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Bienal do Livro Rio bate recordes e se consolida como o maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país Bienal do Livro Rio bate recordes e se consolida como o maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país
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Atualizações, Cultura

Bienal do Livro Rio bate recordes e se consolida como o maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país

Foram dez dias de ruas movimentadas, euforia ao encontrar os autores preferidos, sacolas cheias de livros e um clima de animação diferente nos painéis, que este ano ganharam novos formatos e espaços para melhor experiência de um público apaixonado por histórias. A celebração dos 40 anos da Bienal do Livro Rio o mais novo  patrimônio cultural da cidade foi grandiosa e abraçou o conceito de leituras elásticas, abrindo as páginas para o livro além do livro. O livro segue como grande protagonista.

+ Guia da Bienal 2023: mapa, como chegar, o que levar e mais

Nesta edição, em que até o Cristo Redentor “vestiu” a camisa do evento, houve recorde de público e de vendas: mais de 600 mil visitantes estiveram no Riocentro, levando para casa cerca de 5,5 milhões de livros, uma média de nove por pessoa. Com mais de 497 editoras, selos e distribuidoras e uma diversidade de títulos, o tíquete médio de gastos com livros chegou a aproximadamente R$ 200.

Realizada pela GL events Exhibitions e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), a Bienal do Livro Rio é considerada hoje o maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país. A festa de 40 anos foi potente, emblemática, divertida e inesquecível, com mais de 200 horas de uma programação rica, diversa, plural, com intensa participação do público em experiências únicas.

O festival, que surgiu nos anos 80 como uma feira de livros de 1.400 metros quadrados no Copacabana Palace, cresceu, expandiu seus horizontes, criou conteúdo novos, pavimentando o caminho de inúmeros outros eventos literários pelo país. Esta é a maior Bienal de todos os tempos. Desde a criação da nova marca mais interativa até tornar o festival um patrimônio cultural do Rio, a intenção era que a cidade se apropriasse da Bienal e isso realmente aconteceu! Tradicionalmente, recebemos um número maior de visitantes aos fins de semana e quando há feriados, mas a distribuição de público foi muito bem equilibrada, inclusive nos dias de semana e em dias lindos de sol nem a praia conseguiu competir!, diz Tatiana Zaccaro, diretora da GL events Exhibitions.

Tatiana ainda acrescenta que a edição histórica foi preparada com um carinho especial, trazendo uma série de novidades para ampliar as experiências do nosso público. Estamos falando do livro como ponto de partida ou chegada, a partir de uma transversalidade com os mais diversos tipos de mídia, porque os assuntos tratados no livro físico também viram séries, filmes, games, música, e isso garante que as histórias possam atrair mais pessoas formando novos leitores, já que o livro é sempre o protagonista, comenta.

Para o presidente do SNEL, Dante Cid, os resultados desta edição superaram as previsões do mercado. O editor ainda celebrou os bons números do programa de visitação escolar.

O SNEL, junto aos editores brasileiros, trabalha arduamente para que o país tenha um futuro leitor. A Bienal do Livro Rio 2023 ficará marcada pela forte conexão entre as pessoas e as histórias que amam. Com o apoio das secretarias de educação estadual e municipais alcançamos um recorde de participação de alunos e professores da rede pública, reforçando a criação desta semente pela leitura que o país tanto precisa, impactando diretamente mais de  100 mil alunos, professores, suas bibliotecas e salas de leitura,destacou Dante.

Com uma área ocupada de 90 mil metros quadrados, 10% maior que na edição de 2019, pré-pandemia, a Bienal 2023 recebeu mais de 380 autores em sua programação oficial. Para além da alegria do público, as editoras comemoram resultados acima do esperado e muito maior que em todos os outros eventos literários do país. Em 2019, foram aproximadamente 4 milhões de livros vendidos e, em 2021, na versão pocket da Bienal por causa da pandemia, 2,5 milhões de exemplares.

Cid ainda comemorou a potência do festival ao celebrar sua própria história.Nestes 10 dias de Bienal do Livro Rio, seus 40 anos de história foram honrados em uma celebração mágica da literatura conectada às diversas mídias. Apresentamos aos cariocas e a todo o Brasil uma programação extensa, diversa e inclusiva. Em reconhecimento, o público compareceu maciçamente todos os dias, o que nos deixa muito confiantes para o futuro do livro e, por consequência , da sociedade, lembrou.

Este ano, a Shell Brasil uma das maiores companhias de energia do mundo e o Itaú – o maior banco privado do Brasil foram os patrocinadores Apresenta.

Novidades da Bienal do Livro 2023

Presente na memória afetiva de milhares de pessoas, a Bienal apostou em um jovem trio curador os escritores Clara Alves, Mateus Baldi e Stephanie Borges com o desafio de desenhar um conteúdo que percorresse as trilhas do conhecimento por assuntos variados, promovendo encontros com escuta ativa de todos os públicos e formatos de troca que desconstruíssem estereótipos e ampliassem o lugar de fala, atravessando as mais importantes questões contemporâneas. A roteirista Bianca Ramoneda assinou a direção artística do festival e a jornalista Ana Paula Costa, a produção executiva.

As crianças que visitaram a Bienal encontraram um universo lúdico chamado Uma Grande Aventura Leitora, em um espaço de 600 metros quadrados. Com curadoria de Carolina Sanches, Martha Ribas e Rona Hanning, a experiência imersiva infantil trouxe a magia das histórias que extrapolam os livros e ganham as emoções das crianças. No espaço, os pequenos foram recebidos pelo Chapeleiro Maluco, de Alice no País das Maravilhas, e também foram comemorados os 60 anos da personagem Mônica, da obra de Maurício de Sousa.

Entre as novidades, a Bienal das narrativastrouxe o Baile de Máscaras da Julia Quinn, promovendo uma festa de época como acontece nos episódios de Os Bridgertons, sucesso de livro que virou série. Destaque também para o desfile de fantasias das autoras estrangeiras Holly Black e Cassandra Clare, promovendo uma nova experiência para os fãs. Os visitantes também tiveram a oportunidade de experimentar um momento de meditação zen budista guiados pela Monja Coen.

A Bienal 40 anos também lançou o ‘Páginas na Tela, com curadoria da cineasta e escritora Rosane Svartman, e ‘Páginas no Palco, coordenado por Bianca Ramoneda, os formatos convergem essas narrativas que se cruzam entre livro, audiovisual e teatro, com nomes como Guel Arraes, Raphael Montes, Klara Castanho, Vera Holtz, Claudia Abreu. Houve ainda o Sextou com Simas, encontros em que o professor e autor Luiz Antonio Simas recebeu convidados, transformando o Café Literário em um verdadeiro boteco carioca. Neste espaço, que tradicionalmente recebe grandes nomes da literatura, a curadoria propôs um momento de fala batizado de Em Primeira Pessoa, para autores como Ailton Krenak e Conceição Evaristo.

Pela Bienal também passaram nomes como Mauricio de Sousa, Ana Maria Gonçalves, Thalita Rebouças, Laurentino Gomes, Ana Maria Machado, Carla Madeira, Bia Bedran, Eliana Alves Cruz, Valter Hugo Mãe, Lázaro Ramos, K.L. Walters, Pequena Lô, Paula Pimenta, Paola Aleksandra, Enaldinho, Luluca e Elayne Baeta esses últimos, verdadeiros popstars, levando fãs à gritaria. Público geek também se esbaldou com a programação e o novo espaço Artists Alley, com quadrinistas independentes de todo o Brasil.

O evento também abrigou o Rio International Publishers Summit, promovido pelo SNEL, para conectar os protagonistas do mercado editorial e discutir temas urgentes para o setor. Entre os destaques, o fórum tratou dos desafios da transformação tecnológica, passando pelo uso da inteligência artificial e a preservação do direito autoral.

Bookstan = book + stalker + fan

Houve aumento expressivo no número de alunos do projeto de visitação escolar, com mais de 100 mil alunos de escolas da rede pública das cidades do Rio, Queimados e Angra dos Reis, além de investimentos de R$ 13,5 milhões para a aquisição de livros para os estudantes das redes municipais e estadual do Rio. Profissionais da educação do município do Rio também receberam vouchers para compra de obras literárias.

Muitas editoras também bateram o recorde dos recordes, dentre todos os eventos literários do país, o que confirma a relevância da Bienal para o calendário cultural dos brasileiros. Nas redes sociais, a expressão A Bienal é o Rock in Rio dos Bookstanganhou força. Bookstan é uma definição de fãs que vai muito além da palavra leitor: querem conhecer com profundidade as obras, acompanham seus autores prediletos, querem ouvir, pegar autógrafos, registrar o momento.

