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Resenha: O Reverso da Medalha, Sidney Sheldon

Kate Blackwell é sinônimo de poder e prosperidade. No mundo dos negócios, ela conseguiu manter a solidez do império financeiro que herdou do pai – uma fortuna construída com a exploração e o comércio de diamantes na África do Sul. Mas luxo e riqueza não são os únicos elementos que fazem parte de sua história – a tragédia também acompanhou a trajetória de quase todos os seus familiares, como um legado de maldição. Agora, ao comemorar 90 anos, Kate é obrigada a lidar com os fantasmas de uma vida de chantagens e assassinatos. Fantasmas de um império fundamentado em pura ambição.

O livro O Reverso da Medalha nos traz um enredo sobre quatro gerações de uma família. A trama é marcada por sentimentos de esperança, amor, ódio e vingança. Nas primeiras páginas, o leitor conhece Kate Blackwell e é levado a viajar profundamente através das memórias dessa mulher dona de um verdadeiro império e que não mediu esforços para conseguir manter seu poder.

O livro é relativamente grande (592 páginas), mas a história é de prender qualquer um. Começa com o personagem Jamie McGregor, um garoto pobre, mas honesto e que sonhava em ser rico para dar melhores condições de vida a sua família. Então, ele sai de sua casa, na Escócia, e embarca para a África do Sul, em busca de diamantes.

O garoto sofreu muito e, logo que chegou na África e teve sua primeira descoberta, fora enganado por Salomon Van Der Merwe e isso fez com que nele crescesse um sentimento de vingança. Jamie conta com a ajuda de Banda, um negro, também empregado de Salomon. Para que o plano de vingança fosse realmente concluído, Jamie engravidou a filha de Salomon, Margareth, e recusou-se a casar com ela. Assim que a criança nasce, Margareth, que ainda tinha sentimentos por Jamie, deixa o filho, Jamie, na casa dele durante uma semana. Quando ela volta, Jamie lhe informa que quer ficar com a criança, mas não queria ficar com Margareth. Ela convence-o a se casar com ela, mas o casamento não se consumava. Jamie não mantinha relações com elas, mas sim com as prostitutas da cidade. Até que, uma noite, ao chegar bêbado em casa, ele dorme com Margareth e, nessa noite, é gerada Kate McGregor.

“Mas é claro que Kate saberia o preço de qualquer homem. Wilde podia estar se referindo a Kate quando falara de alguém que sabia o preço de tudo, mas não conhecia o valor de nada. Tudo sempre fora pela companhia. E a companhia era Kate Blackwell.”

Um dia, o filho do casal é assassinado, Jamie tem um AVC e, agora, Margareth tem o que queria: poderia estar mais perto do marido e cuidar muito bem dele. O tempo passa, Kate cresceu e se tornou teimosa e uma garota que não tolerava sermões. Determinada, fez tudo para que pudesse comandar o império que o pai construíra. Cresceu nutrindo uma paixão pelo braço direito do pai, David Blackwell. Interferiu na vida dele tanto quanto pode, de forma que não havia ninguém ao lado dele que não fosse a própria Kate. Eles casaram-se, mas David morre sem conhecer o filho, Tony.

Durante a narrativa, Sheldon nos mostra que Kate é uma mulher inescrupulosa e que não mede esforços para conseguir o que quer. Interferiu na vida e no casamento de seu filho, Tony, e também das suas netas Eve e Alexandra. Suas netas eram gêmeas que, apesar de fisicamente idênticas, tinham personalidades completamente diferentes e essa descoberta foi um choque para Kate.

A história das gêmeas marca a última parte do livro e nos traz um final surpreendente e trágico. A escrita é espetacular, fazendo com o que o leitor se coloque, de fato, no lugar de cada personagem. Sheldon nos traz personagens fantásticos e únicos e o leitor mantém uma relação de amor e ódio com cada um deles, ora você ama aquele personagem, ora você odeia, principalmente quando se trata da poderosa Kate Blackwell.

Um livro marcado pela ação, reviravoltas, sexualidade e suspense, como é digno de Sidney Sheldon. Vale a pena cada página!

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Resenha: O Morro dos Ventos Uivantes, Emily Brontë

“SE O AMOR DELA MORRESSE, eu arrancaria seu coração do peito e beberia seu sangue.”

