Categorias

Colunas

Colunas, Livros

Especial Halloween: 5 livros de terror para o dia mais assustador do ano

O Halloween – conhecido como Dia das Bruxas – é uma celebração popular de culto aos mortos. A popularidade do Halloween é maior em alguns países de língua anglo-saxônica (especialmente nos EUA), cujo significado se refere à noite sagrada de 31 de Outubro, véspera do feriado religioso do Dia de Todos os Santos. A tradição do Halloween foi levada pelos irlandeses aos Estados Unidos, onde a festa é efusivamente comemorada.

Os símbolos principais são as fantasias de bruxas e a abóbora com feição humana iluminada através de uma vela acesa. Além disso, também é comum decorar as casas com objetos e temas assustadores, como caveiras, teias de aranha, mortos-vivos e demais seres que pertençam ao imaginário popular. Também há o costume de distribuir doces para as crianças fantasiadas durante o Halloween. Conhecido como “trick or treat” (“gostosuras ou travessuras”, em português), esta atividade infantil é muito comum nas comemorações do Halloween nos países do Hemisfério Norte, como os Estados Unidos.

Algumas teorias sugerem que a origem das comemorações do Halloween tenha surgido entre o povo celta, através das festividades pagãs do fim do período de verão e início do inverno, o “Festival de Samhain”, que acontecia no final do mês de outubro.

Acreditava-se que nesta data, os espíritos dos mortos regressavam para visitar as suas casas e também poderiam surgir assombrações para amaldiçoar os animais e as colheitas. Todos os símbolos utilizados pelos celtas tinham como objetivo afastar os maus espíritos.

A origem católica do Halloween coincide com a festa de Todos os Santos, sendo determinado pela Igreja Católica o dia 2 de novembro como o Dia dos Finados. Antigamente, no dia 31 de outubro, acontecia uma vigília de preparação denominada “All Hallow’s Eve” (Véspera de Todos os Santos). Após transformações, a expressão permaneceu na sua forma atual.

Para entrar no clima do dia mais assustador do ano, o Beco separou uma listinha macabra com 5 dicas de leitura que você não vai querer fazer sozinho:

1 – O Iluminado, Stephen King

Lançado em 1977, O Iluminado foi o terceiro livro de Stephen King e seu primeiro best-seller em capa-dura. O sucesso do livro foi tanto que firmou King na carreira de escritor no gênero. Os cenários e personagens foram influenciados pelas experiências pessoais do Stephen King, incluindo suas visitas ao Hotel Stanley, no Colorado em 1974 e a sua reabilitação do alcoolismo.

O Iluminado centra-se na vida de Jack Torrance, um aspirante a escritor e alcoólatra em recuperação que aceita o emprego de zelador na baixa temporada do famoso Hotel Overlook, nas montanhas do Colorado, para onde se muda com sua esposa Wendy e seu filho Danny. Danny é “Iluminado”, o que, no contexto da história, significa que ele possui um conjunto de habilidades psíquicas que permitem que ele veja o passado horrível do hotel. Uma tempestade de neve deixa a família presa nos arredores e forças sobrenaturais que habitam o hotel começam a influenciar a sanidade de Jack, colocando em perigo sua esposa e filho.

2 – O Exorcista, Willian Peter Blatty

Publicado pela editora americana Harper & Row e lançado originalmente em 1971, O Exorcista conta a história de Regan MacNeil, uma garota de 12 anos que é possuída pelo demônio. Há boatos de que a história do livro seja baseada em um caso de exorcismo real. O livro teria sido baseado nos registros de um caso real, alegadamente realizado em Mount Rainier, no estado de Maryland. O jornal The Washington Post e supostamente outros periódicos locais relataram o discurso de um padre, feito numa sociedade de parapsicologia amadora, na qual este teria afirmado haver exorcizado um demônio em um menino de 13 anos chamado Ronald, cujo sofrimento durou cerca de seis semanas.

Em O Exorcista, um idoso jesuíta chamado Padre Merrin lidera um escavação arqueológica no norte do Iraque a fim de estudar antigas relíquias. Em seguida à descoberta de uma estatueta do demônio Pazuzu, um semideus da cultura suméria real, a estatueta e uma moderna medalha de São José se justapõem curiosamente, promovendo uma série de presságios que alertam o religioso de que em breve terá um confronto com um mal poderoso que ele, até então desconhecido pelo leitor, já havia enfrentado antes num exorcismo feito na África.

No mesmo momento em que esses fatos se dão no Oriente Médio, em Georgetown, uma menina chamada Regan MacNeil que mora com a mãe, uma famosa atriz chamada Chris, fica inexplicavelmente doente. Depois de uma série gradual de distúrbios de poltergeist, a garota apresenta perturbadoras alterações físicas e psíquicas, aparentando estar possuída por um espírito demoníaco.

3 – O Bebê de Rosemary, Ira Levin

Rosemary Woodhouse e seu marido Guy, um ator que luta para se firmar na carreira, mudam-se para um dos endereços mais disputados de Nova York, o Bramford, um edifício antigo de ares vitorianos, habitado em sua maioria por moradores idosos e célebre por uma reputação macabra de incidentes misteriosos ao longo da história. Sem demora, os novos vizinhos, Roman e Minnie Castevet, vêm dar boas-vindas aos Woodhouse. Apesar das reservas de Rosemary com relação a seus hábitos excêntricos e aos barulhos estranhos que ouve à noite, o casal idoso logo passa a ser uma presença constante em suas vidas, especialmente na de Guy. Tudo parece ir de vento em popa. Guy consegue um ótimo papel na Broadway, e novas oportunidades não param de surgir para ele. Rosemary engravida, e os Castevets passam a tratá-la com atenção especial. Mas, à medida que a gestação evolui e parece deixá-la mais frágil, Rosemary começa a suspeitar que as coisas não são o que parecem ser.