A editora Sextante, por exemplo, celebrou o crescimento de 140% nas vendas nesta edição, se comparada à Bienal de 2021, alcançando mais de 60 mil livros vendidos durante os dez dias de evento. Em relação à Bienal do Livro de São Paulo, que aconteceu no ano passado, o aumento foi de 40%. Já a Globo Livros teve a sua “melhor Bienal de todas”, com aumento de 60% no faturamento em relação aos resultados da Bienal do Livro de São Paulo e quase três vezes mais, se comparada à edição de 2019 da Bienal do Rio.

O Grupo Editorial Record registrou um crescimento de 50% no faturamento sobre a Bienal de São Paulo e 130%, em comparação à Bienal de 2021, com 995 títulos comercializados, sem contar com as vendas do domingo, último dia do festival. A Rocco, por sua vez, não esteve presente na edição de 2021, mas já bateu a edição de 2019 com vendas 135% maior. O resultado da Bienal 40 anos também foi 85% acima do evento literário de São Paulo, que até então tinha sido a melhor edição da editora. Para a HarperCollins Brasil, esta edição “foi histórica”, com mais de 40 mil livros vendidos, o que representa um aumento de 190% em relação à Bienal de São Paulo e, em faturamento, um crescimento de mais de 250%.

Bienal carbono zero e ESG

Além do projeto de visitação escolar, em que os estudantes de escolas públicas acessam a Bienal gratuitamente, o festival também conta com outras iniciativas sociais e inclusivas, como a tradução simultânea em libras de todas as sessões da programação oficial e visitas guiadas para deficientes visuais em parceria com o Instituto Benjamin Constant, ações que tiveram patrocínio da Colgate-Palmolive.

Nesta edição comemorativa, a Bienal também neutralizou suas emissões de gases do efeito estufa, com apoio da Shell Brasil, através da compra de créditos de carbono de projetos que preservam a Floresta Amazônica (REDD+) e promovem a geração de energia renovável (eólica). A neutralização vem acontecendo por meio de inventário, envolvendo as fases de pré-produção, montagem, realização e desmontagem do evento.

Desde 2015, a Bienal realiza a coleta seletiva de todo o lixo do evento, trabalhando com ONGs parceiras para minimizar o impacto ao meio ambiente e contribuir com a economia circular, incrementando a renda de cerca de 70 famílias atendidas pelas cooperativas. Este ano, foram recolhidos 1.238kg de PET, 8.540kg de papelão, 1.367kg de plástico e 1.870kg de latinhas de alumínio, que terão destinação ambientalmente correta.

Os pavilhões do Riocentro foram forrados carpetes fabricados com material reciclável, 100% PET. A fabricação de um metro quadrado desse carpete consome, em média, três quilos de PET reciclado, reduzindo substancialmente o impacto ambiental com o descarte irregular dessas embalagens. Com a desmontagem do evento, o carpete retirado será doado para empresas que o transforma nos mais variados tipos de produtos, como forro para celas de cavalo, chapéus, molas de colchões, capachos de portas, jogo de banheiro e cozinha, lixeirinhas para veículos, entre outros; gerando renda e, principalmente, colaborando com o meio ambiente e com a natureza.

Este ano, o festival extrapolou o Riocentro e levou seu Bienal nas Escolasa dois colégios municipais na Zona Norte. Além disso, junto com o SNEL e as editoras associadas e expositoras, distribuiu 2 mil exemplares em parceria com o MetrôRio aos passageiros do sistema e apoiou o Hemorio com entrega de livros para doadores, recolhendo 790 bolsas de sangue, o que permitiu a distribuição de obras literárias para hospitais do SUS. A Bienal também firmou parceria com a Arquidiocese do Rio para distribuir outros mil livros para bibliotecas sociais da entidade.

Bienal do Livro Rio abre venda de ingressos e anuncia as novidades da edição especial de 40 anos
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Livros

Bienal do Livro Rio abre venda de ingressos e anuncia as novidades da edição especial de 40 anos

Presente na memória afetiva de milhares de pessoas, a Bienal do Livro Rio vai promover – em sua edição comemorativa de 40 anos – experiências que vão além dos livros, em palcos inéditos e com bastante interação com o público. Realizado pela GL events Exhibitions e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), o maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país vai reunir mais de 300 autores e personalidades em mais de 200 horas de programação para um público de todas as idades, entre os dias 1º e 10 de setembro, no Riocentro, Barra da Tijuca. A expectativa é de que aproximadamente 600 mil pessoas circulem pelo evento nos dez dias de programação. Os ingressos para a Bienal 40 anos começam a ser vendidos nesta terça-feira, dia 1º de agosto, através do site: link.

O festival traz relevantes discussões contemporâneas, acompanhando as mudanças do mundo. Novas abordagens vão criar mais conexões com os visitantes, unindo pessoas apaixonadas por contar e ouvir histórias, e fomentar o que nos diferencia como seres humanos: a capacidade de sentir e de se emocionar, comsessões pensadas para explorar a transversalidade dos livros, trazendo as narrativas que vão para os filmes, séries, músicas e peças de teatro.

Entre as novidades, destaque para os formatos Em Primeira Pessoa e Páginas no Palco pensados para ocupar o tradicional Café Literário – e o Páginas na Tela, que promete movimentar a Estação Plural. Há ainda um novo espaço de diversão e efervescência batizado de Palavra-Chave.

“A Bienal é um evento muito querido e que faz parte do calendário do país. Ao longo desses 40 anos, deixou de ser uma feira de livros e se transformou em um festival de cultura e entretenimento, oferecendo experiências que transcendem o formato do livro físico para um conceito de leituras elásticas, permeando o audiovisual, teatro, música e games. Estamos trabalhando para entregar ao nosso público, neste ano tão especial, uma edição como nenhuma outra”, afirma Tatiana Zaccaro, diretora de Negócios da GL events Brasil.

A Bienal 40 anos também decidiu apostar em um coletivo curador para apresentar o conteúdo de forma integrada, percorrendo uma trilha de conhecimentos por temáticas variadas. Assim, Clara Alves, Mateus Baldi e Stephanie Borges assinam os espaços Café Literário e Palavra-Chave, convidando autores para conversar a respeito de assuntos da atualidade, e não apenas sobre as suas expertises já conhecidas. As mesas reunirão, por exemplo, personalidades negras, LGTBQIAPN+ e feministas, todas juntas, em busca da diversidade de perspectivas.

O festival, que recebe visitantes de todas as idades, foi cuidadosamente pensado para agradar a todos os perfis de público, com uma programação variada e diferente de tudo o que se viu em edições passadas.

“O leitor é o motivo da nossa existência. Chegamos aos 40 anos acreditando nas pontes que criamos e nos sonhos que ainda podemos realizar. Queremos que as experiências sejam cada vez mais positivas e marcantes na vida das pessoas”, celebra o presidente do SNEL, Dante Cid.

Confira os espaços e os novos formatos

Café Literário

O Café Literário chega à edição 2023 renovado. Com uma proposta mais intimista e envolvente, segue promovendo discussões que apontam os rumos da nossa sociedade. Por ele, vão circular mais de 45 nomes que são referência na literatura e nas artes, para trocas de ideias e pontos de vista sobre incontáveis assuntos, distribuídos em mais de 20 mesas. No espaço, os bastidores da escrita e de outras formas de contar histórias ganharão evidência com a chegada de dois formatos inéditos: o Em Primeira Pessoa e o Páginas no Palco.

Em Primeira Pessoa

Estreante na programação do Café Literário, o formato Em Primeira Pessoa trará autores consagrados para conversar com o público, em estilo semelhante ao TedTalks. Entre os nomes confirmados estão os de Conceição Evaristo e do líder indígena Aílton Krenak. Após as apresentações, haverá espaço para perguntas com mediação de Eliana Alves Cruz e Orlando Calheiros, respectivamente ao lado de Conceição e Aílton. A grande diferença será o tempo de discurso maior, proporcionando ambiente mais confortável para as conversas.

Páginas no Palco

Outra atração inédita do Café Literário é o Páginas no Palco, que levará performances, leituras e monólogos de grandes personalidades do teatro, com peças adaptadas dos livros. Vera Holtz, Cláudia Abreu e Beth Goulart são algumas das 11 personalidades que subirão ao palco, sob direção da escritora e atriz Bianca Ramoneda.

Sextou com Simas

O Café Literário também ganhará “resenhas” em clima de boteco com Luiz Antonio Simas. Nas duas sextas-feiras, dias 1º e 8 de setembro, o autor recebe convidados para o Sextou com Simas, uma verdadeira “mesa de bar” que vai levar debates quentes das ruas para a Bienal.

