Angústia, romance, suspense… Escrito nas estrelas é um livro para despertar todos esses sentimentos e nos fazer viajar pelo mundo dos negócios imobiliários. Lara Cameron não teve uma infância muito fácil: nasceu em uma pequena cidade da Escócia, sua mãe morreu no parto e ela foi criada por um pai alcoólatra e frequentador de prostíbulos e, como se não bastasse, culpava Lara por todo o seu azar.
Ele trabalhava como cobrador de aluguéis de uma pensão, mas, devido à bebida, adoeceu e Lara teve que ficar responsável pela cobrança dos aluguéis, apesar de ainda muito nova e do descrédito do dono da pensão, que achava que ela seria “passada para trás” por todos. Entretanto, Lara se sobressai nas cobranças e acaba conhecendo Charles Cohn, um homem que se hospeda na pensão e lhe ensina muito sobre construções e finanças. Isso a motiva a pedir um empréstimo bem alto ao dono da pensão, Sean MacAllister. Ele lhe promete o empréstimo em troca de que ela vá para a cama com ele. A ambição fala mais alto e Lara resolve ceder.
“Lara sentia-se irrequieta. (…) Não havia anda que ela pudesse fazer. E se acostumara a mais ação. Gostava de ter meia dúzia de projetos em andamento ao mesmo tempo.
– Por que não procuramos por outro negócio? – perguntou ela a Keller.”
Assim, Lara constrói seu primeiro prédio e não parou mais. Conquistou Chicago e metade de Nova York. Percorrendo um caminho tortuoso e caminhando em uma trilha perigosa entre o jogo de mentiras e fraudes do mundo dos negócios, Lara ficou conhecida como A Borboleta de Ferro, tornou-se uma inspiração para mulheres e um obstáculo para os homens do ramo imobiliário. Mesmo com tantas coisas conquistadas, Lara sente que lhe falta algo, então conhece Philip Adler, um pianista, e se apaixona. Os problemas começam.
Enquanto construía seu enorme império, Lara tinha um relacionamento com um homem casado e que tinha ligações com a Máfia: Paul Martin. Ele não aceitaria a traição de Lara e está cada vez mais difícil para ela conciliar sua vida pessoal e profissional. Tudo começa a desmoronar.
Em seu aniversário de 40 anos, ela planeja uma festa para duzentos convidados e está disposta a entrar no salão, de cabeça erguida e enfrentar tudo e todos, mas o que acontece é algo realmente inesperado para a protagonista!
Uma obra que faz o leitor ir da pobreza para riqueza e da ingenuidade e pureza para a determinação e ambição. Ódio, vingança, rejeição, amor… A Borboleta de Ferro nos traz inúmeras vivências e muitas surpresas em um destino cheio de suspense e reviravoltas!
O Dia do Curinga é um livro incrivelmente mágico, mas com uma magia diferente, envolvente, nos prende por completo a fim de descobrirmos o desfecho dessa aventura fascinante.
É aquele livro que depois de lido, nos transforma de alguma forma. A trama gira em torno do garoto Hans-Thomas que junto com seu pai vai até a Grécia atrás de sua mãe que precisava se encontrar.
É verdade… Existem cerca de cinco bilhões de pessoas nesse planeta. Mas a gente acaba se apaixonando por uma pessoa determinada e não quer trocá-la por nenhuma outra.
No meio do caminho Hans ganha um saco com pães e um deles esconde um pequeno livro, este, entrelaça duas histórias com uma diferença extensa de anos, embora, no final, elas se encontrem maravilhosamente.
Náufragos, mitos gregos, cartas vivas de um baralho, um padeiro, um anão, a tão saborosa bebida purpura, e principalmente um curinga, completam essa história que nos prende a todo o momento.
Além de muita magia o autor Jostein Gaarder, o mesmo de O mundo de Sofia e Através do Espelho, brinca com a imaginação do leitor de forma que poucos autores conseguem fazer com excelência, e nos faz refletir sobre perguntas importantes através dos questionamentos que a filosofia é capaz de permitir.
