tio Robert, que trabalha na Broadway, precisa urgentemente de um violinista para seu musical. Então, a ideia surge e como forma de agradecimento por tê-la salvo no outro dia, Holland decide apresentar Calvin a ele como forma de agradecimento.

Calvin tem um talento indiscutível e todos se encantam com ele, porém há um problema, ele não pode aceitar o trabalho de seus sonhos porque é um cidadão vivendo ilegalmente nos Estados Unidos.

“Sou aquela garota sardenta, com meias-calças desfiadas, desastrada, que vive espirrando o café no decote da blusa, aquela mesma que esbarra em todo mundo com uma câmera na mão. Calvin, por outro lado, desliza com graça para dentro e fora de qualquer espaço, e já foi comprovado que ele consegue comer salada sem sujar o rosto.”

Então, seguindo a sugestão de um colega de trabalho, ela procura o músico e faz uma proposta um tanto quanto inusitada, que eles se casem e entrem com o pedido do visto. A proposta é que fiquem juntos por um ano, depois cada um segue o seu caminho.

“Pró: ele é lindo. – (…) – Vamos começar por aí.
Contra: Essa ideia tem vários tons de ilegalidade.”

“Um gesto como esse me dá a sensação de que estamos fazendo isto Até Que A Morte Nos Separe, quando na verdade é apenas Até Que As Cortinas se Fechem”.

O livro traz uma jornada de amor de vários âmbitos diferentes, desde o amor a família, o amor a música, o amor próprio e ao autoconhecimento.

“É uma carta de amor – não dá pra negar – mas a coisa mais estranha é que tenho certeza de que essa carta de amor é para mim mesma.”

Apenas Amigos é aquele tipo de livro que você senta para ler e só consegue ir dormir depois que o termina. Apaixonante, romântico, clichê e lindo.

Tem sua trama envolvente e confesso que queria um Calvin para mim hahaha.

Mais uma obra de Christina Lauren que todos deveriam ler.

Livros, Resenhas

Resenha: Verity, Colleen Hoover

O amor é capaz de superar a pior das verdades? Verity Crawford é a autora best-seller por trás de uma série de sucesso. Ela está no auge de sua carreira, aclamada pela crítica e pelo público, no entanto, um súbito e terrível acidente acaba interrompendo suas atividades, deixando-a sem condições de concluir a história… E é nessa complexa circunstância que surge Lowen Ashleigh, uma escritora à beira da falência convidada a escrever, sob um pseudônimo, os três livros restantes da já consolidada série. Para que consiga entender melhor o processo criativo de Verity com relação aos livros publicados e, ainda, tentar descobrir seus possíveis planos para os próximos, Lowen decide passar alguns dias na casa dos Crawford, imersa no caótico escritório de Verity – e, lá, encontra uma espécie de autobiografia onde a escritora narra os fatos acontecidos desde o dia em que conhece Jeremy, seu marido, até os instantes imediatamente anteriores a seu acidente – incluindo sua perspectiva sobre as tragédias ocorridas às filhas do casal. Quanto mais o tempo passa, mais Lowen se percebe envolvida em uma confusa rede de mentiras e segredos, e, lentamente, adquire sua própria posição no jogo psicológico que rodeia aquela casa. Emocional e fisicamente atraída por Jeremy, ela precisa decidir: expor uma versão que nem ele conhece sobre a própria esposa ou manter o sigilo dos escritos de Verity?
“Distintamente sinistro, com um verdadeiro toque de [Colleen] Hoover. Estive esperando um thriller como esse por anos.” – Tarryn Fisher, coautora da série Nunca Jamais

Diferente das outras obras de Colleen Hoover, ela traz Verity como um suspense que realmente te prende do começo ao fim.

Já digo de inicio que Colleen Hoover é minha escritora preferida de todos os tempos e essa obra devorei em 3 horas. Na minha opinião, por ter escolhido esse gênero e o modo como narrou a estória foi sua obra mais distinta.

O livro é dividido entre duas protagonistas, por um lado temos Verity Crawford, que é quem rouba a cena e dá o nome ao livro. Verity é mostrada através do manuscrito da sua dita autobiografia, através de comentários do seu marido Jeremy, através dos olhos de Lowen e o que ela pensa da autora depois de tudo que leu… Ainda assim, Verity é uma personagem que vai te instigar do início ao fim.

