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Dica: cantores que você vai gostar de conhecer

dodie

A inglesa Dodie Clark  ficou conhecida no Youtube por suas músicas autorais que seguem uma linha indie/pop/alternativo. Ela publica videos com covers e músicas originais em seu canal doddleoddle que já tem mais de um 1M de inscritos.  Dodie tem 2 EPs disponíveis para serem ouvidos no Spotify, Intertwined (2016) e You (2017) que ficou na sexta posição dos álbuns mais ouvidos do Reino Unido , perdendo apenas para cantores consagrados como Ed Sheeran.

Com pouco tempo de carreira, a jovem de 22 anos conquistou um enorme público online e aparenta ter um futuro promissor na indústria musical. Então, vale a pena conferir o seu canal no youtube e acompanhar a carreira da inglesa, seguindo, inclusive, sua conta Vevo para conferir os video clips.

Tessa Violet

A cantora americana começou no YouTube publicando vlogs sobre assuntos diversos e, desde 2011, publica, também, músicas autorais. Tessa tem um album Maybe Trapped, Mostly Troubled (2014) e  um EP Halloway (2016), ambos disponíveis no Spotify e Itunes, seguindo uma linha pop/indie.

No seu canal, meekakitty,  podem ser encontrados videos clips de suas músicas e muitas colaborações com outros cantores do meio online. Juntamente com Dodie e Rusty Clanton (cantor que também produz conteúdo online), participou da Transatlantic Tour, que foi uma série de shows pelos EUA em 2016.

Bry

O cantor ficou conhecido online por suas músicas autorais, construindo uma carreira a qual produziu sozinho durante anos. Ele tem um álbum disponível no Spotify, Bry,  contendo sua música mais famosa, Disarm, em cujo clipe Evanna Lynch, a Luna Lovegood de Harry Potter, fez uma participação especial.  O irlandês, em 2016, abriu os shows da tour da banda Twenty One Pilots pela Europa.

Maisie Peters

Com letras românticas e uma melodia suave, Maisie conquistou uma audiência de mais de 30 mil inscritos no Youtube, postando apenas músicas autorais. A inglesa de 17 anos, emplacou o  single Place We Were Made no Spotify e Itunes. O lançamento de sua próxima música Birthday será nessa sexta, dia 10 e em seu canal podem ser encontradas suas outras composições.

Você já conhece fantástico cinema sul-coreano?
Você já conhece fantástico cinema sul-coreano?
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Você já conhece fantástico cinema sul-coreano?

Certas vezes, encontramos filmes que são verdadeiras pepitas de ouro, dado a sua qualidade, outras vezes, encontramos uma verdadeira jazida, como é o caso dos thrillers sul-coreanos.

Os filmes desse país, geralmente policiais, mostram técnicas habilidosas de gravação, violência estilizada e roteiros impactantes. Muitas de suas produções parecem não se importar se o expectador ficará chocado ao acabar de assistir, ou melhor, procuram o deixar de queixo caído.

Algumas características podem ser notadas facilmente, como as tramas intricadas, muitas vezes os protagonistas são policiais (nos casos dos thrillers policiais), ou Salaryman, utilizando o termo japonês para executivos. Nota-se também pouca utilização de armas de fogo, já que muitas das cenas são utilizados materiais inusitados, como martelos (Oldboy) ou até um osso (The yellow sea)!

Oldboy — versão coreana com o maravilhoso Min sik Choi, esqueça a versão americana — foi a minha porta de entrada nesse mundo, porém, há muito mais a se assistir. Do próprio Min Sik, aliás, o ator demonstra sua capacidade em outros excelentes filmes, seja um general estrategista em A Batalha de Myeongryang, um policial cansado em New World, um velho caçador que perdeu o filho em The Tiger, ou um psicopata terrível em I saw the devil, todos os (excelentes) filmes em que ele atua mostram o quão bom ator é.

Além dos filmes mencionados, falarei brevemente de outros grandes filmes sul-coreanos, sem ordem de preferência, que superam facilmente produções hollywoodianas em questão de enredo e/ou ação.

A Hard Day: No dia da morte da mãe, o detetive Gun-Soo se envolve num acidente de carro, com vítima fatal, como se as coisas não estivessem ruins o bastante, logo depois ele passa a receber ligações o ameaçando. É incrível as situações de extrema tensão combinada com momentos quase que engraçados.

O homem de lugar nenhum: Um agente exilado vive num mercadinho isolado de todo o mundo externo, tendo algum tipo de interação apenas com uma menina, quando ela e sua mão são sequestradas, o homem resolve se vingar…

O caçador: Um ex-detetive e agora cafetão volta a ativa quando um serial killer passa a matar mulheres, o mais interessante nesse filme é que as ações deles são criveis.

Mother – A Busca Pela Verdade: Quando o filho com retardo mental é acusado de um assassinato, e a justiça dá o caso por encerrado, cabe à mãe procurar sozinha por respostas. Atente-se à fotografia desse filme, uma obra de arte.

Sede de Sangue: Um padre participa de um experimento, no qual muitos não sobrevivem, como o titulo dá a entender, ele vira um bebedor de sangue, diferente dos que brilham no sol, toda a trama tramita entre os prazeres carnais e a culpa.

Train to Busan: Quando os filmes de zumbis ficaram saturados, surgiu esse achado, unindo ação e drama, ele conseguiu ser inovador quando tudo era mais do mesmo. Assim como Oldboy, esse também ficou popular em vários países.

E esses são apenas alguns exemplos, ainda há muitos outros grandes filmes. Costuma-se associar o cinema coreano apenas a filmes sobre vingança, no qual, diga-se de passagem, são muito bons, mas esse país vai mais além, basta se aventurar e descobrir as surpreendentes obras!

