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Sarah Ferragoni

Atualizações, Livros

Conheça: Editora Hoo, livros com representatividade LGBTQ+

Você é o tipo de leitor que busca histórias com mais representatividade? Ou, apenas, gostaria de ver mais personagens LGBTQ+ em livros jovens? Então, você já conhece a editora Hoo! Não? Bom, fica tranquilo que a gente te apresenta!

A editora Hoo surgiu em 2015 sendo composta 100% por autores nacionais. Hoje, a editora já traz algumas obras traduzidas, dando voz, principalmente, a personagens LGBTQ+. A Hoo busca promover uma representação LGBT em suas histórias, porque, afinal, eles também têm coisas muito importantes para nos contar e aventuras instigantes que podemos acompanhar!

divulgação Hoo facebook

A nova aposta da editora é o livro História é tudo que me deixou, do Adam Silvera, em que conhecemos um pouco a história de Griffin, um garoto que já está na faculdade, na Califórnia, quando seu ex-namorado, Théo, morre afogado. Griffin, embora já esteja namorando Jackson, terá que aprender a lidar com o luto, enfrentando o passado que viveu com Théo. O livro é emocionante e promete dar, além de boas lágrimas, uma grande reflexão sobre o luto, depressão e amor.

Acreditando no renascimento de boas histórias, em dar voz às pessoas sem limitá-las à orientação sexual, retratando a vida como ela é, sem preconceitos e nem vernizes sociais, a Hoo surge para preencher uma lacuna dentro da Universo dos Livros

A editora juntou-se à Universo dos Livros e é no site deles que você poderá encontrar todo o catálogo deles. O sucesso Minha versão de você, da Christina Lauren,foi trazido ao Brasil por eles e esteve em todos os últimos eventos literários como a Bienal de São Paulo e a Flipop.

A Hoo tem uma pegada mais jovem e engajada. Eles aproximam os leitores promovendo ações divertidas. Na Flipop, o festival literário dedicado à literatura jovem, eles distribuíram tatuagens temporárias e brindes de orgulho LGBT.

Então, se esse é seu tipo de leitura, ou se você está só buscando saber um pouquinho mais sobre esses personagens, vale a pena conferir o catálogo da editora e, ainda por cima, acaba dando uma força para a literatura nacional.

Atualizações

Fire & Blood, novo livro do George R. R. Martin, tem seus direitos comprados no Brasil

O mundo editorial entrou em abalos sísmicos: os direitos do novo livro Fire and Blood, do George R. R. Martin, sim o do Game of Thrones, foram comprados pela Companhia das Letras! O livro Fogo e Sangue é o primeiro volume de uma sequência de dois livros que narram um período de três séculos anteriores ao Crônicas de Fogo e Gelo (sequência de livros que deu origem à série Game of Thrones).

Nessa história, acompanharemos a Casa Targaryen — a única família de senhores de dragão que sobreviveu à Perdição de Valíria. Desde a ascensão, a guerra que uniu os Sete Reinos, até a Dança dos Dragões – a devastadora disputa que entre o rei Aegon II e sua irmã Rhaenyra pelo Trono de Ferro, que quase dizimou os senhores de dragão.

A história voltará ao Aegon, O Conquistador, criador do Trono de Ferro, contando, a partir daí, sobre as gerações dos Targaryens, que lutaram para manter o trono até à guerra civil que quase destruiu a dinastia. Saberemos o que realmente aconteceu na Dança dos Dragões, por que se tornou tão fatal visitar Valíria depois da Perdição e, também, qual a origem dos três ovos de dragões de Daenerys.

Fogo e Sangue será lançado, simultaneamente aos EUA, em novembro desse ano e contará com 75 ilustrações assinadas por Doug Wheatley – ilustrador de inúmeros quadrinhos famosos, entre eles diversos do universo Star Wars.

Atualizações, Livros, Resenhas

BECO NA BIENAL: Resenha Dois Garotos se Beijando, David Levithan #19

Um beijo para quebrar um recorde mundial, primeiros encontros apaixonados e histórias envolventes. Dois garotos se beijando, de David Levithan, é um livro para se encantar e emocionar. Como sempre, o autor não falha em criar uma ponte sólida entre leitor e personagem, despertando a empatia da maneira mais sutil.