Por outro lado temos Lowen Ashleigh, uma escritora de romances de suspense que vive em Nova Iork mas que é o completo oposto da cidade, é quieta e na dela, quase não sai de casa, não dá entrevistas e não gosta de visibilidade.

A vida das duas protagonistas se cruzam no momento que Jeremy, marido de Verity, procura Lowen para que a mesma termine como Co-Autora a série de livros de sua esposa, que sofreu um grave acidente.

Lowen é convidada a ir a casa de Jeremy e Verity para trabalhar no escritorio da escritora, para entender seus manuscritos e começar a dar vida aos próximos três livros da série, e é ai que ela acha a então “biografia” de Verity Crawford.

A estória é narrada em primeira pessoa por Lowen e há os capítulos da autobiografia de Verity, narrados por ela. A narrativa deste livro é de uma inteligência e ousadia que poucos autores possuem.

E aqui é onde isso fica real. As entranhas da minha autobiografia. Esse é o ponto em que outros autores melhorariam suas imagens, em vez de se lançarem em uma máquina de raio-x.

Mas não há luz para onde estamos indo. Este é seu último aviso.
Escuridão à frente.

Quanto mais tempo Lowen passa na casa dos Crawford mais ela e Jeremy vão se aproximando, e é ai que coisas estranhas começam a acontecer.

Passei a maior parte da minha vida não confiando em mim durante o sono. Agora estou começando a não confiar em mim mesmo quando estou acordada.

Verity é uma obra que possui cenas muito gráficas e incômodas, principalmente no que se refere a assuntos relacionados à maternidade. É de revirar o estômago algumas cenas e igual a Lowen eu também tinha que parar de ler o livro e respirar um pouco. Esse é um daqueles livros que quanto menos a gente souber, melhor.

Diversas vezes me arrepiei e pensava em como um ser humano poderia agir de tal maneira, a presença de Verity traz calafrio, suas palavras não são necessárias, tudo o que ela queria dizer está escrito em sua autobiografia, e são essas as partes mais perturbadoras da estória.

Tanto como Verity é a alma do livro, Lowen também é uma personagem muito complexa, ela sofre de sonambulismo e diversas vezes questiona sua própria sanidade. E digo que nós, leitores, também questionamos sua sanidade quando aqueles acontecimentos misteriosos apareciam. Será que eram só na cabeça de Lowen? Ou ela estava sendo sugestionada pela biografia de Verity?

Mas quem assiste as vezes Investigação Discovery sabe muito bem que poderia ser verdade o que Lowen via.

Também há outro personagem que é raro e traz uma desconfiança, Jeremy Crawford. Ele é aquele tipo de personagem bom demais para ser verdade… Pai amoroso, marido paciente. se por um lado eu queria confortá-lo por tudo o que ele já havia sofrido, por outro eu queria confrontá-lo. Teria ele algo a ver com o acidente de Verity? Sua devoção à esposa é culpa ou amor incondicional?

A obra apresenta Crew, de 5 anos, filho de Jeremy e Verity que conversa com a mãe… mas a mãe não fala… então será que ele só imagina que está conversando com ela? Ele é bem assustador as vezes.

E fica em aberto a enfermeira de Verity que logo de cara não gosta de Lowen, mas essa foi uma personagem que não consegui interpretar.

Somos capazes de separar a realidade da ficção de tal forma que parece que vivemos em dois mundos, mas nunca os dois mundos ao mesmo tempo…

Se disser qualquer coisa a mais entra em spoilers então eu fico por aqui com vocês.

Eu realmente ainda não sei o que pensar desse livro, o final ainda tá na minha cabeça assim como todo o resto da história, ela conseguiu jogar direitinho comigo, acabei não chegando a uma conclusão sobre o que eu acho que realmente aconteceu, mas gostaria de pensar que uma pessoa não possa fazer tantas maldades.

Insano, dúbio, intenso, frio, impiedoso, arrebatador. Verity mostra um outro lado da criatividade de Colleen Hoover, como todos os livros dela, esse também me deixou com uma ressaca literária.

