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Atualizações, Livros, Resenhas

BECO NA BIENAL: Resenha Dois Garotos se Beijando, David Levithan #19

Um beijo para quebrar um recorde mundial, primeiros encontros apaixonados e histórias envolventes. Dois garotos se beijando, de David Levithan, é um livro para se encantar e emocionar. Como sempre, o autor não falha em criar uma ponte sólida entre leitor e personagem, despertando a empatia da maneira mais sutil.

O livro gira ao redor de cinco histórias distintas que, como esperado, se entrelaçarão. Tudo começa com Harry e Craig, dois garotos, que não são um casal, mas querem quebrar o recorde do beijo mais longo do mundo, como forma de protesto contra manifestações homofóbicas. Para isso, terão que se beijar por 32 horas 12 minutos e 10 segundos.

Além disso, somos apresentados a Ryan e Avery, dois garotos de cabelo colorido que se encontram em um improvável baile LGBT.  Acompanhamos o primeiro encontro dos dois. Avery tem cabelos cor de rosa, é transsexual e tem medo disso afastar Ryan, o garoto de cabelo azul e espetado com quem cruzou na festa. Também, conhecemos Cooper, um garoto solitário que encontra problemas para ter sua sexualidade aceita. Neil e Patrick namoram há bastante tempo e encontram problemas típicos de relacionamentos entre jovens. E, finalmente, Tariq, um garoto que nos mostra como é ser agredido apenas por ser quem é. Todos os garotos são diferentes, alguns são aceitos, outros nem tanto. Alguns estão em relacionamentos, outros só estão quebrando recordes de beijos. A leitura é um passeio por todas essas histórias, até que elas se unam.

Dois garotos se beijando é uma grande lição de empatia, ainda mais pelos narradores do livro que são muito diferentes do que qualquer outro: são os gays do passado. O tempo todo recebemos a história pela voz daqueles que tinham ainda menos liberdade do que os personagens, que viveram e morreram no auge da AIDS. Percebemos, o tempo todo, o quão difícil era para eles e como eles enxergam a vida desses jovens garotos, as quais estão observando de um outro plano. O autor do livro não falha em descrever uma história envolvente com uma narração singular, levando o leitor, o tempo todo, a se colocar dentro do enredo. É fácil se apegar aos personagens e sentir a emoção dos narradores.

Se você está curioso para conhecer mais sobre David Levithan, esse é o momento! O autor estará na Bienal de São Paulo no dia 11 de agosto, dando palestra das 18:30 às 19:30. Não hesite em pesquisar um pouco mais sobre esse autor exemplar que transforma as histórias de livros jovens adultos em lições de vida.

 

Atualizações

BECO NA BIENAL: ESPECIAL A.J. FINN #18

Tenho a sensação de que dentro de você, em algum lugar, há algo de que ninguém conhece.

A.J. Finn

 

Através das adversidades, para as estrelas.

A.J. Finn

 

Minha querida menina, você não pode continuar batendo sua cabeça contra a realidade e dizendo que ela não está lá.

A.J. Finn

 

 

Hey Becudos! Preparados para mais um especial para a cobertura de um dos eventos mais esperados do ano? A 25ª Bienal Internacional do Livro!

No nosso espaço de hoje, temos A. J. Finn. Para quem não sabe, esse não é o seu nome verdadeiro, você acredita? Sim, A. J. Finn é na verdade um pseudônimo para Daniel Mallory. Formado na Oxford University, foi crítico literário do Los Angeles Times, The Washington Post e The Times Literary Suplemment.

“A mulher na Janela “ foi seu livro de reconhecimento internacional ao ser conhecido em trinta e seis países. Foi tanto sucesso que a Fox – empresa de comunicação em massa – pagou a batela de um milhão de dólares para tornar o livro em longametragem.

A história da inspiração para escrever este livro tão promissor, que próprio o autor o chama de “A janela indiscreta de Alfred Hitchcock para o século 21”, é que ainda deitado em seu apartamento em Nova Iorque assistindo várias vezes o filme “Janela Indiscreta”, ele repentinamente olha de sua janela e vê sua vizinha acendendo a luz de sua casa. Em um momento perfeito, a personagem James Stewart diz: “Não espione seu vizinho porque alguma coisa muito ruim pode acontecer”, a fala/frase estava perfeita para aquela situação.  Esse foi o nascimento de Anna Fox, esse foi o início de “A mulher na Janela”.

