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Foto: Gabu Camacho
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Entrevista: Manu Gavassi nos deixou “muito muito” hipnotizados com seus planos (nada) impossíveis

Manu Gavassi: cantora, compositora, atriz e agora, também, uma excelente escritora. Apaixonada por histórias, tivemos a oportunidade de entrevistá-la após uma sessão de autógrafos de seu novo livro “Olá, Caderno” (Rocco), na livraria Maxsigma, em São José dos Campos.

Nesse primeiro encontro com a Manu, nossa equipe estava animada, já que somos super fãs de seu trabalho e crescemos junto com ela, acompanhando toda sua trajetória, mudanças de estilo e consolidação como referência para diversos assuntos.

A sessão de autógrafos reuniu mais de cem pessoas e começou aproximadamente às 20h30, mas os fãs que queriam ter certeza que conseguiriam um momento com a autora, começaram a chegar na livraria antes das 17h. Em sua chegada, muitos gritos, aplausos e Manu se mostra receptiva desde o início. Acompanho o atendimento aos fãs e fico surpreso com o carinho que ambos se tratam: são presentes, muitas fotos, conversas e, é claro, o autógrafo no livro de estreia de Manu.

Conheça mais do livro “Olá, Caderno”:

É uma ficção adolescente escrita a partir de entradas num diário. Ou melhor, caderno. É ali que Nina, uma garota de 17 anos, despeja seus pensamentos mais nobres e mais frívolos, além de desenhos, letras de música, poesias, e trata um retrato sincero de seus pais ausentes, de seus irmãos problemáticos, mas amorosos, de seus amigos e de outros personagens com quem convive. Como tantos adolescentes, Nina sabe o que quer da vida, mas não tem muita certeza sobre quem é ou como se encaixa no mundo. E a partir de sua perspectiva ácida e bem-humorada, divide com o leitor suas experiências, paixões, alegrias, dúvidas e tristezas.

Depois de todos os fãs devidamente atendidos, chegou a nossa vez de encontrar Manu Gavassi e começar essa entrevista incrível! Chegamos a parabenizando pelo incrível ano que ela teve, por todo o sucesso do álbum e agora com o lançamento do livro, com seu jeitinho todo fofo ela agradece e começamos às perguntas.

Beco Literário: Manu, na fila, nós observamos que você atinge uma faixa de público que vai desde crianças até uma galera mais adulta. Como você se sente tendo toda essa diversidade e como é o seu contato com essas crianças que atualmente te acompanham?

Manu Gavassi: Eu acho demais isso do público ser realmente diferente, tem uma galera que cresceu comigo e era bem novinho na época que comecei e agora tem uma galera mais novinha… Eu acho que a música pop é isso, ela é para todo mundo e eu fico muito feliz de ter essa diversidade de pessoas e de mundos. Amo criança, quero abraçar, quero morder todas, só tenho um pouco de medo delas lerem o meu livro, porque ele não é especificamente para elas, mas tirando isso, tenho um carinho muito grande por todas.

BL: Nós percebemos que você teve um grande amadurecimento neste novo álbum, em relação as músicas, ritmo, composições. Você sentiu a necessidade desse amadurecimento ou foi algo mais natural?

Manu: É natural, porque nós crescemos. Tipo, eu comecei muito novinha com 16 anos e agora vou fazer 25, é um processo de vida de amadurecimento, de mudança de gostos. A gente gostava de escutar uma coisa e passa escutar outra, outro estilo musical, de roupa… Para mim, foi um crescimento muito natural, muito pouco pensado. Não foi algo assim “agora tenho chocar todo mundo, vou tirar minha roupa”, foi tipo “to crescendo, to me sentindo bem comigo mesma, mais mulher, mais sexy”, então tem a ver com meus últimos anos de vida de me descobrir como uma jovem mulher.

BL: E você ta gostando de fazer shows que começam bem mais tarde, tipo às duas da manhã?

Manu: (bem-humorada, rindo) Disso eu não gosto muito, meu amor, porque três da manhã eu gosto de estar na minha caminha, vendo série. Isso para mim é um pouco diferente, estranho, mas ao mesmo tempo, a vibe desses shows é muito incrível, tudo isso é muito gratificante.

BL: Agora vamos falar sobre o que mais interessa hoje: o seu livro! Como foi o momento que você se encontrou e pensou “vou escrever um livro”?

Manu: Esse momento nunca existiu. Eu nunca falei “vou escrever um livro”, aliás, meu pai sempre falava “nossa você gosta muito de contar história, você precisa escrever alguma coisa”. Eu lia muito desde criança, tenho muito respeito por essa profissão e eu pensava que nem tinha capacidade de escrever um livro, não tenho organização para isso. Então foi muito engraçado, eu comecei escrevendo um roteiro de uma série, na época que morava no Rio e fazia novela, e minha intenção nunca foi transformar isso em um livro, acabei mandando o texto que tinha para um amigo roteirista e ele me disse “legal, você não sabe escrever roteiro, isso é uma narrativa, continue escrevendo, porque está super legal”.

BL:  E as histórias do livro? De onde surgiram?

Manu: Muitas histórias do livro são minhas, são coisas que eu vivi e outras são de amigas, da minha irmã, pessoas próximas que eu me envolvi de alguma maneira, mas não sendo protagonista dessa situação. Então, posso falar com propriedade que eu escrevi sobre coisas que eu sinto, que eu sei que são verdade.

BL: Então, a personagem principal, Nina, é uma mistura de várias pessoas?

Manu: Sim, ela tem muito de mim, mas de muitas pessoas que me cercam também.

BL: E a ideia do título? Por que “Olá, caderno” e não “Querido diário”?

Manu: Porque a Nina é muito cool para escrever “querido diário”, ela jamais escreveria isso. Também foi uma saída que encontrei para mim, porque quando eu comecei com essa história do livro, tive as primeiras reuniões com a minha editora, a Rocco, eu falei que escrevi diários minha vida inteira e conseguiria escrever bem nesse formato. Então, eu usei esse formato para a escrita e é por isso que o livro se chama “Olá, caderno”.

BL: E os questionamentos que você aborda no livro então são bem pessoais, nós queríamos saber quais são os principais que o público pode encontrar na leitura?

Manu: Muita vivência, se eu contar eu vou acabar estragando a história. Tem muitas coisas que eu vivi, tem muitas coisas eu não vivi. Até pedi permissão para algumas amigas próximas para contar algumas histórias mais fortes de vida que eu não passei com a minha família, mas sei de algumas amigas que passaram. Tem temas muito fortes, mas abordados de uma maneira tranquila, eu acho que é assim a vida, nós passamos e superamos muita coisa.

BL: A edição do livro está maravilhosa. Como foi esse processo de editar, escolher a capa?

Manu: A ilustração é da Nath Araújo, eu conheci o trabalho dela pelo Instagram e achei muito inteligente a forma que ela cria as ilustrações e o texto que ela colocava junto, então, fique de olho nela há um ano. Quando chegou o momento da ilustração falei “precisa ser ela, sou fã dessa menina, tem tudo a ver com meu livro, com a linguagem”, enfim, o jeito que ela faz as ilustrações são muito cute, no primeiro momento, mas quando você vai ver tem sempre uma mensagem por trás, nunca é um desenho bobinho. Isso tem tudo a ver com meu livro que pode parecer um livro bobinho para adolescentes, mas quando você realmente lê e entende a história se torna muito mais do que isso. Fiquei muito feliz que ela topou.

BL: O que você gosta de ler?

Manu: Eu gosto de ler histórias, por exemplo, eu nunca tinha lido um livro de auto-ajuda, mas esse ano eu estou lendo um livro do “Osho”, esse ano eu virei um buda (risos). Eu sempre gostei de ler histórias, desde muito novinha e eu acho que um dos meus livros favoritos que me ajudou a escrever “Olá, caderno” foi “As Vantagens de Ser Invisível” que eu li muito antes de ser filme.