Estação Plural – Páginas na Tela

O Estação Plural é um espaço já conhecido do público, que nesta edição pós-pandemia se transforma para abraçar a pluralidade, as várias maneiras de se trabalhar o conteúdo. Uma delas será o formato inédito Páginas na Tela, que terá foco nas narrativas audiovisuais e discussões sobre obras literárias que originaram filmes, novelas, séries e minisséries. A escritora, diretora e produtora Rosane Svartman assina a curadoria de seis mesas, que serão ponto de encontro do público com autores, diretores e atores que participam de suas vidas. Nos dias 2, 3 e 9 de setembro, expoentes de produções do cinema, TV e do streaming participam das mesas em dois horários, às 15h e às 18h.

Palavra-Chave

O Palavra-Chave é um espaço totalmente novo, do debate e da emoção: Dos romances de época a questões sociais e latentes, do “felizes para sempre” ao humor, do universo da fantasia à cultura pop. Na agenda, já estão confirmadas festas temáticas, pocket shows e estreias. Um dos eventos mais aguardados será o animado baile de máscaras com traje à fantasia da Julia Quinn, autora do estrondoso sucesso “Os Bridgertons”.

Entra na Roda

Novidade do Palavra-Chave, o Entra na Roda é inspirado no programa Roda Viva, que estreou na televisão em 1986. A atração levará grandes autores para serem entrevistados por formadores de opinião em formato similar ao que ficou famoso: o convidado ficará ao centro de um círculo com os mediadores em volta. Entre os nomes que passarão por lá estão os autores Jenna Evans Welch e Abdi Nazemian. Serão quatro mediadores com cada convidado e entre os nomes previstos estão Luly Trigo, Renato Ritto, Bia Crespo e Clara Savelli (Entra na Roda com Jenna) e Felipe Cabral, Vitor Martins, Patrick Torres e Giu Domingues (Entra na Roda com Abdi).

A Grande Aventura Leitora / Espaço Infantil Imersivo

O público infantil receberá uma programação qualificada, lúdica e envolvente, com curadoria do LERCONECTA, de Carolina Sanches, Martha Ribas e Rona Hanning. Esta será a terceira edição delas na Bienal do Livro Rio. A atração imersiva, inspirada no clássico “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll, é um dos destaques da Bienal e nela, grandes personagens da literatura infantil brasileira vão se reunir para uma grande festa, logo na abertura do evento. Com 600 m², o lugar terá três ambientes: O Livro é Elástico, Ler é Abraçar e Ler é Encontro. Além de cenários altamente instagramáveis, o espaço terá uma série de eventos, exibição de filmes e até um DJ, que será ninguém menos que o Chapeleiro Maluco.

Mais uso da área verde e atendimentos inclusivos

Este ano, a Bienal do Livro Rio vai privilegiar os jardins do Riocentro, mais uma vez em consonância com as mudanças ao redor. Depois dos meses de confinamento, as pessoas passaram a valorizar ainda mais o ar livre, o respiro, o vazio que pode ser ocupado de novas maneiras.

Além de plural, a Bienal é inclusiva. Como ocorreu nos anos anteriores, todas as sessões da Bienal terão tradução simultânea em Libras e, em parceria com o Instituto Benjamin Constant, deficientes visuais farão visitas guiadas em espaços do Riocentro.

Doação de livros e uma Bienal poética nas Escolas

A Bienal do Livro Rio se expandirá para a cidade no mês de agosto. Através de uma ação com o Hemorio, cada doação de sangue será revertida na doação de um livro para uma instituição a ser definida. O projeto Bienal nas Escolas levará autores a escolas da rede municipal de ensino. Em uma das ações, o poeta Allan Dias Castro fará uma oficina de poesia sob o tema “Vozes aos sonhos”. A ideia é as turmas criarem um poema coletivo e participarem de um concurso entre as escolas.

Patrocinadores

Este ano, a Shell Brasil – uma das maiores empresas de energia do mundo – vai estrear na Bienal do Livro Rio como Apresenta, junto com o Itaú, maior banco privado brasileiro e patrocinador do evento em 2019. Parceiras de edições anteriores, Colgate, BIC, Transegur, Suzano e Supergasbras também estão fazendo parte desta edição comemorativa, além das estreantes Zap Imóveis, Dataprev, Redecard e da Fundação Itaú, que apostam no alcance do produto Bienal do Livro Rio entre um público diverso, de todas as idades, para ampliar a visibilidade de seus projetos.

Como uma das maiores incentivadoras da cultura brasileira, temos a honra de patrocinar a Bienal, reforçando nosso compromisso constante de transformar vidas. Entendemos ser fundamental o fomento à cultura como ponte para o desenvolvimento e a cidadania. Esperamos que a parceria entre a Shell e a Bienal possa impactar positivamente milhares de vidas e levar cultura a muitas pessoas”, comenta Glauco Paiva, gerente executivo de Comunicação e Responsabilidade Social da Shell Brasil, lembrando que a companhia ocupa atualmente o segundo lugar entre as maiores patrocinadoras de cultura no país por meio de verba incentivada.

Prestes a completar 110 anos no país, a Shell é uma empresa de energia integrada com participação em Upstream, no Novo Mercado de Gás Natural, Trading, Pesquisa & Desenvolvimento e no Desenvolvimento de Energias Renováveis, com um negócio de comercialização no mercado livre e produtos ambientais, a Shell Energy Brasil. Aqui, a distribuição de combustíveis é gerenciada pela joint-venture Raízen, que recentemente adquiriu também o negócio de lubrificantes da Shell Brasil. A companhia trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro da energia.

Livros

Dia Nacional do Livro Infantil: 12 dicas para presentear as crianças

O Dia Nacional do Livro Infantil é comemorado anualmente em 18 de abril no Brasil. Essa data foi escolhida em homenagem ao nascimento do escritor Monteiro Lobato, considerado um dos maiores nomes da literatura infantil brasileira, responsável por escrever clássicos como “O Sítio do Picapau Amarelo” e “Reinações de Narizinho”.

O objetivo dessa celebração é incentivar a leitura e a literatura infantil, valorizando a importância dos livros na formação crítica e cultural das crianças. Confira a seguir 12 dicas de livros da Literare Books International para presentear as crianças nesta data:

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Eu só quero brincar, de Luana Menezes

Cadu não entende o motivo de o seu pai proibi-lo de brincar com Malu. Assustado, e na tentativa de compreender o porquê disso, o pequeno recorre à sua mãe, que irá propor uma reflexão. Com uma linguagem inclusiva e acolhedora, Luana Menezes provoca a reflexão sobre o papel social quanto à liberdade de expressão, principalmente na educação de garotos. Uma obra que contribui para que meninos exerçam a sensibilidade de forma plena, cuidando, assim, da saúde emocional deles.

Onde encontrar: Amazon 

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Marisa na nova escola, tudo novo toda hora, de  Miriam V. Flor Park, Roberta Takei, Ronaldo Trindade e Thaís Ferreira S. Lima

Esta linda obra conta a história de uma garotinha chamada Marisa. Ela é uma menina muito alegre e esperta. Porém, recentemente, a sua vida se transformou por completo ao mudar para outro estado com sua família. Lá, tanto ela quanto seus coleguinhas da nova escola vivem alguns conflitos causados pelas diferenças culturais entre eles. É aí que sua professora, a Senhorita Jane, entra em ação e propõe a realização de um dia cultural na turminha de Marisa, promovendo, portanto, uma familiarização e trazendo reflexões sobre o fato de que a diversidade é algo natural e que até podemos estranhar primeiramente, mas devemos respeitar, tentar compreender e sempre aprender muito por meio dessas diferenças.

Onde encontrar: Amazon 

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Autoestima de A a Z, de Iara Mastine e Cristiane Rayes

Indicado para todas as idades e para os adultos que querem se conectar com sua criança interior, fortalecer seu amor próprio, bem como ajudarem as crianças a desenvolverem esse sentimento, o livro mostra a história do duende Az, que construiu sua maneira de fortalecer a autoestima, percorrendo o alfabeto de A a Z.

Onde encontrar: Loja Literare Books

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Diário de uma garota que não gostava de legumes, de Gisele Domenici

Alguns dos desafios de educar na infância resolvidos em um só livro. Misturando a leitura lúdica com o incentivo à alimentação saudável, a neuropsicóloga Gisele Domenici ajuda papais e mamães a lidar com o tema. Quem já teve que lidar com a formação de uma criança sabe como a infância é importante e que esta também pode ser uma das fases mais complexas. É normal que elas se inspirem e vejam no cotidiano as diversas “profissões” exercidas pelos pais, professores, nutricionistas, cozinheiros e até psicólogos. Perante as crianças, que têm o seu mundinho à parte, é necessário entender bem a psicologia infantil para falar a língua delas. É nesse ponto em que a escritora traz um guia lúdico, divertido e cativante para auxiliar os papais e as mamães a entenderem os pequenos. Segundo a autora, é importante que todos aprendam a se alimentar de forma adequada e que a hora de preparo dos alimentos e das refeições seja um momento para reunir a família, nutrindo também o lado emocional. A obra tem uma linguagem leve e animada, tornando a leitura apropriada ao universo infantil e até os mais novinhos a entendem sem dificuldade.