O autor reconhece que o fato de ter trabalho na edição de livros facilitou e muito o seu oficio de escritor. A obra se apresenta ao leitor com capítulos curtos, mas com uma narrativa surpreendente e ao leitor atento causa fruição. É o desejo do escritor criar um livro assim, segundo ele:

 

 “A leitura é a melhor forma de aprendizagem e o que me ajudou a escrever essa história foi ter vivido como um leitor” – A.J. Finn

 

Um jogo rápido para curiosidades sobre o autor:

a] Apesar de ter nascido e estar morando em Nova Iorque, Finn morou dez anos em Londres e em ambos trabalhou na edição de livros

b] Ao ser diagnosticado com depressão, Finn parou de trabalhar como crítico literário e passou seis semanas aproveitando a vida e fazendo tudo que ele quisesse.

c] A sua luta contra a doença durou 15 anos

d] Foi influenciado a escrever depois de ter lido “A Garota Exemplar” – Gillian Flyn

e] Agatha Christie e Sherlock Holmes eram leituras de cabeceira da juventude de Finn

Atualizações

BECO NA BIENAL: ESPECIAL TESSA DARE #17

my refuge, my entertainment, my source of information on all sorts of topics… in a way, they were my home. Whenever I felt lonely or uprooted, opening a familiar book gave me comfort. I would read through dinner, read through classes, read into the wee hours of the night, and, yes, I even read while walking!

Tessa Dare

 

HEY BECUDOS! Um dos maiores eventos literários está prestes a acontecer – Bienal do Livro em São Paulo e nós, equipe do Beco Lierário, não podemos te deixar participar deste acontecimento sem antes ler um especial bem bacana da escritora/romancista Tessa Dare que aparecerá junto com outros autores best sellers como David Levithan, Marissa Meyer na 25ª  Bienal Internacional que acontecerá a partir do dia 03 de agosto.

 

Com agilidade nos dedos que já adianto para vocês que Tessa Dare, autora de série Spindle Cove, sucesso em vendas alcançando a margem de meio milhão de exemplares vendidos e espalhados em vários países, é fã de Jane Austen. Incrível, não? Seu primeiro livro publicado foi uma fanfic da escritora britânica que foi divulgado com seu pseudônimo Vangie. Gostar de Jane Austen já é um belo começo, ouso escrever.

 

Em uma rápida busca na internet é possível encontrar alguns reconhecimentos bem enfatizados pelos sites literários, que são: a] autora norte-americana bestseller do New York Times e do USA Today e b] autora de quatro novelas e doze romances históricos publicados.

Em suma, seus livros possuem um tom erótico diversificados em romances tipicamente históricos, já se percebe a influencia de Austen mesclada com a linguagem e temática bastante acentuada do erotismo presente na literatura contemporânea. As personagens em primeiro plano são mulheres fortes e sensuais, empoderamento feminino a gente vê por aqui.

 

Dare não só escreve como também trabalha em uma biblioteca localizada em sua cidade no Sul da Califórnia.

 

Em uma entrevista, Dare foi questionada a respeito da linguagem de seus livros, a sua habilidade de misturar humor, ironia com emoções sérias em momentos catedráticos da narrativa, a escritora explica:

 

I ran into a flagpole, face-first. More than a decade later, we’re still laughing about it. So the juxtaposition of comic absurdity and deeply felt emotion just seems real to me, because it mirrors my own life.

 

Tradução:

Eu bati contra um mastro de bandeira, cara a cara. Mais de uma década depois, ainda estamos rindo. Então a justaposição do absurdo cômico e da emoção profundamente sentida parece real para mim, porque reflete minha própria vida.

