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O coração humano é um instrumento de muitas cordas
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O coração humano é um instrumento de muitas cordas

Nicholas – 1:13 AM: Oito horas amanhã. Evite atrasos. Era a mensagem do meu namorado no visor do meu celular que fazia meu coração vibrar de ansiedade. Fazíamos um mês hoje. Um mês que a minha vida tinha mudado definitivamente, apesar dos primeiros passos terem começado meses atrás. Viajaria para São Paulo em algumas horas, eu queria tudo perfeito em mim mesmo. Queria estar impecável, porque ele não merecia menos que isso, jamais.

Ok, eu me atrasei quarenta minutos. Peguei dois ônibus. Porra Gabriel, você não consegue cumprir horários não? Cheguei ao terminal rodoviário e fui à procura dele.

Gabriel – 8:44 AM: Onde você está????? Cheguei.

+ Muito para o meu final feliz
+ Você sabia (e usou isso ao seu favor)

Vi-o vindo ao meu encontro no exato momento em que pressionei enviar. Nick me envolveu naquele seu abraço cheiroso mais uma vez. Feliz um mês. Um mês, cara. Um mês que eu havia contado aos meus pais que estava apaixonado por um garoto. Um mês, que esse mesmo garoto me levou ao cinema e me pediu em namoro. Um mês desde o dia que eu esperei minha vida toda. Um mês que eu era a pessoa mais feliz do mundo.

Vamos comer? Pão de queijo e Toddynho? Eu amava essa combinação mais que qualquer outra. Comemos frente a frente, e, porra, como seus olhos eram perfeitos. Como sua boca era um paraíso. Eu podia observar Nicholas por horas sem nem mesmo pensar em enjoar. Observar cada centímetro da sua pele, cada detalhezinho que eu tanto amava.

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Embarcamos, finalmente. Não sei como Nicholas se sentia, mas eu me sentia refugiado da realidade quando estava em seus braços, longe de casa. Sabe aquela sensação de insegurança que sentimos quando começamos a sair sozinhos e que sempre nos acompanha como uma pontada interna? Não existia com ele. Não existiam medos, nada. Seus braços ao redor de mim eram tudo o que eu precisava, ali.

A viagem começou tranquila e levou cerca de duas horas. Duas horas de beijos intermináveis, duas horas de ar rarefeito, duas horas de comemoração. Um mês. VOCÊ CONSEGUE ACREDITAR? Às vezes é difícil até pra mim. Sabe, pensa na pessoa que você mais gosta nesse momento. Pensa agora, na sensação de fazer um mês de namoro com ela. Um mês de promessas cumpridas e felicidades plenas. PENSOU? Isso talvez seja 1% do que eu sinto. Lembra que eu dizia que nosso problema é sentir demais por quem sente de menos? A nossa solução, é sentir demais por quem tem reciprocidade. Preenchimento.

Nick e eu temos gostos parecidíssimos. Chegamos em São Pauo para a nossa comemoração, então. Eu sempre fui aquela criança fascinada por histórias. Talvez seja por isso que tenha começado a criar as minhas. Mas era fato que eu sempre gostei de saber de onde as coisas vieram e pra onde elas foram. Eu tinha aquela curiosidade.

Certa vez, quando tinha sete anos, pesquisei uma apostila de cerca de cem páginas sobre histórias em geral. Imprimi, acabei com a impressora da minha tia. Ela não ficou brava, mas me prometeu me levar ao museu algum dia. Eu nunca havia estado em um, até então. Mas o mundo dá voltas e ela nunca foi capaz de cumprir sua promessa. Eu sendo criança, jamais esqueci. Mas crescemos também, e certas coisas ficam para trás.

Quer ir ao Museu da Língua Portuguesa? Tremi, e sem pestanejar, aceitei. Eu finalmente iria a um museu, então? Assim, sem nem me preparar? UAU. Entrei com meu namorado no elevador, e logo estávamos numa sala escura diante de um corredor enorme ladeado por uma televisão de caralhocentos metros. Nicholas me abraçou por trás enquanto eu apreciava aquela visão e tirava umas fotos. Era minha primeira vez em um museu, eu mal conseguia falar. Sabe, não é o museu em si que te deixa sem palavras. É o ato de ter uma promessa cumprida. Talvez não pela pessoa que a prometeu, mas existe o desejo dentro da gente mesmo quando as promessas não são cumpridas. Porque elas criam expectativas. E agora, com ideia de 1% do meu sentimento de fazer um mês, acrescente a realização de uma promessa, com a melhor pessoa na sua vida.

A entrega saiu melhor que a encomenda, não é como dizem? Esperar dói, mas retribui uma hora.
Apreciar museu é uma arte que poucos têm capacidade de fazer. Não são todos que tem paciência para acompanhar a história de uma coisa. Ainda mais a história da língua que se fala. Você pode pensar, assim como eu, que isso talvez seja meio absurdo, impensável. Mas é normal. Extintos são aqueles que são curiosos. E acrescente mais isso na minha lista de sortes na vida: Nick sabia apreciar museu da maneira que eu gostava de apreciar. Ele tinha aquela paciência de me abraçar enquanto eu via algo, dar suaves beijos no meu pescoço e murmurar coisas ao meu ouvido que me faziam sentir infinito. Assim como era o meu amor por ele.

