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doação de sangue
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Inverno: tempo frio atrapalha na doação de sangue

Criado em 2015 pelo movimento Eu Dou Sangue e incorporado ao calendário do Ministério da Saúde, o Junho Vermelho tem como objetivo despertar a solidariedade nas pessoas acerca de um dos gestos voluntários que mais salvam vidas: a doação de sangue.

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O mês foi escolhido, pois, durante o inverno, que começa em 21 de junho, o número de doações cai consideravelmente, deixando os estoques dos hemocentros vazios Brasil afora.

De acordo com o clínico geral Kauê de Cezaro dos Santos, diretor do Hospital Municipal de Cajamar, gerenciado pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, diariamente, milhares de pessoas vítimas de traumas graves, pacientes cirúrgicos e portadores de câncer, entre outros, podem se beneficiar com as transfusões sanguíneas.

Segundo o especialista, uma doação pode ser revertida em diversas modalidades de transfusão, como plaquetas e hemácias, por exemplo. Dessa forma, o sangue doado por uma pessoa pode salvar até quatro vidas.

“Doar sangue significa ter a chance de ofertar o direito de vida ao próximo. O sangue é como se fosse o combustível do corpo. Ele leva o oxigênio às células e, assim, garante a nutrição adequada dos órgãos e tecidos. Na ausência dele, há dificuldade de os sistemas do corpo funcionarem corretamente”, explica.

Pandemia

Além do inverno, outro agravante para a diminuição no número de doações foi a pandemia da Covid-19. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, em 2020, o registro de doações caiu cerca de 10% no país.

“Observamos uma queda relevante na quantidade de bolsas nos hemocentros neste período. Acreditamos que a situação pandêmica e os lockdowns aplicados nos estados determinaram a redução de pessoas nos hemocentros, impedindo, assim, a manutenção dos estoques”, destaca o Dr. Kauê.

O médico afirma que é necessário explicar às pessoas o impacto que a doação pode trazer à vida dos necessitados. Segundo ele, o conhecimento e a empatia são partes fundamentais neste processo. “Saber o quanto podemos impactar na vida de uma pessoa, com esse gesto de amor que é a doação de sangue, é imprescindível.”

Além do benefício de ajudar alguém que precisa, doadores de sangue também podem receber alguns direitos especiais, entre eles meia entrada em estabelecimentos culturais e atividades recreativas e o direito a atendimento prioritário em filas de banco, assim como idosos, deficientes e gestantes, segundo a Lei n° 219/09.

Qualquer pessoa pode doar sangue?

Para doar, é necessário ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50 quilos e estar em boas condições de saúde. Gripes e resfriados, ingestão de bebidas alcoólicas, extrações dentárias ou acupunturas pedem um tempo maior para que a doação possa ser realizada e devem ser ditos antes do ato.

Gestantes ou mulheres em fase de amamentação não podem doar, assim como usuários de drogas, pessoas expostas a doenças sexualmente transmissíveis e com diagnóstico de hepatite após os dez anos de idade.

Além disso, procedimentos como tatuagens, maquiagem definitiva e micropigmentação – procedimento estético que utiliza agulhas – exigem 12 meses para que a doação seja feita, tal como situações nas quais há maior risco de adquirir IST’s.

“Antes da doação, os voluntários passam por uma entrevista que analisa as possibilidades de doação ou não naquele momento. Todas as informações obtidas são mantidas em sigilo”, explica o médico.

Candidatos à doação que apresentaram infecção pela Covid-19 são considerados inaptos por um período de 30 dias após a recuperação clínica completa.

De acordo com o Dr. Kauê, voluntários que tiveram contato direto domiciliar ou profissional com casos suspeitos ou confirmados de contaminação devem aguardar 14 dias após o último dia de contato para realizar a doação de sangue. Isso também serve para profissionais de saúde que trabalham diretamente com pacientes.

Além disso, a vacinação contra o Coronavírus também pode influenciar no período de doação. Candidatos que receberam a Coronavac, da Sinovac/Butantan, podem doar 48 horas após cada dose, enquanto os que foram vacinados com a AstraZeneca, da Fiocruz/Oxford, e com a Comirnaty, da Pfizer/BioNTech, exigem um período de 7 dias após cada dose.

A doação pode ser feita mais de uma vez ao ano, sendo até quatro doações ao longo de 12 meses para homens, com um período de 60 dias entre uma e outra, e de até três doações ao ano para mulheres, com um espaço de 90 dias entre elas.

No site https://www.prosangue.sp.gov.br, é possível ter acesso aos hemocentros mais próximos para a doação de sangue, além de descobrir os tipos sanguíneos mais necessitados no momento.

No ato da doação, é necessário apresentar documento oficial com foto recente, que permita a identificação do candidato.

chás
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Conheça os chás que podem melhorar a concentração e o foco durante a rotina de trabalho e estudos

A chegada da pandemia impôs diversas mudanças aos estilos de vida de várias pessoas. Muitos se viram obrigadas a adotar o ensino a distância e se adaptar ao home office. No entanto, ser produtivo nos estudos e trabalho diante todas as distrações do ambiente familiar não é tarefa fácil. Conciliar a organização doméstica, os cuidados com os filhos e as atividades escolares, acadêmicas ou profissionais demandam muito ânimo e concentração. Um ótimo hábito para quem quer ter maior disposição e foco para lidar com as responsabilidades do dia a dia é o consumo de chás.