 

Entre os seus livros mais conhecidos:

 

Spindle Cove Series

1. A Night to Surrender (2011)
1.5 “Once Upon a Winter’s Eve” (2011)
2. A Week to Be Wicked (2012)
3. A Lady by Midnight (2012)
3.5. “Beauty and the Blacksmith”
4. Any Duchess Will Do (2013)
4.5. Lord Dashwood Missed Out (2015)
5. Do You Want to Start a Scandal (2016)

 

Girl Meets Duke series

  1. The Duchess Deal (2017)
  2. The Governess Game (2018)

 

Leia Também:

  1. BECO NA BIENAL: SAIBA TODA PROGRAMAÇÃO DA BIENAL DO LIVRO #6
  2. BECO NA BIENAL: MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA PARA A BIENAL DO LIVRO #7
Soman Chainani attends the Fast Track during the 2010 Los Angeles Film Festival at EVO Lofts on June 24, 2010 in Los Angeles, California. (Photo by Valerie Macon/WireImage)
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Beco na Bienal: Especial Soman Chainani #14

Soman Chainani é fascinado por contos de fadas. Cresceu lendo essas histórias e assistindo às animações da Disney. Quando fez sua graduação em literatura inglesa e americana em Harvard, praticamente criou uma matéria para ele mesmo sobre contos de fadas e escreveu uma tese sobre o motivo pelo qual os vilões são tão irresistíveis.

Roteirista aclamado, é mestre pela Columbia University na área de Cinema (Direção) e foi ganhador do prêmio máximo da instituição, o FMI Fellowship. Seus filmes já foram exibidos em mais de 150 festivais ao redor do mundo, tendo ganhado mais de 30 prêmios de júri e público. Suas premiações como autor incluem o Big Bear Lake, o New Draft, o CAPE Foundation, o Sun Valey Writers’ Conference e o cobiçado Shasha Grant, concedido por um júri internacional de executivos de cinema.

Quando não está escrevendo histórias ou lecionando em Nova York, Soman é um jogador de tênis habilidoso e difícil de vencer (ficou dez anos sem perder um primeiro set!). Até que começou a escrever A Escola do Bem e do Mal. Agora, ele perde sempre. A série A Escola do Bem e do Mal conta com quatro volumes: A Escola do Bem e do Mal, Um mundo sem príncipes, Infelizes para Sempre e Em Busca da Glória.

Soman Chainani estará na Arena de autógrafos BIC dia 10 de agosto às 16h. Para quem não conseguiu pegar senha, não se preocupe, pois ele também estará no Estande do Grupo Autência dia 11 às 16h. Para essa sessão de autógrafos do Grupo Autêntica, é obrigatório ter o 4º volume da série e poderão ser autografados até 4 livros, sendo um deles o Em Busca da Glória. Já na Arena BIC, só poderá ser 1 livro, mas pode ser qualquer um do autor.

Site oficial do autor: http://somanchainani.net/

Fonte: Editora Seguinte
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Beco na Bienal: Especial Victoria Aveyard #13

Na Bienal Internacional do Livro de São Paulo – evento que acontece de 03 a 12 de agosto de 2018 – Victoria Aveyard foi uma das primeiras autoras internacionais confirmada, juntamente com os autores Soman Chainani, Yoav Blum e Lauren Blakely.
Para quem é fã dessa escritora ou para quem gostaria de conhecer um pouco mais sobre seu trabalho, o Beco na Bienal de hoje traz um pouquinho sobre sua carreira.

A CARREIRA

Fonte: site da autora

A carreira de Aveyard teve reconhecimento instantâneo logo após o primeiro livro de sua saga mais conhecida: A Rainha Vermelha (2015) atingiu o 1º lugar na lista de livros mais lidos do New York Times, logo em sua primeira semana de publicação.

O primeiro livro logo se tornou uma saga, de igual reconhecimento, e Victoria ainda lançou: A Espada de Vidro (2016); A Prisão do Rei (2017) e Tempestade de Guerra, lançado neste ano.

A autora norte-americana contou ao jornal The Guardian que sua inspiração para a saga veio de uma única imagem:

Uma adolescente espancada, derrotada, prestes a ser executada, que então eletrocuta seu carrasco com seu próprio poder especial.

Em entrevista ao mesmo periódico, Aveyard se disse uma “escritora visual”, ou seja, a inspiração para suas histórias costumam partir de imagens. Depois de visualizar sua personagem principal, a autora continua a expandi-la e também a criar o mundo no qual essa personagem irá existir. Esse fato pode estar relacionado à sua formação, já que Victoria cursou Roteiro na Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles.