Nosso primeiro beijo foi caloroso ao som de Hozier. Naquele desespero, eu jamais imaginaria que estaria beijando-o apaixonadamente meses depois dentro de um museu sobre língua e literatura. Sim, eu tinha mania de transformar minha vida em episódios que dariam um livro. E cá estou. Sentindo aquele amor capaz de incinerar o mundo ou ergue-lo em glória.

Andamos de mãos dadas por um bom tempo, despreocupados. É ótimo viver em lugares onde a probabilidade de encontrar alguém conhecido é praticamente nula. Andar de mãos dadas foi uma coisa mágica, porque é um gesto que poucos entendem. Trata-se de manter o contato, falar sem palavras. É algo do tipo “quero você comigo, não vá”.

Saímos de lá quando crianças de escolas surgiram por todos os lugares. Não me entenda mal, mas realmente não tem como apreciar um museu lotado. E já tínhamos visto tudo, então pegamos um metrô rumo à Paulista.

Eu gostava de lá, eu costumava dizer para os meus amigos que era um pedacinho de Nova York no Brasil. Podíamos encontrar tudo lá. Eu amava, apesar de nunca ter andado de verdade por ela da maneira com que queria. Eu sempre via todo mundo caminhando em suas melhores roupas, com tempo de ver cada construção diferente, o ápice de ser hipster, talvez. Mas nunca tinha feito isso. Queria muito.

Nick me levou para lá, então, e ia me contando histórias conforme passávamos por lugares icônicos. Eu amava isso nele. Meu vô foi meu contador de histórias preferido da infância, porque ele foi o único – até então – a compreender minha fascinação sobre como as coisas surgiram. Nicholas fazia o mesmo, contava histórias sobre como as coisas sugiram, citava nomes que eu jamais seria capaz de repetir… Eu gostava de vê-lo empolgado contando isso, e juro que tentava absorver o máximo possível do que ele falava. Claro que ficava hipnotizado inúmeras vezes pelas suas feições, mas quem nunca?

Depois de caminhar um pouquinho, fomos para “A” Livraria Cultura. Sim, aquela que vemos nas televisões e babamos pelo tamanho. Quantas vezes já não pedi para meus pais me levarem lá? No mínimo umas sete. Mas poucas pessoas se importam com o que queremos. Nick se importa, e é isso que o faz tão raro. A maneira singular com a qual ele cuida de mim e consegue tirar meus mais sinceros sorrisos. Ele nem precisava se esforçar pra isso.

Fiquei claramente entorpecido pelo milhão de títulos que meus olhos alcançavam. A livraria era interminável, e o cheiro, maravilhoso. Gostou, amor? Esse garoto existia mesmo? Seu recorde de me deixar sem palavras era cada vez maior. Já não sou uma pessoa de muitas palavras, mas sempre soube o que falar. Não agora.
Eu amei. Eu te amo, amor. Nós temos que chamar as coisas pelos nomes delas. Por isso o chamava de amor.
Sei que perdemos um grande tempo ali, e depois em uma livraria anexa, onde me deixei perder por um livro qualquer no chão. Eu poderia ficar por ali, com Nicholas, pra sempre. Era um escape tão genuíno da rotina, da realidade, que eu não queria que acabasse jamais.

O resto do meu dia, dos brilhos da minha constelação, transcorreu da maneira mais mágica possível. Nick rindo das minhas graças, nossas mãos entrelaçadas em público. Beijos na testa mostrando proteção. Alguns outros no pescoço que fica marquinha. Sabe, o amor nos faz imortal. E o meu amor por Nicholas, que já era infinito, ficou muito maior. Porque citando diretamente Charles Dickens, eu definitivamente o amava, e jamais me cansava de dizer isso. O coração humano é um instrumento de muitas cordas. O perfeito conhecedor dos homens, sabe fazê-las vibrar todas. Será que estava aparente que todas as minhas cordas dançavam em perfeita harmonia entre si, como jamais antes? E aqui, até concordo com Jane Austen, Ninguém jamais poderá amar verdadeiramente mais de uma vez na vida.

Nunca houve dois corações mais abertos, nem gostos mais semelhantes, ou sentimentos mais em sintonia. E sim, Nicholas, eu te amo, e te amarei até o dia em que eu morrer, e caso tenha vida após isso, eu te amarei por lá também. Se é que já não te amo de alguma vida anterior porque as tais cordas do Dickens não vibram por acaso, nem por força de destino. Elas vibram porque simplesmente foram feitas para serem tocadas única e exclusivamente pelos seus ágeis dedos. A vida é isso. A eterna busca pela alma gêmea que fará suas cordas vibrarem.

Não é fácil. Não são todos que conseguem. E é isso que torna a sensação tão rara e especial. E, nossa, dentre os meus azares, tive a maior sorte do mundo. A sorte de te (re)encontrar, alma gêmea. Amor das minhas vidas.

Você e eu poderíamos ser a melhor coisa de todas
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Você e eu poderíamos ser a melhor coisa de todas

Engraçado. Improvável. A melhor coisa de todas. Um mês desde que a gente se viu pela primeira vez e agora estávamos indo para São Paulo de novo. Improvável porque era uma terça-feira qualquer em que, eu provavelmente acordaria entediado para ir ao trabalho. Mas não hoje. Acordei mais cedo, um pouco feliz, o que é raro e fui ao shopping, andando para te encontrar. Não era o shopping do primeiro dia em que nos encontramos, mas isso não importava.

