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Resenha: A Escola do Bem e do Mal 3 – Infelizes para Sempre, Soman Chainani

ATENÇÃO: A Escola do Bem e o Mal 3 – Infelizes para Sempre é o último livro da trilogia de Soman Chainani, então, se você ainda não leu os outros 2 livros, pode haver SPOILERS.

Após Sophie aceitar o diretor da escola como seu verdadeiro amor beijando-o e mandando Ágatha e Tedros para o Mundo dos Leitores, o mal domina a escola. Agora, a Escola do Bem se chama a Escola do Novo, onde os alunos aprendem a ser maus, como de praxe. Já a Escola do Mal é a Escola do Velho, onde os antigos vilões, após voltarem à vida, têm a chance de matar seus inimigos e reescrever suas histórias. Sophie é professora e divide o reinado com o diretor, o qual acredita ser o único que a conhece e ama de verdade.

No Mundo dos Leitores, Ágatha e Tedros vivem um dilema. Tedros, desiludido com o mundo “real” e saudoso de seu reino, culpa Ágatha por sua sorte. Essa, por sua vez, amargurada por não ser o bastante para o seu príncipe, o culpa por sua tristeza. Ambos começam a duvidar se o que sentem é mesmo o verdadeiro amor e se tomaram o rumo certo em sua história. Mas, em uma coisa eles concordam: sentem falta de Sophie. Assim, com essa certeza e com a ajuda da mãe de Ágatha que esconde mais segredos do que aparenta, os dois conseguem voltar para o Mundo das Histórias a fim de resgatar Sophie e reconstruir seu conto de fadas.

O que eles encontram, porém, não é nada do que esperavam. Sophie não é prisioneira do diretor da escola, mas sim, sua aliada, sua rainha. Os antigos heróis dos contos de fadas estão sendo assassinados por seus antigos inimigos que, inexplicavelmente, voltaram à vida. Os poucos heróis sobreviventes vivem, agora, escondidos por Merlim, e o único jeito de colocar tudo no lugar novamente é fazer Sophie matar o diretor da escola, algo praticamente impossível.

Neste último volume da saga, Soman Chainani nos mostra que o céu é o limite. Ele vai muito além do que podíamos imaginar, amarrando todas as pontas soltas e nos mostrando que os contos de fadas, por mais antigos e batidos que sejam, sempre podem ser reinventados. Em uma história a qual pensávamos ter um triângulo amoroso como trama principal, o autor expande muito mais com vários mistérios sendo revelados. Personagens antes insignificantes tomam proporções gigantescas e mostram o motivo de estarem ali. Finalmente, conhecemos toda a história da mãe de Sophie e descobrimos a razão do maior de todos os mistérios: por que, afinal, Sophie é má e Ágatha é boa? Qual é a ligação entre as duas? Ágatha e Tedros são, realmente, o verdadeiro amor um do outro? E, se o diretor da escola precisa morrer, quem vai ser o verdadeiro amor de Sophie?

Terminamos o livro 2 cheios de perguntas e expectativas e, em A Escola do Bem e do Mal – Infelizes para Sempre, todas são respondidas, até as perguntas que nem achávamos que tínhamos! Soman Chainani criou um mundo magnífico, reinventou os contos de fadas, mostrou uma nova face de personagens tão conhecidos e, principalmente, nos mostrou que o Felizes para Sempre nem sempre é igual para todos, cada um tem o seu.

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Resenha: A Escola do Bem e do Mal 2, Soman Chainani

ATENÇÃO: “A escola do bem e do mal” é uma trilogia e esta resenha refere-se ao segundo volume. Se você ainda não leu o primeiro volume, cuidado ao ler a resenha, pois há spoilers.

Em “A escola do bem e do mal 2: um mundo sem príncipes”, de Soman Chainani, Sophie e Agatha voltam para casa e tentam retomar a sua vida depois de terem passado meses na Escola do bem e do mal, matado o diretor da escola e descoberto suas verdadeiras inclinações: Sophie é do mal e tem uma bruxa escondida dentro de si, enquanto que Agatha é do bem e se apaixonou por um príncipe.

Depois que a fama passou, a cidade parou de adorá-las por terem acabado com a maldição e suas vidas voltaram a ser comuns, Agatha tem um desejo inesperado: voltar para Tedros. Sim, ninguém nunca esperaria por isso, já que ela era a que mais queria voltar para casa junto com sua melhor amiga, mas, ao contrário de tudo que poderia acontecer, Sophie já não é suficiente para ela e seu príncipe ocupa cada vez mais seus pensamentos.

Esse desejo desencadeia uma série de acontecimentos que as mandam de volta para a escola, que não é mais a mesma. Quando Agatha escolheu Sophie ao invés de Tedros, ela provou que uma princesa não precisa de um príncipe para ter seu final feliz e, agora, todas as princesas estão fazendo a mesma coisa, expulsando seus príncipes de seus reinos e se salvando sozinhas. A Escola do Bem virou a Escola de Meninas e a Escola do Mal, Escola de Meninos, e eles se declararam inimigos mortais. Todas as histórias tiveram seus finais mudados, onde as mulheres não precisam de homens e a única forma de mudar tudo é se Agatha desejar sinceramente voltar para casa com Sophie, como era antes.

A história ainda não chegou ao fim, é uma trilogia e eu nem tenho que dizer como estou ansiosa para o último volume. Esse autor, até então, desconhecido para mim, se revelou uma grande surpresa, pois conseguiu explorar um tema tão batido hoje em dia de forma inédita. Esse segundo livro é mais emotivo, intenso e vemos claramente que não se divide as pessoas, simplesmente, em boas e más. Uma frase bem famosa de uma outra saga notável nos diz que todos temos o bem e o mal dentro de nós, o que nos define são nossas escolhas e isso fica bem claro em “Um mundo sem príncipes”. Até onde você iria pelo seu verdadeiro amor? Uma amizade basta para deixar a vida completa? O amor rejeitado vira ódio? Vale a pena ler e conferir.