Onde encontrar: Loja Literare Books 

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Compreender e Acolher, de Deborah Kerches

Neste livro, a partir de muito trabalho clínico e pesquisa, a Dra. Deborah Kerches apresenta o espectro autista a todos de uma forma lúdica, empática e com embasamento científico. Seu conteúdo é voltado a crianças, adolescentes e adultos, para que todos possam se informar e conscientizar sobre o espectro autista, possibilitando o reconhecimento dos sinais precoces e a construção de uma sociedade inclusiva. Relacionar-se requer colocar-se no lugar do outro e, por meio desta obra, os leitores passam a compreender melhor as pessoas com TEA e o quanto podem aprender com elas. Independentemente da idade, este é um livro inédito, em que diferentes públicos podem se beneficiar das lições da autora, seja pelas páginas com conteúdo escrito, seja por meio da história em quadrinhos.

Onde encontrar: Amazon |  Literare Books 

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O solzinho de todas as cores, de Cristina Martinez

A obra trata da importância de sermos e respeitarmos como somos, pois, ninguém é igual a ninguém e cada um é bonito do seu jeito. Em um caminho de descobertas, o curioso solzinho irá mergulhar num mundo cheio de cores, emoções e sentimentos. A leitura é dinâmica, cativante e de fácil compreensão para as crianças. Venha você também descobrir e aprender com esta linda história com ilustração de Theo Augusto.

Onde encontrar: Amazon | Literare Books

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A festa do quadradinho, de Tatiane Mano

Educar crianças é uma tarefa desafiadora. Transmitir valores e preparar cidadãos conscientes de seu papel na sociedade, mais ainda. Neste livro, a autora mostra aos pequenos a importância de entender desde cedo a diversidade presente nos seres humanos, seja esta de origem étnica, crença ou de opinião. De maneira lúdica, a autora trabalha conceitos importantes e mostra às crianças como lidar com as diferenças, assim como é fundamental aceitar-se.

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Trilogia elétrico – um garotinho com TDAH, de Eduardo Ferrari

Elétrico”, em 2019. “Distraído”, em 2020. “Falante”, em 2021. O capítulo final da trilogia com histórias de Bernardo, uma criança portadora de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), retrata a evolução do personagem ao longo dos anos. Com ilustrações do renomado cartunista e artista plástico Paulo Stocker, a trilogia do pequeno Bernardo é baseada nas experiências reais do autor Eduardo Ferrari, que também é portador de TDAH tardiamente diagnosticado.

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Aventura no monte cigarra | Amazon.com.br

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Aventura no Monte Cigarra, de Elaine Alves dos Santos

Letícia – a Lelê – faz aniversário de oito anos, mas não sabe o que pedir de presente. Seus pais não gostam de festa e o mundo passa por uma pandemia, deixando-a longe dos colegas de escola, com quem poderia festejar. Porém sua amiga Flávia tem uma surpresa para ela: um livro de aventuras que fala de uma Fonte dos Desejos. Elas, então, decidem encontrar essa fonte. Para isso, precisam passar pelo Monte Cigarra e suas cigarras! O livro ensina que elas devem levar óleo de cozinha, cordas, tênis e tapadores de ouvido para chegar à Fonte. Uma aventura de aprendizados, preservação e muito companheirismo marca a saga de Letícia, Flávia e o desejo – entre tantos – por uma festa de aniversário. Cigarras gigantes que se entendem com meninas humanas e trazem uma mensagem de preservação do planeta Terra são personagens centrais nesta história fantástica pelas matas do Rio de Janeiro.

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Porque o coração chora, vovó?, de Maria Amália Forte Banzato

A obra estimula a identificação das emoções pelas crianças e a afetividade entre netos e avós. A partir da história de Vovó Catarina e da netinha Carolina, os pequenos leitores aprendem a lidar com os próprios sentimentos, imergindo em situações do cotidiano. Nesta linda história, Vovó Catarina revela à netinha Carolina grandes segredos do coração. Ensina a garotinha a ouvir as melodias da própria alma; aquilo que está no peito e não sabemos identificar. Mas, ao decifrarmos, prestarmos atenção, faz todo o sentido e até o coração cantar, nos momentos de felicidade. A autora desde questões familiares, desentendimentos entre os pais até as frustrações pelas quais as crianças passam durante as etapas de desenvolvimento. De forma leve e lúdica, graças às ilustrações, os pequenos leitores conseguem acompanhar o texto e assimilar conceitos básicos para se organizar, ter paciência e autocontrole emocional.

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Ser diferente é legal - Loja Oficial da Literare Books

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Ser diferente é legal, de Juliana James

livro conta a história emocionante e cativante do personagem Enzo, um garoto diferente. Como todos, cheio de sonhos e apaixonado por esportes, mas que convive com a paralisia cerebral. Sempre apoiado pela família, ele descobriu formas de driblar suas dificuldades e de adaptar a vida para sua condição de cadeirante.

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Princesas poderosas e suas mascotes Click e Drick, de Cláudia Danienne Marchi

Ao longo de uma divertida narrativa, os pequenos leitores terão a oportunidade de conhecer as princesas do mundo moderno: Vic, Nina, Lica, Tivi, Dim e Cici. Cada qual com suas mascotes, estas, análogas aos modelos mentais que todos temos. Click evidencia boas ideias, tal qual a expressão corriqueira “deu um click no pensamento” e, a outra mascote, a Drick, remete a pensamentos confusos que, às vezes, assolam nossas mentes. Com o decorrer da história, percebe-se que as princesas poderosas são muito diferentes das princesas dos contos de fadas tradicionais e, sim, meninas do mundo real. Enquanto uma é cientista, a outra é atleta, a outra artes. A diversidade e inclusão também são causas fortes evocadas no livro, detalhadamente pensadas na composição das personagens. A obra evidencia a pluralidade de perfis e comportamentos, de modo a fomentar uma reflexão de que quanto mais plural for o relacionamento humano, equipes, interações, melhores serão as oportunidades, pois a mensagem que importa é o SER e não o ter ou aparentar – a essência e os sentimentos é que são inspiradores e não devemos rotular ou sermos superficiais.

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Pantanal, Ricardo Martins
Livros

Ricardo Martins lança Pantanal em São José

No evento, 600 exemplares da obra vão ser doados a bibliotecas e escolas públicas; interativo, livro traz QR Code que revela os bastidores da expedição que cruzou o Pantanal durante 50 dias

Um dos principais nomes da fotografia de natureza e cultura do Brasil, Ricardo Martins lança seu livro “Pantanal” no dia 13 de abril em São José dos Campos, em evento na loja P1 Motorsports, no Jardim Aquarius. A obra é o registro de uma travessia de 50 dias que o fotógrafo fez no Pantanal um ano após os incêndios de 2020, que consumiram cerca de 30% do bioma, e traz imagens que servem de alerta para a preservação do meio ambiente.

O evento tem apoio da Veibras, principal concessionária Chevrolet do Vale do Paraíba e Litoral Norte, e da P1 Motorsports. O patrocínio é do Grupo Comolatti.

“A minha expectativa com o lançamento é bem grande. Foram dois anos sem fazer lançamentos físicos e falar de Pantanal para mim é extremamente emocionante e importante. Quero ver as pessoas enxergando o Pantanal pelas minhas lentes, como eu enxergo”, disse Ricardo Martins, autor do livro.

Para a produção das fotografias, Martins cruzou o Pantanal utilizando diversos meios de transporte –automóveis, barcos, avião, quadriciclos e até cavalos. Aí entrou o apoio decisivo da Veibras e da P1 Motorsports nessa aventura. Trilhas e terrenos acidentados foram vencidas graças ao uso de uma S10 4×4, cedida pela Veibras.  Áreas alagadas, corixos e rios foram cruzados utilizando um Seadoo, motonáutica jet fish pro, da P1.

“A Veibras é uma parceira de longa data e usar a S10 4×4 é uma ferramenta tão importante quanto a minha câmera. Para produzir esses tipos de fotografia, chegar nos lugares é complicado e por isso digo que ele já faz parte da minha mochila. Com a P1, foi um novo desafio, já que a minha missão era de fotografar a onça que hoje, é a capa do livro. Fiz cursos, treinamentos e tirei carta náutica para pilotar a Seadoo e fui para o Pantanal. Com ela, consegui adentrar em lugares selvagens, de difícil acesso”, conta Martins.

