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Críticas de Cinema, Filmes

CRÍTICA: Animais fantásticos: Os crimes de Grindelwald (2018)

Animais fantásticos: Os crimes de Grindelwald chega hoje aos cinemas. Algumas sessões foram disponibilizadas entre os dias 13 e 14 e foi em uma delas em que o Beco esteve e traz tudo o mais rápido possível para vocês. Depois de 2 anos, o que esperar da continuação da nova franquia de J.K. Rowling?

Começamos o filme com Grindelwald preso no MACUSA, a espera de sua transferência para o Reino Unido, onde será julgado e enviado para Askaban. Claro que ele consegue fugir ou não teríamos mais filmes e a Segunda Grande Guerra Bruxa teria terminado por aí. Porém, como bem já sabemos pelos livros e filmes de Harry Potter, a franquia original, Grindelwald e Dumbledore têm sua grande luta, onde o futuro diretor de Hogwarts se torna o dono da Varinha das varinhas, então, não sabemos em qual dos próximos filmes isso vai acontecer, mas vai.

Voltando a Animais Fantásticos 2, Newt Scamander continua sendo o nosso herói lufano que, acusado de tentar salvar o Obscurial em Nova Iorque durante o primeiro filme, está impedido de sair de Londres. Vamos aqui dar uma atenção especial a pitoresca casa do Newt: um sobrado tipicamente britânico até você chegar no porão, onde um imenso santuário para criaturas mágicas contendo vários habitats diferentes nos mostra que nosso magizoologista não desistiu de sua missão.

Jacob, Tina e Queenie estão de volta junto com uma gama de novos personagens. Conhecemos Teseu, o irmão de Newt, e Leta, seu antigo amor que agora está noiva de seu irmão (tenso!). Viajamos para Paris atrás de Credence e temos a primeira grande revelação do filme: Nagini. Ela já apareceu no trailer e não há mais surpresa na sua maldição sanguínea que a condenará um dia a ser uma cobra para sempre (como sabemos bem). Ainda não há traços de maldade na jovem Nagini, então não tem como saber como ela virou aliada de Voldemort no futuro, mas talvez, isso será esclarecido mais para frente.

Como já foi especulado, nesse segundo filme fica mais provado que cada um se passará em um lugar diferente. Nova Iorque, Paris… Será que o próximo será no Brasil? Infelizmente, não apareceu nada sobre Beauxbatons como eu estava esperando, e o Ministério da Magia francês só passa rapidamente em uma cena, então, não tem como vermos muito a respeito. O ano é 1927 e a cidade não parece muito diferente da Nova Iorque do primeiro filme, não aparece nem a Torre Eiffel. O máximo de diferente vai ser o equivalente ao Beco Diagonal francês, onde fica o circo em que Credence e Nagini estão presos até conseguirem fugir no início do filme.

Em geral, o filme é ótimo, levando em conta o roteiro original, os efeitos especiais, trilha sonora, ação, romance, e claro, o universo de Harry Potter que nunca deixa de surpreender. Porém, comparado com o primeiro filme, pecou um pouco na falta de conteúdo. A impressão que temos é que Animais fantásticos: Os crimes de Grindelwald é um filme intermediário que está ali somente para nos introduzir aos próximos episódios.

Muitas apresentações de personagens novos, histórias de famílias e uma preocupação enorme com cenas de ação tiraram a fluidez e dinâmica tão presente em Animais fantásticos e onde habitam. Tudo se resume a “onde está Credence?” Os crimes de Grindelwald que é bom, nada. Depois de assistir o filme, o título fica meio sem sentido e nos perguntamos que crimes foram esses? Ele fugiu do Ministério, claro. Matou alguns aurores… Mas, fora isso, vemos um Grindelwald político tentando recrutar bruxos através de uma boa argumentação e um grande poder de persuasão, o que fez o MACUSA até retirar sua língua durante a custódia devido a sua facilidade em recrutar os guardas. Grindelwald realmente acredita que está certo e que tudo está sendo feito para um bem maior e consegue convencer muita gente disso. Nada muito diferente do que já vimos acontecer durante a nossa História.

Animais fantásticos: Os crimes de Grindelwald chega aos cinemas hoje (15/11) com aproximadamente 2 horas de filme e trazendo uma produção excelente, mas nada tão demais como se era esperado depois de 2 anos de expectativa.

Colunas, Livros

Chimamanda Adichie e seu discurso feminista

“A questão de gênero é importante em qualquer canto do mundo. É importante que comecemos a planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos.”

Chimamanda Ngozi Adichie é uma escritora nigeriana. Ela é reconhecida como uma das mais importantes jovens autoras anglófonas que estão atraindo uma nova geração de leitores de literatura africana. Seu primeiro livro, Hibisco Roxo, foi publicado em 2003 e, desde então, sua popularidade não para de crescer. Mas, o que destaca a Chimamanda e fez eu querer escrever este artigo hoje é o seu discurso feminista.