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Resenha: A Escola do Bem e do Mal, Soman Chainani

“Na floresta primitiva

Há duas torres erguidas,

Na Escola do Bem e do Mal,

A Pureza e a Malícia.

Quem nelas ingressar

Não há como escapar

Se um conto de fadas

Não vivenciar.”

Foi com esses versos que começou uma paixão. Eu, Mariana Bernicchi, uma fã incondicional de diversas variações de contos de fadas e suas releituras, finalmente encontrei no livro “A Escola do Bem e do Mal” uma teoria que não só faz muito sentido, como também engloba várias histórias diferentes numa só.

Quanto ao criador deste magnífico universo sem sequer uma ponta solta, trata-se de um escritor formado em Literatura Inglesa e Americana em Harvard e participante do programa de filmes da Columbia University. Soman Chainani tem raízes indianas, nasceu em Miami e mora atualmente (2016) em Nova York. Sua maior paixão, assim como a minha, são os contos de fadas. Após severas pesquisas sobre os escritos de Grimm, Andersen e Perrault, o autor decidiu unir todas as histórias numa só, adicionar seus próprios personagens, reaproveitar personagens existentes e dividi-los em duas escolas.

Mas antes de falar dessas escolas, vamos introduzir a situação inicial das protagonistas. Ambas vivem numa vila amaldiçoada e cercada por uma floresta sem fim, para a qual a cada quatro anos são levados dois jovens- um bom e um mau- que nunca mais são vistos nessa vila novamente. No entanto, são vistos em livros de contos de fadas, que chegam magicamente à livraria local, deixando como pista o selo de uma escola. Há uma lenda, portanto, que diz que um diretor leva as duas vítimas, cada uma para uma escola, para aprender como ser um herói ou um vilão em histórias infantis.

Uma das protagonistas, Sophie, sonha desde sempre em ir para a Escola do Bem e tornar-se uma princesa, ao passo que sua melhor amiga, Agatha, é vista por todos como bruxa e como o perfeito exemplo do Mal em pessoa.

Quando ambas são raptadas, há uma reviravolta: Sophie vai para a Escola do Mal e Agatha para a Escola do Bem.

Romance, magia, discórdia e muita aventura são explorados ao longo dos três livros da série, “A Escola do Bem e do Mal”, “Um mundo sem príncipes” e “The last ever after”, ainda não traduzido pela Editora Gutenberg, que comprou os direitos da saga no Brasil.

Ps.: Essa foi minha primeira postagem, então espero que gostem. Beijo pra vocês, becudos! Continue lendo

Escola Modelo
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Cultura, Teatro & Exposições

Espetáculo Escola Modelo propõe diálogo sobre racismo e os desafios da educação brasileira

O espetáculo Escola Modelo convida os espectadores a uma jornada e reflexiva sobre os impactos das ações afirmativas e do racismo estrutural na formação escolar. Com direção de Fernando Vilella e dramaturgia de Bruno Lourenço, a peça estreia em 14 de junho, sexta-feira, às 21h30, no Sesc Ipiranga. A temporada segue até 21 de julho, com sessões sextas, às 21h30, e aos sábados e domingos, às 18h30. Sessão no feriado de 9 de julho, às 18h30.

Através das experiências pessoais dos performers Pedro Granato e Letícia Calvosa, o projeto propõe uma narrativa que atravessa as fronteiras entre o público e o privado, o político e o pessoal. Calvosa, uma mulher negra que enfrentou dilemas sobre as cotas ao ingressar na universidade, e Granato, um homem branco que foi gestor público de formação, refletem sobre como o racismo moldou suas trajetórias educacionais.

“Como estudante negra, sei que a formação escolar é um momento de muitas descobertas sobre o mundo e sobre si. Um momento delicado que, se não for bem experienciado pelo aluno, pode apagar suas potencialidades e história. O racismo estrutural se apresentou pra mim nesse processo com professores sem letramento racial, com materiais didáticos pensados pela branquitude e para a branquitude, sem referências onde eu me visse representada”, conta a atriz.

Para Granato, que implementou cotas raciais em programas educacionais e levou escolas para as periferias durante sua atuação no poder público, também é preciso questionar sobre a forma que algumas instituições têm inserido alunos em seus espaços. “Incomoda quando essas mesmas escolas que por décadas segregaram agora buscam, à custa de muito dinheiro, se colocar como pioneiras da luta antirracista. Meu foco central é a defesa de uma transformação estrutural, política de nossa desigualdade racial. E que possamos também aprofundar esse debate encontrando as sombras do processo para não se transformar em algo maniqueísta que serve mais para redes sociais que transformações reais”, reflete.

Créditos: José de Holanda

A criação do texto partiu de duas forças condutoras, segundo o dramaturgo Bruno Lourenço. “O privado (relatos pessoais, pensamentos, reflexões) e o público (poder público, leis, instituições). Tudo isso permeado pelo discurso de raça e gênero, que atravessa o espetáculo, e a oposição fundamental entre trabalho e sonho (segundo a semiótica discursiva de Greimas)”, explica.

Autores brasileiros importantes como Sílvio de Almeida, Sueli Carneiro, Lívia Sant’anna Vaz e Cida Bento também foram fontes de debates apresentados no texto.

A peça se desenrola em uma ambientação que mescla elementos de sala de aula com a linguagem da contação de histórias, permitindo ao público uma imersão profunda nas reflexões propostas. Através do Teatro Épico de Bertolt Brecht, a encenação busca criar um distanciamento que possibilita o pensamento crítico, convidando os espectadores a questionar as estruturas sociais e educacionais vigentes.

