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Críticas de Cinema, Filmes

CRÍTICA: CORINGA (2019) – ANÁLISE COM SPOILERS

Duas semanas após sua estreia é inegável que Coringa se tornou um sucesso. Muitas expectativas foram criadas em torno do novo filme, embaladas pelos elogios recebidos em festivais e os trailers que entregavam pequenos vislumbres da atuação primorosa de Joaquin Phoenix. Com a estreia nas bilheterias, Coringa não tardou em ser o filme número um no mundo, eclipsando as outras produções em cartaz e arrecadando mais de 500 milhões em bilheterias. Diante de tanto sucesso, resolvemos trazer para vocês uma Análise com Spoilers.

Afinal, cheio de críticas sociais e carregado numa série de polêmicas, o filme de Todd Philips é ambíguo, fundado em bipolaridades e equilibra uma prosa dramática e grotesca ao mesmo tempo. Se você ainda não viu, mas não se aguenta de curiosidade, ou quer relembrar e entender melhor alguns temas que o longa aborda, essa resenha é perfeita para você!

Durante toda a minha vida, eu nem sabia se eu existia de verdade, mas eu existo e as pessoas estão começando a perceber

A CIDADE E O POVO DE GOTHAM

Gotham é um epicentro de problemas.

Sempre foi assim nas histórias do homem-morcego e aqui as coisas não são diferentes. Retratada no início dos anos 80, a cidade está imersa em pobreza e desigualdade, acentuada por uma enorme crise de desemprego. Abandonada pelo governo, nem mesmo o lixo é recolhido nas ruas, levando Gotham a uma infestação de ratos. Como se não bastasse, as diferenças sociais se condensam em uma enorme onda de tensão, colocando os ricos contra as classes mais empobrecidas num clima de desesperança e desespero.

Dentro desse contexto, Arthur Fleck é um homem que representa essa população desolada da cidade. Vive para sobreviver, tendo acompanhamento psicológico pago pelo governo, um emprego precário, fazendo bicos como palhaço, e uma mãe doente para cuidar. Sua única esperança, ou objetivo a longo prazo, parece ser sua espera por uma chance de se tornar comediante de Stand Up – e mesmo essa mínima fantasia do personagem soa como uma piada irônica e constrangedora.

Sua primeira cena, uma das mais icônicas, mostra o palhaço forçando um sorriso entre os lábios – enquanto uma única lágrima borra sua maquiagem. Na sequência seguinte, ele é roubado enquanto trabalha em frente a uma loja e, ao perseguir os ladrões, é espancado.

O filme tem um aspecto gélido, explorando com calma a situação agonizante de Arthur. As cenas em que volta pra casa são marcas do tom em que a história se passa – há uma frieza que ronda as ruas, uma sensação de vazio e tensão iminente.

Quando chega em casa, Arthur precisa cuidar de uma mãe raquítica e doente. É um ponto interessante na trama, já que é na relação entre os dois que o aspecto humano do personagem se revela mais forte.

Embora pareça senil, Penny Fleck tem uma enorme consciência da situação em que se encontram e das condições em que o filho vive. Sua única esperança, contudo, está depositada em enormes ilusões – cartas que escreve para o milionário e candidato a prefeito, Thomas Wayne, de quem fora funcionária 30 anos antes.

Faça uma cara feliz!

Como uma cereja no topo desse bolo de desgraças, Arthur ainda sofre de uma condição rara, que o faz gargalhar em situações inoportunas, sem ter qualquer controle. Nesses momentos o brilho de Joaquim Phoenix é inegável – seus lábios gargalham, mas seus olhos permanecem em uma profunda agonia, revelando todo o abismo que mora dentro da personagem.

Conforme Arthur escreve suas piadas, temos acesso a sua parte mais profunda e essencial – e não há dúvidas de que encontramos um homem à beira do colapso. Porém, o que mais chama atenção, são seus esforços para se adaptar e manter o controle da situação.

Querendo ou não, ele vai as consultas com a analista, ele toma seus remédios, ele tem um emprego… Arthur não é um monstro, a verdade é muito mais difícil, ele é só um homem comum – imerso até o pescoço em uma série de problemas.

OS ASSASSINATOS DO METRÔ

Uma série de incidentes compõe a base da transformação de Arthur.

Por conta da surra que levou de alguns moleques, enquanto trabalhava para divulgar uma queima de estoque, um de seus companheiros lhe oferece uma arma – para que pudesse se proteger. Arthur aceita, mesmo sabendo que não deveria.