BL: E qual livro você indicaria para os Becudos que vão ler essa entrevista?

Manu: Seria “As Vantagens de Ser Invisível” que é um dos livros que eu mais gostei e que tive a oportunidade de ler na minha adolescência e depois eu reli mais velha. Eu gosto muito desse lance de ser narrado em primeira pessoa e ter somente a visão do protagonista, você não sabe realmente o que aconteceu e tem que entender que aquilo é a história de uma só pessoa.

Imagem: Beco Literário

Entrevista: Manu Gavassi nos deixou “muito muito” hipnotizados com seus planos (nada) impossíveis

Antes de encerrarmos a entrevista, outras pessoas da equipe que me acompanharam tiveram mais um tempinho para a conversar com a cantora e fizerem perguntas super especiais para os fãs, vamos conferir?

BL: Como você se sente fazendo composições que falam sobre coisas que muitas pessoas passam? Além disso, suas letras são muito pessoais, você sempre quis cantar sobre suas vivências? Com isso, suas músicas acabam atingindo muitas pessoas que se identificam com a letra e as fazem relacionar com as fases que estão vivendo.

Manu: Eu consigo entender completamente o que você está me falando, porque eu também tenho um ídolo da mesma maneira, a Taylor, quando eu era muito novinha e eu comecei a tocar violão e a escrever sobre minha vida e vivência de treze, catorze anos e pensava que ninguém nunca vai querer ouvir isso… É tão pessoal, tão meu, porque outra pessoa vai querer ouvir sobre minha vida? Eu pensava muito nisso, muito! Tanto que demorei maior tempão para colocar minha músicas no Youtube, por isso eu fazia os covers no começo. Ai eu comecei a ouvir a Taylor e vi que ela escreve os detalhes da vida dela e é por isso que eu gosto daquilo, eu me identifico. Eu acredito que o mais poderoso quando a gente está crescendo é a identificação, saber que você não está sozinho nisso. O que sempre me encantou nas cantoras que eu gosto sempre foi a letra, então, eu consigo entender isso e sou muito grata, acho que é só porque eu tive esses ídolos que continuei escrevendo e eu gosto disso, é a parte que mais gosto do trabalho.

BL: Já passou para pensar na importância que você tem para os fãs?

Manu: Sobre essa importância minha para os fãs, eu tento não pirar muito nisso, se não você enlouquece, mas eu acho que eu uso muito isso de ser verdadeira, porque eu trabalho com a verdade, por isso que as pessoas recebem dessa maneira positiva… Porque eu realmente passei por aquilo, vivi aquilo, senti aquilo e coloquei em forma de música.

Depois dessa deliciosa entrevista, fizemos algumas fotos e fechamos a livraria, afinal, já beirava às 23h quando tudo terminou. Agora, só resta você conhecer o livro “Olá, Caderno” que Manu se dedicou por dois anos até chegar em seu lançamento, agora em novembro. E já pode ficar animado, em algumas semanas, teremos resenha do livro postada aqui no Beco e se você ainda não garantiu seu exemplar, aproveite para comprar o seu livro utilizando o Beconomize, só conferir as opções aqui em baixo!

Um super obrigado a Manu Gavassi, que ficou um pouquinho a mais só para conversar com a gente, a equipe da Rocco que tornou viável a entrevista e a Livraria Maxsigma do Shopping Colinas pelo super evento! <3

Entrevista: Lana Almeida, do LDRV, conta sua história e planos futuros!
Entrevista: Lana Almeida, do LDRV, conta sua história e planos futuros!
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Entrevista: Lana Almeida, do LDRV, conta sua história e planos futuros!

Lana Almeida é figura conhecida na internet. Cantora, DJ e Youtuber, ela se popularizou no grupo LDRV – Lana del Ray Vevo, com mais de 200 mil membros, conhecidos por fazerem as chamadas tours, em que compartilham vivências, experiências pessoas e coisas do gênero.

No espaço que se tornou um grande grupo de acolhimento e diversão, Lana encontrou também amigos que a apoiaram no sonho de batalhar para conseguir o seu lugar ao sol, e é isso que ela conta para a gente nessa entrevista, logo após o lançamento do seu primeiro clipe, “Ei Gostoso“. Vem ver!

Beco Literário: Como foi a sua trajetória até agora, antes e depois do lançamento do seu clipe? Alguma coisa mudou?

Lana Almeida: Desde pequena sempre gostei desse lado artístico, de ser uma figura publica, e graças ao LDRV, esses dois anos me fizeram crescer muito, cada dia mais, e comecei a usar minha fama para mim, e me ajudar. E desde então, comecei a trabalhar de uma forma diferente, agora com shows… Lancei a primeira musica, e isso tudo mudou, ainda mais pra mim que moro só desde os 16 anos, e viveu na prostituição, estudos…

BL: De que forma o LDRV te ajudou na carreira?

Lana: O Kaerre (dono do grupo) sempre me viu crescer, ele sempre estava no meu pé me ajudando. Sem as oportunidades que ele me deu, nada disso estaria acontecendo. E em segundo os membros, que começaram a me seguir, a ter carinho por mim, se importarem, e estarem sempre nas tours, e sempre que eu tivesse precisando de algo, eles ajudavam.

BL: Você pretende lançar novas músicas ainda esse ano? Já tem algum spoiler?

Lana: Sim, vou lançar uma nova música agora, em dezembro, estou bem ansiosa pra começar a produção, ela está um bafo, é um funkzão maravilhoso, com um instrumental bafo! Não tenho spoilers ainda, mas em breve divulgarei.

BL: Você sabe que existem muitos haters na internet. O que você diria para esse pessoal?

Lana: Se não gosta, respeite. O que você acha, ou deixa de achar, nunca muda em nada mesmo. Palavras pra mim nunca vão me machucar, pois já sofri muito nessa vida, e não é futilidade que vai me fazer desistir.

BL: Quais são as suas gírias preferidas do LDRV?

Lana: Mana, grito, berro, vou te dar ban…

BL: Para você, qual é a importância de dar representatividade para o público LGBTQ+ de maneira tão aberta?

Lana: Somos a minoria, visibilidade é bom, pois independente da nossa sexualidade, orientação sexual, identidade de gênero, somos iguais a qualquer pessoa, só queremos respeito, e mais amor. Sou trans e batalho todos os dias, e levo comigo meu nome ,Lana Almeida, e cada dia mais vou lutar por visibilidade, como uma Mulher Trans.

BL: Que livro e qual filme você indicaria para o pessoal do Beco Literário?

Lana: Filme – Um olhar do paraíso, Livro – A Cabana <3

BL: Deixa um recado para o pessoal?

Lana: Antes de amar alguém, ame a si mesmo. Nunca deixe alguém te fazer sofrer, te machucar, ou te deixar para baixo, somos melhores que isso. Pais que estão lendo isso, não rejeitem seus filhos por causa da sua sexualidade, identidade de gênero e orientação sexual, o dia que nós assumimos é o dia que mais precisamos do seu apoio. E filhos nunca desistam da aceitação da sua família, sem família não somos nada, tenha calma, que vai dar tudo certo. Obrigada a todos que me seguem e me apoiam, um beijo!

Entrevista: Bruno Peres compartilha experiências sobre marketing digital
Entrevista: Bruno Peres compartilha experiências sobre marketing digital
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Entrevista: Bruno Peres compartilha experiências sobre marketing digital

Bruno Peres é um nome bastante conhecido no mundo do RPG, quando em 1994, ajudou na organização do Encontro Internacional do RPG e participou de uma ONG ministrando jogos para crianças carentes, além de ter
escrito cenários e jogos. Desde 2004, o autor paulistano tem uma carreira sólida no marketing digital, já que passou por empresas como Discovery Channel, Groupon, iFood, até que decidiu fundar a sua própria, a arca.buzz. Lançou há poucos dias seu primeiro livro, O Vendedor de Sapatos, uma narrativa motivacional que promete ensinar o poder do perdão e da superação e conversou um pouquinho com o Beco Literário sobre a sua trajetória, confira:

Beco Literário: Depois de passar por tantas organizações, como a ONU e a Discovery Channel, o que te inspirou, principalmente, a fundar a arca.buzz?
Bruno Peres: Sempre tive vontade de empreender, de construir o meu caminho para ajudar outras pessoas, para apoiar outras organizações em formatos mais flexíveis. Fundar a arca.buzz foi o princípio desse novo momento em minha carreira, onde ministramos aulas, cursos em empresas, consultorias e também prestamos serviços de marketing.