Checklist do Enem: tudo o que você precisa saber antes de sair de casa para fazer a prova
Checklist do Enem: tudo o que você precisa saber antes de sair de casa para fazer a prova
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Checklist do Enem: tudo o que você precisa saber antes de sair de casa para fazer a prova

O Enem está chegando! Em 2017, o exame será nos dias 05 e 12 de novembro!

Você estudou pra caramba para a prova, ralou demais mesmo, e está confiante de que este é um dos dias mais importantes da sua vida.

Sabemos disso e não vamos deixar você colocar tudo a perder. Seja por ter esquecido a caneta ou por chegar ao local de prova errado, faltando 5 minutos para os portões fecharem.

Por isso, o pessoal da Revista QB preparou uma checklist do Enem com tudo que você precisa checar antes de sair para fazer a prova!

Checklist do Enem

Na imagem abaixo, você pode ver todos os itens que listamos.

E, para facilitar ainda mais, tem uma versão para impressão. Assim, você pode marcar o que já foi feito, rabiscar e anotar suas informações. Basta clicar no link acima da imagem e, depois que o arquivo abrir, no botão da impressora!

Confira o que falta fazer, dê uma olhadinha na lista antes de sair e veja se já fez tudo, beleza? Os links de apoio estão logo depois da imagem.

Mãos na massa caneta tinta preta de plástico transparente! Ânimo, que o Enem é só mais uma etapa e em breve você estará dentro da faculdade! =D

>>Versão para impressão: clique aqui

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Links úteis para quem vai prestar o Enem

Confira seu local de prova
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Quais são as diferenças entre dissertação argumentativa e artigo de opinião?

Gostou? Se ainda tiver alguma dúvida, confira o Edital do Enem 2017 neste link.

O Checklist do Enem é útil pra você? Compartilhe com seus amigos que também vão fazer o Enem 2017!

Você já conhece o Quero Bolsa? É um site que oferece bolsas de estudo para mais de 1000 faculdades no Brasil todo e você não precisa pagar nenhuma taxa de renovação. Clique aqui para ver e garantir agora mesmo uma super bolsa para o segundo semestre! \o/

Texto originalmente postado na Revista Quero Bolsa, no dia 01/11. Arte por Amanda Inasaki.

Há um problema que assola a maior parte dos jovens escritores
Há um problema que assola a maior parte dos jovens escritores
Atualizações, Colunas, Livros

Há um problema que assola a maior parte dos jovens escritores

Quando comecei a escrever, adorei a sensação de poder, eu poderia escrever o que quisesse e isso era incrível!
As pessoas podem não gostar, criticar a minha obra, ou até mesmo escrever algo melhor, mas não podem me impedir, sou livre pra escolher o que quero fazer. Queimem, boicotem, escrevam em resposta, mas nunca poderão me calar.

A liberdade é encantadora, e aqueles que desfrutam disso não querem perde-la. Se quiser escrever sobre a visão romantizada de um assassino de prostitutas, só pra chocar quem lê ao revelar, eu posso. Talvez escrever sobre uma criança abusada sexualmente pelo que ela acredita serem monstros do guarda-roupa, ou um cara que enfia um consolo na bunda pra ver Deus. Céus! Eu posso colocar um astronauta junto com um ser mitológico grego numa taberna medieval multidimensional no espaço, e ninguém pode me proibir.

Acredite, eu escrevi essas coisas, apenas por saber que eu podia fazer.

Então vejo outros garotos que estão começando, assim como eu, mas eles não escrevem antes de pedir permissão, não, estão perdidos. Estar perdido é bom, você não se adéqua a realidade e quer mudar, mas é essa liberdade que eles não percebem. Eles têm duvidas, mas os questionamentos são quase que pedidos por aprovação, “e se meu protagonista estiver morto?”, “posso nomear capítulos?”, “posso falar de tal marca?” ou “posso escrever uma palavra errada para simular a fala do personagem?”.

Sim! Todos podem fazer o que quiserem, não há um regulamento para padronizar textos, ninguém será preso se tentar se arriscar um pouquinho. Pode ser que não gostem, problema deles, na nossa constituição não há um lugar que afirma a quantidade de palavras por capítulos, não existe uma organização regulamentadora que ditam o que podemos escrever. Apenas não cometa crimes, faça o que queres e o resto há de ser da lei.

É claro, não digo para negarem qualquer comentário, mas leia as criticas com cuidado, acate sugestões que ache que sejam proveitosas para você, é isso que leitores betas fazem, mas o autor é que deve estar no controle, não levem todos os conselhos como ordens.

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Especial Halloween: 5 livros de terror para o dia mais assustador do ano

O Halloween – conhecido como Dia das Bruxas – é uma celebração popular de culto aos mortos. A popularidade do Halloween é maior em alguns países de língua anglo-saxônica (especialmente nos EUA), cujo significado se refere à noite sagrada de 31 de Outubro, véspera do feriado religioso do Dia de Todos os Santos. A tradição do Halloween foi levada pelos irlandeses aos Estados Unidos, onde a festa é efusivamente comemorada.

Os símbolos principais são as fantasias de bruxas e a abóbora com feição humana iluminada através de uma vela acesa. Além disso, também é comum decorar as casas com objetos e temas assustadores, como caveiras, teias de aranha, mortos-vivos e demais seres que pertençam ao imaginário popular. Também há o costume de distribuir doces para as crianças fantasiadas durante o Halloween. Conhecido como “trick or treat” (“gostosuras ou travessuras”, em português), esta atividade infantil é muito comum nas comemorações do Halloween nos países do Hemisfério Norte, como os Estados Unidos.

