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Resenha: A Herdeira, Kiera Cass

Em A Herdeira, quarto volume da série A Seleção, de Kiera Cass, 20 anos se passaram e vemos America, Maxon e seus quatro filhos governando uma Illéa sem castas. Pela primeira vez em gerações, o herdeiro ao trono é uma mulher, Eadlyn, que se prepara para ser a próxima rainha de Illéa. Mas, como nem tudo são flores, as coisas não saem como Maxon planejava e novos grupos de rebeldes surgem, dessa vez, contra a monarquia. Para distrair o povo, enquanto o rei tenta achar uma solução para os ataques cada vez mais frequentes, Eadlyn se submete à Seleção, e 35 garotos chegam ao castelo para perturbar sua rotina.

Diferente de Maxon, Eadlyn não queria uma Seleção, não queria se casar, e é isso que mostra que a história, realmente, mudou de fase. É uma Seleção totalmente diferente, não só pelo fato de ser uma garota que tem que escolher entre 35 garotos, mas também, porque é uma garota forte, decidida, criada para ser rainha e que não está muito a fim de ter um príncipe consorte (quem casar com ela não será rei porque ninguém pode ter um título maior que o dela… que medo!).

Ás vezes, dá até pena dos garotos (a herdeira sabe ser cruel!), mas também nos comovemos com o medo dela de parecer vulnerável e não ser levada a sério ou, ainda, não encontrar seu amor verdadeiro. Afinal, quem garante que sua alma gêmea foi sorteada e está no castelo? Assim, por pura sorte? Vemos em Eadlyn os nossos próprios medos refletidos, afinal, é sua única chance, não pode haver erros. Quantas vezes não nos sentimos assim? Seja na escolha de um par romântico ou na escolha de um curso na faculdade. Nossa vida foi desde sempre baseadas em escolhas e nos ensinam que sempre colheremos os frutos delas. E se fizermos a escolha errada? Eadlyn nos mostra que até a pessoa mais forte tem medo e que ter medo não é uma fraqueza, mas um sinal que você é humano e que, como todo mundo, deseja ser feliz. Kiera Cass mantém a qualidade da série, nos surpreende com as mudanças e detalhes, emociona e não tem nada de enrolação: tem muita história para ser contada e continua no último volume da série, A Coroa.

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Resenha: A Vingança dos Sete, Vol. 5, Os Legados de Lorien, Pittacus Lore

A Vingança dos Sete, quinto volume da série Os Legados de Lorien, traz algumas revelações importantes para a série, como o aliado mogadoriano Adam, a redenção do Cinco, a dor de todos com a morte do Oito, a mudança de lado do FBI e, mais do qualquer outra coisa, a Ella. Sim, a número Dez tem seu destino revelado e seu papel que vai muito além de uma coadjuvante. Nada poderia me preparar para aquilo! Pois bem, vamos aos fatos…

Começamos este quinto volume com Ella na nave de guerra dos mogadorianos ainda tentando entender porque está ali e ainda viva. Ela parte do pressuposto de que é uma prisioneira e será estudada e interrogada como os outros, mas não é bem isso que acontece. Ao mesmo tempo, Seis, Marina e Nove estão perdidos no meio do pântano, após a traição de Cinco e morte de Oito, cujo corpo é levado pelos mogadorianos, e Marina quer, de qualquer jeito, recuperá-lo. E junto com tudo isso, Sarah se junta a Mark James na edição do site “Eles estão entre nós” a fim de alertar ao povo sobre o perigo de se aliarem aos mogadoriados, enquanto que John, Sam, Malcom e Adam ficam responsáveis de impedir que Setrákus Ra desça a Terra com a permissão dos governantes e comece sua invasão. Detalhe, junto com alguns desgarrados do FBI, entre eles, a agente Walker, que resolvem que o lado mogadoriano é errado e o lorieno é o certo.

Temos os capítulos narrados por várias versões, saltamos de um lado para o outro do planeta e nos vemos perdidos entre inimigos, aliados, ex-inimigos e ex-aliados. A história de Lorien se mostra muito mais complexa do que achávamos e nossos heróis se vêem, pela primeira vez, em dúvida de se conseguirão cumprir sua missão. A invasão se mostra cada vez mais iminente, Setrákus Ra, cada vez mais forte, e as revelações são cada vez mais intensas. Fui pega de surpresa junto com a Garde sobre todas as certezas que viraram dúvidas e todos os fatos novos que viraram certezas.