O livro gira ao redor de cinco histórias distintas que, como esperado, se entrelaçarão. Tudo começa com Harry e Craig, dois garotos, que não são um casal, mas querem quebrar o recorde do beijo mais longo do mundo, como forma de protesto contra manifestações homofóbicas. Para isso, terão que se beijar por 32 horas 12 minutos e 10 segundos.

Além disso, somos apresentados a Ryan e Avery, dois garotos de cabelo colorido que se encontram em um improvável baile LGBT.  Acompanhamos o primeiro encontro dos dois. Avery tem cabelos cor de rosa, é transsexual e tem medo disso afastar Ryan, o garoto de cabelo azul e espetado com quem cruzou na festa. Também, conhecemos Cooper, um garoto solitário que encontra problemas para ter sua sexualidade aceita. Neil e Patrick namoram há bastante tempo e encontram problemas típicos de relacionamentos entre jovens. E, finalmente, Tariq, um garoto que nos mostra como é ser agredido apenas por ser quem é. Todos os garotos são diferentes, alguns são aceitos, outros nem tanto. Alguns estão em relacionamentos, outros só estão quebrando recordes de beijos. A leitura é um passeio por todas essas histórias, até que elas se unam.

Dois garotos se beijando é uma grande lição de empatia, ainda mais pelos narradores do livro que são muito diferentes do que qualquer outro: são os gays do passado. O tempo todo recebemos a história pela voz daqueles que tinham ainda menos liberdade do que os personagens, que viveram e morreram no auge da AIDS. Percebemos, o tempo todo, o quão difícil era para eles e como eles enxergam a vida desses jovens garotos, as quais estão observando de um outro plano. O autor do livro não falha em descrever uma história envolvente com uma narração singular, levando o leitor, o tempo todo, a se colocar dentro do enredo. É fácil se apegar aos personagens e sentir a emoção dos narradores.

Se você está curioso para conhecer mais sobre David Levithan, esse é o momento! O autor estará na Bienal de São Paulo no dia 11 de agosto, dando palestra das 18:30 às 19:30. Não hesite em pesquisar um pouco mais sobre esse autor exemplar que transforma as histórias de livros jovens adultos em lições de vida.

 

Atualizações, Livros

Beco na Bienal: Opções baratas de alimentação e transporte na Bienal de São Paulo #09

Você está pronto para a Bienal de São Paulo? Sabe como ir? O que fazer para se alimentar direito? Não? Então, nós te ajudamos.

A 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo acontecerá no dia 03 a 12 de agosto e nós te contaremos tudo que você precisa saber para chegar lá em segurança, se alimentar e, mais importante de tudo, economizando ao máximo. Afinal, você deve gastar seu dinheiro com livros, não é mesmo?

COMO CHEGAR:

O evento acontecerá no Pavilhão de Exposições do Anhembi e há algumas maneiras de se chegar lá utilizando transporte público. A estação de metrô mais próxima é a Portuguesa – Tietê (linha 1) que sai da rodoviária.  Ela fica a cerca de 25 minutos de caminhada do evento, mas não se preocupe! Ônibus gratuitos circularão entre a estação e o Pavilhão durante todos os dias do evento.

Caso você prefira ir de ônibus: as linhas te deixam na porta da Bienal. Uma boa dica é o aplicativo Moovit que lista o itinerário dos ônibus, rotas de metrô e trem da cidade (as pesquisas podem ser feitas no computador ou pelo app)   As linhas sugeridas pelos organizadores do evento são:

106A/10 – Metro Santana / Itaim Bibi

175T/10 – Metrô Santana / Metrô Jabaquara

178A/10 – Metrô Santana / Lapa

701U/10 – Jaçanã / Butantã/USP

1177/10 – Term. A.E. Carvalho / Estação da Luz

278A/10 – Penha / CEASA

9717/10 – Jd. Almanara / Santana

9701/10 – Hospital Cachoeirinha / Metrô Santana

Fique atento ao ponto no que você deve descer. As linhas deixam nas ruas Santa Eulália, Paineira do Campo ou na Praça Campos de Bagatelle e Avenida Olavio Fontoura.

Caso você decida ir de carro, o estacionamento do Pavilhão custa R$ 40,00, mas o do Terminal Tietê – de onde os ônibus gratuitos saem –  custa R$19,00 a diária, ou seja, vale a pena investir.