Em 2012, Chimamanda Adichie deu uma palestra no TEDxEuston, uma conferência anual com foco na África, falando sobre o feminismo, mais especificamente sobre sua experiência em ser uma feminista africana. Várias partes desta palestra foram usadas na música Flawless, da Beyoncé, e, posteriormente, virou um livro. Sejamos todos feministas foi lançado no Brasil em 2015 pela Companhia das Letras.

″Eu estou com raiva. A construção de gênero do modo como funciona atualmente é uma grave injustiça. Todos nós deveríamos estar com raiva. Esse sentimento, a raiva, é importante historicamente para as transformações sociais positivas, mas, além de estar com raiva, eu também estou esperançosa porque eu acredito profundamente na habilidade dos humanos de se reinventarem e se tornarem melhores”.

O livro é cheio de citações e frases de empoderamento feminino, além de explicar o que é o feminismo, por que precisamos do feminismo e por que ser chamada de feminista, ás vezes, soa tão ruim. Caracterizada como uma mulher raivosa e de gênio difícil, Chimamanda nos mostra o machismo nesses adjetivos que são atribuídos a ela só por ser uma mulher falando. Um homem que defendesse firmemente seus ideais e falasse de forma assertiva seria taxado como alguém raivoso e de gênio difícil? Quando o problema não está na característica, mas no fato de ser uma mulher portando ela, isso é machismo. E é por isso que o feminismo é tão necessário.

Em 2017, a Companhia das Letras nos traz Para educar crianças feministas: um manifesto. O pequeno livrinho de capa verde nada mais é do que uma carta que Chimamanda escreveu para sua amiga em resposta a uma pergunta: Como criar minha filha como uma feminista?

Como mãe de uma menina, esse livro abriu meus olhos para muitas coisas que, até então, eu não achava serem tão importantes. O estigma das princesas é uma delas. Ensinar minha filha que ela não é uma donzela indefesa, que o príncipe perfeito não existe e que ela não precisa de um casamento para ter um final feliz se mostrou mais difícil do que eu esperava. Por sorte, as animações da Disney têm evoluído junto com os movimentos feministas, e princesas modernas que salvam o dia e buscam o seu próprio felizes para sempre têm surgido para nos socorrer.

A importância do exemplo nas minhas atitudes e o perigo do tal feminismo leve também me fez pensar. O feminismo leve traz a ideia de uma igualdade feminina condicional. “O homem é o cabeça, mas a mulher é o pescoço” e “meu marido me ajuda em casa” são frases muito comuns usadas por feministas leves. Basicamente, usa-se o conceito do “deixar”. Deixar que a mulher estude, deixar que a mulher trabalhe. A mulher pode fazer o que quiser, desde que o marido deixe. Eca.

Porém, acredito que, para mim, a parte mais importante desses dois livros foi entender que ser feminista não é deixar de ser feminina e, muito menos, é declarar guerra contra os homens. Ser feminista é querer direitos e deveres iguais para todos, sem distinção de gênero. Um mundo igualitário, sem discursos de ódio, opressão e preconceito. Eu consegui entender que ser chamada de feminista não é algo ruim e que eu não preciso deixar de usar maquiagem ou depilar minhas pernas, nem marchar seminua em praça pública para defender meus direitos.

Mas, mais do que isso, ser feminista é ser a favor da humanidade. Homens e mulheres vivendo em igualdade, respeitando suas diferenças e contribuindo de forma igual para a sociedade. Respeito, essa é a palavra chave. Seja para homens, mulheres, gays, pessoas trans, negros, índios, refugiados, para todos.

Paulo Freire já dizia que o sonho do oprimido é virar o opressor, porém o feminismo não defende que os homens devam ser exterminados ou virar escravos das mulheres em uma revolução apocalíptica distópica. O feminismo defende um mundo igualitário e, em um mundo igualitário, nenhum dos lados pode ser oprimido.

Atualizações, Críticas de Cinema, Filmes

Crítica de Cinema: Millennium: A Garota na Teia de Aranha

Há sete anos, chegava aos cinemas a versão de David Fincher (diretor de Se7en e Clube da Luta) para a saga Millennium, concebida por Stieg Larsson (1954-2004). Com Rooney Mara (Carol) e Daniel Craig (007 contra Spectre) no elenco e roteiro de Steven Zaillian (A Lista de Schindler), Millennium: Os Homens Que Não Amavam as Mulheres foi aclamado pela crítica e, naturalmente, se esperava uma sequência pelas mãos de Fincher. Porém ela não veio.

Após a morte de Stieg Larsson, David Lagercrantz foi escolhido para dar continuidade à série, escrevendo até o momento mais dois volumes. Pois bem, após três filmes suecos que lançaram a atriz Noomi Rapace (Prometheus) ao estrelato e a versão americana de Fincher, chega aos cinemas Millennium: A Garota na Teia de Aranha, inspirado no livro homônimo de Lagercrantz

Na direção, sai David Fincher e entra Fede Alvarez (diretor de O Homem nas Trevas e da nova versão de A Morte do Demônio). Claire Foy (The Crown) assume o papel da hacker justiceira Lisbeth Salander no lugar de Rooney Mara, e Sverrir Gudnason (Borg vs. McEnroe) substitui Daniel Craig como o jornalista Mikael Blomkvist. Diante de tamanha responsabilidade, a nova equipe não faz feio.