Por fim O Dia do Curinga, é realmente um livro mágico e difícil de ser descrito, mas extremamente fácil de ser lido.
Aliás, você já se perguntou por que existe apenas um curinga no baralho?
O curinga (…) é um caso à parte; uma carta sem
relação com as outras. Ele está no mesmo monte das outras cartas, mas
aquele não é seu lugar. Por isso pode ser separado do monte sem que
ninguém sinta falta dele.
No futuro a Terra está com os dias contados. Uma equipe de astronautas é convocada para fazer reconhecimento de um planeta que pode ser a única chance de sobrevivência dos seres humanos.
Lucas é um exobiólogo renomado que se encontra numa situação complicada e sua carreira está por um triz. O destino o leva até Nee, uma militar com uma reputação e tanto, que o faz uma proposta irrecusável. O que ele não sabe é que esta missão mudará tudo o que ele acreditava um dia ser verdade.
Imagem, Mary Cagnin, Divulgação
Black Silence é uma HQ brasileira de ficção científica, da quadrinista Mariana Cagnin (Mary Cagnin), ambientada em um futuro pós-apocalíptico, onde os humanos estão procurando recursos e estabelecer colônias em outros planetas, pois a Terra está com os seus dias contados. Essa é a missão da oficial Neesrin Ubuntu e sua tripulação, composta por Fumika Yamamoto, uma geóloga; Peter Logrado, um engenheiro espacial, Joana Finnigan, copiloto da nave e braço direito de Neesrin; e Lucas Ferraro, um exobiólogo que está com sua carreira por um fio e com problemas com as autoridades. Conhecemos Lucas logo no início da HQ, sendo recrutado pela própria comandante Neesrin, na cadeia; e de início ele está relutante a ir, mas logo aceita pela curiosidade de descobrir novos mundos, e pela grande reputação da comandante Neesrin.
Com a tripulação reunida, eles logo partem para o espaço, e descobrem um novo planeta, que eles denominam Adda- 48B. No entanto, o que seria só uma viagem de reconhecimento, logo se torna um dos piores pesadelos para Neesrin e toda sua tripulação.
Na minha vida, vi coisas extraordinariamente terríveis. Vi crianças serem tiradas de seus pais e homens sendo mortos diante dos meus olhos. Eu vi o nosso mundo ruir. Ainda assim, eu não estava preparada para isso. Existem muitos tipos de violência… E o silêncio é uma delas.
ALGUNS SPOILERS ABAIXO
O grande trunfo de Black Silence é a atmosfera. Mary Cagnin conseguiu transpor uma atmosfera densa de medo e paranoia, elementos importantes para uma boa história de terror psicológico, em cada página. A HQ tem uma narrativa simples e que com certeza você já viu em filmes de ficção científica hollywoodianos: uma tripulação de uma nave partem para uma missão no espaço, e param em um planeta desconhecido, com um terror desconhecido, o que será a condenação deles. Geralmente o terror desconhecido é algum/alguma civilização alienígena, porém no caso de Black Silence o terror está exatamente no silêncio do espaço e no desconhecido.
Ao pousarem no planeta Adda-48B, que aparentemente é um planeta inabitado, a tripulação dá de cara com uma Pirâmide Negra. Isso mesmo, um monumento construído por alguma civilização antiga, mas se alguma vez existiu civilização naquele planeta arenoso, não existe mais há muito tempo. A presença daquela Pirâmide misteriosa afeta Neesrin mais do que ele imaginavam. Se de início é um enigma que eles precisam decifrar, logo passa a ser uma presença extremamente perturbadora, exatamente pelo fato de eles não saberem o que é e o que significa.
Logo, eles começam a ouvir vozes, há algo falando com eles, seja uma presença alienígena, seja o seu próprio consciente; deixando todos em um estado perpétuo de paranoia e medo. A tensão entre os personagens é crescente, assim como o medo e o desespero irracional. Não é um alien que é a causa de sua destruição, e sim os seus próprios medos e inseguranças. E o silêncio. Aquele silêncio incômodo que enlouquece, e não há uma resposta lógica ou racional, apenas o silêncio.
