Críticas de Cinema

Crítica de Cinema: Divergente

Na futurística Chicago, quando a adolescente Beatrice completa 16 anos ela tem que escolher entre as diferentes facções que a cidade está dividida. Elas são cinco, e cada uma representa um valor diferente, como honestidade, generosidade, coragem e outros. Beatrice surpreende a todos e até a si mesma quando decide pela facção dos destemidos, escolhendo uma diferente da família, e tendo que abandonar o lar. Ao entrar para a Dauntless, ela torna-se Tris e vai enfrentar uma jornada para afastar seus medos e descobrir quem é de verdade. Além disso, Tris conhece Four, um rapaz mais experiente na facção que ela, e que consegue intrigá-la e encantá-la ao mesmo tempo.

Imaginem só a expectativa que eu estava para assistir a esta adaptação, que venho esperando desde 2012, quando li a obra pela primeira vez. Eram grandes. E foram superadas.

O filme começa explicando sobre o sistema de facções e sobre como cada um deles foi organizado, simples assim, sem rodeios, diretamente, e vai avançando na história que a maioria já conhece, e evoluindo, assim como a protagonista Beatrice.

Beatrice Prior, nasceu na Abnegação e este ano deve fazer sua escolha, isto é, decidir se quer continuar na facção em que nasceu ou se transferir para outra. Uma vez feita a escolha, é sem volta. Facção antes de sangue. Visando ajudar todos os jovens, que assim como ela estão tremendamente indecisos sobre quem são, é aplicado um teste de aptidão, que consiste em uma série de simulações e que por fim, mostra qual facção você mais se encaixa. É neste dia que o filme começa, mostrando como a personagem está terrificada e indecisa. O teste é aplicado mas não funciona na garota. Os resultados são inconclusivos, ela é uma Divergente.

Sem saber muito sobre o que é, deve fazer as escolhas por si própria, e escolhe se transferir: Audácia. É um momento emocionante na película, quando vemos a transferência dela e de seu irmão, Caleb. A reação dos seus pais é colocada em close, o que nos permite sentir exatamente o que estão sentindo, uma mistura de confusão, alegria, realização, desgosto…

É então que começam os primeiros desafios, a iniciação. Não são todos que continuarão nesta facção, eles escolheram a Audácia, agora a Audácia os escolhem. Os limites físicos e mentais de cada um dos iniciados é posto em xeque, visando chegar cada vez mais longe, e eles vão, muito longe.

Beatrice se vê, de repente, rodeada de amigos e inimigos. Ameaçada pela facção que deveria proteger. A morte é certa para todos aqueles que são Divergentes como ela… E a guerra começa, sob o efeito de um soro neurotransmissor de simulação, todos os membros da facção protetora são postos sob o controle da Erudição, e então partem para uma guerra contra a Abnegação, um verdadeiro massacre, um martírio.

O filme consegue prender todos aqueles que assistem do começo ao fim, como um clímax interminável, contando com uma trilha sonora impecável e que garante ainda mais a aflição dos expectadores e a torcida pelas personagens, sim, gritei em inúmeras cenas que cheguei em casa quase sem voz, aplaudi de pé, chorei demais, ah, chorei…

Muitas partes que não estavam no livro, foram acrescentadas e com extrema maestria, que arrancou suspiros de todos aqueles que já leram a série e achavam que podiam prever tudo o que acontece e, para uma adaptação cinematográfica, está mais que perfeita, senão a mais perfeita que já assisti, com fácil entendimento do enredo para quem não conhece e inúmeras surpresas para quem acha que pode prever tudo o que acontece.

E, para todos aqueles que acham que os personagens cortados fizeram falta, me condenem, mas para mim, não. A película foi regida com solidez extrema e contou inclusive com a participação da autora, Veronica Roth que arrancou suspiros de raiva principalmente dos fãs que estavam perto de mim. Os atores estão de parabéns, Shailene, com sua esplendorosa atuação camaleão e Theo, que causou dúvida de muitos no princípio, é o Tobias escrito!

Para mim, não deixou a desejar em nada, inclusive assisti ao filme dublado, já que não veio legendado para minha cidade na estreia, e a dublagem está muito boa, salvo as vozes de alguns personagens e a pronúncia do nome Caleb, que causava um soco no meu estômago cada vez que eu ouvia. Mas, foi uma adaptação magnífica, em todos os aspectos. Totalmente recomendável!

Leia nossa resenha de Divergente, Insurgente e Convergente (Allegiant).

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