Sem deixar claro se é um reboot ou uma sequência, Millennium: A Garota na Teia de Aranha funciona bem como ambos. Na trama, Salander é contratada por um analista da NSA, Frans Balder (Stephen Merchant, de Logan), para recuperar um programa capaz de controlar todo o arsenal nuclear do mundo. Poderia ser uma missão simples, se um perigoso grupo criminoso, denominado “Os Aranhas”, não estivesse em busca do mesmo software.

(Divulgação/Sony Pictures)

(Divulgação/Sony Pictures)

É evidente a mudança no tom entre os filmes de Fincher e Alvarez. Se no primeiro Millennium a história se desenrolava lentamente, com mais profundidade, o novo filme abraça uma trama mais ágil, enxuta e menos subversiva. A estratégia funciona, e tem tudo pra agradar uma parcela do público mais acostumada com filmes de ação, mas tem seu preço. Os personagens secundários não passam de meros coadjuvantes. E o principal prejudicado é Mikael Blomkvist. Se antes o jornalista dividia o posto de protagonista ao lado de Salander, agora o personagem é apenas um assistente da hacker.

Em contrapartida, Claire Foy não decepciona com sua versão de Lisbeth Salander. É um risco enorme assumir uma figura tão emblemática, ainda mais depois de Rooney Mara ter sido indicada ao Oscar pelo mesmo papel. Porém, com seu olhar expressivo e encarnando o sotaque e os trejeitos da personagem, Claire Foy surpreende e entrega uma Salander com nuances diferentes das exploradas por Mara e Rapace, sem deixar de ser fiel aos livros.

O uruguaio Fede Alvarez entrega uma direção segura, que reverencia na medida o trabalho de David Fincher, como no contraste de luz e sombra e na fotografia de cores mais frias, por exemplo. Mas também dá seu toque autoral, com movimentos de câmera mais subjetivos, cortes rápidos nas cenas de ação e uma atmosfera de suspense e tensão muito bem construída.

Como filme de ação e investigação, Millennium: A Garota na Teia de Aranha cumpre o seu papel. Mesmo deixando pra trás parte do seu viés erudito e abraçando o cinema de entretenimento, o saldo é positivo. Mais acessível, o filme promete conquistar novos fãs. E se o desempenho nas bilheterias for satisfatório, é provável que Lisbeth Salander retorne para uma nova missão em breve.

Atualizações

Chilli Beans lança linha de óculos inspirada no universo de Harry Potter

Foi apresentado na última semana a nova coleção da Chilli Beans, inspirada no universo mágico de Harry Potter. Com 42 modelos, sendo 25 óculos de sol, 10 de grau e 7 relógios exclusivos. O time de designers por trás dos modelos contou com o apoio de diversos fãs do universo de JK Rowling, para que os itens reflitam exatamente aquilo que os fãs esperam.

Entre os destaques dessa coleção estão os relógios. Um modelo faz tributo as casas de Hogwarts, assim tem quatro cores e cada um traz as cores da casa que representa, seu nome e mascotes. O Quadribol, esporte popular entre os bruxos, também inspirou alguns relógios, um que tem pulseira de couro com desenhos iguais aos protetores usados pelos jogadores do esporte e outro que representa o Pomo de Ouro. Esse modelo traz uma tampa de metal, como se fosse um relicário, que recebeu a frase “I open at the close”. O grande easter egg fica para quando se abre a tampa, temos a representação da Pedra da Ressurreição no relógio como se estivesse dentro do pomo, como na história de Harry, ela foi colocada dentro do pomo para que ele a tivesse quando precisasse.

Os óculos são uma onda de magia e um dos mais esperados é o modelo OC.CL.2607 que faz referência aos óculos usados por Luna Lovegood. Strectrepecs são óculos coloridos utilizados para ver criaturas invisíveis que entram pelo ouvido e deixam cérebro tonto. Com uma cara tão característica, não dava para ficar de fora da coleção. Outra peça que promete conquistar os fãs são os modelos da Nimbus 2000, que trazem hastes de madeira remetendo ao design da icônica vassoura, serão duas versões de solares e uma de grau. Em uma saga cheia de símbolos, o mais icônico é As Relíquias da Morte, que faz referência ao Conto dos Três Irmãos. Além dos pins metálicos com a marca, as hastes ganharam a inscrição ‘The Deathly Hallows’ (As Relíquias da morte) e na parte interna cada símbolo foi desmembrado com seus significados: powerlonging e humility.

A coleção já está nas lojas de todo o Brasil e no site da empresa.

