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As melhores frases de “Com amor, Simon”

Com amor, Simon é o livro de estreia de Becky Albertali, originalmente lançado com o título de Simon vs. a agenda homo sapiens, que trata de assuntos extremamente relevantes como o primeiro amor, a descoberta da sexualidade, o racismo, sempre mantendo uma narrativa com tom de leveza, de forma necessária. Vale muito a leitura e já tem resenha aqui no Beco Literário!

O livro já virou filme (inclusive foi esse o motivo da mudança de título) e levou legiões de pessoas até os cinemas, um grande marco para um romance com a temática LGBTQIAP+. Foi pensando nisso, e no recente spin-off lançado pela Netflix, que resolvi separar algumas das minhas passagens preferidas do livro para você.

Sinopse: Simon tem dezesseis anos e é gay, mas ninguém sabe. Sair ou não do armário é um drama que ele prefere deixar para depois. Tudo muda quando Martin, o bobão da escola, descobre uma troca de e-mails entre Simon e um garoto misterioso que se identifica como Blue e que a cada dia faz o coração de Simon bater mais forte. Martin começa a chantageá-lo, e, se Simon não ceder, seu segredo cairá na boca de todos. Pior: sua relação com Blue poderá chegar ao fim, antes mesmo de começar. Agora, o adolescente avesso a mudanças precisará encontrar uma forma de sair de sua zona de conforto e dar uma chance à felicidade ao lado do menino mais confuso e encantador que ele já conheceu. Uma história que trata com naturalidade e bom humor de questões delicadas, explorando a difícil tarefa que é amadurecer e as mudanças e os dilemas pelos quais todos nós, adolescentes ou não, precisamos enfrentar para nos encontrarmos.

Frases de “Com amor, Simon”

“Embora essa coisa toda de sair do armário no fundo não me assuste. Acho que não. É uma caixa gigantesca cheia de constrangimento, e não vou fingir que anseio por esse dia. Mas provavelmente não seria o fim do mundo. Não para mim.”

“Você não acha que todo mundo devia ter que sair do armário? Por que o comum é ser hétero? Todo mundo devia ter que declarar o que é; devia ser uma coisa bem constrangedora, não importa se você é hétero, gay, bi ou sei lá o que.”

“É mesmo irritante que hétero (e branco, diga-se de passagem) seja o normal e as pessoas que precisam pensar sobre sua identidade sejam só aquelas que não se encaixam nesse molde”.

“Nossos dedos mindinhos estão a uns dois centímetros de distância, e é como se uma corrente elétrica invisível passasse entre eles.”

“Tem uma grande parte de mim que eu ainda estou experimentando.”

“Eu tenho pensado no porquê de não ter me assumido ainda. Talvez seja porque eu queira me segurar naquilo que eu sempre fui.”

E aí, qual é a sua passagem preferida?

Livros, Resenhas

Resenha: Bela Redenção, Jamie McGuire

Livro #2 série “Irmãos Maddox”

Sinopse:
Liis Lindy é uma agente do FBI decidida a se casar apenas com o trabalho. Ela adora sua mesa, está em um relacionamento sério com seu laptop e sonha em ser cumprimentada pelo diretor depois de solucionar um caso difícil. O agente especial Thomas Maddox é arrogante e implacável, um dos melhores que o FBI tem a oferecer ― e chefe de Liis. Quando Liis e Thomas são encarregados de uma missão em que precisam fingir ser um casal, a atração entre eles chega ao limite ― e os leva a questionar quanto realmente estavam fingindo.

A aguardada continuação de Bela Distração, Bela Redenção vem com todo o seu charme. Nesse livro conheceremos mais afundo o mais velho dos irmãos, Thomas James Maddox.

O livro é narrado em primeira pessoa por Liis Lindy, uma mulher determinada a alcançar seu próprio sucesso, dedicada ao trabalho, fará de tudo para conseguir seu sonhado cargo de analista de inteligência do NCAVC, na Quantico. Liis acabou de se mudar de Chicago deixando para trás um noivo a quem não amava e, em sua primeira noite na nova cidade, vai num bar e depois vai para casa com um estranho qualquer, porém o que ela não esperava era que essa pessoa fosse Thomas Maddox, que no dia seguinte descobriria ser seu chefe.

Thomas, como todo Maddox, é lindo, sexy, sedutor e possui um encanto especial capaz de levar qualquer mulher a loucura. Entretanto, como nada nessa vida é fácil, ele trata Liis de forma bastante arrogante e tenta humilha-la sempre que possível. Porém, para surpresa de Thomas, ela o enfrenta de cabeça erguida, porque queira ele queira não, ela é boa no que faz.

Então temos a língua afiada de Liis contra o humor seco de Thomas que geram interações explosivas a cada vez que se encontram. Com o passar dos dias um vai ‘invadindo’ cada vez mais a zona de conforto do outro. E ai nasce uma amizade, por assim dizer. Sem negar que existe uma atração mútua entre eles.

Agora se você não leu Bela Distração não leia o resto dessa resenha se não quiser ter spoilers!

Então vamos para a base da estória, conhecemos Thomas (T.J) no primeiro livro, Bela Distração, sempre misterioso e ex-namorado de Cami. CHOCANTE NÉ?!

Seguimos.

Nesse conhecemos mais sobre Thomas e sua vida no FBI, também o porquê ele esconde isso de toda a sua família a quem ele tenta proteger a todo custo.

