Resenhas

Resenha: Perdendo-me, Cora Carmack

Virgindade… Bliss Edwards vai se formar na faculdade e ainda tem a sua. Chateada por ser a única virgem da turma, ela decide que o único jeito de lidar com o problema é perdê-lo da maneira mais rápida e simples possível com uma noite de sexo casual. Tudo se complica quando, usando a mais esfarrapada das desculpas, ela abandona um cara charmosíssimo em sua própria cama. Como se isso não fosse suficientemente embaraçoso, Bliss chega à faculdade para a primeira aula do último semestre e… adivinhe quem ela encontra?

Eu não entrei com tantas expectativas no livro, porque não conhecia a autora e também porque achei que era algum romance água com açúcar… mas não tinham passado nem 20 páginas e eu já estava rindo alto com os comentários mentais da Bliss e dessa história toda de perder a virgindade com algum cara de um bar. Ela é uma estudante de teatro, tem 22 anos, e sempre precisa estar no controle da situação, seja em relação à faculdade, a homens ou a qualquer ramo da sua vida, mas devo admitir que gostei dela.

Um dos pontos positivos do livro é que apesar de ser completamente focado no romance, você ainda participa da vida dos personagens secundários, e consegue se apegar a eles. Principalmente os melhores amigos dela, Kelsey, Cade e também a sua gata Hamlet (risadas a parte com essa daí). Kelsey, é a amiga maluca que coloca na cabeça de Bliss a ideia de que perder a virgindade é como tirar um curativo, e Cade é o perfeito melhor amigo que é lindo, carinhoso, engraçado e super atencioso… A combinação dos dois fez com que o livro, apesar de um pouco clichê, se tornasse mais divertido.

Mas falemos do mais importante, o misterioso ‘cara do bar’ que é nada mais nada menos do que um maravilhoso inglês, com um forte sotaque britânico, amante de Shakespeare, professor de teatro e ator…bem daqueles que a gente encontra em qualquer fila de banheiro de bar (só que não mesmo). Garrick, é o tipo de personagem que você precisa de 5 segundos para estar babando que nem a protagonista.

Ele colocou o livro de lado, mas não sem antes marcar onde havia parado. Meu Deus, ele realmente estava lendo Shakespeare em um bar.

Apesar de Bliss começar meio bobinha, eu achei que ela cresceu durante o livro e usou toda aquela turbulência de emoções e confusões para se tornar uma ótima atriz e também mais corajosa com as coisas que sentia. E eu realmente amei o relacionamento dela com o Garrick, porque apesar da premissa do livro, o foco não foi só o sexo, mas a relação deles em si.

Despejei tudo o que tinha de tesão, medo, dúvida e vergonha naquela apresentação de um minuto e meio. Eu me doei de um jeito como nunca fiz na vida real, porque aqui… aqui eu podia soltar e lidar com isso e fingir que não se tratava da minha pessoa… podia fingir que se tratava de Fedra. Eu era mais honesta sob o calor daquelas luzes (…)

A escrita da autora é simples e por isso a leitura flui muito bem, mas uma coisa que eu realmente gostei é que nessa trilogia (sim, são três livros) o foco não é somente em um casal. A cada livro a história continua com outros personagens que já estamos familiarizados. O segundo livro, “Fingindo”,  tem Cade como protagonista, e já temos uma leitora ( euzinha aqui) ansiosa pra ver como será a vez dele.

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