4 – Histórias Extraordinárias, Edgar Allan Poe

Nestes contos – selecionados e traduzidos por José Paulo Paes -, Edgar Allan Poe (1809-1849) imaginou algumas das mais conhecidas histórias de terror e suspense da literatura, tramas que migraram da ficção direto para o imaginário coletivo do Ocidente. É o caso de ‘O gato preto’, a tenebrosa história de um assassinato malogrado, ou de ‘O poço e o pêndulo’, que apresenta uma visão macabra da ansiedade da morte. Pioneiro dos contos de mistério, como ‘A carta roubada’ e ‘O escaravelho de ouro’, Poe deu a seus personagens profundidade psicológica.

5 – Nosferatu, Joe Hill

Victoria McQueen tem um misterioso dom: por meio de uma ponte no bosque perto de sua casa, ela consegue chegar de bicicleta a qualquer lugar no mundo e encontrar coisas perdidas. Vic mantém segredo sobre essa sua estranha capacidade, pois sabe que ninguém acreditaria. Ela própria não entende muito bem. Charles Talent Manx também tem um dom especial. Seu Rolls-Royce lhe permite levar crianças para passear por vias ocultas que conduzem a um tenebroso parque de diversões: a Terra do Natal.

A viagem pela autoestrada da perversa imaginação de Charlie transforma seus preciosos passageiros, deixando-os tão aterrorizantes quanto seu aparente benfeitor. E chega então o dia em que Vic sai atrás de encrenca… e acaba encontrando Charlie. Mas isso faz muito tempo e Vic, a única criança que já conseguiu escapar, agora é uma adulta que tenta desesperadamente esquecer o que passou. Porém, Charlie Manx só vai descansar quando tiver conseguido se vingar. E ele está atrás de algo muito especial para Vic. Perturbador, fascinante e repleto de reviravoltas carregadas de emoção, a obra-prima fantasmagórica e cruelmente brincalhona de Hill é uma viagem alucinante ao mundo do terror.

 

Book.
Colunas, Livros

Especial Dia Nacional do Livro: 5 livros nacionais para entrar no clima

O Dia Nacional do Livro é celebrado, em todo o Brasil, em 29 de outubro. A data é uma homenagem à fundação da Biblioteca Nacional do Brasil em 1810. A Biblioteca fica na cidade do Rio de Janeiro e é considerada pela UNESCO uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo e também a maior biblioteca da América Latina.

O núcleo original de seu poderoso acervo, calculado hoje em cerca de 9 milhões de itens, é a antiga livraria de D. José, organizada sob a inspiração de Diogo Barbosa Machado, Abade de Santo Adrião de Sever, para substituir a Livraria Real, cuja origem remontava às coleções de livros de D. João I e de seu filho D. Duarte, e que foi consumida pelo incêndio que se seguiu ao terremoto de Lisboa de 1º de novembro de 1755.

Para comemorar a data, o Beco traz algumas dicas de leituras para você entrar no clima e prestigiar a nossa literatura nacional:

1 – Dom Casmurro, Machado de Assis

Dom Casmurro é um romance escrito por Machado de Assis, publicado em 1899 pela Livraria Garnier. Escrito para publicação em livro, o que ocorreu em 1900, é considerado o terceiro romance da “trilogia realista” de Machado de Assis. Seu personagem principal é Bento Santiago, o narrador da história que, contada em primeira pessoa, pretende “atar as duas pontas da vida”, ou seja, unir relatos desde sua mocidade até os dias em que está escrevendo o livro. Entre esses dois momentos Bento escreve sobre suas reminiscências da juventude, sua vida no seminário, seu caso com Capitu e o ciúme que advém desse relacionamento, que se torna o enredo central da trama. Ambientado no Rio de Janeiro do Segundo Império, se inicia com um episódio que seria recente em que o narrador recebe a alcunha de “Dom Casmurro”, daí o título do romance. Machado de Assis o escreveu utilizando ferramentas literárias como a ironia e uma intertextualidade que alcança Schopenhauer e, sobretudo, a peça Otelo de Shakespeare.

2 – Senhora, José de Alencar

Senhora é um romance urbano do escritor brasileiro José Martiniano de Alencar, publicado em 1874, na forma de folhetim. É um dos últimos romances de Alencar, publicado dois anos antes da morte do escritor. Da mesma forma que IracemaSenhora é, juntamente com Lucíola, um dos pontos altos da sua ficção citadina e de atualidade. O final feliz é a ultima parte do desenvolvimento do romance – agora em clave de maior densidade psicológica – do motivo do conflito entre o amor e o interesse, presente desde os primeiros livros.

Aurélia Camargo, filha de uma pobre costureira e órfã de pai,depois de perder seu irmão apaixonou-se por Fernando Seixas – homem ambicioso – a quem namorou. Este, porém, desfaz a relação, movido pela vontade de se casar com uma moça rica, Adelaide Amaral, e pelo dote ao qual teria direito de receber.

Passado algum tempo, Aurélia, já órfã de mãe também, recebe uma grande herança do avô e ascende socialmente.Passa, pois, a ser figura de destaque nos eventos da sociedade da época. Dividida entre o amor e o orgulho ferido, ela encarrega seu tutor e tio, Lemos, de negociar seu casamento com Fernando por um dote de cem contos de réis. O acordo realizado inclui, como uma de suas cláusulas, o desconhecimento da identidade da noiva por parte do contratado até as vésperas do casamento. Ao descobrir que sua noiva é Aurélia, Fernando fica muito feliz, pois, na verdade, nunca deixou de amá-la. A jovem, porém, na noite de núpcias, deixa claro: “comprou-o” para representar o papel de marido que uma mulher na sua posição social deve ter.

3 – O Alquimista, Paulo Coelho

O Alquimista é um best-seller do escritor brasileiro Paulo Coelho, publicado originalmente em 1988, em português. O livro foi traduzido para mais de 56 línguas, tendo vendido mais de 65 milhões de cópias em todo o mundo. Um romance alegórico, O Alquimista segue um jovem pastor andaluz em sua viagem ao Egito, depois de ter um sonho recorrente de encontrar tesouro lá. O livro é um best-seller internacional. Segundo a AFP, já vendeu mais de 150 milhões de cópias em 70 idiomas diferentes, tornando-se um dos livros mais vendidos da história e estabelecendo o Guinness World Record para a maioria dos livros traduzidos por um autor vivo.