Leia ouvindo: Timebomb, Tove Lo

Estava indo para te encontrar e ir para São Paulo com você, mais uma vez. Pode parecer besteira minha, mas isso contava muito para mim. Sou fã das coisas pequenas e que não contam muito para as pessoas comuns. Mas eu não conseguia ser comum, apesar de tudo. Podia até tentar em vão, mas eu não conseguia. A beleza, para mim, sempre esteve na imperfeição. E o segredo em acreditar no improvável.

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+ Eternamente responsável por aquilo que cativo?
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Acreditar no nosso país das maravilhas, sabendo que ele não é e nunca seria para sempre. Sabendo que poderíamos ser a melhor coisa de todas. Nós não somos para sempre, mas você e eu poderíamos ser a melhor coisa de todas… Enfim, só devaneios.

Devaneios póstumos, eu arrisco dizer. Coisas que pensei ao te beijar, sempre como se fosse a primeira vez. Devaneios que tive quando olhei no fundo dos seus olhos claros, decifrando coisas que você nunca teve coragem de dizer em palavras. Ou coisas que só existiam nas fantasias da minha cabeça. Nunca vou saber.

Nossa cabeça é meio vadia e eu lembrava de você nas coisas mais ridículas, como andar no nosso parque de volta do meu trabalho e sem querer falar ai meu deus, e ouvir sua voz sorrindo e repetindo a maneira com que eu falava. Porra, você e eu poderíamos ser a melhor coisa de todas.

Automaticamente, seu gosto volta à minha boca e as memórias preenchem o meu peito, de uma vez, como um soco naquele ponto que você sabe que eu tenho cócegas. E então, eu penso que, mesmo com tudo, a pior coisa que poderia ter acontecido, pode ser a melhor coisa de todas.

4 livros de vampiros para se aventurar nas férias
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4 livros de vampiros para se aventurar nas férias

Final de ano chegando e, junto dele, a tão esperada férias. É o momento de descansar, assistir filmes, viajar com a família e claro, ler um bom livro. Para ajudar nessa missão, a Disal, junto com o Beco Literário, fez uma seleção com obras para os corajosos se arrepiarem. Que tal curtir suas férias dando uma de caça-vampiros?

Conhecidos pela palidez, caninos afiados e olhos vermelhos, os vampiros são seres mitológicos que, segundo algumas lendas, se levantam do túmulo à noite para se alimentarem de sangue humano. O termo se tornou popular no início do século XIX, mas os anos foram passando e o aumento das superstições vampíricas na Europa levou a uma histeria coletiva, resultando em casos na perfuração de cadáveres com estacas e acusações de vampirismo.

+ Resenha: Diários do vampiro #1, O Despertar

Em 1897, surge o romance literário de Bram Stoker, Drácula. O sucesso da obra deu origem a um gênero distinto de vampiro, ainda popular no século XXI, com livros, filmes, jogos de vídeo game e programas de televisão. Até os dias de hoje, o vampiro é uma figura de muito sucesso.

Faça sua escolha e aproveite as férias para se aventurar com os vampiros.

Buffy – A caça-vampiros e a filosofia – William Irwin

O vampiro é um ícone presente nos dias de hoje, e tem sido assim há milênios. A cultura popular, especialmente a televisiva, tem se valido deste “ser” para alavancar os índices de audiência de seus programas. Assim, temos Buffy, a história de uma caça-vampiros e, consequentemente, dos vampiros por ela caçados.

Diários do vampiro – O Retorno – Meia-noite – L. J. Smith

J. Smith conquistou uma legião de fãs com “Diários do Vampiro”, que ultrapassou a impressionante marca de um milhão de exemplares vendidos somente no Brasil. Além da série de TV homônima, deu origem a uma espécie de subsérie. O retorno, novas aventuras centradas nos mesmos personagens, mas em outro intervalo temporal, chega ao final neste terceiro volume. Meia-noite continua a trama iniciada em “Almas Sombrias’‘. Elena mal pode acreditar que conseguiu resgatar Stefan da terrível prisão em que ele se encontrava, desesperado e à beira da loucura, mas tal resgate teve um custo muito alto.

O amor do vampiro – Eliana Gomes Clementino

Esta é uma história que envolve a figura de Conde, um ser misterioso, pois em seu povoado todos envelheciam, mas ele continuava extremamente belo e sedutor. Por onde passava, as mulheres suspiravam por ele, não apenas por sua beleza, mas por seu olhar profundo e sedutor e, especialmente, pela atenção que dedicava às mulheres da localidade, o que causava grande ciúme aos maridos. A trama também envolve o jovem Istvan, que, com a morte de seu pai, foi adotado por Conde. O jovem vivia uma vida normal até que conheceu Mary, filha de camponeses, por quem apaixonou-se perdidamente. A vida pacata do povoado dessa história foi transformada a partir do desaparecimento de várias mulheres, da morte de animais aparentemente provocada por lobos e pela caça às bruxas, promovida pela Inquisição.

Drácula – Bram Stoker

Drácula é um clássico da literatura de terror e apresenta por meio de cartas, diários e notícias os ataques do vampiro Conde Drácula a moradores de Londres e da Transilvânia. O romance epistolar marcou o gênero e, mesmo não sendo a primeira obra a retratar esse mito literário, definiu o que conhecemos hoje como vampiro, influenciando a literatura, cinema e teatro.