Quando uma festa na casa do pai aparece e ele tem que ir, Thomas tenta convencer Liis a ser sua acompanhante, com o propósito de trabalho. Eles precisam convencer Travis a entrar como agente disfarçado para o FBI, seria essa a única maneira de o irmão não ir preso pelo envolvimento no incêndio que teve na faculdade enquanto o mesmo estava lutando ilegalmente. E também na festa estarão Trent e Cami como um casal, um fato com um peso considerável envolvendo a relação dos irmãos Trent e Thomas e é uma constante durante toda essa história.

A atração entre Thomas e Liis é cada vez maior e eles sedem ao desejo. Entre todos os livros eles dois são o casal menos passional, na minha opinião, o que não quer dizer que é ruim ou que eles não são apaixonados, mas sim que são mais cautelosos, que a estória se desenrola de maneira diferente.

Liis, que no começo era uma personagem forte e determinada a não ter um relacionamento e focar somente no trabalho se converte numa namorada ciumenta irritante. Foi somente conhecer Thomas que todo o seu foco fica perdido, mesmo ela querendo acreditar que não.

Ela se mostra muito insegura em relação a Thomas, e não é tão sem razão. Porém ela e ele vivem de dilemas. Primeiro tem a questão que ela dizia não querer um relacionamento sério, depois tem ele que acabou de perder um amor e ainda está lidando com isso, enquanto começa a se envolver com outra, ou seja, sua ferida ainda está aberta.

“(…) Eu já perdi alguém que amava, e isso me fez mudar. Eu já abri mão de alguém que amava, e isso me destruiu. Eu sei que, quando você for embora, Liis, qualquer que seja o motivo… isso vai acabar comigo.”

Thomas é o Maddox mais diferente entre os irmãos. Começando que ele é mais centrado, menos obsessivo (não quer dizer que não seja ciumento), ele é o mais maduro entre os cinco. A similaridade está em ser bom de briga, em ter uma total devoção a família e também na intensidade ao se entregar à mulher amada.

Outra diferença é que, não é a história de amor entre ele e o primeiro amor. É a descoberta de como a paixão e o amor pode ser intenso quando não é a primeira, e sim a última. Algo que Liis custa a entender.

Bela Redenção é um livro muito bom de se ler, mas na minha opinião pessoal… não foi um dos melhores hahaha.

É muito interessante saber realmente o que Thomas faz e depois começar a ver a trama toda com Travis e como começou a se desenrolar. Algo que já tínhamos visto no epílogo de Desastre Iminente começa a fazer mais sentido conforme a história vai sendo montada.

E fico na ansiedade para os próximos livros que trarão a história dos gêmeos Taylor e Tyler.

Filmes, Novidades, Reviews de Séries

LGBTQIA+: Do armário para a sala

Com a chegada das séries internacionais aos nossos computadores entre as décadas de 90 e 2000 e principalmente com o crescimento de streamings, como Netflix e Amazon, observamos também a evolução da temática LGBTQIA+ nas histórias, anos-luz à frente da realidade brasileira, ainda hoje repleta de estereótipos e superficialidades nas produções.

Quando a Netflix era só mato, a TV americana Showtime lançou Queer as Folk (2000-2005) e, anos depois, The L Word (2004-2009), duas séries que retratavam a cultura LGBTQIA+: não apenas personagens gays ou lésbicas dentro de um contexto heteronormativo, mas sim o universo LBGTQIA+ com seus protagonistas, cenários, enredos, dramas, romances, vidas sexuais e, claro, homofobia. Lembro de assistir e reconhecer o ambiente onde estava inserido e, pela primeira vez, perceber que a minha realidade e a dos meus amigos foi representada. Para o mercado, foi um chute na porta ao personificarem seres humanos e universos, até então, invisíveis.

A partir daí muitos roteiristas decidiram incluir personagens LGBTQIA+ em suas séries, a maioria consciente da necessidade de representatividade em suas histórias. Uma delas foi a americana How To Get Away With Murder (2014-2020, Netflix): Connor Walsh (Jack Falahee) é um jovem advogado, bonito, um tanto sem escrúpulos, que entra para a equipe criminalista liderada por Annalise Keating (Viola Davis). Connor é gay, mas a série retrata sua história pessoal como retrata a dos outros personagens, sem utilizar a orientação sexual dele para alívio cômico – tudo dentro do universo gay que Connor vive. Sem spoilers, mas temas tão presentes no mundo LGBTQIA+, como sexo descartável, HIV e casamento aberto, são abordados.

Com um terreno fértil sendo criado, a série Transparent (2014, Amazon) ousou ao contar a história de uma família que recebe a notícia de que o homem que eles conheciam como pai é uma mulher transgênero. E, recentemente, Pose (2018, Netflix) voltou à Nova York dos anos 80 e mostrou mulheres trans, expulsas de suas famílias, que criaram casas de acolhimento para pessoas na mesma situação de vulnerabilidade. A série é primorosa em retratar a dor, o preconceito (inclusive dentro da própria comunidade LGBTQIA+), a falta de oportunidades e as dificuldades da autoaceitação, tudo com um humor ácido e irresistível. No fim da temporada, você só quer dar um abraço na Blanca e (até) na Elektra, pois suas dores são diferentes, mas igualmente cruéis.

Quer uma série mais leve, mas igualmente necessária? A britânica Sex Education (2019, Netflix) é uma comédia que retrata os conflitos de jovens descobrindo suas vidas sexuais. Um detalhe simples que resume o DNA da série é o fato de o melhor amigo do protagonista, branco e heterossexual, ser um jovem negro e gay, e nenhum desses dois assuntos sequer ser motivo de conversa entre eles. Mas, como a sociedade não entende com a mesma tranquilidade, os conflitos acontecem. É um banho de naturalidade como gostaria de ver nas novas gerações, seja no Reino Unido, seja no Brasil.