Além disso, a autora costuma citar influências cinematográficas para suas obras, como Star Wars, Harry Potter, The Avengers e Jurassic Park. Essas obras a ajudaram a compor sua personagem principal e também as cenas de ação que aparecem na história.

A RAINHA VERMELHA

Fonte: Editora Seguinte

A saga Red Queen (título original) é uma narrativa de fantasia publicada nos Estados Unidos pela editora HarperCollins e no Brasil pela Editora Seguinte. São 4 livros + 2 pré-sequências: Canção da Rainha (2015) e Cicatrizes de Aço (2016).

Os livros são, geralmente, definidos como para o público jovem, mas vão além disso, já que acabaram conquistando públicos de todas as idades.

A história gira em torno de Mare Barrow e sua família, que pertencem aos vermelhos: plebeus que servem à elite prata, os quais possuem poderes sobrenaturais. A reviravolta acontece quando Mare começa a trabalhar no palácio real e descobre que também possui poderes.

Assim como a Princesa Leia e a bruxa Hermione Granger, Mare é mais uma personagem feminina que com certeza irá influenciar uma geração.

Autorais

Como se livrar das lembranças e medos de um relacionamento depois do término? #BAD

Como se livrar das lembranças e medos de um relacionamento depois do término? #BAD

Ao ler o livro da Colleen Hoover: Talvez um dia [Maybe Someday], vale lembrar que tem resenha dele aqui no site do Beco, comecei a refletir sobre términos de relacionamento.

Relacionamento é uma baita discussão, é possível unir várias vozes com inúmeras experiências e “ene” motivos para você pensar em namorar, casar ou criar/cultivar qualquer tipo de relacionamento com um alguém [ou “alguéns” caso seja adepto ao método de relacionamento aberto]. como acabei de escrever, seja um relacionamento aberto ou não, assumido ou não, com nome: namoro, noivado ou só ‘peguete’, é inerente ao ser humano a necessidade de ter um alguém e tocar esse alguém.

e o produto, ou seja, o que resulta de todo esse desejo, necessidade carnal correspondida a todos esses tipos de relacionamentos citados acima é a #BAD que sobra ao terminar. a pior parte.

nada na vida é eterno, tudo possui um início e um fim, tudo em sua vida tem um objetivo, não se engane. até um término catastrófico ou bem humorado, as lembranças e medos também, ouso escrever, sempre nos amedrontam.

e se o seu relacionamento acabar? como se livrar das lembranças e do incômodo da falta do mesmo?

primeiramente você precisa entender que você nunca vai conseguir ESQUECER qualquer relacionamento que você teve. todos estarão marcados no seu crescimento enquanto sujeito, enquanto pessoa. todo indivíduo depende DO OUTRO para crescer/ amadurecer e o principal: se conhecer – seja com a sua presença ou ausência e não estou generalizando e/ou radicalizando, estou sendo bem sincero.

é preciso entender que o que passou, passou. ponto final. a vida é construída de momentos bons e ruins e a sua essência é destilada através das respostas que você dá a esses acontecimentos. a vida sempre vai te exigir uma resposta, como você vai responder à adversidade?

IMPORTANTE: nunca, eu escrevi NUNCA, use outra pessoa para “esquecer” alguém com quem já se relacionou. sentimentos é a artéria aorta da alma, se você corta-la, automaticamente estará matando a alma de alguém e a destruindo emocionalmente. saiba lidar com as suas lutas, chore o que tem que chorar, grite o que tem que gritar e expresse tudo que está sentindo, jogue para fora tudo que está guardado dentro de si. o tempo da cicatrização deve ser respeitado e vivido.

outro passo importante, tire um tempo para você mesmo. relacionamento quer dizer adaptar ao outro, depois de um término bom ou ruim, você precisa se reencontrar novamente, não engate em outro tipo de vínculo. gaste um tempo com você mesmo/mesma. se reconheça, se faça, se refaça.

já tentou fazer algo diferente? a vida a dois deve ser incrível, mas a vida que você pode ter contigo mesmo é inigualável. se respeite e pegue o tempo que precisar para se reconstruir.

portanto, o que aprendemos neste pequeno texto:

PASSO-A-PASSO PARA A VIDA:
1- se acostume com as suas memórias, o outro fez parte da sua vida. Você precisa respeitar o bem que ele te fez e aprender com o mal. é papel do outro te ajudar em seu crescimento e amadurecimento. faz parte da sua maturidade entender que não acontece uma limpeza na sua memória ao terminar um relacionamento. as lembranças continuarão para sempre;
2- se respeite, leve o tempo que precisar para se reconstruir;
3- não use pessoas para satisfazer um ego ferido, isso é maldade nível sociopata;
4- faça o que te faz feliz: ficar em casa e assistir Netflix com pipoca ou ir para balada, está tudo bem, encontre a sua melhor forma de se reencontrar;
5- você pode postar uma ou no máximo duas indiretas depois de algumas horas, isso massageará o seu ego por alguns instantes. está tudo bem também, depois que o outro te der view, deleta. vamos suavizar o impacto.
6- faça algo que sempre planejou fazer, mas nunca fez;

garanto que, depois de viver cada etapa bem vivida, você estará pronto/pronta para começar uma nova aventura nos braços de um outro alguém.

james gunn demitido
james gunn demitido
Atualizações, Filmes

BOMBA! Disney demite James Gunn após polêmica com tweets ofensivos

A Disney demitiu James Gunn (Guardiões da Galáxia) após vários tweets antigos do diretor ressurgirem na mídia.  Em uma sequência de prints, um usuário do Twitter trouxe à tona mensagens polêmicas, satirizando temas como estupro, pedofilia e AIDS.

tweet james gunn

Imagem: Divulgação

“Rir é o melhor remedio. É por isso que eu rio de pessoas com AIDS.”

“Acabei de fazer uma piada sobre sodomizar a minha amiga quando ela estava dormindo.”

“Eu queria caçar animais de grande porte, mas sei que isso é moralmente questionável. Então estou indo atrás de caçar alguém para estuprar.”

Em um comunicado para a imprensa internacional, a Disney comentou a saída do diretor : “As atitudes e declarações ofensivas descobertas no Twitter de James são injustificáveis e inconsistentes com os valores do estúdio, então nós terminamos nosso relacionamento profissional com ele.” 

Em sua conta pessoal, James Gunn tentou se justificar, dizendo que as mensagens não passavam de brincadeiras provocativas com temas controversos: “Muitas pessoas que acompanham minha carreira desde o início, sabem que eu me via como uma pessoa provocadora, fazendo filmes e contando piadas sobre temas ultrajantes e tabus. Como já falei abertamente antes, eu me desenvolvi como pessoa, assim como meu trabalho e meu humor! Eu sou alguém bem diferente. De qualquer forma, essa é a verdade: eu fazia piadas ofensivas. Não faço mais. Não julgo minhas atitudes passadas, mas me tornei uma pessoa melhor.”

Ainda não se sabe quem irá assumir a direção de Guardiões da Galáxia, Vol. 3. O roteiro escrito por James Gunn já foi entregue e a previsão de estreia do filme é para 2020. As filmagens estão programadas para começar até o fim do ano.

Colunas, Filmes

Discutindo o filme “Eu não sou um homem fácil”

Em minhas andanças pelo mundo da Netflix, me deparei com um filme francês que, pelo nome, já me chamou a atenção. Dei uma chance para o trailer e fui cativada de vez. Eu não sou um homem fácil não é o típico filme com que estamos acostumados. Ele choca, desconstrói, critica e liberta, e você vai entender por que.

De início, temos Damien, um homem que é o estereótipo do mundo machista. Assedia todas as mulheres, as diminui na empresa em que trabalha e só se preocupa em aumentar seus números de quantas mulheres conseguiu dormir no ano e o que fazer para superá-los no ano que vem. Até que, em um belo dia, ele bate a cabeça em uma barra de ferro que sustenta o nome de uma avenida, cai desmaiado na calçada e, quando acorda, todo o seu mundo está literalmente do avesso. Por que “literalmente”?

Bom, Damien acorda em um mundo onde as mulheres são o sexo forte. O matriarcado domina a sociedade, e os homens se tornaram o sexo frágil e sofrem tudo o que as mulheres do nosso mundo sofrem. Junto com seu melhor amigo, Damien passa pelo choque de se ver nesse mundo às avessas e nós rimos com a dificuldade que ele tem para se adaptar. Vemos também as críticas mascaradas de humor e nos chocamos com como as coisas realmente são difíceis para as mulheres.