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“O bom desempenho físico e cognitivo estão diretamente ligados a uma vida saudável, por isso é muito importante que as pessoas se dediquem em manter uma alimentação nutritiva, bem como uma hidratação adequada. As infusões não só ajudam a equilibrar os níveis de água do organismo, como também podem garantir maior energia para encarar a rotina diária e tornar o nosso cotidiano mais fértil e produtivo”, ressalta Ana Paula Baptista, psicóloga, empresária e proprietária da empresa de fabricação de chás Soulchá.

O chá verde, por exemplo, fornece maior vigor e pujança ao corpo e auxilia na melhora da memória, concentração e velocidade de raciocínio. “Já o chá preto, além de proporcionar energia, ainda aperfeiçoa a atividade cerebral e aprimora a sua capacidade de processamento de informações. Assim como o verde, ele é extraído da mesma planta, a Camellia sinensis, que é bastante rica em cafeína. Tal substância estimula o sistema nervoso central e pode contribuir para a elevação do humor e redução da fadiga”, recomenda.

A infusão de canela possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que auxiliam na manutenção da saúde das células como um todo, as resguardando de danos e colaborando na metabolização energética. “Ela ajuda a impulsionar a função cerebral, a memória, o foco e a performance cognitiva. Outra opção é o chá mate. Por possuir uma considerável quantidade de cafeína, ele atua no desenvolvimento do ânimo e majoração da disposição. Ele ainda contém polifenóis e substâncias capazes de inibir a oxidação celular e promover a concentração”, indica.

Por fim, uma boa alternativa para quem é sensível a cafeína e precisa se manter ativo por várias horas é o chá de gengibre. Ele possui o composto shogaois, que já foi associado a melhora nas funções cognitivas e redução da perda de células nervosas. Além de termogênica e estimulante, a infusão também tem efeito antioxidante e pode ajudar na prevenção de inflamações no cérebro.

“É essencial lembrar que estes chás devem ser ingeridos com moderação e, se possível, com indicação médica. Eles não são recomendados para gestantes, portadores de doenças cardiovasculares, úlceras e gastrites ou para pessoas com quadro de ansiedade”, alerta.

Cringe? Veja o dicionário de gírias da geração Z
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Cringe? Mandrake? Confira o dicionário de gírias da Geração Z

Tudo começou com uma thread no Twitter, quando um representante da geração Y, ou millennial, perguntou aos integrantes da geração Z o que eles achavam cringe. Não demorou até que respostas como “tomar café da manhã”, “usar calça skinny”, “guardar o pão fora da geladeira” e “pagar boletos” aparecessem.

Mas, afinal, o que significa ser cringe? Nós, como representantes da geração que está no limbo entre as duas precisamos pesquisar no Google, apesar de concordar com algumas coisas que foram apontadas na thread. Por isso, o BECO TEEN foi atrás de tudo o que você precisa saber e preparou esse dicionário com todas as informações necessárias para entender os dois lados da moeda.

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Os millennials, ou geração Y

Os millennials é a geração que engloba quem nasceu entre 1981 e 1995, aproximadamente. Eles foram nomeados assim, porque se tornariam adultos na virada do milênio. Essas pessoas se lembram de como o mundo era antes da ascensão da internet, apesar de terem tido contato com ela ainda bem novinhos. Em linhas gerais, é aquela geração que se apaixonou por Harry Potter nos cinemas, ouviu Rouge e Sandy & Júnior nas rádios e curtiu séries como One Tree Hill.

A geração Z

Nascidos entre 1996 e 2010, a geração Z é conhecida como nativa digital. Eles não se lembram do mundo antes da internet. São mais engajados em redes sociais, se expressam melhor por redes sociais como o Twitter e estão mais acostumados com filmes e séries por streaming. No Spotify, escutam Olivia Rodrigo no repeat e são apaixonados pelas dancinhas do Tik Tok.

O limbo o zillennials

Há quem diga que existe uma geração que está no limbo entre as duas. Normalmente, o pessoal nascido entre 1995 e 2000, que se lembram, ainda que vagamente, do mundo sem internet e são apaixonados por Harry Potter, Olivia Rodrigo, adoram o Twitter e ainda não sabem dançar no Tik Tok. A geração que está “no limbo” entre as duas, não está lá, nem cá. Isso tudo acontece porque, segundo informações, a classificação das gerações veio dos Estados Unidos e, quando pensamos no Brasil, o avanço e o acesso à internet foi um pouco mais lento.