A arte é uma ponte necessária para o entendimento do universo LGBTQIA+, principalmente para a conscientização de uma sociedade alimentada há anos com estereótipos e preconceitos. E, quando essa ponte está na sala de casa, dentro de uma série, apresentar personagens verossímeis traz a esperança de aproximar os dramas da ficção às dores reais de uma comunidade ainda tão vítima de discriminação.

Livros, Novidades

Dia do Amigo: Livros para agradar diferentes estilos

Dia do Amigo, que também é o Dia Internacional da Amizade, é celebrado hoje, em 20 de julho. A data foi criada pelo médico argentino Enrique Ernesto Febbraro, que considerou a chegada do homem à Lua como um símbolo de união entre os seres humanos. Como toda amizade é cheia de boas histórias, amigo que é amigo encontra nos livros os melhores presentes! Para ajudar na escolha, veja essas dicas para os mais variados tipos de amizade:

Amigo Nerd: Mitologia Nórdica – Neil Gaiman

Uma jornada da origem do universo até o fim do mundo. Quem, além de Neil Gaiman, poderia se tornar cúmplice dos deuses e usar de sua habilidade com as palavras para recontar as histórias dos mitos nórdicos. Fãs e leitores sabem que a mitologia nórdica sempre teve grande influência na obra do autor. Depois de servirem de inspiração para clássicos como Deuses americanos e Sandman, Gaiman agora investiga o universo dos mitos nórdicos. Em Mitologia nórdica, ele vai até a fonte dos mitos para criar sua própria versão, com o inconfundível estilo sagaz e inteligente que permeia toda a sua obra. Fascinado por essa mitologia desde a infância, o autor compôs uma coletânea de quinze contos que começa com a narração da origem do mundo e mostra a relação conturbada entre deuses, gigantes e anões, indo até o Ragnarök, o assustador cenário do apocalipse que vai levar ao fim no mundo.

Amigo Vegano: Os Segredos Veganos De Isa – Isa Chandra Moskowitz

A missão deste livro é ajudar você a preparar pratos saborosos sem carne, com ingredientes frescos, para o dia a dia. A maioria das receitas não precisa de mais do que 30 minutos para ficar pronta, e mesmo as mais demoradas são práticas, pois permitem que você tenha tempo livre enquanto os ingredientes cozinham em fogo baixo ou douram no forno. São ensopados quentinhos e saladas fresquinhas, sanduíches que valem por uma refeição e refogados que alimentam um batalhão, receitas para o café da manhã, para o almoço de domingo e muito mais.

Amigo Chef: As Deliciosas Receitas Do Tempero De Família – Rodrigo Hilbert

As receitas têm mais que sabores, têm ligações emocionais com a infância, o jeito de cozinhar da mãe, as histórias de família que beiravam o fogão. Rodrigo Hilbert transporta para seu livro, com quarenta e nove receitas e várias fotos incríveis para ensinar a fazer um delicioso salame caseiro ou um bolo de aipim que sua avó servia no café da tarde, a mesma irreverência com que apresenta o programa “Tempero de Família”, no canal GNT. Sua marca registrada é mesclar simplicidade no preparo das iguarias e descontração na hora de contar casos divertidos relacionados às receitas. O resultado é uma comida para alegrar a alma.

Amigo Workaholic: Desligue – Suze Yalof Schwartz

Desligue é o guia definitivo para todos que já tiveram vontade de meditar, mas acharam que seria complicado demais, esquisito demais ou que não teriam tempo. Com uma abordagem moderna e divertida, Suze Yalof Schwartz derruba todos os mitos que transformam a meditação em uma tarefa árdua, mostrando como não é preciso ficar imóvel por um longo período nem conseguir ficar sem pensar em nada. O livro inclui diversas técnicas e dicas simples que permitem incorporar facilmente a meditação em sua vida. E prova que, ao se desconectar conscientemente por alguns minutos, você consegue acalmar os pensamentos, aliviar o estresse, retomar o foco, recarregar as energias e ser mais feliz.

Amigo Empreendedor: Papo Empreendedor – Reinaldo Domingos e Irani Cavagnoli

Iniciar um novo negócio exige muito trabalho, dedicação e uma pitada de talento. Mas, afinal, todo mundo pode ser um empreendedor? Baseados em suas experiências de sucesso, Reinaldo Domingos e Irani Cavagnoli ajudarão os leitores a enfrentar diversas dificuldades próprias do empreendedorismo por meio de um descontraído bate-papo com seis personagens fictícios e muito diferentes entre si. Certamente os leitores se identificarão com algum deles, assim como suas histórias. Além de dicas e valiosos exemplos, os autores abordarão a utilidade da aplicação da Metodologia DSOP no campo do empreendedorismo.

Until Harry
Livros, Resenhas

Resenha: Until Harry, L.A. Casey

Sinopse Until Harry:

Voltar para casa é difícil para Lane. Difícil porque seu amado tio Harry morreu de repente, mas também por causa dele. Kale. Kale Hunt é seu melhor amigo desde a infância. Mas nunca foi tão simples. Ele foi o motivo de Lane para sair de casa e se mudar para Nova York. Vê-lo com outra pessoa, apaixonado por outra pessoa, não deveria ter doído. Mas sim. Realmente fez mesmo. Então, ela levantou palitos e saiu, começou uma nova vida e se separou de seu passado. Mas agora ela voltou e todos os sentimentos estão ali. Como se ela nunca tivesse saído. As emoções estão em alta, e a tragédia tem uma maneira engraçada de aproximar as pessoas. Mas Lane está lendo os sinais, certo? Eles ainda são apenas amigos ou há algo mais?