É um livro intenso e cheio de ação do início ao fim. Acho que, por estar chegando perto do fim, a ansiedade bate mais forte, então a leitura flui mais, mas também, os acontecimentos são concomitantes e não dá tempo nem para respirar entre um capítulo e outro. Quando comecei a ler essa série, eu achava que o sexto livro, O Destino da Número Dez, era o último, mas não é. Logo mais, trarei a resenha dele para vocês e estou ansiosíssima para ler o, agora sim, último volume, Unidos Somos Um. Eu preciso saber se há alguma revelação sobre o autor! Sim, ainda não superei o fato de não ter um autor físico e preciso ver o rosto dele!

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Resenha: A Queda dos Cinco, Vol. 4, Os Legados de Lorien, Pittacus Lore

Continuando minha saga pelos Legados de Lorien, chego no quarto volume: A Queda dos Cinco. As fugas não param, o que muda é que, agora, todos estão juntos. Uma luta mal sucedida com Setrákus Rá mostra que ainda não estão prontos para a batalha final, mas, pelo menos, conseguem salvar Sarah das mãos dos Mogadorianos, dar o troco nos agentes do governo e fugir, agora, com o plano de achar Cinco. Sam também volta com uma surpresinha e todos treinam felizes na cobertura super luxuosa de Nove, em Chicago. Só que não!

Este é o livro em que a história começa a ganhar forma e mostra que o clímax está próximo. Já era esperado já que é onde está a metade da história. Emocionante e mais denso do que os outros, A Queda dos Cinco é o primeiro livro da franquia com todos os personagens e nos traz mais detalhes sobre os lorienos e os mogadorianos. Não é uma história com vilões bobos e superficiais que só querem espalhar destruição, isso é bom. No fim, independente do planeta em que nascemos, somos todos iguais, com medos, anseios e sonhos.

Não vou contar muito, mas esse volume foi o que teve mais revelações, então, se você está lendo, continue! Se não, comece só para chegar nesse livro, eu fiquei com o coração na mão! Uma frase define esse livro: nem tudo é o que parece ser. Fiquem de olho nos Lorienos, nos humanos e até nos mogadorianos! Pois é, talvez eles sejam um povo como qualquer outro e alguém comece a pensar… Talvez algum lorieno tenha uma ascendência, no mínimo, interessante… Bom, já falei demais! Só mais uma coisa: eu chorei no final, tinha que falar. Por Lorien!

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Resenha: Felizes para sempre, Kiera Cass

O que dizer de Felizes para sempre, livro extra da série A Seleção, de Kiera Cass? Melhor livro extra ever!!! Mesmo depois de ter me decepcionado muito com o extra de Fallen, não resisti. Quem me conhece sabe que eu não sou de ler extras, sempre acho que eles não acrescentam muita coisa, mas Kiera Cass fez eu morder minha língua milhões de vezes e mais alguns milhões só para garantir.

O livro tem tudo o que um fã poderia querer: ilustrações inéditas, introduções da própria autora para cada conto e, claro, contos que fazem toda a diferença. Fiquei tão encantada como quando li os livros oficiais da série, são histórias inéditas que esclarecem muita coisa e fazem com que conheçamos melhor os personagens.

Além dos quatro contos já divulgados (o príncipe, a rainha, o guarda e a favorita), tem um conto da Celeste, um da Lucy e o que eu mais amei de todos: um epílogo de “A Escolha”, que acontece 2 anos depois do casamento de Maxon com sua escolhida. Se você é fã da série, tem que ler esse extra, é maravilhoso! E além de tudo isso (sim, ainda tem mais), tem o primeiro capítulo do “A Sereia” e um marca página exclusivo na contra capa. Sério, gente, não tem livro mais perfeito!

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RESENHA: Círculos de chuva, Vol. 3, Dragões de Éter, Raphael Draccon

João e o pé de feijão. É com essa referência que começamos o terceiro volume da série Dragões de Éter, Círculos de chuva, e uma guerra se inicia entre humanos e gigantes pela posse do menino que pode ser Merlim reencarnado. Vamos com Axel para a Terra do Nunca e nos surpreendemos um pouco com a versão de Raphael Draccon para o Peter Pan. Snail junta seus garotos e vai atrás do maior tesouro do mundo e acompanhamos a saga de João em seus desafios para se tornar cavaleiro.

Não preciso nem dizer que estou enlouquecida pelo último volume que o Draccon tem nos enrolado há anos, mas, ao mesmo tempo, dá uma dorzinha no coração em saber que não verei mais esses personagens tão cativantes que eu mergulhei tanto na história. Me apaixonei pela escrita do Draccon e super recomendo. Não deixem se assustar pelo tamanho dos livros, realmente, vale a pena.