Dicionário de gírias da geração Z

Agora que você já conhece um pouquinho das duas gerações e até mesmo do limbo entre elas, chegou a hora de entender as novas gírias, olha só:

CRINGE: Alguém que é cafona ou que causa vergonha alheia;

MANDRAKE: Estiloso, descolado;

BASED: O contrário de cringe, alguém autêntico. Ainda pode ser usada para se referir a um lugar em que a pessoa atua profissionalmente “Based in São Paulo”;

NORMIE: Algo que saturou, que perdeu sua originalidade;

INDIE: Algo que foge dos padrões, algo independente. Contrário de normie;

STAN: Ser muito fã de alguma coisa, há quem diga que é uma junção de stalker + fan;

CHEUGY: Uma tendência que pode ser brega, mas que de vez em quando, dá vontade de usar. Quase um guilty pleasure.

Plantas ornamentais precisam de cuidados especiais durante o inverno
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Plantas ornamentais precisam de cuidados especiais durante o inverno

Durante o período de quarentena em virtude da pandemia da COVID-19, muitas pessoas passaram a adotar novos hábitos para que o tempo em casa não se torne maçante, excessivamente ocioso ou um fator de estresse e ansiedade. E uma prática que ganhou muitos adeptos foi incluir o cultivo de plantas ornamentais na rotina. Com a chegada do inverno, quem decidiu adicionar a convivência com flores e plantas em casa, mas não tem muita habilidade, precisa estar atento as necessidades de cada espécie para adaptação a estação mais fria do ano.

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Para compor ou manter as espécies vivas e saudáveis mesmo com as temperaturas mais baixas, é fundamental, além de escolher plantas que se adaptam bem a espaços internos, prestar atenção a cuidados especiais com a terra. “Existem sim algumas espécies que são mais adaptáveis as temperaturas mais frias, porém independentemente do clima, é importante corrigir o solo duas vezes por ano, especialmente antes da chegada do inverno, realizando adubação para que as plantas estejam fortalecidas”, explica Elizeu de Almeida, florista da Esalflores, maior rede de floriculturas do país.

Plantas que não demandam muita luz e nem uma frequência grande de regas são ótimas opções para o inverno. “Há diversos gêneros de flores e plantas que se ajustam bem a menor incidência de luz e clima mais gelado”, comenta Elizeu de Almeida. “Mas o mais importante mesmo durante o inverno é sempre checar a umidade da terra e estabelecer a quantidade de regas a partir daí”, acrescenta. Uma boa sugestão é a planta conhecida como Pacová. “Ideal para casas e apartamentos, ela precisa de claridade mas sem luz direta e pode ser regada apenas umas duas vezes por semana no inverno”, indica o florista. O Lírio da Paz também é uma opção a ser considerada. “Se adapta bem a sombra e não exige mais do que regas esporádicas de acordo com a umidade da terra”, detalha o especialista. Outra sugestão são as marantas. “Perfeitas para serem cultivadas em locais com sombra, elas podem ser submetidas a luz do sol apenas no período da manhã com regas de pouca água, dia sim e dia não”, complementa.

As orquídeas também ficam muito bem em ambientes internos com claridade. “No inverno, as orquídeas devem ser molhadas a cada 15 dias, encharcando e deixando escorrer. Importante lembrar de não expô-las diretamente ao sol quando não houver flores e adubar com substrato específico uma vez ao mês”, detalha o florista. Há ainda a Tulipa, opção conhecida da estação. “Além de se adaptar bem ao interior das casas, elas podem ser cultivadas acrescentando uma ou duas pedrinhas de gelo na terra todos os dias”, esclarece. O profissional ainda lembra que é sempre importante estar atento ao aspecto da planta e observar a reação dela às condições do ambiente. “Aos poucos é possível perceber qual a frequência ideal de regas e o local perfeito para a planta dentro da residência,

Shein
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Você sabe pronunciar o nome da marca “SHEIN”?

Se você usa o Tik Tok e o Twitter todos os dias, provavelmente você já ouviu falar dos aplicativos de compra do momento, como a Shein e o Shopee. Hoje, a loja de fast fashion de roupas femininas, Shein, foi alvo de indignação dos usuários ao revelar como o nome da marca deve ser pronunciado.

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Até o momento, ninguém sabia exatamente como era a pronúncia certa. Chain, Chêin… Cada qual falava da sua forma. Até que, o perfil da marca revelou que o nome vem de “SHE-IN”, ou “Ela dentro, Ela por dentro”, em tradução literal, transformando a pronúncia em “Chi-IN”.

Por essa, ninguém esperava, hein? A informação não demorou até que se espalhasse por toda a internet, o que rendeu indignação de muitos internautas, principalmente no Tik Tok, indignados com a pronúncia de Shein:

E aí, como você pronunciava o nome da Shein? Vai mudar sua pronúncia? Conheça o site queridinho do momento para quase todo mundo, clicando aqui.

Dentista mexendo no aparelho dental na boca de uma criança
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7 dicas para aliviar a dor depois da manutenção do aparelho

Indicado para corrigir o posicionamento dental, o aparelho faz pressão na boca para que os dentes se posicionem corretamente e, nesse processo, é comum que o paciente sinta algum desconforto. Para aliviar as dores, o Dr. Paulo Zahr, da OdontoCompany, listou sete dicas para serem aplicadas após a manutenção do aparelho.

