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RESENHA: É Assim Que Acaba, Colleen Hoover
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Resenha: É Assim Que Acaba, Colleen Hoover

É Assim Que Acaba é o quinto livro da autora, Colleen Hoover, que li. A primeira vez que vi o livro na livraria, me apaixonei pela capa, mas não o comprei de primeira.

Só depois, o levei para casa e não esperava que de todas as histórias que li da autora, essa foi a que mais me tocou, a que mais me fez chorar e refletir sobre inúmeras questões… E sabe por que?

Inicialmente eu pensei que a história de Lily e Ryle fosse como a de Tate e Miles em O Lado Feio do Amor, onde a garota não aceita sexo casual e o rapaz esconde um passado, e no final os dois se apaixonam e tentam fazer com que o relacionamento dê certo. Não!

Quando começamos a ler a história dos dois em É Assim que Acaba, pensamos o quanto Lily e Ryle, apesar das diferenças, fazem um belo casal e têm uma relação que qualquer pessoa gostaria de ter.

Lily com seu sonho em abrir seu próprio negócio, uma floricultura. Enquanto Ryle deseja se tornar o melhor neurocirurgião em Boston. Lily leva consigo inúmeras lembranças da infância e adolescência enquanto Ryle carrega repulsa por relacionamentos.

A escrita da Colleen é tão fluída, tão natural que em pouco tempo, várias páginas são lidas, e a busca pelo o desfecho é enorme.

O livro é divido em duas partes.

Lily relembra momentos com seu amigo Atlas, que conheceu enquanto ainda estava no colegial e foi seu primeiro amor. Através do seu diário, ela lembra o quanto a amizade deles se fortaleceu, além da grande ajuda que um proporcionou ao outro.

E mesmo depois da mudança para Boston, algumas coisas não foram bem resolvidas entre Lily e Atlas, mas tudo bem, o tempo passou, as coisas mudaram. Lily conheceu novas pessoas, novos lugares e conheceu Ryle que a faz muito feliz.

O que Lily não esperava era reencontrar Atlas em Boston e se perguntar como teria sido se as coisas tivessem sido diferentes. Mas além disso, o que Lily não conseguia acreditar é que estava passando pelo o mesmo que sua mãe com o seu pai.

Ryle sempre foi o cara perfeito à sua maneira, com defeitos, mas com qualidades que sobressaiam qualquer coisa. Na segunda parte do livro, ele começa a ter comportamentos e ações que fazem com Lily perceba a semelhança entre ela e sua mãe.

É Assim Que Acaba é muito mais do que aversão a sexo casual ou relacionamento. O que mais me impressionou é que eu estava diante de um livro que fala sobre relacionamento abusivo e sobre a violência doméstica presente na vida de tantas mulheres.

Onde a vítima tenta sempre justificar o comportamento e ações do agressor, se culpando por fazer ou não fazer certas coisas, consideradas naturais, sempre com medo do que o parceiro vai pensar ou reagir.

É o dilema de tentar mais uma vez, perdoar ou não, se esforçar mais para fazer o relacionamento dar certo, ou simplesmente deixar tudo para trás, mas ao mesmo tempo ter esperanças de que as coisas irão mudar, que sejam diferentes. Mas e quando tudo passa a envolver uma criança, ou um velho amor?

Espero que essa história faça entender que a culpa nunca será da vítima e que nada, nada mesmo, justifica as ações do agressor.

É sobre fins e recomeços…

Não existem pessoas ruins. Todos somos humanos e, às vezes, fazemos coisas ruins.’

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Resenha: Minha Vida Mora ao Lado, Huntley Fitzpatrick

Huntley traz para os livros a história de Samantha e como a sua fascinação inocente em observar os vizinhos pode se transformar em uma grande mudança em sua vida. Ela era uma garota normal, que vive com a mãe e a irmã, segue as regras, tem uma melhor amiga fiel e mesmo não gostando da carreira política da mãe, tenta apoia-la da melhor maneira que consegue.

Tudo muda quando em uma das muitas noites em que sobe no telhado para observar a casa vizinha e Jase um dos filhos da casa ao lado sobe para conversar com ela. Com a atitude de simplesmente estar falando com os vizinhos já está afrontando secretamente sua mãe, a qual abomina a família que mora ao lado e sua maneira de viver, simplesmente porque eles têm uma grande, bagunçada e feliz família.

A partir daí Samantha passa a conviver e interagir com Jase e toda sua grande e bagunçada família. Ela começa a descobrir uma nova versão de si, de suas crenças e julgamentos; ela começa a ver que a maneira que age e vive é reflexo daquilo que sua mãe deseja, mas não transmite a sua real essência.

