Já faz um tempo que eu comprei o box com os três volumes da série Dragões de Éter em uma promoção do Submarino, e até levei o primeiro para o Raphael Draccon autografar em uma de suas ilustres aparições ao lado da Carolina Munhóz, mas confesso que o tamanho dos livros me enchia de preguiça. Eu não conseguia mais nem olhar para a minha estante, que eles estavam lá me acusando, jogando a vergonha na minha cara. Até que, um dia, respirei fundo, peguei o primeiro volume, Caçadores de bruxas, e comecei a ler.
Tenho um misto de emoções com relação a esse livro e o jeito diferente que o Draccon tem de escrever que, até então, era novo para mim. Demorei um pouco para me adaptar ao estilo de capítulos dele. É, literalmente, como se você estivesse assistindo um filme, muda quadro a quadro e você se vê transportado de um lado para o outro na história, então, dá um pouco de tontura no início. O narrador não é, simplesmente, um narrador, é um personagem da história que, tecnicamente, não está na história, é mais como se alguém estivesse te contando a história, não da forma impessoal como estamos acostumados a ler uma narração em terceira pessoa. O tamanho do livro e as letras minúsculas também assustam, mas, depois que você se adapta a tudo isso, vem a história…
Nova Éter, um mundo idealizado por um Criador e mantido por semideuses, simplesmente, por acreditarem nele. Neste mundo, há vários reinos regidos por Arzallum, o reino principal e onde acontece a maior parte da história. Depois que você passa por todos os obstáculos de adaptação com a leitura, simplesmente, se apaixona por esse lugar e por seus moradores. Ah, sim, os personagens… João e Maria, Chapeuzinho Vermelho, Capitão Gancho… São nomes conhecidos para você? Pois é, Draccon nos traz velhos conhecidos de nossa infância de uma forma totalmente nova e fascinante. Esses personagens por si só já tão ilustres co-existem em um mesmo mundo, tendo suas histórias entrelaçadas de um jeito totalmente novo. Raphael Draccon conseguiu fazer a melhor releitura de contos de fadas que eu já vi de um jeito que nem parece uma releitura já que ele traz uma história nova, motivos novos, motivações novas, tudo novo. Já imaginou um mundo onde todos os seus personagens preferidos vivem, interagem, se relacionam e tem várias aventuras das quais você nunca tinha ouvido falar? Desnecessário dizer como esse mundo é mágico e cheio de mistérios, né? Pois é, assim é Nova Éter.
Para quem quis morrer ao ler as primeiras duzentas páginas e ver que ainda estava na metade do livro, estou devorando o segundo volume como se não houvesse amanhã. Agora, venha comigo até Nova Éter para ver com seus próprios olhos o que eu estou tentando te dizer. Prontos? E um… Dois… Três.
Comentários do Facebook
Sem comentários