“Se estamos aqui hoje discutindo a desigualdade racial, o plano de ensino nas escolas, a estrutura da educação, uma pergunta que se lança é: qual o modelo educacional que gostaríamos de ter, que fosse comum a todos, para os próximos anos? O público é parte fundamental da discussão. Pois é a partir dele, pela sua identificação, que podemos elaborar juntos novos caminhos a serem tomados, quanto sociedade, quanto país”, diz o diretor Fernando Vilela.

A cenografia, inspirada no filme Dogville de Lars von Trier, utiliza módulos rotativos que lembram lousas escolares, criando um espaço versátil que se transforma em diferentes ambientes conforme a narrativa avança. Cadeiras coloridas infantis dispostas entre o público reforçam a atmosfera escolar, enquanto os elementos cênicos provocam sobre as relações de poder e as dinâmicas sociais presentes no contexto educacional.

Ficha técnica:

Elenco: Pedro Granato e Letícia Calvosa | Direção: Fernando Vilela | Dramaturgia: Bruno Lourenço | Assistente de direção: Jota Silva | Desenho de luz: Ariel Rodrigues | Direção de arte: Fernando Vilela | Figurino: Thais Sakuma | Preparação Vocal: Malú Lomando | Técnico de Palco: Victor Moretti l Técnico de Luz: Ariel Rodrigues l Técnico de Som: Jota Silva l Produção Executiva: Carolina Henriques l Assistência de Produção: Rommaní Carvalhol Fotos Divulgação: José de Holanda | Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli l Produção e Realização: Jessica Rodrigues Produções e Pequeno Ato l Direção de Produção: Jessica Rodrigues.


ServiçoEspetáculo Escola Modelo 

Temporada: De 14 de junho a 21 de julho de 2024

Classificação etária: Não recomendado para menores de 12 anos.

Duração: 60 minutos.

SESC IPIRANGA – Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga

Horário de Funcionamento: Terça a sexta, das 7h às 21h30; aos sábados, das 10h às 21h30; domingos e feriados, das 10h às 18h30.

Local: Auditório

Capacidade: 30 lugares.

Informações: (11) 3340-2035.

Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (meia-entrada) e R$15 (credencial plena)

Vendas pelo site sescsp.org.br/ipiranga e nas unidades do Sesc.

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Cultura, Livros, Lugares

Bienal do Livro Rio, que será o principal evento do Rio Capital Mundial do Livro, acontecerá em nova data: junho de 2025

Depois de uma histórica edição de 40 anos, com recordes de vendas de livros e mais de 600 mil pessoas no ano passado, a Bienal do Livro Rio – maior festival de cultura, literatura e entretenimento do país – anuncia suas datas para 2025. No ano que vem, o evento ocorrerá entre os dias 13 e 22 de junho de 2025 e será a principal atração do calendário do Rio Capital Mundial do Livro, título formalizado à cidade do Rio de Janeiro pela UNESCO e pelo Comitê Consultivo da Capital Mundial do Livro.

Esta é a primeira vez que uma cidade de língua portuguesa é nomeada Capital Mundial do Livro. Um dos principais diferenciais do Rio de Janeiro para esta conquista é a realização da Bienal do Livro Rio, que foi declarada pela Prefeitura do Rio Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial da cidade.

Presente na memória afetiva de milhões de pessoas, a Bienal do Livro Rio promoveu, em 2023, experiências que foram além dos livros, em palcos inéditos e apostando na interação com o público, trazendo relevantes discussões contemporâneas que acompanham as mudanças do mundo e novas abordagens para criar mais conexões com os visitantes. Houve também sessões pensadas para explorar a transversalidade dos livros, trazendo narrativas que extrapolam para filmes, séries, músicas e peças de teatro.

Realizado pela GL events Exhibitions e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), o festival recebeu mais de 300 autores e personalidades em mais de 200 horas de programação para um público de todas as idades, unindo pessoas apaixonadas por contar e ouvir histórias.

Com o apoio de secretarias municipais e estadual de Educação, a Bienal recebeu ainda mais de 120 mil alunos da rede pública, além de professores. Para muitos estudantes, a Bienal do Livro Rio marca o primeiro contato com o universo literário. O projeto de visitação escolar, que recebeu alunos do Rio, Queimados (na Baixada Fluminense) e de Angra dos Reis (no Litoral Sul Fluminense), teve investimento de R$ 13,5 milhões para a aquisição de livros. Profissionais da rede de Educação do município do Rio também receberam vouchers para compra de exemplares, o que contribuiu para o recorde histórico de vendas das editoras.

O título de Capital Mundial do Livro valerá de 23 de abril de 2025 a 23 de abril de 2026 – não por acaso esta é data em que se comemora o Dia Mundial do Livro. Para ser coroado, o Rio de Janeiro teve que apresentar projetos via sua secretaria municipal de Cultura em que comprovava a importância do seu patrimônio literário e apresentar uma visão claramente definida com um plano de ação para promover suas iniciativas literárias, a sustentabilidade do mercado editorial e o estímulo à leitura entre os jovens, aproveitando as novas tecnologias e o ambiente digital.

“A Bienal do Livro Rio está constantemente atenta às transformações culturais e aos novos formatos da expressão literária. Sempre partimos do livro como o protagonista e fio condutor dessa relação com o leitor. Entendemos também que desempenhamos um papel fundamental como catalisadores da potência que é o universo literário. Isso, claro, foi um dos principais argumentos para que o município pudesse conquistar esse título inédito”, afirma Dante Cid, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). “No próximo ano, teremos um festival ainda mais especial, em meio a tantas comemorações, aproveitando o feriado de Corpus Christi para receber visitantes de fora do Rio”.

