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Livros, Resenhas

Resenha: Fogo Contra Fogo, Jenny Han & Siobhan Vivian

A festa de Ano-novo terminou com uma tragédia irreparável, e Mary, Kat e Lillia podem não estar preparadas para o que está por vir. Após a morte de Rennie, Kat e Lillia tentam entender os acontecimentos fatais daquela noite. Ambas se culpam pela tragédia. Se Lillia não tivesse se apaixonado por Reevie. Se Kat não tivesse deixado Rennie ter partido sozinha. Se a vingança não tivesse ido longe demais, talvez as coisas seriam como antes. Agora, elas nunca mais serão as mesmas. Apenas Mary sabe a verdade sobre aquela noite. Sobre o que ela realmente é. Também descobriu a verdade sobre Lillia e Reeve terem se apaixonado, sobre Reeve ser feliz quando tudo o que ele merece é o sofrimento, assim como ela ainda sofre. Para Mary, as tentativas infantis de vingança ficaram no passado, ela está fora de controle e pretende sujar suas mãos de sangue, afinal, não tem mais nada a perder.

“Fogo contra fogo” é o terceiro livro da trilogia de Jenny Han  e Siobhan Vivian. No primeiro volume, “Olho por olho”, somo apresentados à Lillia, Kat e Mary, que tomam turnos na narração dos capítulos. O primeiro livro narra a volta de Mary à Ilha de Jar. A três se juntam para colocar em pratica uma vingança contra alguns de seus “ex amigos”. O segundo livro “Dente por dente”, mostra a consequência da vingança das meninas contra um dos amigos, Reeve. Infelizmente, por causa de um acidente, uma amiga próxima das meninas morre.

O terceiro livro começa exatamente no funeral da personagem. Durante o livro, somos apresentados a uma circunstância, ou até mesmo um segredo, sobre a personagem Mary que muda o rumo de todas as histórias. A sede de vingança de Mary por Reeve ainda permanece, e isso tira a menina cada vez mais do controle de suas ações. Lillia, uma das personagens principais, é quem está no momento mais confuso sem saber o que fazer. Ela vive uma batalha entre seus sentimentos e a vingança que prometeu às amigas.

A narrativa flui facilmente e provoca muita curiosidade ao leitor. O foco do terceiro volume é a descoberta de Lillia e Kat sobre quem (ou o que) Mary é e como elas vão lidar com isso. Nesse terceiro livro em específico podemos aprender a importância dos laços afetivos na vida das pessoas, especialmente adolescente. As autoras deixam também bem nítida a ideia de que é necessário refletir sobre suas atitudes e como um simples ato pode mudar a vida de alguém para sempre.

O fim do livro é totalmente surpreendente e te prende em cada palavra e decisão das personagens no meio de toda a vingança e ódio. Tudo acontece de forma muita rápida e eletrizante, com várias reviravoltas assustadoras e de tirar o fôlego.

“Os estivadores vêm correndo. Não conseguem acreditar nos próprios olhos. Sei que um deles vai acabar identificando de quem era o barco e vai chamar Kat e lhe contar que ele foi destruído. Sinto muito, Kat. Mas você sabia onde estava se metendo.Na verdade, não sinto nada. Nem um pouquinho.Elas merecem ser punidas. Agora, Reeve – ele merece muito mais. Merece morrer.”

A trilogia vale muita a pena não apenas para adolescentes, mas também adultos por se tratar de um tema atemporal descrito de uma forma muito cuidadosa e dinâmica. É necessário, porém, ficar atento aos gatilhos que a história pode provocar, já que ela é recheada de sexo, bebidas, morte, suicídio e bullying. “Fogo contra fogo” fecha de uma forma muito redonda e amarrada uma história que não permite o leitor a desgrudar do livro nem por um segundo.

Livros, Resenhas

RESENHA: A ÚLTIMA CAMÉLIA, SARAH JIO

“Às vésperas da Segunda Guerra Mundial, o último espécime de uma camélia rara, a Middlebury Pink, esconde mentiras e segredos em uma afastada propriedade rural inglesa.

Flora, uma jovem americana, é contratada por um misterioso homem para se infiltrar na Mansão Livingston e conseguir a flor cobiçada. Sua busca é iluminada por um amor e ameaçada pela descoberta de uma série de crimes.