ALIMENTAÇÃO:

Dentro do evento, terá uma grande praça de alimentação, onde você pode, se quiser, comer confortavelmente. Mas, caso não queira se preocupar em gastar dinheiro com comida, ou prefira não contar com os preços de lá de dentro, você pode sempre levar sua própria comida. A entrada de alimentos para consumo próprio não é proibida, portanto, invista em lanches, por via das dúvidas, embalados em saquinhos transparentes, bolachas e água.  O evento costuma disponibilizar bebedouros espalhados pelo Pavilhão.

Na última edição, a praça de alimentação contava com 40 restaurantes e lanchonetes contendo uma grande variedade de opções entre hambúrguer, salgados, comida oriental e snacks como salgadinhos. Os preços variavam bastante, a média de gasto era R$ 20,00. Esse ano ainda não temos informações sobre o valor da comida. Então é bom garantir levando lanches saudáveis de casa.  Uma boa dica, para quem vai da estação Tietê e está receoso, é comer nos arredores da estação, ou dentro da rodoviária, que tem algumas redes de alimentação como Subway e lanchonetes menores. Quem preferir, também pode almoçar no Shopping D, do outro lado da Marginal (acesso a pé ou de carro).

A dica principal é: seja como você decidir ir ou onde comer, pesquise antes as opções disponíveis e escolha a mais viável. Torne sua experiência mais agradável e preocupe-se somente em comprar os livros e conseguir os autógrafos dos seus autores favoritos.

foto: Jornal Regional 

flipop
Atualizações, Cultura, Livros

Flipop: festival literário para jovens!

Você já parou para pensar no quão maravilhoso seria a existência de um evento totalmente dedicado para literatura jovem? Bom, é acreditando nessa ideia que a editora Seguinte criou o Flipop: Festival de Literatura Pop!

São três dias cheios de  sorteios, conversas com autores e muitas atrações – tudo, é claro, dedicado à literatura Young Adult. O evento está na sua segunda edição e, por enquanto, acontece somente em São Paulo. Esse ano, a expectativa está ainda maior! Acontecerá nos dias 29/06, 30/06 e 1/07, a partir das 10:00 am, no Centro de Convenções Frei Caneca (SP).

Em 2017, dois autores estrangeiros vieram conversar em painéis com seus leitores:  Benjamin Alire Sáenz (“Aristóteles e Dante descobrem os segredos do Universo” e “A lógica inexplicável da minha vida“) e Alwyn Hamilton (trilogia A Rebelde do Deserto) . Além dos deles,  o Flipop contou com 14 convidados nacionais, entre eles os autores: Babi Dewet (trilogia “Sábado à Noite” e “Sonata em Punk Rock“), Vítor Martins (“Quinze Dias“), Pam Gonçalves (“Uma História de Verão” e “Boa Noite“), Iris Figueiredo (“Céu sem Estrelas“) e muitos outros. Na Flipop, os leitores ficam próximos dos autores, dos booktubers e de quem vive de perto o mercado editorial. É organizada em formato de convenção – diferente da Bienal, que separa o evento em estantes.

Os autores e atrações desse ano ainda serão divulgados pela editora, então, fique atento e não perca seu autor favorito! Para saber maiores informações sobre ingressos e quem estará nos painéis, é entrar no evento do Facebook ou no site oficial Flipop.

Divulgaremos mais informações em breve. 

intrínseca
Atualizações, Livros

Quarto livro da série das “Crianças Peculiares” chegará ao Brasil

A editora Intrínseca anunciou nessa quarta – feira (2/05) que o quarto livro da série  O Lar da srta. Peregrine para Crianças Peculiares, A Map of Days, chegará às livrarias brasileiras no próximo semestre. A versão em inglês é esperada nas livrarias americanas para o dia 2 de outubro desse ano e, aqui no Brasil, espera-se que o lançamento acompanhe o internacional.

A série conta com três livros principais e um anexo “Contos Peculiares” nos quais somos apresentados às histórias de crianças que possuem dons extraordinários e estão sob cuidado da Miss Peregrine. No primeiro livro (O lar da srta. Peregrine para crianças peculiares), Jacob, um garoto comum, se depara com a morte misteriosa de seu avô, Abe, que, durante toda sua infância, lhe contava histórias fantasiosas sobre uma ilha na qual vivera durante a  Segunda Guerra Mundial. Ao ouvir as últimas palavras dele, Jacob decide ir até o local e descobrir o que seu avô queria que ele soubesse sobre a ilha e o que havia lá. Assim, ele encontra as crianças peculiares das histórias que ouviu durante toda a sua infância.