Doação

Durante o lançamento, Ricardo Martins vai fazer a doação de 600 exemplares da obra para a Prefeitura de São José dos Campos, para serem distribuídos às bibliotecas e escolas públicas da cidade. Com 204 páginas e imagens belíssimas, o livro mostra um pouco do dia-a-dia dos pantaneiros, os animais que habitam o bioma (como onças, araras-azuis e tamanduás bandeira, entre outros) e belas paisagens do Pantanal. E tem outro atrativo: para tornar a experiência interativa, todas as páginas têm um QR Code, o que abre a possibilidade do leitor ter acesso aos bastidores da expedição e participar da aventura.

O autor

Nascido em São José dos Campos, Ricardo Martins é um dos principais nomes da fotografia de natureza e cultura do Brasil. Jornalista de formação, é autor e editor de onze livros de fotografia, entre eles, “A Riqueza de um Vale” premiado com o Jabuti de 2012. Além disso, é sócio-fundador da RM Produções, produtora pela qual lança seus projetos. Em seu último livro, :Cafés da Mantiqueira”, Ricardo retratou de forma poética as belezas das plantações de cafés especiais da Serra da Mantiqueira, o esforço dos trabalhadores rurais e homenageia um dos grãos mais exportado do Brasil.

SERVIÇO
Data: 13 de abril. Horário: 19h. Local: loja P1 Motorsports, avenida Engenheiro Florestan Fernandes 500, Open Mall, Jardim Aquarius, São José dos Campos (SP). Apoio: Veibras, P1 Motorsports. Patrocínio: Grupo Comolatti. Venda do livro: https://bit.ly/LivroPatanal

Foto: Divulgação/Ricardo Martins

Bienal do Livro Rio
Atualizações, Livros

Bienal do Livro Rio anuncia programação e abre a venda de ingressos

No ano em que completa 20 edições, a Bienal do Livro Rio trará como novidade uma programação especialmente desenhada por um coletivo curador. A partir de diferentes perspectivas e narrativas plurais, o time de especialistas convidará o público ao debate em torno do mote: “que histórias queremos contar a partir de agora?”. As vendas de ingressos para o maior festival literário do país já estão abertas e desta vez ocorrerão, exclusivamente, de forma online, no site do evento.

+ Bienal do Livro Rio conta com autores internacionais
+ Experiência: Bienal do Livro do Rio de Janeiro (2015)

A XX Bienal do Livro Rio acontece de 03 a 12 de dezembro, no Riocentro, Barra da Tijuca. Em formato híbrido, com capacidade de público reduzida para evitar aglomeração, o encontro traz importantes temas do cenário cultural contemporâneo, como papos sobre juventude e fé, poesia, desenvolvimento sustentável, política e democracia, feminismo, jornalismo investigativo, adaptações audiovisuais, cultura geek e pop, LGBTQIAP+, saúde mental, ancestralidade e tendências do mercado literário, além da conexão de música, streaming e cinema com a literatura. Entre os autores internacionais estão o português Valter Hugo Mãe, os norte-americanos Matt Ruff, Julia Quinn, Beverly Jenkins e Josh Malerman, a argentina Mariana Enriquez e o japonês Junji Ito, um dos mais conceituados em mangá.

“Depois de um período tão desafiador para todo mundo, a nossa comemoração de 20 edições precisaria ser inesquecível, ratificando nosso propósito de transformar o país através da leitura e com toda a responsabilidade que o momento exige. Estamos entregando um festival ainda mais plural, aproveitando o reencontro para enriquecer nossos olhares, trocas e reflexões com muita cultura e estímulo à imaginação”, afirma Tatiana Zaccaro, diretora da GL events, responsável pela Bienal.

A Bienal é realizada pela multinacional francesa GL events, uma das líderes mundiais no mercado de eventos, e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), que há 80 anos representa a classe editorial no país. Este ano, cerca de 80 editoras já estão confirmadas, além de livrarias, distribuidores e loja de e-commerce, como Submarino.

Marcos da Veiga Pereira, presidente do SNEL, ressalta a importância social e cultural da Bienal, no contexto da retomada de eventos presenciais no país. “Nos últimos meses, os estudos de mercado têm confirmado a reconexão das pessoas com os livros, o que só reforça a missão e a razão de ser do evento: o incentivo à leitura no Brasil. A Bienal é a grande festa do livro e é muito marcante que esse seja um dos primeiros eventos culturais de grande porte neste momento de transição para dias melhores”, afirma. “Estamos muito felizes em poder continuar ampliando a representatividade do evento junto ao público, à comunidade e à indústria editorial, levando adiante a leitura como instrumento fundamental para o fomento da educação, da cidadania e da pluralidade de vozes no país”, pontua.

Estação Plural e recorde para Visitação Escolar

Para discutir o que as pessoas têm vivido e participar da construção dessas novas narrativas, a Bienal lança nesta edição a Estação Plural, espaço que reúne autores, artistas e formadores de opinião que transitam no ecossistema literário – literatura, poesia, narrativa, atualidades, cultura pop, diversidade, ficção e não-ficção.

A ideia é conversar com o público as diferentes perspectivas sobre “quem éramos, quem somos, e o que vamos ser daqui para frente”. Nomes nacionais que têm em comum a paixão pelo universo literário vão ajudar nessa missão especial: Thalita Rebouças, Conceição Evaristo, Itamar Vieira, Aílton Krenak, Caco Barcellos, Nei Lopes, Otávio Junio, Raphael Montes, Tati Bernardi, Gabriela Prioli, Pastor Henrique Vieira, Teresa Cristina, Lua de Oliveira, Luiz Antonio Simas, Lulu Santos e Antônio Fagundes, Aza Njeri e Eliane Brum, entre muitos outros. Todos os painéis serão transmitidos ao vivo pela plataforma Bienal 360°, o hub de conteúdo diário do festival.

Com a missão de despertar no pequeno visitante o interesse pelas histórias, a Bienal também tem uma área de atividade infantil. Esse ano será o Espaço Metamorfoses, patrocinado pela Petrobras Cultural, em que as crianças viverão experiências sensoriais em ambientes desenhados especialmente para elas, seguindo os protocolos de segurança. Para inspirar o público a sonhar e desenhar novos futuros, acompanhando as mudanças do mundo e da leitura, a área infantil traz uma exposição imersiva com cenários interativos e lúdicos, que proporcionarão a cada visitante a possibilidade de viver uma viagem literária em diversas linguagens. Com curadoria do LERCONECTA, o Espaço Metamorfoses do festival convida as crianças e suas famílias a descobrirem nas histórias a potência necessária para reescrever a trajetória do mundo pós-pandemia.

Outra novidade é o recorde de visitação de alunos da rede municipal carioca ao evento. No total, serão 40 mil estudantes convidados a partir da parceria com a Secretaria Municipal de Educação do Rio (SME), que vai disponibilizar mais de R﹩ 12 milhões para a compra de livros com o Cartão Bienal. Cerca de 47 mil professores de escolas públicas municipais também serão beneficiados com um voucher para comprar seus livros preferidos.

Parceria inédita da Bienal do Livro Rio com a prefeitura

Segundo o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, a Bienal é um dos principais eventos da cidade e o mais importante para a pasta.

“A Bienal tem a cara do Rio de Janeiro. A parceria com a prefeitura através da Secretaria Municipal de Educação é de grande importância para a nossa rede de ensino. A Bienal representa cultura, leitura e diversidade. Elementos que fazem do Rio de Janeiro esse lugar tão único. Estaremos celebrando a Bienal como sempre deveria ter sido.”

As inscrições para a Visitação Escolar já estão abertas. A iniciativa é destinada aos estudantes das redes pública e particular e seus acompanhantes das unidades de ensino. Os grupos terão seis dias especialmente reservados e com benefícios diferenciados para uma visita mais confortável. Os ingressos dos alunos também devem ser adquiridos antecipadamente pelo site, no valor de R﹩ 20 (meia entrada). Para cadastrar a escola, é preciso informar o endereço completo da unidade com CEP e o CNPJ ou Designação.

Para o acesso à Bienal, será necessária a apresentação do comprovante de vacinação para os maiores de 12 anos e o uso de máscaras também será obrigatório.
Heartstopper
Livros, Novidades, Resenhas

Resenha: Heartstopper 1 – Dois garotos, um encontro, Alice Oseman

Charlie Spring e Nick Nelson não têm quase nada em comum. Charlie é um aluno dedicado e bastante inseguro por conta do bullying que sofre no colégio desde que se assumiu gay. Já Nick é superpopular, especialmente querido por ser um ótimo jogador de rúgbi. Quando os dois passam a sentar um ao lado do outro toda manhã, uma amizade intensa se desenvolve, e eles ficam cada vez mais próximos.