Algumas teorias sugerem que a origem das comemorações do Halloween tenha surgido entre o povo celta, através das festividades pagãs do fim do período de verão e início do inverno, o “Festival de Samhain”, que acontecia no final do mês de outubro.

Acreditava-se que nesta data, os espíritos dos mortos regressavam para visitar as suas casas e também poderiam surgir assombrações para amaldiçoar os animais e as colheitas. Todos os símbolos utilizados pelos celtas tinham como objetivo afastar os maus espíritos.

A origem católica do Halloween coincide com a festa de Todos os Santos, sendo determinado pela Igreja Católica o dia 2 de novembro como o Dia dos Finados. Antigamente, no dia 31 de outubro, acontecia uma vigília de preparação denominada “All Hallow’s Eve” (Véspera de Todos os Santos). Após transformações, a expressão permaneceu na sua forma atual.

Para entrar no clima do dia mais assustador do ano, o Beco separou uma listinha macabra com 5 dicas de leitura que você não vai querer fazer sozinho:

1 – O Iluminado, Stephen King

Lançado em 1977, O Iluminado foi o terceiro livro de Stephen King e seu primeiro best-seller em capa-dura. O sucesso do livro foi tanto que firmou King na carreira de escritor no gênero. Os cenários e personagens foram influenciados pelas experiências pessoais do Stephen King, incluindo suas visitas ao Hotel Stanley, no Colorado em 1974 e a sua reabilitação do alcoolismo.

O Iluminado centra-se na vida de Jack Torrance, um aspirante a escritor e alcoólatra em recuperação que aceita o emprego de zelador na baixa temporada do famoso Hotel Overlook, nas montanhas do Colorado, para onde se muda com sua esposa Wendy e seu filho Danny. Danny é “Iluminado”, o que, no contexto da história, significa que ele possui um conjunto de habilidades psíquicas que permitem que ele veja o passado horrível do hotel. Uma tempestade de neve deixa a família presa nos arredores e forças sobrenaturais que habitam o hotel começam a influenciar a sanidade de Jack, colocando em perigo sua esposa e filho.

2 – O Exorcista, Willian Peter Blatty

Publicado pela editora americana Harper & Row e lançado originalmente em 1971, O Exorcista conta a história de Regan MacNeil, uma garota de 12 anos que é possuída pelo demônio. Há boatos de que a história do livro seja baseada em um caso de exorcismo real. O livro teria sido baseado nos registros de um caso real, alegadamente realizado em Mount Rainier, no estado de Maryland. O jornal The Washington Post e supostamente outros periódicos locais relataram o discurso de um padre, feito numa sociedade de parapsicologia amadora, na qual este teria afirmado haver exorcizado um demônio em um menino de 13 anos chamado Ronald, cujo sofrimento durou cerca de seis semanas.

Em O Exorcista, um idoso jesuíta chamado Padre Merrin lidera um escavação arqueológica no norte do Iraque a fim de estudar antigas relíquias. Em seguida à descoberta de uma estatueta do demônio Pazuzu, um semideus da cultura suméria real, a estatueta e uma moderna medalha de São José se justapõem curiosamente, promovendo uma série de presságios que alertam o religioso de que em breve terá um confronto com um mal poderoso que ele, até então desconhecido pelo leitor, já havia enfrentado antes num exorcismo feito na África.

No mesmo momento em que esses fatos se dão no Oriente Médio, em Georgetown, uma menina chamada Regan MacNeil que mora com a mãe, uma famosa atriz chamada Chris, fica inexplicavelmente doente. Depois de uma série gradual de distúrbios de poltergeist, a garota apresenta perturbadoras alterações físicas e psíquicas, aparentando estar possuída por um espírito demoníaco.

3 – O Bebê de Rosemary, Ira Levin

Rosemary Woodhouse e seu marido Guy, um ator que luta para se firmar na carreira, mudam-se para um dos endereços mais disputados de Nova York, o Bramford, um edifício antigo de ares vitorianos, habitado em sua maioria por moradores idosos e célebre por uma reputação macabra de incidentes misteriosos ao longo da história. Sem demora, os novos vizinhos, Roman e Minnie Castevet, vêm dar boas-vindas aos Woodhouse. Apesar das reservas de Rosemary com relação a seus hábitos excêntricos e aos barulhos estranhos que ouve à noite, o casal idoso logo passa a ser uma presença constante em suas vidas, especialmente na de Guy. Tudo parece ir de vento em popa. Guy consegue um ótimo papel na Broadway, e novas oportunidades não param de surgir para ele. Rosemary engravida, e os Castevets passam a tratá-la com atenção especial. Mas, à medida que a gestação evolui e parece deixá-la mais frágil, Rosemary começa a suspeitar que as coisas não são o que parecem ser.

4 – Histórias Extraordinárias, Edgar Allan Poe

Nestes contos – selecionados e traduzidos por José Paulo Paes -, Edgar Allan Poe (1809-1849) imaginou algumas das mais conhecidas histórias de terror e suspense da literatura, tramas que migraram da ficção direto para o imaginário coletivo do Ocidente. É o caso de ‘O gato preto’, a tenebrosa história de um assassinato malogrado, ou de ‘O poço e o pêndulo’, que apresenta uma visão macabra da ansiedade da morte. Pioneiro dos contos de mistério, como ‘A carta roubada’ e ‘O escaravelho de ouro’, Poe deu a seus personagens profundidade psicológica.

5 – Nosferatu, Joe Hill

Victoria McQueen tem um misterioso dom: por meio de uma ponte no bosque perto de sua casa, ela consegue chegar de bicicleta a qualquer lugar no mundo e encontrar coisas perdidas. Vic mantém segredo sobre essa sua estranha capacidade, pois sabe que ninguém acreditaria. Ela própria não entende muito bem. Charles Talent Manx também tem um dom especial. Seu Rolls-Royce lhe permite levar crianças para passear por vias ocultas que conduzem a um tenebroso parque de diversões: a Terra do Natal.