[SPOILER]

Sei que era necessário, que faz todo o sentido para a história e foi isso que salvou Arzallum na guerra, mas só eu acho que o Axel devia largar aquela elfa-amazona-guerreira e sei mais lá o que e ficar com a Maria??? Apesar de tudo, torço pelos dois e espero que a Livith morra para que o verdadeiro conto de fadas se realize. Sou muito má? (rs).

[/SPOILER]

Nova Éter é um reino mágico, onde todos os nossos personagens favoritos que aprendemos a amar durante nossa infância se reúnem em histórias que se entrelaçam. Raphael Draccon se mostrou o perfeito Criador, nos envolvendo nessa trama emocionante que nos leva para longe, direto para as terras de Arzallum, ou para o alto mar no antigo navio do Capitão Gancho, ou ainda mais além, para as Terras do Nunca, onde os elfos nunca crescem, a não ser um. Somos os semideuses que fazem tudo isso existir, simplesmente, por acreditar e, enquanto continuarmos acreditando, Nova Éter permanecerá viva e mais histórias fantásticas surgirão. Agora, me dão licença, que eu vou voltar para Arzallum e ficar hospedada no Grande Paço até o próximo livro. E um… Dois… Três.

tallis gomes
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Atualizações, Cultura, Livros

Tallis Gomes, fundador da Easy Taxi, lança livro em São Paulo

Tallis Gomes, considerado um dos empreendedores mais influentes do País, no dia 11 de setembro, irá realizar o lançamento do seu primeiro livro, o “Nada Easy: O passo a passo de como combinei gestão, inovação e criatividade para levar minha empresa a 35 países em 4 anos”, em São Paulo. Com a obra o autor tem o objetivo de compartilhar, por meio de um guia prático, como em sua gestão a Easy Taxi se tornou uma das maiores empresas de serviço mobile do mundo. Gomes estará, às 19h, na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi.

Produzido com base em hangouts que Tallis fez por quatro meses, onde pôde entender as dores e dúvidas dos empreendedores brasileiros e com base nas suas memórias daquilo que o autor considera mais relevante para o empreendedor, ele apresenta o passo a passo das etapas necessárias para criar um business global. O livro entrega um guia prático com ferramentas e dicas claras para empreendedores de todas as fases, da concepção da ideia até o momento do exit.

“Tirar uma ideia do papel é uma arte; fazer isso nos Estados Unidos, por exemplo, é muito fácil. Nosso cenário é hostil, o mercado brasileiro é diferente de todos os outros que conhecemos e, por isso, precisamos pensar e agir com o que temos em mãos”, explica Gomes. Na obra, aborda temas como: “Como ter uma ideia viável”, “Como transformar sua ideia em produto”, “Como construir seu time”, “Como se proteger juridicamente”, “Como levantar capital na realidade brasileira”, “Como escalar seu negócio” e, por fim, “Qual é a hora de vender a empresa”.

O prefácio do livro foi escrito por Eduardo Mendes, CEO e cofundador do Hotel Urbano, um dos maiores empreendedores brasileiros e que recentemente comprou de volta o controle da empresa, fazendo uma das jogadas de maior coragem na história do ecossistema brasileiro.

Com o livro, Tallis acredita que poderá devolver ao ecossistema todo o apoio que ele teve ao começar sua trajetória empreendedora, principalmente no começo da Easy Taxi. Além disso, pretende desmistificar pontos que com disciplina e resiliência, podem ser executados por qualquer pessoa. O valor é de de capa: R$ 34,90.

Origem, Dan Brown
Origem, Dan Brown
Atualizações, Livros

‘Origem’, novo livro de Dan Brown, será lançado em outubro

Origem, o quinto livro protagonizado por Robert Langdon será lançado em outubro pela editora Arqueiro. Nesse novo volume, o protagonista passará pelas cidades espanholas Barcelona, Bilbao, Madri e Sevilha.

 Dan Brown é conhecido pelos sucessos Anjos e Demônios (2000), O Código Da Vinci (2003), O Símbolo Perdido(2009) e Inferno (2013). Langdon conhecerá o  Mosteiro de Montserrat, a Casa Milà e A Sagrada Família, em Barcelona. Em Bilbao, ele passará pelo Museu Guggenheim, o Palácio Real em Madri e a Catedral de Sevilha. Dan Brown sempre utiliza os cenários de seus livros como peça chave para o entendimento da história.