O Morro dos Ventos Uivantes, única obra da britânica Emily Brontë, é um dos romances mais bonitos e perturbadores que já existiu. Personagens fortes e intrigantes, Catherine e Heathcliff se tornaram quase como entidades, símbolos do amor intenso que dilacera o coração e sobrevive além do tempo e da morte.

A obra sempre foi bem conhecida, dada que foi escrita em 1847 e, apesar de receber graves críticas no início do século XIX pela intensidade considerada demais para a época, se tornou um clássico inglês e é venerado até hoje, mas ganhou um destaque especial ao ser citado como livro preferido dos personagens Bella e Edward, protagonistas de “Crepúsculo”.

A história se passa no sítio do Morro dos Ventos Uivantes e vemos o jovem Heathcliff, adotado pela família Earnshaw. Ele logo se apaixona por sua irmã adotativa Catherine, mas o amor é impossível dadas suas realidades sociais, ele de origem pobre e visto como alguém que deveria ser grato por ter um teto, e ela, donzela a ser dada em um bom casamento. E é o que acontece. Catherine se casa com um homem de uma grande família de posses, mas Heathcliff não consegue suportar e vai embora. Quando ele retorna, Catherine se vê dividida entre o marido e o novo Heathcliff, agora um cavalheiro desejável. Atormentada em uma crise emocional, ela morre logo após o parto de uma linda menina, o que deixa Heathcliff extremamente abalado e o faz jurar vingança contra todos que impediram seu romance com Catherine.

Eu, particularmente, adorei e consegui o que mais busco em minhas leituras: me transportar para o ambiente, sentir o que os personagens sentem e viver a história. A riqueza de detalhes é impressionante e, apesar de não ser uma história muito complicada e cheia de reviravoltas, nos prende do início ao fim.

Claro que o drama é geral, a dor é intensa e parece que tudo é só sofrimento, mas só posso dizer que vale a pena no final. Recomendo a todos um passeio à cavalo pelas charnecas e uma visitinha ao sítio do Morro dos Ventos Uivantes.

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Resenha: Lembra Aquela Vez, Adam Silvera

Em Lembra Aquela Vez, livro de estreia de Adam Silvera, o autor conta a história de Aaron Soto, um adolescente de 16 anos que vive com sua família e amigos no Bronx, nos Estados Unidos.

Para ele a felicidade parece ser ainda algo bem distante…

O pai do garoto cometeu suicídio na banheira de casa, e semana depois, acreditando ser um um dos motivos que levou o pai a tirar a própria vida, o garoto, tenta se matar, mas sobrevive. A prova disso é uma cicatriz em forma de sorriso em seu punho.

Aaron namora Genevieve, uma garota que adora tintas, arte e pinturas. Ela o apoiou nos momentos mais difíceis. E após uma viagem feita por ela para aprimorar suas habilidades artísticas, Aaron conhece Thomas. Os dois se tornam grandes amigos e constroem uma amizade sincera e pura.

Um misto de sentimentos invade Aaron, pois ele sente que não ama Genevieve como ela merece ser amada e ao mesmo tempo está apaixonado por Thomas, seu melhor amigo, mas é rejeitado por ele.

O garoto do Bronx para lidar com a rejeição de Thomas, o suicídio do pai, a tentativa de tirar a própria vida, e voltar a ser hétero, quer se submeter ao procedimento Leteo, este, que promete apagar memórias.

No entanto, Aaron é vítima daqueles que cresceram junto à ele no bairro, seus “amigos”, e leva uma surra, deixando-o a beira da morte. Aaron, após lapsos de memórias, percebe que de alguma maneira ele já foi submetido ao Leteo, mas para esquecer exatamente o que?

Lembra Aquela Vez, é sobre amor, identidade sexual, aceitação, tolerância, relacionamento, amizade e suicídio. Há uma reviravolta nesta emociante, mas agonizante história.

Porque minha vida não é final triste, mas uma série interminável de começos felizes.

Esperamos que a felicidade seja alcançada por Aaron, assim como por todos nós!

 

Boa leitura!

