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Crítica de Cinema: Esquadrão suicida (2016)

Esquadrão suicida era um dos filmes mais esperados desse ano. Eu como boa fã doida da DC e leitora dos quadrinhos não aguentava mais de ansiedade para finalmente ver o filme. Por causa dos trailers e da escolhas dos atores, a expectativa era muito alta.

O filme se passa depois da morte de um grande super herói  (se você ainda não viu Batman versos Superman ta na hora!), Amanda Waller é uma agente do governo que decide recrutar os vilões mais poderosos para montar uma força tarefa que deve servir ao presidente e à Casa Branca. A proposta apresentada aos fãs veio recheada de rostos conhecidos, aventura e um toque de insanidade misturada com muita ação. Tem como dar errado?

Tem sim.

Uma das maiores especulações sobre o filme era o papel de Jared Leto. Durante as gravações nós pudemos acompanhar relatos sobre o ator/cantor pregando peças nos sets de filmagens com os outros atores e membros da produção. Talvez toda essa brincadeira tenha distraído Jared Leto da sua verdadeira obrigação. Se eu fosse analisar o filme como uma música eu diria que ele estava fora do tom. O filme todo traz uma grande harmonia e conexão que Jared Leto não conseguiu acompanhar, a sensação para quem assiste é que ele está tentando demais. Para mim, o coringa é o um dos melhores vilões no universo da DC e como é uma receita de bolo: ele precisa ser assustador, maníaco e destemido. Jared Leto cumpriu totalmente a função de mostrar o lado doentio do vilão, mas mesmo assim tudo parecia muito forçado e artificial. Assim como o ator, Cara de Delevingne não me convenceu em nenhum minuto  na pele de “Magia”. A atriz (ainda com pouca experiência) foi uma escolha arriscado para um papel que é o ponto central do enredo e infelizmente  ela foi ofuscada.

Eu não vou te matar, eu vou apenas te machucar. Bastante.

Por outro lado, Margot Robbie é um show a parte. Eu não conhecia nenhum outro trabalho da atriz e estava extremamente preocupada com a escolha dela como uma das personagens mais complicadas dos quadrinhos. Nunca fui tão feliz de ser surpreendida. A atriz se entrega totalmente à personagem e temos 2h de uma deliciosa performance, era como se ela tivesse nascido para interpretar o papel. Arlequina é louca, desequilibrada, rude e má na medida certa. A personagem foi abordada brilhantemente em cada mera detalhe da sua personalidade. Todas as cenas dividas com o Coringa foram salvas por Margot.

O filme ainda conta com Will Smith (ótimo como sempre)  sendo um ponto importantíssimo de base para o desenvolvimento da trama. A atriz Karen Fukuhara, que interpretou a personagem Katana, foi um das gratas surpresas, para mim é como se tivessem tirado a personagem dos quadrinhos e criado em laboratório. As semelhanças físicas e comportamentais eram incríveis e impressionantes.

A produção acertou em vários aspectos como a trilha sonora (apenas maravilhosa), fotografia e figurino. Tudo foi pensado e analisado com muito cuidado para entregar o filme aos fãs. Apesar de altos e baixos, Esquadrão suicida é um filme que vale muito a pena e nos deixa com uma enorme vontade de ver mais e eu mal posso esperar para poder comprar o dvd.

P.S: Um filme solo para Arlequina pelo amor de Deus !
P.S ²: tem cena extra depois dos primeiros créditos !

 

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