Para mim, essa é a primeira questão do filme. As mulheres estão acostumadas com sua realidade. Estão acostumadas a andar com medo na rua à noite e a serem assediadas por estarem com determinada roupa ou por terem o azar de estar em pé em um transporte público no lugar errado. Estão acostumadas a terem que lutar por seus direitos todos os dias e já se armam todas as manhãs para enfrentar o machismo e preconceito que as aguardam quando saem de casa. Ou, muitas vezes, quando ainda nem saíram da cama. Porém, quando vemos essas mesmas situações acontecendo com homens, por algum motivo, isso nos choca mais, pois estamos tão acostumadas a vivenciar essas situações que deixamos de perceber como elas são cruéis e absurdas. Mas, quando assistimos, caímos na realidade.

A segunda questão é a necessidade de masculinizar a mulher sempre que ela é colocada em uma posição de domínio. Neste filme, acontece a mesma coisa. As mulheres andam sem camisa na rua, fazem xixi de pé, usam ternos e gravatas, cabelos curtos, etc. Já os homens fazem ioga, usam shorts curtos e echarpes, carregam bolsas e estão sempre chorando por tudo. Basicamente, Eu não sou um homem fácil, literalmente, trocou os homens e as mulheres de lugar. Para mim, em uma mensagem de que, para alcançar o respeito e a liderança, as mulheres devem ser como os homens, ou seja, só sendo como um homem para alcançar a igualdade que nós queremos.

Isso me incomodou profundamente porque uma mulher não precisa deixar de ser mulher para ser forte, capaz, líder e respeitável em sua casa, em seu trabalho e diante da sociedade. A mulher não deveria ser obrigada a se prender a nenhum tipo de estereótipo para aparentar ser mais inteligente. Não deveria ter que usar roupas masculinas para ser menos assediada. Ou ter que provar que é tão forte fisicamente quanto um homem para ser respeitada. Essa necessidade de diminuir e hostilizar o mundo feminino pode ser encarada como um tipo de dominação e chega a ser um tiro no pé porque, o que era para ser um filme de crítica contra o machismo, acabou sendo uma exaltação da cultura machista. Pois mostra que, para ser o sexo dominante, a mulher tem que se vestir e se portar como um homem, então, a cultura do homem em si não deixou de ser dominante. Só mudou o sexo que a difunde.

Porém, apesar disso, o filme vale a pena ser visto, ou melhor, deve ser visto. Deve gerar reflexão, discussão e seu choque deve circular pela sociedade, pois, enquanto estivermos discutindo sobre isso, estaremos nos armando de conhecimento e crítica contra a cultura machista, mas também, não contra a cultura feminina. Homens e mulheres são diferentes, porém precisam ser respeitados de forma igual, com os mesmos direitos e deveres diante da sociedade. Eu não sou um homem fácil traz o choque para iniciar essa reflexão e nos proporciona momentos de riso com a tão clichê dificuldade masculina de se adaptar ao mundo feminino, porém, não pode ser levado como uma cartilha, pois, em um mundo igualitário, nenhum dos lados deve ser oprimido.

Confira a crítica do filme feito pela Júlia do BecoLab AQUI

Imagem: Divulgação
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Beco na Bienal: Playlists do Beco Literário para aproveitar a Bienal do Livro e as viagens #12

Música é o que move a gente, não é verdade? Pois então, imagina misturar o evento literário mais esperado e muita música boa? É isso mesmo, a Bienal do Livro está ficando cada vez mais próxima e você não pode perder as atrações incríveis da 25ª edição que acontece em São Paulo entre os dias 03 a 12 de agosto no Pavilhão de Exposições do Anhembi. Já garantiu o seu ingresso?

Leia Mais:

BECO NA BIENAL: CONHEÇA OS ESPAÇOS E ATRAÇÕES DA BIENAL DO LIVRO DE SÃO PAULO 2018 #11

O Beco além de dar inúmeras dicas para você arrasar e aproveitar muito a edição deste ano, dará dicas de playlists para você aproveitar tanto a Bienal quanto nas viagens para quem mora um pouquinho mais longe. Vamos conferir?