O livro relata a descoberta interna de uma menina em sua adolescência, tentando crescer entre regras e “verdades” que lhe foram impostas, relata e traduz de uma maneira meiga e sincera de um romance adolescente, da maneira mais pura e verdadeira que se pode acontecer.

Pode-se dizer que é um conto de fadas moderno, de uma maneira realista e que se encaixa no mundo em que vivemos hoje, mas com um toque de fantasia lúdica da felicidade daqueles que lutam pelo amor. Este livro trouxe para mim o sentimento de como está fase da vida é feita para se descobrir e acima de tudo vivenciar todos os momentos da forma mais intensa o possível.

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Resenha: Mar de Rosas, Nora Roberts

SINOPSE: Emma Grant é a decoradora da Votos, empresa de organização de casamentos que fundou com suas três melhores amigas de infância – Mac, Parker e Laurel. Ela passa os dias cercada de flores, imersa em seu aroma, criando e montando arranjos e buquês. Criada em uma família tradicional e muito unida, Emma cresceu ouvindo a história de amor dos pais. Não é de espantar que tenha se tornado uma romântica inveterada, cultivando um sonho desde menina: dançar no jardim, sob a luz do luar, com seu verdadeiro amor. Os pais de Jack se separaram quando ele era garoto, e isso lhe causou um trauma muito profundo. Ele se tornou um homem bonito e popular entre as mulheres, porém incapaz de assumir um compromisso. Quando Emma e suas três amigas fundaram a Votos, foi Jack, o melhor amigo do irmão de Parker, quem cuidou de toda a reforma para transformar a propriedade no melhor espaço para casamentos do estado. Os seis são praticamente uma família. E justamente por isso Emma e Jack nunca revelaram a atração que sentiam um pelo outro. Mas há coisas que não podem ficar escondidas para sempre. Mar de Rosas é uma história ardente, sexy e divertida sobre as vantagens e os desafios que surgem quando uma grande amizade vira paixão.

No segundo volume do Quarteto de Noivas, vamos acompanhar a história de Emma Grant, a florista e decoradora da Votos. Emma é uma mulher atraente, sonhadora e a mais romântica entre suas melhores amigas. Apesar de atrair muitos homens, sempre os dispensa, pois sonha com seu príncipe encantado. Sua infância foi marcada pelo casamento dos sonhos de seus pais, cresceu ouvindo histórias de amor e sua família é muito unida e tradicional.

Jack é o melhor amigo de Del, irmão de Parker, e, por isso está sempre por perto. Um arquiteto muito atraente, super popular no meio das mulheres e com infância marcada pelo divórcio de seus, o que lhe fez não conseguir se comprometer com ninguém.

“Flores, luz de velas, longos passeios ao luar num jardim isolado… Só a ideia a fez suspirar. Dançar ao luar num jardim isolado: para ela, isso era o auge do romantismo.”

Aos poucos, Jack percebe que seus sentimentos por Emma vão além de uma amizade e ela começa  a ficar confuso e sem saber como lidar com a situação. A Votos está passando por uma reforma e ele é o responsável pela obra o que faz com que ele esteja cada vez mais próximo de Emma.

Em uma noite de chuva, ele encontra Emma com o carro enguiçado no meio de uma estrada e vai ajudá-la. Naquele momento, ambos percebem que o sentimento entre eles vai além dos limites da amizade.

“Eles se viraram um para o outro. Tudo o que ele conseguia ver eram aqueles olhos castanhos amendoados e, por um instante, até perdeu a fala.”

Quando, finalmente, os dois decidem se entregar ao que sentem, eles percebem que o sentimento entre eles está cada vez mais intenso, mais forte, e isso lhes causa um certo temor. Nenhum dos dois queria estragar a amizade que existia entre eles há tantos anos e, ademais, qual a impressão que o relacionamento entre eles causaria a Del, Parker, Laurel e Mac? Eles são praticamente uma família, os amigos reagiriam bem à notícia? E se, por algum motivo, eles não dessem certo, como seria?

Emma sonhava em se casar, ter filhos e construir uma família tão linda quanto à sua. Jack sabia que gostava de Emma, mas não sabia se estava pronto para assumir um relacionamento e se seus sentimentos eram tão intensos quanto os dela.

“O amor pode ferrar bastante com você antes que descubra como conviver com ele. E uma vez que você descobre, fica se perguntando como conseguiu viver até ali sem ele.”

