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O Pequeno Príncipe: Eternamente responsável por aquilo que cativo?
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Eternamente responsável por aquilo que cativo?

“Vamos ver ‘O pequeno príncipe’ hoje de noite?”, propus a ele. Eu estava responsável por alguns convites por conta do meu blog. Fomos. Pegamos as habituais poltronas no fundo da sala. Sempre que íamos ao cinema, não víamos o filme por conta dos beijos que não se acabavam – não reclamando, óbvio. É maravilhoso. Sempre é com ele. Incrível se torna pouco para descrever tanto.

Nós sentamos e o filme começou. Eu sempre amei o pequeno príncipe. Foi um livro que meu avô comprou, deu ao meu pai e ele me deu. Na sexta série, escrevi uma resenha sobre ele com uma reflexão que emocionou a professora. Mas isso era coisa de conexão. Nós nos conectamos com certas palavras. E eu me conectava com esse livro, então, fiquei bem animado para o filme, apesar de ser uma espécie de releitura.

+ Resenha: O Pequeno Príncipe
+ Vlog: O Pequeno Príncipe

Sentei-me abraçado a ele. Seu colo era tão confortável, seu abraço era capaz de me fazer esquecer qualquer outra coisa. Seu cheiro era único, do tipo que te deixa alerta. Eu estava calmo, mas meu coração dava cambalhotas e era o grande responsável pelas borboletas no meu estômago. Ele era analgésico. Diziam que nossos signos jamais combinariam, mas quando queremos, fazemos. Quando queremos, noite vira dia, vazio vira cheio e o quebra-cabeças se encaixa.

“Eu gosto muito de você, sabe?”, ele disse e meu coração tremeu em felicidade crescente. “Muito.”

“Eu também”, respondi, tímido. As palavras travavam um pouco ao saírem assim, em voz alta. Era medo da decepção.

“Queria te dizer uma coisa…”, ele começou e eu só assenti. Porra, eu também quero te dizer uma coisa. Eu quero. Eu sabia o que ele ia dizer a seguir. Tinham algumas lágrimas no seu olho e essa era a cena mais linda que tinha a honra de estar acontecendo comigo. Nunca nada tinha passado perto do que eu estava sentindo ali, naquela sala escura que parecia iluminada pelos seus olhos. Cada centímetro meu sorria, cada célula do meu corpo dançava Macarena em velocidade máxima. Na tela grande, a raposa dizia Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas… Se me cativas, teremos necessidade um do outro. Serás para mim, único no mundo. E eu serei para ti, única no mundo…”

Tudo sorria em mim, tudo explodia como jamais antes. Minha mão estava em seu rosto e meus olhos estavam nos seus quando finalmente ouvi. “Eu te amo.”

E eu não soube explicar como milagrosamente sorri mais. Como minha felicidade transbordou e me paralisou, tirando minha voz e minha capacidade de pensamento. Eu só conseguia olhar para ele, me perder em suas entrelinhas. “Eu também te amo… Muito”, falei por fim, um pouco paralisado por ser a primeira vez responsável em voz alta com alguém ouvindo.

Era tão sincero que eu sentia meu coração bater em cada centímetro da minha pele. Mas era como deveria ser. Eu o amava, estava convicto de tudo. Convicto de que estava perdida e irremediavelmente apaixonado. E sabe, além de tudo. Contra a razão. Contra a promessa de jamais permitir. Contra a paz. Contra a esperança. Contra a tristeza. Mas, acima de tudo, eu o amava contra todo o desencorajamento que poderia existir. E foi ali, com meu filme preferido de plano de fundo numa quarta-feira fria de agosto, quase dez da noite que eu ouvi e admiti uma das melhores coisas da minha vida.

Sempre escrevi romances sem jamais ter chegado perto de viver um. Sem jamais ter entendido o infinito dentro de mim. Porque sim, posso dizer com propriedade agora: amor não machuca, conserta a alma. Não tira os pés, dá pezinho. Te eleva nas nuvens, como uma âncora de garantia. Não dói, sorri, dança…

Dizem que cicatrizes vem de machucados e naquela noite fui marcado de um jeito eterno e inexplicável em palavras. Só feche os olhos e imagine a sensação de se explodir em um infinito de galáxias brilhantes… Talvez chegue perto. Pouco, mas chega.

Isso te faz sorrir todos os dias e te dá novos motivos para acordar todos os dias. Te deixa mais que completo e, ao chegar em casa com o cheiro dele cravado em mim, sinto o melhor tipo de saudade. Aquela que só passa quando engulo a sua presença. E eu, fico sem palavras.

É algo novo pra mim que sou exagerado e vivo falando bosta por aí. Aconteceu sem enredo, sem ensaio ou histórias pré-escritas por romancistas fãs de finais felizes. E sabe, talvez isso já estivesse destinado a acontecer, porque voltando, vejo que O Pequeno Príncipe me define no momento mais que qualquer outra coisa.

“Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz.” Impossível me definir mais. Ou “Se tu vais, por exemplo, às onze da noite, desde as nove eu começarei a sentir a sua falta e te querer ver de novo.”

Lembra quando eu disse que existia alguém responsável por te abraçar tão forte que juntaria todas as suas partes?

Então, meu dia finalmente chegou.