BL: Como foi esse seu desejo por empreender? Começou desde criança ou surgiu com o tempo?
Bruno: Aos 11 anos eu fundei o jornal da minha escola. Juntei um grupo de amigos e nós mesmos fazíamos as matérias, criávamos o layout e imprimíamos naqueles enormes mimeógrafos… Sempre tive esse desejo, falhei inúmeras vezes e acredito ainda estar apenas no começo de uma longa e próspera jornada.

BL: Você está lançando um livro motivacional, “O Vendedor de Sapatos”. De quais artifícios você usa para motivar as pessoas nele? Histórias pessoais ou de pessoas próximas?
Bruno: Escrever é perceber tudo ao redor. É prestar atenção em cada detalhe, cada história que passa por nossas vidas. Em “O vendedor de Sapatos” eu reuni ensinamentos que aprendi em muitas viagens ao redor do mundo. Reuni histórias de pessoas que muito me ensinaram e juntei tudo através de uma linha com personagens que fossem capaz de transmitir essas histórias para nós; afinal, histórias conectam pessoas desde o princípio dos tempos.

BL: Como foi a experiência de lançar seu primeiro livro? Virão outros no futuro?
Bruno: Escrever é um sonho antigo, estamos há muitos anos trabalhando para que esse momento acontecesse, por isso a experiência está sendo deliciosa, de muito trabalho e com muitas novidades para mim. Sim, já existem alguns outros livros prontos.

BL: Nas startups, vemos ambientes horizontais onde “todo mundo faz tudo”. Para você, isso é uma coisa boa ou pode desvalorizar alguma carreira?
Bruno: Trabalhei em algumas startups, e isso acaba acontecendo porque precisamos realizar muito e em pouco tempo. Vejo a descentralização como algo bom no âmbito de dar mais voz às pessoas, de criar ambientes mais criativos e pró-ativos. Mas, como tudo, isso é algo que precisa ser acompanhado de perto, visando sempre manter um ambiente produtivo e feliz para todos.

BL: O que é marketing, para você?
Bruno: Marketing é a atividade responsável pela troca entre empresas e seu mercado consumidor. Falando assim, pode até parecer simples, mas para que essa troca aconteça de forma natural, uma enormidade de estudos, estratégias e muito trabalho estão envolvidos.

BL: Como foi a experiência de organizar o Encontro Internacional do RPG?
Bruno: Ahhh, adoro essas perguntas. O RPG faz parte da minha vida desde 1994 e participei de uma enormidade de EIRPGs (O nome que damos ao Encontro Internacional). Tive a oportunidade de ajudar a organizar alguns deles, e sempre foi uma experiência incrível, onde conectávamos todos ao redor de nosso hobby. Chegamos a ter mais de 10 mil pessoas por dia em grandes galpões com palestras, campeonatos e muitos livros e aventuras acontecendo. RPG sempre conectou pessoas, conectou histórias e essa comunidade em todo Brasil, sempre foi incrível!

BL: Quais livros você indicaria para o pessoal do Beco Literário que se interessa por marketing e empreendedorismo?
Bruno: Para quem quer saber mais de marketing, é obrigatório ler Philip Kotler e buscar, no cara que é considerado um dos pais do Marketing, as premissas básicas que podem levar ao entendimento dessa atividade. Recomendo também alguns livros do Keller e sempre ter um cuidado para “gurus” que criam títulos “arrasadores” mas que não trazem conteúdos tão relevantes para nossa profissão.

Lembrando que, dando continuidade a série de matérias sobre empreendedorismo, o Beco Literário também entrevistou o empresário Bruno Perin, na semana passada! Confira clicando aqui.

Entrevista: Bruno Perin dá dicas para empreender sem dinheiro
Entrevista: Bruno Perin dá dicas para empreender sem dinheiro
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Entrevista: Bruno Perin dá dicas para empreender sem dinheiro

Bruno Perin, aos 30 anos, é investidor em quatro starturps e é um dos nomes mais influentes em empreendedorismo da América Latina segundo o Conselho Latino Americano de Administração. Atualmente vive no Espírito Santo, se dedica às startups que é investidor e percorre o Brasil fazendo palestras sobre empreendedorismo de alto impacto e causando surpresa nas plateias Brasil afora com seu jeito único e “fora do padrão” que se espera de um palestrando que fala sobre o mundo dos negócios. Autor de “A Revolução das Startups” e “Os 15 maiores erros de novos empreendedores”, lança agora “Sem dinheiro – como construir uma startup com pouca grana”. Recomendado por nomes referências em empreendedorismo no Brasil como Leandro Vieira (CEO do Portal Administradores), Carlos Wizard Martins (Autor do livro “Do zero ao milhão”) e Wagner Siqueira (Presidente do Conselho Federal de Administração), ele conversou um pouquinho com o Beco Literário e deu dicas valiosas para você que quer abrir seu negócio mas ainda não deu o primeiro passo, confira:

Beco Literário: Como é para você, ser visto como investidor, não em termos financeiros, mas em know-how para tantas empresas e com o lançamento do livro, para tantos empreendedores, mesmo que indiretamente?
Bruno Perin: É uma responsabilidade sinistra, sinceramente. Há alguns anos, quando comecei, percebi o tamanho dessa responsabilidade quando uma pessoa queria vender o carro e investir em um negócio dela e eu sabia que se disse-se: “faça isso” a pessoa venderia mesmo. Ali tive uma visão clara do tamanho do impacto que esse trabalho tem na vida das pessoas. Creio que é importante porque aumenta sua atenção com o que se fala e compartilha, mas também a inspiração em ajudar. Acredito só que é importante ter o cuidado dessa questão de “ser visto”. Muitas pessoas tentam se tornar isso para serem vistos e geralmente gera uma distorção do que deveria ser feito. Afirmo que os melhores profissionais que conheço que contribuem com conhecimento, fazem isso porque se importam de ajudar terceiros a também conseguirem empreender. Esse “ser visto” é só uma consequência de você realmente estar compartilhando coisas importantes.

BL: Como foi esse seu desejo por empreender? Começou desde criança ou surgiu com o tempo?
Bruno: Eu diria que final do colégio e início da faculdade isso já se fazia presente. Falo naquele tipo de questão de que se não existe uma solução, então vou criá-la. Lembro-me de quando entrei na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM-RS), com 17 para 18 anos, queria ir no carnaval e não tinha dinheiro, mas também não queria ficar vendendo os convites para conseguir o meu. Percebi que os donos do bloco que eu queria ir tinham dificuldade de controlar os “promoters”. Ali vi uma oportunidade de me inserir e ofereci para cuidar disso. No final deu certo. Mas a questão empreendedora, foi que logo percebi que poderia usar esses mesmos promoters em outros eventos e manter o grupo comigo. Diria que esse foi meu primeiro empreendimento, sem saber que era empreendedorismo (risos).

BL: Nas startups, vemos ambientes horizontais onde “todo mundo faz tudo”. Para você, isso é uma coisa boa ou pode desvalorizar alguma carreira?
Bruno: Super valoriza! Pois, a pessoa acaba aprendendo muita coisa e conseguindo ter mais noção. Uma pessoa que já passou por essa vivência de fazer tudo tem muito mais valor hoje que grande especializações de papel. Penso que esta é uma pessoa que além de ter uma percepção maior do seu trabalho no todo, também tem um senso maior de equipe e objetivos comuns. Acho muito importante, que mesmo quem quer ter uma carreira corporativa, o profissional passe por uma experiencia dessas. É riquíssimo.