Acreditando em um sonho recorrente de ser profético, Santiago decide viajar para uma adivinha Romani em uma cidade próxima para descobrir seu significado. A mulher interpreta o sonho como uma profecia dizendo ao menino que há um tesouro nas pirâmides no Egito. No início de sua jornada, ele encontra um velho rei, cujo nome era Melquisedeque, que lhe diz para vender suas ovelhas para viajar para o Egito e introduz a ideia de uma Lenda Pessoal. Sua Lenda Pessoal é o que você sempre quis realizar. Todos, quando são jovens, sabem o que é a sua “Lenda Pessoal”. Ele acrescenta que “quando você quer algo, todo o universo conspira para ajudá-lo a alcançá-lo”. Este é o tema central do livro.

4 – Capitães da Areia, Jorge Amado

Capitães da Areia é um drama de autoria de Jorge Amado, escrito em 1937. O livro retrata a vida de um grupo de menores abandonados, que crescem nas ruas da cidade de Salvador ,vivendo em um trapiche, roubando para sobreviver e chamados de “Capitães da Areia”. O livro forma parte do movimento da Romance de 30, marcando uma mudança do modernismo da década anterior, passando de experimentação literária para um engajamento com questões sociais.

Neste livro, Jorge Amado retrata a vida nas ruas de Salvador, capital do estado brasileiro da Bahia, naquela época, afetada por uma epidemia de bexiga (varíola); o aparato policial destinava-se à perseguição pura e simples dos menores infratores, encontrando mesmo prazer na tortura, sem qualquer senso de justiça. Diante do ambiente hostil em que vivem, o grupo de meninos abandonados reage de forma também agressiva, mas de forma a encontrar nas ruas uma certa liberdade; tem por refúgio um velho trapiche (espécie de armazém) abandonado numa das praias da capital baiana – de onde vem o nome do grupo.

5 – A Hora da Estrela, Clarice Lispector

O romance narra a história da datilógrafa alagoana Macabéa que migra para o Rio de Janeiro, tendo sua rotina narrada por um escritor fictício chamado Rodrigo S.M. É, talvez, o seu romance mais famoso por trazer uma narrativa diferenciada da que costuma apresentar em suas obras, muitas vezes considerada hermética e intimista ao extremo. A Hora da Estrela ainda traz consigo as questões filosóficas e existenciais que dão o tom característico da autora no romance. Foi adaptada para o cinema com o mesmo título por Suzana Amaral em 1985.

Macabéa leva uma vida simples e sem grandes emoções. Começa a namorar Olímpico de Jesus, que não vê nela chances de ascensão social de qualquer tipo. Assim sendo, abandona-a para ficar com Glória (colega de trabalho de Macabéa), cujo pai era açougueiro, o que sugeria ao ambicioso nordestino a possibilidade de melhora financeira. Sentindo dores constantes, Macabéa vai ao médico e recebe um diagnóstico de princípio de tuberculose, mas não conta a ninguém. Glória percebe a tristeza da colega e a aconselha a buscar consolo numa cartomante. Madame Carlota prevê um futuro feliz, no qual ela conheceria um estrangeiro, homem louro com quem casaria. De certa forma, é o que acontece: ao sair da casa da cartomante, Macabéa é atropelada por uma Mercedes amarela guiada por um homem louro e cai no asfalto, onde morre.

Enem: Dissertação Argumentativa x Artigo de Opinião
Enem: Dissertação Argumentativa x Artigo de Opinião
Colunas, Histórias

Enem: Dissertação Argumentativa x Artigo de Opinião

Olá, leitores do Beco! No nosso espaço hoje, reservei um ensaio explicativo bem interessante para continuarmos a discussão a respeito da “arte da escrita”.

Já foi falado sobre os vários tipos de textos – assunto anterior: tipologia textual – e ilustrado os mais comuns, aqueles mesmos encontrados no ensino médio, nas avaliações de concursos/vestibulares e os famosos “textão de facebook” (vulgo artigo de opinião, com ironia e risos destaco esta ultima parte com aspas).

Para relembrar…

Para te ajudar a entender a logística que une e diferencia esses dois tipos textuais, é necessário entender primeiramente que, os dois textos são considerados importantes e covalentes em uma linha imaginária paralela, não há hierarquização onde um se manifesta com uma importância rotulada por ser “culto” e o outro marginalizado por ser “popular”. Reafirmo, não.

O primeiro parâmetro que diferencia estas duas modalidades textuais é o viés que cada tipo de texto é escrito. A Dissertação Argumentativa, por ser um texto puramente científico, se manifesta pela impessoalidade e mantem o caráter filosófico e questionador assim como o Artigo de Opinião é caracterizado pelo sarcasmo, linguagem irônica e a marca de pessoalidade, isto é, a presença das primeiras pessoas (tanto no singular, quanto no plural).

Entretanto, a construção de ambos os textos são iguais:

– Introdução
– Desenvolvimento I
– Desenvolvimento II
– Conclusão

No processo da escrita, é comum que, todo indivíduo que se submete a posição sujeito escritor em algum momento, seja prova ou qualquer outro tipo de avaliação, expor num papel uma linguagem “rebuscada”, “culta” (ou pelo menos tentar).

Então, como fazer uma introdução de um texto, seja ele dissertativo argumentativo ou artigo de opinião? A resposta é bem simples e palpável. Vá direto ao objeto de estudo. Posso descrever aqui neste ensaio, no mínimo dez maneiras de se introduzir um texto, mas vou me atentar ao caminho mais claro:

Pergunta: Como introduzir um texto?
Resposta: Conceitue a palavra chave da proposta temática.

A melhor maneira de se introduzir um texto é a abordagem de conceito.

Por exemplo:

Tema: “Os impactos da violência no trânsito brasileiro”

Palavra-chave da proposta temática: Violência

Contexto para argumentação: Trânsito brasileiro

 

Tema: “Os desafios do bullying nas escolas brasileiras”

Palavra-chave da proposta temática: Bullying

Contexto para argumentação: escolas brasileiras

Em ambos os exemplos, é possível perceber que existe uma palavra que é a chave da proposta temática do texto, e você precisa encontra-la. Portanto, se você não entender o tema que esta sendo exigido, será um pouco mais complicado redigir a sua redação de forma mais coesa e coerente.

