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Resenha: Querer e Poder, Nora Roberts

Pandora McVie jamais tivera uma boa relação com seu primo Michael Donahue. Mas ambos tinham algo em comum: uma sincera afeição pelo tio Jolley, um excêntrico milionário de quem se tornaram os únicos herdeiros. Entretanto, havia uma condição para que Pandora e Michael recebessem a fortuna. Deveriam passar seis meses morando no castelo de Jolley e, durante esse tempo, não seria permitido que ficassem afastados um do outro por mais de 48 horas.

“Se você anda pela floresta sozinha, no escuro, e não tem a capacidade de se maravilhar, então não vale tanto a pena.”

Esta obra de Nora Roberts conta a história dos primos Pandora McVie e Michael Donahue. Aparentemente, os dois parecem se odiar, mas escondem sentimentos muito mais profundos. Por trás desse aparente ódio, eles possuem um sentimento em comum: o amor pelo tio Jolley. No dia da leitura do testamento, eles são pegos de surpresa ao descobrirem que o tio deixou toda a herança para eles, entretanto devem seguir algumas condições: eles devem viver, durante seis meses, na mesma casa e não podem ficar mais de 48 horas afastados da casa.

Os primos aceitam as condições e, para fugir dos sentimentos escondidos, preferem viver brigando e, quando estão juntos, o clima de tensão é instaurado.

“Não havia mais nenhum tio Jolley para protegê-los um do outro. Talvez ambos tivessem começado a perceber exatamente isso. Não importava o que os fizesse rosnar e ferir um ao outro. Eles teriam um longo e gelado inverno pela frente para deixar aflorar o que havia entre eles.”

Michael é escritor de roteiros para uma série de TV e Pandora é criadora de jóias, assim cada um fica em seu canto na casa, evitando ter contato com o outro.

O clima de mistério e suspense se faz presente quando percebe-se que tem alguém que não quer que os primos fiquem com a herança e situações estranhas começam a acontecer na casa. Isso faz com que Pandora e Michael fiquem cada vez mais assustados e se aproximem para tentar descobrir quem está por trás disso tudo.

O que aconteceria depois que se passassem aqueles longos seis meses? Como lidar com as ameaças que estavam sofrendo? Quem seria a pessoa por trás de todas aquelas situações assustadoras que eles estavam vivendo? Michael e Pandora conseguiriam se manter afastados um do outro ou cederiam aos seus desejos?

Nora Roberts mais uma vez surpreende o seu leitor em uma leitura cativante e com o típico clima de mistério. A narrativa nos prende pela história romântica e pelo clima de suspense no ar. Vale a pena!

Maratonar séries: até que ponto isso é bom?
Maratonar séries: até que ponto isso é bom?
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Maratonar séries: até que ponto isso é bom?

Outro dia, um post aqui do site me chamou muita atenção: a Netflix divulgou os países que mais faziam maratona de séries e quais eram as séries mais maratonadas.

Não estou aqui de forma alguma para falar mal da Netflix ou de quem faz maratonas. Acho que a Netflix foi uma das melhores invenções do ser humano e maratonar séries é meu esporte favorito. Faltei aula e ainda acordei às 6 da manhã para ver “Gilmore Girls: A Year in the Life” em novembro do ano passado. Só não faltei aula para maratonar “13 Reasons Why” porque realmente não dava, mas, ainda assim, acabei a série no dia seguinte e fui no trem pra faculdade assistindo aos episódios baixados. Obrigada por essa tecnologia, Netflix!

Porém, tem me chamado muito a atenção como maratonar séries foi algo que cresceu. Pessoas que nem ligavam tanto para séries agora assistem a todos os episódios 24 horas depois da Netflix liberar a temporada. Séries são assuntos nos mais variados lugares. Eu curso Comunicação na faculdade, então séries são assunto inclusive de aulas.

Mas, em algum lugar no meio do caminho, parece que assistir série deixou de ser só entretenimento e passou a ser um pouco obrigação. A maioria das pessoas não assiste mais no seu próprio ritmo, elas assistem correndo para serem as primeiras, para fazerem parte dos assuntos, para não pegarem spoilers, para se vangloriarem! Qual o sentido?

Às vezes me pego assistindo séries que nem gosto tanto só porque todos assistem e comentam. Larguei 4 séries ano passado quando vi que tinha se tornado uma obrigação assisti-las.