Atualizações

Protagonizado por Toni Servillo, “O Primeiro Dia Da Minha Vida” estreia hoje

Baseado num romance do próprio diretor Paolo Genovese (“Perfeito Desconhecidos”), O PRIMEIRO DIA DA MINHA VIDA é protagonizado por Toni Servillo, Valerio Mastandrea e Margherita Buy e traz a história de um homem misterioso que se apresenta a quatro pessoas que não veem mais saída em suas vidas. O desconhecido promete mostrar, em uma semana, como o mundo seria um lugar pior sem eles. O longa é distribuído pela Pandora Filmes e estreia hoje nos cinemas, 21 de março nas seguintes praças: Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, Campinas, Curitiba, Salvador, Ribeirão Preto, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília e Niterói. A classificação indicativa é de 16 anos.

Inicialmente, não pensava em transformar meu livro em filme. Comecei a escrevê-lo por uma vontade urgente de contar uma história, sem ter que esperar orçamento, produção, atores… Escrever é difícil porque, ao contrário do cinema, é preciso expressar tudo apenas com palavras, mas é imediato, de graça e você pode fazer isso em qualquer lugar. Fiquei disposto a fazer um filme após ouvir que as pessoas que leram a história gostaram muito. Eles me agradeceram pela história que contei, uma história de esperança. Talvez neste momento precisemos de histórias que nos deem coragem, que nos estendam a mão”, disse o cineasta em entrevista.

Com roteiro assinado por Genovese, Isabella Aguilar, Paolo Costella e Rolando Ravello, o filme se passa em Roma e traz um toque de realismo mágico com um personagem misterioso, interpretado por Toni Servillo, que encontra quatro pessoas que não se conhecem e que pensam em acabar com suas vidas.

Arianna (Margherita Buy) é uma policial que vive uma dor insuportável; Napoleone (Valerio Mastandrea) é um coach motivador que não consegue mais se motivar; Emília (Sara Serraiocco) é uma ginasta que acabou numa cadeira de rodas; e Daniele (Gabriele Cristini, de 12 anos) é um influenciador mirim que sofre bullying.

Essas pessoas irão enfrentar seus traumas, repensar suas dores e o desejo de acabar com tudo. Inicialmente, sem confiar um no outro, os quatro desconhecidos começam a criar laços de amizade e afeto que os fazem repensar suas situações e planos.

Todos os quatro são permeados por sentimentos absolutos, profundamente ligados à nossa sociedade. A depressão é filha do que vivemos, é o buraco negro mais profundo. Como explica Napoleone, ao contrário dos outros três, ele está doente sem saber o motivo. Já Emília vive a ansiedade da competição, de ter que ser a melhor.

E hoje, mesmo nas crianças, a exposição é adicionada à tríade família-escola-amigos, outra coisa com que lidar. E depois há a dor ancestral, a da perda de um filho. Uma coisa que este filme tenta fazer é que os quatro protagonistas possam reagir, encontrar sempre um ponto de vista diferente, uma razão, algo para seguir em frente”, conta o cineasta.

Toni Servillo, por sua vez, conta que um personagem como esse é uma novidade em sua carreira, que inclui filmes como “A Grande Beleza” e “O Labirinto”. “Procurei dar ao meu personagem características de simplicidade, imediatismo, cotidiano. Então eu diria que mais do que um barqueiro de almas, ele é uma pessoa que convida os quatro suicidas a redescobrirem uma parte de si mesmos que talvez mantenham escondida e não tenham coragem de trazer à tona. Ou ele é uma dessas pessoas as quais sentimos que precisamos em momentos de particular desconforto, se não de desespero. Daquelas pessoas para se ter perto, que simplesmente ajudam e te dão conforto”, conta.

Servillo também destaca a força que os personagens encontram uns nos outros e aponta isso como fundamental para o nosso tempo. “No filme, os protagonistas decidem organizar juntos um dia absolutamente normal, porque a personagem de Mastandrea funciona como um coach motivador, por isso procuram encontrar um mínimo de serenidade e recomeçar a partir daí”.

Buy explica que “há momentos chave que podem representar o verdadeiro nascimento de uma pessoa e isso é recorrente até no trabalho. Para mim, por exemplo, quando consegui entrar na Academia Nacional de Artes Dramáticas, foi o primeiro dia em que realmente senti que estava no lugar certo. Depois de uma grande espera que durou anos; quando entrei lá falei: ‘ah, estou nascendo’”.

Conceição Evaristo participa da série "Encontros com Autores" do Prêmio Jabuti
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Cultura

Conceição Evaristo participa da série “Encontros com Autores” do Prêmio Jabuti

A grande autora Conceição Evaristo, uma das vozes mais expressivas da literatura afro-brasileira contemporânea, participará do próximo “Encontros com autores” do Prêmio Jabuti, uma série de diálogos promovida pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Theatro Municipal de São Paulo. Este penúltimo encontro será realizado no dia 23 de novembro, no Salão Nobre do Theatro Municipal de São Paulo, às 19h, e terá a mediação de Catita.

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Conceição Evaristo, nascida em Belo Horizonte e radicada no Rio de Janeiro desde a década de 1970, traz em sua trajetória um profundo compromisso com a valorização das raízes afro-brasileiras, tanto em sua atuação como educadora como em sua produção literária. Com uma sólida formação acadêmica, que inclui mestrado em Literatura Brasileira pela PUC-Rio e doutorado em Literatura Comparada pela UFF, Evaristo utiliza sua escrita como uma ferramenta de luta e expressão, contribuindo significativamente para o debate sobre raça, gênero e classe social no Brasil.

Seus textos, que transitam entre a poesia, a ficção e o ensaio, têm ganhado cada vez mais destaque no cenário nacional e internacional, com participações em publicações na Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos. Além disso, seus contos são objeto de estudos em universidades brasileiras e estrangeiras, reafirmando a importância e a urgência de suas narrativas.