Mais de meio século depois, a paisagista Addison passa a morar na mansão, agora de propriedade da família do marido dela. A paixão por mistérios é alimentada por um jardim de encantadoras camélias e um velho livro

No entanto, as páginas desse livro insinuam atos obscuros, engenhosamente escondidos. Se o perigo com o qual uma vez Flora fora confrontada continua vivo, será que Addison vai compartilhar do mesmo destino?”

A Última Camélia, de Sarah Jio, começa com uma pequena introdução narrada por uma personagem que não mais aparecerá no livro. Ela conta como uma rara camélia foi parar em suas mãos, uma camponesa que cuidava do jardim de uma nobre família inglesa, os Livingston.

Daí em diante o livro é dividido em capítulos intercalados, um narrado por Addison e outro por Flora. Ele segue essa estrutura narrativa até o fim. A primeira a conhecermos é Addison, uma jovem que vive em Nova York nos anos 2000, trabalha como paisagista e é casada há quase um ano com Rex Sinclair, por quem é apaixonada. O primeiro mistério é inserido logo de cara, quando Addison atende o telefonema de um homem de seu passado, que promete desmascará-la à Rex caso não receba uma quantia em dinheiro. Perturbada, Addison (será esse o seu verdadeiro nome?) decide aceitar um pedido do marido, e os dois vão passar algum tempo na Inglaterra, na mansão que a família Sinclair acabara de adquirir. A mansão Livingston.

Em seguida somos apresentados à Flora, uma jovem estadunidense que vive com os pais na Nova York de 1940. Com a padaria da família indo de mal a pior e o pai afundado em dívidas, a garota resolve aceitar a proposta de um vigarista que, sabendo de seus problemas financeiros, a rodeava insistentemente, prometendo uma grande quantia em dinheiro por um pequeno trabalho realizado em território inglês. Apenas no navio é que Flora, uma apaixonada por botânica, descobre qual a sua função: encontrar uma rara flor escondida há muitos anos nos jardins da mansão Livingston. Para isso, a jovem teria que trabalhar como babá das quatro crianças que lá viviam, enquanto procurava em segredo a Middlebury Pink.

O paradeiro da camélia, no entanto, não é o único mistério do livro. Quando Flora chega à mansão, Lady Anna Livingston havia falecido há pouco tempo, e apesar de a garota ser a responsável por cuidar das crianças, nunca ninguém a contava sobre como a tragédia havia acontecido. Lordes misteriosos, empregados que agem de forma estranha, livros com anotações quase indecifráveis… o clima de toda a narrativa é de mistério. E é bastante interessante a forma como as duas personagens principais, Flora e Addison, separadas no tempo por quase 60 anos, se deparam com as mesmas pistas e vão nos guiando dentro do imenso jardim da mansão.

Achei que não fosse gostar do livro quando iniciei a leitura, mas o ritmo que Sarah Jio deu à história é mesmo cativante, principalmente para alguém que, como eu, não consegue desviar o olhar de um mistério, seja ele uma clássica história de Sir Arthur Conan Doyle ou algo não tão clássico assim, tipo Gossip Girl.

O trabalho de edição da Novo Conceito é também muito bom, sem nenhum erro de digitação ou tradução e uma bela capa.

O que não gostei foi do mistério paralelo envolvendo Addison e Sean; achei muito forçado, exagerado mesmo. Pouco verossímil. Acho, ainda, que Jio se esforça demais para dar detalhes, deixando algumas descrições mastigadas demais. Se tem algo que já ouvi – ou li – muitos escritores falando é a regra do “Show, don’t tell”, ou seja, um escritor deve demonstrar, não simplesmente dizer. Melhor do que utilizar inúmeros adjetivos para descrever uma cena ou um sentimento, é mostrar como ele se dá, através de atitudes das personagens ou de metáforas que enriquecem a escrita e a leitura.

De qualquer forma, devorei o livro. Indico principalmente para quem gosta de mistério, e pode ser um bom começo para quem não tem ainda um hábito mais intenso de leitura.