Sem qualquer bom senso, Fleck leva a arma para um hospital cheio de crianças, onde está se apresentando. Acaba por se demitido, quando a arma escorrega por sua roupa e fica à vista de todo mundo. A cena é uma das primeiras que produzem aquela sensação de humor incomodo, como se ríssemos de nervosismo – coisa que o filme faz muito bem.

Voltando para casa, no metrô, Arthur fica no mesmo vagão em que três rapazes – depois ditos funcionários da Wayne Enterprises – importunam uma garota. A mulher saí do vagão, mas Arthur permanece, gargalhando. Fantasiado de palhaço, solitário e preso em seu acesso de risos, é uma presa fácil.

Os três homens o espancam, mas diferente da última vez, Arthur revida. Tudo é rápido. Tiros e tiros, o sangue jorra, um dos homens caí. Mais tiros, e o segundo segue o companheiro. O terceiro consegue fugir, assim que o metrô para. Arthur o persegue e fuzila seu corpo, descarregando todas as balas que tinha em seu revólver.

“A pior parte de ter uma doença mental é que as pessoas esperam que você aja como se não a tivesse

Desesperado, o assassino foge e se tranca em um banheiro público e, então… dança. Dança como se seu corpo fosse guiado por uma música suave e inaudível. A polícia começa a investigar o caso e testemunhas relatam ter visto um homem vestido de palhaço saindo da cena do crime. Thomas Wayne dá uma entrevista, lamentando a morte de seus três funcionários e, sem qualquer tato, chama a população de baixa renda de palhaços e os critica pelo suposto ódio que propagam contra os ricos.

Algumas cenas antes de tudo isso ocorrer, é mostrado que Arthur passa a se relacionar com uma de suas vizinhas, Sophie, que sendo jovem e mãe solteira, parece ser um par improvável para Fleck. Ainda assim, após cometer os crimes, o relacionamento deles parece alavancar. Juntos eles vão a um show de stand up, onde Arthur finalmente se apresenta. Tudo começa mal, mas a impressão é que ele passa a fazer as piadas certas em algum momento.

Nesse passeio, discutem sobre os recentes assassinatos e sobre como as pessoas passaram a usar uma máscara de palhaço como símbolo dos manifestantes contra o governo e a elite da cidade. A garota parece acreditar que o suposto palhaço assassino é um herói para Gotham – e Arthur sorri. E até mais do que isso, ele começa e encontrar uma identidade para si.

AS CARTAS PARA O PASSADO

Apesar do filme dar sinais de que as coisas se alinharam para Arthur, não demora para que sua vida desande mais uma vez.

Sua assistência vinda do governo é cortada, como parte de uma proposta de redução de verba pública, já que a cidade vai de mal a pior. É interessante notar como Gotham parece mais uma cidade-estado nessa mitologia, do que um município comum. Como se não bastasse, ele finalmente vai de encontro com uma verdade avassaladora – ao abrir uma das cartas que sua mãe envia frequentemente para Thomas Wayne, descobre que ele pode ser seu pai.

A mera suposição do Coringa ser irmão do Batman faz os nervos dos fãs entrarem em colapso – para o bem ou para o mal. Mas, mesmo após discutir com sua mãe e ela admitir ter tido um caso com o Wayne, a possibilidade disso ser verdade parece bastante remota.

Contudo, Arthur se anima. Vai até a mansão Wayne e encontra, mesmo separados por um portão, o jovem Bruce. Sua cena fazendo um sorriso falso em seus lábios vai habitar a imaginação dos fãs por um bom tempo. Finalmente, ele é expulso de lá, ouvindo pela primeira vez a afirmação de que sua mãe seria uma lunática.

É impressão minha ou o mundo está ficando mais doido?

Enquanto volta para casa, descobre que a polícia o procurou para falar sobre os assassinatos do metrô. Sua mãe entra em pânico ao ser interrogada por um dos oficiais e acaba passando mal. Arthur fica com ela no hospital e Sophie o acompanha também. É ali que, assistindo ao show de Murray Franklin, um comediante e apresentador por quem tem uma enorme fascinação, vê sua apresentação de Stand Up sendo transmitida. A princípio, sente que seu sonho está se realizando, mas caí em desilusão quando percebe que estão apenas gozando dele.