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  • Evite alimentos duros – A pressão que o aparelho exerce na boca para corrigir os dentes faz com que a região fique dolorida depois da manutenção, por isso, evite alimentos que sejam duros e exijam uma boa mastigação. A dica é  consumir produtos mais líquidos e macios, como por exemplo, iogurte, purê e sopa.
  • Aplique gelo no local – Outra dica valiosa para diminuir a dor é colocar compressas de gelo na boca. A temperatura fria serve como uma anestesia e consegue combater possíveis inflamações de maneira rápida. Para isso, você pode envolver uma pedra de gelo em um pano e colocá-lo na região que mais incomoda.
  • Utilize cera dental- A cera é usada no consultório com diversas finalidades, uma vez que consegue isolar uma parte do aparelho da boca e gengivas. Para evitar que o desconforto se prolongue, você pode recorrer ao material, que deve ser indicado por seu dentista.
  • Escove os dentes suavemente – No dia a dia, a escovação é um importante hábito para manter a saúde bucal e impedir a formação de placas bacterianas, e não seria diferente após a manutenção do seu aparelho. Para sentir menos dor na região, escove os dentes suavemente, massageando o local com uma escova de cerdas macias indicada por um profissional.
  • Use pomadas anestésicas – Por definição, anestesia é o estado a que se chega quando há ausência de dor em um processo curativo. Então, nada melhor do que usar pomadas com essa propriedade para se sentir melhor no tratamento dental. Peça indicação de um produto confiável ao dentista e o aplique na área comprometida da cavidade bucal.
  • Utilize infusões com camomila – O chá dessa florzinha diminui a dor provocada pela pressão do aparelho ortodôntico na boca e acalma, de forma natural, a gengiva inflamada.
  • Faça bochechos com bicarbonato no decorrer do dia – Geralmente encontrado como pó fino, o bicarbonato de sódio é um composto químico de sal e íons. Para ajudar no tratamento dentário, misture uma colher do produto em uma xícara com água. Faça bochechos com a solução algumas vezes ao dia e veja a inflamação oral diminuir, uma vez que o composto cura lesões na cavidade.

Lembre-se sempre de consultar o especialista se não houver melhoras para que o tratamento harmonize o seu sorriso da melhor forma possível, viu?

Real digital
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Como vai funcionar o Real Digital, o “Bitcoin do Governo brasileiro”?

O atributo mais importante de uma criptomoeda, e uma das razões de sua popularidade, é não pertencer ou ser controlada por nenhum governo. Mas o que entendemos por moeda digital no Brasil deve mudar, já que, desde o ano passado, o Banco Central estuda criar um modelo próprio de moeda digital, com previsão de lançamento em 2022, o Real Digital.

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A notícia não é novidade, afinal a própria instituição se encarregou de divulgar essa intenção. No entanto, William Ribeiro, educador financeiro e CEO do “Dinheiro Com Você” faz um alerta sobre a importância de se entender a diferença de uma moeda digital controlada pelo governo e de uma criptomoeda, sejam seus benefícios e, também, o que pode ser desvantagem.

“Quem possui Bitcoins ou qualquer outra criptomoeda geralmente encontra dificuldades em usá-las para adquirir produtos e serviços, rotineiramente. Isto não ocorrerá com o Real Digital, que será emitido com a mesma força, regulação e aceitação do dinheiro físico. Por exemplo, complementando as facilidades que já ganhamos com o Pix”, explica Ribeiro.

Brasil não é o único na corrida para o dinheiro digital

A ideia de uma moeda digital oficial de um governo não é uma exclusividade do Banco Central do Brasil. Na verdade, o modelo é algo já conhecido em todo o mundo e ganhou o nome de “Central Bank Digital Currency” (CBDC, que em português poderia ser traduzido como “Dinheiro Digital do Banco Central”).

O educador financeiro explica que o CBDC seria a união de dois mundos que, hoje, caminham distantes. “Estamos falando sobre ter a conveniência e segurança do meio digital das criptomoedas com a circulação regulamentada e aceitação do dinheiro vivo. Lembrando que o Banco Central seria a única autoridade monetária responsável pelas operações”.

Apesar de não ter sido implantado em nenhum país, vários já criaram equipes de estudo para o lançamento, como a China – já bastante adiantada e deve ser a pioneira –, Estados Unidos, Inglaterra e Rússia, além do Brasil.

Economia paralela

Assim como o Pix, o lançamento do Real Digital tem como propósito principal facilitar ainda mais as transações. Contudo, Ribeiro destaca que também é um motivador dessa novidade a preocupação do avanço e popularidade das criptomoedas descentralizadas.

“Os bancos centrais de todo o mundo têm uma preocupação com o surgimento de uma economia paralela na sociedade sobre a qual eles não tenham controle, apesar dela já ser uma realidade. O que ainda freia que esse avanço seja mais rápido é a dificuldade de se realizar transações com criptomoedas que, por enquanto, ainda são vistas como um investimento, um ouro digital”.

Ele ainda explica o que uma economia paralela forte significaria. “Se fosse possível usar massivamente uma moeda descentralizada, os países perderiam os mecanismos de controle da economia, como taxas básicas de juros, metas de inflação e gerenciamento de políticas de câmbio. Nenhum Estado quer perder o monopólio da emissão de dinheiro, ao passo que as pessoas tendem a procurar soluções para manter o seu poder de compra preservado, o que ocorre com maior intensidade em países com inflação alta”.