Acredito que muita gente abandone a história, pela forma que ela conduz e descreve alguns temas e situações, que são difíceis de digerir realmente, mas a minha dica é que não abandone, por mais que seja impactante, porque o final vai te surpreender.

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Resenha: O garoto quase atropelado, Vinicius Grossos

O garoto quase atropelado foi um livro que me atropelou. Recebi a prévia dele de supetão, comecei a ler e logo comprei a versão completa porque era difícil de largar logo nas primeiras páginas.

Escrito na forma de diário, dia após dia de um mês de novembro, conhecemos a história do garoto quase atropelado. Não conhecemos seu nome em momento algum, mas isso é o que deixa a história mais única. Não descobrimos seu nome, mas embarcamos em uma longa viagem de autodescoberta e da recuperação dos poderes da nossa mente.

Quando me sinto tomado pela vergonha, o senso do ridículo me alcança com uma eficácia admirável.

Sabemos que o menino sofreu algum acontecimento muito traumático, logo de cara, e por isso, está lutando contra a depressão e este diário é um dos exercícios sugeridos pela sua psicóloga para lidar melhor com tudo aquilo que precisa descobrir e curar em si mesmo. Ele precisa escrever religiosamente os fatos de todos os dias. Nos primeiros relatos, percebemos sua relutância em narrar os acontecimentos, mesmo porque não acontece nada.

Até que ele é literalmente quase atropelado por uma garota com cabelo de raposa, que depois descobrimos ter o nome de Laís. Ela apresenta um novo mundo ao garoto quase atropelado e ele, claro, fica perdidamente apaixonado por ela. Mas, como Laís mesmo diz, ela tem a mente quebrada.

E são nesses altos e baixos que o garoto, juntamente com Laís, embarca numa montanha russa de sentimentos bons e ruins. Ele também conhece Acácio e Natália, que eram os melhores amigos de Laís e acabam por ser seus melhores amigos também. Em certa passagem do livro, a amizade deles é descrita como um triângulo com uma bolinha no meio. Laís, Acácio e Natália são o triângulo, uma amizade perfeita, mas com segredos que são escondidos uns dos outros e o garoto quase atropelado é a bolinha no meio, que transita entre cada um e conhece coisas que nem eles mesmos parecem conhecer logo de cara. Ele se torna o elo do grupo.

(…) apesar de legalmente ter se separado apenas da minha mãe, a separação também aconteceu comigo e com o Henrique. De um pai normal, aos poucos, ele foi se transformando num estranho.

Numa avalanche de sentimentos e pensamentos, vemos o desenrolar de toda a história no mês de novembro e de toda a recuperação do garoto com seu passado traumático, que descobrimos não estar tão no passado assim. A desgraça havia sido há poucos meses e ele ainda tentava fazer as pazes com os fantasmas que o assombravam. E ele consegue. A partir do momento que vemos que ele está preparado para nos contar tudo, o livro traz um turbilhão muito forte de emoções que mal sei descrever.

Me arrancou lágrimas, sorrisos, gritos de desespero e no seu clímax final, foi um dos poucos que me causou mal estar. A gente sente as dores do garoto quase atropelado, e esse mal estar, confesso que achei que não fosse ser curado até o final do livro: mas foi. Vinicius Grossos consegue conduzir a história de uma forma surreal, controlando não só os sentimentos do garoto quase atropelado, mas também do leitor. É uma avalanche, um incêncio e uma montanha russa, tudo ao mesmo tempo.

Devo confessar que eu, particularmente, me deliciei com a minha mãe, enfim, colocando meu pai em seu devido lugar. Não que eu sentisse ódio ou raiva dele, mas meu pai meio que não era mais meu pai. Ele nos abandonara e não tinha mais espaço em nossa família.

É perceptível também as ótimas referências musicais durante o livro (se eu surtei quando vi Arctic Monkeys e Marina and the diamonds? Nããaao, imagina!) e as referências de outras obras da literatura como As Vantagens de ser Invisível e História é tudo o que me deixou. É um livro cinco estrelas e a única coisa que me decepcionou, foi ter lido no Kindle e não ter conseguido prestar uma homenagem final para a Laís. Mas tenho certeza que Acácio, Natália e o garoto quase atropelado fizeram isso com magnitude e representando todos nós.