Catita fará a mediação deste encontro. Ela é “escrivinhadora”, professora e pesquisadora e atuante no cenário literário brasileiro, cofundadora do Coletivo de Escritoras Negras Flores de Baobá e sócia na Editora Feminas.

Este evento se insere na programação da série “Encontros com Autores”, iniciada em setembro de 2023, que já reuniu grandes nomes da literatura brasileira, como Pedro Bandeira, Aline Bei, Itamar Vieira Junior, Jeferson Tenório e Luiza Romão. E para encerrar o ciclo de encontros, a próxima conversa será feita com o autor vencedor do Livro do Ano de 2023, que será anunciado na 65ª edição do Prêmio Jabuti no dia 05 de dezembro. A conversa será mediada pelo curador do prêmio, Hubert Alquéres, e pela presidente da CBL, Sevani Matos.

Confira abaixo a programação completa:

23 de novembro, quinta-feira, 19h. Encontro com Conceição Evaristo – Mediação de Catita, “escrivinhadora” e professora
Maria da Conceição Evaristo de Brito nasceu em Belo Horizonte, em 1946, e migrou para o Rio de Janeiro, na década de 1970. Graduada em Letras pela UFRJ, trabalhou como professora da rede pública de ensino na capital fluminense. É Mestre em Literatura Brasileira pela PUC do Rio de Janeiro, com a dissertação “Literatura Negra: uma poética de nossa afro-brasilidade” (1996). Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense, com a tese “Poemas malungos, cânticos irmãos” (2011), na qual estuda as obras poéticas dos afro-brasileiros Nei Lopes e Edimilson de Almeida Pereira, em confronto com a do angolano Agostinho Neto. Participante ativa dos movimentos de valorização da cultura negra em nosso país, estreou na literatura em 1990, quando passou a publicar seus contos e poemas na série Cadernos Negros. Escritora versátil, cultiva a poesia, a ficção e o ensaio. Desde então, seus textos vêm angariando cada vez mais leitores. A escritora participa de publicações na Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos. Seus contos vêm sendo estudados em universidades brasileiras e do exterior, tendo, inclusive, sido objeto da tese de doutorado de Maria Aparecida Andrade Salgueiro, publicada em livro em 2004, que faz um estudo comparativo da autora com a americana Alice Walker. Em 2003, publicou o romance “Ponciá Vicêncio”, pela Editora Mazza, de Belo Horizonte. Catita, a “escrivinhadora” e professora, fará a mediação desse encontro. Ela também é pesquisadora, editora, e cofundadora do Coletivo de Escritoras Negras Flores de Baobá, além de sócia na Editora Feminas (desde 2022). Compõe suas obras, os livros Morada (Ed Feminas, 2019 – poemas), Notícias da Incerteza (Ed. Desconcertos, 2021 – crônicas) e Das Raízes à Colheita, em co-autoria com o coletivo Flores de Baobá (Ed Feminas, 2022).

7 de dezembro, quinta-feira, 19h. Encontro especial com o autor(a) vencedor (a) do Livro do Ano de 2023. Mediação — Hubert Alquéres e Sevani Matos
O último encontro terá realização especial. Contará com a presença do autor contemplado com a premiação de Livro do Ano de 2023. A conversa será mediada pelo Hubert Alquéres, que foi presidente da Imprensa Oficial de São Paulo, de 2003 a 2011. Atuante nas áreas de cultura e educação há mais de 40 anos, tem uma história antiga com o mais importante prêmio do livro brasileiro: durante seis anos, coordenou a Comissão do Prêmio Jabuti na Câmara Brasileira do Livro (CBL). Iniciou sua carreira na área acadêmica como professor na Escola Politécnica da USP e no Colégio Bandeirantes. Foi secretário estadual e secretário executivo na Secretaria de Educação, além de ter presidido por quatro vezes o Conselho Estadual de Educação de São Paulo, do qual é membro desde 1998.​ Atua como vice-presidente da Câmara Brasileira do Livro há 12 anos. Preside a Academia Paulista de Educação e o Conselho de Administração do Museu AfroBrasil, e é membro da Associação Amigos da Biblioteca Mário de Andrade. A presidente da CBL, Sevani Matos, também participa deste bate papo que compõem a série de Encontros com Autores. Com mais de 20 anos de carreira nas áreas administrativa e comercial, com passagens por empresas nacionais e multinacionais, ela também atuou no setor gráfico de livros. Formada em Comunicação Social, Sevani possui MBA em Administração e Gestão de Negócios, além de especialização em Marketing Digital. Já trabalhou na Artmed Editora e, há mais de 16 anos, atua como diretora-geral na VR Editora. Foi eleita em 28 de fevereiro de 2023 para a presidência da CBL integrando a chapa “O livro nos une”, para o biênio 2023-2025. Sevani já ocupava o cargo de diretora na CBL.

Diego Pansani explora forma, procedimento e temática contemporânea em projetos contemplados pelo ProAC/2021
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Diego Pansani explora forma, procedimento e temática contemporânea em projetos contemplados pelo ProAC/2021

Já conhecido por seus títulos em poesia “O Amador” (2018) e “Nenhuma Poesia” (2019), o escritor campinense Diego Pansani (@diego.pansani) lança dois novos projetos: “Poesia é risco”, pela edições Jabuticaba; e “No meio da piscina tinha uma ergométrica”, HQ independente elaborada em conjunto com Allyson Campos, Pedro Colombo e Vitor Pansani – ambos contemplados no ProAC/2021.