Vendas e lançamentos de livros cresce no Brasil em 2021
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Vendas e lançamentos de livros cresce no Brasil em 2021

A pandemia impactou diversos setores da economia, e o mercado editorial foi um dos nichos mais atingidos pela crise, mas, mesmo assim, o setor se mostrou resiliente e apresentou crescimento positivo. De janeiro a junho de 2020, por exemplo, as vendas chegaram a R$ 729 milhões, enquanto, neste ano, atingiram R$ 998,5 milhões.

“Todo o projeto de lançar o livro foi afetado de alguma maneira pela pandemia – desde o processo criativo da escrita, até o momento de vender e divulgar uma obra”, conta Uranio Bonoldi, que também faz parte desse cenário: o autor lançou em dezembro, o livro “A Contrapartida – Livro 2: O Contra-ataque”, segundo volume da série. “Após a primeira publicação alcançar o ranking dos mais vendidos da Amazon, o segundo se mostrou um desafio bastante diferente, – tive que me adaptar às mudanças de comportamento e aos novos hábitos dos leitores”.

+ The Epic Battle: Pernambuco falando para o mundo

Apesar de o segmento ter sentido o choque da pandemia, muitos brasileiros retomaram o hábito de leitura o que indica os bons números apresentados ao longo do ano. “Como autor, preciso estar inteirado em relação às tendências do mercado para conseguir alcançar meus objetivos. Da mesma forma que em muitos outros segmentos, foi possível observar um aumento significativo nas vendas online, além disso, as pequenas livrarias de bairro ganharam espaço pelo atendimento personalizado que oferecem ao consumidor”, pontua Uranio.

Perspectivas de vendas para 2022

No próximo ano é esperada uma retomada mais expressiva do setor, com crescimento das vendas, já que várias editoras pretendem lançar mais títulos, assim como existem boas chances das feiras e eventos literários presenciais serem retomados. “As pessoas estão buscando melhorar sua habilidade de escrita e participar de atividades culturais. Não nos esqueçamos de que voltaremos a ter a Bienal do Livro em São Paulo que será em julho. Também, as diversas opções de consumo de livro como o Kindle ou audiobook estimulam novos e antigos leitores a consumirem este conteúdo”, finaliza o autor.

Casa das Rosas abre inscrições para o CLIPE nas categorias adulto e jovem
Atualizações, Histórias, Livros

Casa das Rosas abre inscrições para o CLIPE nas categorias adulto e jovem

O Centro de Apoio ao Escritor (CAE) da Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura abre as inscrições para o CLIPE (Curso Livre de Preparação de Escritores) nas categorias adulto e jovem, pelo site do museu, no período de 13 de dezembro de 2021 a 5 de fevereiro de 2022. A Casa das Rosas integra a Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e gerenciada pela Poiesis.

Com o objetivo do exercício livre da criatividade por meio da palavra escrita, o CLIPE é direcionado às pessoas interessadas pela criação literária em todas as suas etapas e gêneros. A proposta é que autores e autoras iniciantes, até mesmo a parte que busca escrever e publicar obras literárias, recebam capacitação técnica e recursos de profissionalização. É gratuito tanto para o público adulto, quanto para os jovens.

+ Vestibular: Dicas de livros para se dar bem nas provas

Entre os docentes, estão nomes de escritores como Luiza Romão, Marcelo Maluf, Bruna Mitrano, Rafael Gallo, entre outros.

O resultado das listas de seleção será divulgado até 25 de fevereiro de 2022 no site e nas páginas do museu no Facebook e Instagram , além das pessoas selecionadas serem contatadas pelo Centro de Apoio ao Escritor. As inscrições e os cursos são gratuitos. Ao final, alunos(as) recebem um certificado.

Colaborando na criatividade e apoiando a publicação de títulos literários

Iniciado em 2013, o Curso Livre de Preparação de Escritores – Adulto colaborou no aperfeiçoamento de 570 escritores, o que resultou em mais de 100 títulos publicados, muitos deles com prêmios de incentivo para publicação. E realizado desde 2014, o Curso Livre de Preparação de Escritores – Jovem ajudou na formação de mais de 240 participantes.

Entre os títulos com apoio institucional do CAE, por meio da Casa das Rosas, o mais recente é o livro Chão Vermelho (Urutau, 2021), escrito pelo coletivo Terracota, formado pelas ex-alunas do CLIPE 2020 Prosa: Árizla Ismália, Jamille Anahata, Jéssica Moreira, Júlia Matelli, Lara Galvão, Luciana D’Ingiullo e Thamires Andrade.

CLIPE Adulto

Para participar das turmas de prosa e poesia, com 40 vagas cada uma, é necessário ter mais de 18 anos e preencher o formulário de inscrição disponível no site do museu Casa das Rosas a partir do dia 13/12.

As pessoas interessadas podem se inscrever para um ou mais gêneros e devem enviar uma pequena amostra do próprio trabalho em prosa e/ou poesia, seguindo o formato especificado no formulário. O início das aulas está previsto para 5 de março de 2022 e com a duração de oito meses. Além disso, serão aplicadas no formato híbrido, com encontros presenciais e online às quartas-feiras, das 19h às 21h, e totalmente online aos sábados, das 14h às 16h.