Charlie logo começa a se sentir diferente a respeito do novo amigo, apesar de saber que se apaixonar por um garoto hétero só vai gerar frustrações. Mas o próprio Nick está em dúvida sobre o que sente – e talvez os garotos estejam prestes a descobrir que, quando menos se espera, o amor pode funcionar das formas mais incríveis e surpreendentes.

Heartstopper é um livro que me pegou totalmente desprevenido. Eu, não conhecia a narrativa. O pessoal da Companhia das Letras, num sábado, mandou pra minha casa os dois primeiros volumes, como fazem todos os meses com lançamentos que tem a minha cara. E olha… devo dizer que eles acertaram em cheio com essa escolha.

Heartstopper 1 – Dois garotos, um encontro é um livro de capa dura, super bem feito, com uma história que se desenvolve em quadrinhos. Começa contando a narrativa de Charlie Spring, um garoto nerd do primeiro ano, que se assumiu gay para a escola toda – um colégio só de meninos – e agora precisa lidar com a popularidade que veio por conta disso e de todo o bullying que ele sofreu ao sair do armário.

Já no começo do livro, sabemos que Charlie tem um romance secreto com Ben, um garoto hétero que, percebemos, o trata super mal. Felizmente, em uma troca de turmas, nosso protagonista conhece Nick, o garoto popular que está no time de rúgbi da escola.

E é nesse momento, em que os dois passam a se encontrar todas as manhãs, que se desenvolve uma amizade lindíssima que deixa a gente shippando desde o começo. Charlie ajuda Nick com os estudos, Nick convence Charlie a ir para o time de rúgbi… Até que os sentimentos entre os garotos ficam confusos. Estaria Charlie apaixonado por um menino hétero? Nick, que sempre gostou de meninas, estaria gostando agora de meninos?

Heartstopper 1 é um romance sobre amizade, descobertas e principalmente, parceria. Antes de se apaixonarem um pelo outro, Nick e Charlie são grandes amigos que se entendem, se protegem e se gostam. E ah, sim, eles se beijam e isso não pode nem ser considerado um spoiler. A tensão que esses dois passam com o passar das páginas… ai ai ai.

Devorei o livro em 30 minutos, já que, apesar de ter quase 400 páginas, tem uma leitura leve, fluida e muito rápida (e por ser em quadrinhos, isso também ajuda muito). Os desenhos são lindos, a tradução de Guilherme Miranda está impecável – não parece que foi “só” traduzido. As mensagens são verossímeis e poderiam ser enviadas por eu ou você e isso faz com que a experiência seja ainda mais real.

É um livro para chorar, rir e deixar o coração quentinho. Devorei o primeiro volume e já fui correndo para o segundo, que escreverei uma resenha depois. Recomendo demais, dou o céu todo de estrelas e preciso urgentemente das continuações.

Fiquei sabendo também, recentemente, que Heartstopper vai ser uma série da Netflix! Vai ser lindo. <3

* Os preços aqui divulgados são de responsabilidade do anunciante e podem ser alterados sem aviso prévio.

Livros do Gabu

Livros do Gabu

Livros do Gabu #01 – Sinopse: Em “O garoto que usava coroa” você conhecerá a história de Gustav Albuquerque, um garoto quieto, tímido, e que adora andar por aí vestindo uma coroa e escrevendo sobre as coisas que ouve. Mas com uma diferença: ele escreve em seu moleskine preto do seu jeito único, divertido e introspectivo. Dentro da sua cabeça, mil conflitos ocorrem, mil livros são escritos, mil amores são perdidos, mil enredos são criados…

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Livros do Gabu

Livros do Gabu #02 – Sinopse: Quando Kevin se assume gay para seus amigos e família, ele mal poderia esperar que sua vida mudaria da água para o vinho. Ou melhor, para o sangue. Em um dia supostamente comum, ele é marcado pelo misterioso Cameron, um vampiro que vive isolado do convívio social em uma mansão na cidade que está sedento por uma alma gêmea. Agora, ele passa a se transformar em uma criatura que preza por sangue mais que por sua própria vida. Incapaz de conterem seus desejos, Kev e Cam embarcam num relacionamento profundo e cheio de entrelinhas, com termos bastante complicados. Será que o sangue continuará correndo por suas veias mesmo depois de tantas explosões?

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Livros do Gabu #03 – Sinopse: contando estrelas cadentes é um livro de poesias sussurrado sobre o amor e toda a dor que vem com ele. mas não aquela dor ruim, aquela dor que vale a pena ser sentida. a dor de estar vivo. escrito em letras minúsculas, é dividido em duas partes: a queda e a sutura. porque a gente sabe cair, mas também sabe se consertar, lidar com as mágoas e crescer. contando estrelas cadentes leva o leitor para uma jornada de aceitação, autoestima e descobertas que emergem da pele para o mundo.

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[E-BOOK] Livros do Gabu #04 – Sinopse: “Me economiza!” foi um e-book de finanças pessoais e economia, disponibilizado gratuitamente para crianças e adolescentes no projeto “Jornalista Econômico”, plataforma que realizou eventos e workshops, em 2020, para ajudar jovens adultos a crescerem sem dívidas.

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[E-BOOK] Livros do Gabu #05 – Sinopse: “O Manual do Escritor” é um e-book simples e direto desenvolvido para você que quer tirar as ideias do papel e não sabe por onde começar. Seja para escrever um livro físico, para publicar um livro digital ou para começar a escrever para a internet, como nós, do Beco Literário, o nosso manual é para você.

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[E-BOOK] Livros do Gabu #06 – Sinopse: Você é dessas pessoas que chegam em um ambiente e logo sente a energia mais pesada? Ou então, sente que o ambiente fica carregado sempre que recebe uma visita em casa? Isso acontece porque você precisa aprender a se defender de ataques energéticos, sejam eles conscientes ou inconscientes. Neste e-book, você vai aprender sobre os tipos de ataques energéticos, como você pode se proteger e proteger aqueles que você ama, blindar a sua casa e descarregar seu ambiente de trabalho com técnicas simples que usam incensos, ervas, água, sal, cristais ou cartas de tarô. São 15 capítulos com técnicas e dicas simples e diretas ao ponto, do jeito que você precisa para colocar em prática ainda hoje com o que você tem em casa.

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A obsessão na moda do coaching
Atualizações, Sociedade

A obsessão na moda do “coaching”

De alguns anos para cá, o termo coaching saiu do completo anonimato para estar na boca da maior parte dos brasileiros. Antes, a palavrinha que se referia apenas a treinadores de futebol ou de esportes no geral ganhou um sentido mais amplo, em várias áreas do conhecimento. Em números, a atividade cresceu aproximadamente 300% no Brasil em quatro anos, segundo a International Coaching Federation (ICF), e o número de brasileiros com formação na área passou de sete mil em 2012 para 25 mil em 2015. E a previsão é que estes números aumentem ainda mais.

O que é “coaching”?

Para entender a amplitude do termo, é preciso voltar um pouco na história. A palavra, no Brasil, foi importada dos Estados Unidos e remete a um treinador. Em tradução livre, o coach é um treinador, um mentor. Apesar de, na nossa cabeça, provavelmente o coach ser aquele de esportes, conforme mencionado no início do texto, a palavra surgiu na educação, nas universidades inglesas dos séculos XVII e XVIII, frequentadas pela nobreza britânica. Nessa época, os alunos iam para aulas de “coach”, conduzidas por um “coacher”.

No Brasil, segundo registros, no início da década de 1990, com o advento do empreendedorismo, os empresários em ascensão começaram a demandar que seus funcionários estivessem treinados em algumas habilidades, como comunicação, gestão de tempo, produtividade, inteligência emocional e resiliência, por exemplo, palavras muito comuns nesse universo. Com isso, surfando nessa maré de ascensão do empreendedorismo, outros empresários passaram a fundar institutos que ajudavam outros empreendedores a treinarem seus funcionários. Nasceu então, o “coaching”.

No entanto, apesar dessa breve história, o termo ainda é muito amplo, ainda mais em 2020, com tantos coaches quânticos, coaches de emagrecimento, coaches de projetos, coaches de empresas…. Tem coach pra tudo! Segundo a Association for Coaching, a palavra significa “um processo sistemático colaborativo, focado na solução, orientado para resultados, no qual o “coach” facilita o aumento do desempenho do trabalho, da experiência de vida, do aprendizado auto direcionado e do crescimento pessoal do cliente”. Em linhas gerais, o treinador lança mão de técnicas para ajudar o seu aluno a desenvolver algumas habilidades.