Bienal do Livro Rio
Atualizações, Livros

Bienal do Livro: confira a programação do último fim de semana, para toda a família

Depois da bailarina Ana Botafogo, eterno grande nome do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que trocou sapatilhas e leu ‘Lago dos Cisnes’ para um grupo de crianças de escolas públicas que visitaram a Bienal do Livro Rio, agora é a vez da Orquestra Petrobras Sinfônica se apresentar aos pequenos leitores. Domingo, dia 12, o concerto ‘Sons da Primavera’ acontece às 15h no Estande da Petrobras.

A criançada poderá se divertir ainda com releituras de clássicos literários infantis, como O Sítio do Pica Pau Amarelo, Saltimbancos, Cinderela, a Bela e a Fera, O casamento da Dona Baratinha. No estande da Supergasbras, no Pavilhão Laranja, haverá teatrinho, contação de histórias e fantoches.

As atrações acontecem próximo ao Espaço Metamorfoses, uma área infantil de 600 metros quadrados que convida crianças e adultos a uma visita imersiva e sensorial, refletindo sobre as mudanças do mundo e a relação humana com o planeta.

A Bienal do Livro segue até domingo, com programação para toda a família. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site ou na bilheteria física, no Riocentro, Barra da Tijuca. Com protocolos para preservar o bem-estar de todos, o festival foi planejado para ocorrer de forma segura: as avenidas estão mais largas, garantindo distanciamento entre os estandes, e há totens de álcool em gel espalhados pelos pavilhões. A Bienal do Livro também se apropriou da área externa do Riocentro, com diversas ativações para as famílias, como espaços ‘instagramáveis’ e áreas para descanso e picnic .

Os visitantes precisam apresentar passaporte de vacinação e o uso de máscara é obrigatório.

Confira destaques da programação da Bienal do Livro:

Quinta, 9 de dezembro:

14h30 horas – Gabriela Prioli. Bate papo sobre os livros da autora
Lançamento livro: POLÍTICA É PARA TODOS (Cia das Letras 2021)
LOCAL: Estande do Submarino, Pavilhão Azul

15 horas – Aladdin – Estande Supergasbras, Pavilhão Laranja

Extraído dos “Contos das Mil e uma a noites”, o espetáculo narra as histórias de Aladdin, um menino pobre que deseja ser rico e viver num palácio, e Jasmine, uma princesa que sonha em cruzar os muros do seu palácio para conhecer o mundo e viver aventuras. Através de uma lâmpada mágica e os poderes de um gênio, os dois vão experienciar mundos distintos.

18 horas – Viih Tube, autora de ‘Cancelada’
Lançamento: CANCELADA (Editora Ediouro)
LOCAL: Praça de Autógrafos Pavilhão azul

Sexta, 10 de dezembro

11 horas – O Casamento da Dona Baratinha – Estande Supergasbras, Pavilhão Laranja

Nesta releitura do clássico, a ingênua Baratinha diverte crianças de todas as idades em um espetáculo dinâmico, divertido e musical. Interessada em um companheiro que reúna qualidade e valores, dignos de um ‘bom marido’, Baratinha vai enfrentar as situações mais inusitadas para escolher um pretendente entre os diferentes estilos. Rico em interatividade, o espetáculo sofre intervenções da plateia incentivando a criatividade da criançada.

11 horas – Igor Pires, Sessão de autógrafos
Novo livro: TODAS AS COISAS QUE EU TE ESCREVERIA SE PUDESSE ( Editora Globo)
LOCAL: Estande do Submarino, Pavilhão Azul

13 horas – Oficina de criação de Gifs – Estande Petrobras

Com equipe da animação Maréu

15 horas – Cinderela – Estande Supergasbras, Pavilhão Laranja

Um dos mais belos clássicos infantis ganha adaptação musical e narra a história da menina pobre que, ao encontrar uma fada madrinha, tem a oportunidade de realizar todos os seus sonhos. Nesta versão color Blind o espetáculo ganha novas camadas e aprofunda a narrativa da protagonista.

17 horas – Moana, uma aventura no mar – Estande Supergasbras, Pavilhão Laranja

A filha do chefe de uma ilha perdida parte numa aventura para salvar seu povo, enfrentando deuses, monstros e seus próprios medos para provar que é valente e corajosa.

19 horas – O Sítio do Picapau Amarelo – Estande Supergasbras, Pavilhão Laranja

Inspirado na obra de Monteiro Lobato, a peça acompanha Emília, uma boneca falante e seus amigos Visconde, Pedrinho e Narizinho numa de suas travessuras onde ela liberta Branca de Neve e Peter Pan dos livros da Dona Carochinha.

Sábado, 11 de dezembro

11 horas – A Pequena Sereia – Estande Supergasbras, Pavilhão Laranja

A história de uma jovem sereia que vive em um reino subaquático, mas se apaixona por um príncipe humano da superfície, foi contata pela primeira vez pelos irmãos Grimm, com diversas adaptações. Desta vez, a história de Ariel é vista de forma abrangente a todas as idades através de uma adaptação musical na qual músicas e coreografias darão à narrativa muita emoção e diversão.

11 horas – Raphael Montes (Companhia das Letras) – Bate papo sobre os livros do autor, como Suicidas (2012); Dias Perfeitos (2014); “Bom Dia, Verônica” (2020).
Estande do Submarino, Pavilhão Azul

15 horas – A Bela e a Fera – Estande Supergasbras, Pavilhão Laranja

Um tradicional conto de fadas francês escrito originalmente por Gabrielle Zuzanne Barbot narra o encontro entre uma camponesa e um príncipe que vive sob a forma de um monstro. Com música inesquecível e personagens divertidos, o espetáculo traz uma metáfora sobre aparências.