Era um dia qualquer, eu não tinha muito o que fazer, entrei na Amazon e comprei esse e-book, Until Harry.
Confesso que nem li a sinopse, gostei do nome e escolhi por isso…. E te digo que foi minha melhor decisão do dia.

Prepare um lencinho pois é um livro emocionante e eu chorei horrores, hormônios? Talvez…. Mas a estória é linda, rápida e comovente.

A narrativa é dada por Lane Edwards, uma mulher britânica, editora freelancer de 26 anos que mora em Nova York e logo no primeiro parágrafo do livro recebe a noticia que seu amado tio, Harry, faleceu. Então ela tem que voltar para casa, em York, Inglaterra, para o velório do tio.

Só que tem um porém, faz seis anos que ela não fala com ninguém da família dela a não ser por esse tio.

A trama toda se baseia em dois períodos de tempo, um capítulo é narrado no presente e o seguinte são memórias do passado.

Lane vem de uma família que tem muito amor, seus pais são melhores amigos de um outro casal com um filho de idade próxima então ela e seus irmãos foram criados junto com ele, Kale Hunt, que tem idade que seus irmãos e sempre foi considerado como um filho por sua família. Ele também calhou de ser seu melhor amigo a vida toda.

Com três anos de diferença entre eles, ela sempre o viu como um protetor, sempre sentiu ciúmes dele e ele sempre esteve lá por ela, e Lane é apaixonada por Kale desde que consegue se lembrar.

Então, vamos lá, logo no começo Lane tem um medo desesperador de voltar para casa, a única pessoa da família que ela ainda conversava era seu tio e agora ele era o motivo para que ela voltasse.

Lane deixou sua casa e seu pais há seis anos porque estava com o coração partido em mil pedaços. Sua melhor amiga faleceu e o homem que ela ama está com outra e esperando um filho. A única alternativa que ela enxergou no momento era fugir dali.

Após anos de depressão e agora uma volta repentina para Inglaterra ela começa a ver que não deu certo, ela ainda se sentia da mesma maneira por Kale quanto a seis anos antes.

“Mesmo eu morando a milhares de quilômetros de distância para escapar dele, todos os dias durante os últimos seis anos eu acordei com aqueles olhos avelã e cai no sono com sua calmante voz. Eu não conseguia esquecê-lo estando a meio mundo de distância ou na sala ao lado.”

É comovente porque os dois se amam mas sempre se auto sabotam.

Ela se sente ‘suja’ por estar apaixonada pelo menino que cresceu sendo considerado por toda sua família como um outro filho. E porque ela investiria nele se, de qualquer maneira, ela acha que ele só a ama como se fosse sua “irmã mais nova”?

À medida que crescem só piora, exceto que você percebe que Kale se sente da mesma maneira por ela, ou seja, também é apaixonado por Lane, e está lutando com os mesmos problemas, mas nenhum deles faz nada porque são péssimos em comunicação e nunca estão na mesma página ao mesmo tempo, ao que parece.

“- Por quê? – eu pressionei.
– Então eu poderia fazer meu jogo e tentar ganhar o seu coração de volta, porque eu sou seu legítimo proprietário.”

Nos capítulos do passado a história de como Lane e Kale estão nesse impasse tenso e comovente é contada e vemos os destaques na linha do tempo de seu relacionamento. Ao longo da narrativa você vê os erros que eles estão cometendo e da vontade de gritar!!!!

“Eu sempre vou amar Kale, Lane – ela continuou, – mas ele nunca foi meu.
Minhas mãos começaram a tremer. – Claro que ele era.
Ela balançou a cabeça. – Ele era seu. Ele só não sabia disso.(…)”

Kale Hunts precisou que Lane se mudasse para o outro lado do mundo para descobrir que não poderia viver sem ela, enquanto Lane Edwards precisou que seu tio a obrigasse a voltar para casa e realmente conversar com Kale para que pudesse se curar.

“- Você acha que as pessoas têm controle sobre suas vidas? – Eu interroguei.
Minha avó levemente sacudiu a cabeça. – Não, ninguém tem controle sobre a vida – está fora de nossas mãos. Mas podemos ter a rédea sobre como nos sentimos durante essa jornada. Você apenas tem que querer isso o suficiente, ou então a felicidade vai passar por você, e sua vida junto com ela.”

O livro é comovente, emocionante e romântico. Uma estória de perdas, mortes, luto, família e amor. E acima de tudo, uma estória de superação.

É uma leitura rápida e cheia de aprendizagens. Um amor de infância que passa por um milhão de dificuldades.

O romance é o foco do livro? Sim. Mas também tem muitos outros núcleos sendo explorados como: o amor de irmãos, o amor por um filho, o amor da família no geral, o sentido da amizade, da auto aceitação com quem você é. A superação de lutos e muito mais.

O último capítulo do livro é fundamental para enxergar que sua felicidade não tem que depender de outra pessoa e sim de você aceitar-lá, de todos os caminhos que ela possa vir. Ela tem que começar de dentro para fora.

“- Eu sempre pensei que não era forte, mas eu estou começando a ver o que o tio Harry e todos vocês vêem em mim. À minha própria maneira, eu sou uma guerreira.”

Recomendo a leitura para todos! Se prepare para chorar.

Livros, Resenhas

Resenha: Bela Distração, Jamie McGuire

Bela Distração, volume #1 da série Irmãos Maddox, spin-off de Belo Desastre.