 

 

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Resenha: Heróis Urbanos

Heróis Urbanos é uma coletânea de contos policiais, publicado pela editora Rocco Jovens Leitores no final de 2016. A proposta é simples: sete histórias que transcrevessem a visão de cada autor sobre heróis comuns. Essa visão pode variar para cada indivíduo. Para alguns podem ser aqueles que preferem agir usando as próprias mãos, alguém que vence na vida ou até mesmo uma louca paixão que te faz encobrir até crimes da pessoa amada. A visão de herói é subjetiva e não uma visão única. A seleção de autores foi muito bem-feita (temos até um conto maravilhoso do Rubem Fonseca). Vamos falar um pouco sobre cada um dos autores e dos contos trazidos, mas tomando o maior cuidado para não estragar a surpresa daqueles que ainda não leram o livro.

Raphael Montes é sem dúvidas o queridinho do Beco Literário. Posso afirmar que é o principal nome da literatura nacional contemporânea – Dias Perfeitos foi traduzido para 18 idiomas, Suicidas se prepara para estrear no cinema e Jantar Perfeito lançado no ano passado já é um best-seller. Foi uma escolha muito boa começar o livro com o conto de “Volnei”, que na realidade não é narrado por ele, mas sim por sua esposa. A história mescla a descoberta de uma traição aliada com um monstro serial-killer que assombra a vizinhança em que tudo se desenrola, o monstro do cadarço. Ao decorrer das páginas, logo notamos que a mulher está prestando depoimento para a polícia e contando sua versão dos fatos, onde somos expostos a um senso de vingança, justiça e ações motivadas pelo o ódio e até onde podemos ir quando estamos cegos de paixão. Como já é tradicional do autor, o final é chocante e inesperado. Nota 5/5.

Luisa Geisler é duas vezes vencedora do Prêmio Sesc De Literatura e finalista do Prêmio Jabuti. Os livros que conquistaram tal façanha foram Contos de Mentira e Quiça, de 2010 e 2011 respectivamente. Seu último lançamento, Luzes de emergência se acenderão automaticamente demonstra expertise de Luisa em contar histórias sem revelar todo seu enredo de forma direta, fazendo isso de uma forma totalmente gradual. Em seu conto publicado em Heróis Urbanos, “Material Escolar”, esta prática de linguagem fica bem evidente. O conto Material Escolar é aquele com o que mais me identifiquei (não que eu seja um criminoso, longe disso), mas por alguns aspectos da personagem principal, Carol. O conto é uma mistura de depoimentos de outras pessoas falando sobre a protagonista, uma transcrição de entrevista com uma psicóloga e cartas de recomendações. Tudo isso amarrado de uma forma coerente. É difícil chegar ao meio do conto sem perceber o que está rolando. Mas talvez seja o objetivo não entregar tudo no final e sim no meio. Carol é uma estudante esforçada, bolsista em uma das mais respeitáveis escolas do Rio de Janeiro, mas aparentemente, a garota esforçada não é ingênua, e sabe o que fazer com o conhecimento que consegue adquirir com tanta facilidade. Vale dizer: a história dela me lembrou muito a Regina George, de Meninas Malvadas. Nota 5/5.

Rubem Fonseca é um autor multifacetado. Suas publicações são sempre rápidas, direta, mas de ainda assim consegue ser sutil. É o responsável pelo livro Mandrake, que originou a série de mesmo nome da HBO. Fonseca traz aqui o conto “Passeio Diurno”, mais curto de todos na compilação. Além disso, é o que leva o tema “Heróis Urbanos” mais à risca. Conta a história de um garoto, que como muitos, cresceu sem pai e tendo que ajudar a família com pequenos trabalhos por aí. Sempre em cima de sua bicicleta, ele se torna um justiceiro da cidade, combatendo crimes e evitando assaltos em duas rodas. Nota 4/5.

Natércia Pontes teve seu primeiro livro de contos publicado em 2003, Copacabana Dreams, que conta suas impressões e histórias de quando morava no tradicional livro carioca. Não conhecia seu trabalho até então, e infelizmente, a primeira impressão não foi como eu esperava. Entenda bem: é o quarto conto do livro até então, e viemos de uma sucessão de contos muito bem feitos e deixam aquele gostinho de quero mais. Mas, “História Lacrimogênia de Jamile” quebrou essa vibe. O conto fala de uma órfã que foge do Nordeste para São Paulo e consegue mudar de vida. Mas, é muito fácil se perder nessa virada de vida, assim como o interesse na história. Nota: 2/5.