Antes de falar dos impactos da violência do trânsito no Brasil, conceitue a palavra violência, o que é violência? Antes de falar dos desafios do bullying nas escolas, o que os alunos que são excluídos ou também, o que os alunos são capazes de fazer para fugir da dor da exclusão social, por que não conceituar para o leitor que irá ler a sua redação na introdução, o que você conhece, o que você sabe de bullying? Qual o conceito de bullying?

A dissertação argumentativa ou artigo de opinião fica mais fácil de se escrever quando se sai do real marco zera – o conceito da palavra-chave da proposta temática do texto.

Lembre-se, ao iniciar um texto, tente encontrar a palavra chave e conceitue, sua argumentação fluirá com mais facilidade após essa estratégia.

Maratonar séries: até que ponto isso é bom?
Maratonar séries: até que ponto isso é bom?
Atualizações, Colunas, Filmes

Maratonar séries: até que ponto isso é bom?

Outro dia, um post aqui do site me chamou muita atenção: a Netflix divulgou os países que mais faziam maratona de séries e quais eram as séries mais maratonadas.

Não estou aqui de forma alguma para falar mal da Netflix ou de quem faz maratonas. Acho que a Netflix foi uma das melhores invenções do ser humano e maratonar séries é meu esporte favorito. Faltei aula e ainda acordei às 6 da manhã para ver “Gilmore Girls: A Year in the Life” em novembro do ano passado. Só não faltei aula para maratonar “13 Reasons Why” porque realmente não dava, mas, ainda assim, acabei a série no dia seguinte e fui no trem pra faculdade assistindo aos episódios baixados. Obrigada por essa tecnologia, Netflix!

Porém, tem me chamado muito a atenção como maratonar séries foi algo que cresceu. Pessoas que nem ligavam tanto para séries agora assistem a todos os episódios 24 horas depois da Netflix liberar a temporada. Séries são assuntos nos mais variados lugares. Eu curso Comunicação na faculdade, então séries são assunto inclusive de aulas.

Mas, em algum lugar no meio do caminho, parece que assistir série deixou de ser só entretenimento e passou a ser um pouco obrigação. A maioria das pessoas não assiste mais no seu próprio ritmo, elas assistem correndo para serem as primeiras, para fazerem parte dos assuntos, para não pegarem spoilers, para se vangloriarem! Qual o sentido?

Às vezes me pego assistindo séries que nem gosto tanto só porque todos assistem e comentam. Larguei 4 séries ano passado quando vi que tinha se tornado uma obrigação assisti-las.

Você é julgado por só assistir séries que são canceladas na primeira temporada, ou só as que são “modinha”, ou só séries desconhecidas. Nunca é o suficiente.

Além disso tudo, até que ponto é saudável largar a sua vida para assistir uma série? Não me arrependo de ter faltado aula para assistir Gilmore Girls, mas isso foi algo pontual. Há pessoas que cancelam compromissos ou não os marcam para aquela data, dizem que estão doentes no trabalho, as mais diversas desculpas para verem uma série antes de todo mundo.

Os conteúdos “On demand” e as plataformas de streaming vieram, teoricamente, para nos livrar da escravidão de depender da programação da televisão. Agora nós assistimos o que quisermos quando quisermos. Mas acho que erramos em algum lugar e acabamos nos tornando escravos disso também.

10 motivos para ler "O Jogador Nº 1"
10 motivos para ler “O Jogador Nº 1”
Colunas, Livros

10 motivos para ler “O Jogador Nº 1”

O que falar do livro O Jogador Nº 1? Eu poderia dizer que faz duas semanas que o li e que impressionantemente nesse tempo a história ainda ecoa na minha mente como uma música chiclete das boas. Ou então, poderia dizer que estou superanimada com a possibilidade do filme que lançarão ano que vem e que com toda certeza será um tremendo sucesso.

Mas prefiro elencar nessas breves linhas 10 motivos para você, caríssimo leitor, ler essa obra de Ernest Cline. Então vamos lá:

1. Se você gosta de games, esse é o seu novo almanaque ou como alguns dizem, sua nova bíblia. (Francamente Carolina, se o título do livro tem a palavra Jogador, é claro que a história fala de games.) Sim, a história é recheada de citações ou como dizem easter eggs de jogos famosíssimos, como  PAC-MAN, Super Mario e entre outros. Portanto, se games são a sua praia; você cairá de cabeça nesse universo gigantesco dos video-games.

2. Se você nasceu nos anos 80, ou cresceu nesse período, ou até mesmo é fã dessa década, acredite, você precisa ler esse livro. Os anos 80 foram sem dúvida uma grande inspiração para a moda, cultura, música, enfim, em todos os aspectos da vida humana e até nos tempos atuais existem grandes influências na nossa cultura ocidental que advenho da revolução dos anos 80. E em O jogador nº 1 existe uma verdadeira enxurrada de citações, easter eggs, referências, tudo que se lembre e se aproxime dos anos 80. Por isso se você é fã, leia, pois se sentirá em casa.

3. Ficção Científica, se essa categoria te agrada tanto quanto a mim, esse é o livro pra você. Particularmente eu adoro a categoria Ficção Científica, pois nada mais é do que imaginar um universo totalmente novo, cheio de possibilidades e caminhos que a nossa mais avançada tecnologia não é capaz de reproduzir. Eis o grande poder da Ficção Científica e em O jogador nº 1, você será jogado em um universo tão magnífico que será difícil voltar a vida real.

4. Se você se preocupa com o lixo, e as suas consequências para o futuro, esse é um ponto que verá na obra de Ernest Cline. Como assim, o lixo? Sim! Todos sabemos que vivemos em um mundo que produz muito mais do que consegue recuperar, que desperdícios são comuns em países como o Brasil e que a maioria das nações do mundo não tem condições de reciclar tudo o que produz. Sendo assim, tal ponto será abordado no livro e as consequências para a nossa total imprudência em resolver os problemas.

5. A miséria humana te incomoda? Então se prepare para vê-la escancarada nesse livro! Sim, o autor conseguiu juntar os problemas sociais como miséria e uma das nossas alegrias como nerds, que são os games; em uma só obra. É impressionante como a miséria humana é retratada na história e tal como é hoje, as pessoas não se dão conta ou não se preocupam em ajudar ou resolver. Pelo contrário, se preocupam mais em si mesmas e no nosso próximo tópico, o dinheiro.