Sinopse:
Cami Camlin é uma garota intensa e independente. Agora, cursando a faculdade e trabalhando como bartender no The Red Door, Cami não tem tempo para nada, até que uma viagem para visitar seu namorado é cancelada e, pela primeira vez em quase um ano, ela tem um fim de semana de folga. Trenton Maddox era o rei da Universidade Eastern. Mas, depois de um trágico acidente virar sua vida de cabeça para baixo, ele deixa o campus para lidar com a culpa esmagadora. Um ano e meio depois, Trenton está morando com o pai e trabalhando em um estúdio de tatuagem para ajudar a pagar as contas. Justamente quando ele pensa que sua vida está voltando ao normal, nota Cami sozinha em uma mesa no Red Door. Como a irmã mais velha de três caras de pavio curto, Cami acredita que não terá problemas para manter a amizade com Trenton no nível estritamente platônico. Mas, quando um Maddox se apaixona, é para sempre — mesmo que Cami possa ser a razão para que a já fragilizada família Maddox desmorone de vez.

De volta ao universo de Belo Desastre, nossa querida Jamie McGuire não decepciona escrevendo agora uma série sobre os Irmãos Maddox. Eles são em cinco: Thomas, Taylor e Tyler, Trenton e por fim Travis.

Nesse primeiro, Bela Distração, conheceremos a estória de amor de Trenton Maddox.

Este livro se passa simultâneo a Belo Desastre, então vamos acompanhando Travis se apaixonando e sofrendo tudo de novo por Abby. Se você ainda não conhece Travis e Abby leia a resenha de Belo Desastre clicando aqui: Belo Desastre e Desastre Iminente

Vamos lá então, o livro é narrado em primeira pessoa por Camille Camlin.

Cami é amiga de infância de Trent (Trenton). Forte, independente, única irmã no meio de quatro irmãos, ou seja, sabe como lidar com temperamentos difíceis… Teve uma vida familiar muito difícil, lidando com um pai violento.

Então quando aparece a oportunidade de sair de casa ela a agarra e vai cursar uma faculdade. Trabalha como bartender e se mantém estável, até que um de seus irmãos pede ajuda financeira e ai ela precisa encontrar um segundo emprego.

Logo a chance que lhe aparece é ser recepcionista no estúdio de tatuagem que Trenton Maddox trabalha. O negócio é que o cara é um galinha super sexy e ele resolveu que ia gastar todo o seu tempo tentando conquistá-la.

Porém, ela não está nem ai porque, primeiro, ela tem namorado por quem está apaixonada e, segundo, ela e Trent são amigos desde criança.

Numa noite em que uma viagem para ver seu namorado T.J. não deu certo, Cami está chorando as magoas em uma mesa no Red Door quando Trent aparece. Timing é tudo né.

Depois dessa noite, Cami e Trent se aproximam cada vez mais e cada hora fica bem difícil para ela manter a relação no nível da amizade, porque Trenton Maddox é lindo, amoroso, carismático, e está apaixonado por ela.

E para deixar a situação mais complicada, TJ diz gostar dela e querer que dê certo, porém não tem tempo. E ele é um homem bem misterioso, por assim dizer.

“Eu estava encrencada. Numa grande e desastrosa encrenca chamada Maddox.”

Nesse livro também temos em paralelo tanto o que Travis está passando com Abby, quanto a amiga de Cami, Raegan, que está passando por uma trama amorosa também, no meio de um triângulo, mas Raegan é trouxa inocente…. Bom, não curti muito essa personagem.

Voltando aos protagonistas. O romance deles é leve, divertido, cativante.
Trent é muito parecido com Travis porém é mais maduro que o irmão e não tão intenso, Travis ganha na competição de intensidade.

De qualquer maneira ele é um Maddox, seu sobrenome lhe traz algumas características como ser explosivo e não se priva de estar no meio de uma briga, mas pelo menos Trent é um pouco mais controlado. Também há nessa trama ciúme excessivo e superproteção.

“Os irmãos Maddox podiam farejar confusão. Pelo menos era isso que parecia, porque sempre que havia uma briga, eles a tinham começado ou terminado. Geralmente, as duas coisas.”

No entanto, a personalidade de Cami contrabalanceia com as atitudes de Trent. Ser a única menina no meio de vários irmãos a ajuda bastante na hora de lidar com o temperamento do amado.

“Quando um Maddox se apaixona, é para sempre”

Mesmo com a insistência de Trent, a amizade só se torna um romance mesmo quando Cami decide que é a hora. Trenton é apaixonado por Cami desde que os dois eram criança, ele foi paciente e a esperou por anos e nesse livro é quando ele decide se aproximar dela, justo quando ela tem um namorado.

“Se você acha que ama duas pessoas, você escolhe a segunda, certo? Porque, se eu amasse mesmo o T.J., não teria me apaixonado por você”

E ai, bom, o romance se desenvolve mesmo lotado de mistérios, culpa e segredos.

“– Eu não sei o que isso significa. Mas sei que, se você soubesse a história toda, Trenton, você se afastaria de mim e nunca mais olharia para trás.
– Eu não quero a história toda. Eu só quero você.”

E posso contar para vocês que o segredo que Cami esconde é relevante e pode realmente abalar a família Maddox.

Jamie escreveu um livro fazendo com que torcêssemos por Trent e Cami desde o início, e ter “aversão” a TJ, apesar de ser bem misterioso e só conhecermos seu apelido.

Bom, digo para vocês uma coisa, o final é chocante, mistérios são revelados, segredos que EU não esperava, apesar de ter algumas pistas durante a leitura, mas me deixou de boca aberta literalmente.