15 horas – Culturama: Sessão de fotos com Cosplays Star Wars – fã clube imperial Coast Line Garrison
Sessões às 16h e 17h

17 horas – Contação de história Teca e Tutti – Estande Petrobras, Pavilhão Laranja

‘Teca e Tutti’ é um filme de animação que será lançado em janeiro. Parte da história será antecipada durante a Bienal do Livro, para provocar a curiosidade das crianças.

17 horas – Os Saltimbancos – Estande Supergasbras, Pavilhão Laranja

Inspirado no conto “Os músicos de Bremem”, dos irmãos Grimm, o espetáculo narra as desventuras de quatro animais que, cansados da exploração, partem em busca de seus sonhos e de uma vida melhor.

19 horas – Alexandra Gurgel, bate papo sobre os livros da autora com mediação de Carla Lemos
Conversa sobre seu mais novo livro lançado em novembro ‘COMECE A SE AMAR’ (Editora BestSeller, grupo Record)
LOCAL: Estande do Grupo Editorial Record

Domingo, 12 de dezembro

10h30 – Contação de história Teca e Tutti – Estande Petrobras, Pavilhão Laranja

‘Teca e Tutti’ é um filme de animação que será lançado em janeiro. Parte da história será antecipada durante a Bienal do Livro, para provocar a curiosidade das crianças.

11 horas – Rapunzel – Estande Supergasbras, Pavilhão Laranja

Presa por uma bruxa, ainda ao nascer, a menina batizada de Rapunzel cresce curiosa sobre o mundo, para além das janelas da torre onde vive. Ao conhecer um rapaz do mundo exterior, Rapunzel passa a questionar os limites de sua vida e a superproteção de sua “mãe”, desejando novas aventuras rumo ao futuro, ao mesmo tempo em que vai desvendando os segredos do seu passado. Através das músicas de Anderson Oliveira e de um divertido narrador, a história convida as crianças a participarem de momentos de muita animação e interação.

11 horas – Natalia Timerman – Bate papo sobre os livros da autora
Conversa sobre seu mais novo livro ‘COPO VAZIO’ (Editora Todavia)
LOCAL: Estande Submarino, Pavilhão Azul

13 horas – Sessão de fotos Cosplays Star Wars – fã clube imperial Coast Line Garrison
LOCAL: Pavilhão Azul (Editora Culturama)
Sessões também às 14h e 15h

14 horas – Duda Pimenta
Lançamento: DUDA PIMENTA (Editora Mostarda)
LOCAL: Praça de autógrafos – Pavilhão Azul

14:30 – Litteris Editora
Pavilhão 3 – Sessão de autógrafos
Evangelho João

15 horas – The Gift Box
Auditório – Pavilhão das artes
Encontro The Gift Box – Novidades e próximos lançamentos

15 horas – Pinocchio – Estande Supergasbras, Pavilhão Laranja

Clássico do italiano Carlo Collodi, o espetáculo aborda questões e valores sobre a formação infantil e ensina lições como estudar e não mentir.

15 horas – OPES: Sons da primavera – Estande Petrobras, Pavilhão Laranja

16 horas – Litteris Editora
Pavilhão azul – Sessão de autógrafos
Com Alzheimer e Com Amor

17 horas – A Rainha do Gelo – Estande Supergasbras, Pavilhão Laranja

O conto do dinamarquês Hans Christian Andersen ganha adaptação teatral e músicas para narrar a aventura de Rainha do Gelo em busca de autoconhecimento, em uma jornada para salvar a sua família.

19 horas – Peter Pan – Estande Supergasbras, Pavilhão Laranja

Clássico de J M Barrie conta as aventuras de Peter Pan, um menino que não queria crescer e vivia numa ilha encantada, cercado de fadas e piratas.

19 horas- Bate papo sobre os livros do autor – Estande Submarino
Autor: Juan Julian
Editora: Record

Retirada de senhas para a Praça de Autógrafos:

As senhas para autógrafos serão distribuídas 1h antes do início de cada painel da programação oficial, junto com a pulseira da sessão, na Central de Distribuição de Senhas, em frente à Praça Central. As filas, na Praça de Autógrafos, estarão identificadas com a cor do pin de cada autor.

Observações:

• A distribuição de senhas é limitada a uma (1) por pessoa, respeitando a capacidade do espaço;

• O autógrafo é limitado a um (1) por pessoa portadora da pulseira com direito a autógrafo;

• Só terá direito ao autógrafo quem estiver com um livro físico ou digital do autor;

• A senha é válida somente para o mesmo dia de retirada;

• As senhas dos painéis não garantem acesso à nenhuma sessão de autógrafos, apenas as identificadas com o “pin”;

• Não tem tolerância de entrada nos painéis. Quem tiver pulseira tem acesso ao espaço até o encerramento da mesa.

Sempre tudo em mim sorri
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Sempre tudo em mim sorri

Lhe escrevi da última vez no ápice da minha angústia. Desabafando sobre uma perda que eu não sabia se aconteceria. Pois é, não aconteceu. Mas, eu estava sendo forte por fachada porque simplesmente eu precisava. Aquela história de passar uma força que não temos. Agora, cada parte de mim sorri.

Mas hoje, lhe escrevo de uma maneira totalmente oposta. Estou no ápice da minha felicidade. É impressionante como ele me faz feliz, sabe? Poucas vezes me senti assim na vida. Talvez nunca. É tão bom tê-lo comigo. Eu o amo tanto, sabe? Muito. Cada coisinha. Amo vê-lo concentrado, sorrindo… Ah, que sorriso. Seus olhos são algo em que me perco fácil. Meu coração falta capotar. Tê-lo abraçado a mim me faz sentir como a pessoa mais feliz do mundo. Mais forte, capaz de qualquer coisa. Eu estou convicto de que o amo mais que tudo mesmo. Sempre estive, presumo.