BL: O que é marketing, para você?
Bruno: A compreensão, interação e impulsão da empresa ao mercado.

BL: Quais livros você indicaria para o pessoal do Beco Literário que se interessa por marketing e empreendedorismo, além dos seus?
Bruno: Nossa, ler é o meu maior hobbie, essa é sempre uma pergunta dificil, até por isso eu tenho um álbum na minha fan page que vou compartilhando alguns livros. Eu diria para quem está começando – “A Startup de 100 dólares”, “A Startup Enxuta”, “Se eu soubesse aos 20”, “Startup Weekend”, – acredito que esses já seriam muito bons para iniciar a ler sobre o tema.

BL: Como você se organizou para escrever “Sem dinheiro”? Foi algo que sempre esteve na sua cabeça ou você foi elencando alguns pontos que achava essenciais e desenvolvendo a partir de então?
Bruno: Foi uma bonita história: eu estava correndo de volta para casa, depois do trabalho. É uma oportunidade de praticar execícios que tenho. No meio do trajeto notei algumas manchas de sangue. Tenho pânico de sangue e fiquei assustado. Mais a frente vi que era um senhorzinho, por volta dos 70, aparentemente morador de rua. O pé dele estava enfaixado e tinha sangue em volta. Havia duas pessoas ajudando e eu segui correndo. Mas, 10 pessoas depois, pensei que talvez as pessoas não tivessem conseguindo efetivamente ajudar, e voltei. Aconteceu que consegui dar uma mão e ajudar a resolver a situação. Mas no final, uma das pessoas me olhou e falou (ela não sabia quem eu era) – Nossa, sabe que eu já pensei em criar um negócio que ajudaria pessoas como esse senhor, pena que EU NÃO TENHO DINHEIRO. Parecia um raio atravessando a minha mente, mas junto dessa frase veio sei lá quantas mil vezes já recebi essa afirmação, e lhe digo que é o maior motivo para as pessoas de fato não darem o passo e empreenderem – NÃO TER DINHEIRO. Foi intenso, porque ao mesmo tempo que vi todas essas mensagens e aquela pessoa ali querendo fazer algo super bacana, mas limitada pela falta de grana, lembrei que todas as vezes na minha vida, eu empreendi sem dinheiro. Foi nesse instante que pensei, “cara, eu sei fazer isso, já consegui lidar com essa questão MUITAS vezes, preciso contar como empreender sem grana.” Resolvi organizar o livro partindo justamente do ponto que a pessoa percebe algumas oportunidades de mercado, mas acredita que não pode empreender por não ter dinheiro… A ideia foi justamente trabalhar inicialmente, essa crença limitante, de que é possível sim, fazer algo a respeito. Ainda na primeira parte, busquei apresentar algumas realidades desse universo para dar uma noção de onde a pessoa está se metendo. A segunda parte e essência do livro começa com o leitor entendo o que pode gerar valor a ideia, como encontrar uma ideia promissora, transformá-la em um negócio e como conseguir recursos que serão necessários. A parte final dedica-se a apresentar algumas situações que geralmente acontecem e é pertinente tomar cuidado com uma provocação especial para o leitor se inspirar em empreender.

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Entrevista: Danilo Leonardi fala sobre "cura gay" e sua influência para o meio LGBTQ+
Entrevista: Danilo Leonardi fala sobre “cura gay” e sua influência para o meio LGBTQ+
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Entrevista: Danilo Leonardi fala sobre “cura gay” e sua influência para o meio LGBTQ+

Quando me assumi gay para meus pais, lá em 2002, uma das primeiras coisas que eles disseram foi que seria uma boa ideia eu visitar um psicólogo. Ser gay não era uma declaração que se fizesse tão frequentemente naquela época, ainda mais aos 15 anos e sem qualquer experiência sexual prévia. Somado ao fato de que eu era socialmente inadequado e sofria segregação por colegas da escola, meus pais queriam ter certeza absoluta de que eu não estava enganado. É assim que Danilo Leonardi, youtuber e autor com dois livros publicados começa a expressar sua opinião sobre o projeto de lei que defende que psicólogos podem utilizar de terapias para a reversão sexual em qualquer pessoa que tenha interesse. Com um ponto de vista forte e engajado para se comunicar com jovens e adolescentes do meio LGBTQ+, Danilo conversou um pouquinho com o Beco Literário sobre tudo o que já passou e como tira lições de tudo isso para sua vida e para ajudar seus fãs. Confira:

Beco Literário: Você é uma figura pública e um autor bem engajado com a causa LGBTQ+. Como isso afeta o seu cotidiano profissional ou pessoal, ao lidar com pessoas que muitas vezes são preconceituosas?

Danilo Leonardi: Eu sempre priorizo a minha segurança e a das pessoas ao meu redor. Isso significa que tento sempre conversar quando há espaço para o diálogo. Ao mesmo tempo, nem sempre isso é possível.

BL: A nossa sociedade tem um discurso de apoio aos LGBTQ+, mas na prática, são totalmente hipócritas por terem medo do diferente, do desconhecido. Você concorda? Como isso ficou visível pra você, principalmente depois da criação do Gayrotos?

DL: Vivemos em uma sociedade capitalista, em que o lucro e/ou status está muitas vezes acima dos princípios. Conforme se tornar mais seguro para as marcas e pessoas menos engajadas, tenho certeza de que apoio virá naturalmente. Até lá, estamos estruturalmente fadados à margem.

BL: Muitas pessoas comentam coisas do tipo “não sou evoluído o suficiente para estar em um relacionamento aberto”, nos seus vídeos. Como é isso pra você? Tem a ver mesmo com essa evolução em que falam?

DL: Esse discurso tem mais a ver com a ilusão de controle que as pessoas têm sobre suas vidas e as vidas das outras pessoas. Para muita gente, dar apoio significa inconscientemente aceitar que aquilo faça parte de sua vida, quando na verdade isso não faz a menor diferença.

BL: Seu intuito é conversar cada vez mais com esse público, no seu canal. Quais são os planos para o futuro dele? Tem algum spoiler de antemão?

DL: Tenho começado a dar vazão aos meus pensamentos em forma de texto, atualmente. Apesar do alcance incrível dos vídeos, a exposição traz muitos aspectos negativos para a minha vida pessoal que têm me feito refletir sobre a maneira que me exponho na internet. Estamos vivendo um hiato agora, e não temos incentivo financeiro para sair dele também. Vamos ver como a gente se sente daqui a algum tempo.

Desde cedo fui bem informado sobre o que esperar de uma consulta ao psicólogo; quais eram os códigos de ética que eles seguiam, o que poderia ou não acontecer dentro de um consultório. E um dos motivos pelos quais estive bem tranquilo, foi a garantia de que meu terapeuta teria a obrigação de reconhecer minha orientação sexual como algo natural.

BL: No seu canal vocês dão conselhos sobre situações que os inscritos passam e a maioria deles são jovens, o que você falaria pra um desses inscritos que pedisse conselho sobre procurar o suposto tratamento da cura gay?

DL: Diria que se trata de charlatanismo, uma possibilidade que já foi descartada por diversos pesquisadores sérios. Mais interessante é buscar uma maneira de viver em paz com todas as suas características.

BL: Para muitos LGBTQ+, a fase da adolescência é onde acontecem as descobertas e eles seriam os mais afetados por essa mudança na lei. Como você enxerga essa fase da vida? É realmente nela em que acontecem as maiores descobertas?

DL: Adolescentes geralmente são mais vulneráveis, por começar a desbravar o mundo sem a constante supervisão dos pais, mas ainda não terem experiência suficiente para discernir boas e más oportunidades. Individualmente, a mudança na lei pode trazer algumas experiências ruins, mas espero que nada irreversível. O maior problema é o retrocesso social que ela traz, empoderando pessoas ignorantes e homofóbicas.