E o que eu posso dizer? AMEI, com todas as letras e sentimentos.

Recomendo a todos que amam bons romances.

Livro Em Busca de Watership Down em cenário
Livros, Resenhas

RESENHA: EM BUSCA DE WATERSHIP DOWN, DE RICHARD ADAMS

Sinopse: Quando um coelho vidente prevê a destruição da toca onde vive, ele se une a seus amigos para achar uma nova casa. No caminho rumo à mítica colina de Watership Down, enfrentam rivais e armadilhas. Mas, mesmo depois de chegarem e, teoricamente, encontrarem um lugar seguro para viver, precisarão lutar para salvar a colônia vizinha e repopular a própria comunidade. Em busca de Watership Down fala de dominação e opressão, de fascismo e utopia, de mitologia e delírio coletivo, de sentimento de comunidade e de loucura. No Reino Unido, ocupa o segundo lugar entre os juvenis de fantasia mais vendidos do século XX, atrás apenas da saga Harry Potter.

Se alguém te recomendasse uma história sobre coelhos, o que você pensaria?

Bom, eu não pensei muita coisa. Fui rapidamente convencido pela beleza da capa, pela sinopse instigante e pela pequena citação de George R.R. Martin logo abaixo do nome do autor: “Uma das melhores fantasias do século XX”.

Como quase sempre, eu tenho de concordar com Martin.

Afinal, “Em Busca de Watership Down” é sim é uma história sobre um grupo de coelhos que começa uma jornada em busca de uma vida melhor. Mas falar isso é apenas abordar sua superfície.

O livro, originalmente publicado em 1972, foi escrito pelo inglês Richard Adams, em resposta ao desejo de suas filhas, que adoravam ouvir suas histórias antes de dormir e durante longas viagens de carro, e queriam uma versão impressa da narrativa.

Tendo como base suas experiências de vida e as pessoas que conheceu ao longo do caminho, o livro de Adams passa longe de ser uma história exclusivamente infantil, trazendo uma narrativa épica, abordando temas como heroísmo, exílio, abuso de poder, religião, amizade e guerra.

Tudo começa quando pequeno coelho, Quinto, relata sua visão para seu companheiro, Avelã, afirmando que o viveiro onde vivem será destruído: em sua premonição, os humanos destruirão toda a região, matando todos os coelhos dali no processo.

Avelã, já revelando seu instinto para liderança, decide migrar para se estabelecer em algum outro lugar, e tenta convencer a maior parte da comunidade em os acompanhar. Sem sucesso, ele decide partir na companhia de um pequeno grupo, dando início a uma longa viagem em busca de construir um novo viveiro.

Seguindo a visão de Quinto, a colina paradisíaca de Watership Down é sua terra prometida: um lugar farto de alimentos e seguro contra inimigos, onde uma nova comunidade de coelhos poderá se expandir. Mas o caminho é cheio de ameaças e armadilhas. O mundo selvagem é um lugar duro para os coelhos, que precisam se superar e contar uns com os outros para permanecer vivos.

Autor Richard Adams

O autor, Richard Adams

Profunda, bela e envolve, ainda que tenha cenas tensas e violentas, a obra de Adams fala muito sobre nossa realidade. Desde temas simples como companheirismo e liderança, até ideias complexas de sociedade, fé, destruição humana, manipulação de massas e regimes ditatoriais, a obra consegue estabelecer um equilíbrio perfeito entre um conto de fadas e uma narrativa épica sobre êxodo.

Adams se utiliza de regras bastante particulares, estabelecendo uma cultura única e plausível para seus personagens, ao mesmo tempo que aborda com intensa as emoções humanas e cria uma aventura sem igual.

Depois de um estrondoso sucesso mundo a fora, a história já foi adaptada para uma série de animação em 1978, se firmando como um clássico do século e, recentemente, ganhou uma versão 3D produzida pela Netflix.

Ainda que seja uma história de coelhos, “Em Busca de Watership Down” é absolutamente humana e, despretensiosamente, consegue o que muitas histórias tentam, mas que pouquíssimas conseguem fazer: encantar crianças, jovens e adultos.

cena da minissérie produzida pela Netflix

Em Busca de Watership, 2018

Ficha Técnica:
Capa dura: 464 páginas
Editora: Planeta; Edição: 1 (1 de agosto de 2017)
Idioma: Português
Autor: Richard Adams
Tradução: Rogério Galindo
ISBN-10: 8542210964
ISBN-13: 978-8542210965
Dimensões: 23,4 x 15,8 x 2,8 cm

Atualizações, Filmes, Livros

Anne with an “E” continua em Anne de Avonlea

Com o cancelamento de Anne with an “E” na Netflix, o público se manifestou nas redes sociais  indicando ter muito conteúdo interessante a ser explorado na história, assim desejando uma nova temporada para a série. Em meio a tantos desejos, o Grupo Editorial Coerência anunciou o lançamento de “Anne de Avonlea”, o segundo livro sobre a Anne Shirley.

Produzida mediante uma parceria entre a CBC e a Netflix, Anne with an “E” tomou grandes proporções quando o contrato de renovação para sua quarta temporada não foi assinado. A série é uma adaptação de oito livros escritos por L. M. Montgomery, mas devido ao cancelamento não conseguiu abordar toda trajetória da garotinha ruiva.

Após diversas pessoas se mobilizarem em redes sociais demonstrando interesse e motivos para a história ganhar uma sequência pela plataforma de streaming, o Grupo Editorial Coerência se propôs lançar uma nova edição dos livros em território brasileiro. Publicado pela primeira vez em 1909, “Anne de Avonlea” é o mais recente lançamento da editora.