Mar de Rosas é um romance lindo, divertido e avassalador, mas em certos momentos, nos corta o coração. Com o dom de abordar trabalho, amizade e amor de uma maneira única e especial, Nora Roberts envolve o leitor em laços fraternos que rodeiam seus personagens principais. Uma leitura leve e dinâmica, capaz de provocar muitos suspiros e nos fazer acreditar na força do verdadeiro amor!

“Viver comigo. Acordar comigo, plantar flores para mim e provavelmente me lembrar de regá-las. Vamos fazer planos e muda-los à medida que o tempo for passando. Vamos construir um futuro. Vou lhe dar tudo o que eu tiver e, se precisar de mais alguma coisa, vou buscar e lhe dar também.”

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Resenha: Álbum de Casamento, Nora Roberts

 

O livro Álbum de Casamento é o primeiro do Quarteto de Noivas de Nora Roberts. Na trama, somos apresentadas às amigas e sócias da Votos, uma empresa especializada em oferecer o casamento dos sonhos, Parker, gerente administrativa; Emma, florista e decoradora; Laurel, responsável pelos bolos; e, em especial, Mac, a fotógrafa. A descrição do funcionamento da Votos e do cotidiano das amigas dá um movimento encantador e dinâmico à leitura.

Mac é uma fotógrafa bem sucedida que teve sua infância marcada pelo divórcio dos seus pais. Após a separação, seu pai tornou-se ausente e sua mãe problemática, estava cada dia com um namorado diferente e vivia lhe chantageando emocionalmente; o que fez com que Mac não acreditasse mais em relacionamentos e no “felizes para sempre”.

Por um acaso do destino, Mac reencontra Carter, um antigo colega de escola que sempre fora apaixonado por ela sem que ela soubesse. Carter tornou-se um professor de inglês e é um pouco atrapalhado, o que traz um pouco de humor à narrativa. Ele faz o tipo “nerd”, mas é honesto, paciente e muito adorável.

Carter não está disposto a deixar Mac ir embora de novo e faz de tudo para conquistá-la. Ela se envolve com ele, mas tem medo do sentimento que está aflorando em seu coração.

“Quem poderia imaginar que o professor de inglês, o cara legal que dava com a cara na parede, podia beijar desse jeito? Parecia que os planos dele eram arrastá-la para a caverna mais próxima, arrancar-lhe as roupas e deixar que ela arrancasse as dele.”

O relacionamento deles é super fofo, mas Mac não tem coragem de admitir pra ela mesma que está descobrindo o que é o amor ao lado de Carter. Ele não desiste e luta até o fim para ter Mac ao seu lado.

O livro nos traz uma comédia romântica, cheia de cenas sensuais e personagens encantadores. Digno de risos, suspiros e lágrimas, Álbum de Casamento prende a nossa leitura e nos leva a refletir sobre aquelas mulheres que enfrentam o mundo para superar seus medos e encontrar a felicidade, é como se Nora Roberts dissesse nas entrelinhas: “Anda! Levanta, garota! Passe por cima do medo e corra em busca da sua felicidade já!”

Quando crianças, as amigas Parker, Emma, Laurel e Mac adoravam fazer casamentos de mentirinha no jardim. E elas pensavam em todos os detalhes. Depois de anos dessa brincadeira, não é de surpreender que tenham fundado a Votos, uma empresa de organização de casamentos bem-sucedida. Mas, apesar de planejar e tornar real o dia perfeito para tantos casais, nenhuma delas teve no amor a mesma sorte que tem nos negócios. Até agora. Com várias capas de revistas de noivas no currículo, a fotógrafa Mac é especialista em captar os momentos de pura felicidade, mesmo que nunca os tenha experimentado em sua vida. Por causa da separação dos pais e de seu difícil relacionamento com eles, Mac não leva muita fé no amor. Por isso não entende o frio na barriga que sente ao reencontrar Carter Maguire, um colega de escola com o qual nunca falara direito. Carter definitivamente não é o seu tipo. Professor de inglês apaixonado pelo que faz, ele cita Shakespeare e usa paletó de tweed. Por causa de uma antiga quedinha por Mac, fica atrapalhado na frente dela, sem saber bem como agir e o que falar. E mesmo assim ela não consegue resistir ao seu charme. Agora Carter está disposto a ganhar o coração de Mac e convencê-la de que ela é capaz de criar suas próprias lembranças felizes.

“Ser feliz para sempre talvez fosse conversa fiada, mas ela sabia que queria tirar mais fotos de momentos que fossem felizes. Porque, assim, eles permaneceriam para sempre.”