Confesse
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Resenha: Confesse, Colleen Hoover

Quando ouvi falar pela primeira vez sobre “Confesse”, minha atenção logo foi despertada. O livro conta a história de Owen, um artista plástico que usa os segredos deixados por pessoas aleatórias em sua porta como inspirações para seus quadros – e a autora afirmou que as confissões usadas ao longo do livro eram todas verídicas e enviadas pelos leitores. Além disso, conhecemos Auburn, uma jovem que desistiu do amor aos 15 anos de idade.

+ Veja outro ponto de vista de Confesse, da Colleen Hoover

Auburn Reed perdeu tudo que era importante para ela. Na luta para reconstruir a vida destruída, ela se mantém focada em seus objetivos e não pode cometer nenhum erro. Mas ao entrar num estúdio de arte em Dallas à procura de emprego, Auburn não esperava encontrar o enigmático Owen Gentry, que lhe desperta uma intensa atração. Pela primeira vez, Auburn se vê correndo riscos e deixa o coração falar mais alto, até descobrir que Owen está encobrindo um enorme segredo. A importância do passado do artista ameaça acabar com tudo que Auburn mais ama, e a única maneira de reconstituir sua vida é mantendo Owen afastado.

Sempre que começo um livro da Colleen, vou preparada para muito choro e (com todo respeito) um certo desgraçamento psicológico. E logo no prólogo ela não deixa a desejar: ao final da página quatro estou em lágrimas e cogitando tomar um anti-depressivo antes de continuar a leitura.

Mas acaba aí. Estranho, eu sei. Mas todo o drama pesado e o envolvimento emocional forte que costumam acompanhar os livros de Colleen foram substituídos por uma leitura leve e divertida. Ela novamente nos entrega um mocinho livre de defeitos (estragando os demais homens do mundo), juntamente com uma protagonista forte e marcada por traumas passados que a impedem de confiar ou se entregar ao romance. É um pouco clichê? É. Eu estou reclamando? Não. E só digo isso porque a autora consegue, mesmo envolta no roteiro mais batido da história da literatura, trazer personagens profundos que nos envolvem em uma leitura muito fluída e divertida. Somado a isso os mistérios da vida de Auburn, quando você se dá conta já está acabando o livro.

“Todos os dias da minha vida eu sinto como se estivesse tentando subir por uma escada que só anda para baixo. E não importa o quão rápido ou quanta força eu faça para correr e atingir o topo, eu continuo no mesmo lugar, correndo, sem chegar a lugar nenhum.”

Ocasionalmente nos deparamos com umas confissões tristes ou pesadas (como por exemplo: “Sou grata todos os dias que meu marido e seu irmão são exatamente iguais, Isso significa que é pequena a chance de meu marido descobrir que nosso filho não é dele.”) e logo depois um diálogo espirituoso e divertido entre Owen e Auburn. O casal tem uma ligação instantânea, mas um relacionamento que vai sendo construído aos poucos (o que acho ótimo, porque chega de amores relâmpagos nos livros atuais). Ainda há a discussão importante de temas como depressão e relacionamentos abusivos, sempre presentes nos livros da autora, mas de maneira nenhuma tão impactantes quanto em livros anteriores (como por exemplo, “É assim que acaba”).

“Existem pessoas que você encontra e passa a conhecer, e existem pessoas que você encontra, mas já as conhece.”

Esse foi certamente o livro menos emocionante da autora, mas longe de ser o que menos gostei. Confesse traz a medida certa de entretenimento e drama, sabendo balancear as emoções e deixar o leitor voraz até o último capítulo (e vale ressaltar, esse último é uma grata – e linda – surpresa aos leitores!)

capa do livro
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Resenha: Talvez um dia, Colleen Hoover

“Dou um beijo suave no seu nariz, na sua boca e no seu queixo. Depois acomodo meu ouvido em seu peito de novo. Pela primeira vez na vida, escuto absolutamente tudo.”