Atualizações, Cultura

Editora Novo Conceito distribui livros de graça na CCXP 2016

Um dos eventos mais esperados do ano, a Comic Con Experience 2016 começou nessa quinta-feira (01/12) e vai até domingo (04/12). Sempre em busca de novidades, o evento não para de nos surpreender e, agora, vai ter até livro de graça! A Editora Novo Conceito vai distribuir 10 mil exemplares do spin-off da série Angus, de Orlando Paes Filho, com lançamento previsto para o ano que vem.

angus-origens

“Angus: Origens” revela as origens do clã de Angus MacLachlan. Na obra, o conflito entre duas religiões (a pagã, do deus Cernunnos, e o cristianismo) desencadeia uma terrível batalha entre Bretanha e Irlanda. Em meio à guerra, o rei Oengus MacLachlan e seus ancestrais enfrentarão uma invasão cruel para proteger a cristandade na Bretanha. É uma degustação que prepara o leitor para o lançamento do primeiro volume da trilogia, Angus – O primeiro Guerreiro, em março de 2017.

Para adquirir o exemplar, o visitante deverá comparecer ao estande da Novo Conceito na Comic Con. Mas é bom correr, pois a distribuição é limitada.

Editora Novo Conceito na Comic Con
Data: 01 a 04 de Dezembro
Local: São Paulo Expo
Endereço: Rod. dos Imigrantes, Km 1,5 – Água Funda – São Paulo/SP
Horários:
02/12 (Sexta-feira): das 10 às 22 horas
03/12 (Sábado): das 10 às 22 horas
04/12 (Domingo): das 10 às 20 horas

Eventos no Sábado 03/12

Horário: 13h às 16h
Autógrafos com Bibi Tatto, autor do livro “Um Mundo Novo” 

Horário: 13h às 14h30
Autógrafos com Rolandinho e Bruno Bock, autores do livro “Pipocando”.

Novidades, Resenhas

Resenha: Fingindo, Cora Carmack

COM SEUS CABELOS COLORIDOS, tatuagens e um namorado que combina com tudo isso, Max tem exatamente o estilo que seus pais mais desprezam… E eles nem sonham que a filha vive assim. Ela fica em apuros quando seus pais a visitam na faculdade e exigem conhecer o “futuro genro”. A solução que Max encontra para não ser desmascarada é pedir para um desconhecido se passar por seu namorado. Para Cade, a proposta veio em boa hora: é a chance que ele esperava para acabar com sua fama de bom moço, que até hoje só serviu para atrapalhar sua vida. Um faz de conta com data marcada para terminar…

E estamos aqui de novo, com mais um livro da Cora, só que dessa vez seguindo um casal diferente e que superou todas as minhas expectativas (que já eram muito altas por causa do primeiro, resenha aqui!). Posso dizer sem sombra de dúvida que esse livro entrou para a minha lista de favoritos. Mas bom, deixe-me colocar meus pensamentos de puro amor em ordem…

Comecemos por Cade, o melhor amigo coitado do primeiro livro, e que na verdade era de muito pouca importância no referido, e que me surpreendeu pelo nível de complexidade e emoções fortes que me transmitiu durante todo o livro. Se algum dia eu imaginei um menino que eu gostaria de casar, ele preenche todos os requisitos. Desde o seu charme sem fim, até os comentários brincalhões, do cavalheirismo até as demonstrações de paixão que um “bom menino” não teria (adorava essas partes, hihihi), ele conseguiu se tornar completamente apaixonante.

Meu nome é Cade Winston. Aluno de mestrado em belas-artes, voluntário, abraçador de mães e seu namorado pelas próximas vinte e quatro horas. Prazer em conhecê-la.

Já a Max, foi a que fez esse livro ter um espaço especial no meu coração, porque eu nunca me identifiquei tanto com uma personagem quanto com ela. Parece que meu modo de pensar, medos e desejos tinham saído da minha cabeça e passado para as páginas, então imaginem eu tendo momentos de ‘meu Deus, eu tava pensando a mesma coisa… ou faria a mesma coisa pelas mesmas razões’. Mas vamos falar dela. Ela é uma garota forte, decidida, com estilo próprio, destemida e sem medo de falar o que pensa (mas isso é só pra quem está vendo de fora). A verdadeira Max tem medos, dúvidas e fantasmas no passado de que tenta tanto escapar, e esse lado é o que a deixa tão perto de nós.

Passei tanto tempo na vida, tempo demais, mudando quem eu era para agradar outras pessoas. Aquele era um momento decisivo, e nada seria o mesmo nesse novo caminho, incluindo eu mesma.

Esse segundo livro se distanciou bastante do primeiro, que era mais leve e engraçadinho… Esse teve os mesmos momentos de rir alto, mas teve um nível de profundidade por causa dos personagens que deu um ar muito mais real à história. Ele trata de autodescobrimento e de mostrar o verdadeiro lado das pessoas. Não é preciso falar que a escrita da autora continua tão boa quanto antes: fluindo deliciosamente.