Se apegando as esperanças que ainda restam para ele, Fleck vai até um evento onde o próprio Thomas Wayne está presente. Ao interceptar o homem no banheiro, Arthur basicamente se declara, exigindo a atenção e o carinho de seu suposto pai. Contudo, recebe apenas um soco de partir o nariz e uma história intragável: sua mãe seria uma ex-funcionária mentalmente instável, que teria inventado a história sobre seu caso com Wayne, após adotar Arthur.

Incrédulo, Arthur vai até o Sanatório Arkham, onde vemos algumas referências a outros vilões do Batman, como o Charada. Ali ele consegue ver os relatórios psiquiátricos sobre sua mãe e os rouba. Finalmente a verdade vêm à tona: Penny o adotou, mas deixava-o totalmente alheio de qualquer cuidado. Mais do que isso, ela teria permitido que seu namorado da época tivesse torturado tanto ela quanto a criança. Arthur teria ficado acorrentado por dias, sem comida ou bebida.

Inconsolado, sem rumo ou propósito, Arthur vai até o apartamento de Sophie. Plot twist: descobrimos que todas os momentos que eles teriam passado juntos, foram criados pela própria mente psicótica de Fleck. A cena é breve, mas agoniante. Quando Arthur saí, sem deixar claro o que realmente teria acontecido, só podemos supor o pior.

ABREM-SE AS CORTINAS: COM VOCÊS, O HOMEM QUE RI!

Já sem qualquer limite exterior imposto, o homem vai até o hospital, onde finalmente confronta sua mãe e assume saber a verdade sobre seu passado. Sem dar tempo para que Penny absorvesse suas palavras, ele a sufoca com seu próprio travesseiro.

É então que ele finalmente recebe uma chamada para participar do programa de Murray. Após aceitar, ele começa a ensaiar para o programa e descobrimos que seu plano é cometer suicídio ao vivo – num último e grande ato.

Quando pinta o cabelo de verde, Arthur já não é mais Arthur. A máscara finalmente caí e o interior se liberta. Vemos o eclodir de uma nova persona – Coringa. Enquanto se produz vemos a construção de seu verdadeiro rosto – decidido, frio e violento.

Dois de seus antigos colegas vão ao seu apartamento, prestar condolências pela morte de sua mãe, e então temos a cena mais gráfica do filme. Coringa mata brutalmente o colega que lhe deu a arma, num ímpeto de fúria e frieza. O outro, um anão que já era alvo de sátiras durante o filme, fica encurralado, totalmente sem reação.

“Só espero que minha morte valha mais centavos do que minha vida”

Coringa permite que ele parta, pois admite que o homem nunca o tratara mal. O anão não consegue abrir a porta por causa do seu tamanho, fazendo com que Coringa o assuste antes de deixa-lo sair, dando-lhe um beijo em sua testa. Mas a cena em si causa uma reação confusa nos espectadores – nesse momento, o cômico e o grotesco se misturam como nunca. Alguns riem, enquanto outros se encaram, atônitos.

Totalmente trajado, já assumindo sua nova identidade, Coringa dança por uma escadaria de seu bairro. É encontrado pelos policiais que o procuravam e decide fugir deles. Para esse dia, uma manifestação está marcada para o centro da cidade. Coringa entra no metrô, onde um enorme grupo de manifestantes está usando máscaras de palhaço. Ele consegue se camuflar no meio da multidão e uma confusão começa com a entrada dos policias que, pressionados, acabam por atirar em um homem. Coringa saí na estação, eufórico, enquanto um dos policiais é linchado.

Nos camarins do show de Murray, um dos produtores não quer permitir sua presença, já que seu visual pode ser associado aos movimentos políticos. O próprio apresentador questiona seu convidado, que garante não ter qualquer vínculo com os manifestantes. Após entrarem em um acordo, ele pede para que Murray o apresente como Coringa.

Aqui vale uma nota, já que talvez nada seja mais impactante em todo o longa do que a cena de Coringa coreografando sua dança macabra atrás das coxias. Ele está, enfim, pronto para o que tem de fazer.

A conversa com Murray, contudo, não poderia ser pior. É até difícil perceber o momento em que começa a desandar – simplesmente, parece destinado ao fracasso desde o princípio. Em determinado momento, Coringa admite a responsabilidade pelos assassinados do metrô. “Estou cansado de fingir que não foi engraçado”, é o que ele diz. A sensação do espectador é que cada frase a mais nessa conversa é um erro.