6. No futuro pós-apocalíptico de O jogador nº 1, ainda existe o dinheiro, e ainda as pessoas matam e morrem por ele! A odisséia da personagem principal começa pelo simples interesse monetário. Interesse esse que ainda movem diversas pessoas pelo mundo, se não dizer, todas elas. Para nós, no nosso tempo, o dinheiro é muito importante. E não é diferente para as personagens do livro que batalham, vivem, matam e morrem pelo dinheiro. E como na vida real ou na ficção, tais batalhas são interessantes de se ver.

7. Se há miséria, há fome. Mas as duas são tão diferentes entre si como podem ser. E sendo assim, tal aspecto também é desenvolvido na obra. Surgem situações em que as personagens sofrem com a fome. Fome de comida. Fome de água. E também outros tipos de fome. Como fome por calor humano, fome por carinho, fome por atenção. Tais personagens vivem em uma situação de tal solidão que não sabem desenvolver aspectos sociais que a façam conviver em sociedade. E de uma forma sutil, porém convicta, o autor deixa claro as consequências de tal fome.

8. A ignorância também é retratada na obra. Ignorância que se mostra atualmente com guerras, desrespeito, falta de amor, compreensão; e que no mundo da história trouxe resultados bem mais devastadores. A ignorância é o fator de não saber sobre determinado assunto ou coisa. E ela ocorre por falta de estudo ou prática. Em um mundo onde sabemos que nem todas as crianças vão para a escola e aprendem algo útil; o tempo que a história passa, é visível que a maioria da população não teve acesso a educação básica, não sabe fazer cálculos simples e sem esse conhecimento o que lhes resta são atividades nada aprazíveis e simpáticas. E o resultado disso está bem implícito no livro.

9. O racismo, uma das maiores doenças sociais que o ser humano inventou para si mesmo, também é retratado no livro. Se você é como eu, e não acredita na situação absurda de um ser humano ser prejudicado das mais diversas formas e meio pelo simples fato de ter uma cor de pele diferente da de outro ser humano, esse livro será interessante para você. O racismo é tratado de uma forma única do início ao fim do livro, nos mostrando o que seria se em um caso hipotético, vivêssemos como as personagens da história.

10. A luta pela esperança é algo bem interessante na história. Vemos a personagem principal lutar do início ao fim para conseguir algo que sem dúvida mudará sua vida para sempre. E no decorrer da narrativa, vemos suas lutas, seus ganhos e suas perdas e também sua luta para continuar com a esperança. Esperança que muitos já perderam, e que mais outros nunca tiveram. Esperança por uma melhoria de vida, esperança por um planeta melhor. E que o autor, com sua forma única, anima os corações das personagens e os nossos também a nunca desistir dos nossos sonhos.

Eis os 10 motivos! Se algum deles o convenceu, leia o livro, se embrenhe na história e se perca junto com as personagens nesse mundo novo e desconhecido. O que mais posso dizer? Boa leitura!

O “BUG” DA LITERATURA: A REVOLUÇÃO DAS FANFICS
O “BUG” DA LITERATURA: A REVOLUÇÃO DAS FANFICS
Colunas, Livros

O “bug” da literatura: a revolução das Fanfics

Começo esse texto com a descrição da palavra Fanfics, de acordo com o site Significados é: “Fanfic é a abreviação da expressão inglesa fanfiction, que significa ”ficção de fã” na tradução literal para a língua portuguesa.” “ … Os fãs desses produtos se apropriam do mote da história ou dos seus personagens para criarem narrativas paralelas ao original.“

Em outras palavras, se parece muito com o bicho-papão de nome plágio. Mas quando se aprende melhor sobre esse mundo se percebe que não há plágio ou cópia de idéias, aqueles que tomam tais atitudes são duramente repreendidos e até mesmo alguns sites ou domínios podem expulsar suas idéias ou usuários.

A idéia de fanfic ou fanfiction surgiu na década de 70 nos EUA, mas viralizou no Brasil a partir da publicação da saga de Harry Potter no país. A construção de um texto, história, baseado em uma história principal publicada por um autor específico. Isso é fanfic. Reinventar uma história dentro de um universo já inventado por um escritor/escritora, sem ambicionar lucro, apenas exibir aquela ideia de um determinado ponto de uma história para que outros fãs compartilhem de determinado texto.

Aqui no Brasil, particularmente falando, participei do Bug das Fanfics. A saga Harry Potter antigamente, tanto quanto As Crônicas de Gelo e Fogo atualmente, não era uma saga completa. J. K. Rowling ainda escrevia cada livro, enquanto nós tupiniquins esperávamos um ano ansiosamente pela publicação do livro, exportação e tradução para o nosso português.

E o que fazer no tempo de espera? Vasculhar na Internet toda e qualquer informação sobre a saga. E como os sites de pesquisa são sempre tão eficazes em passar informações, não foi muito difícil descobrir sites em que haviam histórias publicadas sobre a saga que eu mais amava e acompanhava, com histórias dos meus personagens favoritos de um jeito totalmente novo. Com um olhar diferente do que eu lia nos livros da J. K.

Desse modo, surgiu em mim a vontade de ver personagens que na saga original e única não se envolvem, envolvidos. Personagens que morreram, serem ressuscitados das mais diversas maneiras e modos. Personagens malvados tornarem-se mocinhos e vice-versa. Eis a grande capacidade da Fanfic.

Não é apenas a vontade de escrever que desperta dos fãs. É a inovação de uma história, a exploração de personagens e lugares e objetos de um jeito novo e também único. A fanfic também é a forma mais barata, rápida e inteligente de permitir aos fãs saírem do seu casulo de expectadores e se formarem escritores.

Alguns escritores de sucesso hoje, que tem suas próprias sagas, já foram escritores de fanfics. Um exemplo é a escritora norte americana Cassandra Clare. Ela é a escritora e criadora da saga Os Instrumentos Mortais. Mas bem antes disso ela já escrevia fanfics baseadas nas obras de O Senhor dos Anéis e Harry Potter.