Letícia Wierzchowski, romancista com mais de 16 livros já publicados (o mais recente, Travessia terá resenha aqui no Beco nas próximas semanas). É autora do grande sucesso A Casa das Setes Mulheres, publicado em 2002 e adaptado em forma de minissérie pela Rede Globo. Aqui, temos a mais leve das histórias, “Seu Amor de Volta em Três Dias”. Aqui, o herói é um pai desempregado que precisa cuidar da filha, e para isso, aplica um golpe como pai de santo capaz de trazer amores perdidos. Mas não basta prometer, afinal, é preciso fazer acontecer para poder receber. Os métodos podem ser questionáveis, mas o resultado é bem-sucedido. A história é gostosa e até engraçada, e me lembrou bastante o personagem Pai Helinho, da saudosa novela “Da Cor do Pecado”. Nota 5/5.

Cecília Giannetti é escritora de diversos contos, publicados em livros, jornais, revistas e já atuou como colaboradora de seriados de tv e novelas, como Afinal, o Que Querem As Mulheres e Sete Vidas. Trazendo aqui “Besouro Azul Entre o Bem e o Mal”, nos aventuramos com uma jovem em busca do irmão perdido no Rio de Janeiro. Ela marca um encontro com um detetive que conheceu através da internet. O irmão, que resolveu sair por aí para combater o crime nos lembra o personagem do conto “Passeio Diurno”. Até agora me pergunto se é o mesmo. Mas aqui o mistério te envolve e te faz querer saber o que se passou com o rapaz. Nota 4/5.

Emiliano Urbim fecha o livro com chave de ouro. Antes, deixe eu explicar: não encontrei muitas informações do autor por aí para apresenta-lo para vocês; talvez seja este seu primeiro conto publicado? Bom, isso não importa. “Da Gravidade e Outras Leis” nos traz de volta aos tempos de colégio, quando éramos rotulados por alguma característica e isso nos acompanhava o resto da vida. Mas todos temos a intenção de mudar de postura no ano seguinte e assumiu uma nova identidade, correto? Pois muito que bem, nosso herói aqui tem essa intenção, mas as coisas não dão muito certo e ele se contenta em mais um ano na mesmice. Até que, por um acaso, ou, por estar no lugar e hora certos, ele passa a ser o herói da cidade, respeitado e querido por todos. A história tem muito de nós nele, entende? Problemas que todos tivemos um dia, a vontade de crescer, de ser melhor do que realmente somos. Eu ao menos, me identifiquei bastante. Nota 5/5.

 

Bom, se formos fazer uma média estelar dos contos, terminamos o livro com uma nota 4 de 5. Para quem não conhece autores nacionais e quer se aventurar por histórias que se passem aqui, “Heróis Urbanos” é a recomendação perfeita. A partir daqui você conhece 7 autores diferentes, com modos muito diferentes um do outro, e depois, é só buscar outros livros ou contos que ele tenha escrito. Eu nunca havia lido nada de Letícia Wierzchowski, por exemplo, e após ler seu conto, comprei dois livros seus que me despertaram interesse.

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RESENHA: TUDO DEPENDE DE COMO VOCÊ VÊ AS COISAS, NORTON JUSTER

Mas tudo o que aprendemos tem um propósito, e tudo o que fazemos afeta tudo e todos, ainda que de forma quase imperceptível.

Tudo Depende de Como Você Vê as Coisas, é uma história que pode ser lida por crianças, mas voltado principalmente para adultos. É na mesma pegada de O Pequeno Príncipe, embora, sejam bem diferentes.

O livro nos apresenta Milo, um garoto que não sabia o que fazer da sua vida. Tudo para ele, era muito chato, nada chamava sua atenção o bastante, pois achava ser perda de tempo. Certo dia, percebeu que em seu quarto surgiu uma cabine de pedágio, e a partir desse momento, Milo começou uma viagem bem fora do comum.

O garoto que tinha tempo de sobra conhecerá o cachorro Toque, e o inseto Mausquito, seus amigos nessa grande aventura. Eles passarão por cidades como: Dicionópolis, o reino das palavras, além de Digitópolis, o reino dos números, estas, governadas por dois irmãos rivais: Azaz e Matemágico.