Tensão, tensão e um novo plot twist – Coringa dispara contra Murray. Correria, gritos, desespero… p agente do caos se revela. Ele encara uma das câmeras, antes que a transmissão seja interrompida: “And remeber ‘That’s’… ”, tenta dizer, quando as imagens são cortadas.

ENFIM, OS APLAUSOS!

Coringa é preso, levado em um carro de polícia enquanto contempla a cidade ser consumida pela fúria dos manifestantes, que encaram seu ato de assassinato como um gesto de rebeldia e afronta contra as instituições que eles combatem.

De repente, um caminhão acerta o carro de polícia, e Coringa é liberto pelos manifestantes. Nesse mesmo momento, ao saírem de um cinema que exibia a Máscara de Zorro, fugindo para um beco ao tentarem sair do epicentro do tumulto, os Thomas e Marta Wayne encontram seu fim trágico e reimaginado, diante do pequeno Bruce.

Coringa, por outro lado, se vê rodeado por homens e mulheres mascarados que bradam o seu nome. Usando seu próprio sangue, ele desenha um sorriso distorcido em sua face. É seu momento de glória. O caos domina a cidade, Thomas Wayne está morto, Penny Fleck, Murray Franklin e o próprio Arthur também, mas o palhaço vive.

É uma noite sombria para Gotham City.

A tela, enfim, escurece e ouvimos o som de sua risada rouca e involuntária. Há mais um trecho para a conclusão do filme, uma conversa entre Coringa e sua psiquiatria, provavelmente preso no Asilum Arkham.

– Qual é a graça? – A mulher pergunta para ele.

– Eu pensei numa piada – Coringa responde antes de cair na gargalhada.

– Quer me contar?

– Você não vai entender – Ele responde e traga seu cigarro.

A música “That’s Life” de Frank Sinatra inicia. Coringa a canta em conjunto com o fundo. Então, ele aparece correndo pelos corredores, sendo perseguido por funcionários numa cena que remete aos filmes pastelões.

Seus passos deixam marcas de sangue pelo corredor.

Disseram que eu não sou engraçado o suficiente, dá pra acreditar?

Qual a conclusão que podemos chegar?

Nenhum filme de super-herói, talvez em todos os anos de existência do cinema, tem metade da profundidade que Coringa. A proposta do longa, somados a sua execução por parte de uma direção impecável e uma atuação de tirar o fôlego de Phoenix, criaram uma obra digna de tanta repercussão.

Há muitas polêmicas envoltas ao filme, certamente. Contudo, parece bastante claro que Arthur Fleck não se tornou Coringa porque teve um dia ruim, nem mesmo porque tinha uma condição psiquiátrica, ou porque era socialmente isolado. Mas sua transformação foi uma fusão de todos esses fatores, ainda mais intensificados pela situação política e precariedade social de Gotham.

Arthur era um homem que queria ter uma vida normal. Mas foi sendo tragado por circunstâncias que o levaram a um ponto de ruptura. Nesse estágio, sem ter qualquer suporte, optou pela via mais agressiva – escolheu parar de tentar conter seu lado mais sombrio e usou-o como ferramenta para se libertar.

Coringa é um vilão. Mas é muito mais complexo do que um vilão que nasce assim, como os da Disney, ou daqueles que se tornam antagonistas por terem algum objetivo controverso e impopular, como Thanos. Arthur Fleck foi sendo minado pela doença, pela sociedade e por pessoas a sua volta, e esse homem sucumbiu ao Coringa, que assumindo no controle da situação, optou por virar o mundo de cabeça para baixo.

Sim, essa perspectiva é assustadora. Não porque o filme é puramente polêmico, mas porque ele reflete a nossa realidade. Dessa forma, não é o filme que deve ser combatido, mas sim os nossos próprios valores sociais – que acabam por permitir que um filme de ficção seja tão próximo da realidade.

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Batgirl: Josh Whedon abandona a produção do filme solo da heroína

Josh Whedon decidiu abandonar a produção do filme solo da super-heroína Batgirl.

De acordo com o Hollywood Reporter, Whedon — que dirigiria e roteirizaria o filme — decidiu abandonar o barco, pois não estava conseguindo elaborar uma história para começar o roteiro, isso depois de um ano já no projeto da Warner/DC Comics.