BL: Qual livro você indicaria para os leitores do Beco Literário?

DL: Leiam A Revolução dos Bichos, de George Orwell. Um livro profundo, repleto de críticas sociais que tendem a fazer o leitor refletir, e ao mesmo tempo de fácil leitura para todas as idades.

O Juiz falhou em observar que sua decisão prioriza a curiosidade de pesquisadores ineptos em detrimento do bem-estar das pessoas que a psicologia deveria proteger. E que por valorizar a liberdade individual, gerou um problema social que em sua ignorância não teria capacidade de prever.

Danilo Leonardi estará presente no domingo (24/09), no evento Brain Fitness, junto com o Beco Literário em Taubaté.

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Entrevista: Nos apegamos à Isabela Freitas por alguns minutos e te contamos tudo!

Durante a última Bienal do Livro de São Paulo, tivemos a oportunidade única de entrevistar a rainha do desapego, Isabela Freitas. A musa, que deu uma palestra na Arena Cultural com duração de cerca uma hora, respondendo a perguntas de fãs do Brasil todo, que chegaram a viajar horas só para conhecê-la nos recebeu durante sua sessão extra de autógrafos para responder a algumas perguntinhas.

Vídeo da Isa na Bienal, e nós do Beco ali de relance assistindo ela.

Antes do evento, o site da organização da Bienal havia distribuído senhas para autógrafos dos seus livros Não se apega, não (resenha aqui) e Não se iluda, não (resenha aqui), que se esgotaram em minutos, deixando muitos fãs sem a oportunidade de conhecer a autora. Mas para Isabela, senha não quer dizer nada. Simpática com todos os presentes, a escritora arrumou um espacinho no estande de sua editora, Intrínseca, e pediu para que os fãs formassem uma fila, que dobrou esquinas. A mineira de 25 anos fez questão de atender todos os leitores presentes, assinar seus livros e tirar foto com cada um deles. Humildade, a gente vê por aqui. Não deixou o local enquanto o último leitor não realizou o tão esperado sonho de conhecê-la, a diva de uma geração desapegada, que não se ilude por pouco e que agora, foge de enrolações!

Sempre com um sorriso no rosto, Isa nos recebeu entre um fã e outro na sua mesa de autógrafos, por aproximadamente dois minutos, já que a quantidade de desapegados era quilométrica! Na época, seu terceiro livro, Não se enrola, não (resenha aqui), ainda não tinha sido lançado.

Beco Literário: O que podemos esperar da Isabela de “Não se enrola, não”?
Isabela Freitas: Eu sempre tento conciliar conselho e história, o primeiro foi muito conselho e eu achei que poderia explorar mais a história. No segundo, eu tentei mixar os dois de uma forma que não ficasse cansativo muita história e muito conselho e o terceiro eu melhorei mais um pouquinho. Estou sempre evoluindo como escritora, e vocês como meus leitores também.

E olha, deixando de lado toda a minha admiração pela autora, Não se enrola, não está magnífico! Óbvio que já li no dia em que comprei, e com certeza, já fizemos resenha aqui no site, que você confere clicando aqui.

BL: Como você acha que seus livros venderam tantos exemplares? Tem alguma fórmula do sucesso?
IF: Não sei, uma macumba talvez (risos). Eu acho que um pouco de sorte, às vezes, e era um livro que ainda não tínhamos visto. Falando de relacionamentos, ao mesmo tempo em que tem uma história, uma personagem divertida, um livro leve pra você ler bem rápido, as pessoas gostam disso.

Inovadora e destruidora mesmo! Confesso que conversar com a Isa é uma experiência única, e que entrevistar ela como um “simples jornalista” foi um desafio e tanto. Ela é um orgulho tremendo. <3

BL: Você acha que seu blog influenciou um pouco nisso?
IF: Na verdade, acho que não. Porque tem muita gente que tem sucesso com blog e não vende livros. Então acho que foi o boca-a-boca. Uma pessoa leu, contou para a outra e foi indo…

Com certeza, não podíamos deixar de perguntar sobre Nerve. Para quem não assistiu, Nerve conta a história de um jogo, onde você pode ser um watcher (observador) ou player (jogador). Os watchers enviam desafios aos players, que ao concluírem, recebem quantias exorbitantes de dinheiro. Mas claro que os desafios não são tão simples assim. Entre eles, tem roubar roupas de lojas caríssimas, dirigir uma moto em velocidade máxima com vendas nos olhos, beijar um desconhecido na rua…

BL: Isa, você assistiu Nerve. Você seria uma watcher ou uma player?
IF: Ahhh, eu sou player (risos). Eu sou player total, eu gosto de viver a vida intensamente. Eu sai do filme querendo jogar Nerve. A gente é muito preso a medos e a julgamentos e achei incrível essa história. Pensei, por que não tive essa ideia antes?

E claro, nada melhor que uma indicação aos nossos queridos Becudos, diretamente da nossa rainha.

BL: Indica um livro para os nossos leitores? Que você goste muito ou tenha lido recentemente?
IF: Recentemente eu li a coleção de “A Seleção”, eu amo A Seleção (da Kiera Cass).

Se você também não leu nossa resenha da série “A Seleção”, corre aqui!

BL: E pra finalizar: Uma pergunta que nunca fizeram pra você mas que você queria muito responder?
IF: Que nunca fizeram para mim… Ih, acho difícil (risos). Ai nossa… Essa pergunta! É a melhor e a pior pergunta, foi essa, nunca me fizeram, adorei!

Um amor de pessoa, não é? Foi uma honra entrevistar Isabela Freitas e de antemão, já agradecemos a ela pelo tempo que cedeu a nós, pelos fãs, que estavam na fila e aguardaram ansiosamente até que fizéssemos essa matéria e a Andressa, da Intrínseca, que tornou isso possível. Não se enrola, não, novo livro da autora já está a venda nas principais livrarias do país, e tem resenha no Beco Literário aqui.

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Entrevista: Adotamos Maria Eugênia por uma tarde e te contamos tudo!

Não faz muito tempo desde que assisti a Adotada pela primeira vez e logo me viciei, e em seguida, como um maníaco de seriados faz, zerei. E como se não bastasse, assisti várias e várias vezes. Foi nessas que me tornei fã da moça de cabelos acobreados que apresenta o programa, a Maria Eugênia Suconic, Mareu, pros íntimos.

Claro que logo, entrei em contato com seu agente, Edu, querendo uma matéria para o Beco Literário, afinal, que honra maior que entrevistar alguém cujo trabalho você admira? E ele aceitou de prontidão. Mais rápido que eu esperava. E fomos, adotar Mareu por algumas horas e agora contamos tudo pra vocês o que rolou.

Nos encontramos com ela e com o Edu por volta das 17h na Oscar Freire. Ela, como sempre, toda montada no look mais incrível que você pode imaginar, super simpática, nos conduz até um daqueles bancos que invadem a rua, nos contando um pouquinho sobre coisas aleatórias da vida, e como é legal morar ali na redondeza. Nós, talvez um pouco nervosos por entrevistar alguém que admiramos, fomos conduzindo o papo e começamos a investigação. Primeiro, topamos em gravar o vídeo. Luz, câmera, ação. As palavras enrolam um pouco mas logo a conversa flui. É incrível a maneira com a qual Mareu conduz a conversa, como se fossemos amigos, e a tensão vai baixando. Pouco tempo depois, esquecemos da filmagem e estamos apenas rindo, conversando sobre as experiências de se estar numa aparelhagem.

Preconceito é uma coisa ridícula. Vá para a aparelhagem que você vai ser feliz

O resultado desse vídeo, você confere bem aqui:

Bom, sendo Maria Eugênia, você acaba por cativar uma legião bem grande de pessoas, quase um estádio de futebol, como ela diz. Pessoas querem fotos vira e mexe, e outras, como vocês puderam ver no vídeo, gritam de dentro de carros, sua admiração pela moça. Não poderia ser diferente, óbvio!