No quarto livro da série, escrita pelo autor Ransom Riggs, Jacob retorna à Florida após salvar os “peculiares” de uma ameaça. Depois de viajar para 1940 e voltar, ele, Miss Peregrine, Emma e as outras crianças retornam e fazem o seu melhor para agir naturalmente dentro do tempo presente. O novo livro chegará ao Brasil esse ano, os fãs já podem esperar ansiosos pelo lançamento.

 

Atualizações, Críticas de Cinema, Filmes

Crítica: Com amor, Simon (filme)

Com amor, Simon é um filme feito para falar e de amor nos moldes das comédias românticas adolescentes. O enredo, porém, é inovador, não só por apresentar um personagem gay como principal, mas por fazê-lo da forma mais acolhedora possível.

O filme, dirigido por Greg Berlanti, retrata a vida do adolescente Simon Spier, que está se descobrindo como homossexual. Ele encontra uma postagem anônima no blog do colégio de um outro menino que usa o nome fictício de “Blue” e diz sentir-se aprisionado por guardar o segredo de ser gay. A partir daí, Simon começa a trocar emails com esse garoto, que estuda em seu colégio, mas esconde sua identidade. Ambos encontram conforto em ter alguém para conversar e para compreender seus questionamentos acerca de suas sexualidades e problemas diários adolescentes.

“Sou exatamente como você. Eu tenho uma vida completamente comum. Tirando o fato de que eu tenho um enorme segredo. Eu sou gay”  diz o protagonista, logo no começo da história. Simon é, de fato, exatamente como se espera que um garoto branco e estudante de um ensino médio americano seja: inteligente, com grandes amigos (os quais conhece a vida toda), pais incrivelmente compreensíveis, uma irmãzinha adorável e um cachorro. Simon é o protagonista estrela de qualquer filme High School americano. Mas, ele é gay. E, apenas com essa premissa, espera-se um grande drama, com muitos acontecimentos trágicos e problemas familiares. “Com amor, Simon” não é assim.

O filme, que foi adaptado do livro Simon vs the Homo Sapiens Agenda (Becky Albertalli), traz a questão da sexualidade de um modo simples. Não é sobre a aceitação das pessoas em ter um garoto gay no colégio, na família ou no círculo social. É sobre um personagem que está se descobrindo e aprendendo a lidar com suas próprias questões, da forma mais natural possível – como todos os adolescentes comuns fazem.  O filme é uma comédia romântica indicada para toda família e serve bem o propósito para o qual foi feito. É uma produção representativa em seus personagens, diálogos e questões abordadas.

“Com amor, Simon” traz o frescor do filme de high school americano atualizado para uma nova geração. O filme trata, acima de tudo, de amor adolescente. Vale a pena conferir nos cinemas.

 

Atualizações, Filmes

Riverdale, Supergirl e The Flash estão entre as 10 séries renovadas pela CW

Nessa segunda, a The CW (empresa de televisão americana) anunciou que renovará 10 séries para produções de novas temporadas. Entre elas estão as mais amadas pelo público como Riverdale e Supernatural, que vai para sua 14 temporada,  Riverdale (3ª temporada) e Supergirl (4ª temporada).

Além dessas, podemos contar com uma nova temporada de Arrow (7ª temporada), The Flash (5ª temporada), Jane the Virgin (5ª temporada), Crazy Ex-Girlfriend (4ª temporada), Legends of Tomorrow ( 4ª temporada), Black Lighting ( 2ª temporada) e Dynasty (2ª temporada).

 

Escolhendo essas 10 séries para próximas temporadas, nós temos uma incrível seleção de programas para escolher quando determinarmos o nosso cronograma de outono em maio, com ainda mais por vir. E eu estou especialmente feliz por continuar trabalhando com esses elencos, produtores e escritores talentosos que criam as séries pelas quais nossos fãs são tão apaixonados.  – Mark Pedowitz, diretor da The CW

 

Essa semana a CW também alterou a data de estreia da quinta e última temporada de The Originals para dia 18 de abril. Com essa mudança, o fim da temporada de Jane the Virgin mudou para o dia 20 de abril  e Dynasty para 11 de maio.