A viagem pela autoestrada da perversa imaginação de Charlie transforma seus preciosos passageiros, deixando-os tão aterrorizantes quanto seu aparente benfeitor. E chega então o dia em que Vic sai atrás de encrenca… e acaba encontrando Charlie. Mas isso faz muito tempo e Vic, a única criança que já conseguiu escapar, agora é uma adulta que tenta desesperadamente esquecer o que passou. Porém, Charlie Manx só vai descansar quando tiver conseguido se vingar. E ele está atrás de algo muito especial para Vic. Perturbador, fascinante e repleto de reviravoltas carregadas de emoção, a obra-prima fantasmagórica e cruelmente brincalhona de Hill é uma viagem alucinante ao mundo do terror.

 

Entrevista: Bruno Peres compartilha experiências sobre marketing digital
Entrevista: Bruno Peres compartilha experiências sobre marketing digital
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Entrevista: Bruno Peres compartilha experiências sobre marketing digital

Bruno Peres é um nome bastante conhecido no mundo do RPG, quando em 1994, ajudou na organização do Encontro Internacional do RPG e participou de uma ONG ministrando jogos para crianças carentes, além de ter
escrito cenários e jogos. Desde 2004, o autor paulistano tem uma carreira sólida no marketing digital, já que passou por empresas como Discovery Channel, Groupon, iFood, até que decidiu fundar a sua própria, a arca.buzz. Lançou há poucos dias seu primeiro livro, O Vendedor de Sapatos, uma narrativa motivacional que promete ensinar o poder do perdão e da superação e conversou um pouquinho com o Beco Literário sobre a sua trajetória, confira:

Beco Literário: Depois de passar por tantas organizações, como a ONU e a Discovery Channel, o que te inspirou, principalmente, a fundar a arca.buzz?
Bruno Peres: Sempre tive vontade de empreender, de construir o meu caminho para ajudar outras pessoas, para apoiar outras organizações em formatos mais flexíveis. Fundar a arca.buzz foi o princípio desse novo momento em minha carreira, onde ministramos aulas, cursos em empresas, consultorias e também prestamos serviços de marketing.

BL: Como foi esse seu desejo por empreender? Começou desde criança ou surgiu com o tempo?
Bruno: Aos 11 anos eu fundei o jornal da minha escola. Juntei um grupo de amigos e nós mesmos fazíamos as matérias, criávamos o layout e imprimíamos naqueles enormes mimeógrafos… Sempre tive esse desejo, falhei inúmeras vezes e acredito ainda estar apenas no começo de uma longa e próspera jornada.

BL: Você está lançando um livro motivacional, “O Vendedor de Sapatos”. De quais artifícios você usa para motivar as pessoas nele? Histórias pessoais ou de pessoas próximas?
Bruno: Escrever é perceber tudo ao redor. É prestar atenção em cada detalhe, cada história que passa por nossas vidas. Em “O vendedor de Sapatos” eu reuni ensinamentos que aprendi em muitas viagens ao redor do mundo. Reuni histórias de pessoas que muito me ensinaram e juntei tudo através de uma linha com personagens que fossem capaz de transmitir essas histórias para nós; afinal, histórias conectam pessoas desde o princípio dos tempos.

BL: Como foi a experiência de lançar seu primeiro livro? Virão outros no futuro?
Bruno: Escrever é um sonho antigo, estamos há muitos anos trabalhando para que esse momento acontecesse, por isso a experiência está sendo deliciosa, de muito trabalho e com muitas novidades para mim. Sim, já existem alguns outros livros prontos.

BL: Nas startups, vemos ambientes horizontais onde “todo mundo faz tudo”. Para você, isso é uma coisa boa ou pode desvalorizar alguma carreira?
Bruno: Trabalhei em algumas startups, e isso acaba acontecendo porque precisamos realizar muito e em pouco tempo. Vejo a descentralização como algo bom no âmbito de dar mais voz às pessoas, de criar ambientes mais criativos e pró-ativos. Mas, como tudo, isso é algo que precisa ser acompanhado de perto, visando sempre manter um ambiente produtivo e feliz para todos.

BL: O que é marketing, para você?
Bruno: Marketing é a atividade responsável pela troca entre empresas e seu mercado consumidor. Falando assim, pode até parecer simples, mas para que essa troca aconteça de forma natural, uma enormidade de estudos, estratégias e muito trabalho estão envolvidos.

BL: Como foi a experiência de organizar o Encontro Internacional do RPG?
Bruno: Ahhh, adoro essas perguntas. O RPG faz parte da minha vida desde 1994 e participei de uma enormidade de EIRPGs (O nome que damos ao Encontro Internacional). Tive a oportunidade de ajudar a organizar alguns deles, e sempre foi uma experiência incrível, onde conectávamos todos ao redor de nosso hobby. Chegamos a ter mais de 10 mil pessoas por dia em grandes galpões com palestras, campeonatos e muitos livros e aventuras acontecendo. RPG sempre conectou pessoas, conectou histórias e essa comunidade em todo Brasil, sempre foi incrível!

BL: Quais livros você indicaria para o pessoal do Beco Literário que se interessa por marketing e empreendedorismo?
Bruno: Para quem quer saber mais de marketing, é obrigatório ler Philip Kotler e buscar, no cara que é considerado um dos pais do Marketing, as premissas básicas que podem levar ao entendimento dessa atividade. Recomendo também alguns livros do Keller e sempre ter um cuidado para “gurus” que criam títulos “arrasadores” mas que não trazem conteúdos tão relevantes para nossa profissão.