CLIPE Jovem

O CLIPE Jovem continuará integralmente no formato virtual, como foi em 2021. Para fazer parte da turma com 30 vagas, os interessados devem ter a idade entre 14 e 18 anos. O formulário de inscrição também ficará disponível no mesmo link e durante o mesmo período, entre 13/12/2021 e 05/02/2022. No momento da inscrição, candidatos (as) precisam apresentar uma pequena amostra de textos autorais.

Os encontros serão realizados às quintas-feiras, das 14h às 17h, em quatro módulos mensais, com início previsto para 9 de março.

A racista que existe em mim: uma reflexão sobre o livro “Pequeno Manual antirracista”, de Djamila Ribeiro
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A racista que existe em mim: uma reflexão sobre o livro “Pequeno Manual antirracista”, de Djamila Ribeiro

A racista que existe em mim não queria escrever este texto. Porque, antes de tudo e acima de todos, ela não se acha racista. Afinal, ela tem amigos negros, um marido negro e uma filha negra, então, como ela poderia ser racista?

A racista que existe em mim sente uma necessidade constante de reafirmar que não é racista. Ela repete de novo e de novo, como um mantra, uma canção que adormece o monstro que ela sabe que dorme dentro de si. O monstro do racismo.

+ Qual é a minha cultura?

Eu odeio esse monstro. Mas também sinto medo dele. Medo de ser dominada por ele em algum momento e dizer ou fazer algo que eu não queria. A racista que existe dentro de mim acha que manter o monstro adormecido é o suficiente, pois, enquanto ele dorme, ninguém sabe que ele está ali. Eu sei.

Djamila Ribeiro afirma em seu livro “Pequeno Manual Antirracista” que “é impossível não ser racista tendo sido criado numa sociedade racista”. E, no Brasil, nós somos criados em uma sociedade racista que normaliza o negro como bandido, associado à pobreza, falta de cultura e pouco estudo.

Nós não nos incomodamos por não vermos negros nas propagandas de marcas famosas na televisão ou por que a maioria dos personagens negros nas novelas são de empregadas domésticas, motoristas ou algum núcleo de escravos em uma novela de época. Ou do núcleo da favela, não podemos esquecer. Afinal, a maioria dos personagens traficantes ou pobres são negros.

Nós não nos incomodamos em abolir expressões racistas do nosso vocabulário, como mercado negro e criado-mudo e justificamos contextos racistas em músicas e obras literárias com a boa e velha “era a cultura da época”. Repassamos isso por gerações como um patrimônio histórico. O patrimônio do racismo.

Em seu livro, Djamila também diz como o antirracista acaba virando o “chato” porque, a partir do momento em que você escolhe cutucar todas as feridas de uma sociedade construída em cima do racismo e da desigualdade que esse racismo traz, você fica mesmo muito chato.

Assim como bem aponta a autora, o racismo no Brasil é estrutural, portanto, vive nas entranhas da nossa sociedade por muito mais tempo do que gostamos de admitir e isso é realmente muito “chato”. Tão chato que falar sobre racismo é um assunto incômodo, um tabu, pois ninguém quer ser o primeiro a cutucar a ferida.

Essa ferida deve ser cutucada. E, digo mais, cutucada por quem criou ela: os brancos. No “Pequeno Manual Antirracista”, Djamila Ribeiro faz uma afirmação interessante de que o racismo foi criado pelo branco. Nada mais verdadeiro e mais óbvio, porém, pouco pensado dessa forma e, muito menos, discutido.

E é interessante pensarmos sobre isso porque, antes da escravidão, os povos negros viviam em etnias, culturas e línguas ricas e diversas, mas foram reduzidos pelos brancos a, simplesmente, “o negro”. Assim como todo o continente africano foi reduzido a África (acredito que deva ter gente por aí que até pensa que é um país só). Ou como tantos povos com suas histórias e tradições foram reduzidos a nada.

O branco tem muita dificuldade de entender o seu papel no racismo, mesmo sendo o seu criador, praticante e maior defensor. Ele acha que não faz parte porque ele não é racista. Ele nunca escravizou ninguém. Ele tem amigos negros. Ele emprega pessoas negras e jura que a meritocracia funciona.

Eu concordo com a Djamila quando ela diz que não ser racista não é o suficiente. Devemos ser antirracistas. Devemos nos incomodar por, em um país com 56% da população sendo negra (o que torna o Brasil a maior nação negra fora da África), ter tão poucas pessoas negras em cargos de poder. Devemos nos incomodar pela falta de autores negros nas bibliografias de cursos superiores, nas antologias, em cargos de gerência e até no núcleo rico da novela.

A racista que existe em mim sabe que goza do privilégio branco e que as coisas não são nem de perto como deveriam ser. Mas é cômodo para ela ficar quieta, continuar usufruindo de seus privilégios e fingir que essa luta não a pertence. Afinal, ela não é racista. Ela não escravizou ninguém. Ela tem amigos negros.