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Resenha: Um capricho dos deuses, Sidney Sheldon

“Não sou mais a mesma pessoa que era quando cheguei aqui, pensou Mary. Eu era uma inocente. Amadureci da maneira mais árdua, mas amadureci.”

Nesse livro, Sidney Sheldon nos leva a adentrar no mundo da política, da Guerra Fria e dos países da Cortina de Ferro. A protagonista do livro, Mary Ashley, não é nem de longe uma Jenniffer Parker ou uma Tracy Whitney, outras protagonistas do autor que possuem personalidades fortes e envolventes, mas nos envolve e desperta as emoções típicas de Sheldon: suspense, amor, medo, ansiedade.

Mary é uma professora universitária, casada, mãe de dois filhos e leva uma vida pacata em uma pequena cidade do Kansas. Seu avô era romeno e, por isso, ela se especializou sobre países do Leste Europeu. Mary é convidada a ser embaixadora dos Estados Unidos na Romênia para convencer o atual presidente romeno, Alexandros Ionescu, a estabelecer uma relação de aproximação com os EUA. Mary não aceita o convite, pois seu marido é médico e muito ligado ao hospital em que trabalha, entretanto ele morre em um misterioso acidente de carro e, a partir daí, Mary decide aceitar o convite para tentar amenizar sua dor.

Mary é, então, levada por um caminho político cheio de intrigas, corrupção e o pior: uma conspiração para matá-la. Ela se vê atraída por dois homens: o médico da embaixada francesa, Louis Deforges, e seu subchefe, Mike Slade. Um deles está por trás dessa conspiração para acabar com a vida de Mary. Mas qual?

“- Não mesmo? – Stickley recostou-se e sua cadeira. – Você é mulher e está sozinha. Pode estar certa de que já a classificaram como um alvo fácil. Vão jogar com a sua solidão. Cada movimento que fizer será observado e registrado. Haverá microfones secretos na embaixada e na residência. (…)”

Além deles, Mary também está na mira de Angel, um assassino que nunca fracassou ao tentar tirar a vida de alguém:

“Nunca fracassei, pensou Angel. Sou Angel. O anjo da morte.”

Durante a narrativa, Mary se mostra um pouco desorientada ao buscar uma cura para seu sofrimento e uma maneira de lidar com os filhos que não queriam mudar de país, o que faz com que ela apresente mudanças de humor, deixando o leitor, muitas vezes, perdido. Todavia, aos poucos, ela vai se tornando forte e uma grande protetora de seus princípios e ideais, com isso vai ganhando a simpatia do leitor e sua personalidade de uma mulher guerreira fica mais evidente.

Típico de Sheldon, a trama tem um desfecho inusitado e um pano de fundo como a Guerra Fria que faz a trama misturar ficção e realidade. Aqui, faço um pedido: ao ler esta obra, caros leitores, reflitam sobre algumas questões que Sheldon aborda na narrativa: até que ponto temos nossa vida determinada por nossos governantes e outras autoridades? Até que ponto somos um mero capricho para aqueles que se consideram deuses?

Boa leitura!

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Resenha: Escrito nas estrelas, Sidney Sheldon

 

Angústia, romance, suspense… Escrito nas estrelas é um livro para despertar todos esses sentimentos e nos fazer viajar pelo mundo dos negócios imobiliários. Lara Cameron não teve uma infância muito fácil: nasceu em uma pequena cidade da Escócia, sua mãe morreu no parto e ela foi criada por um pai alcoólatra e frequentador de prostíbulos e, como se não bastasse, culpava Lara por todo o seu azar.

Ele trabalhava como cobrador de aluguéis de uma pensão, mas, devido à bebida, adoeceu e Lara teve que ficar responsável pela cobrança dos aluguéis, apesar de ainda muito nova e do descrédito do dono da pensão, que achava que ela seria “passada para trás” por todos. Entretanto, Lara se sobressai nas cobranças e acaba conhecendo Charles Cohn, um homem que se hospeda na pensão e lhe ensina muito sobre construções e finanças. Isso a motiva a pedir um empréstimo bem alto ao dono da pensão, Sean MacAllister. Ele lhe promete o empréstimo em troca de que ela vá para a cama com ele. A ambição fala mais alto e Lara resolve ceder.

“Lara sentia-se irrequieta. (…) Não havia anda que ela pudesse fazer. E se acostumara a mais ação. Gostava de ter meia dúzia de projetos em andamento ao mesmo tempo.

– Por que não procuramos por outro negócio? – perguntou ela a Keller.”