Ridge Lawson, último capítulo

 

Oi, Becudos?! Retomei minhas leituras romanescas na última quinzena e afirmo, no nosso espaço de hoje separei uma resenha incrível. Essa é a minha segunda leitura de Hoover e garanto, a cada livro você se apaixona mais pela escrita e narrativa optado pela escritora. Já quero deixar meu carinho para lá de especial a minha grande amiga Sandra Peder por dividir comigo seus livros, já estou com terceiro e depois da semana dedicada a Bienal 2018 estarei postando mais uma resenha de Colleen Hoover. O que disse? Sério? Sim, já joguei [risos], aguardem!

“Talvez um dia” [Maybe Someday, na versão original], possui um deficiente auditivo contracenando como par romântico da personagem principal da obra, Sydney Blake, seu nome é Ridge Lawson e ainda é músico – colider de uma banda bastante conhecida, toca violão e compõe as músicas que fazem sucesso. Sim, Colleen Hoover nos dá esse “tapa na cara”, ou melhor dizendo/escrevendo, um tapa na cara da sociedade ao propor em um de seus livros mais comentados de 2015 nos Estados Unidos, uma personagem diversa, atípica, e faz com que qualquer leitor fique fascinado por ele.

O livro possui trezentos e sessenta e seis páginas divididos em vinte e cinco capítulos. O Foco narrativo esta distribuído entre a personagem traída Sydney e Ridge, o encantador musicista da varanda. As personagens são Sydney, Ridge; Hunter – namorado de Sydney que a trai já nos primeiros dois capítulos do livro; Tori – melhor amiga de Sydney, dividem apartamento e tem um relacionamento escondido com Hunter; Warren – amigo de Ridge; Maggie – namorada de Ridge e outras personagens que circundam os espaços narrativos e contribuem com o seu desenvolvimento.

Os espaços encontrados no livro são o apartamento de Ridge em sua maioria, lugar dos pequenos conflitos e composições de Sydney e Ridge, biblioteca do campus da universidade, lugar onde Sydney trabalha, mas o primeiro conflito se desenvolve no apartamento de Sydney.

A história central de “Talvez um dia” se concentra no triangulo amoroso entre Sydney, Ridge e Maggie. Sydney descobre que está sendo traída pelo namorado Hunter com sua melhor amiga Tori, ao agredir sua companheira de apartamento, encontra refúgio no apartamento de Ridge – seu vizinho do prédio da frente, sempre assistia-o a tocar violão algumas melodias que já tinha escrito letras.

No desenvolvimento da leitura é possível encontrar muitos pequenos conflitos que aproxima o casal “impossível”. É hilário quando Sydney descobre que Ridge é surdo [capítulo2, página 57]:

Eu [Sydney]: Por que não me contou que é surdo?

Ridge: Por que não me contou que escuta?

Ridge se comunica com todos na narrativa por mensagens de celular, chats de redes sociais ou língua de sinais, mas somente Warren, Maggie e Brennan conseguem se comunicar por língua de sinais.

Os dois se aproximam ao compor juntos, Sydney é uma ótima compositora, inclusive salva Ridge de um bloqueio de inspiração. Os dois se tornam bem próximos até acontecer um beijo. Sydney fica arrasada pois não quer se tornar uma Tori e machucar Maggie, até porque as duas se deram muito bem. Em todo o livro, os pensamentos de Sydney em relação a Ridge sempre terminam com um “talvez um dia” – como se questionasse a probabilidade de acontecer algo entre os dois, até mesmo as músicas que compõem retratam o sentimento do casal, a necessidade de se encontrarem e terem a oportunidade de amar e viver esse amor que ao mesmo tempo é avassalador e calmo, fugaz e eterno que cativa a atenção até mesmo de Ridge, um namorado fiel que se encontra divido entre duas mulheres, a personagem Ridge consegue desafiar a Lei Universal do Amor, estar perdidamente apaixonado por duas pessoas que são opostas e ao mesmo tempo iguais, também estão apaixonadas por ele.

Sinceramente, percebi [uma singela opinião de leitor] a ligação entre Ridge e Sydney mais forte e recíproca, não que Maggie não gostasse de Ridge, pelo contrário! Ela é uma ótima namorada e fiel, já que FIDELIDADE é um tema bem discutido no romance, mas é possível perceber que ela está em outra direção, ela sempre está fora da ligação de Ridge.