Livros, Resenhas

Resenha: Um Milhão De Finais Felizes, de Vitor Martins

Um Milhão de Finais Felizes é o segundo romance do autor e ilustrador Vitor Martins. Publicado (nem tão) recentemente pela Globo Alt, a história dessa vez vai um pouquinho além no quesito idade dos protagonistas, se diferenciando um pouco do já resenhado por aqui, Quinze Dias. Aqui, os protagonistas já dividem o seu tempo com estudos, trabalhos, problemas familiares e a tentativa de conseguir manter uma vida social no meio de tudo. Já começo dizendo que ambos os livros não possuem relação, mas passa a impressão de que a melhor ordem de leitura é Quinze Dias > Um Milhão de Finais Felizes, pois, no primeiro você se encanta e no segundo você fica meio: “eita, essa é minha vida”.

Acompanhamos a história de Jonas, um ‘barman’ no conceituadíssimo Rocket Café, uma versão intergaláctica da Starbucks, que tenta mesclar seu tempo com sua cabeça multicriativa a ponto de ele andar com um bloquinho de anotações por aí para anotar qualquer ideia para um livro que ele possa ter ao decorrer do dia. Jonas lida com uma mãe bem religiosa e um pai que… bem, como podemos descrever? Folgado acho que se encaixa bem. Ele ainda não estuda, mas, já sente a pressão por ainda não ter ‘encontrado algo para fazer’, o que é bem normal quando estamos em nossos 19-20 anos (palavra de quem trocou 3 vezes de faculdade neste mesmo período). E é durante o expediente de trabalho que Jonas conhece Arthur, o lindo ruivo, com cabelos ruivos, coque e jeito bonitão que nos deixa babando. Arthur se torna uma inspiração para Jonas, que começa a escrever um romance LGBT com o bonitão em mente, que mais legal, é apresentado durante o livro! Ou seja, temos uma história nova dentro de uma história (e isso foi muito demais, sério).

Os encontros e desencontros desenvolvidos são muito corriqueiros e são coisas que realmente acontecem conosco – a dificuldade me reunir todos nossos amigos e a necessidade de tê-los com você quando as coisas se apertam, a frustração por acharmos que não estamos fazendo o que deveríamos – como se profissionalizando em algo ou buscando melhores oportunidades, por não nos encaixarmos em algum molde que a ‘sociedade’ julga que devemos estar. Os embates entre o personagem principal e a família são de dar um nó na garganta de tão reais. O que mais chama a atenção nessa parte é o fato de o assunto não ter se resolvido com a facilidade que estamos acostumados ao ler em outras histórias: não tivemos um final feliz ou triste, considero inclusive um final real, pois, é bem comum as coisas ficarem como estão e termos que lidar com isso: sem choro nem vela. A amizade de Jonas com sua companheira de trabalho Karina também é algo a se destacar: afinal, acaba sendo normal a gente se apegar muito aos amigos que estão inseridos em nossa rotina e acabar se culpando por se afastar daqueles de escola, e tentar juntar estes ciclos de amigos para ter todos juntos: as vezes dá certo, ás vezes não dá, e tudo bem com isso;  são os encontros e desencontros que falei ali em cima.

Preciso dizer que o melhor de Um Milhão de Finais Felizes está em Jonas: em seu jeito desajeitado, a forma que ele viu o Arthur e se encantou a ponto de se sentir tão inspirado por ele, o modo como tenta ajudar e ser um apoio para os seus amigos. Sabe aquele vídeo da Oprah dizendo “ela é a mãe que eu nunca tive, a irmã que todos querem, ela é a amiga que todo mundo merece, eu não conheço uma pessoa melhor”, se não viu, clique aqui, então. É o Jonas para mim. Inclusive, a Mariana Mortan fez um vídeo bem legal no canal dela, Chá de Prosa, que deixo aqui para vocês assistirem, que resume bem essa personalidade incrível do Jonas e a forma como o Vitor Martins conseguiu construí-lo de um jeito bem verossímil:

Atualizações, Autorais

BEM MARCADO – texto autoral

trilha sonora indicada para leitura deste texto: the night we met – lord huron

secretaria eletrônica: oi! aqui é a ana, estou estudando agora e não posso te atender… desculpa! mas deixe seu recado que entro em contato depois! beijos! – BEEP
– oi ana, sou eu [risos]. queria te perguntar se está tudo bem… como foi a sua avaliação? qualquer coisa estou aqui, está bem?! um beijo e bons estudos!

cheguei um pouco tarde e muito cansado, nem tirei a roupa, ainda com tênis deitado na minha cama. passo a mão no rosto. tenho uma cicatriz no meu dedo. meu celular vibra, uma notificação

@artur respondeu a sua história: mas quem não é estranho? – dou um sorriso de canto sincero.