Você é julgado por só assistir séries que são canceladas na primeira temporada, ou só as que são “modinha”, ou só séries desconhecidas. Nunca é o suficiente.

Além disso tudo, até que ponto é saudável largar a sua vida para assistir uma série? Não me arrependo de ter faltado aula para assistir Gilmore Girls, mas isso foi algo pontual. Há pessoas que cancelam compromissos ou não os marcam para aquela data, dizem que estão doentes no trabalho, as mais diversas desculpas para verem uma série antes de todo mundo.

Os conteúdos “On demand” e as plataformas de streaming vieram, teoricamente, para nos livrar da escravidão de depender da programação da televisão. Agora nós assistimos o que quisermos quando quisermos. Mas acho que erramos em algum lugar e acabamos nos tornando escravos disso também.

10 motivos para ler "O Jogador Nº 1"
10 motivos para ler “O Jogador Nº 1”
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10 motivos para ler “O Jogador Nº 1”

O que falar do livro O Jogador Nº 1? Eu poderia dizer que faz duas semanas que o li e que impressionantemente nesse tempo a história ainda ecoa na minha mente como uma música chiclete das boas. Ou então, poderia dizer que estou superanimada com a possibilidade do filme que lançarão ano que vem e que com toda certeza será um tremendo sucesso.

Mas prefiro elencar nessas breves linhas 10 motivos para você, caríssimo leitor, ler essa obra de Ernest Cline. Então vamos lá:

1. Se você gosta de games, esse é o seu novo almanaque ou como alguns dizem, sua nova bíblia. (Francamente Carolina, se o título do livro tem a palavra Jogador, é claro que a história fala de games.) Sim, a história é recheada de citações ou como dizem easter eggs de jogos famosíssimos, como  PAC-MAN, Super Mario e entre outros. Portanto, se games são a sua praia; você cairá de cabeça nesse universo gigantesco dos video-games.

2. Se você nasceu nos anos 80, ou cresceu nesse período, ou até mesmo é fã dessa década, acredite, você precisa ler esse livro. Os anos 80 foram sem dúvida uma grande inspiração para a moda, cultura, música, enfim, em todos os aspectos da vida humana e até nos tempos atuais existem grandes influências na nossa cultura ocidental que advenho da revolução dos anos 80. E em O jogador nº 1 existe uma verdadeira enxurrada de citações, easter eggs, referências, tudo que se lembre e se aproxime dos anos 80. Por isso se você é fã, leia, pois se sentirá em casa.

3. Ficção Científica, se essa categoria te agrada tanto quanto a mim, esse é o livro pra você. Particularmente eu adoro a categoria Ficção Científica, pois nada mais é do que imaginar um universo totalmente novo, cheio de possibilidades e caminhos que a nossa mais avançada tecnologia não é capaz de reproduzir. Eis o grande poder da Ficção Científica e em O jogador nº 1, você será jogado em um universo tão magnífico que será difícil voltar a vida real.

4. Se você se preocupa com o lixo, e as suas consequências para o futuro, esse é um ponto que verá na obra de Ernest Cline. Como assim, o lixo? Sim! Todos sabemos que vivemos em um mundo que produz muito mais do que consegue recuperar, que desperdícios são comuns em países como o Brasil e que a maioria das nações do mundo não tem condições de reciclar tudo o que produz. Sendo assim, tal ponto será abordado no livro e as consequências para a nossa total imprudência em resolver os problemas.

5. A miséria humana te incomoda? Então se prepare para vê-la escancarada nesse livro! Sim, o autor conseguiu juntar os problemas sociais como miséria e uma das nossas alegrias como nerds, que são os games; em uma só obra. É impressionante como a miséria humana é retratada na história e tal como é hoje, as pessoas não se dão conta ou não se preocupam em ajudar ou resolver. Pelo contrário, se preocupam mais em si mesmas e no nosso próximo tópico, o dinheiro.

6. No futuro pós-apocalíptico de O jogador nº 1, ainda existe o dinheiro, e ainda as pessoas matam e morrem por ele! A odisséia da personagem principal começa pelo simples interesse monetário. Interesse esse que ainda movem diversas pessoas pelo mundo, se não dizer, todas elas. Para nós, no nosso tempo, o dinheiro é muito importante. E não é diferente para as personagens do livro que batalham, vivem, matam e morrem pelo dinheiro. E como na vida real ou na ficção, tais batalhas são interessantes de se ver.