Assim, Lara constrói seu primeiro prédio e não parou mais. Conquistou Chicago e metade de Nova York. Percorrendo um caminho tortuoso e caminhando em uma trilha perigosa entre o jogo de mentiras e fraudes do mundo dos negócios, Lara ficou conhecida como A Borboleta de Ferro, tornou-se uma inspiração para mulheres e um obstáculo para os homens do ramo imobiliário. Mesmo com tantas coisas conquistadas, Lara sente que lhe falta algo, então conhece Philip Adler, um pianista, e se apaixona. Os problemas começam.

Enquanto construía seu enorme império, Lara tinha um relacionamento com um homem casado e que tinha ligações com a Máfia: Paul Martin. Ele não aceitaria a traição de Lara e está cada vez mais difícil para ela conciliar sua vida pessoal e profissional. Tudo começa a desmoronar.

Em seu aniversário de 40 anos, ela planeja uma festa para duzentos convidados e está disposta a entrar no salão, de cabeça erguida e enfrentar tudo e todos, mas o que acontece é algo realmente inesperado para a protagonista!

Uma obra que faz o leitor ir da pobreza para riqueza e da ingenuidade e pureza para a determinação e ambição. Ódio, vingança, rejeição, amor… A Borboleta de Ferro nos traz inúmeras vivências e muitas surpresas em um destino cheio de suspense e reviravoltas!

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Resenha: Eu, robô, Isaac Asimov

1 – Um robô não pode ferir um ser humano, ou por inação, permitir que um humano seja ferido.

2 – Um robô deve seguir todas as ordens dadas por seres humanos, exceto em casos que entrem em contradição com a primeira lei.

3 – Um robô deve proteger a própria existência, desde que isso não entre em contradição com a primeira e segunda lei.

São essas as leis que regem o universo ocupado por humanos e robôs criado por Isaac Asimov e que, teoricamente, são impossíveis de serem burladas. Não compare o livro com o filme de mesmo nome estrelado por Will Smith, embora o filme seja baseado, não se compara a grandiosidade do livro, é certo que diversos momentos do filme são inspirados em contos específicos do livro, como a cena no armazém de robôs, baseada no conto “Um robozinho sumido”, ou outras cenas que são de contos que nem sequer se encontram no livro, como quando o robô Sonny fala sobre seu sonho, que parece uma alusão ao conto “Sonhos de Robô”. Portanto, entenda filme e livro como obras distintas.

Eu, robô é uma coletânea de contos que já foram publicados em outras revistas, porém dessa vez são apresentados de forma a manterem um elo entre cada um, com uma entrevista a celebre Dra. Susan Calvin, personagem recorrente em vários contos de Asimov, em que ela fala um pouco de sua vida e relação com os robôs ao longo do tempo, começando o conto “Robbie”, que mostra um robô babá numa época que as maquinas ainda eram mais simples, alguns dos contos não a tem como protagonista, mas é ela uma das mais interessantes personagens mostradas.

O livro é subdivido em 9 contos, fora a história geral de ligação. São contos inteligentes, muitas vezes as três leis que a principio eram inquebráveis são postos à prova, necessitando de soluções inteligentes para concluir cada conto. Ainda que aparentemente sejam histórias sobre robôs, o foco são os humanos e suas interações com as maquinas inteligentes. A quem gosta de ficção cientifica, ou pretende conhecer a obra desse grande autor.

6 dicas para quem pretende fazer intercâmbio
6 dicas para quem pretende fazer intercâmbio
Atualizações, Lugares

6 dicas para quem pretende fazer intercâmbio

Pensando em começar 2018 bem e fazer intercâmbio ou só uma viagem para outro país? Então se liga nessas dicas que elas serão bem úteis para você, seja sozinho ou acompanhado de amigos e familiares:

Vá sozinho se quiser ser independente

Eu sou bastante tímida, então, se tenho que pedir informação ou falar com alguém que eu não conheço, eu peço pra alguém fazer isso por mim. Como eu fui sozinha para o intercâmbio, eu não tinha ninguém em quem me “escorar”, tive que simplesmente enfrentar minha vergonha e ser independente, caso contrário, ninguém faria aquilo por mim.

No início, foi bastante assustador e solitário. Eu não conhecia nenhuma das pessoas que fazia parte do meu grupo, então passei os três primeiros dias me sentindo sozinha e com muita saudade de casa, mas conforme fui me familiarizando com todo mundo, fui vendo o quanto eu tinha me tornado mais independente por estar sozinha.

Nem tudo é um mar de rosas

Antes de ir, vi vários vídeos no YouTube e li vários textos sobre intercâmbio. O problema é que eu achava que tudo seria lindo e maravilhoso do início ao fim, não pensei que nada de ruim ou desconfortável pudesse acontecer. Fui ingênua demais, não fui preparada o suficiente, tive que me preparar enquanto estava lá, e isso foi difícil.