Maior controle sobre operações financeiras

Atualmente, com movimentações como Pix, TED e até gastos em cartões de crédito e débito, as instituições financeiras e o governo já têm um grande acesso a informações sobre os nossos hábitos de consumo. Com o advento do Real Digital, essas informações passam a ser muito mais precisas e imediatas.

A princípio, um maior controle do governo representa mais segurança sobre operações fraudulentas e de lavagem de dinheiro. No entanto, além disso, Ribeiro acrescenta mais algumas possibilidades que refletem mais diretamente na vida do consumidor comum.

“Com o Estado conseguindo ver tudo isso, ele poderia perceber que a população está consumindo mais um certo tipo de produto, e usar suas políticas para sobretaxar esse produto específico, e regular a oferta e demanda.Em uma possível atitude mais ousada, poderia usar esses dados pra mapear segmentos específicos da sociedade, de acordo com o padrão de consumo. Outro aspecto ainda obscuro é a possibilidade do Real Digital ser uma moeda ‘programável’, ou seja, com o Estado podendo confiscá-la diretamente das carteiras digitais dos cidadãos, mediante ordem judicial ou algum dispositivo semelhante.”, alerta Ribeiro.

A melhor forma para se preparar para tudo isso é estar bem-informado e atento aos desdobramentos que estão sendo comunicados pelo Banco Central.

Festa junina em casa
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5 dicas para fazer sua festa junina em casa

É o nosso segundo ano sem festa junina, por conta da pandemia. 🙁 Sentimos saudades das comidas típicas, das músicas e até mesmo, do clima e do “cheiro” que só ela tem.

+ Como cada signo vai curtir a festa junina?

Mas, isso não significa que você não possa organizar a sua própria festa em casa, por conta própria, para curtir sozinho(a) ou com as pessoas que moram com você. Pensando nisso, nós separamos algumas dicas pra você organizar a melhor festa junina da sua vida, mesmo na pandemia.

Faça uma decoração típica

Utilize um barbante e folhas de jornal para fazer bandeirinhas de festa junina que você pode colar no lugar da casa que vai fazer a festa. Não são difíceis de fazer e não gastam quase nada. E vamos combinar, né, são as bandeirinhas que dão aquele clima junino pra festa.

Faça comidas de festa junina

Paçoca, milho verde, pastel, cachorro quente… O lado bom da festa é que ela tem uma variedade enooooorme de comidas que você pode fazer e ainda sim, serão comidas típicas. Aproveite pra inventar alguma comida que você não vê normalmente nas festas: paçoca com chocolate, açaí com paçoca… O universo é o limite para a sua festa.

Se vista a caráter!

Coloque uma camisa xadrez e peça para as pessoas que moram com você colocarem também! E lembre-se, estamos em uma pandemia. A festinha é pra quem mora com você e ainda sim, com todos os cuidados possíveis. Se as pessoas (ou você) trabalham fora, não se esqueçam de usar máscara (que pode ser customizada!) e de manter as janelas abertas com bastante ventilação.

Dê o seu toque pessoal na festa junina

Se você pensar que essa pode ser sua primeira e última festa de São João personalizada, dê o seu toque pessoal! Faça uma decoração própria, crie jogos próprios, comidas próprias… Você pode inventar o que quiser e ainda misturar com tudo aquilo que você gosta. Imagina só uma festa junina mexicana, só com comidas típicas do México, por exemplo?

Tire muitas fotos

Tire muitas fotos para guardar de recordação para o futuro! Se tudo correr como o planejado, no ano que vem, estaremos todos bem vacinados e curtindo juntos a boa e velha festa tradicional. Por isso, aproveite a sua última festa junina e faça muitas recordações para o futuro.

E aí, vai fazer a sua festinha ainda esse mês com as pessoas que moram com você?

Serial Killer de Brasília
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Quem é o “Serial Killer de Brasília“ e quais crimes ele cometeu

O Brasil está chocado com uma onda recente de crimes que vem acontecendo em Brasília. No dia 9 de junho, uma família inteira foi morta no bairro Ceilândia, no Distrito Federal. O pai, de 48 anos, foi assassinado com seus dois filhos, de 21 e 15 anos, pelo homem que está conhecido até então como o Serial Killer de Brasília.

Isso porque, três dias depois, no dia 12 de junho, o corpo da mãe, de 43 anos, também foi encontrado próximo a um córrego. Depois de matar o pai e os filhos, o criminoso levou a mulher consigo. O corpo da mulher estava nu e apresentava sinais fortes de dilaceração. Durante a fuga, o homem ainda baleou três homens.

Quem é o Serial Killer de Brasília?

Lázaro Barbosa, de 32 anos, nasceu no sudoeste da Bahia e tem uma longa ficha de crimes como homicídio, estupro, roubo, latrocínio (roubo seguido de morte) e porte ilegal de arma de fogo. Segundo os registros, aos 19 anos de idade, ele cometeu seus primeiros assassinatos.