7. Se há miséria, há fome. Mas as duas são tão diferentes entre si como podem ser. E sendo assim, tal aspecto também é desenvolvido na obra. Surgem situações em que as personagens sofrem com a fome. Fome de comida. Fome de água. E também outros tipos de fome. Como fome por calor humano, fome por carinho, fome por atenção. Tais personagens vivem em uma situação de tal solidão que não sabem desenvolver aspectos sociais que a façam conviver em sociedade. E de uma forma sutil, porém convicta, o autor deixa claro as consequências de tal fome.

8. A ignorância também é retratada na obra. Ignorância que se mostra atualmente com guerras, desrespeito, falta de amor, compreensão; e que no mundo da história trouxe resultados bem mais devastadores. A ignorância é o fator de não saber sobre determinado assunto ou coisa. E ela ocorre por falta de estudo ou prática. Em um mundo onde sabemos que nem todas as crianças vão para a escola e aprendem algo útil; o tempo que a história passa, é visível que a maioria da população não teve acesso a educação básica, não sabe fazer cálculos simples e sem esse conhecimento o que lhes resta são atividades nada aprazíveis e simpáticas. E o resultado disso está bem implícito no livro.

9. O racismo, uma das maiores doenças sociais que o ser humano inventou para si mesmo, também é retratado no livro. Se você é como eu, e não acredita na situação absurda de um ser humano ser prejudicado das mais diversas formas e meio pelo simples fato de ter uma cor de pele diferente da de outro ser humano, esse livro será interessante para você. O racismo é tratado de uma forma única do início ao fim do livro, nos mostrando o que seria se em um caso hipotético, vivêssemos como as personagens da história.

10. A luta pela esperança é algo bem interessante na história. Vemos a personagem principal lutar do início ao fim para conseguir algo que sem dúvida mudará sua vida para sempre. E no decorrer da narrativa, vemos suas lutas, seus ganhos e suas perdas e também sua luta para continuar com a esperança. Esperança que muitos já perderam, e que mais outros nunca tiveram. Esperança por uma melhoria de vida, esperança por um planeta melhor. E que o autor, com sua forma única, anima os corações das personagens e os nossos também a nunca desistir dos nossos sonhos.

Eis os 10 motivos! Se algum deles o convenceu, leia o livro, se embrenhe na história e se perca junto com as personagens nesse mundo novo e desconhecido. O que mais posso dizer? Boa leitura!

Livros, Resenhas

Resenha: Lua de larvas, Sally Gardner

Standish Treadwell é um jovem disléxico que vê o mundo de maneira diferente da maioria. Graças a essa visão, ele percebe que o mundo lá de fora não tem que ser necessariamente cinzento e opressor. Quando seu melhor amigo, Hector, é de repente levado embora, Standish percebe que cabe a ele, a seu avô e a um pequeno grupo de rebeldes enfrentar e derrotar a opressão permanente das forças da Terra Mãe. Com o pano de fundo de um regime implacável, disposto a tudo para vencer seus rivais na corrida para chegar à Lua. Este impressionante Lua de larvas é o novo livro da premiada autora Sally Gardner.

Lua de larvas é um livro de leitura rápida, mas tão intenso quanto um soco no estômago, não se deixe levar pela sua aparente simplicidade, ou logo será nocauteado sem perceber de onde veio o golpe.

Seu formato a principio pode estranhar, seus capítulos são minúsculos, cerca de dois parágrafos apenas. Cada capítulo é sempre seguido por alguma imagem (preste atenção nessas imagens, elas contarão uma história nem tão paralela ao livro, lembre-se que ratos são tidos como traidores). Como um todo, é um livro belo, sua arte de capa é certamente um detalhe chamativo, é sempre bom ter um livro de capa bonita na estante!

Sobre a trama, Standish é um garoto com dislexia numa sociedade totalitária, um adolescente solitário refém de uma realidade repressora e violenta, sua heterocromia não colabora, visto que crianças diferentes são brutalmente repreendidas. Não foi estabelecida a época em que ocorre, pode ser no passado ou num futuro distópico, mas aos poucos fica claro que o país em que ele vive — a Terra Mãe — é uma clara alusão à Alemanha nazista, e isso fica muito evidente devido às saudações, os soldados aqui chamados de “moscas verdes” e os agentes de casaco, muito parecidos com aqueles agentes estilosos que usavam trajes Hugo Boss.