+ Escuridão do cósmico segredo, Gabu Camacho

Ele é meu primeiro e último pensamento ao acordar e ao dormir. Ao tomar uma decisão. Ao fazer qualquer coisa. É bom ser feito feliz. Nunca tinha ficado nesse estado antes. Acostumado a ser fechado e triste, estou no meu ápice. Por favor, me deixe ficar assim pra sempre.

Porque não quero nada menos que isso com ele. Porque sempre tudo em mim sorri. Tudo. Cada célula deve sorrir, porque, mesmo que eu deva, não consigo ficar triste. Bate aquela saudade sempre, mas é impossível ficar mal tendo ele comigo. E sabe, eu o amo tanto… Daquela maneira que saem lágrimas dos meus olhos ao dizer. É grande, sim.

Parece que nunca terei perdas porque ele é suficiente para suprir qualquer coisa que eu precise. Dizem que existem dois tipos de amor: aquele capaz de incinerar o mundo e aquele capaz de erguê-lo em glória mesmo após a incineração. O meu, poderia ser erguido em glória mesmo após a incineração.

Sim, estavam certos: amor é pezinho.

Em que mundo o mundo é mais lindo sem te ver?
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Em que mundo o mundo é mais lindo sem te ver?

Ilustração acima que me inspirou a escrever o texto é da Grazi França

Minha mãe certa vez me disse que eu não sabia fazer nada sozinho. Fiz anos de terapia por isso. Eu realmente não gostava de fazer nada sozinho e por isso, fui presa fácil pra você. Eu estava solitário quando você veio e, aos poucos, cerceou meus pensamentos, reprimiu minhas ideias e dilacerou minha cognição. Esse é o preço que pago por não ter aprendido a fazer nada em vão.

Você veio como tempestade. Mas, na época, parecia um tranquilo por do sol laranja no parque. Andar de mãos dadas com você na trilha lotada era lindo. Mas andar sozinho na trilha vazia é bom também. Pelo menos eu sei que não vai ter nenhum ataque sorrindo.

+ Aquilo (não) foi real

Agora, vivo o nascer do sol na minha cabeça porque percebo que com você, vieram as nuvens pesadas que nublaram cada uma das imagens do meu coração. E quando eu nublei, você puxou ainda mais as rédeas do seu poder de adoração.

Você calculou milimetricamente cada atitude sua para ser penhasco quando eu era ponte. E você me fazia pensar que essas nuvens e trovões eram parte da mudança. Afinal, o que muda sem temer? Qual amor se ama sem doer? Em que mundo o mundo é mais lindo sem te ver?

Você me fazia pensar que você era o sol e eu precisava orbitar ao seu redor como um corpo celeste qualquer que pode entrar em combustão se sair da linha do seu jogo. E eu saí. E eu entrei. Você queimou cada célula minha e fez acreditarem que eu era um monstro cuspidor de fogo.

Eu estava tomando chuva. Levando descargas elétricas de sentimentos difusos. Mas, você dizia que eu era o próprio coração confuso.

Meu bem, eu sei que santo eu não sou, mas também sei que paguei por você muito mais do que você valia, porque o paguei com uma moeda de troca cara demais: eu, à revelia. Eu fui sua moeda na boca, seu troféu, seu réu… Seu álibi e seu baú de insegurança. Uma criatura oca.

Por muito tempo continuei não indo sozinho ao parque vazio. Porque quando te encontrei, flores cresceram nas partes mais obscuras da minha mente, quando te conheci, a tortuosa tempestade começou a cobrir a gente, mas…

Foi quando te deixei, que o sol voltou a raiar novamente.

Bienal do Livro Rio
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Bienal do Livro Rio: a maior festa literária do país movimenta a capital carioca a partir desta sexta-feira, dia 03

Em sua 20ª edição, a Bienal do Livro Rio vai festejar o reencontro e promete ser inesquecível. A partir desta sexta-feira, dia 3 de dezembro, o Riocentro, na Barra da Tijuca, receberá o público saudoso e apaixonado por livros com uma programação especialmente elaborada por um coletivo curador para atender aos mais diferentes gostos e estilos. O objetivo é proporcionar trocas e reflexões sobre as principais questões contemporâneas em um debate plural e democrático, inspirado pelo questionamento “que histórias queremos contar a partir de agora?”.

+ Experiência: Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro

O maior festival de cultura do país terá atrações para todas as idades, seguindo os protocolos sanitários para preservar o bem-estar dos visitantes. Diariamente, o evento ocorrerá entre 9h e 22h, conforme detalhamento abaixo por dia da semana. Também haverá limite de capacidade de público por turno e necessidade da apresentação de comprovante de vacinação, além de uso obrigatório de máscara.

A cerimônia de abertura, nesta sexta-feira (03), está marcada para às 10h, com a presença do prefeito Eduardo Paes e dos secretários municipais e estaduais de Educação e de Cultura. Grandes personalidades da literatura também estarão presentes, como o escritor Zuenir Ventura, que será homenageado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e pela GL events, realizadores do evento, representando todos os autores parceiros da Bienal do Livro Rio. Além da riqueza de sua obra, Zuenir foi escolhido para essa homenagem por ter marcado presença em toda a história do festival.