Em uma entrevista, Brown afirma que escolheu a Espanha como cenário porque foi o primeiro país que ele visitou. Além disso, para ele, o país apesar de possuir uma rica tradição não deixa de mirar no futuro.

De acordo com ele, Langdon assistirá um anúncio no Museu Guggenheim em Bilbao que mudará os rumos da ciência para sempre.

O romance “Origem” tem estreia marcada para o dia 5 de outubro.

Livros, Resenhas

RESENHA: Por um toque de ouro, Carolina Munhóz

Emily O’Connell é tudo o que toda garota gostaria de ser: linda, rica e muito “sortuda”. Ganhar dinheiro é o seu dom. Aquela expressão “tudo o que toca vira ouro” não poderia ser melhor aplicada a alguém do que à sua família. “Por um toque de ouro”, da autora brasileira Carolina Munhóz, traz a história de uma criatura mágica não muito abordada hoje em dia: os Leprechauns, seres abençoados com sorte, simples assim. Mas, para quem pensa logo naqueles homenzinhos barbudos com cartolas verdes, vai ter uma grande surpresa. A autora traz uma nova abordagem cheia de glamour e, como já é característico, cheia de explicações mirabolantes para justificar que eles existem sim e estão no nosso meio.

A família O’Connell tem uma tradicional grife de bolsas e sapatos e Emily vive no meio da alta sociedade cercada de riquezas, viagens e nunca, NUNCA, teve que se preocupar com falta de dinheiro. Mesmo assim, como toda garota, ela quer se apaixonar e isso acontece quando o misterioso Aaron aparece e Emily se vê envolvida em um romance de conto de fadas. Tudo bem, tudo lindo, tudo maravilhoso, até que seu pai, na noite em que ia contar a ela o segredo da riqueza da família, é misteriosamente assassinado e tudo começa a dar errado. Emily perde seu pai, sua empresa, sua fortuna, tudo. Do dia para a noite. Seu toque de ouro fora roubado e, agora, ela estava em uma corrida contra o tempo para pegá-lo de volta.

De escrita fácil e leitura fluente, a obra é deliciosa de ler e a descrição é surpreendente. Fiquei morrendo de vontade de ir para a Irlanda! Para quem já conhece as obras da Carolina, posso garantir que ela não nos decepciona nessa nova e já estou super ansiosa para começar a ler a continuação, já que essa é a primeira trilogia da autora. “Por um toque de sorte”, segundo volume da Trindade Leprechaun, já se encontra nas livrarias e “Por um toque de Magia” tem data de lançamento confirmada para o mês que vem. Nos vemos no final do arco-íris!

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Resenha: IT, Stephen King

“Todos flutuam aqui em baixo”… É assim que é conhecido It.

Essas são as últimas palavras que George Demborough ouve antes de morrer, mutilado por uma… Coisa. Uma coisa horrivel, metamorfa, que é também um palhaço chamado Pennywise.
30 anos depois, o estereótipo do palhaço monstruoso é um elemento comum nas obras de terror, mas na época foi uma novidade — e um grande susto pra quem leu e hoje diz que não consegue passar perto de um bueiro sem sentir calafrios.

“Quer um balão, Georgie?”

O livro conta a história de 7 amigos que enfrentam essa criatura macabra e quase onipotente não uma, mas DUAS vezes. São duas narrativas intercaladas: uma retrata a infância do “Clube dos Perdedores” como eles chamam a si mesmos; outra conta a história deles adultos, num segundo encontro com Pennywise, que está de volta na tenebrosa Derry.

Bill, Eddie, Ben, Richie, Stan, Bev e Michael desenvolvem uma amizade tão forte e verdadeira ao longo da história que você quase deseja ser amigo deles também. Cada um dos personagens tem personalidades marcantes e são essenciais não só para a história, mas para a construção de personagem de cada um dos outros. Eles literalmente não seriam os mesmos se não estivessem juntos.

“Talvez, pensou ele, não existam coisas como amigos bons ou ruins. Talvez existam só amigos, pessoas que ficam ao seu lado quando você se machuca e que ajudam você a não se sentir muito sozinho. Talvez valha a pena sentir medo por eles, sentir esperança por eles e viver por eles. Talvez valha a pena morrer por eles também, se chegar a isso. Não amigos bons. Não amigos ruins. Só pessoas com quem você quer e precisa estar; pessoas que constroem casas no seu coração.”

Da esquerda para a direita: Stan, Richie, Michael (atrás), Bill, Bev, Ben.