Sempre sonhei em fazer intercâmbio, mas nunca tinha parado pra pensar como seria estar sozinha lá. Só pensei nos passeios e nos lugares novos que ia conhecer. Não pensei em me sentir um pouco deslocada, em ter que estar disposta a enfrentar diversas situações que nem sempre te deixam tão a vontade.

Viver duas semanas na casa de estranhos é, no mínimo, estranho. Você tem que dispor algumas horas do seu dia para conversar com eles, viver de acordo com as regras deles, comer a comida deles, usar o banheiro deles!

Minha hostfamily foi ótima, mas ainda assim é algo esquisito viver na casa de alguém que você não conhece.

Todas as pessoas que eu conheci foram super receptivas e educadas, não tive nenhum problema com isso, mas algumas pessoas passam por situações desconfortáveis por estarem em uma cultura tão diferente da sua. Esteja sempre aberto para novas situações e lembre-se que nem tudo vai ser como você quer, você é o visitante ali.

O frio não é tão maravilhoso assim

Sério! Desde muito pequena lembro de dizer que meu sonho era ver neve e que eu gostaria de morar em um lugar muito frio, meu Deus, eu era louca!

Eu não gosto de calor, o verão me irrita, e eu sou carioca, então imaginem meu desespero. Esse intercâmbio no inverno da Europa era tudo que eu mais queria que chegasse enquanto eu sofria no calor daqui.

Cheguei lá e achei incrível. Era um frio ótimo, as casas eram aquecidas então nada do problema de tomar banho no frio, dentro de casa ainda estava quentinho.

(Ah! Não cometam o mesmo erro que eu, no primeiro dia em que saí de casa fui burra o suficiente para ser enganada pelo aquecedor da casa, achei que “não estava tão frio assim” já que em casa estava uma temperatura ótima, conclusão: congelei o dia todinho.)

Mas o problema do frio, pra mim, foi o quanto ele é deprimente. Aqui no Brasil, em geral, quando está frio o céu continua azulzinho, já lá eu peguei basicamente três semanas de céu cinza. Da pra contar nos dedos de uma mão quantos dias o céu ficou azul. E isso realmente é muito deprimente. Fora que o dia só ficava claro às 8 e às 16 já começava a escurecer. Era bizarro.

Música ajuda muito!

Nada de novo nessa afirmação, né? Na primeira semana, foi tudo muito corrido, eu ainda estava me acostumando ao ritmo da casa e da excursão então acabei não ouvindo muita música, estava o tempo todo cansada de tanto andar durante o dia e chegava em casa querendo dormir.

Na minha casa, tenho muito hábito de ouvir música, o tempo todo, fazendo qualquer coisa. E um dia lá eu estava bem triste, com saudade de casa, estava no meio do SISU e tudo estava dando errado com relação a isso, até que resolvi ouvir música. Gente, música faz toda a diferença quando você está em um lugar desconhecido com pessoas desconhecidas, a partir desse dia comecei a ouvir música em todo tempo livre que eu tinha: no ônibus, quando chegava em casa e ia arrumar as minhas coisas, sempre que dava eu estava de fone.

Sono, você vai ter muito

O grande problema de querer dormir mas também querer aproveitar o dia ao máximo. Nas primeiras semanas, eu tinha aula, então tinha que acordar às 7, acabava indo dormir cedo porque estava morta de cansaço e teria que acordar cedo no dia seguinte.

Mas durante a terceira semana, minha rotina de sono virou uma loucura. Dormir? O que é isso? Nessa semana, a gente foi a vários países em uma sucessão de hotéis louca. A gente chegava no hotel uma hora da manhã e tinha que acordar às 6 para sair. Eu parecia um zumbi. A técnica era tentar deixar tudo agilizado o máximo possível no quarto (nada de bagunça) pra quando chegasse tarde não perder tempo arrumando nada e ter mais tempo de sono. Também vivemos a base de cochilos em qualquer trajeto de 5 minutos no ônibus.

Por último, comida

Eu sou chata pra comer, muito mesmo. Já fui pensando nisso, como ia ficar na casa de estranhos, comendo a comida deles, não queria ser chata. Queria estar disposta a prova coisas novas, por mais que não gostasse.

No primeiro dia, minha hostmom já perguntou o que a gente não gostava de comer (eu dividia o quarto com outra menina), eu tenho uma lista enorme de coisas que eu não gosto de comer, mas só respondi que não gostava de peixe. Eu sabia que os ingleses comiam muito peixe e isso era uma coisa que eu realmente não gostava, já tinha comido mais de uma vez e não gostava.