Antes de começar a segunda parte da entrevista, uma pausa para um Snap. Hoje em dia, tudo é registrado no Snapchat, e para a modelo, que acumula milhares de seguidores na rede social, não é diferente. Todos esperando pela próxima Dica da Mareu. E se você ainda não a segue, é melhor correr: mareumareu, o usuário.

Está um pouco frio, vocês não acham?
O frio é psicológico, digo.
Então vai pro Alasca, que você vai essa psicologia indo embora!

De início, perguntamos sobre Adotada, seu programa na MTV, e Maria Eugênia foi categórica: não tem como bolar estratégia alguma!

Beco Literário: Sobre o programa, quando você chega em alguma casa, você bola alguma estratégia antes, pensa em quem vai cutucar mais?

Maria Eugênia: Gente, não dá pra criar nada! Primeiro que não é um jogo, eu não preciso criar estratégias. Não é um jogo com a vida das pessoas e nem comigo. E segundo, que realmente eu não sei nada antes de entrar na casa. Eu até poderia saber, mas não tenho vontade. É óbvio que se eu ficar pensando, eu vou descobrir certas coisas, mas eu prefiro não imaginar. A surpresa é muito mais legal e deixa tudo mais natural. Eu já sei que vou conhecer!

Comentamos também, sobre o episódio da casa das noivas (Noiva do Cordeiro, Temporada 1, Episódio 12), e ela disse que já chegou emocionada!

BL: Como que foi esse episódio, essa experiência para você? Foram tantas pessoas envolvidas…

ME: Foi muito louco! Eu falo com elas quase sempre, porque o horário é um pouco puxado. Mas é maravilhoso, nunca imaginei passar na minha vida e isso é o mais gostoso de fazer Adotada, porque são coisas que eu faço e que eu não ia fazer se vivesse normalmente, eu não iria atrás. Por exemplo, eu não iria atrás de trabalhar na roça algum dia na minha vida. Eu não iria acordar às 5 da manhã para trabalhar na roça e morar numa comunidade só de mulheres. É uma coisa muito surreal. Então foi maravilhoso, e são mulheres que você olha no olho e pensa, de onde vem essa pureza? É outro lado. Gravar Adotada você conhece umas pessoas e pensa Meu Deus, gente! O mundo não tá perdido, existe gente boa pra caramba!

Tem amor (no mundo), tem pessoas legais, pessoas que pensam nos outros, a gente vê tudo e fala que as pessoas querem todas passar uma por cima das outras, um querendo lascar a vida do outro… E isso não é verdade, tem muita gente legal, querendo fazer coisa legal, pelo próximo… Isso é maravilhoso.

BL: E quando você está de férias, o que você gosta de fazer? Nesses momentinhos só seus?

ME: Eu adoro viajar, mas é que Adotada é quase férias. É cansativo, e tem dias que não quero sair de casa. Mas vou viajar, conheço muita gente, conheço outras culturas… É quase férias! É óbvio que tem uma rotina muito mais puxada mas é bom. Eu acabei de gravar há pouco tempo e já estou sentindo falta dessa rotina louca. Mas eu gosto de tudo, de ir no cinema, agora tô gostando de cozinhar. Eu invento coisas.

Pois é Mareu, nós vemos você nessa onda meio fitness, certo? Errado! Eu adoro uma fritura, ela diz entre risos quando insistimos em dizer que ela virou fit. Ainda jogamos no ar sobre o episódio em que ela come várias coxinhas e nos deixa com água na boca (Família Gouveia, Temporad 3, Episódio 7).

ME: Aquela foi minha despedida das coxinhas, agora sou vegetariana e só como coxinha de jaca… Espera, do que fazem coxinhas? É uma coisa estranha!

E agora veio a surpresa! Muahahaha!

BL: Mareu, você dá muitas entrevistas mas, o que nunca perguntaram pra você, e você gostaria de responder?

ME: Nossa! Já me perguntaram de tudo, até o que eu almocei… Sei lá! Hmmmm, eu gostaria que me perguntassem se eu quero uma mala de dinheiro. (Risos). Isso nunca ninguém me perguntou!

BL: Como que surgiu o convite para você fazer Adotada?

ME: Na verdade não foi um convite, foi uma junção minha com a MTV. A criação do projeto é minha e de um antigo diretor do programa,  e a gente apresentou o projeto. Quando eu terminei o Papito In Love eles disseram, ah queremos fazer alguma coisa com você! E aí eu disse, eu gostaria de fazer isso. Era uma coisa que eu gostava de fazer, porque eu ia na casa dos meus amigos de mala, e tirei essa ideia da rotina. Foi em conjunto, não só minha,  mas foi algo que eu realmente gostasse de fazer. Tanto é que se agora, eu for fazer alguma coisa, tem que ter a minha cara. Não tenho vontade de fazer nada que eu não goste muito.

Sempre tem o jeitinho Mareu nas coisas né? Icônica e muito musa (como diz a mocinha que passou de carro atrás de nós, durante o vídeo).

É gente, eu sou uma pessoa um pouco controladora (risos). Eu gosto de estar ali, em tudo!

BL: Você se sente mais próxima dos fãs com as mídias sociais?

ME: Olha, até com Adotada!  As pessoas me param na rua e me conhecem, porque elas viveram comigo na casa. Eu me sinto bem próxima e sempre tento responder todo mundo. Instagram eu já perdi a mão, é muita coisa! Snapchat eu deixo ali aberto, quem quiser manda e eu vou respondendo.

Estou sentindo uma pequena avalanche no Snap da Mareu? Ops…

BL: Qual foi sua experiência mais inusitada, como aquela do balão?

ME: Ah meu Deus (risos)! Trapézio, nossa… Que eu já tinha medo de altura, e eu já sou uma pessoa que não faz muito esporte, nem nada disso. Sou bem travada nas coisas (risos), então foi meio puxado, mas foi maravilhoso! Foram várias descobertas e coisas que eu gosto de fazer nessa temporada.

E quem sabe fazer Adotada em casas de famosos? Maria Eugênia já pensou nisso também, uau!

Posso estar muito enganada, mas tenho um pouco de medo de ser uma coisa falsa. Porque às vezes a pessoa não vai se abrir totalmente. Vai querer mostrar o trabalho, e são poucas pessoas que vão querer abrir a realidade mesmo. É complicado!

Sim, nós entendemos completamente seu lado, Mareu! São poucas as pessoas que estão realmente dispostas a doarem um pouquinho do seu tempo e mostrar a realidade nua e crua, infelizmente. Além disso, é bastante complicado resumir os dias de experiência, em pouco menos de uma hora de programa.

ME: As pessoas dizem ué, mas você não toma banho? Mas quem vai querer ver a família toda tomar banho? Ou ver todos roncando no quarto? Não é um Big Brother. Se eu tivesse cápsulas durante o dia para colocar tudo, beleza, mas não existe um pay per view. É uma hora, contando uma história do que aconteceu de legal na casa. E você não faz 365 coisas em um dia. Às vezes você deita no sofá, vê televisão… Você vai ligar a TV para ver outra pessoa ver TV o tempo inteiro? (Risos).

BL: Mas acontece mesmo de você ficar tão a vontade na casa das pessoas?

ME: Suuuper! E isso dá pra ver. Alguns você fica meio “assim”, mas eu tô morando lá, tem que fazer o que as pessoas fazem (risos). Tem muito conteúdo, são muitas horas de gravação.

E como você imagina o WhatsApp da Mareu? Nós imaginamos milhares de grupos, com todas as famílias, daqui e de lá. E sim, existem alguns! Ela diz que inclusive já criou uns para apresentar umas famílias às outras, para rolar uma pegação… E rolou! Maravilhooosa!

Na primeira temporada eu encontrava mais (as pessoas da família), é que agora ficou meio puxado e tem muito trabalho que preciso fazer, mas sempre falo com todo mundo e às vezes é um pouco difícil de encontrar.