Vale a pena mencionar: Derry é maligna. Você vai aproveitar a obra bem mais se souber disso desde a primeira linha, desconfiando de tudo e todos que encontrar ao longo de suas 1104 páginas (sim, é monumental). Os protagonistas vão sentir isso na pele, ao sofrerem bullying e negligência, desde o valentão Henry Bowers até o farmacêutico Sr. Kleene. O que torna IT diferente da maioria das histórias de terror é justamente tratar de tais temas (inclusive a homofobia, o que é bastante corajoso para a época).

Outro tema da obra é o quanto você é definido pela sua infância — e principalmente pelos seus pais. Muitos medos e problemáticas dos personagens derivam de suas experiências nas suas casas, com pais controladores, ausentes, paranóicos ou até agressivos. E claro, também existe todo o lado metafórico da Coisa ( 😉 ). Um palhaço que assume a forma do que mais te assusta é uma forma genial de se tratar dos medos da infância, e como nós crescemos ao enfrentá-los. O “Clube dos Perdedores” são 7 crianças que enfrentam seus maiores medos e tornam-se adultos, seguindo suas vidas até que sejam confrontados novamente pela memória dos traumas que deixaram para trás.

Com uma narrativa envolvente, King não poupa palavras pra contar cada memória e momento crucial na construção de cada personagem central (e as vezes nem tanto) da trama. Diferente de alguns outros livros do autor, não tem muito o que cortar em IT que não fosse fazer falta de alguma maneira. Se no final do livro você estará vibrando pelos personagens e temendo por eles (ou, no caso de Henry Bowers, odiando), é justo pelo tempo que você passa acompanhando eles ao longo de sua jornada.

A esse ponto você já deve ter percebido que IT não ficou famoso por nada. Gostando ou não, é difícil contestar as qualidades técnicas e artísticas da obra, que consegue ser muito mais que um livro de terror: é uma história sobre crescer, e sobre a vitória do amor sobre o medo.

E também sobre um palhaço metamorfo assassino.

Tomando banho com o crush

Se você gostou, confere aqui o trailer do filme baseado na obra que vai sair em setembro de 2017, e o da adaptação original para a TV de 1990 aqui. Não esquece de compartilhar o texto! 😉

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Resenha: Brilho, Amy Kathleen Ryan

Brilho é o primeiro volume da série Em busca de um novo mundo, da autora Amy Kathleen Ryan, publicado pela Geração Editorial. A primeira vez que ouvi falar sobre esse livro foi no Sarau mistérios da meia-noite, no Halloween de 2015, e fiquei encantada com a história. Uma mistura de distopia, ficção científica, uma pitada de romance e muita ação: a receita perfeita para uma obra de sucesso.

Tudo começa com a Terra entrando em colapso. Os recursos naturais acabaram, o povo está morrendo e não há mais nada que possa ser feito. Uma nova Terra é descoberta, um planeta cheio de água fresca, terras férteis e um ecossistema perfeito para habitar a raça humana. Duas naves são abastecidas com plantas, animais e pessoas, e é enviada para esse planeta a fim de que a humanidade não entre em extinção. A viagem é longa, a expectativa é mais de 40 anos, e a missão é clara: as pessoas devem sobreviver e se reproduzir para povoar a Terra nova e começar tudo de novo.

A história é, inicialmente, contada pela visão da vida na segunda nave, a Empyron, e somos apresentados a dois personagens que se mostrarão bem fortes no futuro, Kieran e Waverly, dois adolescentes vistos como grandes pilares do recomeço da vida na nova Terra. Tudo parece correr como planejado, as pessoas convivem em sociedade, cooperando para o bom funcionamento da nave, até que são surpreendidos pela primeira nave, a New Horizon, e um ataque catastrófico destrói tudo o que eles conheciam. Todas as meninas são sequestradas e levadas para a New Horizon, pois suas mulheres apresentaram um problema de fertilidade. Os adultos são mortos e Kieran e os outros garotos se vêem sozinhos, tendo que cuidar da nave e tentar resgatar as garotas.

Além da história fantástica e toda a ação, uma das coisas mais interessantes neste livro é o que as pessoas são capazes de fazer quando são arrancadas de sua zona de conforto e vêem sua sobrevivência ameaçada. Até onde uma pessoa é capaz de ir para salvar sua própria vida? O que é capaz de fazer para manter o poder? O ponto de vista de cada um pode acabar distorcendo um pouco o que é o bem comum e o egoísmo pode se sobressair em quem antes era visto como alguém tão bom. Adorei o livro e já comecei a ler o segundo, ansiosa para descobrir mais do desenrolar dessa história. Para quem gosta de distopias, mas está cansado do mesmo de sempre, Brilho chegou para surpreender.