Ela não fez peixe nenhum dia, mas fez várias comidas que às vezes eu nem sabia o que eram. E basicamente todas eram boas! Ficar aberta as opções e aceitar o que ela fazia sem frescura foi a melhor coisa que eu fiz. Só teve uma coisa, que eu até hoje não sei bem o que era, que eu não gostei. Fora isso, comi várias coisas diferentes que amei, se fosse em outra situação, eu nem provaria, o que é ridículo.

Agora com relação a quanto eles comem. Eles comem muito! No início, eu não aguentava tudo que colocavam pra mim, e largava comida cheia de vergonha, mas realmente não cabia mais. Conforme os dias foram passando, eu fui me forçando a comer cada vez mais para não ter que jogar comida fora, o que funcionou, mas me proporcionou uns quilos a mais, e não perdi tudo até hoje, além de comer mais do que eu costumava comer, até hoje também.

Mas, a maior dica de todas é: vá disposto a aprender, a mudar, a experimentar. Gaste seu dinheiro com experiências, não só com coisas. Coma comidas maravilhosas e diferentes, faça passeios legais, não perca tanto tempo em lojas, isso você pode fazer no Brasil.

Várias pessoas que eu conheço falam até hoje o quanto aquela viagem me mudou, eu voltei menos inibida, mais falante, mais disposta a tentar coisas novas, menos fresca para comer… tudo isso porque eu fui disposta a mudar.

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Resenha: A Ira dos Anjos, Sidney Sheldon

“Mas estava olhando para o passado, tentando compreender quando foi que o riso morrera.”

Indignação, raiva, medo, dor, admiração, surpresa. Estas palavras definem o que você poderá sentir ao ler esta obra de Sidney Sheldon. Aliás, a mistura de sensações é emoções é uma marca registrada do autor. Em A Ira dos Anjos, Sheldon nos apresenta Jennifer Parker, uma advogada recém-formada que tinha tudo para se tornar uma profissional espetacular, todavia vê seus sonhos e planos irem por água abaixo em seu primeiro julgamento como assistente do promotor distrital de Nova York, ao cair em uma cilada.

O início do livro nos traz o julgamento de Michael Moretti, genro do chefe da maior família da máfia americana, Antonio Granelli. Robert Di Silva, promotor distrital de Nova York, reuniu provas contundentes para incriminar Moretti e mandá-lo para a cadeira elétrica. Tudo foi cuidadosamente preparada para que não houvesse nenhum risco de erros, mas, no dia em que uma testemunha, Camilo Stella, iria depor contra Moretti, Jennifer estava em seu primeiro dia de trabalho e, vítima de uma cilada, acaba por fazer com que o processo fosse anulado. Ela é acusada e passa por investigações e tem o risco de ser sua licença cassada, mas Adam Warner, advogado, acredita na integridade e a declara inocente, reacendendo na jovem a chama da esperança.

A forma como a protagonista consegue se reerguer é impressionante e inspiradora. Cada processo pequeno que chega em suas mãos, ela não mede esforços e empenha todo o seu conhecimento para ganhar. Assim, chega em um momento em que ela se torna uma referência e ninguém mais é capaz de desconfiar do seu potencial. Para aqueles casos grandes e difíceis, todos sabem que só havia uma pessoa capaz de resolver: Jennifer Parker. Mas não pense que ela ficou livre de Moretti e Di Silva: eles ainda irão se cruzar várias vezes e a trajetória de Jennifer nos trará reviravoltas inimagináveis.

Bem longe de ser uma história de superação, o livro já nos traz um título bem sugestivo: A Ira dos Anjos. Jennifer, mesmo ingênua e lutando diariamente para se reerguer, não esconde a raiva que sente. Ainda que não estejam descritos na trama, através das atitudes e palavras da protagonista é possível sentir sua ira.

Mais um clássico de Sheldon, cheio de emoção e que irá te prender do início ao fim.  Um livro que joga com a verdade, sem piedade.

“Ela estava sozinha. Ao final, todos ficavam sozinhos.”

Até aonde um ser humano é capaz de chegar por dinheiro, poder e status social? Neste livro, Sheldon nos trará, de forma brilhante, a resposta para essa pergunta.