Batgirl é um projeto também animador e Warner/DC são parceiros tão colaborativos e compreensivos, que demorei meses para perceber que não tinha história. Sou muito grato a Geoff [Johns], Toby [Emmerich] e tudo mundo que me recebeu quando cheguei e que me entenderam quando… tem uma palavra mais sexy para ‘falhei’?”, disse Whedon em nota, explicando o porque abandonou a produção do filme.

O filme solo da Batgirl não estava nos planos da Warner, até Joss Whedon vir com a ideia, pois era apaixonado por Barbara Gordon, e convenceu aos executivos a produzir. Porém, segundo a Variety, o filme já teria sim uma história base, e seria a HQ The Million Dollar Debut of Batgirl!, arco de estreia da Batgirl em 1967, o que nos faz especular o que realmente aconteceu nos bastidores. Mas, seria então, o fim da produção do filme solo de Barbara Gordon?!

Não se depender da roteirista Roxane Gay, que pediu à DC Comics no twitter para escrever o roteiro da Batgirl, chamando a atenção da executiva da DC, Michele Wellsque levou a proposta bem a sério, e pediu para a Roxane entrar em contato por e-mail.

Roxane Gay já tem experiência com o mundo dos super-heróis: a roteirista escrevia a HQ derivada de Pantera Negra, World of Wakanda. Outro fator, é que após o sucesso de Mulher Maravilha, sabemos que mulheres roteiristas e diretoras podem e devem contar histórias de super-heroínas, e que diretores e roteiristas homens na maioria das vezes não são as melhores escolhas para contar essas histórias.

Resta aguardarmos o que acontecerá nos próximos capítulos. Dedos cruzados para da Batgirl acontecer (nas mãos da Roxane Gay se possível)!

FONTE

patty jenkins capa
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Patty Jenkins vai dirigir a sequência de “Mulher-Maravilha”

O site Variety confirmou nesta segunda (11) aquilo que todos já esperavam: Patty Jenkins fechou contrato para dirigir a sequência de Mulher-Maravilha. O sucesso alcançado pelo primeiro filme – que arrecadou mais de US$ 816 milhões – foi fundamental para a permanência de Jenkins no cargo. Havia sido divulgado anteriormente que ela e Geoff Johns, presidente da DC Comics, já estariam trabalhando no roteiro do próximo longa.

Lançado em junho deste ano, Mulher-Maravilha se tornou o maior blockbuster já dirigido por uma mulher. Além disso, o filme fez história ao conseguir atrair um público 50% feminino nos EUA. Geralmente, filmes de heróis têm mais de 60% dos ingressos vendidos para homens.

Patty Jenkins e Gal Gadot (divulgação)

Rumores indicam que o contrato assinado torna Jenkins a diretora mais bem paga da história. O valor não foi divulgado, mas estima-se que seja algo entre US$ 8 e US$ 10 milhões, além da participação nos lucros de bilheteria. Vale ressaltar que Zack Snyder recebeu US$ 10 milhões para dirigir Batman vs. Superman: A Origem da Justiça (2016).

Ainda não há uma sinopse oficial, mas, segundo o site The Wrap, a continuação de Mulher-Maravilha deve se passar durante os anos 1980, em plena Guerra Fria. Gal Gadot também deve retornar como Diana Prince, e novo filme está previsto para dezembro de 2019. Mas antes disso, a heroína vai lutar ao lado de outros heróis da DC em Liga da Justiça, que estreia em 16 de novembro.

liga
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Veja agora o novo trailer de “Liga da Justiça”

Foi divulgado hoje o aguardado trailer de Liga da Justiça. O filme, junto com Mulher-Maravilha (que estreia em junho), tem a missão de levantar a moral do universo cinematográfico da DC Comics, depois do fraco desempenho de Batman vs. Superman: A Origem da Justiça e Esquadrão Suicida em 2016. Confira abaixo o teaser:

“Alimentado por sua fé restaurada na humanidade e inspirado pelo ato de altruísmo de Superman, Bruce Wayne busca a ajuda de sua nova aliada, Diana Prince, para encarar um inimigo ainda maior. Juntos, Batman e Mulher-Maravilha trabalham rapidamente para encontrar e recrutar um time de metahumanos para encarar essa ameaça recém-desperta. Mas apesar da formação dessa liga sem precedentes de heróis – Batman, Mulher-Maravilha, Aquaman, Ciborgue e Flash – talvez seja tarde demais para salvar o planeta de um ataque de proporções catastróficas”, diz a sinopse oficial.