De acordo com o G1, Lázaro tem uma personalidade agressiva, “ausência de mecanismos de controle, dependência emocional, impulsividade, instabilidade emocional, possibilidade de ruptura do equilíbrio, preocupações sexuais e sentimentos de angústia”. Além disso, as autoridades ainda afirmaram que o homem tem total consciência de tudo o que faz, se enquadrando portanto, no perfil de um serial killer ou assassino em série.

Ninguém o capturou ainda? Onde ele está?

Até o momento, não. Lázaro foi visto pela última vez na zona rural de Goiás, onde trocou tiros com um caseiro de uma chácara. Segundo os policiais, o homem tem experiência em se esconder e sobreviver no meio da mata, o que dificulta ainda mais a sua captura.

Equipes policiais de vários locais do Brasil estão empenhadas na captura do criminoso, mas estão sem sucesso até o presente momento. Ele está fugindo a pé, roubando veículos esporadicamente durante a sua fuga.

Dia do Orgulho Autista e da pessoa com autismo
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Dia do Orgulho Autista: saiba quais são os principais mitos sobre o Transtorno

Grande parte dos materiais divulgados sobre o autismo na mídia brasileira vem carregado de conceitos generalistas que não fazem parte da realidade de indivíduos com TEA (Transtorno o Espectro Autista). Inúmeros mitos que são transmitidos pela sociedade e “achismos” em torno do comportamento de pessoas com autismo só reforçam estereótipos e preconceitos que dificultam ainda mais o processo de inclusão.

+ Atypical, uma série sobre autismo
+ #VistaAzul: Dia Mundial da Conscientização do Autismo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que há 70 milhões de pessoas com autismo em todo o mundo, sendo 2 milhões somente no Brasil. De acordo com o CDC (Centro de Controle de Doenças e Prevenção do governo dos EUA), estima-se que uma em cada 59 crianças apresenta traços de autismo. Como um número expressivo como esse poderia enquadrar tantos autistas dentro de características iguais de comportamentos, sem diferenciação? Quando falamos de autismo, falamos de um transtorno do neurodesenvolvimento que faz parte de um espectro, ou seja, que vão existir inúmeros indivíduos com características diferentes entre si, que necessitam de muito ou pouco suporte. Indivíduos que são seres únicos, e que devem ser tratados como tal, assim como qualquer ser humano

No Dia do Orgulho Autista, especialistas da área, ativistas e mães de pessoas com TEA ganham voz para falar sobre o espectro e desmistificar situações que reforçam ainda mais o preconceito. A data, comemorada em 18 de Junho, é marcada para relembrar e celebrar as características únicas e a neurodiversidade de pessoas com o transtorno. O que a causa autista necessita é de empatia e acolhimento, através da disseminação de informações verdadeiras, contribuindo para fazer a diferença na inclusão social das pessoas autistas.

Mitos e verdades sobre o autismo

Quantas pessoas já não ouviram falar que autismo é causado pela falta de afeto, provocado por vacina, algum tipo de alimento, que é uma doença, enfim, informações errôneas, sem embasamento científico, que são disseminadas e contribuem ainda mais com conceitos não verdadeiros em relação ao TEA.

A especialista Julia Sargi, Psicóloga e Analista do Comportamento – Supervisora ABA do Grupo Conduzir, comenta que o Dia do Orgulho Autista vem como uma oportunidade para conscientizar a sociedade sobre o espectro e avançar na luta contra os preconceitos:

“O nosso papel como especialista neste dia é desmistificar e mudar a visão negativa em relação ao transtorno. Dessa forma, é esclarecido que o TEA não é uma doença (e isso já deixa claro que se a pessoa não é doente, não é necessária a busca e não existe possibilidade de cura), mas sim, uma condição de “diferença”, em que pessoas que estão dentro do espectro possuem algumas características próprias que lhe trazem desafios. Com isso, o objetivo sempre será de incluir e integrar essas pessoas à sociedade, considerando e respeitando suas diferenças e necessidades. Além disso, essa data é muito importante também para apoiar as famílias das pessoas com TEA, já que estão em constante luta pelo reconhecimento e cumprimento dos direitos que vêm sendo arduamente adquiridos, ampliando o conhecimento acerca do assunto entre as famílias, profissionais e a comunidade.”

E quando falamos sobre autismo, surgem também algumas afirmações comuns e errôneas de que os autistas são muito inteligentes, superdotados, bons com números, aprendem diversas línguas, entre outros mitos.

A especialista Julia Sargi, Psicóloga e Analista do Comportamento – Supervisora ABA do Grupo Conduzir diz que é importante enfatizar que o transtorno do espectro autista evidencia algumas características comuns, mas que cada indivíduo é único e apresenta suas próprias habilidades e dificuldades:

“Alguns indivíduos têm, sim, uma habilidade incrível para algo em específico, e muitas vezes isso pode se dar devido ao hiperfoco, ou seja, o interesse restrito por determinado assunto. Mas uma grande porcentagem das pessoas que se encontram no espectro apresenta déficits cognitivos significativos, que dificultam a aquisição de novos repertórios. Uma outra expressão, considerada mito, e que é muito comum de ouvir, é de que o autista “vive no seu próprio mundo”, e que não gosta de estar com outras pessoas. A verdade é que a dificuldade na interação social é uma característica significativa muito comum aos indivíduos com autismo, mas isso não significa que eles não queiram se relacionar com outras pessoas, e sim que apresentam dificuldades em iniciar ou manter a interação, entender algumas regras sociais, entre outras habilidades que são extremamente importantes nas relações. E mais uma vez, precisamos olhar individualmente para cada um e entender qual a dificuldade e qual a motivação para se relacionar com os outros. Lembrando que isso representa uma parte do todo quando tratamos do espectro”

Josiane Mariano tem 36 anos, é mãe do Heitor, de 10 anos – diagnosticado com autismo aos 2 anos. Ela conta que já ouviu diversos absurdos ligados às causas do autismo e opiniões de pessoas em relação ao comportamento do filho:

Dia do Orgulho Autista/Autismo: A mãe Josiane com o filho Heitor, de 10 anos

A mãe Josiane com o filho Heitor, de 10 anos. Arquivo pessoal.

“Já ouvimos de tudo, desde que era falta de estímulo e que se nós pais conversássemos mais com ele, ele se desenvolveria, inclusive opiniões como essas vindas até de médicos. Até mesmo alguns religiosos dizendo que ele ‘veio assim’ para pagar pelos pecados de outras vidas, assim como todos os deficientes desse mundo. Ou ainda frases de que ele são praticamente gênios, o que não é nem de longe verdade, no nosso caso. Conto até que meu filho aprendeu a ler muito cedo, com apenas três anos de idade, sozinho, sem nenhum estímulo, inclusive em inglês, mas ao mesmo tempo, aos seis anos ainda usava fraldas. A conta não fecha, entende? Cada família, cada filho é de um jeito”

No Transtorno do Espectro Autista todos os indivíduos têm potencial para aprender e desenvolver novos repertórios, e, para isso, basta saber a forma correta de ensiná-los. Ao serem observadas as variações/características dessas pessoas, algumas podem até ser interpretadas como vantagens competitivas e potencialidades. Há alguns indivíduos com TEA que possuem uma condição diferente (e rara) conhecida como ‘savantismo’ ou Síndrome de Savant, que é uma ‘grande capacidade intelectual’, entendida como genialidade, assim como conta a Psicóloga e Analista do Comportamento do Grupo Conduzir:

“Os ‘savants’, apesar de apresentarem uma inteligência acima da média e talentos notáveis em alguns aspectos, como por exemplo: realizar cálculos extremamente complexos ou registrar/memorizar centenas de livros, podem também apresentar dificuldades e limitações em outros, como dificuldades nos repertórios sociais ou de independência. Portanto, diante de tantas diferenças, vale ressaltar que a inteligência acima da média não é uma regra, e que o Dia do Orgulho Autista quer esclarecer justamente que o mais importante, de fato, é considerar as condições e particularidades de cada indivíduo, entendendo seus déficits e potencialidades, não para que o indivíduo com TEA deixe de ter características do transtorno ou para que se torne um gênio, e sim para ajudá-lo a ter uma melhor qualidade de vida, bem-estar e poder ser compreendido e amado da forma como ele é.”

A mãe Josiane Mariano relembra que o dia a dia com o filho é vivenciado de “pequenos orgulhos”, e isso torna a caminhada cheia de superações e vitórias:

“Todos os dias quando avançamos um passinho rumo a uma qualidade de vida melhor, quando ele aceita experimentar algo novo, quando se sente à vontade em locais que antes talvez despertasse uma agitação maior, quando responde a uma interação social de forma adequada, por exemplo, temos um grande sentimento de vitória. Meu filho, assim como qualquer filho para uma mãe, me enche de orgulho. E eu só conheço ele dentro do espectro autista, não existe um Heitor dissociado disso, ele é assim e está tudo bem.”

Capacitismo, ativismo e autismo

O termo “capacitismo” tem sido disseminado e utilizado nos meios de comunicação, assim como nas redes sociais, para falar sobre a discriminação e preconceito social em relação às pessoas com deficiência. Em sociedades capacitistas, a ausência de qualquer deficiência é visto como “o normal”, e pessoas com alguma deficiência são entendidas como exceções; a deficiência é vista como algo a ser superado ou corrigido, se possível por intervenção médica.

Polyana Sá tem 20 anos, é estudante de engenharia de bioprocessos e biotecnologia na UFPR (Universidade Federal do Paraná), ela é autista e foi diagnosticada aos 16 anos. Polyana faz acompanhamento psicológico desde os 12 anos, antes mesmo do diagnóstico. Ela conta que é ativista da causa autista e utiliza as redes sociais para desmistificar informações errôneas sobre o TEA e disseminar informações para a sociedade, o que tem ajudado muitas pessoas que são diagnosticadas a lidarem com o transtorno:

“As pessoas tendem a fazer generalização do que é o autismo, a partir dos estereótipos, dos que são divulgados e propagados, no caso: autista homem, branco, que ou exige uma grande necessidade de apoio substancial ou se enquadra no quesito de altas habilidades. E toda vez que você tem uma pessoa que sai dessa linha e não segue a conformação dessa ‘caixinha’ que nos é criada, então, a sociedade dá uma travada, para e pensa: mas essa pessoa é autista mesmo? Nesse questionamento, em vez das pessoas procurarem se informar mais a respeito do TEA, e saber que existem vários indivíduos autistas, de todas as formas, jeitos e maneiras que você possa imaginar, as pessoas continuam propagando mitos e absurdos que ouviram para as outras pessoas. É justamente assim que o capacitismo se constrói, aumenta e ganha dimensões que são fora do normal. Coisas simples e comportamentos que podem ser desfeitos pela informação. Basta a pessoa querer se informar. Por isso, procuro estudar sobre, me conhecer mais e divulgar para as pessoas.”