Como já tinha dito, é uma trilogia que segue personagens diferentes a cada livro, e no próximo livro, de título “Encontrando-me“, vamos seguir a nossa adorável e maluca Kelsey, e sinto muitas risadas chegando. Então, só me resta aguardar ansiosamente pelo lançamento do último volume.

Resenhas

Resenha: Perdendo-me, Cora Carmack

Virgindade… Bliss Edwards vai se formar na faculdade e ainda tem a sua. Chateada por ser a única virgem da turma, ela decide que o único jeito de lidar com o problema é perdê-lo da maneira mais rápida e simples possível com uma noite de sexo casual. Tudo se complica quando, usando a mais esfarrapada das desculpas, ela abandona um cara charmosíssimo em sua própria cama. Como se isso não fosse suficientemente embaraçoso, Bliss chega à faculdade para a primeira aula do último semestre e… adivinhe quem ela encontra?

Eu não entrei com tantas expectativas no livro, porque não conhecia a autora e também porque achei que era algum romance água com açúcar… mas não tinham passado nem 20 páginas e eu já estava rindo alto com os comentários mentais da Bliss e dessa história toda de perder a virgindade com algum cara de um bar. Ela é uma estudante de teatro, tem 22 anos, e sempre precisa estar no controle da situação, seja em relação à faculdade, a homens ou a qualquer ramo da sua vida, mas devo admitir que gostei dela.

Um dos pontos positivos do livro é que apesar de ser completamente focado no romance, você ainda participa da vida dos personagens secundários, e consegue se apegar a eles. Principalmente os melhores amigos dela, Kelsey, Cade e também a sua gata Hamlet (risadas a parte com essa daí). Kelsey, é a amiga maluca que coloca na cabeça de Bliss a ideia de que perder a virgindade é como tirar um curativo, e Cade é o perfeito melhor amigo que é lindo, carinhoso, engraçado e super atencioso… A combinação dos dois fez com que o livro, apesar de um pouco clichê, se tornasse mais divertido.

Mas falemos do mais importante, o misterioso ‘cara do bar’ que é nada mais nada menos do que um maravilhoso inglês, com um forte sotaque britânico, amante de Shakespeare, professor de teatro e ator…bem daqueles que a gente encontra em qualquer fila de banheiro de bar (só que não mesmo). Garrick, é o tipo de personagem que você precisa de 5 segundos para estar babando que nem a protagonista.

Ele colocou o livro de lado, mas não sem antes marcar onde havia parado. Meu Deus, ele realmente estava lendo Shakespeare em um bar.

Apesar de Bliss começar meio bobinha, eu achei que ela cresceu durante o livro e usou toda aquela turbulência de emoções e confusões para se tornar uma ótima atriz e também mais corajosa com as coisas que sentia. E eu realmente amei o relacionamento dela com o Garrick, porque apesar da premissa do livro, o foco não foi só o sexo, mas a relação deles em si.

Despejei tudo o que tinha de tesão, medo, dúvida e vergonha naquela apresentação de um minuto e meio. Eu me doei de um jeito como nunca fiz na vida real, porque aqui… aqui eu podia soltar e lidar com isso e fingir que não se tratava da minha pessoa… podia fingir que se tratava de Fedra. Eu era mais honesta sob o calor daquelas luzes (…)

A escrita da autora é simples e por isso a leitura flui muito bem, mas uma coisa que eu realmente gostei é que nessa trilogia (sim, são três livros) o foco não é somente em um casal. A cada livro a história continua com outros personagens que já estamos familiarizados. O segundo livro, “Fingindo”,  tem Cade como protagonista, e já temos uma leitora ( euzinha aqui) ansiosa pra ver como será a vez dele.

Atualizações, Novidades

VLOG: Chegou para o Beco!

Olá gente, sei que o vlog dessa semana está um pouquinho bem atrasado, mas ele FINALMENTE está no ar! Nele eu falo sobre os livros que chegaram para o Beco nesse primeiro trimestre das editoras parceiras, e tem muuuuuita coisa boa! Vamos conferir?

Os livros são da parceria com a Novo Conceito, Editora Jangada e Suma de Letras, que são as parcerias que eu cuido!