Entrevista: Bruno Perin dá dicas para empreender sem dinheiro
Entrevista: Bruno Perin dá dicas para empreender sem dinheiro
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Entrevista: Bruno Perin dá dicas para empreender sem dinheiro

Bruno Perin, aos 30 anos, é investidor em quatro starturps e é um dos nomes mais influentes em empreendedorismo da América Latina segundo o Conselho Latino Americano de Administração. Atualmente vive no Espírito Santo, se dedica às startups que é investidor e percorre o Brasil fazendo palestras sobre empreendedorismo de alto impacto e causando surpresa nas plateias Brasil afora com seu jeito único e “fora do padrão” que se espera de um palestrando que fala sobre o mundo dos negócios. Autor de “A Revolução das Startups” e “Os 15 maiores erros de novos empreendedores”, lança agora “Sem dinheiro – como construir uma startup com pouca grana”. Recomendado por nomes referências em empreendedorismo no Brasil como Leandro Vieira (CEO do Portal Administradores), Carlos Wizard Martins (Autor do livro “Do zero ao milhão”) e Wagner Siqueira (Presidente do Conselho Federal de Administração), ele conversou um pouquinho com o Beco Literário e deu dicas valiosas para você que quer abrir seu negócio mas ainda não deu o primeiro passo, confira:

Beco Literário: Como é para você, ser visto como investidor, não em termos financeiros, mas em know-how para tantas empresas e com o lançamento do livro, para tantos empreendedores, mesmo que indiretamente?
Bruno Perin: É uma responsabilidade sinistra, sinceramente. Há alguns anos, quando comecei, percebi o tamanho dessa responsabilidade quando uma pessoa queria vender o carro e investir em um negócio dela e eu sabia que se disse-se: “faça isso” a pessoa venderia mesmo. Ali tive uma visão clara do tamanho do impacto que esse trabalho tem na vida das pessoas. Creio que é importante porque aumenta sua atenção com o que se fala e compartilha, mas também a inspiração em ajudar. Acredito só que é importante ter o cuidado dessa questão de “ser visto”. Muitas pessoas tentam se tornar isso para serem vistos e geralmente gera uma distorção do que deveria ser feito. Afirmo que os melhores profissionais que conheço que contribuem com conhecimento, fazem isso porque se importam de ajudar terceiros a também conseguirem empreender. Esse “ser visto” é só uma consequência de você realmente estar compartilhando coisas importantes.

BL: Como foi esse seu desejo por empreender? Começou desde criança ou surgiu com o tempo?
Bruno: Eu diria que final do colégio e início da faculdade isso já se fazia presente. Falo naquele tipo de questão de que se não existe uma solução, então vou criá-la. Lembro-me de quando entrei na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM-RS), com 17 para 18 anos, queria ir no carnaval e não tinha dinheiro, mas também não queria ficar vendendo os convites para conseguir o meu. Percebi que os donos do bloco que eu queria ir tinham dificuldade de controlar os “promoters”. Ali vi uma oportunidade de me inserir e ofereci para cuidar disso. No final deu certo. Mas a questão empreendedora, foi que logo percebi que poderia usar esses mesmos promoters em outros eventos e manter o grupo comigo. Diria que esse foi meu primeiro empreendimento, sem saber que era empreendedorismo (risos).

BL: Nas startups, vemos ambientes horizontais onde “todo mundo faz tudo”. Para você, isso é uma coisa boa ou pode desvalorizar alguma carreira?
Bruno: Super valoriza! Pois, a pessoa acaba aprendendo muita coisa e conseguindo ter mais noção. Uma pessoa que já passou por essa vivência de fazer tudo tem muito mais valor hoje que grande especializações de papel. Penso que esta é uma pessoa que além de ter uma percepção maior do seu trabalho no todo, também tem um senso maior de equipe e objetivos comuns. Acho muito importante, que mesmo quem quer ter uma carreira corporativa, o profissional passe por uma experiencia dessas. É riquíssimo.

BL: O que é marketing, para você?
Bruno: A compreensão, interação e impulsão da empresa ao mercado.

BL: Quais livros você indicaria para o pessoal do Beco Literário que se interessa por marketing e empreendedorismo, além dos seus?
Bruno: Nossa, ler é o meu maior hobbie, essa é sempre uma pergunta dificil, até por isso eu tenho um álbum na minha fan page que vou compartilhando alguns livros. Eu diria para quem está começando – “A Startup de 100 dólares”, “A Startup Enxuta”, “Se eu soubesse aos 20”, “Startup Weekend”, – acredito que esses já seriam muito bons para iniciar a ler sobre o tema.

BL: Como você se organizou para escrever “Sem dinheiro”? Foi algo que sempre esteve na sua cabeça ou você foi elencando alguns pontos que achava essenciais e desenvolvendo a partir de então?
Bruno: Foi uma bonita história: eu estava correndo de volta para casa, depois do trabalho. É uma oportunidade de praticar execícios que tenho. No meio do trajeto notei algumas manchas de sangue. Tenho pânico de sangue e fiquei assustado. Mais a frente vi que era um senhorzinho, por volta dos 70, aparentemente morador de rua. O pé dele estava enfaixado e tinha sangue em volta. Havia duas pessoas ajudando e eu segui correndo. Mas, 10 pessoas depois, pensei que talvez as pessoas não tivessem conseguindo efetivamente ajudar, e voltei. Aconteceu que consegui dar uma mão e ajudar a resolver a situação. Mas no final, uma das pessoas me olhou e falou (ela não sabia quem eu era) – Nossa, sabe que eu já pensei em criar um negócio que ajudaria pessoas como esse senhor, pena que EU NÃO TENHO DINHEIRO. Parecia um raio atravessando a minha mente, mas junto dessa frase veio sei lá quantas mil vezes já recebi essa afirmação, e lhe digo que é o maior motivo para as pessoas de fato não darem o passo e empreenderem – NÃO TER DINHEIRO. Foi intenso, porque ao mesmo tempo que vi todas essas mensagens e aquela pessoa ali querendo fazer algo super bacana, mas limitada pela falta de grana, lembrei que todas as vezes na minha vida, eu empreendi sem dinheiro. Foi nesse instante que pensei, “cara, eu sei fazer isso, já consegui lidar com essa questão MUITAS vezes, preciso contar como empreender sem grana.” Resolvi organizar o livro partindo justamente do ponto que a pessoa percebe algumas oportunidades de mercado, mas acredita que não pode empreender por não ter dinheiro… A ideia foi justamente trabalhar inicialmente, essa crença limitante, de que é possível sim, fazer algo a respeito. Ainda na primeira parte, busquei apresentar algumas realidades desse universo para dar uma noção de onde a pessoa está se metendo. A segunda parte e essência do livro começa com o leitor entendo o que pode gerar valor a ideia, como encontrar uma ideia promissora, transformá-la em um negócio e como conseguir recursos que serão necessários. A parte final dedica-se a apresentar algumas situações que geralmente acontecem e é pertinente tomar cuidado com uma provocação especial para o leitor se inspirar em empreender.

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1 comentário

  • Responder Joel Ferreira 20/11/17 em 22:10

    Nossa ele e um génio só pode empreender sem dinheiro, eu achava impossível mais olhei para dentro de casa e vi rotiador novinho que nem cheguei a usa e coloquei a venda $130. Vendi em10 dias ,peguei o dinheiro comprei uns 2 relógios nesse sites internacional paguei $12 cada e vendi os 2 por R$99 cada, nossa gostei desse negócio de empreender sem dinheiro.

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