Mas o fato de Maggie ser doente complica todas as coisas. Complica tudo na verdade. Depois de mais uma série de pequenos conflitos, Maggie lê todas as mensagens de Ridge para Sydney e percebe que não quer mais esse relacionamento, pois Ridge a sufoca com uma proteção exagerada devido a doença e ela quer viver muito mais, ela não quer um namoro restritivo e ofegante.

Não vou relatar a história de como Ridge conheceu Maggie [que é incrível, por sinal!] para te encorajar a ler o livro na íntegra, vale a pena!

Ridge solteiro e Sydney também, não há mais empecilho para viverem esse amor tão avassalador. Em um show onde Ridge está tocando a música que escreveram juntos, o casal decide sentir, viver e amar.

O livro é leve, doce e as personagens te conquistam de uma forma bem singular. Com toda sinceridade do meu coração, tive problemas em ler os últimos capítulos, não queria acabar.

Espero que tenha uma ótima leitura!

Atualizações, Filmes

4 Filmes Românticos que Irão Fazer Você Suspirar em 2018

Com tantos lançamentos em 2018, não tem como deixar de ir ao cinema. Uma tonelada de filmes excitantes e épicos, muitos efeitos especiais, super heróis e ação de sobra para ninguém colocar defeito. Mas mesmo assim, tem quem prefira um filme mais apaixonante, com menos ação, mas que mexe como coração e o psicológico, as comédias românticas são a escolha certa para isso.

Escolhemos 4 estreias, que irão fazer você acreditar mais uma vez no amor. Com algumas continuações e adaptações fofas, temos amor para dar e vender nas telonas.

1. Cinquenta Tons de Liberdade 

Sabemos que a trilogia baseada no livro “Cinquenta Tons” é um drama romântico bem sensual, mas o terceiro filme promete ser bem mais leve e muito mais divertido, então pensamos nesse filme como uma comédia romântica. Enfim, Christian e Ana dizem sim e muita coisa ainda vai atrapalhar o casal até chegarem finalmente no “Felizes para Sempre”. O filme estreia dia 9 de Fevereiro.

2. Love, Simon

A adaptação do adorado livro Simon vs. A Agenda Homo Sapiens”, que conta a história de um adolescente, Simon Spier (Nick Robinson), que aos 16 anos vive um drama: o medo de assumir a sua homossexualidade para os pais e amigos. O trailer promete uma história doce e bem romântica, voltada para o público adolescente, de uma forma divertida e emocionante. O filme ainda tem Katherine Langford (a Hannah de “13 Reasons Why”), Miles Heizer (também de “13 Reasons Why”), Jennifer Garner entre outros. Sua estreia está prevista para 22 de Março.

3. Mamma Mia 2! Here We Go Again

Mais uma sequência, do filme com o mesmo nome, estrelado por Meryl Streep, que por sua vez é baseado na famosa peça de teatro com canções da banda sueca, ABBACher faz parte do elenco, e através de flashbacks veremos a personagem de Streep jovem, nas formas de Lily James, durante o verão fatídico que ela conhece os três (sim, três) amores de sua vida. O filme estreia em 20 de Julho nos EUA.

 

4. Destination Wedding

Winona Ryder e Keanu Reeves se reúnem na encantadora comédia romântica Destination Wedding, a trama envolve dois convidados que se conhecem em casamento e acabam se aproximando. Essa não é a primeira vez que eles contracenam juntos. A dupla já dividiu a tela em Drácula de Bram Stoker (1992) e O Homem Duplo (2006).  O Diretor Victor Levin assina também o roteiro da nova produção. O filme não tem data de estreia, mas está incluído para ser exibido nos cinemas ainda em 2018.

Estamos ansiosos para essas estreias! E você, tem mais algum filme do gênero que vai arrasar em 2018? Conta para a gente!