Nesta cerimônia, o SNEL também homenageará a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia com a entrega do Prêmio José Olympio, que desde 1983 reconhece personalidades e instituições com notáveis contribuições em prol do mercado editorial brasileiro. “Com seu histórico voto ‘cala boca já morreu’, ela garantiu aos autores do país a plena liberdade de publicar biografias não autorizadas, permitindo que os leitores conheçam melhor a nossa história”, explica Marcos da Veiga Pereira, presidente do SNEL.

Programação da Bienal do Livro Rio

Para discutir o que as pessoas têm vivido e participar da construção dessas novas narrativas, a Bienal lança a Estação Plural, espaço patrocinado pela Colgate-Palmolive, que reúne autores, artistas e formadores de opinião que transitam no ecossistema literário – literatura, poesia, narrativa, atualidades, cultura pop, diversidade, ficção e não-ficção.

Este ano, 85 editoras e 140 selos estão confirmados, além de livrarias, distribuidores e loja de e-commerce, como Submarino. A programação conta com debates sobre juventude e fé, poesia, desenvolvimento sustentável, política e democracia, feminismo, jornalismo investigativo, adaptações audiovisuais, cultura geek e pop, LGBTQIAP+, saúde mental, ancestralidade e tendências do mercado literário, além da conexão de música e streaming.

Entre os autores internacionais estão os norte-americanos Matt Ruff, Julia Quinn, Beverly Jenkins, Jenna Evans, Casey McQuiston, Tracy Deonn, Lyssa Kay Adams, V. E. Schwab, Scarlett Peckham e Josh Malerman, a argentina Mariana Enriquez, a australiana Monica Gagliano e o japonês Junji Ito, um dos mais conceituados no universo dos mangás. A Bienal receberá ainda nomes como Conceição Evaristo, Itamar Vieira, Aílton Krenak, Caco Barcellos, Lázaro Ramos, Antônio Fagundes, Whindersson Nunes, Nei Lopes, Otávio Júnior, Raphael Montes, Tati Bernardi, Gabriela Prioli, Pastor Henrique Vieira, Teresa Cristina, Lua de Oliveira, Luiz Antonio Simas, Lulu Santos, Fábio Porchat, Aza Njeri, Eliane Brum, entre muitos outros.

Para os pequenos leitores, o Espaço Metamorfoses, patrocinado pela Petrobras Cultural, é inspirado nas mudanças do mundo e da leitura, trazendo uma exposição imersiva com cenários interativos, hi-tech e lúdicos, que proporcionarão a cada visitante a possibilidade de viver uma viagem literária em diversas linguagens.

Para todos os públicos

Crianças com deficiência visual poderão fazer uma visita guiada neste espaço e todas as sessões da programação oficial terão tradução simultânea em libras. Em formato híbrido, com o conteúdo transmitido em tempo real pelo site.

Os ingressos podem ser adquiridos pelo site do evento e também estarão disponíveis em bilheteria física, com número limitado, durante o festival.

“Estamos entregando uma edição muito especial nesta edição, tirada do papel com toda a responsabilidade que o momento impõe, mas trazendo toda a energia do reencontro e a potência das conexões entre com o universo literário e as diferentes linguagens e temas. Nosso propósito de estimular a leitura para transformar o país está ainda mais presente, com uma programação plural e de bastante qualidade”, afirma Tatiana Zaccaro, diretora da GL events, responsável pela Bienal.

Marcos da Veiga Pereira, presidente do SNEL, ressalta a importância social e cultural da Bienal, no contexto da retomada de eventos presenciais no país. “Nos últimos meses, as pesquisas de mercado têm confirmado a reconexão das pessoas com os livros, o que só reforça a missão e a razão de ser do evento: o incentivo à leitura no Brasil. A Bienal é a grande festa do livro e é muito marcante que esse seja um dos primeiros eventos culturais de grande porte neste momento de transição para dias melhores”, afirma. “Estamos muito felizes em poder continuar ampliando a representatividade do evento junto ao público, à comunidade e à indústria editorial, levando adiante a leitura como instrumento fundamental para o fomento da educação, da cidadania e da pluralidade de vozes no país”, pontua.
5 livros sobre carreira para presentear no final do ano
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5 livros sobre carreira para presentear no final do ano

Querer crescer na carreira é algo natural e muito desejável para profissionais que têm ambições nesse ano novo que se apresenta em breve.

Uma das coisas mais prazerosas e efetivas que um profissional pode fazer por seu desenvolvimento profissional é ler livros interessantes com assuntos que se relacionem com sua carreira. Aqui trazemos cinco sugestões bem diferentes entre si, mas todas parecidas no fato de serem excelentes para abrir a cabeça de profissionais para grandes oportunidades de crescimento.

+ Conheça plantas fáceis de se cultivar no seu escritório

São ótimas sugestões para presentear amigos, colegas de trabalho e familiares nas festas de final de ano. Confira!

Dedique-se de Coração: A história de como a Starbucks se tornou uma grande empresa de xícara em xícara – Howard Schultz

Howard Schultz é o empresário fundador da rede Starbucks e atual presidente emérito da mesma empresa. Segundo a Forbes, está entre as trinta pessoas mais ricas dos Estados Unidos. Foi indicado para o prêmio “Businessperson of the Year” da revista Fortune em 2011 por suas iniciativas positivas e impactantes na economia e no mercado de trabalho. Dori Jones Yang é jornalista e escritora. Trabalhou por mais de quinze anos para a prestigiosa revista norte-americana Bloomberg Businessweek, na qual exerceu as funções de repórter, articulista e editora-chefe. Atualmente mora em Bellevue, Washington.