Opa, muito trabalho? Quer dizer que teremos muita Maria Eugênia pela frente aí, galere!

BL: Você sempre mantém contato com as famílias? O pessoal se apega bastante…

ME: Na maioria das vezes sim! Às vezes demora um pouco, mas o que a gente passa ali é muito forte. Algumas passou, beleza, dá um abraço e tchau. Mas a maioria eu tenho super contato, o WhatsApp fica ali o tempo inteiro, mandam as coisas, pedem ajuda. Vira família mesmo! A minha mãe mesmo, que é acupunturista, atende várias pessoas das famílias, que vão na casa dela e me ligam, ah fulaninha tá aqui. E eu fico meio, não acredito!

E para finalizar, colocamos na roda: Maria Eugênia, você é uma pessoa famosa agora! E se te convidassem para um reality daqueles em que há câmeras o tempo todo, você toparia? E ops, parece que chegamos atrasados, porque já rolou um convite. Mas para ela, são propostas diferentes, e hoje, não teria vontade. Mas, nunca se sabe o dia de amanhã, né?

Enfim, encerramos nossa entrevista com algumas fotos, e uma deliciosa, apesar de curta, caminhada na Oscar Freire, com direito a indicações da Mareu de lugares interessantes para se conhecer, afinal, não são todos os dias que você sai do interior para a cidade grande! E ó: visitamos lugares incríveis.

E se você ainda não conhece Maria Eugênia, assista a Adotada, todas as terças, 21h, na MTV. E vem seguir a moça no Instagram e no Twitter.

Um grandessíssimo agradecimento especial ao Edu Laviola, por organizar e proporcionar esse encontro incrível e fazer dessa entrevista (e desse sonho) possível, e à Mareu (já nos sentindo íntimos), por nos receber de maneira tão simpática e contribuir imensamente para essa entrevista que ficará para sempre em nossas memórias. Vocês são incríveis, mesmo! <3

Atualizações, Cultura, Música, Talks

Beco Entrevista as bandas The Vamps e The Tide. Confira!

O Beco Literário foi convidado pela Universal Music para bater um papo com os meninos do The Vamps, que desembarcaram essa semana no Brasil para um show exclusivo em São Paulo hoje a noite (21/05). De quebra, também batemos um papo bem descontraído com a banda The Tide, que irá abrir o show do The Vamps. Confira abaixo como foi essa entrevista com as duas bandas britânicas.

 

ENTREVISTA COM THE VAMPS:

Os meninos entraram na sala super animados, e brincaram com os repórteres que estavam sentados em volta de uma mesa redonda, Brad chegou dizendo “Boa Tarde Senhores, podemos começar a reunião?”, Tris completou: “Uma reunião da Steady Records” (gravadora que eles abriram no ano passado). Brad pergunta se todos estão bem e então se senta a mesa para começar a entrevista. Infelizmente Connor não se sentiu muito bem, por isso não estava presente.

Um dos repórteres da mesa, fez a seguinte pergunta: “I Found a Girl é sobre uma experiência real de um de vocês certo? Quem teve essa desilusão amorosa?

Brad:Uhh, sim, é sobre uma experiência real que aconteceu com um de nós três, Connor não está aqui, então agora pelo menos você já sabe que não foi com ele [risos]

Agora, eu resolvo perguntar sobre ‘Somebody to you’, música do álbum de estréia “Meet The Vamps”, que foi regravado com uma participação da Demi Lovato.

Beco:Quem teve a idéia de convidar Demi Lovato para integrar a faixa ‘Somebody to you’?

James:Bem, gravamos essa canção há uns dois anos atrás, e Demi era da mesma gravadora que a gente naquela época. Então um dos produtores sugeriu que incluíssemos ela, todos nós achamos uma boa idéia. Demi sempre esteve na nossa lista de artistas com quem queríamos trabalhar, então quando ela aceitou cantar a parte que originalmente era de Brad ficamos muito contentes. Gostamos muito de ter trabalhado com Demi”.

Agora uma outra repórter pergunta se eles já estão trabalhando no terceiro álbum, e Brad responde que Sim!

Brad:Sim, temos algumas músicas gravadas para o nosso terceiro álbum, mas iremos focar mais nele após a nossa turnê”.

A maior parte das músicas do The Vamps são bem animadas, mas qual será a que eles mais gostam de cantar ao vivo? Perguntei  isso a eles e dessa vez James deu a resposta.

James:Temos uma música chamada ‘Rest Your Love’, realmente gostamos muito de canta-la ao vivo. Tem uma boa energia e todo mundo pula quando cantamos”.

Quase encerrando a entrevista, alguém pergunta se eles já aprenderam alguma palavra em português. Veja o que cada um respondeu:

James:Eu sei dizer: “Olá!”.
Brad:Brigadeiro! Ta certo? também sei Despertar” (Tradução de Wake Up, nome do álbum deles).

A entrevista é encerrada, e os meninos correm para almoçar numa famosa churrascaria de São Paulo. Eu saio logo atrás de Tristan, e pergunto se eles estão gostando da comida brasileira, ele diz que sim, e que estava morrendo de fome naquele momento, louco por um churrasco.

ENTREVISTA COM THE TIDE

Após os meninos saírem do prédio, sou levado para uma sala onde encontro os meninos do ‘The Tide’ tomando guaraná. Pergunto se gostaram da bebida, e Nate responde que sim, que aquilo era viciante!
Para de fato iniciar a entrevista, pergunto o que eles estão achando do Brasil. Todos respondem que estão encantados com a recepção e com os fãs. Pergunto também como eles escolhem as músicas dos covers que eles fazem, e Nate é o primeiro a responder.

Nate:Ah, nós colocamos vários nomes de músicas em um chapéu e sorteamos [risos]. Brincadeira! Nós conversamos e chegamos a um consenso sobre qual seria melhor cantar naquele momento”.

Um dos covers recentes feito pela banda, foi a música “Chocolate” da banda ‘The 1975’. Pergunto se eles pretendem tocar essa música no show de hoje.

Austin:Oh cara, eu realmente gostaria muito de tocar essa música, mas…
Nate:Iremos cantar uma do ‘Twenty One Pilots’, você gosta deles?”
Beco:Sim, eu adoro ‘Twenty One Pilots”.
Nate:Eles são incríveis!”.

Questiono se eles são amigos próximos dos meninos do ‘The Vamps’ e se eles se dão bem.

Austin:Sim, eles são bem legais!”.
Levi:Eles são tipo nossos patrões, mas nos damos muito bem com todos

Finalizo a entrevista pedindo para eles mandarem um recado para os fãs do Brasil. Confira o que eles disseram:

Brasil! Amamos todos vocês, obrigado por nos receber! Nos vemos no show e estamos amando sua bebida (Guaraná).

Postamos vários trechos da entrevista com The Vamps e de The Tide no nosso Snapchat oficial. Ainda da tempo de conferir! Mas corre pois só fica no ar durante 24 horas. E se eu fosse você, não perderia por nada o show que acontece hoje (21/05) no Tom Brasil em São Paulo. Ainda há ingressos disponíveis! The Tide abre o show as 19h e logo em seguida, as 20h começa o show do The Vamps.

Livros, Novidades, Talks

Entrevista com JackMichel, autora de “Arco-Jesus-Íris”

Na colorida época do Flower Power, Satanás decide visitar o arco-íris psicodélico de Jesus Cristo e, lá chegando, o louro e jovem Jesus hippie, vestido de jeans, conta a ele como faz para fazer o bem vencer o mal. Essa é uma parte do livro Arco-Jesus-Íris, da autora JackMichel, que nos últimos dias, cedeu uma entrevista exclusiva ao Beco Literário, que você pode conferir agora:

Beco Literário: Quando você começou a escrever? Teve incentivo de algum parente próximo ou veio de repente?