Atualizações

Darklove: selo Darkside exclusivo de autoras

A visibilidade para autoras, principalmente no meio do terror, é pequena e restrita. Pensando nisso, a Darkside – maior editora de livros de horror – criou, em 2017, um selo exclusivo para engrandecer as autoras, o Darklove. A própria editora explicou que, apesar do nome “love” (amor), os livros não são restritos à romance. Os livros publicados pelo selo são de diversos gêneros, desde fantasia à não-ficção, tendo como maior intuito dar voz e força às mulheres escritoras.

Se você está a procura de livros novos e, ao mesmo tempo, quer valorizar mais as grandes autoras que passam desapercebidas pelo mercado literário, o selo da editora é um ótimo lugar para buscar suas próximas leituras. Você pode conferir no site  a lista completa dos livros lá publicados pelo selo e ficar atento aos novos lançamentos.

Entre os destaques estão os o livros:

Chronos – Viajantes do Tempo,  (o volume 1 da trilogia)

Os eventos da premiada Trilogia Chronos se iniciam quando Kate descobre que sua avó é uma historiadora viajante do tempo — nascida alguns séculos à frente, mas presa ao presente por conta de um acidente — e possui um artefato, um medalhão azul reluzente, que permite realizar saltos temporais para qualquer época e local. – darkside

A Longa Viagem a Um Pequeno Planeta Hostil

O gatilho principal é a construção de um túnel espacial que permitirá ao pequeno planeta do título participar de uma aliança galáctica. Mas o que realmente torna único esse romance on the road futurístico e muito divertido são seus personagens. Instigantes, complexos, tridimensionais. A autora optou por contar a história de gente como a gente — ainda que nem todos sejam terráqueos, ou mesmo humanos. A tripulação da nave espacial Andarilha é composta por indivíduos de planetas, espécies e gêneros diferentes, incluindo uma piloto reptiliana, uma estagiária nascida nas colônias de Marte e um médico de gênero fluido, que transita entre o masculino e o feminino ao longo da vida. Temas como amizade, racismo, poliamor, força feminina e novos conceitos de família fazem parte do universo do livro, assim como cada vez mais fazem parte do nosso mundo.

 

intrínseca
Atualizações, Resenhas

Resenha: Simon vs a agenda Homo Sapiens

“Embora essa coisa toda de sair do armário no fundo não me assuste. Acho que não. É uma caixa gigantesca cheia de constrangimento, e não vou fingir que anseio por esse dia. Mas provavelmente não seria o fim do mundo. Não para mim.”

Simon tem 16 anos e é gay, mas ninguém sabe disso. Embora tenha amigos muito próximos e uma família bastante única, ele escolheu não sofrer os dramas de “sair do armário” ainda. Em Simon vs a agenda Homo Sapiens, somos apresentados à  vida  desse personagem carismático, que troca e-mails  secretos com Blue – um menino cuja identidade ele desconhece e para quem também omite a sua.

“Você não acha que todo mundo devia ter que sair do armário? Por que o comum é ser hétero? Todo mundo devia ter que declarar o que é; devia ser uma coisa bem constrangedora, não importa se você é hétero, gay, bi ou sei lá o que.”

O ponto chave do livro é a confiança e os diálogos estabelecidos entre Blue e Simon, dois garotos gays, estudantes da mesma escola e que não se conhecem pessoalmente, mas sabem tudo sobre os pensamentos e sentimentos um do outro.  A história, escrita por Becky Albertalli, autora do best seller Os 27 Crushes de Molly,  traz assuntos extremamente relevantes como primeiro amor, descoberta da sexualidade e racismo, mas sempre mantendo certo tom de leveza e graça. Os personagens são muito bem construídos, fazendo com que nos afeiçoemos pelas suas particularidades e Simon narra tudo de forma a nos entreter e fazer-nos articular com seus  questionamentos adolescentes.

“É mesmo irritante que hétero (e branco, diga-se de passagem) seja o normal e as pessoas que precisam pensar sobre sua identidade sejam só aquelas que não se encaixam nesse molde”.

O relacionamento desenvolvido com Blue traz a dose certa de romance (e fofura) necessária ao livro. Todo o envolvimento dos dois é baseado nas conversas que eles têm pela internet – sem saber as características físicas ou,  até, sem saber qualquer coisa da personalidade que pudesse revelar a identidade de ambos.  O livro é um Young Adult que cativa o leitor. A adaptação para cinema está para ser lançada (22/03) sob o título de Com amor, Simon, o que fez com que os livros ganhassem uma capa e nome relacionados ao filme. Então, corra para ler essa história e se apaixonar por Simon e Blue.