Ele escreveu Dedique-se de Coração (de Howard Schultz, Buzz Editora) onde conta como uma empresa pode ser construída de maneira diferente e pode, sim, funcionar com o coração, nutrir a alma e ainda dar lucros. As dicas não servem apenas para quem quer empreender. Qualquer pessoa com ambições de crescimento na carreira pode se beneficiar do livro.

Carreiras Exponenciais: Torne-se o protagonista da sua própria jornada profissional e multiplique suas oportunidades na Era digital: Volume 1 – Eberson Terra

A pandemia alterou para sempre o mundo corporativo, desafiando ainda mais quem busca ser protagonista da própria jornada. A leitura de Carreiras Exponenciais ajuda muito a, de forma prática, ajudar a repensar, mapear e planejar cada passo do seu caminho profissional.

Este livro apresenta uma nova forma de enxergar e desenvolver habilidades fundamentais para quem busca ascensão em um mundo cada vez mais plural e menos linear. Afinal de contas, em qualquer ramo que se decida atuar, viver na Era Digital demandará um novo conjunto de competências, reveladas pelo autor ao longo de seis dimensões que se unem em torno do bem mais precioso para qualquer ser humano: sua trajetória de vida. Eberson Terra é um executivo com quase duas décadas de experiência na área de educação, tecnologia, processos e gestão de projetos, além de LinkedIn Top Voice.

Comece por Você: adapte-se ao futuro, invista em você e transforme a sua carreira – Ben Casnocha

A concorrência por empregos é acirrada em nível global. O pacto empregado-empregador chegou ao fim e a estabilidade no emprego é coisa do passado. Não está fácil pra ninguém. Se seu objetivo é ter uma leitura que ajude a se posicionar melhor na concorrência, esta é uma boa opção.

Aqui, o cofundador e presidente do LinkedIn, Reid Hoffman, e o premiado escritor e empreendedor Ben Casnocha mostram como acelerar o ritmo de sua carreira no mundo competitivo de hoje. As dicas são muitas. A saída é administrar sua carreira como se fosse uma startup. A internet alterou profundamente a arquitetura dos negócios e da sociedade, e o livro mostra como viver, aprender e prosperar em um mundo que se organiza em redes.

Proprietárias: A ascensão da liderança feminina no setor imobiliário – Elisa Tawil

A ideia de se ter um patrimônio ainda está fortemente vinculada ao legado de uma figura masculina – afinal, a própria palavra deriva de pater, ou pai em latim. Em Proprietárias, a autora chama a atenção para um assunto crucial quando se fala em equidade de gênero: a conquista da independência da mulher através do setor imobiliário.

Com uma linguagem acessível, o livro apresenta argumentos e dados que comprovam que criar e gerir o próprio patrimônio proporciona autonomia para a mulher e oferece um caminho para que ela se liberte de situações de violência e opressão doméstica, além de abrir as portas para um mercado mais original, diversificado e lucrativo, que contempla e impacta o futuro das mulheres e a prosperidade do setor no Brasil.

Elisa Tawil é a idealizadora, co-fundadora e líder do movimento Mulheres do Imobiliário, colunista da Revista HSM Management, do Imobi Report e Exame Invest e produz e apresenta o podcast Vieses Femininos.

Como Elaborar um Plano de Carreira para ser um Profissional Bem-Sucedido – Djalma de Pinho Rebouças de Oliveira

Este livro é um convite para que você tire o plano de carreira do campo das ideias e, por meio de uma metodologia prática elaborada pelo autor, possa estruturá-lo e aplicá-lo de maneira eficiente para seu crescimento profissional. O livro (de Djalma de Pinho Rebouças de Oliveira, Editora Atlas) traz dicas preciosas para quem não se contenta com pouco.

Em um mercado de trabalho cada dia mais competitivo e seletivo, o livro traz dicas para que você saia da insegurança e incerteza quanto à definição de seu caminho profissional, tornando-se protagonista de sua própria história, apto a elaborar e aplicar seu plano de carreira e se tornar um profissional de destaque, pronto para competir e ser bem-sucedido.

Aquilo (não) foi real
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Aquilo (não) foi real

“Pode parecer que não, mas eu tô com saudade”, e eu também estava. E meu coração palpitava ao ler isso. Dava aquele famoso pulo e ameaçava sair pela boca. Mas não ia admitir, não podia, óbvio que não.

Mas então, te vi de longe e o sorriso apareceu sozinho, abriu, como o sol abre após a chuva. E minhas pernas aumentaram o ritmo, sem que eu pedisse. Simplesmente foram, e eu não tentei impedir. Fui, me deixei.

Te abracei, então. Seu braço ao redor da minha cintura naquele pufe dentro da biblioteca antiga. Sua letra parecida com a minha na ficha branca. “Deita aqui”, era a deixa que eu precisava e hoje penso que eu parecia um cachorro. Deitei apoiando no seu braço e de repente eu estava de novo no país das maravilhas, me perdendo mais uma vez. Me perdendo e perdendo… E você sabia.

+ Entre as nuvens cinzas de paranóia

E o beijo logo depois, com seu gosto, aquele gosto que eu era incapaz de esquecer ou encontrar em qualquer outra boca. Porque era único, exclusivo. Tudo único. E então, você me puxa pela mão por entre as árvores com poucas folhas por conta do inverno. Eu parecia um boneco nos seus braços. O chão também estava cheio delas, secas pelo frio. Os coelhos brancos e pretos saltitavam ao redor. Os patos, observavam como os cúmplices que jamais me fariam esquecer de que aquilo havia sido real, apesar de eu preferir que tivesse sido apenas um devaneio erótico e doido da minha mente.