Ben Affleck e Gal Gadot repetem seus papéis como Bruce Wayne/Batman e Diana Prince/Mulher Maravilha, respectivamente. O elenco também conta com Ezra Miller, Jason Momoa, J.K. Simmons, Ray Fisher, Amber HeardWillem Dafoe, Jesse Eisenberg e Amy Adams.

Com direção de Zack Snyder, Liga da Justiça estreia no Brasil em 16 de novembro.

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Crítica de Cinema: Esquadrão suicida (2016)

Esquadrão suicida era um dos filmes mais esperados desse ano. Eu como boa fã doida da DC e leitora dos quadrinhos não aguentava mais de ansiedade para finalmente ver o filme. Por causa dos trailers e da escolhas dos atores, a expectativa era muito alta.

O filme se passa depois da morte de um grande super herói  (se você ainda não viu Batman versos Superman ta na hora!), Amanda Waller é uma agente do governo que decide recrutar os vilões mais poderosos para montar uma força tarefa que deve servir ao presidente e à Casa Branca. A proposta apresentada aos fãs veio recheada de rostos conhecidos, aventura e um toque de insanidade misturada com muita ação. Tem como dar errado?

Tem sim.

Uma das maiores especulações sobre o filme era o papel de Jared Leto. Durante as gravações nós pudemos acompanhar relatos sobre o ator/cantor pregando peças nos sets de filmagens com os outros atores e membros da produção. Talvez toda essa brincadeira tenha distraído Jared Leto da sua verdadeira obrigação. Se eu fosse analisar o filme como uma música eu diria que ele estava fora do tom. O filme todo traz uma grande harmonia e conexão que Jared Leto não conseguiu acompanhar, a sensação para quem assiste é que ele está tentando demais. Para mim, o coringa é o um dos melhores vilões no universo da DC e como é uma receita de bolo: ele precisa ser assustador, maníaco e destemido. Jared Leto cumpriu totalmente a função de mostrar o lado doentio do vilão, mas mesmo assim tudo parecia muito forçado e artificial. Assim como o ator, Cara de Delevingne não me convenceu em nenhum minuto  na pele de “Magia”. A atriz (ainda com pouca experiência) foi uma escolha arriscado para um papel que é o ponto central do enredo e infelizmente  ela foi ofuscada.

Eu não vou te matar, eu vou apenas te machucar. Bastante.

Por outro lado, Margot Robbie é um show a parte. Eu não conhecia nenhum outro trabalho da atriz e estava extremamente preocupada com a escolha dela como uma das personagens mais complicadas dos quadrinhos. Nunca fui tão feliz de ser surpreendida. A atriz se entrega totalmente à personagem e temos 2h de uma deliciosa performance, era como se ela tivesse nascido para interpretar o papel. Arlequina é louca, desequilibrada, rude e má na medida certa. A personagem foi abordada brilhantemente em cada mera detalhe da sua personalidade. Todas as cenas dividas com o Coringa foram salvas por Margot.

O filme ainda conta com Will Smith (ótimo como sempre)  sendo um ponto importantíssimo de base para o desenvolvimento da trama. A atriz Karen Fukuhara, que interpretou a personagem Katana, foi um das gratas surpresas, para mim é como se tivessem tirado a personagem dos quadrinhos e criado em laboratório. As semelhanças físicas e comportamentais eram incríveis e impressionantes.

A produção acertou em vários aspectos como a trilha sonora (apenas maravilhosa), fotografia e figurino. Tudo foi pensado e analisado com muito cuidado para entregar o filme aos fãs. Apesar de altos e baixos, Esquadrão suicida é um filme que vale muito a pena e nos deixa com uma enorme vontade de ver mais e eu mal posso esperar para poder comprar o dvd.

P.S: Um filme solo para Arlequina pelo amor de Deus !
P.S ²: tem cena extra depois dos primeiros créditos !

 

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‘Esquadrão Suicida’ ganha mais 11 pôsteres individuais

E os pôsteres de “Esquadrão Suicida” não param de chegar! Ontem nós mostramos aqui 12 pôsteres individuais que foram divulgados pela DC e hoje trazemos mais 11 pôsteres carregados de cores, elementos gráficos e muitas onomatopeias, remetendo-se diretamente aos gibis.