ao ler, volto para o meu dedo e penso: cresci vendo aquela marca bem no alto do meu polegar, na primeira falange coladinho da unha. sempre a vi traçar a minha pele e eu nunca descobri como ela foi parar ali. não me lembro de nenhum machucado, nenhuma dor, nenhum sangramento. não tenho nenhuma história para contar de como fui presenteado com aquela marca no meu dedo, ela sempre esteve ali, comigo. por incrível que pareça, li sobre uma história que explica como essas marcas surgem e o porquê. segundo a lenda, um casal fora impedido de ficarem juntos. distanciados, afastados, com ritmos de vida totalmente diferentes, mas nunca longe um do outro, sempre arrumavam um jeito para encontros e eternizarem num só momento o amor. tiraram a visão dela, pois achavam que assim nunca mais poderiam se ver. ele tinha medo de se perderem na multidão. durante a última noite de invernia, ela decidiu marca-lo, uma cicatriz em sua mão. a dor do corte para lembrar a luta que tinham que conviver, o sangue do pacto e a cicatriz, a marca que a presença e ausência causa um no outro. estão ligados. com tal característica, não importa o tempo ao passar, ou o lugar ao caminhar, mesmo sem a visão ao cumprimenta-lo, ela sempre saberia que aquela marca em seu dedo seria a oportunidade de encontrá-lo na liberdade. a lenda diz que a cicatriz no dedo é a marca de um amor que está a sua procura. você está marcado e tem alguém te procurando.

meu celular vibra novamente

mas como assim? existe uma pessoa te procurando? existe toda essa onda de “pessoa certa” para você? artur diz que não, ana diz que sim. artur diz que existem pessoas certas para momentos certos, é assim que ele lida com os seus relacionamentos; ana me diz que existe uma pessoa certa para uma vida inteira, depois disso ela me convidou para ser padrinho de seu casamento, fiquei muito feliz com o convite [por sinal]. minha cicatriz me diz que tem alguém que me marcou e está a minha procura nesse exato momento, minhas experiências me dizem o contrário, não sou de ninguém, na há ninguém disposto a encarar minha realidade, pelo contrário, preciso me conquistar e tentar me aceitar, talvez nem eu queira ficar comigo mesmo, um eu fora de si.

não consigo pensar sobre isso, me enovelo em ideias e inúmeras variáveis. isso tudo está fora de mim. ”pessoa certa”, que ironia! com o tempo, passei a pensar nos relacionamentos e como eles são. alguns de nós estão predestinados a se amarem, outros, por sua vez, são na verdade, viajantes solitários da vida. estranhos e complexos demais para serem entendidos.

se existir a pessoa certa e ela morrer num acidente? fico sem ninguém? e se alguém estiver comigo e eu achar que sou a sua pessoa certa e ela está comigo por comodidade ou por falta de outras oportunidades? e se eu estiver com alguém no supermercado e encontrar a minha pessoa na fila de queijos, enquanto tem alguém me esperando com o carrinho segurando um pote de café? e se me apaixono pela pessoa certa de outro? onde estão as regras da vida? pelos céus!

fecho e abro minha mão algumas vezes, qual o motivo de ter uma cicatriz aqui? neste lugar? um sábio disse que você pode estar cercado por pessoas e se afogar em solidão, você pode ter alguém e estar só. não sei se existe uma pessoa certa, também não sei se há probabilidade de existir, muito menos de não existir. o “amor” é um jogo de poker, todos estão blefando e todos estão dizendo a verdade, depende do ponto de vista, depende daquilo que quer acreditar. não é possível saber o que se passa dentro do coração das pessoas, amar alguém é uma insegurança constante, nada no outro está ao seu domínio, muito menos reconhecimento. afinal, não sabemos de nada.

e voce? acredita que existe uma pessoa certa para você?

Imagem: Saraiva.com.br
Livros, Resenhas

Resenha: O Milagre da Manhã, Hal Elrod

Imagem: Saraiva.com.br

Apesar de estar cansada de saber e ouvir sempre que acordar cedo é bom, eu sou o tipo de pessoa que quando posso, não perco uma oportunidade de acordar depois das 10h da manhã. No Brasil (ou seria “No mundo”?), grande parte das pessoas acorda cedo para a rotina de estudos e trabalho e acredita que os dias de folga são justamente para descansar e dormir até não aguentar mais. Mas quão benéfico pode ser sair da cama mais cedo que o habitual? “O Milagre da Manhã” é capaz de responder!

O livro “O Milagre da Manhã”, escrito por Hal Elrod e publicado no Brasil pela editora Best Seller, é um livro curto, com menos de 200 páginas e parágrafos pequenos que apresentam linguagem simples, o que é ótimo pois a leitura não se torna maçante e é possível ir lendo nos intervalos das atividades do dia-a-dia. A leitura é muito gostosa, ainda que no início a ideia e o conceito do livro pareçam um pouco superestimados. Os poucos capítulos do livro são muito inspiradores, motivadores e fonte de muito ensinamento.

O Milagre da Manhã” nos faz pensar justamente por outra perspectiva. Você já acordou cedo um dia, resolveu várias pendências antes do meio dia e ficou se perguntando como aquilo foi possível? Talvez a parte mais difícil para a maioria de nós seja não dormir tão tarde para conseguir acordar mais cedo no dia seguinte. O autor, Hal Elrod, sugere acordar uma hora antes de iniciar suas atividades cotidianas, mas isso pode ser adaptável ao seu estilo de vida.