Sempre em desacordo, os reis sempre brigam, pois nunca conseguem chegar a um consenso. O objetivo principal de Milo e seus amigos é resgatar as irmãs Razão Pura e Doce Rima para que juntas elas mantenham a paz entre os irmãos e seus reinos.

Mas para isso, Milo e seus amigos terão que enfrentar demônios, monstros e figuras bem estranhas como o Disacorde, B. Arulho, a Dúvida Atroz, a Desculpa Esfarrapada, Edmais, além de passarem pelo Vale do Som, Conclusões Apressadas e até mesmo pelas Expectativas. Tudo isso para conseguirem atravessar o Vale da Ignorância e chegarem ao Vale da Sabedoria.

Muitas coisas são possíveis desde que as pessoas não saibam que se trata de coisas impossíveis.

É uma história mágica, o autor, Norton Juster, faz trocadilhos de palavras com excelência! E com isso nos faz refletir sobre o valor do silêncio, sobre as expectativas que depositamos em algo ou alguém, da pressa do dia-a-dia, sobre pensar e ter ideias e não apenas reproduzir sem questionar.

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Resenha: A Vingança dos Sete, Vol. 5, Os Legados de Lorien, Pittacus Lore

A Vingança dos Sete, quinto volume da série Os Legados de Lorien, traz algumas revelações importantes para a série, como o aliado mogadoriano Adam, a redenção do Cinco, a dor de todos com a morte do Oito, a mudança de lado do FBI e, mais do qualquer outra coisa, a Ella. Sim, a número Dez tem seu destino revelado e seu papel que vai muito além de uma coadjuvante. Nada poderia me preparar para aquilo! Pois bem, vamos aos fatos…

Começamos este quinto volume com Ella na nave de guerra dos mogadorianos ainda tentando entender porque está ali e ainda viva. Ela parte do pressuposto de que é uma prisioneira e será estudada e interrogada como os outros, mas não é bem isso que acontece. Ao mesmo tempo, Seis, Marina e Nove estão perdidos no meio do pântano, após a traição de Cinco e morte de Oito, cujo corpo é levado pelos mogadorianos, e Marina quer, de qualquer jeito, recuperá-lo. E junto com tudo isso, Sarah se junta a Mark James na edição do site “Eles estão entre nós” a fim de alertar ao povo sobre o perigo de se aliarem aos mogadoriados, enquanto que John, Sam, Malcom e Adam ficam responsáveis de impedir que Setrákus Ra desça a Terra com a permissão dos governantes e comece sua invasão. Detalhe, junto com alguns desgarrados do FBI, entre eles, a agente Walker, que resolvem que o lado mogadoriano é errado e o lorieno é o certo.

Temos os capítulos narrados por várias versões, saltamos de um lado para o outro do planeta e nos vemos perdidos entre inimigos, aliados, ex-inimigos e ex-aliados. A história de Lorien se mostra muito mais complexa do que achávamos e nossos heróis se vêem, pela primeira vez, em dúvida de se conseguirão cumprir sua missão. A invasão se mostra cada vez mais iminente, Setrákus Ra, cada vez mais forte, e as revelações são cada vez mais intensas. Fui pega de surpresa junto com a Garde sobre todas as certezas que viraram dúvidas e todos os fatos novos que viraram certezas.

É um livro intenso e cheio de ação do início ao fim. Acho que, por estar chegando perto do fim, a ansiedade bate mais forte, então a leitura flui mais, mas também, os acontecimentos são concomitantes e não dá tempo nem para respirar entre um capítulo e outro. Quando comecei a ler essa série, eu achava que o sexto livro, O Destino da Número Dez, era o último, mas não é. Logo mais, trarei a resenha dele para vocês e estou ansiosíssima para ler o, agora sim, último volume, Unidos Somos Um. Eu preciso saber se há alguma revelação sobre o autor! Sim, ainda não superei o fato de não ter um autor físico e preciso ver o rosto dele!

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Resenha: Sete minutos depois da meia-noite, Patrick Ness

Você não escreve sua vida com palavras. (…) Você escreve com ações. O que você pensa não é tão importante. Só é importante o que você faz.