Toda essa tensão é passada com maestria com o roteiro de Mary Cagnin, que de acordo com o seu Editorial, queria passar para os leitores a mesma sensação que ela tem com a imensidão do universo, o que ela consegue com maestria:
Quando decidi fazer um sci-fi espacial, eu queria passar a sensação, o sentimento que tenho em relação ao universo: o desespero e o terror diante do desconhecido, do imensurável. Existem certas coisas que nossa compreensão, tão humana, não é capaz de decifrar, e o que sentimos é aquela estranha… insignificância. Afinal, quem somos nós em relação ao resto do mundo? Talvez um pequeno, ínfimo grão de areia.
Essa estranheza diante do desconhecido, também é passada para os leitores, pois não sabemos tanto quanto os personagens o que diabos está acontecendo, e a cada página somos pegos com situações, que assim como Neesrin e sua tripulação, não estávamos preparados. Outro trunfo da HQ, é a construção dos personagens e a sua diversidade: Neesrin, a comandante e protagonista, é uma mulher negra (um refresco, diante de narrativas de ficção científica onde apenas homens brancos são permitidos a desbravar o universo); e além dela há mais duas mulheres, uma mulher asiática e a outra também negra (adeus Princípio de Smurfette!); e dois homens. A construção da personalidade de cada um é feita de uma forma em que você consegue se identificar com os personagens, mesmo que no fim, a narrativa não se aprofunde na vida de cada um, muito devido às poucas páginas.
Neesrin é uma protagonista maravilhosa, e apesar do final conclusivo, eu queria ler mais histórias com a comandante. Os traços dos desenhos, é outro ponto alto, em uma arte linda em P&B.
Black Silenceé uma ficção científica de qualidade, com uma atmosfera de terror psicológico primoroso, e Mary Cagnin é definitivamente uma das quadrinistas brasileiras que vale a pena ser acompanhada.
1 – Um robô não pode ferir um ser humano, ou por inação, permitir que um humano seja ferido.
2 – Um robô deve seguir todas as ordens dadas por seres humanos, exceto em casos que entrem em contradição com a primeira lei.
3 – Um robô deve proteger a própria existência, desde que isso não entre em contradição com a primeira e segunda lei.
São essas as leis que regem o universo ocupado por humanos e robôs criado por Isaac Asimov e que, teoricamente, são impossíveis de serem burladas. Não compare o livro com o filme de mesmo nome estrelado por Will Smith, embora o filme seja baseado, não se compara a grandiosidade do livro, é certo que diversos momentos do filme são inspirados em contos específicos do livro, como a cena no armazém de robôs, baseada no conto “Um robozinho sumido”, ou outras cenas que são de contos que nem sequer se encontram no livro, como quando o robô Sonny fala sobre seu sonho, que parece uma alusão ao conto “Sonhos de Robô”.Portanto, entenda filme e livro como obras distintas.
Eu, robô é uma coletânea de contos que já foram publicados em outras revistas, porém dessa vez são apresentados de forma a manterem um elo entre cada um, com uma entrevista a celebre Dra. Susan Calvin, personagem recorrente em vários contos de Asimov, em que ela fala um pouco de sua vida e relação com os robôs ao longo do tempo, começando o conto “Robbie”, que mostra um robô babá numa época que as maquinas ainda eram mais simples, alguns dos contos não a tem como protagonista, mas é ela uma das mais interessantes personagens mostradas.
O livro é subdivido em 9 contos, fora a história geral de ligação. São contos inteligentes, muitas vezes as três leis que a principio eram inquebráveis são postos à prova, necessitando de soluções inteligentes para concluir cada conto. Ainda que aparentemente sejam histórias sobre robôs, o foco são os humanos e suas interações com as maquinas inteligentes. A quem gosta de ficção cientifica, ou pretende conhecer a obra desse grande autor.
Narrado em primeira pessoa por Nael, filho da empregada Domingas, Dois Irmãos gira em torno da rivalidade entre Omar e Yaqub, irmãos gêmeos de origem libanesa que moram em Manaus. Apesar de idênticos na aparência, os gêmeos têm personalidades completamente diferentes.