Apesar da notável diferença nos gêneros dos projetos, ambos apresentam uma característica comum: a exploração bastante ambiciosa do autor no que diz respeito aos temas e formas contemporâneas. O livro de poemas “Poesia é risco” – que traz inspiração no título homônimo da performance de 1996 do poeta Augusto de Campos – faz uso essencialmente do blackout, procedimento que consiste em riscar palavras ou trechos de um texto, produzindo, assim, uma nova obra.

Segundo Pansani, a investigação dessa poesia expandida – que evidencia questões como autoria, processos de escrita e, até mesmo, a maneira como se trabalha a linguagem na poesia – tem início em 2018, quando o autor participou do Curso Livre de Preparação do Escritor (CLIPE), oferecido pela Casa das Rosas. “Ali tive contato com referências e processos poéticos não usuais”, conta. “Depois, conheci a obra da filósofa Marjorie Perloff, e aprofundei as questões do que vem sendo chamado de “escrita não-criativa” (já esboçados no livro Nenhuma Poesia, de 2019).”

Foi na pandemia, porém, que Pansani começou a explorar o blackout, inicialmente compartilhando seus experimentos nas redes sociais.  “Desde então o processo de escrita tem sido o da não escrita: do corte, da obliteração, do apagamento – uma escrita por eliminação e não exclusivamente por adição”, afirma.

Nesse sentido, há um ponto de conexão com a HQ “No meio da piscina tinha uma ergométrica”, cujo processo de escrita também se inicia durante a pandemia. É a partir de um conto não selecionado em um concurso literário que surge a ideia de uma História em Quadrinhos, cujo enfoque, inicialmente, seriam os entregadores de aplicativo, que estariam ainda mais expostos à tragédia político-sanitária da pandemia, abordando também a falta de representatividade de corpos com deficiências neste contexto.

Este projeto foi conduzido a oito mãos. Ao falar do processo de escrita, o autor conta que conversou com um amigo, Pedro Colombo, que teria “topado a empreitada”. Segundo ele, “Superamos o conto, mapeamos linhas de força narrativa, consideramos outras personagens que se integrariam à trama da protagonista e com esse primeiro esboço convidamos os dois ilustradores talentosíssimos, Allyson Campos e Vitor Pansani, para seguirmos com o projeto”.

Poesia, Oficina e Premiações: as faces de Diego Pansani 

Diego Pansani nasceu em Campinas-SP, em 1985. É autor dos livros “O Amador” (Editora Urutau, 2018) e de “Nenhuma Poesia” (7Letras, 2019); “Poesia é risco” (Edições Jabuticaba, 2023) e “No meio da piscina tinha uma bicicleta ergométrica” (2023), que foram contemplados pelo Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo (ProAC). Em 2019, “Nenhuma Poesia” foi eleito um dos melhores livros do ano pelo Suplemento Pernambuco.

Pansani participou do Curso Livre de Preparação do Escritor da Casa das Rosas (CLIPE) tanto em Poesia (2018) quanto em Prosa (2021), e foi publicado em diversas revistas literárias tais como Revista Escamandro, Quatro Cinco Um, Jornal Rascunho, Mallarmargens, Lavoura, Philos, etc. Integrou a antologia Off-Flip – Paraty em 2020. Em 2023, foi vencedor do FICC 2023, Prêmio literário do município de Campinas.

Além de poeta, o autor também ministra oficinas de escrita criativa – na Unicamp, na Casa das Rosas, em Institutos Federais, SESCs, e em escolas públicas na região de Campinas. Fora do Brasil, Pansani promoveu a oficina de poesia conceitual – blackout poetry – na cidade de Reykjavik, Islândia, com patrocínio da UNESCO.

Diego Pansani foi um dos participantes da residência artística em Sÿsma, Finlândia, em 2022, e do festival internacional de poesia de Helsinki, Runoku.

Atualmente, o autor está trabalhando em seu primeiro livro de contos, Caixa de Gordura.

Câmara Brasileira do Livro e Theatro Municipal de São Paulo promovem série “Encontros com Autores” do Prêmio Jabuti
Sérgio Silva
Cultura

Câmara Brasileira do Livro e Theatro Municipal de São Paulo promovem série “Encontros com Autores” do Prêmio Jabuti

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) e o Theatro Municipal de São Paulo iniciam no próximo dia 21 de setembro a série “Encontros com Autores 2023”, que integra a celebração dos 65 anos do Prêmio Jabuti. Os encontros acontecerão no Salão Nobre do Theatro, no Centro de São Paulo.

Ganhadora do Prêmio Jabuti 2022, Luiza Romão abrirá a série “Encontros com Autores” de 2023, realizada pela CBL em parceria com o Complexo Theatro Municipal e Sustenidos. A mediação do encontro de abertura ficará por conta do repórter de Cultura, Ruan de Sousa Gabriel, do jornal O Globo. Com previsão de duração de uma hora, a atividade terá ingressos gratuitos, distribuídos na bilheteria com uma hora de antecedência.

Os encontros seguirão até o mês de dezembro com a participação de renomados autores finalistas e ganhadores do Prêmio Jabuti, como Pedro Bandeira, Aline Bei, Itamar Vieira Jr, Jeferson Tenório e Conceição Evaristo. Os escritores abordarão temas ligados à Literatura, criação, formação do autor e abordarão como produzir obras nos diversos gêneros da ficção e não ficção. O mês de dezembro contará ainda com um encontro especial, com o autor contemplado com o Livro do Ano de 2023.

“O Encontros com Autores 2023 será uma ótima oportunidade para promover a interação de pensamentos entre os escritores contemplados pelo Jabuti e o público. Eles nos concederão um amplo panorama da expressiva criatividade e sabedoria literária brasileira contemporânea, abrangendo toda a sua riqueza de perspectivas”, afirma a presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Sevani Matos.