“É bom ser mau … Monte uma equipe com os mais perigosos e aprisionados vilões do mundo, entregue a eles o arsenal mais poderoso à disposição do governo, e os envie em uma missão para derrotar uma entidade insuperável e enigmática. A oficial de inteligência dos Estados Unidos, Amanda Waller (Viola Davis), criou um grupo secreto envolvendo somente indivíduos desprezíveis, com nada a perder. No entanto, quando eles percebem que não foram escolhidos para ter sucesso, mas para serem culpados quando falharem, será que o Esquadrão Suicida vai morrer tentando ou decidir que é cada um por si?”

Confira os pôsteres abaixo:

Esquadrão Suicida chega aos cinemas dia 04 de Agosto.

Filmes

Saiu! Confira a sinopse e logo do filme ‘Liga da Justiça’

Falta mais de um ano e meio para o lançamento do filme da ‘Liga da Justiça’, baseada nos quadrinhos da DC Comics, mas a Warner Bros. já começa a revelar os primeiros detalhes da história. Foi divulgado hoje a primeira sinopse oficial, junto com o logo do filme.

Alimentado por sua fé na humanidade e inspirado pelos atos altruístas do Superman (Henry Cavill), Bruce Wayne (Ben Affleck) busca ajuda de sua mais nova aliada, Diana Prince (Gal Gadot), para enfrentar um inimigo ainda maior. Juntos, Batman e Mulher-Maravilha agem de forma rápida para encontrar e recrutar um time de meta-humanos para lutar contra essa nova ameaça. Mas apesar da formação dessa liga de heróis sem precedentes – Batman, Mulher Maravilha, Aquaman, Cyborg e Flash – pode ser tarde demais para salvar o planeta de um ataque de proporções catastróficas.

As filmagens já foram iniciadas, mas os fãs terão que segurar um pouco mais a ansiedade. O longa só estreia em Novembro de 2017, e irá se passar após os acontecimentos de ‘Batman Vs. Superman’. A direção é por conta de Zack Snyder, e o elenco inclui Jason Momoa, Amber Heard, Jesse Eisenberg e Ezra Miller.

Atualizações, Filmes

Filme de animação sobre heroínas será lançado pela DC

Parece que as heroínas chegaram para ficar, já se foi o tempo que herói era coisa de menino. O filme da Mulher Maravilha, que será lançado em breve, e a série Supergirl e Jéssica Jones, que são o maior sucesso, estão aí para provar. A DC Entertainment e a Warner Bros, sabendo disso, anunciaram que vão lançar um filme de animação sobre jovens heroínas em Agosto deste ano.

O filme é baseado em uma linha de brinquedos, a Super Hero Girls, e contará a história das famosas heroínas e vilãs do universo DC. Poderemos ver Mulher Maravilha, Supergirl, Hera Venenosa, Arlequina, Katana e muitas outras, em sua adolescência. Mary Ellen Thomas, vice-presidente WBHE, deu alguns detalhes sobre a animação.

“Estamos entusiasmados para trazer as Super-heroínas da DC à vida e criar um mundo envolvente para inspirar jovens mulheres como nunca antes. Essas personagens foram desenvolvidos tendo em mente garotas entre 6 e 12 anos, e vai entregar enredos épicos que mostram mulheres fortes. Isso realmente abraça e celebra as garotas enquanto elas descobrem suas próprias habilidades únicas”.

Representatividade é tudo, e é ótimo ver animações que mostram meninas empoderadas para um público em fase de formação e descobertas. Aliás, aposto que até quem já passou dessa fase, ficou com vontade de assistir.

O filme “Super Hero Girls: Hero of the Year” estreia em 23 de Agosto. Veja abaixo o trailer que foi lançado:

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Nova série da DC Comics!

A expansão da DC Comics nas telas não para! E já tem uma nova série vindo: um spin off de Arrow e The Flash; e já existe uma grande lista de atores e atrizes conhecidos para reprisar seus papéis na nova série.

Embora sem ter ainda um título definido, a abordagem soa como se fosse uma adaptação da série de quadrinhos “The Brave and The Bold”, que foi lançado em 1995 e girou envolta do Universo DC unindo heróis e vilões em todos os tipos de aventuras. Existe também a especulação de que a série irá apresentar pelo menos três novos personagens da DC Comics que nunca apareceram na televisão;

Greg Berlanti, Andrew Kreisberg, Marc Guggenheim e Sarah Schechter já assumiram os cargos da produção executiva da série, que poderia já ir ao ar na próxima midseason.

Fonte: Coming Soon | Traduzido e adaptado por Thaís Pizzinatto. Beco Literário.