Mas daí surge aquela dúvida “Devo acordar mais cedo para ser mais produtivo, mas o que fazer nessa hora, por onde começar?” Uma coisa que funciona muito para mim e é ideia central do livro é: Ter motivação! Traçar um roteiro, planejar seu dia, organizar suas atividades… O Milagre da Manhã serve de corrimão, te guia, apoia e te indica um caminho, mas não necessariamente você deve fazer exatamente o que o autor indica, é possível personalizar seu roteiro de acordo com suas necessidades.  Hal Elrod pontua seis tópicos a serem trabalhados antes de “iniciar” seu dia, seja de estudo ou de trabalho:

Silêncio: Simplesmente, manter-se em silêncio! Seja meditando, refletindo ou qualquer outra atividade silenciosa (só não vale cochilar nesse momento, hein?).

Afirmações:  Ser positivo e generoso você mesmo, reconhecer suas qualidades, não se depreciar e apontar os próprios defeitos, falar em voz altas seus objetivos, trabalhar inseguranças e a autoestima.

Visualização: Avistar seu horizonte, seu futuro, pensar sobre onde você quer estar e quem quer ser no futuro, seja ele próximo ou distante.

Exercícios: Realizar qualquer tipo de atividade física, uma que você se identifique e te faça sentir bem e disposto.

Leitura: Procurar ler livros, revistas, artigos, o que quer que seja, que te acrescente algo.

Diário: Escrever ideias, metas, escrever razões pelo qual é grato, textos autorais, etc.

Vale lembrar que a ordem em que cada uma dessas atividades será realizada você quem vai decidir. Confesso que a parte de realizar exercícios físicos é a mais difícil para mim e por muitas vezes procrastinei até não dar mais tempo de fazer nenhuma atividade (não sigam meu exemplo!!) mas estou tentando reparar isso. Percebi ainda nesse período, quão fundamental é ficar em silêncio, desfrutando da minha companhia, pensando sobre coisas que são importantes para mim, geralmente, já aproveito o momento após o silêncio para anotar meus pensamentos e ideias.

Tendo em vista a dificuldade de acordar cedo e tornar esse tempo produtivo, Hal Elrod sugere se afastar de tudo aquilo que te afasta do seu objetivo. Não ficar perto de pessoas preguiçosas ou que te desmotivem pode ser determinante para o seu sucesso no desafio. Além disso, perder o hábito de dizer que não é uma pessoa matutina e se convencer do contrário também pode ser o empurrãozinho que te falta para tornar o ato de acordar cedo uma coisa natural.

No livro, o autor ensina também algumas táticas para não sabotar a si mesmo no desafio do milagre da manhã, como levantar e já trocar de roupa ou colocar o celular para despertar longe da cama e assim ser obrigado a levantar para desligá-lo. Sei que muitas pessoas rejeitam ou subestimam livros de desenvolvimento pessoal mas eu os convido a dar uma oportunidade para “O Milagre da Manhã” e depois se quiserem, compartilhar comigo a experiência nos comentários. Eu vou adorar saber o milagre da manhã de vocês!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: divulgação.
Críticas de Cinema, Filmes

Crítica: Anomalisa (2015)

Anomalisa (2015), de Charlie Kaufman, passava pela minha página inicial da Netflix com frequência já há um tempo. E toda vez eu clicava, lia a sinopse e voltava. Por ser uma animação em stop motion, a vontade de ver o filme era grande. Mas eu sempre terminava pensando “não, hoje eu não tô preparada pra esse filme”.

Depois de um tempo lendo a sinopse

“O palestrante motivacional Michael se sente desanimado e isolado, até que ele conhece uma mulher extraordinária que reacende sua paixão pela vida”,

decidi que era hora.

Anomalisa se mostrou exatamente o que eu previa: um filme que precisa de tempo para ser digerido. Fiquei uma semana com ele na cabeça, pensando em cada detalhe, nas emoções que experimentei. Agora acho que consegui reunir algumas partes desse quebra-cabeça e falar em voz alta o que pensei por esses dias.

REALISMO MÁGICO      

Mais uma vez, vou recorrer primeiro à literatura. Também conhecido como realismo fantástico ou realismo maravilhoso, o realismo mágico é uma corrente literária que surgiu na América Latina, na segunda metade do século XX, como uma reação aos governos ditatoriais da época.

Essa corrente inclui grandes nomes da literatura como Gabriel García Márquez, Julio Cortázar e Jorge Luis Borges.

A principal característica dessa literatura é construir histórias por um viés realista, mas incorporar situações mágicas no cotidiano. O mais interessante é como as personagens reagem àquilo, ou melhor, não reagem. O maravilhoso é tratado como algo banal que faz parte da realidade e não é digno de espanto.

MAS E O FILME?

Fonte: divulgação.

Bom, passada uma semana de reflexão, é exatamente dessa forma que eu definiria Anomalisa – uma excelente expressão de realismo mágico no cinema.