Na tentativa de evitar o conflito entre os irmãos, Halim manda os filhos para Líbano. Mas Zana intervém para evitar que Omar vá embora. Dessa forma Yaqub parte para o exterior, retornando cinco anos depois, ainda ressentido ao constatar a rejeição da própria mãe.
Omar, o caçula, é protegido por Zana. Mimado e inconsequente, não estuda e não trabalha. Por outro lado, Yaqub é um rapaz responsável, que estudou em São Paulo para se tornar engenheiro.
Halim, esposo de Zana e pai dos irmãos, sofre com a obsessão da mulher com Omar. Desde o início do casamento, Halim rejeitava a ideia de ter filhos, pois temia o distanciamento da esposa.
Publicado no ano 2000, Dois Irmãos ganhou o Prêmio Jabuti no ano seguinte, e desde então vem sendo considerado um clássico da literatura contemporânea brasileira. Através do ódio entre os gêmeos, Milton Hatoum narra a ascenção e queda da família de Halim e Zana, e também conta um pouco da história de Manaus no início do século XX. Além disso, no decorrer da história, o narrador-personagem Nael busca descobrir a verdadeira identidade de seu pai.
Em 2015, a trama de Hatoum foi adaptada em uma graphic novel por Fábio Moon e Gabriel Bá – ironicamente dois irmãos. O trabalho recebeu diversos prêmios internacionais, entre eles o Eisner Awards, considerado o Oscar dos quadrinhos. Em breve, teremos um post exclusivo aqui no site mostrando apenas a graphic novel para vocês, então fiquem de olho! 😛
Dois Irmãos também foi adaptada para a televisão, numa minissérie dirigida por Luiz Fernando Carvalho, na Rede Globo. No elenco, grandes nomes como Eliane Giardini e Antônio Fagundes. Irandhir Santos interpretou Nael, e Cauã Reymond deu vida aos gêmeos Yaqub e Omar.
Prisioneiras é o terceiro livro de uma trilogia de livros de Drauzio Varella com histórias vividas em prisões – Estação Carandiru e Carcereiros. Desta vez, o médico se aprofunda nas histórias das detentas da Penitenciária Feminina da Capital de São Paulo. O fato de já ter trabalhado 30 anos em diversas penitenciárias fez que Drauzio desenvolvesse um olhar diferenciado para presos, funcionários e pessoas envolvidas em todo este processo. A habilidade de ver que ali existem vidas, sonhos, problemas de cotidiano e emoções que muitas vezes são ignoradas, até mesmo por eles mesmos.
Após uma apresentação bastante detalhada sobre os ambientes onde as vidas daquelas mulheres se desenrolam, os primeiros casos começam a ser narrados, como o dia de primeiro atendimento na penitenciária. É neste momento que fica mais explícito as diferenças deste para os outros dois livros da trilogia.
Mulheres, quando encarceradas, são esquecidas não apenas da sociedade, mas também por aqueles que a cercavam antes. Famílias, cônjuges, filhos e amigos raramente as visitam ou mantem algum tipo de contato, diferente do que acontece com homens na mesma situação. Conforme Varella diz no livro, a expectativa da sociedade é de ver as mulheres em seus devidos lugares, ‘recatadas e do lar’, e ser presa é algo que envergonha um marido ou um filho.
Prisioneiras vai te fazer repensar atitudes bem simples do seu dia. Te ajudar a enxergar melhor ao próximo. O trabalho desenvolvido por Drauzio Varella com esta parcela esquecida por todos é algo muito tocante. A sociedade tem muito a aprender com essas histórias, onde até mesmo aqui o preconceito sexual que existe no Brasil é escancarado. Uma leitura que nos faz mergulhar em um universo que parece estar diferente da nossa realidade, mas que no real, está bem próxima, já que podemos aplicar os ensinamentos em qualquer ambiente que estamos inseridos.
O Duelo dos Imortais é um livro prequel da série Deuses do Egito, isto é, se passa antes da história principal desenvolvida na série. É curtinho, e por isso talvez não haja muito sobre o que falar dele. Não interfere na leitura original, não tem spoilers, então é bem legal se você quiser começar por ele ou se quiser le-lo sozinho. Amo prequéis principalmente por isso.