Nesta obra, conhecemos um garoto de treze anos chamado Connor e que, apesar da pouca idade, já está passando por situações bem difíceis: a mãe luta contra um câncer em estágio avançado, o pai mora em outro país com outra família, a avó não é uma pessoa fácil de lidar e ele precisa morar com ela enquanto a mãe faz um tratamento e ainda sofre bullying na escola.

O protagonista tem um pesadelo todas as noites e acorda sempre no mesmo horário: 00:07h. Quando ele acorda, ele escuta um chamado vindo do lado de fora da sua casa e é nesse momento que ele se depara com um monstro que lhe diz que está ali para lhe contar três histórias que irão ajudá-lo a compreender tudo que se passa em seu íntimo. E o monstro ainda lhe dá um aviso: haverá uma quarta história que será contada pelo próprio Connor.

– Histórias são criaturas selvagens. – afirmou o monstro. – Quando você as solta, quem sabe o que podem causar?

A narrativa se faz simples e emocionante ao misturar fantasia e realidade. A relação do garoto com a mãe é tocante, despertando profundos sentimentos no leitor. A metáfora da obra se faz no monstro, que está ali sempre o garoto necessita seja para chorar ou quebrar coisas e colocar a raiva para fora.

Já na escola, Connor é ignorado por todos, exceto pelos alunos que praticam o bullying contra ele. Aqui, merece destaque o garoto Harry, que é o que mais irá despertar a ira de Connor e, consequentemente, uma reação incrível e, vale ressaltar que o monstro estará presente.

Em casa, Connor não tem a presença do pai, o que já nos leva a refletir acerca da importância da mãe na vida do garoto, porque é tudo o que ele tem. A avó é uma mulher ressentida e com quem Connor sempre bate de frente, o que torna a convivência muito difícil.

A trama se faz bem intensa e rápida. O monstro e suas histórias ajudam o garoto a se libertar e se ajudar. O final da obra é emocionante, sendo impossível não levar o leitor a refletir acerca de cada palavra lida.

A obra foi adaptada para as telas do cinema, estreou no Brasil no dia 05 de janeiro desse ano e está disponível na Netflix. Connor é interpretado pelo jovem ator Lewis MacDougall, que interpretou com maestria cada cena. De início, pode-se pensar que trata-se de um filme/livro de fantasia, mas percebe-se que, na verdade se trata do mundo que cada um de nós carrega dentro de si. É simplesmente sensacional, e já tem crítica no Beco, que você pode conferir clicando aqui.

Veja o trailer:

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Resenha: A Queda dos Cinco, Vol. 4, Os Legados de Lorien, Pittacus Lore

Continuando minha saga pelos Legados de Lorien, chego no quarto volume: A Queda dos Cinco. As fugas não param, o que muda é que, agora, todos estão juntos. Uma luta mal sucedida com Setrákus Rá mostra que ainda não estão prontos para a batalha final, mas, pelo menos, conseguem salvar Sarah das mãos dos Mogadorianos, dar o troco nos agentes do governo e fugir, agora, com o plano de achar Cinco. Sam também volta com uma surpresinha e todos treinam felizes na cobertura super luxuosa de Nove, em Chicago. Só que não!

Este é o livro em que a história começa a ganhar forma e mostra que o clímax está próximo. Já era esperado já que é onde está a metade da história. Emocionante e mais denso do que os outros, A Queda dos Cinco é o primeiro livro da franquia com todos os personagens e nos traz mais detalhes sobre os lorienos e os mogadorianos. Não é uma história com vilões bobos e superficiais que só querem espalhar destruição, isso é bom. No fim, independente do planeta em que nascemos, somos todos iguais, com medos, anseios e sonhos.

Não vou contar muito, mas esse volume foi o que teve mais revelações, então, se você está lendo, continue! Se não, comece só para chegar nesse livro, eu fiquei com o coração na mão! Uma frase define esse livro: nem tudo é o que parece ser. Fiquem de olho nos Lorienos, nos humanos e até nos mogadorianos! Pois é, talvez eles sejam um povo como qualquer outro e alguém comece a pensar… Talvez algum lorieno tenha uma ascendência, no mínimo, interessante… Bom, já falei demais! Só mais uma coisa: eu chorei no final, tinha que falar. Por Lorien!