“É com entusiasmo que anunciamos este evento cultural tão significativo. O ‘Encontro com Autores’ é uma plataforma para celebrar a literatura brasileira e proporcionar aos leitores a oportunidade de se conectar com os escritores. Além de evidenciar a capacidade do livro em ser um veículo para tornar o conhecimento e a arte mais acessíveis e democráticos”, ressalta Hubert Alquéres, curador do Prêmio Jabuti 2023.

Confira abaixo a programação completa:

Programação do “Encontros com Autores”, no Theatro Municipal de São Paulo:

21 de setembro, quinta-feira, 19h – Encontro com Luiza Romão – Mediação de Ruan de Sousa Gabriel

Luiza Romão é poeta, atriz e slammer. Mestra em Teoria Literária e Literatura comparada pela Universidade de São Paulo com um trabalho sobre poetry slam, voz, performance poética e spoken word no Brasil. Há quase uma década, participa do movimento de slam e saraus da cidade de São Paulo, tendo sido vice-campeã brasileira em 2014 (SLAM BR). É autora dos livros: “Também guardamos pedras aqui” (Editora Nós/2021; vencedor do Prêmio Jabuti 2022 de Livro do Ano e na categoria Poesia; e semifinalista do Prêmio Oceanos), “Nadine” (Editora Quelônio/2022), “Coquetel Motolove” (selo doburro/2014) e “Sangria” (selo doburro/2014; edição bilíngue português-espanhol). Reponsável pela mediação, Ruan de Sousa Gabriel é formado em Jornalismo e Filosofia pela Universidade de São Paulo. Foi repórter e colunista de livros na revista Época. Desde 2018, é repórter de Cultura do jornal O GLOBO, em São Paulo.
5 de outubro, quinta-feira, 19h – Encontro com Pedro Bandeira

Pedro Bandeira, a Personalidade Literária do Prêmio Jabuti 2023, nasceu em Santos, São Paulo, em 1942, e trilhou um caminho multifacetado antes de se estabelecer como um escritor notável. Sua trajetória inclui trabalhos no teatro profissional, tanto como ator quanto como diretor e cenógrafo. Ele também desempenhou funções de redator, editor e ator em comerciais de televisão. Em 1972, teve suas primeiras histórias infantis publicadas em revistas da Editora Abril. A partir de 1983, dedicou-se exclusivamente à escrita, marcando o início de uma jornada literária com a publicação do livro “O Dinossauro que Fazia Au-Au”.

18 de outubro, quarta-feira, 19h. Encontro com Aline Bei – Mediação de Cláudio Leal

Aline Bei nasceu em São Paulo, em 9 outubro 1987. É formada em Letras pela PUC-SP, em Artes Cênicas pelo Teatro Escola Célia-Helena e pós-graduada em Escritas Performáticas pela PUC-RIO. “O peso do pássaro morto”, finalista do prêmio Rio de Literatura e vencedor do prêmio São Paulo de Literatura e do prêmio Toca, é o seu primeiro livro. Em 2021, lançou seu segundo livro, “Pequena Coreografia do Adeus”, pela Companhia das Letras. O romance foi finalista do Prêmio Jabuti e do Prêmio São Paulo de Literatura e já vendeu mais de 100 mil cópias. Está sendo adaptado para o teatro por Tarcila Tanhã e foi adaptado para uma videodança por Georgia Palomino e Suzane Rossan. Foi publicado em Portugal pela Particular Editora. Responsável pela mediação, Cláudio Leal é jornalista, colaborador da Folha de S.Paulo e doutorando em Teoria, História e Crítica de Cinema pela ECA-USP.

 

27 de outubro, sexta-feira, 19h. Encontro com Itamar Vieira Jr.

Itamar Vieira Jr. é aclamado por seu notável romance “Torto Arado”, que conquistou o Prêmio LeYa de 2018, o Prêmio Jabuti de 2020 e o Prêmio Oceanos de 2020. Nascido em Salvador, Bahia, em 1979, Itamar é geógrafo e doutor em Estudos Étnicos e Africanos pela UFBA. Seu romance “Torto Arado” é considerado um dos maiores sucessos da literatura brasileira das últimas décadas, cativando público e crítica. A obra foi traduzida em mais de vinte países e está prestes a ser adaptada para o audiovisual. Além disso, pela Editora Todavia, Itamar publicou também “Doramar ou a Odisseia: Histórias” e “Salvar o Fogo”.

16 de novembro, quinta-feira, 19h. Encontro com Jeferson Tenório

Jeferson Tenório, autor nascido no Rio de Janeiro, em 1977, e atualmente radicado em Porto Alegre, é doutor em Teoria Literária pela PUC-RS e teve uma carreira literária rica e diversificada. Jeferson Tenório foi colunista dos jornais Zero Hora e Uol/Folha de S. Paulo, até abril de 2023. Além disso, ele foi professor visitante de Literatura na renomada Brown University, nos Estados Unidos. Sua obra literária inclui textos adaptados para o teatro e histórias traduzidas para inglês e espanhol. Ele é autor de obras como “Estela sem Deus” (2018) e “O Avesso da Pele” (2020), que não apenas ganhou o Prêmio Jabuti em Romance Literário de 2021, mas também teve seus direitos vendidos para países como Portugal, Itália, Inglaterra, Canadá, França, México, Eslováquia, Suécia, China, Bélgica e EUA.