Não li Deuses do Egito, mas comecei o primeiro livro, então sou um pouco situado na história. Mas, como esse livro não tem nada a ver com ela, é tranquilo de ler.
O Duelo dos Imortais, nos mostra a história de quatro irmãos deuses do Egito, Osíris, Néftis, Seth e Ísis, que ajudam o grande deus Amon-Rá (o Sol) a governar a terra. Exceto Seth, que quase não tem poderes, e mostra aquela velha narrativa do patinho feio tentando encontrar o seu lugar no mundo, descobrir qual é o seu talento, enquanto seus irmãos já estão a plenos pulmões se desenvolvendo.
Eu sou totalmente fascinado pelo Egito e por toda a mitologia, e apesar de não conhecer as histórias a fundo, eu amo o jeito que a Colleen escreve, misturando fantasia dela com a realidade mitológica, muito parecida com um Rick Riordan melhorado. O ponto alto desse livro, é o amor, já que deuses não podem ficar juntos, nem se apaixonarem. E Seth é obcecado por Ísis, que por ser a deusa da criação, tudo o que quer é se casar com seu amor e lutar contra o que for preciso para isso. Mas ela, só tem olhos para Osíris, assim como raiva e inveja, por ele ser o queridinho.
Mas o jogo vira, e o livro mostra uma história repleta de erros, vinganças, julgamentos, o poder de fazer o que quiser fazer, coisas mundanas acontecendo também entre os seres mais poderosos do mundo, os deuses. É muito legal de ver que são coisas naturais e intrínsecas a qualquer tipo de vivência e relacionamentos, seja entre humanos, deuses, semideuses… Algo que Riordan já havia nos provado no passado, através da mitologia grega (exceto pelo fato que ele não soube a hora de parar, sorry Rick. Espero que Houck saiba).
Particularmente, acho que estamos vivendo um momento riquíssimo de jovens interessados e sabendo sobre mitologias, mais do que nunca. Na minha época de escola, eu sofria tentando aprender história, e hoje, após ler Percy Jackson, eu vi que é tudo mais simples do que pensei. Colleen faz a mesma coisa agora, mas com a mitologia egípcia (que eu considerava mais fácil porque amava, mas nem todos os meus colegas eram assim). Isso é incrível.
Enquanto existem pessoas querendo tirar a disciplina da obrigatoriedade, existem outras contribuindo para que as crianças e jovens aprendam de maneira descontraída e verdadeira (além da decoreba) e ainda se interessem por isso. Agora, se me dão licença, vou voltar a ler Deuses do Egito porque esse prequel só alimentou a minha vontade que confesso, estava adormecida.
Campbell tem 17 anos. Ela não acredita em Deus. Muito menos em milagres. Cam sabe que tem pouco tempo de vida, por isso, quer viver intensamente e fazer tudo o que nunca fez no tempo que lhe resta. Mas a mãe de Cam não aceita o fato de perder a filha, por isso, ela a convence a fazer uma viagem com ela e a irmã para Promise um lugar conhecido por seus acontecimentos miraculosos. Em Promise, Cam se depara com eventos inacreditáveis, e, também, com o primeiro amor. Lá ela encontra, finalmente, o que estava procurando mesmo sem saber. Será que ela mudará de ideia em relação à probabilidade de milagres? A Menina que não Acredita em Milagres vai fazer você rir, chorar e repensar sua conduta de vida.
Um livro emotivo com toques ácidos de humor, transpassados através de personagens bem construídos que desenvolvem uma história que desperta o interesse em virar a próxima página quando as tramas começam a engrenar, é assim que podemos começar a definir a narrativa de “A menina que não acredita em milagres”.
Este foi o primeiro livro que li de Wendy Wunger e fiquei primeiramente com pouca expectativa em relação ao tema, afinal, já li várias obras que o câncer é abordado e me sinto marcado com o livro “A Culpa é das Estrelas” de John Green, não obstante, a leitura da obra de Wunger me surpreendeu positivamente em dados momentos.