Atualizações, Livros, Resenhas

Resenha: Biblioteca das Almas, Ranson Riggs

Há quem diga que o terceiro e último filme sofre de uma maldição, e, portanto será inferior aos dois filmes anteriores. No cinema, temos alguns bons (nem tão bons assim) exemplos, mas aparentemente, essa maldição afeta outras mídias, infelizmente, Biblioteca das Almas é um exemplo claro que essa maldição afeta também a literatura.

Dentre os três livros, esse é o mais decepcionante. Durante a leitura de todos os outros, um conceito fica claro, o poder do Jacob é a super conveniência, pois, diversas vezes conflitos foram resolvidos de forma tola, apenas para dar andamento na história. Como por exemplo, ele e Emma encontrarem o barqueiro aleatoriamente na cidade, quando ao mesmo tempo o barqueiro o esperava há anos. Alguém na Pixar já falava, “coincidências devem colocar o personagem em problemas, não tira-lo”.

O livro tem um ritmo acelerado e isso encaixou bem, não há tempo para discutir, o sentimento de tensão consegue perdurar em alguns momentos. As fotos sem duvidas são um dos grandes atrativos dessa saga, foi algo inovador e usado de forma a dar uma “veracidade” maior, embora uma ou outra foto pareça deslocada demais do contexto, foi com certeza o melhor dos livros.

Ao terminar essa obra, pode-se compará-la a um filme de domingo, daqueles cheios de explosões. Você sabe que ele não é o melhor, e se prestar atenção até encontra alguns erros, mas se deixa levar e ignora tais erros. E como ele tem momentos que poderiam ser melhorados…

O desfecho — e o vilão da história, na verdade — foram deprimentes. A passagem de Caul na caverna é quase que um plágio à cena final do filme Scooby-Doo de 2002, em que o Scooby Loo fica gigante, coincidentemente nesse filme também havia almas em forma de plasma azul!

Outro ponto tremendamente fraco, e até ridículo, foi aquela trupe de crianças atacando uma tropa de homens armados, essa passagem é indigna até mesmo de um livro voltado ao público pré-adolescente escrito sem revisão. A batalha entre acólitos e etéreos era convincente, mas uma turma de crianças e velhinhas avançar contra uns 30 homens armados e ninguém sair mortalmente ferido é bobo demais, a menina que tinha a boca na nuca tinha o que? Uns nove anos? E ainda havia pássaros bicando a cabeça dos soldados e bonequinhos cutucando as botas dos soldados… Que tipo de soldados são esses que não fuzilam essas crianças?

É grupo de garotos guiados por outro garoto montado, flutuando sobre algo invisível, não deve ser algo difícil de mirar. Lembre-se que em outros confrontos contra acólitos durante a saga os desempenhos deles era dignos de cenas dos trapalhões, e no final conseguiram enfrentar uma tropa inteira e sair ilesos, não há supressão de realidade que possa aceitar isso, pois a própria realidade do livro nos levava a entender que era impossível.

Quando Jacob se perguntou sobre seu poder foi um momento engraçado, pois era algo questionável desde o começo, ao menos foi dada uma explicação qualquer para sua super conveniência. A despedida do Jacob foi divertida, pessoalmente gostaria que o autor finalizasse de forma a deixar o Jacob num hospício enquanto jurava que peculiares existiam. Mas um final feliz parecia o melhor para se vender.

Brincar com o tempo sempre é confuso, ao fim algumas dúvidas ainda resistiram, como por exemplo:

— Quando eles estavam em Londres durante um bombardeio, eles não estavam sobre a influência de nenhuma fenda, pois a fenda que eles viviam já tinha sido destruída, portanto qual seria a explicação falar que o futuro continuaria o mesmo (dá a entender que as ymbringnes falavam sobre o futuro ser impossível de ser mudado apenas para controlar as crianças, e isso seria uma mentira muito cruel).

— Se o irmão do Caul tinha sido pego e obrigado a construir o polifendador, Caul não deveria deixar acólitos de guarda ou prender o irmão constantemente na torre, é serio que ele não achou que alguém que poderia ser perigoso para eles ficasse morando livremente a algumas quadras do quartel general do mal seria… Perigoso? Caul definitivamente não conhece o conceito de estratégia.

— O que eles vão fazer com os etéreos restantes?

— Eles deixaram aquele preso no polifendador sofrendo?

— Então tecnicamente a única habilidade restante e aproveitável do Jacob é entrar em fendas?

Em suma, é um livro divertido, mas cheio de confusões, é como um filme trash, você para aproveitar deve desligar o cérebro. Porém, a saga ao todo não é um tempo de leitura totalmente perdido, apenas divertido, mas ainda carrega a maldição do terceiro capitulo. Veja também as nossas resenhas do primeiro e segundo livros.