Assim, percebe-se que escrever fanfics, se tornou uma porta de entrada. Porta essa mais larga para que mais e mais pessoas comecem a construção de seus textos. É como como diz a máxima: “Quanto mais se lê, melhor se escreve e quanto melhor se escreve, mais se sabe.” Portanto, essa revolução de fanfics só pode nos apresentar novos talentos e idéias para contribuir ainda mais com a Literatura Mundial.

Dissertação Argumentativa vs. Artigo de Opinião: qual a diferença?
Dissertação Argumentativa vs. Artigo de Opinião: qual a diferença?
Colunas, Histórias, Livros

Ensaio sobre Dissertação Argumentativa vs. Artigo de Opinião: qual a diferença?

Hey Leitores do Beco! Espero que esteja tudo bem com vocês! Estamos percorrendo por uma série de ensaios cujo objetivo seja auxiliá-los na realização de uma boa escrita.

Os textos mais comuns que são encontrados em toda área acadêmica são:

  1. Dissertação Argumentativa
  2. Artigo de Opinião

Antes de iniciarmos a análise da primeira parte da estrutura textual – Introdução, é preciso entender o objetivo de cada construção textual, ou seja, para que cada texto é usado? Qual veículo de comunicação é ele utilizado?

Dissertação argumentativa é uma produção textual puramente científica e teórica, portanto, todos os assuntos retratados por essa construção de ideias devem ser fundamentados em fatos históricos, pensamentos de teóricos e dados mediante pesquisas e gráficos. A principal característica que diferencia a tipologia textual dissertação do artigo de opinião, é a pessoa inscrita dentro do texto.

No Artigo de Opinião, a pessoa que é inscrita dentro do texto é a primeiro, isto é, pode se utilizar a primeira pessoa do singular/plural em todos os verbos que compõem o texto; já a dissertação não, esta é escrita e descrita pelos verbos em terceira pessoa o que garante a impessoalidade e a confidencialidade da criticidade e da ciência, isto é, o texto científico não foi regido por “achismo” ou senso comum, mas por uma base ideológico que se apresenta ao leitor por meio de provas.

Como o artigo de opinião é um tipo de texto comum em jornais e revistas [meio de veiculação de maior reconhecimento pelas massas sociais], o texto é escrito e descrito pelas primeiras pessoas tanto no singular quanto no plural. Entretanto, se for um texto exigido por uma banca de avaliação universitária por meio de vestibular ou concurso público, o seu texto em primeira pessoa deve ser escrito em primeira pessoa, mas fundamentado por gráficos, pesquisas provando um posicionamento pessoal, nada de senso comum.

Para ilustrar essa diferença entre tais textos, aqui vai um exemplo:

Exemplo 01 – Enem 2016
Acadêmica: Marcela Sousa Araújo, 21 anos

Título do texto: No meio do caminho tinha uma pedra

No limiar do século XXI, a intolerância religiosa é um dos principais problemas que o Brasil foi convidado a administrar, combater e resolver. Por um lado, o país é laico e defende a liberdade ao culto e à crença religiosa. Por outros, as minorias que se distanciam do convencional se afundam em abismos cada vez mais profundos, cavados diariamente por opressores intolerantes.

O Brasil é um país de diversas faces, etnias e crenças e defende em sua Constituição Federal o direito irrestrito à liberdade religiosa. Nesse cenário, tomando como base a legislação e acreditando na laicidade do Estado, as manifestações religiosas e a dissseminação de ideologias fora do padrão não são bem aceitas por fundamentalistas. Assim, o que deveria caracterizar os diversos “Brasis” dentro da mesma nação é motivo de preocupação.

Paradoxalmente ao Estado laico, muitos ainda confundem liberdade de expressão com crimes inafiançáveis. Segundo dados do Instituto de Pesquisa da USP, a cada mês são registrados pelo menos 10 denúncias de intolerância religiosa e destas 15% envolvem violência física, sendo as principais vítimas fieis afro-brasileiros. Partindo dessa verdade, o então direito assegurado pela Constituição e reafirmado pela Secretaria dos Direitos Humanos é amputado e o abismo entre oprimidos e opressores torna-se, portanto, maior.

Parafraseando o sociólogo Zygmun Bauman, enquanto houver quem alimente a intolerância religiosa, haverá quem defenda a discriminação. Tomando como norte a máxima do autor, para combater a intolerância religiosa no Brasil são necessárias alternativas concretas que tenham como protagonistas a tríade Estado, escola e mídia.

O Estado, por seu caráter socializante e abarcativo deverá promover políticas públicas que visem garantir uma maior autonomia religiosa e através dos 3 poderes deverá garantir, efetivamente, a liberdade de culto e proteção; a escola, formadora de caráter, deverá incluir matérias como religião em todos os anos da vida escolar; a mídia, quarto poder, deverá veicular campanhas de diversidade religiosa e respeito às diferenças. Somente assim, tirando as pedras do meio do caminho, construir-se-á um Brasil mais tolerante.

Fonte

Exemplo 02 – Artigo de Opinião
Autor: Desconhecido
Tema: Racismo

Ainda que grande parte da população brasileira seja descendente de negros, o problema do racismo está longe de ser resolvido.

No período colonial, Portugal trazia os negros da África para trabalharem no país em condição de escravos. Desde então, o racismo esteve incutido na mente de muitos brasileiros.

Embora a Lei Áurea tenha libertado os negros do trabalho escravo em 1888, a população negra apresenta os maiores problemas ainda hoje no país. Por exemplo, as condições de vida, o trabalho, a moradia, dentre outros.

Se observarmos as favelas do país ou mesmo as penitenciárias, o número de negros é sem dúvida maior. A grande questão é: até quando o racismo persistirá no nosso país?; pois mesmo séculos depois, ainda é possível nos deparamos com um racismo velado no Brasil.

A implementação de políticas públicas poderá resolver nosso problema, mas ainda temos muitos caminhos a percorrer. Infelizmente, creio que não estarei vivo para contemplar essa conquista.