XX Bienal do Livro Rio impacta 1 milhão de pessoas e editoras batem recordes de vendas
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XX Bienal do Livro Rio impacta 1 milhão de pessoas e editoras batem recordes de vendas

A leitura e a educação transformam vidas e a XX Bienal do Livro Rio pode provar. O maior festival cultural do país chegou ao fim no último domingo (12/12) com a sensação de dever cumprido: a venda de livros superou as expectativas ao longo dos 10 dias de evento, a curadoria coletiva reuniu debates repletos de aprendizados plurais e os conteúdos abraçaram mais de 1 milhão de pessoas de todas as idades – dos leitores pequenos aos mais experientes. E o melhor: tudo com muita segurança, conforto e diversão, marcando o sucesso da retomada de eventos culturais na capital carioca.

+ Experiência: Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro

“As vendas da Bienal 2021 foram muito surpreendentes! Nos impressionou o apetite dos visitantes. A sensação geral foi de muita segurança e conforto, com as ruas mais largas, filas bem organizadas, e a limitação de público. A programação cultural foi outro sucesso, com as sessões cheias presencialmente e com boa audiência online”, destacou Marcos da Veiga Pereira, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), sócio na realização do evento.

Híbrida, a Bienal teve, pela primeira vez, as mesas de debates da Estação Plural também transmitidas em tempo real pela sua plataforma digital, contabilizando 750 mil acessos. Do público presente no Riocentro, 34,5% estiveram no evento pela primeira vez e 50,8% tinham entre 18 e 25 anos. Das 250 mil pessoas que passaram pelos três pavilhões, na Barra da Tijuca, 99% compraram pelo menos um livro. A média foi de 8 livros por visitante. A variedade de títulos e os bons preços encontrados foram alguns dos destaques eleitos pelo público, em pesquisa realizada pela organização da Bienal do Livro.

Para Tatiana Zaccaro, diretora da GL events, responsável pela realização do evento, a aposta de fazer o festival foi acertada. “Ser o primeiro evento de grande porte era uma responsabilidade enorme e estamos muito felizes com o resultado. Conseguimos comprovar que é possível fazer um grande evento com segurança e qualidade. Víamos a felicidade em cada olhar e no contato carinhoso com os livros e com os autores. A Bienal é um momento de experiência leitora sem igual e o público estava ávido por isso”, celebrou Tatiana.

Entre as mesas mais badaladas da edição, que trouxe a provocação sobre que histórias queremos contar a partir de agora, estão: “Lulu Traço & Verso: 40 anos de carreira”, em que o cantor lançou o songbook com suas músicas ilustradas por Daniel Kondo, para comemorar as quatro décadas de carreira, e criou um karaokê que animou a noite do sábado (04/12); “Os Novos Rumos da Literatura LGBTQIAP+, com autores da cena jovem debatendo a literatura queer, esgotando todas as pulseiras de autógrafos; e “Ficção e Realidade no crime’, com debate super atual em torno das narrativas de true crime com Raphael Montes, Ivan Mizanzuki, com a mediação de Mabê Bonafé e Carol Moreira, as apresentadoras do podcast “Modus Operandi”.

Esta edição recebeu mais de 180 convidados. Nomes nacionais e internacionais prestigiados, como Lázaro Ramos, Conceição Evaristo, Fabio Porchat, Thalita Rebouças, Ailton Krenak, Julia Quinn, Matt Ruff, Casey McQuinston, Míriam Leitão, Itamar Vieira Junior, Junji Ito, Mariana Enriquez, Gabriela Prioli, Muniz Sodré, Priscilla Alcantara, Bráulio Bessa e muitos outros estiveram presentes nas mesas de debate da Estação Plural. O Espaço Metamorfoses, patrocinado pela Petrobras Cultural, atraiu milhares de crianças, adolescentes e adultos que se encantaram pelo ambiente imersivo, interativo, lúdico e hi-tech, em uma reflexão sobre as mudanças do mundo.

Vacinação na Bienal

A Bienal contou com um posto de vacinação em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e vacinou mais de 300 pessoas que ainda não tinham tomado a segunda dose, para que pudessem visitar o festival. Por dia, uma média de 50 pessoas voltaram para casa por não terem apresentado o comprovante de vacinação – exigência do evento.

Expositores: aumento nas vendas varia entre 20% e 120% em relação a 2019

Mais de 85 editoras participaram do evento em 2021 e se surpreenderam com o resultado. A Editora Vozes teve aumento de 30% de vendas em relação à 2019. Já o estande do Grupo Editorial Record, chegou ao último fim de semana com um aumento de 90% nas vendas registradas. É a melhor bienal da história do grupo em termos de faturamento, superando a edição de 2015, que contou com a presença de autoras de best-sellers internacionais.

Os três mais vendidos no estande comprovam o caráter jovem do evento: É assim que acaba (ed. Galera Record), de Colleen Hoover; kit Um de nós, (ed. Galera Record), de Karen M, McManus; e o box com 3 livros de Colleen Hoover: Novembro, 9; É assim que acaba; e Tarde demais (ed. Galera Record). O mais vendido de ficção adulta é A biblioteca da meia-noite (ed. Bertrand Brasil), de Matt Haig. O mais vendido de não-ficção é Will (ed. Best-Seller), de Will Smith e Mark Manson, e o mais vendido de autor nacional é O amor não é óbvio (ed. Galera Record), de Elayne Baeta. O infantil mais vendido é Amor de cabelo (ed. Galerinha Record), de Matthew A. Cherry.

Na Globo Livros houve um crescimento de 20% no primeiro fim de semana do evento comparado a Bienal anterior. Na Sextante até esta sexta-feira, dia 10, o aumento tinha sido de 30% em relação ao evento de 2019; e na Intrínseca, de 15%.