Dia do Orgulho Autista/Autismo: Polyana Sá – autista e ativista

Polyana Sá – autista e ativista. Arquivo pessoal.

Polyana é amparada por lei como uma pessoa com deficiência e sempre busca ir atrás dos seus direitos. Na Universidade onde estuda, possui um aluno tutor. É também palestrante e fala sobre a interseccionalidade de raças:

“Todas as vezes que faço palestra, eu gosto de dizer que as pessoas pretas com deficiência e que buscam ter voz na sociedade são pessoas que não se submetem ao sistema. Porque todos os dias existe uma estrutura social que faz com que pessoas como nós não queiram existir ou sintam vergonha disso. Então, quando você tem uma pessoa que é mulher, preta, com deficiência, empoderada, e que fala sobre o assunto, é uma vitória, é você ir justamente ao contrário do que te ensinam desde que você nasceu. E dizer às pessoas que mulheres, autistas, pretas existem, e que somos várias, mas que muitas vezes não somos notadas. Nós, autistas, temos muitas caras, jeitos, formas e você vai encontrar autistas de muitas maneiras e que continuam sendo assim. Então, muito complicado lidar com a questão do capacitismo, tanto em pessoas que se encontram com grande necessidade de apoio substancial e tanto em pessoas com pouca necessidade de apoio substancial (como é o meu caso), mas todos estamos ali, no mesmo espectro.”

Autismo tem cura?

Muito tem se disseminado sobre a “cura do autismo”, reforçando o mito de que se trata de uma doença. Sem contar que é possível encontrar profissionais vendendo “fórmulas mágicas” e soluções para cessar ou diminuir o transtorno. Mas já se sabe que isso não existe. São falsas informações que devem ser desmentidas e rebatidas por toda a sociedade, meios de comunicação e especialistas da área. O que se tem são intervenções que ajudam a desenvolver e/ou aprimorar repertórios importantes que vão auxiliar os indivíduos no espectro a terem melhores condições para interações sociais e habilidades para atingir o máximo de independência possível e qualidade de vida.

“Não existem estudos que comprovam a cura do diagnóstico por meio de qualquer tratamento, e qualquer afirmação diferente a essa pode gerar confusão e expectativas frustradas aos pacientes e seus responsáveis. Porém, a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma intervenção que maximiza o potencial do indivíduo, através da ampliação de habilidades e redução de possíveis barreiras comportamentais que podem dificultar o aprendizado, tendo em vista que, a partir da avaliação, é possível mapear e respeitar a singularidade de cada um”, explica Julia Sargi.

Orgulho Autista

A ativista Polyana Sá comenta que no Dia do Orgulho Autista enxerga muitos desafios pela frente em relação à inclusão e à luta pelos direitos dos autistas, mas entende e acredita que aos poucos a sociedade tem caminhado no sentido pela busca da informação real e empatia em relação à causa autista:

“Este dia é para mim um dos dias mais importantes do ano, dia em que temos para bater no peito e dizer: eu sou autista, e sociedade, vocês precisam entender e conviver com isso, porque eu não vou mudar, eu não preciso mudar, eu não preciso ser diferente. E eu acho muito bonito essa expressão de autoamor, de reconhecer os semelhantes e dar apoio para as outras pessoas que estão em processo de diagnóstico, para os familiares que têm toda a trajetória com os filhos. Uma data muito importante e especial que precisa de visibilidade e muito engajamento. Dentro do movimento, falo por mim, é dia de festa e celebrar que se você é autista, não existe nada de errado com isso.”

Dia do Orgulho Autista: Polyana Sá tocando ukulele - um dos hobbies preferidos

Polyana Sá tocando ukulele – um dos hobbies preferidos. Arquivo pessoal.

A mãe Josiane Mariano finaliza:

“A chave ainda é a informação, é necessário que conheçam melhor sobre algo que é tão complexo como o espetro todo, de que os autistas são diferentes, não são uma ‘receita de bolo’, de que não fazem tratamentos para se ‘curarem’ (isso muitos pais ainda precisam trabalhar internamente) ou serem ‘iguais’ aos outros. Mas fazemos para proporcionar melhor qualidade de vida aos nossos filhos dentro de suas especificidades. E nossos filhos são como são e isso não é ruim: é a mais pura diversidade!”

Dia do Orgulho Autista: Heitor em um dos passatempos prediletos: brincando com jogos no tablet

Heitor em um dos passatempos prediletos: brincando com jogos no tablet. Arquivo pessoal.