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RESENHA: O FIO DO DESTINO, ZIBIA GASPARETTO

Você tem condições de cumprir bem sua missão na terra. Estude, aprenda, experimente, descubra, observe, trabalhe, escreva, fale, transmita aos outros suas experiências.

O Fio do Destino, escrito pela italiana Zibia Gasparetto, foi um dos livros que bati os olhos e senti muita vontade de ler. Realmente eu acertei em cheio!

Foi o primeiro livro que li neste seguimento e me apaixonei inteiramente pela história que me ensinou e me fez compreender alguns aspectos da vida material e imaterial.

Jacques Latour viveu no início do século XIX na França, é jovem e de boa aparência, e família de bom nome. Em uma das peças de teatro a que assistia, o jovem é surpreendido por uma bela mulher em seu camarote, e por muito tempo não descobriu quem ela era.

A partir da morte de repente de seu pai, Jacques se viu em meio as muitas dívidas e a qualquer custo precisa quitá-las.

A única alternativa para que o nome da família fosse preservado e não ir parar na lama é arranjando um casamento sem amor a sua irmã Lenice no qual o espírito é nobre, bondoso e grato. Ela contrariada, aceitou casar-se com Jean Lasseur, pois sabia da real situação da família. No entanto, Jacques desde os tempos da escola não sentia confortável na presença do marido de sua irmã..

O tempo passou depressa e muito aconteceu a Jacques, ensinando-o que bens materiais não são importantes, e que no final da vida nada se leva. A história nos mostra que nossa felicidade não pode ser construída às custas de alguém e o que fazemos hoje, pagamos amanhã.

Nos ensina que, embora, duas pessoas se amem profundamente, não significa que podem permanecer juntas de imediato. E que saber esperar e ter paciência são virtudes preciosas e que devemos saber apreciar. Uma história que envolve esperança, orgulho, destino, acaso, reencarnação e vida eterna.

Aceitar a mudança é harmonizar-se com ela e encontrar a felicidade e a paz.

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RESENHA: A BIBLIOTECÁRIA, LOGAN BELLE

Digamos que, de certa forma, tenha sido um pouco culpa sua. Você tentaria consertar ou só deixaria para lá e diria que não era para ser?– Antes de mais nada, não existe “não era para ser”. Existe “faça acontecer”. Isso ajuda?Regina assentiu. Talvez estivesse ficando louca, mas o que Carly falava estava começando a fazer sentido.

A jovem recém formada Regina Finch se muda para Manhattan para começar a trabalhar na Biblioteca Pública de Nova York, seu emprego dos sonhos.

Dividindo um pequeno apartamento, Regina conhece Carly Ronak, uma estudante moderninha que se interessa apenas por moda e homens, enquanto, Regina é reservada e inexperiente.

Já na biblioteca, Regina precisa manter a calma em alguns momentos para lidar com a sua nova chefe Sloan Caldwell, uma mulher loura e alta muito bonita, mas com um temperamento bastante difícil na maioria das vezes.

Na nova cidade, a jovem não imaginava que sua vida mudaria. Certo dia, em uma das salas reservadas da biblioteca, a moça acaba se deparando acidentalmente com Sebastian Barnes em uma cena bem picante.

Sebastian, sócio da biblioteca é um homem rico, ambicioso, misterioso e com traumas do passado, se interessa por Regina, ela, que resiste, mas se entrega aos jogos de sedução feitos por ele, sente-se insegura e com medo.

Regina se torna e nova obsessão de Sebastian, e além de envolvê-la em jogos, sente o desejo de fotografá-la inspirando-se na pin-up mais famosa de todos os tempos, Bettie Page.

Regina, acho você incrivelmente bonita. E adoro o fato de você não perceber isso. Tenho esse desejo intenso de lhe mostrar como é linda e quero que você experimente essa beleza comigo.

A Bibliotecária é um livro que prende. Regina deixa-se envolver pelo prazer, mas precisa lutar com seus desejos e sentimentos. Será que ela é capaz?

O livro divide opiniões: a oportunidade das mulheres de se deixarem envolver pelo prazer completamente, permitindo conhecer suas próprias vontades e seu corpo. Ou aquela típica leitura onde o homem rico submete mulheres ingênuas a realizarem seus caprichos.