Lembrando que, dando continuidade a série de matérias sobre empreendedorismo, o Beco Literário também entrevistou o empresário Bruno Perin, na semana passada! Confira clicando aqui.

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Especial Dia Nacional do Livro: 5 livros nacionais para entrar no clima

O Dia Nacional do Livro é celebrado, em todo o Brasil, em 29 de outubro. A data é uma homenagem à fundação da Biblioteca Nacional do Brasil em 1810. A Biblioteca fica na cidade do Rio de Janeiro e é considerada pela UNESCO uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo e também a maior biblioteca da América Latina.

O núcleo original de seu poderoso acervo, calculado hoje em cerca de 9 milhões de itens, é a antiga livraria de D. José, organizada sob a inspiração de Diogo Barbosa Machado, Abade de Santo Adrião de Sever, para substituir a Livraria Real, cuja origem remontava às coleções de livros de D. João I e de seu filho D. Duarte, e que foi consumida pelo incêndio que se seguiu ao terremoto de Lisboa de 1º de novembro de 1755.

Para comemorar a data, o Beco traz algumas dicas de leituras para você entrar no clima e prestigiar a nossa literatura nacional:

1 – Dom Casmurro, Machado de Assis

Dom Casmurro é um romance escrito por Machado de Assis, publicado em 1899 pela Livraria Garnier. Escrito para publicação em livro, o que ocorreu em 1900, é considerado o terceiro romance da “trilogia realista” de Machado de Assis. Seu personagem principal é Bento Santiago, o narrador da história que, contada em primeira pessoa, pretende “atar as duas pontas da vida”, ou seja, unir relatos desde sua mocidade até os dias em que está escrevendo o livro. Entre esses dois momentos Bento escreve sobre suas reminiscências da juventude, sua vida no seminário, seu caso com Capitu e o ciúme que advém desse relacionamento, que se torna o enredo central da trama. Ambientado no Rio de Janeiro do Segundo Império, se inicia com um episódio que seria recente em que o narrador recebe a alcunha de “Dom Casmurro”, daí o título do romance. Machado de Assis o escreveu utilizando ferramentas literárias como a ironia e uma intertextualidade que alcança Schopenhauer e, sobretudo, a peça Otelo de Shakespeare.

2 – Senhora, José de Alencar

Senhora é um romance urbano do escritor brasileiro José Martiniano de Alencar, publicado em 1874, na forma de folhetim. É um dos últimos romances de Alencar, publicado dois anos antes da morte do escritor. Da mesma forma que IracemaSenhora é, juntamente com Lucíola, um dos pontos altos da sua ficção citadina e de atualidade. O final feliz é a ultima parte do desenvolvimento do romance – agora em clave de maior densidade psicológica – do motivo do conflito entre o amor e o interesse, presente desde os primeiros livros.

Aurélia Camargo, filha de uma pobre costureira e órfã de pai,depois de perder seu irmão apaixonou-se por Fernando Seixas – homem ambicioso – a quem namorou. Este, porém, desfaz a relação, movido pela vontade de se casar com uma moça rica, Adelaide Amaral, e pelo dote ao qual teria direito de receber.

Passado algum tempo, Aurélia, já órfã de mãe também, recebe uma grande herança do avô e ascende socialmente.Passa, pois, a ser figura de destaque nos eventos da sociedade da época. Dividida entre o amor e o orgulho ferido, ela encarrega seu tutor e tio, Lemos, de negociar seu casamento com Fernando por um dote de cem contos de réis. O acordo realizado inclui, como uma de suas cláusulas, o desconhecimento da identidade da noiva por parte do contratado até as vésperas do casamento. Ao descobrir que sua noiva é Aurélia, Fernando fica muito feliz, pois, na verdade, nunca deixou de amá-la. A jovem, porém, na noite de núpcias, deixa claro: “comprou-o” para representar o papel de marido que uma mulher na sua posição social deve ter.

3 – O Alquimista, Paulo Coelho

O Alquimista é um best-seller do escritor brasileiro Paulo Coelho, publicado originalmente em 1988, em português. O livro foi traduzido para mais de 56 línguas, tendo vendido mais de 65 milhões de cópias em todo o mundo. Um romance alegórico, O Alquimista segue um jovem pastor andaluz em sua viagem ao Egito, depois de ter um sonho recorrente de encontrar tesouro lá. O livro é um best-seller internacional. Segundo a AFP, já vendeu mais de 150 milhões de cópias em 70 idiomas diferentes, tornando-se um dos livros mais vendidos da história e estabelecendo o Guinness World Record para a maioria dos livros traduzidos por um autor vivo.

Acreditando em um sonho recorrente de ser profético, Santiago decide viajar para uma adivinha Romani em uma cidade próxima para descobrir seu significado. A mulher interpreta o sonho como uma profecia dizendo ao menino que há um tesouro nas pirâmides no Egito. No início de sua jornada, ele encontra um velho rei, cujo nome era Melquisedeque, que lhe diz para vender suas ovelhas para viajar para o Egito e introduz a ideia de uma Lenda Pessoal. Sua Lenda Pessoal é o que você sempre quis realizar. Todos, quando são jovens, sabem o que é a sua “Lenda Pessoal”. Ele acrescenta que “quando você quer algo, todo o universo conspira para ajudá-lo a alcançá-lo”. Este é o tema central do livro.

4 – Capitães da Areia, Jorge Amado

Capitães da Areia é um drama de autoria de Jorge Amado, escrito em 1937. O livro retrata a vida de um grupo de menores abandonados, que crescem nas ruas da cidade de Salvador ,vivendo em um trapiche, roubando para sobreviver e chamados de “Capitães da Areia”. O livro forma parte do movimento da Romance de 30, marcando uma mudança do modernismo da década anterior, passando de experimentação literária para um engajamento com questões sociais.