JackMichel: Bem… eu despertei para este velho universo “novo” quando passava para a minha fase de adolescência, com uns 12 anos de idade, talvez. Digo universo novo, entre aspas, porque creio que as aptidões que cada ser humano traz em si, sejam dons inatos adquiridos antes do berço e que levamos além do túmulo. Quando comecei a escrever textos de minha autoria tive o apoio entusiástico de Jack, minha irmã e parceira literária. Ela já escrevia antes de mim e, algum tempo depois, nós duas decidimos misturar a purpurina de nossas ideias para dar vida a uma terceira pessoa: a autora JackMichel.

BL: Monteiro Lobato dizia que “Um país se faz com homens e livros”. Você concorda com isso? Acha que o Brasil está incluído nessa concepção, de um país que lê?

JM: Concordo. E, como não, se este pensamento tem um timing incrível? Não é a toa que o Brasil é a pátria de Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac! Todos os três integrantes da Tríade Parnasiana liam e eram lidos. Porém o nosso país, hoje mais do que nunca, passa por um processo de retardamento enorme no que concerne a ler livros; processo este que vem do social, passa pelo econômico e descamba no cultural que acaba por destruir o mito do culto às belas-letras. Mas acho mesmo que o hábito da pouca leitura, não é um apanágio só do brasileiro, pois a truculência do mundo atual causa o alheamento que atrofia, atropela e deforma as boas qualidades das pessoas que, ao invés de preferirem segurar um livro entre as mãos, optam por ter um revólver ou uma faca afiada.

BL: Você sempre gostou de ler? Acha que a leitura te ajudou na escrita?

JM: Oh, sim! Gosto de ler como gosto de comer. Brincadeira! As duas palavras são parecidas na fonética, mas o que eu quero dizer de fato é que ambas estas atividades são necessárias a vida do ser humano: uma, nutre o corpo, tornando-o loução… a outra, aprimora a alma, produzindo apuro no intelecto e dando-lhe suportes de finura e saber. Absolutamente, não acho que o apreciável hábito da leitura tenha contribuído no processo de escrita de JackMichel; penso que ler apenas possa mostrar ao escritor o caminho da pena. Se assim não fosse, todos os leitores ávidos seriam escritores de mão cheia.

BL: Você tem uma opinião formada sobre adaptações de livros para o cinema? Alguns gostam, outros não. O que você acha?

JM: Tenho. E, mesmo não agradando a gregos e troianos, vou falar. Acho tal providência muito acertada, se o livro escolhido for fantástico. Na verdade, todas as expressões de arte estão muito próximas umas das outras e não é a toa que as musas da dança, da música, da tragédia e da comédia viviam juntas no monte Olimpo, segundo a mitologia clássica. Com a escrita e o cinema, não é diferente. Alguns dos mais afamados cineastas conheceram seus triunfos servindo-se do conteúdo de obras literárias. Para ilustrar a questão, cito o icônico “O Bebê de Rosemary”, um romance de Ira Levin, publicado em 1967, que teve roteiro escrito pelo seu diretor Roman Polanskyi e é considerado um clássico dos filmes de terror da década de 1960.

BL: Você tem algum livro preferido? Algum que você queira indicar para os leitores do Beco Literário, além dos seus?

JM: Devo dizer que não é fácil preferir um livro a outro, visto que muitos são os volumes de poemas maravilhosos… de romances históricos… de biografias fortes… que deixam marcas fundas em quem os leu. Para quem possui senso artístico apurado, uma obra literária pode significar muito em muitíssimos aspectos da vida. Aos leitores amáveis do Beco Literário, tenho o grato prazer de indicar um livro de contos muito especial chamado Scomparsa D’Angela, de Alessandro Pavolini.

BL: O que você sentiu quando publicou “Arco-Jesus-Íris”?

JM: Provavelmente um misto de satisfação completa pelo fato de publicar meu primeiro livro e pelo fato de sentir que, publicando-o, eu lançava boas sementes no solo arenoso do mundo que tanto carece de bons exemplos para seguir e avistar um prodigioso porvir no seu distante horizonte. Mas, do ponto de vista prático, os elementos corrosivos do mal ainda dão as cartas em detrimento do bem, que é o calcanhar de Aquiles deste planeta que passa por um louco momento de transição.

BL: Do que fala o livro e que tipo de pessoa você buscou atingir?  

JM: Esta obra magnífica de gênio e grandessíssima em concepção textual trata particularmente do perdão exercido entre pessoas que causaram o bem e o mal à humanidade. A parte a extensa dedicatória que permite ao leitor confrontar vultos célebres como Carlos Marighella, Janusz Korczak, Lampião, Chico Xavier… e ver nomes de sicários ao lado de benfeitores que salvaram milhões de vidas: Caryl Chessman, Enriqueta Martí, Alexander Fleming, Howard Florey e Ernst Chain… ou tragédias sinistras entre datas que assinalaram glórias humanas: os incêndios dos edifícios Andraus e Joelma, o sequestro do bebê Lindbergh, a fundação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, etc. Os leitores de mais idade certamente lembrarão dos casos Araceli, Carlinhos e Cláudia Lessin; bem como dos horrendos Assassinatos Mouros. Os mais jovens, por sua vez, poderão tomar conhecimento que tudo isso existiu. Com a criação de “Arco-Jesus-Íris” JackMichel buscou atingir a todos os seres que são humanos, estejam eles no Brasil ou em qualquer parte do mundo.

BL: De onde surgem as histórias de seus livros? Alguns autores dizem que elas simplesmente aparecem, outros sonham com a história, como é com você?

As inspirações para a composição das obras de JackMichel provém de uma faúlha etérea do criador do Universo que, fazendo reverberar o ouro do sol e a prata da lua, também potencializa minha imaginação e a de Jack. Sem dúvida alguma, o estro chega para cada artista das mais diferentes formas, visto que parece sempre ficar pairando no ar; e, quando sente afinidade com a mente de alguém, a penetra. Mais ou menos como a luz, que só precisa atravessar o prisma para formar um feixe multicolorido.

BL: O que você diria para aqueles que querem tentar a carreira de escritor?

JM: Que escrevam seus rascunhos valiosos com a convicção que eles têm valor, e, lembrem-se de que o mundo não se fez do dia para a noite. Paciência é a palavra chave para se alcançar um sonho! Para uma obra literária ser efetivamente grande e vir à tona, antes são necessários muitos aprimoramentos em prol dela. Afinal de contas, não vale a pena correr atrás da borboleta azul que voa a nossa frente, para capturá-la?

BL: O que você pode dizer sobre projetos futuros?

JM: Em termos de projetos para o futuro, JackMichel tem os mais alvissareiros possíveis haja vista os acenos positivos de editoras do exterior para a publicação de suas obras. Partindo desse princípio, as expectativas galopantes para a divulgação e a fama da escritora se ampliam cada vez mais dentro e fora de seu país. Porém, ela não se ufana de tais coisas: quer dar orgulho ao Brasil, por ser brasileira; levando em conta (é claro!) que a pátria de todo artista é o mundo e que, suas obras, são patrimônios da humanidade.

Você pode conferir mais informações sobre “Arco-Íris Jesus” clicando aqui, ou em uma das redes sociais abaixo!

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Autorais, Livros

Nova edição da revista Conexão Literatura já disponível!

Acabou de ser disponibilizada a nova edição de Conexão Literatura, nº 08, com artigo e entrevista especial com Eduardo Spohr, autor do best-seller “A Batalha do Apocalipse”. Os leitores também poderão conferir uma crônica super bacana da Misa Ferreira de Rezende, entrevistas com João Paulo Balbino, Maya Blannco, Gustavo Magnani, Anderson Borges Costa, Fernando Lima e Kell Teixeira, além de ótimos contos elaborados pelos autores Ademir Pascale, Palmira Heine, Neyd Montingellii, Dione Souto Rosa e Ricardo de Lohem.

Para baixar a edição gratuitamente, clique aqui.