Livros, Resenhas

Resenha: A Herdeira, Kiera Cass

Em A Herdeira, quarto volume da série A Seleção, de Kiera Cass, 20 anos se passaram e vemos America, Maxon e seus quatro filhos governando uma Illéa sem castas. Pela primeira vez em gerações, o herdeiro ao trono é uma mulher, Eadlyn, que se prepara para ser a próxima rainha de Illéa. Mas, como nem tudo são flores, as coisas não saem como Maxon planejava e novos grupos de rebeldes surgem, dessa vez, contra a monarquia. Para distrair o povo, enquanto o rei tenta achar uma solução para os ataques cada vez mais frequentes, Eadlyn se submete à Seleção, e 35 garotos chegam ao castelo para perturbar sua rotina.

Diferente de Maxon, Eadlyn não queria uma Seleção, não queria se casar, e é isso que mostra que a história, realmente, mudou de fase. É uma Seleção totalmente diferente, não só pelo fato de ser uma garota que tem que escolher entre 35 garotos, mas também, porque é uma garota forte, decidida, criada para ser rainha e que não está muito a fim de ter um príncipe consorte (quem casar com ela não será rei porque ninguém pode ter um título maior que o dela… que medo!).

Ás vezes, dá até pena dos garotos (a herdeira sabe ser cruel!), mas também nos comovemos com o medo dela de parecer vulnerável e não ser levada a sério ou, ainda, não encontrar seu amor verdadeiro. Afinal, quem garante que sua alma gêmea foi sorteada e está no castelo? Assim, por pura sorte? Vemos em Eadlyn os nossos próprios medos refletidos, afinal, é sua única chance, não pode haver erros. Quantas vezes não nos sentimos assim? Seja na escolha de um par romântico ou na escolha de um curso na faculdade. Nossa vida foi desde sempre baseadas em escolhas e nos ensinam que sempre colheremos os frutos delas. E se fizermos a escolha errada? Eadlyn nos mostra que até a pessoa mais forte tem medo e que ter medo não é uma fraqueza, mas um sinal que você é humano e que, como todo mundo, deseja ser feliz. Kiera Cass mantém a qualidade da série, nos surpreende com as mudanças e detalhes, emociona e não tem nada de enrolação: tem muita história para ser contada e continua no último volume da série, A Coroa.

Livros, Resenhas

Resenha: O Morro dos Ventos Uivantes, Emily Brontë

“SE O AMOR DELA MORRESSE, eu arrancaria seu coração do peito e beberia seu sangue.”

O Morro dos Ventos Uivantes, única obra da britânica Emily Brontë, é um dos romances mais bonitos e perturbadores que já existiu. Personagens fortes e intrigantes, Catherine e Heathcliff se tornaram quase como entidades, símbolos do amor intenso que dilacera o coração e sobrevive além do tempo e da morte.

A obra sempre foi bem conhecida, dada que foi escrita em 1847 e, apesar de receber graves críticas no início do século XIX pela intensidade considerada demais para a época, se tornou um clássico inglês e é venerado até hoje, mas ganhou um destaque especial ao ser citado como livro preferido dos personagens Bella e Edward, protagonistas de “Crepúsculo”.

A história se passa no sítio do Morro dos Ventos Uivantes e vemos o jovem Heathcliff, adotado pela família Earnshaw. Ele logo se apaixona por sua irmã adotativa Catherine, mas o amor é impossível dadas suas realidades sociais, ele de origem pobre e visto como alguém que deveria ser grato por ter um teto, e ela, donzela a ser dada em um bom casamento. E é o que acontece. Catherine se casa com um homem de uma grande família de posses, mas Heathcliff não consegue suportar e vai embora. Quando ele retorna, Catherine se vê dividida entre o marido e o novo Heathcliff, agora um cavalheiro desejável. Atormentada em uma crise emocional, ela morre logo após o parto de uma linda menina, o que deixa Heathcliff extremamente abalado e o faz jurar vingança contra todos que impediram seu romance com Catherine.

Eu, particularmente, adorei e consegui o que mais busco em minhas leituras: me transportar para o ambiente, sentir o que os personagens sentem e viver a história. A riqueza de detalhes é impressionante e, apesar de não ser uma história muito complicada e cheia de reviravoltas, nos prende do início ao fim.

Claro que o drama é geral, a dor é intensa e parece que tudo é só sofrimento, mas só posso dizer que vale a pena no final. Recomendo a todos um passeio à cavalo pelas charnecas e uma visitinha ao sítio do Morro dos Ventos Uivantes.