Neste livro, Jorge Amado retrata a vida nas ruas de Salvador, capital do estado brasileiro da Bahia, naquela época, afetada por uma epidemia de bexiga (varíola); o aparato policial destinava-se à perseguição pura e simples dos menores infratores, encontrando mesmo prazer na tortura, sem qualquer senso de justiça. Diante do ambiente hostil em que vivem, o grupo de meninos abandonados reage de forma também agressiva, mas de forma a encontrar nas ruas uma certa liberdade; tem por refúgio um velho trapiche (espécie de armazém) abandonado numa das praias da capital baiana – de onde vem o nome do grupo.

5 – A Hora da Estrela, Clarice Lispector

O romance narra a história da datilógrafa alagoana Macabéa que migra para o Rio de Janeiro, tendo sua rotina narrada por um escritor fictício chamado Rodrigo S.M. É, talvez, o seu romance mais famoso por trazer uma narrativa diferenciada da que costuma apresentar em suas obras, muitas vezes considerada hermética e intimista ao extremo. A Hora da Estrela ainda traz consigo as questões filosóficas e existenciais que dão o tom característico da autora no romance. Foi adaptada para o cinema com o mesmo título por Suzana Amaral em 1985.

Macabéa leva uma vida simples e sem grandes emoções. Começa a namorar Olímpico de Jesus, que não vê nela chances de ascensão social de qualquer tipo. Assim sendo, abandona-a para ficar com Glória (colega de trabalho de Macabéa), cujo pai era açougueiro, o que sugeria ao ambicioso nordestino a possibilidade de melhora financeira. Sentindo dores constantes, Macabéa vai ao médico e recebe um diagnóstico de princípio de tuberculose, mas não conta a ninguém. Glória percebe a tristeza da colega e a aconselha a buscar consolo numa cartomante. Madame Carlota prevê um futuro feliz, no qual ela conheceria um estrangeiro, homem louro com quem casaria. De certa forma, é o que acontece: ao sair da casa da cartomante, Macabéa é atropelada por uma Mercedes amarela guiada por um homem louro e cai no asfalto, onde morre.

Autoria: HomemLiteratus - a arte de criar
Autorais

Autoria: HomemLiteratus – a arte de criar

A liberdade é seu jardim secreto. Sua pequena conivência para consigo mesmo. Um sujeito preguiçoso e frio, algo quimérico, razoável no fundo, que malandramente construiu para si próprio uma felicidade medíocre e sólida, feita de inércia, e que ele justifica de quando em vez mediante reflexões elevadas. Não é isso que sou?

Jean-Paul Sartre

O Sol está lá fora,

Manhã de sexta-feira. É verão e o sol está brilhando no céu dos homens. Os pássaros regorjeiam nas copas das árvores, libélulas sobrevoam a superfícies de pequenos lagos e um jovem tenta escrever o que se pode escrever de algo que é escrito por pessoas que gostam de escrever. Tudo está conforme a atuação da lei natural, segundo a Equação Geral do Universo Filosófica: “enquanto alguns vivem, outros refletem sobre a justificativa do por que viver”.

Pensar em arte é pensar na capacidade que o homem tem de expressar simbolicamente o abstrato, metafísico. E se há relação entre o sentimento e a obra, pode-se apreender de uma relação existente entre a realidade da obra literária, e a realidade do autor – aquela em que nós chamamos ser a nossa realidade, marcada pelo tempo – sol, lua, números representando horas e minutos; pelo convívio social.

O homem é explicado/construído/elucidado sócio- histórico e antropologicamente, noções essas que podemos acentuar como desinências de realidade.

Sistematizar esse primeiro conceito que foi tematizado, é mister entender que essa questão entre criador e criatura não se separa, porque o criador é envolvido por uma certa fenomenologia para que a inspiração opere para ser formada a criatura.

Mesmo sendo eu autor, mas evocado por um pseudônimo, não nega essa afirmação. Pois, o narrador é constituído como uma entidade ontológica psicológica e não física.

Todavia, esta análise propõe com o objetivo de especificar, como por exemplo, o arquétipo dado nesta introdução “expressão fraternal existente entre criador e criatura”, para explicitar com mais acessibilidade um dos focos de discussão deste ensaio, que é a mimésis, a imitação.

Nós leitores, passamos a compreender que a realidade de uma obra literária é ficcional, mas essa ficção, de certa forma, é oriunda de uma realidade, a de quem escreve.

PS: Tratemo-nos em começar a segunda parte da discussão relendo a crônica: “Homem” que serve para ilustrar a dimensão homem e as suas complexidades

Assim como Ralph Linton (1965) argumenta em seu arquétipo ‘antropo-sociológico’ O Homem: Uma Introdução à Antropologia – metamorfoseando tal pensamento em uma linguagem mais poética – a não ser que a ciência se enquadra em um sistema de teorizações equivocadas, a espécie humana, o homem, não se caracteriza como anjos caídos, mas como animais aperfeiçoados.

Seres constituídos biologicamente de células – corpúsculos bioquimicamente preparados para perfazerem sistemas de vivência e sobrevivência através de minúsculos compartimentos denominados organelas celulares que, possuem individualmente, no interior da célula, alguma atividade em particular – ao se agruparem, dão existência a tecidos que, por sua vez, formam órgãos que constituem sistemas e, por final, resulta em um organismo vivo.