23 de novembro, quinta-feira, 19h. Encontro com Conceição Evaristo

Maria da Conceição Evaristo de Brito nasceu em Belo Horizonte, em 1946, e migrou para o Rio de Janeiro, na década de 1970. Graduada em Letras pela UFRJ, trabalhou como professora da rede pública de ensino na capital fluminense. É Mestre em Literatura Brasileira pela PUC do Rio de Janeiro, com a dissertação “Literatura Negra: uma poética de nossa afro-brasilidade” (1996). Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense, com a tese “Poemas malungos, cânticos irmãos” (2011), na qual estuda as obras poéticas dos afro-brasileiros Nei Lopes e Edimilson de Almeida Pereira, em confronto com a do angolano Agostinho Neto. Participante ativa dos movimentos de valorização da cultura negra em nosso país, estreou na literatura em 1990, quando passou a publicar seus contos e poemas na série Cadernos Negros. Escritora versátil, cultiva a poesia, a ficção e o ensaio. Desde então, seus textos vêm angariando cada vez mais leitores. A escritora participa de publicações na Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos. Seus contos vêm sendo estudados em universidades brasileiras e do exterior, tendo, inclusive, sido objeto da tese de doutorado de Maria Aparecida Andrade Salgueiro, publicada em livro em 2004, que faz um estudo comparativo da autora com a americana Alice Walker. Em 2003, publicou o romance “Ponciá Vicêncio”, pela Editora Mazza, de Belo Horizonte.

Maior selo jovem do Brasil celebra "debutância" com lançamento de antologia
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Livros, Novidades

Maior selo jovem do Brasil celebra “debutância” com lançamento de antologia

Editora responsável pela publicação da obra de Colleen Hoover, a autora que mais vende livro no Brasil na atualidade, e de nomes como Cassandra Clare e Holly Black, atrações da Bienal do Livro do Rio 2023 no primeiro fim de semana, a Galera Record celebrou 15 anos junto aos seus leitores na sexta (8), em noite de autógrafos da antologia Finalmente 15”, organizada pela editora-executiva Rafaella Machado. Dez dos quinze autores participantes estiveram presentes no espaço dos expositores para conversa com o público e autografar o livro.

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A Galera Record é atualmente o maior selo jovem do país e líder em no segmento de fantasia. Tornou-se, em 2022, a primeira editora do Brasil a conquistar o selo de verificação do TikTok por conta de sua capacidade de engajamento e de seus autores, entre os quais Colleen Hoover, maior fenômeno da literatura na atualidade. No TikTok, os vídeos marcados com #colleenhoover registravam em março deste ano 3 bilhões de visualizações e, no GoodReads, rede social de leitores, ela só perde em número de seguidores para Bill Gates e Stephan King.

Ao longo desses quinze anos, o selo jovem da Galera construiu uma relação de tanta cumplicidade com os leitores que alguns começaram a chama-la simplesmente de Gal. Não são raros os atuais colaboradores e autores que cresceram lendo obras como Dois garotos se beijando, de David Levithan, primeiro livro YA do Brasil com representatividade LGBTQIAP+ quando a sigla tinha apenas três letrinhas.

A Galera Record também foi a primeira editora a emplacar livros YA de protagonismo lésbico e trans entre os 20 mais vendidos da Veja, respectivamente O amor não é óbvio, da autora baiana Elayne Baeta, e Garotos do cemitério, do norte-americano Aiden Thomas. A editora inovou ao publicar o primeiro livro com linguagem neutra, o segundo livro de Aiden Thomas, O desafio dos semideuses.

Entre os profissionais do mercado editorial que cresceram lendo os livros da Galera estão as ilustradoras Isadora Zeferino, que assina o projeto do box Castelo animado, as capas das edições exclusivas dos livros de Roald Dahl e a nova edição de O diário da princesa, e Paula Cruz, responsável pela identidade visual do planner comemorativo da Galera Record.

Em Finalmente 15”, conheça os sonhos, os crushes, os dramas, as descobertas e as reviravoltas de se fazer quinze anos, tudo isso pela imaginação da nova geração de autores do selo jovem que estão definindo tendências no gênero YA nacional.

Elayne Baeta explora os bastidores de uma festa de debutante em que a aniversariante está apaixonada pela melhor amiga e sonha com o primeiro beijo das duas.

Giu Domingues relata o que acontece quando uma jovem usa um controverso plano tecnológico pra passar de ano e conseguir viajar com a crush.

Clara Alves imagina o terror que seria acordar no corpo de outra pessoa em plena festa de debutante.

Maria Freitas conta como uma fita cassete consegue levar um jovem trans até um passado distante, no qual reencontra alguém especial.

Stefano Volp fala das angústias de uma adolescente prestes a completar quinze anos que teve sua gravidez exposta para a escola inteira.

Arthur Malvavisco vai até o espaço em uma ficção especulativa na qual o dia e a noite duram quinze anos.

Glau Kemp também brinca com a distopia ao imaginar uma sociedade na qual irmãos gêmeos precisam competir entre si em provas excruciantes até completarem quinze anos.

Ray Tavares homenageia Meg Cabot e imagina uma princesa brasileira, mas com um divertido olhar político em relação ao movimento monarquista nacional.

Felipe Cabral entra na pele de um garoto que ainda não encontrou as palavras certas para admitir que é gay, mas que tenta reunir coragem em sua festa de aniversário.

Karine Ribeiro imagina uma festa de quinze anos interrompida por um apocalipse.

Vinícius Grossos oferece um emocionante conto que tem como protagonista uma cachorrinha prestes a completar quinze anos que precisa concluir uma última e importante missão.

Olívia Pilar se inspirou no universo do teatro para retratar o começo de um amor entre duas meninas.

Juan Jullian explora o que acontece quando uma enchente ameaça a festa dos sonhos, mas acaba lembrando a protagonista daquilo que realmente importa.

Pedro Rhuas celebra a esperança no amanhã em uma jornada entre as versões do passado e do futuro de um personagem aos quinze e aos trinta anos.

Lola Salgado coloca um sorriso no rosto do leitor ao contar como dois alunos desconhecidos se aproximam depois de serem esquecidos durante uma excursão da escola.