Fonte

– Dissertação argumentativa:

  1. a) Colocação verbal – “torna-se”

– Artigo de Opinião:

  1. a) Colocação verbal: “observamos”, “deparamos”, “creio”, “temos”
  2. b) Pronomes possessivos: “nosso”

Outras características importantes:

– Artigo de Opinião:

  1. a) Uso de ironia, sarcasmo e crítica acentuada
  2. b) Assinatura do autor no final
  3. c) Títulos persuasivos e polêmicos

Outras características importantes:

  1. Impessoalidade
  2. Exposição clara dos argumentos, sem abordagem de ambiguidade

Espero ter ajudado! Até o nosso próximo encontro!

Vestibular: Ensaio sobre tipologia textual - Beco Literário
Vestibular: Ensaio sobre tipologia textual – Beco Literário
Colunas, Histórias, Livros

Ensaio sobre tipologia textual

Após a primeira reflexão encontrada no primeiro texto publicado ontem aqui no Beco, é possível avançar mais um passo e perscrutar o que a arte da escrita nos reserva, ao separarmos algum tempo útil nos esforçando para entende-la.

Ao entender que todo escritor já rege seu pensamento através da escrita com o objetivo seja alcançar um público determinado, podemos entender claramente cada estrutura textual de vários tipos de textos diferentes, existentes e funcionais.

Parte da ciência que se responsabiliza a estudar e catalogar cada conhecimento relacionado a palavra e a textos, é chamado de Tipologia Textual. Para ser mais didático, entende-se que esta nomenclatura deriva da língua grega e separando cada centro vocabular se tem:

Tipo: propriamente dito o tipo, espécie, qualidade;

Logia: logos, ciência, estudo;

Textual: palavra que designa ao termo texto, tudo que se relaciona ao texto e palavras em formação de sentido;

Falando em tipologia – tipos, vários tipos, espécies de textos – vamos relembrar alguns que são mais comuns e rotineiramente encontramos no nosso dia a dia?

– Lembrete

– Mensagem (termo hoje substituído por whatsapp)

– Carta (tipo de comunicação esquecido pelas pessoas, mas substituído pela Carta Argumentativa usado em avaliações de vestibulares)

– Dissertação Argumentativa

– Artigo de Opinião

O tamanho do texto, a linguagem usada, a pessoa inscrita dentro da produção textual, tudo é diferente. Tudo. Entretanto, há uma particularidade singular entre todas as espécies de textos: introdução, desenvolvimento e conclusão, exatamente nesta ordem.

Já discutimos que os textos possuem o único objetivo de transmitir uma informação, algum tipo de conhecimento como em um diálogo falado (só que regido pela lei gramatica da escrita).

Logo, é possível entender que:

– Introdução: abordagem do conceito retratado na proposta temática a ser desenvolvida. Apresentação da discussão. Abertura do tema.

– Desenvolvimento: Exposição de fatos, acontecimentos históricos e pensamentos/frases de escritores e famosos. Conhecido como fundamentação teórica do texto, local onde se discute toda a base de argumentação da problemática retratada na proposta temática. Lugar de exposição de dados, pesquisas, testes, provas, gráficos. Argumentos.

– Conclusão: Posicionamento ideológico em relação ao tema proposto, ideia final, a conclusão dos argumentos discutidos no desenvolvimento. Opinião, as vezes em primeira pessoa, as vezes em terceira, mas sempre uma opinião. Proposta para resolver um possível problema do tema proposto, uma saída, argumento final que fecha toda argumentação.

No nosso próximo encontro teremos uma discussão de cada tipo de texto, mas apreenda o objetivo de cada estrutura textual, fixando cada função, será fácil reconhecer a problemática retratada em qualquer proposta e discorrer ideias a seu respeito com facilidade.

Ensaio sobre escrever
Colunas, Livros

Ensaio sobre escrever

Escrever. O “homem”, em sua totalidade, vem usufruindo da arte da escrita há séculos, milênios. Criando um sistema configurado em vários elementos: letras, números, marcas de pontuações, regras gramaticais e diferenciando os vários produtos que se pode ter através do uso das palavras em textos. Vários tipos de textos. Tal variedade textual é, portanto, uma expressão dos pensamentos e sentimentos do indivíduo que organiza e reorganiza as palavras, ou seja, escreve. Mediante a esta reflexão, voltamos a ideia inicial deste parágrafo justificando o motivo do uso da escrita ser tão presente na vida das pessoas há tanto tempo. Libertar o que está dentro.

Escrever concede ao ser poder, poder de conquistar o que se almeja, poder de criar e viver várias vidas, inúmeras realidades, poder de sonhar, e o melhor, sonhar acordado. O ato de escrever nunca está sozinho, sempre bem acompanhado. A escrita é confidente da leitura, amante, companheira de jugo, fiel escudeira, a irmã gêmea, a outra parte da alma, enquanto a escrita se completa como “s”, a leitura é o “2” (“s2”, entendeu?, ironia).

“Uma palavra escrita é semelhante a uma pérola.” Johann Goethe

“A história é escrita pelos vencedores.” George Orwell

“Uma palavra escrita é a mais fina das relíquias.” Henry David Thoreau

“Uma vida bem escrita é quase tão rara como uma bem vivida.” Thomas Carlyle

É preciso entender a arte da escrita, e escrever diz respeito a regras, até para ser livre exige um comportamento a ser seguido, uma norma, algumas regras. Antes de entrarmos na análise de tipologia textual, é preciso refletir sobre o primeiro processo de escrita primeiro, a gênese.

A primeira avaliação a ser feita, é entender que toda escrita perfaz um sistema chamado de Situação Conversacional. Esse sistema nos ensina que todo emissor (seja aquele que emite pela fala ou pela escrita) precisa transmitir sua mensagem mediante a um código entendível ao receptor (aquele que recebe).

Vamos ilustrar!