Não é mostrado um clima de guerra, e sim, pós-guerra muito semelhante à guerra-fria, a tensão é constante, traições e falsas acusações são constantes, e até mesmo estimuladas nas escolas. É nesse caos que Standish conhece Hector, um garoto que ele confia e adora, nutrindo uma amizade que nunca experimentou antes.

Por fim, é um livro simples, num final de semana pode-se acabar, mas nem por isso é raso, pelo contrário, tal leveza só garante que você baixe a guarda, para quando isso acontecer, tome um golpe direto no queixo, como dito no titulo, é como dar um selinho numa granada de mão, é um história marcante, sua narrativa em primeira pessoa apenas garante uma maior aproximação do leitor, super recomendo!

Mundi: Conheça a Disneyland Paris!
Atualizações, Lugares

Mundi: Conheça a Disneyland Paris!

O complexo da franquia Disney se encontra em um distrito a cerca de 40km de Paris e é dividido em dois parques: Disneyland Park e Walt Disney Studios. Bem diferente do complexo de Orlando, a Disneyland Paris (antiga Eurodisney) é formada por parques consideravelmente menores e próximos um do outro. Dessa forma, os dois podem ser visitados, sem correria, em apenas um dia. O complexo também é o segundo mais visitado da Disney.

Assim que você entra no maravilhoso mundo de Disney, você está no Disney Village, uma área bem característica da franquia, com muitas lojas, das marcas mais variadas, restaurantes diversos e áreas de recreação.

O Walt Disney Studios é o menor parque e conta com algumas das atrações mais eletrizantes, como a Rock ‘n’ Roller Coaster starring Aerosmith, uma montanha russa totalmente coberta, com jogos de luzes, uma série de loopings e uma velocidade absurda, tudo ao som da banda de rock Aerosmith; e a The Twilight Zone Tower of Terror, um brinquedo que imita um hotel antigo e mal assombrado no qual você faz um pequeno passeio até chegar na atração em si: a réplica de um elevador com defeito que despenca do décimo terceiro andar do prédio. Isso, com certeza, vai fazer seu estômago revirar!

Mas não é só de adrenalina que é formada a Disney, já que nesse mesmo parque também temos atrações temáticas de filmes famosos como Toy Story, Ratatouille, Aladin e Procurando Nemo, brinquedos bem mais tranquilos e atrativos, principalmente para os pequenos. O Walt Disney Studios também conta com muitas lojas e restaurantes de ótima qualidade, onde você pode descansar e se reabastecer depois de tantas emoções.

Mundi: Conheça a Disneyland Paris!

Foto: Acervo Pessoal

Já o Disneyland Park é um parque maior (dá até para se perder um pouco nele) e mais diversificado. É lá que encontramos o castelo da princesa Aurora (Bela Adormecida), que é o principal ponto do parque, assim como é em Orlando o castelo da Cinderela, no Magic Kingdom.

O parque é dividido em cinco áreas de atração diferentes, cada uma com sua própria temática: Main Street USA, Frontierland, Adventureland, Fantasyland e Discoveryland. Lá encontramos montanhas russas radicais como a do Indiana Jones e a Space Mountain: mission 2, e brinquedos mais tranquilos e relaxantes como os carrinhos da Autopia. Também há diversos brinquedos temáticos de clássicos da Disney e muitas lojas e restaurantes. Além disso tudo, também é nesse parque que ocorre diariamente a famosa Disney Parade, o desfile pelas ruas do parque com diversos personagens que promete emocionar não só as crianças como também os adultos.

O passeio vale muito a pena, não só na companhia dos menores, mas também para adultos que ainda tem a sua criança interior bem viva. Acredito que é quase impossível tentar não fazer comparações com outros parques da franquia, mas cada um tem seu próprio charme e merece ser visitado por motivos e atrações diferenciadas.

Livros, Resenhas

Resenha: A Arte da Ilusão, Nora Roberts

Adam Heines parecia ser apenas mais um hóspede na mansão dos Fairchild, quando na verdade investigava o misterioso desaparecimento de um Rembrandt legítimo. Mas ele não estava preparado para enfrentar um problema ainda maior: Kirby Fairchild, a deslumbrante filha de seu anfitrião. Meio fada, meio bruxa, ela o enfeitiça com seu jeito direto de seduzir. Afinal, Kirby também desconfia das verdadeiras intenções de Adam… E sua estratégia é bastante clara: fazer da sedução sua arma para iludir.