Na obra, Anne Shirley está com dezesseis anos e meio, e começa a lidar com as responsabilidades da vida adulta e continua conquistando todos ao seu redor com atitudes admiráveis. Os exemplares já estão sendo vendidos, e comprado no site da editora o leitor ganha brindes.

Sinopse
Anne Shirley agora tem “dezesseis anos e meio”. Após desistir de cursar a faculdade para ficar em Green Gables, está prestes a iniciar suas atividades como a professora da escola de Avonlea. Guiada por seus ideais românticos, planeja atuar com métodos de ensino inovadores, mas, com o tempo, acaba percebendo que muitas vezes a teoria é bem diferente da prática. Nada, porém, é capaz de desanimar Anne, que, com o apoio de Gilbert Blythe e de outros jovens de Avonlea, conquista a confiança da comunidade e efetua diversas melhorias no distrito. Embora cheia de responsabilidades, a jovem continua conquistando todos ao seu redor com seu espírito livre e cativante. Ao lado de sua fiel amiga, Diana Barry, encontra novos espíritos irmãos conforme vai se aproximando cada vez mais da vida adulta, sem deixar para trás suas manias imaginativas e sua facilidade para se envolver em confusões.

Em seu segundo romance, L. M. Montgomery continua conquistando seu público com palavras encantadoras e um enredo bem-humorado. Como não poderia ser diferente em uma história protagonizada por Anne Shirley, a autora segue conduzindo leitores de todas as idades a refletir acerca dos valores que regem nossa sociedade.

Sobre a autora
Lucy Maud Montgomery nasceu na Ilha do Príncipe Eduardo, no Canadá, em 1874. Criada pelos rigorosos avós maternos, encontrou em sua imaginação uma forma de lidar com a solidão de sua infância. Apesar de se dedicar à escrita desde jovem, formou-se professora e atuou na área por alguns anos. Em 1908, estreou como romancista com a publicação de “Anne of Green Gables”, sucesso instantâneo que deu origem a outros livros protagonizados por Anne Shirley. Ao longo de sua carreira, publicou 20 romances, mais de 500 contos e diversas poesias. Faleceu em 1942, aos 68 anos, deixando a Ilha do Príncipe Eduardo imortalizada por meio de suas descrições sensíveis acerca da natureza e do estilo de vida de seus habitantes na época.

Livros, Resenhas

Resenha: Belo Desastre e Desastre Iminente, Jamie McGuire

Beautiful Disaster ou traduzido, Belo Desastre.

Sinopse:
Abby Abernathy é uma boa garota. Ela não bebe nem fala palavrão. E acredita que seu passado sombrio está bem distante, porém, quando, para cursar a faculdade, se muda para uma nova cidade, seu recomeço é rapidamente ameaçado pelo bad boy do local: Travis Maddox. Um jovem com um corpo esculpido, abdômen definido e braços tatuados. Tudo que Abby precisa – e deseja – evitar. Mas o menino é um conquistador e logo se depara com a resistência de Abby ao seu charme, Intrigado, Travis a atrai com um jogo. Se ele perder, terá que ficar sem sexo por um mês. Se ela perder, deverá morar no apartamento dele pelo mesmo período. Qualquer que seja o resultado da aposta, nem passa pela cabeça do garoto que ele acaba de se deparar com uma adversária à altura.

Belo Desastre, o próprio nome já alude ao que veremos nesse livro. Envolvente, controverso, charmoso, picante e uma história de vida. Gênero New Adult rápido e envolvente. Desde a primeira vez que li me apaixonei, virou meu romance de cabeceira. Sempre que alguém pede indicação de um romance clichê mas nem tanto eu logo falo “Belo Desastre”.

A narrativa gira entorno de Abby Abernathy, uma garota comum que deixou tudo para trás em busca de um recomeço na Universidade Eastern e que tem um passado bem diferente do que se espera. Ela realmente tenta ser o mais comum possível, desde suas roupas, ao jeito que se comporta na faculdade. Acompanhada de sua melhor amiga Mare (America), vieram juntas de Wichita, Kansas para a Eastern.

Tudo começa quando Mare convence Abby a ir em uma luta clandestina da universidade para acompanhar seu namorado, Shepley Maddox. E é nesse momento que o destino cruza Abby Abernathy e Travis Maddox, primo de Shepley e um dos lutadores do ringue. Sangue respinga em sua roupa e Travis, após ganhar em mais uma luta, acaba se atraindo por ela e a chama de beija-flor, porém que ela não está nem ai para ele.

Travis Maddox é o típico badboy universitário. Com o corpo escultural, todo tatuado, bom de briga e que pilota uma Harley. Tem tudo o que quer na mão, e uma (ou várias) mulheres diferentes por dia/noite. Vem de uma família sendo o mais novo de 5 irmãos. Criados pelo pai uma vez que a mãe faleceu quando ele ainda era muito jovem.

Bom, tudo realmente começa quando as caldeiras do dormitório de Abby e America param de funcionar e, como America namora Shepley, nada mais justo que passar esses dias no apartamento dele. Óbvio que ela não deixaria a melhor amiga tomando banho de água fria, então leva Abby junto com ela por essa semana. Só que Shepley divide o apartamento com o primo, Travis.

Logo Abby dá um fora nele e depois disso começam a se divertir e nasce uma amizade entre os dois.

“(…) parecer desinteressante era a melhor estratégia. A ideia seria que Travis perdesse instantaneamente o interesse em mim e colocasse um ponto final nessa ridícula persistência.”