– ALERTA DE SPOILER –

Um dos primeiros elementos a chamar a atenção são as vozes dos personagens. Exceto Michael e Lisa, TODAS as outras vozes (homens e mulheres) foram gravadas pelo ator Tom Noonan. Logo no começo, tal fato causa uma sensação de estranhamento. Depois de alguns minutos, concluí que era exatamente esse o propósito: causar estranhamento.

Olha, eu estava errada. Passados os 90 min de filme, só conseguia pensar em uma frase que um grande amigo sempre diz: “Essa é a magia do cinema!”.

Michael Stone é um personagem melancólico que aparenta estar desanimado de tudo em sua vida: do casamento, do trabalho, das relações. Michael passa por um momento de profunda monotonia. Imagino que sua frase preferida seria “o inferno são os outros”. E é aí que o bagulho fica loco! As vozes! As vozes causam monotonia! Elas causam também estranhamento, mas é exatamente assim que Michael enxerga a vida: como se todos fossem a mesma pessoa, nada de novo, tudo sempre igual.

 

No final, Michael retorna para casa e é surpreendido por uma festa de aniversário. Sua esposa diz que “todo mundo veio vê-lo”, as pessoas o cumprimentam, mas Michael não reconhece ninguém.

O filme é todo pontuado por esses momentos em que o extraordinário se insere no banal. A única questão que me incomodou um pouco foi o fato de o filme, em alguns momentos, tentar explicá-los. Seria interessante deixar todo o enigma para o espectador.

Em uma cena, Michael sai do banho e seu rosto se contorce em várias expressões, a música fica mais tensa, e as coisas voltam à normalidade quando ele ouve vozes no corredor. Mais para frente, em um diálogo, Michael diz que não consegue chorar, que seu rosto se contorce, mas ele não consegue chorar.

 

O ponto alto do filme é a relação do protagonista com Lisa Hesselman. Naquele mundo de vozes (e rostos) iguais, Lisa se destaca. Sua voz é diferente e doce. Os dois vivem uma noite agradável, bebem, se divertem e transam. Ao acordar, Michael decide que deixará sua esposa por aquela mulher. Durante o café da manhã, ao propor a Lisa que os dois fiquem juntos, enquanto a personagem concorda em ficar com Michael, sua voz vai se transformando até ficar igual a dos outros personagens.

O inferno não são os outros, mas está dentro de Michael. A partir do momento que algo pode se tornar rotineiro, ele se cansa e cai em monotonia.

 

Anomalisa segue a tendência dos filmes de Kaufman, como Brilho eterno de uma mente sem lembranças (2004): é um olhar para dentro em que o estado psicológico dos personagens pode ter representações no mundo exterior mas, ainda assim, é o interior o que mais intriga.

Uma das poucas críticas negativas que encontrei falava que Kaufman não apresenta soluções, só mostra o problema. Mas não é esse um dos papéis da arte?

Fazer com que lancemos um olhar para nós mesmos enquanto vemos, na tela, a dor do outro?

A mulher na janela
Livros, Novidades, Resenhas

Resenha: A mulher na janela, A. J. Finn

A mulher na janela, de A. J. Finn, publicado pela editora Arqueiro, é o livro mais surpreendente que você vai ver esse ano e eu vou te dizer porquê. Vamos começar pelo autor que eu nunca tinha ouvido falar até o dia que recebi esse livro no evento da editora para livreiros e blogueiros e comecei a lê-lo.

A. J. Finn é formado em Oxford e já foi crítico literário em diversos jornais conceituados como o Los Angeles Times, The Washington Post e o The Times Literary Supplement. A mulher na janela é seu primeiro romance e já foi vendido para 36 países, está sendo adaptado para o cinema pela Fox e é número 1 na lista do The New York Times. Não é pouca coisa, né?

+ Especial: Conheça A. J. Finn

Continuando, bem na capa do livro, já temos a seguinte frase: Não é paranoia se está realmente acontecendo. Instigante. Aí, você já começa a leitura com essa pulga atrás da orelha. Existe a paranóia? Não existe? E se essa frase foi colocada ali só para me confundir? E se não foi? Você vai enlouquecendo um pouco no processo, mas é normal.

O livro começa contando a rotina da Dra. Anna Fox, uma psicóloga infantil que sofre de Agorafobia, medo de lugares abertos. No caso, a Dra. Fox sofre fortes crises de pânico e ansiedade quando é exposta a espaços fora da sua casa, mesmo que seja só o seu jardim. Na verdade, ela nem consegue deixar as janelas abertas ou se aproximar da porta da frente por saber o que a espera além daquilo.

Ela mora sozinha em uma casa constantemente fechada e escura, bebe muito vinho, é viciada em filmes antigos e seus passatempos incluem jogar xadrez online, orientar outras pessoas que sofrem de agorafobia em um fórum virtual e vigiar a vida dos vizinhos. Sim, munida de uma câmera com um super zoom e dona de uma casa de três andares com muitas janelas, Anna Fox sabe de tudo o que acontece em cada casa de sua pequena vizinhança, acompanhando a vida das outras pessoas que podem sair de casa e conviver em sociedade, tendo nisso uma espécie de distração e consolo, como se ela pudesse viver através delas.