No livro somos apresentados a Campbell, ou melhor dizendo, Cam. Ela é uma garota que passou por muitas coisas que deram errada em sua vida e é uma personagem que enfrenta um câncer terminal, dadas as circunstâncias, vemos que ela se demonstra cética a qualquer tipo de milagre que possa envolver a sua cura. A trama começa a se desenrolar quando somos apresentados a lista do flamingo de Cam, que é uma lista de coisas para realizar antes morrer que ganhou esse nome com uma brincadeira que ela fez com sua melhor amiga, Lily.
Sem tantos spoilers, elas começam a realizar a lista com o último de seus itens que é roubar alguma coisa de uma loja e esse fato vai gerar uma série de acontecimentos na narrativa que se relacionam com a lista no decorrer do livro. Confesso que não me empolguei tanto no começo da obra, mas com a evolução da narrativa e a mudança de cenário gerada pela decisão da mãe de Cam, Alicia, e a esperançosa irmã mais nova, Perry, me prenderam a prosseguir com a leitura.
Promise é uma cidade considerada milagrosa, localizada no Maine. Alicia e Perry tomam a decisão de levar Cam para lá e saíram em uma viagem para esse local que pode ser definido como uma grande jornada, afinal, é notório que Campbell não aguenta mais a rotina exaustiva de hospitais e que necessita essencialmente de uma aventura, independente de que seja com o objetivo que isso traga sua cura, afinal, nela não existe esperança.
Não obstante, na chegada a cidade, elas conhecem Asher que é um rapaz que oferece ajuda para conseguir um local para que elas fiquem hospedadas. Não preciso nem dizer que isso irá ocasionar em algumas páginas um romance super interessante que me fez sentir a química que um casal pode ter na literatura, além disso, é impressionante a história de Asher e as determinações que ele apresenta.
Nessa viagem fica evidenciada a forma que o livro quer apresentar a questão de “milagres” como alguma coisa não necessariamente relacionada a uma convenção religiosa e que tudo está mais para o significado a algo que pode ser espiritual ou não e de todos os tamanhos. É intrigante que esse sentimento chega para Cam durante a narrativa e a forma que ela amadurece e cria a determinação de fazer o milagre das pessoas que ela ama acontecer magicamente.
Com isso, não consegui largar o livro em seus últimos capítulos, pois é repleto de várias tonalidades emocionais e que concluem a obra de maneira mais que satisfatória. No geral, a apresentação estética da edição feita pela Editora Novo Conceito é incrível e combina com a magia que é encontrada dentro do livro, onde fui capaz de tomar para meu dia-a-dia a sensibilização do meu olhar para pequenas coisas e enxergar tudo o que a vida pode oferecer. Ps. Estava com saudade de ler um livro em terceira pessoa.
Jardins da Lua é um livro complexo de se comentar, então talvez essa resenha não consiga ficar com a profundidade que deveria. Mas vamos lá.
Desde que recebi o livro, da editora Arqueiro, notei uma certa semelhança com Crônicas de Gelo e Fogo, do George R.R. Martin, que deu origem a Game of Thrones. A edição, impecável, ainda vem com um mapa LINDO em formato de pôster e explicação dos personagens. Já logo entendi que seria complexo aí e fiquei apreensivo.
Jardins da Lua, é o primeiro livro da série “O Livro Malazano dos Caídos”, vemos e acompanhamos a expansão e eterna busca pelo poder do Império Malazano, sobre o continente de Genabackis, principalmente nas cidades livres que ainda resistem e ainda não foram conquistadas pelos invasores. Há citações de golpes, imperadores, imperatrizes e um personagem novo a cada página, sério. Para quem achou que seria fichinha um livro completo depois de Martin, se ferrou. Mas tem um glossário que me ajudou bastante durante a leitura.
É uma fantasia política, se é que podemos descrever assim. Temos muitos eventos relacionados a governança, moldados a feitiçaria, junto com massacres, guerras, batalhas. Confesso que não é muito meu estilo, que está acostumado a fantasias estilo Harry Potter, com final feliz e amor sempre vence.