Por conseguinte, coloquemos as ironias a parte desta discussão, e questionemos o retrato realizado pelo texto literário ao descrever uma tripartição no homem: corpo, consciência e o livre – arbítrio. Dissecar o corpo e discutir sobre sua função, composição, nutrição é por demasiado menos complicado. Não é presunção de minha parte não reconhecer a luta incansável do homem em buscar conhecer a ciência e colocá-la como sua fiel escudeira na formação de idéias e opiniões, desfazendo de sua importância e descaracterizando o seu lugar no ranking de necessidades da comunidade homem. Mas a discussão desse ensaio não é essa. O objetivo é traçar uma opinião, um perfil de atividade psicológica e não orgânica.

Afinal, conhecemos a sociologia, filosofia, antropologia, cosmologia contemporânea, filologia e outras logias que o ser humano tratou de separar corpus de pesquisas e atribuir-lhes nomenclaturas, significações e lugares na rede da ciência, como descreve Rubem Alves ao discutir o que é científico e não científico.

Entrevista: Bruno Perin dá dicas para empreender sem dinheiro
Entrevista: Bruno Perin dá dicas para empreender sem dinheiro
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Entrevista: Bruno Perin dá dicas para empreender sem dinheiro

Bruno Perin, aos 30 anos, é investidor em quatro starturps e é um dos nomes mais influentes em empreendedorismo da América Latina segundo o Conselho Latino Americano de Administração. Atualmente vive no Espírito Santo, se dedica às startups que é investidor e percorre o Brasil fazendo palestras sobre empreendedorismo de alto impacto e causando surpresa nas plateias Brasil afora com seu jeito único e “fora do padrão” que se espera de um palestrando que fala sobre o mundo dos negócios. Autor de “A Revolução das Startups” e “Os 15 maiores erros de novos empreendedores”, lança agora “Sem dinheiro – como construir uma startup com pouca grana”. Recomendado por nomes referências em empreendedorismo no Brasil como Leandro Vieira (CEO do Portal Administradores), Carlos Wizard Martins (Autor do livro “Do zero ao milhão”) e Wagner Siqueira (Presidente do Conselho Federal de Administração), ele conversou um pouquinho com o Beco Literário e deu dicas valiosas para você que quer abrir seu negócio mas ainda não deu o primeiro passo, confira:

Beco Literário: Como é para você, ser visto como investidor, não em termos financeiros, mas em know-how para tantas empresas e com o lançamento do livro, para tantos empreendedores, mesmo que indiretamente?
Bruno Perin: É uma responsabilidade sinistra, sinceramente. Há alguns anos, quando comecei, percebi o tamanho dessa responsabilidade quando uma pessoa queria vender o carro e investir em um negócio dela e eu sabia que se disse-se: “faça isso” a pessoa venderia mesmo. Ali tive uma visão clara do tamanho do impacto que esse trabalho tem na vida das pessoas. Creio que é importante porque aumenta sua atenção com o que se fala e compartilha, mas também a inspiração em ajudar. Acredito só que é importante ter o cuidado dessa questão de “ser visto”. Muitas pessoas tentam se tornar isso para serem vistos e geralmente gera uma distorção do que deveria ser feito. Afirmo que os melhores profissionais que conheço que contribuem com conhecimento, fazem isso porque se importam de ajudar terceiros a também conseguirem empreender. Esse “ser visto” é só uma consequência de você realmente estar compartilhando coisas importantes.

BL: Como foi esse seu desejo por empreender? Começou desde criança ou surgiu com o tempo?
Bruno: Eu diria que final do colégio e início da faculdade isso já se fazia presente. Falo naquele tipo de questão de que se não existe uma solução, então vou criá-la. Lembro-me de quando entrei na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM-RS), com 17 para 18 anos, queria ir no carnaval e não tinha dinheiro, mas também não queria ficar vendendo os convites para conseguir o meu. Percebi que os donos do bloco que eu queria ir tinham dificuldade de controlar os “promoters”. Ali vi uma oportunidade de me inserir e ofereci para cuidar disso. No final deu certo. Mas a questão empreendedora, foi que logo percebi que poderia usar esses mesmos promoters em outros eventos e manter o grupo comigo. Diria que esse foi meu primeiro empreendimento, sem saber que era empreendedorismo (risos).

BL: Nas startups, vemos ambientes horizontais onde “todo mundo faz tudo”. Para você, isso é uma coisa boa ou pode desvalorizar alguma carreira?
Bruno: Super valoriza! Pois, a pessoa acaba aprendendo muita coisa e conseguindo ter mais noção. Uma pessoa que já passou por essa vivência de fazer tudo tem muito mais valor hoje que grande especializações de papel. Penso que esta é uma pessoa que além de ter uma percepção maior do seu trabalho no todo, também tem um senso maior de equipe e objetivos comuns. Acho muito importante, que mesmo quem quer ter uma carreira corporativa, o profissional passe por uma experiencia dessas. É riquíssimo.

BL: O que é marketing, para você?
Bruno: A compreensão, interação e impulsão da empresa ao mercado.

BL: Quais livros você indicaria para o pessoal do Beco Literário que se interessa por marketing e empreendedorismo, além dos seus?
Bruno: Nossa, ler é o meu maior hobbie, essa é sempre uma pergunta dificil, até por isso eu tenho um álbum na minha fan page que vou compartilhando alguns livros. Eu diria para quem está começando – “A Startup de 100 dólares”, “A Startup Enxuta”, “Se eu soubesse aos 20”, “Startup Weekend”, – acredito que esses já seriam muito bons para iniciar a ler sobre o tema.