Nas plataformas de streaming tanto Spotify quanto Deezer há inúmeras playlists para você escolher o que quer ouvir entre uma atração e outra na Bienal ou até mesmo no carro, no ónibus ou no avião. Tudo de acordo com o seu estilo e gosto musical.

A playlist Top Brasil disponível através do app Spotify trás um mix das músicas nacionais mais ouvidas e que estão bombando. Já no Deezer, a playlist Top Brazil também trás as músicas mais escutadas. Então escolha o seu melhor serviço de streaming e solta a música!

Leia Mais:

BECO NA BIENAL: OPÇÕES BARATAS DE ALIMENTAÇÃO E TRANSPORTE NA BIENAL DE SÃO PAULO #09

Durante as viagens você pode escutar versões mais lights de hits da nossa música popular brasileira na playlist Acústico MPB. Ou então ouvir o que está tocando de melhor da música pop tanto nacional quanto internacional. Claro que Anitta e Beyoncé não podem ficar de fora dessa, né?

No Deezer tem também a playlist Hits of the Moment com Marron 5, Alok, Demi Lovato, Nicki Minaj, Drake, Ed Sheeran, Calvin Harris e muito mais para você.

Só não se esqueça: escutar nossos artistas preferidos é ótimo, mas o ideal é deixar os fones de ouvidos na mochila e aproveitar muuuuuito a Bienal do Livro que está incrível e tem tudo para bombar!

 

 

 

Guia da Bienal 2024: mapa, como chegar, o que levar e mais
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Beco na Bienal: Conheça os espaços e atrações da Bienal do Livro de São Paulo 2018 #11

Está chegando a tão esperada Bienal do Livro de São Paulo 2018! Estamos animados? Sim! Estamos ansiosos? Sim! Estamos por dentro de tudo o que vai ter por lá? Eh… O Beco está! E a gente traz agora tudinho para você preparar a sua agenda de visitas, seu caderninho de autógrafos, o celular 100% carregado para arrasar no insta e aproveitar tudo o que a Bienal tem para oferecer!

Arena de autógrafos BIC

Aqui é onde vai rolar aquelas sessões de autógrafos com horário marcado e é necessário ter senha para entrar. As senhas estão sendo distribuídas progressivamente no site da Bienal, então, é só ficar de olho no dia que vai liberar a senha daquele autor que você sonha em conhecer e pegar no site: http://www.bienaldolivrosp.com.br/A-Bienal-do-Livro/Arena-de-Autografos-BIC/

Arena Cultural

Na Arena Cultural, serão ministradas palestras sobre vários temas muito interessantes pelos próprios autores que estarão presentes na Bienal. Tem Bela Gil e Marcos Piangers falando sobre maternidade e paternidade nos dias de hoje, um bate papo com Ziraldo e Maurício de Souza , Carina Rissi, Laura Conrado e Ana Beatriz Brandão falando sobre suas recentes obras e muito mais. A agenda também está no site, então, é só se programar direitinho porque tem para todos os gostos: http://www.bienaldolivrosp.com.br/Programacao/Arena-Cultural/

 Bibliosesc – Praça de Histórias

Uma biblioteca gigante e interativa, não há forma melhor de descrever esse espaço. Mediação de bate-papo com autores, contação de histórias, sarau, slam, conscientização ambiental… Nesse espaço, tem tudo o que podemos chamar de alimento para a mente. A agenda você também pode conferir certinho no site da Bienal: http://www.bienaldolivrosp.com.br/Programacao/BiblioSesc-Praca-de-Historias/

Bibliosesc – Praça da Palavra

Semelhante ao que vai acontecer na Praça das Histórias, a Bibliosesc promove mediação de leitura, palestras e muito entretenimento literário na Praça da Palavra. Os horários também estão no site: http://www.bienaldolivrosp.com.br/Programacao/Praca-da-Palavra/

Cordel e Repente

Ao contrário do que o nome nos induz a pensar, este espaço não é só para declamação de cordel. Também vai ter lançamento de livro, palestras e, acreditem, oficina de ilustração de quadrinhos! Pois é, vale à pena dar uma conferida, né? A agenda está no site: http://www.bienaldolivrosp.com.br/Programacao/Cordel-e-Repente/