“Por toda a nossa vida nós lutamos por controle, por um meio de moldar o mundo à nossa volta, uma caçada eterna e inútil pelo privilégio de sermos capazes de prever a forma de nossas vidas.”
Nós não somos apresentados aos personagens em banho-maria, eles já aparecem em ação, fazendo algo por si mesmo por por alguém próximo. Não tem um descanso, é como cair de paraquedas no olho do furacão. Não dá para você parar o livro, tomar fôlego e voltar. É uma leitura contínua, com muitas histórias paralelas, mitologia, detalhes… Ah, os detalhes. Parece que a qualquer momento vão sair do livro e dar um tapa na sua cara, fortalecidos principalmente pelos diálogos entre as personagens, que diga-se de passagem, um livro é feito pelos personagens e não pelo o que o narrador diz que está acontecendo, né?
Muita coisa está em jogo no livro, entre os personagens, entre os locais, principalmente quando o Império Malazano bate às portas. Confesso que é difícil se acostumar aos personagens, entender com clareza, mas uma vez que você engatou, é só alegria. A escrita do autor é totalmente cativante, e a profundidade da construção do enredo é o que te faz não desistir e permanecer até o fim, com tudo muito bem amarrado barrando a perfeição. Li em algum lugar, não lembro onde, que o livro é um poema sombrio em um universo caótico. Não há melhor descrição.
É um livro indicado para quem curte fantasia MESMO. Aquela raiz. Tem magia e feitiçaria, personagens de várias raças – mortais e imortais -, em que todos possuem um papel chave na construção do universo. Nos resta esperar pela continuação agora para saber qual é o próximo passo no mundo Malazano, e os fãs acreditam que a Editora Arqueiro dará um bom cuidado para a série, depois de arrebatar o livro das mãos da extinta “Saída de Emergência”. Achei interessante eu nunca ter ouvido falar do livro antes, e ele ter uma base de fãs muito forte no Brasil. Me desculpem se não consegui expressar o livro com a profundidade necessária, mas livros como Jardins da Lua, é só lendo para entender.
Por que fazemos o que fazemos?, nos traz a reflexão sobre quem somos e por qual razão realizamos algumas ações.
O livro do filósofo e escritor, Mario Sergio Cortella, nos apresenta empasses e possíveis soluções no mundo corporativo.
O autor fala sobre a relação do empregador e do empregado, e que a relação entre os dois deve ser uma via de mão dupla, pois o contratante precisa do contratado e vice-versa.
O livro nos mostra ainda uma perspectiva diferente, por exemplo, quando o funcionário está insatisfeito em uma organização, faz parte dos seus valores e princípios, agir de má conduta para que seja demitido e assim obter seus direitos trabalhistas?!
Quais são os meus valores?
Cortella nos guia por caminhos e nos faz refletir sobre a nossa ética, nossa consciência e sobre não enxergarmos apenas nosso próprio umbigo.
A leitura tem como objetivo refletirmos sobre nossos próprios propósitos e onde queremos chegar, tanto pessoalmente quanto no aspecto profissional.
O propósito da minha vida é ter consciência de que não sou descartável.
Sobre como o trabalho também constrói nossa identidade e que isso levamos para o resto da vista. O livro faz com que enxerguemos para onde nossas atitudes e decisões estão nos levando e como a rotina pode se tornar automática.
O livro fala sobre nossas aflições pessoais e profissionais, sobre nossos sonhos, objetivos e realizações. A ansiedade para conseguir uma carreira estável junto com todas as pressões sociais as quais nos encontramos na vida cotidiana.
Esse livro não é um direcionamento profissional, apenas nos apresenta perspectivas diferentes do mundo do trabalho, inclusive, sobre os fracassos e desafios que fazem parte de nossa trajetória para assim alcançarmos o sucesso, se não, ao menos uma carreira estabilizada.
Em Por que fazemos o que fazemos?, fica mais claro que para que haja prazer no trabalho e no exercício da profissão precisamos agir com a ética, que deve caminhar conosco a todo momento, além disso, sobre amar o que faz, pois isso torna tudo mais fácil e prazeroso.