Eu havia finalmente chegado ao país das maravilhas, estava perdido nele, fingindo que seria eterno, ou eternamente numerado, limitado. Sabendo que, apesar de perdido ali, era só um escape da minha realidade inútil. Do real nojento.

Os coelhos dali observavam ainda, cúmplices de que aquilo era real e não algo da minha cabeça. Mais provas de que nunca me deixariam esquecer por mais que eu quisesse. Cúmplices de que eu estava, mais uma vez, me deixando perder nas suas linhas tão cuidadosamente escritas do país das maravilhas.

Embaixo daquela árvore, nada mais importava, de qualquer jeito. Nada. Só o que eu estava concluindo, como um fotógrafo de retratos.

Sempre disse que amava fotos porque elas eram a prova de que tudo era perfeito, mesmo que por um milésimo de segundo. Mas, além delas, as nossas lembranças provam isso. Ou tentam. A lembrança primitiva é da sensação boa, que aos poucos é envenenada pela sua presença nojenta. Meus olhos estavam fechados, não tenho lembranças visuais. Todos os sons do mundo sumiram. Não tenho lembranças auditivas. Mas há a lembrança do toque sutil seguido dos apertos montanhosos nos meus braços. Quase agressivos.

Há a lembrança do seu cheiro de amaciante nas roupas. O mesmo cheiro daquela primeira vez. Há a lembrança do sabor, aquele que só você tinha. Não, não me refiro à menta de cereja, que era de morango. Me refiro ao seu sabor mesmo, aquele que é só seu. Aquele, mesmo, que conheço tão bem e que hora e outra volta à minha boca e me deixa desperto. “É o sabor dele”, o cérebro diz para o coração em uma descarga de adrenalina contínua. Hoje sei que isso é um alerta.

Não sei se isso tem explicação científica além de síndrome de Estocolmo. Sinceramente, como seu gosto volta à minha boca, assim, do nada? Cérebro, o senhor está cúmplice do coração? Até você?

O sol baixava conforme o céu se alaranjava. Ainda entre as árvores do país das maravilhas, você disse “Pula”. Pausa. “Não confia em mim?” Pulei, de olhos fechados, como havia pulado desse penhasco de sensatez em direção a maré dos meus sentimentos. Pulei, sem pensar. Pulei.

Você me segurou. Literalmente, e mais uma vez, como todas as outras. Você me prendeu. Fisicamente. Metaforicamente. Você me segurou. Será que eu estava seguro com você?

E então, veio o beijo lento, devagar, lento, lento… Explorador. Cuidadoso, como jamais havia sido. Calmo, sem aquela pressa ou urgência. O tempo no país das maravilhas passava mais devagar. Era um efeito contrário à você, afinal, você o fazia correr.

E o que fiz de novo era sorrir. Porque eu soube que não importava quantas vezes perdêssemos o caminho para o país das maravilhas, sempre o encontraríamos, de uma forma ou de outra.

Hoje, me pergunto: quero mesmo encontrar? Aquilo (não) foi real?

Amor é dor
Autorais, Livros

Amor é dor

Aviso de gatilho: Pensamentos suicidas, codependência

Querido diário,

Não sei o que te escrever hoje. Acho que só busco um refúgio, uma válvula de escape que não me seja prejudicial como as outras eram. Te escrevo aqui, desesperadamente, de caneta azul, fugindo dos meus padrões, ao som de Troye Sivan porque dói. Aquela dor que te reduz ao tamanho de um grão, que você se encolhe tentando reprimir. Será que não existe felicidade abundante? Não, não existe. Ainda mais pra mim. Porra, o que eu estava pensando? Que eu seria aquele sorteado que se fodeu a vida toda só para se dar bem no final? Ha-ha. Jamais, né.

+ Gosto de começar as coisas

Tô preso. Desesperado. Ávido por uma resposta. Meu infinito tem numeração e Deus, como eu queria mais números. É doloroso porque posso tê-los. Mas estou preso e impedido de pega-los. Porque eu não merecia isso?

É muito para o meu final feliz. Sempre soube. Estou fadado à amargura. Ao fim solitário. E eu sou só mais um nesse turbilhão de sentimentos. Não sou o primeiro, nem o último. Quedas doem muito. Muito mais do que eu gostaria. Mas eu não sei viver fora dos excessos. Não sei não sofrer por antecipação. Não sei.

Eu só queria poder pegar mais números para o meu infinito. Mas estou preso. Cansado. Cansado da dor. E o meu medo só aumenta. Sim, medo de mim mesmo. Do que posso me tornar sem você. Medo do que posso voltar a ser. Os fantasmas assombram crianças fracas e amedrontadas. E eu temo ser uma delas. Porque eu sei quem eu sou com meu travesseiro.

Só ele sabe os pensamentos suicidas que me visitam todas as noites. Só ele, além de você, consegue acalmar minhas madrugadas de tormenta. Mas ele não pode ser você. Já você, pode muito bem ser ele. Dormir com a sua respiração talvez seja a melhor coisa do mundo.

E temo estar perdendo, junto com a minha sanidade que se esvai a cada lágrima caída.

Por que amor é dor?