Em “Arte da Ilusão”, de Nora Roberts, o leitor irá acompanhar a história de Adam Haines: um pintor famoso e oriundo de uma família rica que possuía uma segunda profissão, mas sem que ninguém do seu convívio soubesse. Na história, o pintor está à procura de um quadro desaparecido e, durante a sua busca na casa do principal suspeito pelo roubo do quadro, acaba se envolvendo com Kirby Fairchild, filha de seu anfitrião, o pintor Philip Fairchild.

A história é romântica, porém cheia de mistérios e suspenses. Além disso, a obra se faz muito rica quando Nora Roberts traz obras de pintores famosos como Rembrandt e Van Gogh, além de outras referências literárias. Um ponto cômico e intrigante na narrativa que merece destaque é a presença de uma gata que paga aluguel e possui um cachorro de estimação.

“Algumas pessoas são exatamente o que parecem, para melhor e para pior.”

A missão de Adam, na obra, era descobrir o que Philip havia feito com o quadro desaparecido, entretanto muita coisa estava por trás do sumiço desse quadro. Por estar investigado o fato, Adam não podia se deixar envolver com Kirby, o castelo em que ela morava com o pai possuía muitos segredos e ele precisava descobrir. A narrativa se desenvolve até que se descobre que Kirby corria sérios riscos e, se quisesse zelar pela segurança dela, Adam precisava descobrir o que acontecia e ainda contar a ela quem ele era na verdade, entretanto ele tinha pouco tempo para fazer isso.

Muitas são as perguntas: até onde estaria Kirby envolvida nisso tudo? Harriet, dona do quadro desaparecido, e sua filha Melinda, faziam parte da trama? Quem estaria ameaçando a vida de Kirby?

Nessa obra sensacional, Nora Roberts mistura um enredo policial e uma narrativa romântica. A história é emocionante e o final surpreendente. Uma obra digna de prender o leitor do início ao fim!

Livros, Resenhas

Resenha: Confesse, Colleen Hoover

Um romance sobre arriscar tudo pelo amor — e sobre encontrar seu coração entre a verdade e a mentira. Da autora das séries Slammed e Hopeless.
Auburn Reed perdeu tudo que era importante para ela. Na luta para reconstruir a vida destruída, ela se mantém focada em seus objetivos e não pode cometer nenhum erro. Mas ao entrar num estúdio de arte em Dallas à procura de emprego, Auburn não esperava encontrar o enigmático Owen Gentry, que lhe desperta uma intensa atração. Pela primeira vez, Auburn se vê correndo riscos e deixa o coração falar mais alto, até descobrir que Owen está encobrindo um enorme segredo. A importância do passado do artista ameaça acabar com tudo que Auburn mais ama, e a única maneira de reconstituir sua vida é mantendo Owen afastado.

Me considero bem suspeita quando o assunto é Colleen Hoover, desde o primeiro livro que li dela, Métrica, soube que ela se tornaria minha autora favorita.

Sei dos problemas que as histórias dela têm: o fato de sempre representar casais brancos privilegiados, as protagonistas sempre serem mocinhas frágeis e os homens sempre machos alfas que protegem suas damas de todas as formas. Acrescento também uma coisa que me irritou nos últimos livros que li: por que o cara já conhece a menina em 90% das vezes e a menina não lembra? Mas, ao mesmo tempo, ela tem representado alguns personagens fora dos padrões em livros como Novembro, 9 e Talvez um dia, o que me agradou bastante.

Independente desses problemas, o que mais me encanta na autora, além da escrita e construção de personagem incríveis (afinal ela tem um padrão de personagens bem formado, mas ainda assim todos eles ficam gravados de forma muito clara na minha cabeça e eu não confundo suas personalidades e o que aconteceu com eles), é o fato de que a história nunca se trata só daquele romance clichê da sinopse. Tem romance clichê? Tem sim, tem muito, mas ela também trata de assuntos sérios, como abuso infantil, mães adolescentes, mortes de pessoas queridas, e várias outras questões que te fazem sentir a dor dos personagens e sofrer com cada decisão.

Agora, falando diretamente sobre Confesse, esse se tornou um dos melhores livros da autora, na minha opinião. Por não ser a primeira história dela que leio, já sabia que haveria uma camada mais profunda e tentei descobrir qual era desde o início. A cada momento que eu achava que tinha finalmente desvendado o plot twist, CoHo pisava na minha cara mostrando várias outras coisas que eu não havia percebido.