Visitação escolar forma novos leitores

Para estimular o hábito da leitura, a 20ª Edição da Bienal recebeu quase 70 mil estudantes das redes pública municipal e estadual. Todos os alunos da Rede Municipal que visitaram a Bienal receberam um cartão de R$ 20 para compra de livros. Os 47.591 servidores da Rede também foram presenteados com um cartão para compras de livros no valor de R﹩ 200, adquiridos no evento ou na loja online.

Também foram disponibilizados, às 1.561 unidades administrativas (escolas, creches e núcleos de extensão), cartões para compra de livros para seus respectivos acervos, com valores que variam de R$ 1.000 a R$ 1.600. Ao todo, são mais de R$ 12 milhões destinados nessa ação da Secretaria Municipal de Educação.

Já a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc-RJ) levou cerca de 20 mil estudantes da rede estadual e 5 mil docentes de 631 unidades escolares para participar do festival. A parceria tem o objetivo de ampliar as iniciativas de apoio e estímulo à leitura. As escolas receberam um kit com o Cartão Bienal, usado para a aquisição de livros. Os docentes foram contemplados com R﹩ 160,00, e os estudantes ganharam um voucher no valor de R﹩ 80,00 à disposição para adquirir livros, revistas e quadrinhos (HQs).

“A conexão com os educadores foi maravilhosa, de muita troca e aprendizado. Os ajudamos com a curadoria de quais títulos poderiam levar de acordo com o perfil de cada unidade”, contou, emocionada, Marta Ribas, membro da Comissão Bienal do Livro Rio do SNEL e curadora do espaço infantil.

Fui eu quem nos incendiou, mas eu não queria
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Fui eu quem nos incendiou, mas eu não queria

Eu sei que fui eu quem nos incendiou. Eu sei que te abracei e pulamos juntos para a fogueira. Eu sei que fui eu quem nos colocou nessa combustão eterna. Mas eu não queria. Eu não tinha a intenção de queimar tanto. Eu não sabia que ia doer tanto.

Sempre fui intenso e vi que você também é. Nossa intensidade sempre nos completou, sempre nos levou além de qualquer olhar incompreensivo. Até que o olhar incompreensivo era o de nós mesmos. Eu, incrédulo e pegando fogo, você, crédulo mas frio como gelo. Não era o que eu queria.

+ Quero querer em dobro, mas só se você quiser também

Sabe, eu sei que não era assim que você imaginava. Eu sei que sou uma pessoa inconstante e que muda a cada estação. Ou melhor, a cada hora do dia. Eu mudo, eu muto, eu me transformo e não acho que isso seja um defeito meu. Sinto muito que você pense assim. Não, não é papo de que nasci assim e vou morrer assim. A única constância que eu tenho é a da mutação. A única certeza que carrego é aquela de que vou mudar. Prometo mudar.

Leia ouvindo: Afterglow, Taylor Swift

Eu sei que sua fantasia nunca foi essa. Te peço desculpas, mesmo sem dever. Minha fantasia também nunca foi essa, quiça minhas expectativas. E não espero desculpas de você por isso. Espero que você não seja aquilo que eu espero. Dói não ter minhas expectativas correspondidas, claro. Mas eu estou aqui para incendiar e espero que você pegue fogo junto. Sim, eu sei que sempre sou eu quem nos incendeia e sempre é você que apaga o fogo. Mas isso não é necessariamente uma coisa boa.

Eu sei que você tinha expectativas altas e talvez, uma delas seja de que eu fosse diferente. Santo eu não sou, já te disse. Muito menos um robô. Tenho pavor de corresponder as expectativas dos outros. Nasci para corresponder as minhas e por elas, já dou um duro danado. Eu me cobro demais, eu espero demais de mim mesmo. Sofro pra corresponder a isso. Imagina só se eu ia conseguir ainda corresponder as suas? Desculpa, amor. Não vou e desculpa pela frieza que vou pegar emprestado de você agora: não acho que exista algum ser humano vivente capaz de correspondê-las. Nem mesmo você.

Eu sei que nem você se corresponde. Porque eu também não me correspondo. Ninguém corresponde a ninguém porque expectativas são fantasias. E fantasias são feitas para serem queimadas.

Não quero seu roteiro por mais que eu implore. Não preciso de algo que sequer vou ler ou sequer vou seguir. Sugiro que em vez de me dar, procure por alguém que esteja disposto a seguir a dança conforme a música. Eu não estou. Eu sou torto e quero seguir a dança ao contrário. Quero trocar o CD e colocar a música no aleatório. Eu não estou disposto a ser congelado.

Eu sei que isso tem um preço e sei que, com ele, fui eu quem nos incendiou. Eu não queria porque sei que você é gelo e eu sou fogo. Você também pode sair dessa dança. Porque já dizia minha terapeuta: quem não ouve a melodia, acha maluco quem dança.

Frases para quando você está triste com alguém
Frases, Livros

10 frases para quando você está triste com uma pessoa

Sabe aquele momento em que a gente está bem triste e quer uma frase que defina o nosso sentimento de tristeza para mandar para alguém, para postar como indireta nos status do WhatsApp ou nos stories do Instagram? Seus problemas acabaram! Nós, do Beco Literário, nos reunimos e separamos algumas frases de textinhos nossos que você pode copiar e usar para quando você estiver triste.