Testemunha ocular de cada passo de seus vizinhos, Anna também vigia suas páginas em redes sociais, sabe onde trabalham, suas rotinas, quem vai embora e quem chega, enfim, nenhum detalhe escapa da sua super lente. É quando os Russell chegam. A família Russell composta pelo pai, a mãe e o filho adolescente rapidamente chama a atenção da Dra. Fox, afinal, era uma família totalmente nova para estudar. Ela teria que aprender a rotina deles, descobrir por que estavam ali, de onde vieram e o que faziam para poder integrá-los em seu pequeno reino particular.

Foi durante as várias horas de vigia que Anna começou a perceber algumas coisas que não se encaixavam e a se questionar outras que não conseguia entender. Por que o jovem Ethan estudava em casa, passava a maior parte do tempo parado diante do computador e parecia tão triste? Será que o Sr. Russell era um desses pais dominadores e abusivos? Por que a Sra. Russell só apareceu uma vez e, agora, ela não conseguia encontrá-la em nenhuma janela da casa?

Ao longo da descrição da rotina de Anna, vamos conhecendo mais sua história, como o acidente de carro que ela teve um tempo atrás e que desencadeou sua fobia, a fazendo viver longe do marido e da filha. Vamos vivendo junto com ela o drama das pessoas do fórum que desabafam suas próprias situações e o drama dos vizinhos que Anna continua vigiando.

Até que a tal Sra. Russell aparece em uma situação em que ajuda Anna em um ataque de pânico na porta de sua casa. As duas passam horas conversando, coisas são ditas ou insinuadas e o quebra-cabeça parece começar a se encaixar. Ou, pelo menos, era o que a Dra. Fox pensava antes de assistir Jane Russell ser esfaqueada bem de frente da janela de sua sala. Ali, na casa ao lado, no meio da madrugada e relativamente bêbada, Anna Fox não podia fazer muito mais do que chamar a polícia. E é aí que tudo começa.

Outra mulher aparece alegando ser Jane Russell e todos acreditam que Anna está delirando devido a sua grande quantidade de remédios misturados ao álcool. A partir daí, vivemos vários e vários capítulos envoltos nessa dúvida: Anna Fox viu mesmo o que disse ter visto ou tudo não passou de um delírio da sua doença aliado ao excesso de vinho? Ela conheceu mesmo Jane Russell naquele dia em sua casa ou fantasiou tudo aquilo por se sentir muito sozinha? Alistair Russell teria mesmo matado a sua mulher e colocado uma impostora no lugar ou eles são só uma britânica família comum sem nenhum segredo escuso?

Mergulhamos na cabeça de Anna, nos perguntamos junto com ela e duvidamos junto com ela. Afinal, seria A mulher na janela um emocionante thriller cheio de conspiração e suspense ou só os relatos de uma pobre mulher que enlouquece sozinha em sua casa depois de uma grande tragédia?

Volto à palavra que usei no primeiro parágrafo dessa resenha: surpreendente. Tenha certeza que sua opinião mudará várias e várias vezes durante essa leitura. Você duvidará de Anna, duvidará de todos os outros e duvidará até de si mesmo. Até que ponto algo é mesmo real e até que ponto não é? Quem conhece realmente os mistérios da mente humana e como podemos confiar 100% em tudo o que vemos? No fim, a frase que estampa a capa de A mulher na janela pode, afinal, ser usada como um norte e nos guiar para a verdade: Não é paranoia se está realmente acontecendo.

Atualizações, Filmes

Começam as filmagens de “Star Wars: Episódio IX”

Através de sua conta no Twitter, o diretor J.J. Abrams (Star Wars: O Despertar da Força) anunciou o início das filmagens de Star Wars: Episódio IX.

“Um começo agridoce desse novo capítulo sem Carrie, mas graças ao elenco e equipes extraordinários, estamos prontos. Grato a Rian Johnson e um agradecimento especial a George Lucas por criar esse mundo incrível e iniciar uma história da qual temos sorte de participar.”

No mês passado, a Lucasfilm Ltd. anunciou que vai usar cenas inéditas de Carrie Fisher (1956-2016) para o Episódio IX. As cenas foram gravadas durante a produção de O Despertar da Força (2015), e serão usadas com autorização de Billie Lourd, filha de Carrie.

Outro anúncio feito em julho confirma o retorno de Billy Dee Williams ao elenco, interpretando Lando Calrissian. Mark Hammil e todo o elenco principal também voltam para reprisar seus papéis.

Billy Dee Williams (Getty Images/Divulgação)

Além de dirigir, J.J. Abrams divide o roteiro com Chris Terrio (Argo). Ainda sem título definido, Star Wars: Episódio IX estreia nos cinemas em 20 de dezembro de 2019.