Onde a obsessão entra nesse trabalho?

Só por definição, o trabalho de “coaching” parece muito bonito. Funcionários treinados, com técnicas desenvolvidas exclusivamente para ele. Empresas no auge, faturando muito. Será que é assim também na prática?

A profissão de “coach”, no Brasil, não é regulamentada. O número informado no início do texto, de 25 mil coaches compreende perfis bem variados de profissionais. Há pessoas com milhares de cursos, formações, horas de experiências, especializações e há pessoas que fazem um curso de cinco horas e saem sendo “coaches” e é nesse ponto que mora o perigo. Se ele tivesse ficado restrito ao ambiente empresarial, para onde foi criado, tudo ainda sim poderia estar nos conformes. Há profissionais bons e ruins em todas as áreas. O problema está na parcela desses 25 mil que fogem às normas e acabam por causar mais prejuízo às pessoas que benefício, manchando todo o nome de uma categoria.

É possível hoje em dia, ver coaches de emoção, de sentimentos, de ansiedade, emagrecimento, ciência quântica…. E onde estão os embasamentos teóricos ou científicos dessas práticas? Eu te respondo: no achismo. Dizer que é só você respirar e contar até cinco para acalmar sua ansiedade pode funcionar para muitas pessoas, mas não é uma regra geral. E tem “coach” que vai te dizer que é sua crença limitante que te impede de fazer com que isso funcione. O processo, em vez de ajudar ou de se adequar a cada particularidade, muitas vezes simplesmente culpabiliza a vítima.

E é nesse ponto, nestes “profissionais”, que encontramos o comportamento obsessivo-compulsivo. Há um aprisionamento muito grande nas obstinações teóricas, nas repetições, nos atos compulsivos que não se encaixam com a subjetividade de cada indivíduo. O trabalho que deveria ser pessoal, como um treinador se adaptando a cada um da sua equipe, acaba por se tornar um negócio massivo com regras que fogem a qualquer princípio de realidade. Ainda há, neste comportamento, um alto índice de animismo. Tudo para esses “profissionais” tem uma alma. “Você só está a um pensamento positivo de atingir tudo o que deseja para a sua vida”, eles dizem.

Não é errado ter crenças, querer pensar de forma positiva de vez em quando, torcer para as coisas darem certo. Mas é preciso que vejamos que cada pessoa é única, cada pessoa tem a sua subjetividade. As pessoas têm classes sociais diferentes, formações pessoais e profissionais distintas e uns tem mais possibilidades de acesso a lugares que outros.

Imagina só, você pega uma criança que não teve acesso aos estudos porque tinha que trabalhar com os pais para comer no final do dia e diz para ela que ela só precisa pensar positivo para alcançar o mesmo resultado no vestibular que uma criança que passa doze horas do seu dia na escola particular no ar condicionado? Me parece covardia.

Generalização e consequências

Não podemos generalizar o profissional “coach”. Existem pessoas que realmente se empenham em ajudar outras pessoas. Elas se especializam, aprendem com os acertos e erros de sua própria vida e adequam suas metodologias para cada pessoa que vá usufruir do seu treinamento. No entanto, infelizmente, elas têm se tornado raridade no Brasil. Cada vez mais é comum vermos pessoas que se formaram no curso de um final de semana causando danos permanentes a psique dos seus clientes. A pessoa entra para ser treinada, para melhorar, e sai obstinada, com crises de pânico, níveis alarmantes de ansiedade e estresse nas alturas porque acredita não estar com seu pensamento positivo o suficiente.

Não há uma fórmula mágica para lidar com pessoas. Cada ser humano é único e sua saúde mental não é um brinquedo. No século XXI, que estamos vivendo, cada vez mais vemos pessoas estressadas, ansiosas e preocupadas com o futuro. Os comportamentos compulsivos e obsessivos estão cada vez mais normalizados, sobretudo no ambiente corporativo. Os exemplos nas redes sociais são produtivos, lindos e te dizem o que você precisa fazer, só não te dizem que aquela não é a vida real. Um recorte da vida de alguém não é a vida dessa pessoa por completo, por isso, ao entrar em um processo de “coaching”, procure profissionais habilitados em psicologia, psicanálise ou então, faça tratamentos lado a lado.

Sua saúde mental não deve ser colocada nas mãos de alguém que acredita que todos os seus pensamentos e objetos são responsáveis pelo mundo exterior. Freud já dizia que o homem não é senhor nem em sua própria casa, se referindo que não temos controle total sobre o nosso inconsciente. Se não temos controle sobre nós mesmos, o que te faz pensar que temos controle sobre o que acontece fora de nós?

Atualizações

“Carpir ramas é pesado, pagam pouco para muito trabalho. E trabalho pesado…”

Vi sua foto no Facebook e bombava de curtidas e compartilhamentos. Uma garota trans, de pouca idade, carpindo ramas de batata. A legenda dizia que travesti rejeitada e odiada pela família trabalha duro e não dispensa trabalho nenhum. Parece uma linda história de superação se não fossem apenas fatos que evidenciam a decadência social de um grupo que mal é representado dentro de sua própria comunidade. O T no cenário LGBTQ+ ainda é alvo de muito preconceito e violência. Segundo pesquisa do G1, 9 em cada 10 pessoas trans acabam na prostituição. E ainda piora: sua expectativa de vida é de 35 anos, segundo dados do Senado Brasileiro. Metade da média nacional.

Entrei em contato com ela, é de poucas palavras e de família humilde. No começo, ainda como quem não confia em qualquer um, se mostra meio tímida ao contar sua história. “Nasci em uma família muito religiosa e preconceituosa, sempre tive a certeza que tinha algo de errado comigo e que ser menino não era o meu destino”, começa a desabafar S.C., de 16 anos, cursando o terceiro ano do ensino médio em Sapé, no interior da Paraíba. “Dos meus 8 anos em diante, meus pais perceberam que eu fugia muito do meio masculino e me fizeram ter medo de ser eu mesmo. Sofri muito bullying e tive que mudar de escola 5 vezes”, conta.

Dificuldades

S.C. começava a entender que não era igual as outras crianças quando começou a ser perseguida na escola. Apanhava e era excluída de todas as outras. Ainda sem se descobrir mulher trans, fazia de tudo para sua mãe não deixar ir para a escola no dia seguinte. “Meu desempenho nos estudos começaram a cair. Eu não prestava atenção na aula e só pensava o quão rápido eu teria que correr para chegar em casa e os meninos não me baterem na hora da saída”, relembra.

Aos 12 anos, veio o divórcio dos pais. Sua mãe mudou de estado e ela ficou porque ainda estava na metade do ano letivo. Seus pais trabalhavam em uma fazenda e vinham vê-la somente a cada dois meses. “Tive que morar sozinha durante um ano na nossa antiga casa, foi aí que comecei a trabalhar. Foi muito difícil arrumar algo decente, mas sempre busquei ganhar meu dinheiro da forma mais honesta possível”, confessa.

Trabalho infantil

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de 2016, o Brasil tem aproximadamente 2 milhões de crianças e jovens trabalhando, com idades entre 5 e 17 anos e, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), estão entre as atividades que mais oferecem risco à saúde, ao desenvolvimento e à moral das crianças e adolescentes, o trabalho nas ruas, nas carvoarias, nos lixões, na agricultura e no trabalho doméstico.

“Fiz amizade com uma vizinha que me deu todo o apoio. Ela tinha um barzinho e lá eu comecei a trabalhar atendendo as pessoas, servindo mesas”, continua S.C., que apesar da pouca idade, era um “rapaz” bem desenvolvido, alto e com aparência de 17 anos, segundo explica. E foi nesse cenário que sua inocência começou a ser corrompida.

No bar em que trabalhava, vários homens tentaram a aliciar, oferecendo dinheiro em troca de relações sexuais. “Segundo eles, ‘um novinho era muito bom’”, revela, enquanto se atropela para dizer que sempre dispensou, mas trabalhava também em outros lugares. “Fazia serviços em um salão de beleza, juntava reciclagem para vender e aos poucos ia conseguindo meu dinheiro”, avalia.

“O que vemos com a utilização de mão de obra infantil não é algo que ‘enobrece’, como disse o presidente Bolsonaro”, afirmou o Senador Paulo Rocha, da Paraíba, em pronunciamento após declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro, em defesa o trabalho infantil. “Quem explora a mão de obra das crianças, na verdade, só procura reduzir os custos para aumentar seus lucros”, completa.