BL: Como você se organizou para escrever “Sem dinheiro”? Foi algo que sempre esteve na sua cabeça ou você foi elencando alguns pontos que achava essenciais e desenvolvendo a partir de então?
Bruno: Foi uma bonita história: eu estava correndo de volta para casa, depois do trabalho. É uma oportunidade de praticar execícios que tenho. No meio do trajeto notei algumas manchas de sangue. Tenho pânico de sangue e fiquei assustado. Mais a frente vi que era um senhorzinho, por volta dos 70, aparentemente morador de rua. O pé dele estava enfaixado e tinha sangue em volta. Havia duas pessoas ajudando e eu segui correndo. Mas, 10 pessoas depois, pensei que talvez as pessoas não tivessem conseguindo efetivamente ajudar, e voltei. Aconteceu que consegui dar uma mão e ajudar a resolver a situação. Mas no final, uma das pessoas me olhou e falou (ela não sabia quem eu era) – Nossa, sabe que eu já pensei em criar um negócio que ajudaria pessoas como esse senhor, pena que EU NÃO TENHO DINHEIRO. Parecia um raio atravessando a minha mente, mas junto dessa frase veio sei lá quantas mil vezes já recebi essa afirmação, e lhe digo que é o maior motivo para as pessoas de fato não darem o passo e empreenderem – NÃO TER DINHEIRO. Foi intenso, porque ao mesmo tempo que vi todas essas mensagens e aquela pessoa ali querendo fazer algo super bacana, mas limitada pela falta de grana, lembrei que todas as vezes na minha vida, eu empreendi sem dinheiro. Foi nesse instante que pensei, “cara, eu sei fazer isso, já consegui lidar com essa questão MUITAS vezes, preciso contar como empreender sem grana.” Resolvi organizar o livro partindo justamente do ponto que a pessoa percebe algumas oportunidades de mercado, mas acredita que não pode empreender por não ter dinheiro… A ideia foi justamente trabalhar inicialmente, essa crença limitante, de que é possível sim, fazer algo a respeito. Ainda na primeira parte, busquei apresentar algumas realidades desse universo para dar uma noção de onde a pessoa está se metendo. A segunda parte e essência do livro começa com o leitor entendo o que pode gerar valor a ideia, como encontrar uma ideia promissora, transformá-la em um negócio e como conseguir recursos que serão necessários. A parte final dedica-se a apresentar algumas situações que geralmente acontecem e é pertinente tomar cuidado com uma provocação especial para o leitor se inspirar em empreender.

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Enem: Dissertação Argumentativa x Artigo de Opinião
Enem: Dissertação Argumentativa x Artigo de Opinião
Colunas, Histórias

Enem: Dissertação Argumentativa x Artigo de Opinião

Olá, leitores do Beco! No nosso espaço hoje, reservei um ensaio explicativo bem interessante para continuarmos a discussão a respeito da “arte da escrita”.

Já foi falado sobre os vários tipos de textos – assunto anterior: tipologia textual – e ilustrado os mais comuns, aqueles mesmos encontrados no ensino médio, nas avaliações de concursos/vestibulares e os famosos “textão de facebook” (vulgo artigo de opinião, com ironia e risos destaco esta ultima parte com aspas).

Para relembrar…

Para te ajudar a entender a logística que une e diferencia esses dois tipos textuais, é necessário entender primeiramente que, os dois textos são considerados importantes e covalentes em uma linha imaginária paralela, não há hierarquização onde um se manifesta com uma importância rotulada por ser “culto” e o outro marginalizado por ser “popular”. Reafirmo, não.

O primeiro parâmetro que diferencia estas duas modalidades textuais é o viés que cada tipo de texto é escrito. A Dissertação Argumentativa, por ser um texto puramente científico, se manifesta pela impessoalidade e mantem o caráter filosófico e questionador assim como o Artigo de Opinião é caracterizado pelo sarcasmo, linguagem irônica e a marca de pessoalidade, isto é, a presença das primeiras pessoas (tanto no singular, quanto no plural).

Entretanto, a construção de ambos os textos são iguais:

– Introdução
– Desenvolvimento I
– Desenvolvimento II
– Conclusão

No processo da escrita, é comum que, todo indivíduo que se submete a posição sujeito escritor em algum momento, seja prova ou qualquer outro tipo de avaliação, expor num papel uma linguagem “rebuscada”, “culta” (ou pelo menos tentar).

Então, como fazer uma introdução de um texto, seja ele dissertativo argumentativo ou artigo de opinião? A resposta é bem simples e palpável. Vá direto ao objeto de estudo. Posso descrever aqui neste ensaio, no mínimo dez maneiras de se introduzir um texto, mas vou me atentar ao caminho mais claro:

Pergunta: Como introduzir um texto?
Resposta: Conceitue a palavra chave da proposta temática.

A melhor maneira de se introduzir um texto é a abordagem de conceito.

Por exemplo:

Tema: “Os impactos da violência no trânsito brasileiro”

Palavra-chave da proposta temática: Violência

Contexto para argumentação: Trânsito brasileiro

 

Tema: “Os desafios do bullying nas escolas brasileiras”

Palavra-chave da proposta temática: Bullying

Contexto para argumentação: escolas brasileiras

Em ambos os exemplos, é possível perceber que existe uma palavra que é a chave da proposta temática do texto, e você precisa encontra-la. Portanto, se você não entender o tema que esta sendo exigido, será um pouco mais complicado redigir a sua redação de forma mais coesa e coerente.

Antes de falar dos impactos da violência do trânsito no Brasil, conceitue a palavra violência, o que é violência? Antes de falar dos desafios do bullying nas escolas, o que os alunos que são excluídos ou também, o que os alunos são capazes de fazer para fugir da dor da exclusão social, por que não conceituar para o leitor que irá ler a sua redação na introdução, o que você conhece, o que você sabe de bullying? Qual o conceito de bullying?

A dissertação argumentativa ou artigo de opinião fica mais fácil de se escrever quando se sai do real marco zera – o conceito da palavra-chave da proposta temática do texto.

Lembre-se, ao iniciar um texto, tente encontrar a palavra chave e conceitue, sua argumentação fluirá com mais facilidade após essa estratégia.