As frases abaixo são retiradas de outros textos já postados aqui no blog e, ao clicar no nome do autor ou da autora, você pode conferir o texto completo. Ah, e não se esquece de dar os créditos ao autor ou autora que escreveu e de recomendar o Beco Literário, viu?

Vamos para as frases para quando você está triste com uma pessoa:

Se não for pra ser emocionado, não quero nem ser. Eu sei querer em dobro, em triplo, em quádruplo… Eu sei querer mais que você, sei querer por você. Mas só vou querer se você quiser também.

– Gabu Camacho

Lembra quando eu disse que existia alguém responsável por te abraçar tão forte que juntaria todas as suas partes? Então, meu dia finalmente chegou.

– Gabu Camacho

Por muito tempo continuei não indo sozinho ao parque vazio. Porque quando te encontrei, flores cresceram nas partes mais obscuras da minha mente, quando te conheci, a tortuosa tempestade começou a cobrir a gente, mas… Foi quando te deixei, que o sol voltou a raiar novamente.

– Gabu Camacho

Porque eu soube que não importava quantas vezes perdêssemos o caminho para o país das maravilhas, sempre o encontraríamos, de uma forma ou de outra. Hoje, me pergunto: quero mesmo encontrar? Aquilo (não) foi real?

Gabu Camacho

E eu faria tudo de novo. E eu não sei se acho justo me desculpar por isso. Aprendi que temos que fazer a melhor escolha, mesmo quando ela não é a coisa mais certa. Mas, afinal, quem diz o que é certo e o que não é?

– Gabu Camacho

No amor se sonha e se acorda acompanhado. Há quem diga que o amor é muito mais sobre como a gente se enxerga ou tem guardado em um potinho no coração, descrito como o sentimento mais precioso que se pode ter. Essa preciosidade precisa ser moldada e bem cuidada. Tesouro em mãos erradas vira frangalhos.

– Milênia Aquino

O mal de toda situação que nos deixa assim é fazer perder o medo e confiar. Eu confiei demais. Não devia. Errei.

– Milênia Aquino

recomeçar, verbo que significa começar de novo. junção de ré e começar, por vezes temos que voltar um passo ou dois para retomar caminho. acalmar o coração e tentar outra vez, duas ou três. é andar três léguas e decidir depois por outro lugar. é se destemer. encerrar ciclos. escrever em folha branca.

– Milênia Aquino

Sei que esse parece um texto triste, mas não é. Estou orgulhoso de você. Mas hoje, não estou orgulhoso da pessoa que você se tornou como eu achei que estaria anos atrás.

– Gabu Camacho

Porque você sabia. E isso te dava mais vantagem nesse jogo que eu não queria ser o ganhador.

– Gabu Camacho

Quero querer em dobro, mas só se você quiser também
Autorais, Livros

Quero querer em dobro, mas só se você quiser também

Se eu te disser sorrindo de orelha a orelha que acordei um pouco triste, você vai acreditar? Sabe, eu mascaro muito bem os meus sentimentos. Menos aqueles que são seus. Esses eu acho que demonstro demais. Eu quero demonstrar muito. Quero demonstrar em dobro, quero querer em dobro, mas só se você quiser também, afinal, não há como eu querer por você.

Talvez você fuja de mim. Bem feito. Queria que não, mas se fosse eu, talvez eu fugisse também. Mas eu sempre fico. Talvez no vácuo ou sem, com apenas esses ecos dos meus pensamentos gritando seu nome repetidas vezes. É que nada disso faz sentido, sabe, mas me faz sentir.

+ Eternamente responsável por aquilo que cativo?
+ São quatro da manhã no meio da noite

Entre tantos devaneios e lágrimas, me descobri tão desastrado. Entre o país das maravilhas e a terra do nunca, acabei por tropeçar e deixar cair sobre você todo o amor que eu tinha a oferecer. Eu quero que seja assim. No planeta do Pequeno Príncipe, com lágrimas nos olhos eu disse que te amo. E foi significativo, foi em voz alta.

Dizia em um livro que amo, Coração de Tinta, que tudo ganha vivacidade ao ser falado em voz alta. Eu te disse as três palavras repetidas vezes, em voz alta. Eu sou caos. Nada de bom poderia vir de mim, não é isso que você diz?

Leia ouvindo: Sad beautiful tragic, Taylor Swift

Caos total. Eu sei, nem eu mesmo me encontro, sabe. Mas no meio dessa bagunça toda eu ainda conseguia encontrar o meu amor por você. Que saco. Era como ver o céu escuro e estrelado e encontrar a Lua. É certo, é imediato. É brilhante como nada mais, ilumina a escuridão, leva luz para todas as extremidades e me ilumina em sorrisos.

Mas não, para você, eu sou um caos. Sou indigno de te dar amor e você é bom demais para receber o meu amor. A gente dá aquilo que tem e eu sei, dei amor demais e você se sentiu sufocado, sem ar. Foram longos anos de martírio e de terapia para mim. Você dizia que eu era emocionado.

Se não for pra ser emocionado, não quero nem ser. Eu sei querer em dobro, em triplo, em quádruplo… Eu sei querer mais que você, sei querer por você. Mas só vou querer se você quiser também.

E infelizmente você não quer, então, faça o favor e vá para o inferno.