Ao fazer 13 anos, S.C. se mudou para morar com a irmã. Contra sua vontade, foi e ficou 3 meses sem trabalho, até que saiu pelas ruas e encontrou um emprego em um lava-jato. “Percebi que não era aceito pelos meus outros colegas de trabalho, por causa do meu jeito afeminado, decidi sair depois que um me acertou no pescoço com aquele jato de água, que inclusive, doeu”, aponta. E de fato, as maiores dificuldade das empresas, nos dias de hoje, está em repassar suas culturas de diversidade por toda a hierarquia, e a população trans é a que mais sofre com assédios morais e muitas vezes, sexuais.

Os estudos somados à rotina intensa de trabalho começaram a sobrecarregar a garota, que ainda estava no auge de sua infância. “Eu também fazia bicos, carpia quintais, frente de casas e ia pra casa no fim do dia, só dava tempo de me trocar e ir pra escola, a pé, mesmo sendo bem distante. Perdi as contas de quantas vezes eu chegava em casa quase meia noite”, evidencia. E em casa, ainda fazia o trabalho doméstico da irmã que trabalhava demais. Lavava louça, lavava roupa e ainda deixava o café da manhã pronto para o dia seguinte. “Vivi assim por quase 2 anos até que vim morar com a minha mãe, e foi quando decidi ser eu mesma. Eu já tinha me assumido gay aos 14 anos e aos 16, decidi que viveria como mulher trans”, explica S.C. cheia de determinação, como quem parece estar cansada de viver com sua felicidade às custas de terceiros.

Vida nova, trabalho antigo

“Meu pai se negou a falar comigo”, relembra como quem não quer dar muita importância ao assunto e continua, “mas aqui fiz bons amigos que me aceitaram da forma que sou”. No entanto, o preço que se paga por ser quem é pode ser caro para algumas pessoas. S.C. comenta que ainda luta com alguns pensamentos da mãe, mas que continua firme em busca de sua independência. “Aqui na minha cidade é muito ruim de trabalho”, suspira. Porém, o buraco é mais embaixo. As políticas sociais estratégicas para o enfrentamento do trabalho infantil, somada às declarações polêmicas do líder do Executivo, assim como a precarização da fiscalização, trata-se de um visível mascaramento da realidade social trágica de milhões de crianças e adolescentes. Fato que só piora com a proibição da educação sexual nas escolas, cujo preconceito acaba por recair diretamente em pessoas trans, como S.C.

“Apesar de eu não ser aceita, sou uma mulher feliz só pelo fato de ter perdido todo medo que eu tinha de ser eu mesma.”

Hoje em dia, S.C. trabalha carpindo ramas de batata. “Carpir ramas é pesado, pagam pouco para muito trabalho. E trabalho pesado”, revela. Durante as 7 horas de expediente diário, com 15 minutos de descanso por 40 reais sob extrema pressão, ela ainda encontra sua motivação para ser quem é. “Tô seguindo tentando vencer, sempre fui uma mulher esforçada sem medo de trabalho pesado, sou uma ótima aluna na escola e me encontro com notas muito boas”, sorri em meio a tantas injustiças. “Outras pessoas com quem trabalho, recebem 50 reais por diária, e eu recebo só 40. Existe uma desigualdade apesar do trabalho ser o mesmo”, denuncia.

Escola

Dividindo-se entre carpir ramas, reciclar lixo e a escola, perguntei a S.C. como era lidar com tudo isso. “O que mais tem por aqui é lixo nas ruas, eu vou no meu ritmo e decido minha carga horária na reciclagem. Acho que assim estou ajudando minimamente o planeta”, comemora.

Na escola, ela se considera feliz com a aceitação dos colegas e professores. “É a primeira escola que vejo abraçar tanto a causa LGBTQ+. Todos os eventos a gente aborda esse tema com várias áreas diferentes, lá eu me sinto em casa e amada”, declara.

E além de tudo, S.C. diz que é feliz. “Apesar de eu não ser aceita, sou uma mulher feliz só pelo fato de ter perdido todo medo que eu tinha de ser eu mesma. O V. (nome de batismo) não existe mais. Agora é a S.C. e sempre foi ela que me deu forças pra seguir”, se emociona e finaliza, “Porque não foi fácil. Mas ainda tenho mais objetivos para conquistar.”

inclusão social de surdos
Colunas

A falsa inclusão social de surdos no Brasil

Mais de dois milhões de pessoas possuem deficiência auditiva severa no Brasil, número que tende a aumentar em progressão aritmética nos próximos anos. Considerando que o país tem 207 milhões de habitantes, o número eloquente de surdos, de acordo com o censo do IBGE de 2010, corresponde à população do Distrito Federal.

Tamanha expressividade não pode ser deixada de lado e o debate da inclusão dos surdos no sistema educacional é de extrema importância, principalmente para a sociedade em que vivemos que parece estar sempre em ritmo acelerado em todos os aspectos, esquecendo-se da empatia pelo próximo. É preciso pensar que existem pessoas com necessidades diferentes da generalidade considerada “normal” e é preciso incluí-las de maneira efetiva no sistema educacional, com professores bilíngues não só na teoria, mas também na prática.

O tema já foi alvo da redação do Enem e buscou, exatamente, essa expressividade que falta para a população surda. As críticas existem, mas de maneira tão ferrenha aconteceu tão somente por conta da especificidade do tema. Mas não pode se esperar muito: pessoas que nascem com um direito social intrínseco e inextricável, jamais entendem pelo o que passa uma minoria que luta pelo o que eles julgam básico para sobrevivência.

Não se conhece o mundo de uma pessoa nessas condições só pela observação e estudo. É preciso estar inserido no meio em que vivem, e só dessa forma será possível entender suas cicatrizes e onde os sapatos apertam. Os caminhos são diferentes de uma pessoa para a outra, e todos são seres humanos, com direito a espaço, respeito e aprendizado.

No entanto, é a velha história da empatia inexistente. Não há espaço para a população surda na realidade brasileira atual. O assunto é específico e nesse mérito não podemos mexer. Mas é esta a hora de levantar bandeiras pelo o que precisa ser ouvido, e acima de tudo, entendido. Os jovens, maior público do Enem, são aqueles que irão moldar o futuro de toda uma massa e para tal, a conscientização precisa acontecer desde já.

O Brasil precisa acordar para a inclusão efetiva das pessoas com qualquer grau de deficiência, fato que é garantido pela Constituição Federal: é um dever de todos e o dever não é posto em prática sem conhecimento de causa, mesmo que de maneira superficial. É preciso saber e não fechar os olhos para a realidade.

Observa-se, também, que tal comportamento é facilmente explicado pelo discurso neoliberal que a sociedade brasileira prega. Palavras bonitas de inclusão e de aceitação ao diferente são proferidas aos quatro cantos do país, mas, na hora de colocar em prática, nada, senão a hipocrisia dos olhos fechados e das críticas que recaem sobre um simples tema de redação em que a população surda conquistou para sua luta de causa, contra muitos outros que foram dados para a população considerada dentro da normalidade.

Vai muito além de conquistar uma nota máxima na redação. São vidas e sua qualidade que entra em xeque-mate junto aos dois milhões de brasileiros esperando melhorias e outros quase sete milhões de jovens que prestaram a prova.

Mais do que nunca, é necessário conquistar novos espaços. A semente foi plantada e agora precisa germinar para todos os lados. É preciso que a Libras seja disciplina efetiva e não só optativa de maneira teórica, de forma que essa conquista seja apenas a primeira batalha dessa guerra, que só é nomeada de minoria. Sempre tiveram surdos no Brasil e não são poucos. São anos de luta, de busca por reconhecimento e voz nas esferas educacionais, políticas e sociais. A causa estava invisível, pendendo inclusive para a solução inconstitucional da educação segregada, o que diminuiria ainda mais a democratização dos estudos e aumentaria a distância entre alunos com e sem deficiência.

O histórico é de violência e violação de direitos básicos. No passado, a população surda chegava a ter as mãos amarradas, para que pudessem aprender a falar e não pudessem fazer sinais. No presente, existem adeptos da oralização, que defendem que as pessoas surdas compõem uma cultura própria e precisam ser segregados. Tamanho absurdo não pode ganhar força entre as pessoas.

São vidas, pessoas com sonhos e aspirações iguais ao de qualquer outra. E, para todos, empatia é a palavra-chave. Empatia essa que vem de berço e é cultivada no dia-a-dia para disseminação do amor e da responsabilidade social. Não são mais as crianças surdas que precisam se adaptar, negar a sua identidade ou serem convencidas a viver em uma comunidade a parte, mas as escolas que precisam se modificar e se adequar para acolhê-las de maneira justa.