Cinco locais no Brasil para se sentir em "Duna"
Livros, Lugares

Cinco locais no Brasil para se sentir em “Duna”

DUNA, longa dirigido por Denis Villeneuve, acaba de chegar à plataforma da HBO Max, direto do cinema para a sua casa. A história do filme se passa em um império espacial e há uma disputa entre três famílias pelo controle do planeta Arrakis, única fonte de melange – também chamada apenas de “especiaria” -, que movimenta toda a economia desse universo, como uma metáfora de Frank Herbert para a exploração de petróleo.

Arrakis é um planeta repleto de dunas, o que dá o nome à produção adaptada do livro homônimo do americano Frank Herbert, considerado um dos maiores clássicos da literatura de ficção científica.

+ O que comprar para morar sozinho?

Para entrar no clima de DUNA, selecionamos cinco destinos turísticos no Brasil para você se sentir em Arrakis:

Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses

As lagoas de água doce entre as dunas formam um cenário único em todo o mundo e é impossível não se emocionar ao chegar no topo da paisagem e ver a imensidão dos Lençóis Maranhenses. Localizados no noroeste do Maranhão e distantes 250km da capital São Luís, os Lençóis Maranhenses atraem turistas em busca do fenômeno único das lagoas interdunares à beira-mar.

Dunas Douradas de Piaçabuçu (AL)

Numa cidadezinha ao sul do estado de Alagoas, há 140 km de Capital, existem as dunas de Piaçabuçu, conhecidas popularmente como Dunas Douradas. Com pelo menos 20km de extensão e com picos de mais de cinquenta metros de altura, as Dunas Douradas encantam os visitantes. Um dos passeios mais procurados é feito a bordo de uma espécie de grande “buggy”, adaptado para acomodar até oito pessoas, incluindo o motorista.

Dunas de Cabo Frio (RJ)

Criado em 1988, o Parque das Dunas de Cabo Frio é uma área de preservação ambiental localizada na estrada que leva ao Arraial do Cabo. Seus morros de areia são basicamente de origem marinha, sendo que alguns, próximos à Praia do Forte, são cobertos de restinga. Dentre estes, destaca-se a Duna Mãe, com 33 metros de altura, de onde os visitantes podem apreciar o pôr do sol ou escorregar pelo tobogã natural.

Dunas do Jalapão (TO)

O intenso dourado toma conta das Dunas do Jalapão ao pôr do sol. A areia ganha nova tonalidade e leva ainda mais beleza ao lugar. Em meio ao cerrado, o fenômeno único ajudou a dar fama ao Parque Estadual do Jalapão. A cada final de tarde, o espetáculo reforça que a beleza local é mesmo inesgotável.

Dunas da Praia do Siriú (SC)

Integrante do Parque Nacional da Serra do Tabuleiro, a Praia do Siriú é um atrativo turístico de Garopaba, Santa Catarina. As dunas de areias branquinhas são o ponto alto do local e super indicadas para a prática do sandboard. Tomar um banho na Lagoa do Siriú após aproveitar as dunas de areia é um dos principais atrativos.

Três livros que todo fã da série Anne with an E precisa ler
Livros

Três livros que todo fã da série Anne with an E precisa ler

Após ser cancelada com apenas três temporadas, Anne with an E ficou no coração de muitos fãs que até hoje movem ações para alguma produtora assumir a direção da história e renovar por mais um ano. Enquanto esse desejo não se realiza, existem outras narrativas dentro da literatura que esse mesmo público ficará apaixonado em conhecer. Listamos três livros incríveis que todo fã de Anne Shirley precisa ler.

+ Anne With An E continua em Anne de Avonlea

Karol com K
Com onze anos, Karol, que cresceu na Casa do Menor de Sorocaba, foi adotada por dois irmãos de Tatuí, interior de São Paulo, Marilla e Matheus. Chegando à chácara Alfombra Verde, Karol tem pela primeira vez uma família, uma amiga do peito, Diana, que frequenta a mesma escola, e conhece Gilberto, o menino mais bonito e mais petulante da escola. Esse cenário perfeito é distorcido, no entanto, quando uma professora começa a receber cartas anônimas com ameaças e acusa Matheus de ser o autor. Karol, movida pela certeza de que seu querido e inofensivo pai adotivo jamais faria algo assim, encarna o papel de investigadora e se vê em situações inesperadas e arriscadas.

HQ Anne de Green Gables
Animada, Anne Shirley chega à Ilha do Príncipe Eduardo, onde será adotada por Marilla e Matthew Cuthbert. O que ela não sabe é que os irmãos na verdade desejavam adotar um garoto que pudesse ajudar nos afazeres de Green Gables. A jovem, então, encara o desafio de ajudar no dia a dia daquela família, de modo que os dias se passam repletos de aprendizados para a órfã e o casal de irmãos. Será Anne, com sua imaginação fértil e peculiar forma de encarar a vida, capaz de conquistar seu lugar em Avonlea? Depois do sucesso da série Anne with an “E”, prepare-se para se divertir com a incrível história de Lucy Maud Montgomery adaptada para os quadrinhos.

Poliana
A infância sofrida, a perda dos pais e a mudança para a casa da tia, com quem nunca tivera contato algum, não foram capazes de tirar o brilho dos olhos e a contagiante alegria da pequena Poliana. Olhando o mundo sob uma ótica imensamente positiva, a garota contagia crianças e adultos com sua inocência e peculiar presença de espírito. Assim, mesmo diante de grandes adversidades, Poliana ensina com suas ações que há sempre algo como que podemos nos alegrar.