A premissa da história é encantadora por si só: um dos protagonistas, Owen, é um pintor e sua arte se baseia em nada mais nada menos do que confissões anônimas deixadas por pessoas em seu ateliê, como se não bastasse, as confissões são reais de leitores da Colleen Hoover, tem como amar mais essa mulher? Fiquei encantada com essa ideia e, como ela não brinca em serviço, no final ainda podemos ver alguns dos quadros que foram pintados por um artista especialmente para o livro. Do outro lado, temos Auburn, uma menina que perdeu o seu primeiro e único namorado, Adam, aos 15 anos, quando ele morre, e agora ela se muda para Dallas pra tentar reconstruir sua vida, mesmo que já tenha passado muitos anos desde todos os acontecimentos que marcaram sua vida para sempre.

Nem preciso falar que os dois vão se envolver de alguma forma, mas vários empecilhos vão aparecer. Porém, a questão com Colleen Hoover é que ela pega os clichês e as situações que a gente já espera e faz com que elas sejam incríveis mesmo assim. Por mais que você espere que algo aconteça, você nunca espera que seja o que ela faz. Ela usa questões muito reais e de fácil identificação, não há acontecimentos super mirabolantes, na maior parte das vezes, e, particularmente, em Confesse também não. É algo que pode acontecer com qualquer um e isso torna o sofrimento muito palpável.

A história ainda conta com uma mini série gravada pelo site Go90 que, infelizmente, não disponibiliza os episódios para o Brasil, mas, com um pouco de paciência (leia-se muita), dá pra assistir tudo no YouTube. Eu, particularmente, não gostei muito da série. Achei as atuações muito fracas e a história se tornou muito banal, partes muito importantes e profundas foram simplesmente deixadas de lado, mas, ainda assim, acho que vale a pena conferir.

PS.: Vocês já ouviram o CD “Maybe Someday” do Griffin Peterson? É a trilha sonora de Talvez um dia, e um dos CDs que eu mais amo no mundo todo.

O “BUG” DA LITERATURA: A REVOLUÇÃO DAS FANFICS
O “BUG” DA LITERATURA: A REVOLUÇÃO DAS FANFICS
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O “bug” da literatura: a revolução das Fanfics

Começo esse texto com a descrição da palavra Fanfics, de acordo com o site Significados é: “Fanfic é a abreviação da expressão inglesa fanfiction, que significa ”ficção de fã” na tradução literal para a língua portuguesa.” “ … Os fãs desses produtos se apropriam do mote da história ou dos seus personagens para criarem narrativas paralelas ao original.“

Em outras palavras, se parece muito com o bicho-papão de nome plágio. Mas quando se aprende melhor sobre esse mundo se percebe que não há plágio ou cópia de idéias, aqueles que tomam tais atitudes são duramente repreendidos e até mesmo alguns sites ou domínios podem expulsar suas idéias ou usuários.

A idéia de fanfic ou fanfiction surgiu na década de 70 nos EUA, mas viralizou no Brasil a partir da publicação da saga de Harry Potter no país. A construção de um texto, história, baseado em uma história principal publicada por um autor específico. Isso é fanfic. Reinventar uma história dentro de um universo já inventado por um escritor/escritora, sem ambicionar lucro, apenas exibir aquela ideia de um determinado ponto de uma história para que outros fãs compartilhem de determinado texto.

Aqui no Brasil, particularmente falando, participei do Bug das Fanfics. A saga Harry Potter antigamente, tanto quanto As Crônicas de Gelo e Fogo atualmente, não era uma saga completa. J. K. Rowling ainda escrevia cada livro, enquanto nós tupiniquins esperávamos um ano ansiosamente pela publicação do livro, exportação e tradução para o nosso português.

E o que fazer no tempo de espera? Vasculhar na Internet toda e qualquer informação sobre a saga. E como os sites de pesquisa são sempre tão eficazes em passar informações, não foi muito difícil descobrir sites em que haviam histórias publicadas sobre a saga que eu mais amava e acompanhava, com histórias dos meus personagens favoritos de um jeito totalmente novo. Com um olhar diferente do que eu lia nos livros da J. K.