Cozinhando com Palavras

Cozinhando com Palavras já é uma área bem conhecida da Bienal há algumas edições e está de volta em 2018. Esta é a área dos livros sobre comida, não tem forma melhor de descrever. Cozinha nacional, internacional, palestras de chefs conceituados, donos de restaurantes, críticos gastronômicos, enfim, tudo que se tem direito quando o assunto é comida. Se essa é a sua vibe, se programe direitinho e aproveite porque a Bienal é para todos os gostos: http://www.bienaldolivrosp.com.br/Programacao/Cozinhando-com-Palavras/

Encontro de fãs

Somos todos fãs, não é mesmo? Pois tem um lugarzinho para nós na Bienal do Livro sim! Durante toda a edição terá encontros de fãs de sagas, temas literários, concurso de cosplay… Tudo que temos direito. Isso é ótimo para assistir uma palestra legal, conhecer gente nova e compartilhar a sua paixão de fã com outros que curtem o mesmo que você. A programação está no site e já adianto que eu espero encontrar muitos fãs de Harry Potter no encontro do dia 10: http://www.bienaldolivrosp.com.br/Programacao/Econtro-de-Fas/

Espaço do Saber

Nessa área, serão as palestras para educadores, para quem quer aprender mais sobre o uso da tecnologia no ambiente de trabalho ou ainda para quem gosta de uma vibe mais de alto conhecimento e reflexão. Pesquisadores, pedagogos e até o presidente da TV Cultura estarão por aqui: http://www.bienaldolivrosp.com.br/Programacao/Espaco-do-Saber/

Salão de Ideias

Como o nome já diz, aqui é para compartilhar e debater ideias. A solidão da mulher negra, a literatura policial no Brasil e como é ser mulher no mundo contemporâneo são alguns temas que serão discutidos neste espaço. Não dá para perder, né? Confira a agenda e se programe: http://www.bienaldolivrosp.com.br/Programacao/Salao-de-Ideias/

Espaço infantil Tenda das Mil Fábulas

Bienal do Livro de São Paulo está homenageando em 2018 o emirado árabe de Sharjah. O Espaço Infantil da Bienal do Livro de 2018 terá o nome de Tenda das Mil Fábulas, por conta de uma obra bastante representativa na cultura árabe, o Livro das Mil Fábulas, conhecido no ocidente como o Livro das Mil e Uma Noites. Uma obra fundadora, que representa culturas e territórios, difundida por importantes escritores. O livro das Mil Fábulas partiu da oralidade, no século XIV e ganhou o mundo, portando em si diversos gêneros literários: narrativas noturnas, fábulas, crônicas, notícias e relatos quase históricos.

Nos 10 dias de programação, terá um projeto educativo, com narradores de histórias residentes – José Bocca, Anderson Barreto, Ana Luisa Lacombe e Lenna Mahule; além de músicos: o percussionista Carlinhos Ferreira e integrantes da Orquestra Mundana, grupo formado por refugiados de vários países, sediado em São Paulo. O educativo apresentará diariamente um repertório de atividades para crianças, bebês e público geral, das 9h às 18h. E também diariamente, das 18h30 às 20h, o grupo apresentará contos do Livro das Mil Fábulas ou Livro das Mil e Uma Noites, em adaptações de versões recontadas por diversos autores brasileiros, como Ferreira Gullar e Carlos Heitor Cony, acompanhados pela Orquestra Mundana.

O site da Bienal não diz se será necessário pegar alguma senha para a utilização de algum dos espaços ou se será por sistema de lotação, então, eu sugiro que você se programe e chegue cedo. Não preciso lembrar que a Bienal do Livro é um evento que movimenta milhares de pessoas e muita gente pode ter o mesmo gosto que o seu.

Acompanhe os tutoriais aqui do Beco para saber como chegar, o que usar e o que levar, faça a sua agenda com tudo que você vai querer fazer e quem você vai querer ver por lá com os horários certinhos e curta a Bienal ao máximo, afinal, a próxima é só em 2020.

Para conferir todas as informações, acesse o site da Bienal do Livro de São Paulo: http://www.bienaldolivrosp.com.br