Imagem: Divulgação / Google

Imagem: Divulgação / Google

Emissor: também conhecido como primeira pessoa, aquele que emite, aquele que escreve, aquele que fala, aquele que deseja transmitir alguma informação;

Receptor: também conhecido como segunda pessoa, aquele que recebe, aquele que lê, aquele que recebe a informação/conteúdo do emissor;

Mensagem: a informação que se deseja transmitir, o conteúdo;

Código: habilidade linguística, sistema linguística, língua em que a mensagem está fundamentada, língua em que o conteúdo ou informação esteja escrito ou falado;

Contexto: situação ou meio que o diálogo ou a escrita esteja acontecendo, a realidade temporal e geográfica;

Contextualizando esse conteúdo a nossa reflexão, todo emissor é escritor, e para escrever é preciso entender esse sistema básico, a escrita deve estar fundamentada em um código entendível ao leitor para que, ao ser lido, seja compreendido. Por exemplo, o emissor deste ensaio é o Gustavo Machado, o receptor é você leitor, a mensagem a ser transmitida é a respeito da prática da escrita e o código a qual está fundamentada é a Língua Portuguesa.

Simples, não é?

Antes de escrever qualquer palavra, qualquer texto, é preciso ter em mente esse sistema. Qual público quero alcançar? Qual mensagem quero transmitir?

Após refletirmos e encontrarmos as respostas para estes primeiros passos, pode-se avançar e perscrutar tudo aquilo que sua imaginação lhe permite.

Tag livros e redes sociais
Tag livros e redes sociais
Atualizações, Colunas, Livros

Tag: Livros e redes sociais

Hey leitores do Beco! Fui desafiado pela Luana Alves, resenhista e blogueira do @segunda.opinião para responder a tag: #LivrosERedeSociais e postar aqui no nosso espaço de quarta-feira. Sinta-se livre e mais que convidado para responder também e nos marcar em suas redes sociais. Ansioso para saber as respostas de vocês!

PS: Recomendo para responder essa tag, utilizar os exemplares que você possui em sua estantes ou em sua biblioteca particular.

#1 – ORKUT: Um livro que foi muito popular, mas está esquecido;
“O Retrato de Dorian Grey”, Oscar Wild. Presente na lista dos livros representativos canônicos da Literatura Mundial, hoje conversando com essa nova geração de leitores e acompanhando resenhistas e bookbloggers, vejo que este livro não está em alta na toplist de leitura. A imagem marcante da decadência britânica está meio que esquecido entre o público leitor, salvo pelos interessados nos clássicos e/ou conservadores.

#2 – FACEBOOK: Um livro que todo mundo tem;
Sem medo de errar, afirmo que todo leitor possui um exemplar de “O Pequeno Príncipe”, livro escrito pelo francês Antoine de Saint-Exúpery. Este livro está na lista das primeiras leituras e dos primeiros passos de todo mundo. Apaixonante!

#3 – YOUTUBE: Um livro criativo, com uma história original, inovadora;
“Ensaio sobre a Cegueira”, José Saramago. Na verdade, reconheço este livro como uma das maiores criações artísticas da Literatura Mundial. A narrativa é totalmente inovadora e original, a cegueira é branca/leitosa e não negra, como imaginamos ao fechar os olhos e deduzir como é a realidade de um deficiente visual, a verdadeira face do “homem” (em sua totalidade).

#4 – INSTAGRAM: Um livro visualmente bonito (capa, diagramação, elementos gráficos, ilustração…);
Geralmente a Editora Barnes and Noble possuem um trabalho bastante singular em seus livros, as edições parecem artesanais e muito clássicas. Tenho um exemplar de “Razão e Sensibilidade”, escrito por Jane Austen, que é perfeito! Capa dura em tom de verde que nos transmite uma imagem de ser tipicamente camurçado, páginas em dourado e em todo livro linhas também em dourado contornando como se fosse um móvel Luís XV. Magnífico!

#5 – WHATSAPP: Um livro que as personagens trocam mensagens;
“A Culpa é das Estrelas”, John Green; “Os 13 Porquês”, Jay Asher. Foi um pouco complicado responder essa tag. Se levar em consideração o termo “mensagem” em amplo sentido, cartas também são mensagens e eu poderia citar as obras de Charlotte Bronte ou Jane Austen. Entretanto, decidi exemplificar com uma publicação contemporânea, então citei dois romances adolescentes que há a presença de troca de mensagens via celular. Ninguém troca mais mensagens e vive online melhor que adolescente, não é mesmo?

#6 – TINDER: Um livro com muita pegação;
“Voraz”, de Barbara Shenia (tem resenha deste livro maravilhoso aqui). Tenho pouquíssima experiencia com romances eróticos, mas este livro me deu uma boa primeira impressão. Leia o livro e, também a resenha!

#8 – TWITTER: Livro com poucas páginas;
“A Metamorfose”, de Franz Kafka. Publicado pela Companhia das Letras e traduzido por Modesto Carone, o livro de 96 páginas prende a atenção de qualquer leitor  (seja iniciante ou experiente), o interessante é que o leitor se torna marcado pela reflexão abordada na obra. Não há a possibilidade, mesmo que mínima, para continuar o mesmo após a leitura deste.

#9 – TUMBLR: Livro que todo mundo ama;
“O Diário de Anne Frank”, um dos livros escritos pela garota judia enquanto tentava sobreviver ao período da segunda grande guerra. Li a edição publicada pela Editora Record, esse mesmo exemplar passou pelo crivo do pai de Anne, Otto H. Frank, e possui textos e fotos inéditas. Nunca ouvi alguém corresponder negativamente a este livro, todos os leitores são impactados pela inteligência e criticidade da jovem que teve seu destino traçado pela insana ambição de um homem. Vale a pena o amor dedicado a esta leitura.

#10 – PINTEREST: Um livro que te inspira/inspirou;
“As Crônicas de Nárnia”, C.S. Lewis. Sim, inscrevo toda a saga de Nárnia na tag do livro que me inspirou. Todas as sete crônicas possuem um espaço bem especial na minha memória e em meu coração. Este mega livro se tornou minha leitura anual, acredite, você também irá se inspirar ao lê-lo.

#11 – SARAHAH: Livro com bom suspense, ou que tenha te surpreendido;
“A Thousand Splendid Suns”, Khaled Hosseini. Um dos primeiros livros que li em Língua Inglesa. Portanto, me deixou surpreso em todos os sentidos: seja pelo conteúdo da narrativa e/ou pela minha capacidade em ler em outro idioma. Foi lindo!

Um grande abraço e até a próxima!