Desse modo, surgiu em mim a vontade de ver personagens que na saga original e única não se envolvem, envolvidos. Personagens que morreram, serem ressuscitados das mais diversas maneiras e modos. Personagens malvados tornarem-se mocinhos e vice-versa. Eis a grande capacidade da Fanfic.

Não é apenas a vontade de escrever que desperta dos fãs. É a inovação de uma história, a exploração de personagens e lugares e objetos de um jeito novo e também único. A fanfic também é a forma mais barata, rápida e inteligente de permitir aos fãs saírem do seu casulo de expectadores e se formarem escritores.

Alguns escritores de sucesso hoje, que tem suas próprias sagas, já foram escritores de fanfics. Um exemplo é a escritora norte americana Cassandra Clare. Ela é a escritora e criadora da saga Os Instrumentos Mortais. Mas bem antes disso ela já escrevia fanfics baseadas nas obras de O Senhor dos Anéis e Harry Potter.

Assim, percebe-se que escrever fanfics, se tornou uma porta de entrada. Porta essa mais larga para que mais e mais pessoas comecem a construção de seus textos. É como como diz a máxima: “Quanto mais se lê, melhor se escreve e quanto melhor se escreve, mais se sabe.” Portanto, essa revolução de fanfics só pode nos apresentar novos talentos e idéias para contribuir ainda mais com a Literatura Mundial.

Crítica: The True Cost (2015)
Crítica: The True Cost (2015)
Atualizações, Críticas de Cinema, Filmes

Crítica: The True Cost (2015)

Nos últimos meses, tenho tentado me informar mais sobre movimentos que vão contra essa cultura hegemônica atual de consumismo excessivo. Acabei me interessando por dois movimentos: o minimalismo e o lowsumerism (slow consumerism – “consumo lento” em tradução livre).

Muitas das coisas que eu tenho aprendido foram através de canais no YouTube e, principalmente, documentários na Netflix. Descobri um mundo submerso na plataforma que conta com muitos documentários sobre diversos assuntos, e só tenho elogios a todos que assisti até agora.

O documentário que eu gostaria de destacar nesse post é o “The True Cost”, para pessoas que querem começar a entender sobre o assunto, acho que é um bom ponto de partida.

Ele aborda a questão da “moda rápida“, ou “fast fashion” como eles chamam, em que há cerca de 52 coleções diferentes nas lojas por ano, o que nos faz acreditar que precisamos de todas elas para sermos felizes e socialmente aceitos. A obra audiovisual mostra como isso afeta a vida de milhares de pessoas, principalmente asiáticas, que trabalham de forma exaustiva diariamente por apenas 2 dólares para produzi-las.

Sabe todas aquelas roupas super baratas que você comprou em lugares como Forever 21, H&M, Zara, e muitas outras? Elas foram produzidas por essas pessoas que, literalmente, dão seu sangue por apenas 2 dólares ao dia. Elas são atingidas de formas inimagináveis, tudo por peças de roupas mais baratas e, muitas vezes, de qualidade questionável que acabam durando pouquíssimo tempo. Quando foi que paramos de prezar pela qualidade para nos gabarmos com quantidade?

Cada peça de roupa que simplesmente descartamos, demora mais de um século para se decompor, causando uma poluição ambiental enorme. O documentário enfatiza como somos responsáveis por cada peça que possuímos até mesmo depois de descartá-las, pois nós as escolhemos, e elas só foram produzidas porque pessoas como nós possivelmente as comprariam. Então, não descarte suas roupas, tente consertá-las, doa-las, vendê-las.

Depois de assistir esse e outros documentários, que pretendo comentar aqui também em outros posts, mudei muito meu pensamento sobre esse consumismo desenfreado. Sobre como crescemos acreditando que uma nova compra vai nos deixar mais felizes, mas, desde que comecei a pesquisar mais sobre o tema, o inverso tem acontecido: cada vez que eu vou ao shopping e não faço nenhuma compra, me sinto mais confortável comigo mesma. Sou capaz de olhar para peças de roupas e claramente pensar que não preciso delas, porque realmente não preciso.

Se esse post conseguir fazer pelo menos uma pessoa assistir ao documentário e se interessar pelo assunto, acho que já vou ter conseguindo melhorar, um pouquinho que seja, o mundo. Vamos tentar pensar mais antes de consumir, não só pelo nosso próprio bolso, mas pela qualidade de vida de outras pessoas e gerações, além do meio ambiente. A sensação de estar se libertando desse ciclo vicioso do consumo é muito boa, eu recomendo.