Quando as caldeiras voltam a funcionar, Travis e Abby fazem uma aposta. Se Maddox ganhar uma luta e sair sem nenhum arranhão, eles vão morar juntos por um mês. Caso contrário, ele deverá ficar sem transar com nenhuma mulher pelo mesmo período. E quem ganha a aposta é Travis.

Bom, agora vamos a realidade do livro. Travis é impulsivo, possessivo, temperamental, galinha e despreza as mulheres no geral. É o boy lixo, digamos assim. A única mulher que ele trata de maneira diferente é Abby.

Travis e Abby criam um laço tão forte que nenhum de seus amigos entende o que realmente está acontecendo entre os dois.

“Eu não sei o que está rolando entre você e o Travis, mas sei que ele vai fazer algo idiota que vai te deixar irada. É uma mania que ele tem. Ele não fica muito chegado a ninguém por tanto tempo e, sei lá por quê, abriu espaço na vida dele pra você”

Acontecem muitas situações inconvenientes por parte de Abby quando, morando e dividindo a cama com Travis, ela começa a sair com um outro cara da faculdade e isso me irrita um pouco, mas superamos…

“Travis esperou até que eu estivesse saindo com alguém, alguém de quem eu realmente gostava, para demonstrar interesse em mim, e eu parecia ser a única garota com quem ele não conseguia fazer sexo, nem mesmo quando estava caindo de bêbado.”

Com o decorrer do livro ele vai amadurecendo, e sentimentos a mais começam a aparecer. O amadurecimento do Travis com relações a mulheres é muito claro, porém ele continua tendo seus defeitos, como por exemplo, ser ciumento e possessivo em relação a Abby.

“A gente não dá certo juntos, Travis. Acho que você está obcecado com o pensamento de me possuir mais do que qualquer outra coisa.”

Bom, com o tempo Abby vai ganhando mais sal destaque, e quando seu pai aparece mostrando que ela não é apenas uma garota comum, conhecemos sobre seu passado e suas atitudes em relação a Travis começam a fazer mais sentido.

De repente, um vira a vida do outro.

“É perigoso precisar tanto assim de alguém. Você está tentando salvar o Travis e ele espera que você o consiga. Vocês dois são um desastre”

Do mesmo jeito que explica o passado da Abby, também contam o passado de Travis, e o leitor começa a ver todos os traumas dos dois e porque são como são nos dias atuais.

É um livro que varia muito a opinião dos leitores, vai do seu gosto.

Cheio de altos e baixos, acessos de raiva e calmaria. Uma contradição atrás da outra, várias antíteses. Sentimentos reprimidos, ansiosos por serem liberados. Liberdade e identidades contidas. Personalidade contida.

Uma tentativa de se evitar o Efeito Borboleta, da Teoria do Caos, o qual afirma que um simples bater de asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo.

Esse é Belo Desastre e Desastre Iminente.

Em Belo Desastre temos a estória pela visão de Abby Abernathy, enquanto que em Desastre Iminente são os mesmos fatos, só que narrados por Travis Maddox. Um livro complementa o outro.

ALERTA DE SPOILER!

Depois desses dois livros, Jamie McGuire também lançou um conto chamado Belo Casamento que é a descrição do casamento em Las Vegas dos dois, com detalhes de como foi lá, e também nos presenteia com a renovação dos votos de Travis e Abby, 1 ano depois.

É um livro pequeno que está mais para um conto. Super vale a pena se você for tão apaixonada por esse casal igual eu sou.

Atualizações, Livros

Site organiza “comunidade de leitores” durante pandemia

O Beco Literário, plataforma jovem do Vale do Paraíba, expandiu sua comunidade de leitores para incentivar leituras durante a pandemia

O baixo índice de livros lidos no ano pelo povo brasileiro é uma das nossas maiores mazelas históricas. De acordo com a última pesquisa Retratos da Literatura, desenvolvida pelo Instituto Pró-Livro em 2016, o brasileiro lê uma média de 2,43 livros por ano, e boa parte dessas leituras não chegam perto de ser eficientes para bons debates, já que é o repertório de leituras que contribui para o amadurecimento do pensamento crítico.

Pensando nessa realidade, o Beco Literário, site criado por Gabu Camacho, de São José dos Campos, organizou uma comunidade fechada para incentivo à literatura e ao debate. “Nós chamamos de Beco ‘VIPs’. Os leitores que se inscrevem no site tem acesso a nossa plataforma e podem participar de leituras coletivas, debates engajados e ainda concorrer a prêmios, sem pagar nada por isso”, conta Gabu, que criou o site em 2013.

E o incentivo a literatura com certeza rende bons frutos. Durante a quarentena as pessoas passaram a ter mais tempo livre e muitas não souberam o que fazer com esse tempo. “Tivemos um volume muito alto de inscrições desde o início da pandemia e temos aceitado todas as pessoas. Acreditamos que a leitura precisa ser engajada. O leitor precisa ler o livro, criar conexões e entender além do que está nas páginas”, completa Camacho, que também comemora os mais de 900 membros inscritos na iniciativa Beco VIPs.

Para participar da comunidade, o leitor interessado precisa acessar o www.becoliterario.com e se cadastrar no formulário da página inicial. Todas as outras recomendações são enviadas por e-mail em seguida.

Sobre o Beco Literário

O Beco Literário é uma plataforma de conteúdo jovem criada em 2013 pelo jornalista Gabu Camacho e hoje alcança mais de 3 milhões de leitores em todo o país. O site tem como principal objetivo encurtar distâncias sociais com a literatura, abordando temáticas como autoconhecimento, consumo consciente e a literatura engajada.