cheguei atrasado, certo? me perdoe. como bem sabes, penso demais, penso tanto que as vezes estrago algumas coisas que nem chegaram a acontecer. ansiedade que escreve, certo?
certo! mas não é sobre isso que quero escrever hoje, quero falar sobre perdão e algumas outras coisas a mais. a vida nos concede algumas dádivas, o que é estranho, pois ela ama pregar peças e nos cercar de ironias, trágico. esses “presentes” ficam guardados, escondidos debaixo dos escombros, em meio as cinzas, as vezes jogados no lixo ou até mesmo podem ser encontrados no guiar de uma correnteza. depois de uma briga, depois de uma discussão e tomada de decisão sem ser pensada, depois de uma chuva forte, uma tempestade, depois de sermos destruídos por dentro e aparentar não sobrar nada a não ser paredes caídas e pó, as lágrimas já se secaram. é neste espaço desértico, quase irrecuperável que encontramos alguns tesouros, o amor próprio e a verdadeira essência que uma vez fora perdida. então você percebe que, o relacionamento que você construiu dentro de você, somente você era morador, a confiança era somente cultivada na sua horta e que o respeito não era recíproco. você estava vivendo num universo particular. pode até pensar que a sua felicidade está no encontro do outro, somos criados e programados para pensar assim. “amar” alguém e dedicar cada segundo, cada sorriso. importa-se demais com o “outro”, o que o “outro” vai pensar, o que o “outro” gostaria que acontecesse, eu preciso/tenho que agradar o “outro” e você se perde dentro de si, se esconde tanto, deixando seus próprios interesses, deixando de conquistar seus sonhos, deixando de escutar as musicas que [particularmente] gosta e acaba perdendo tudo dentro de si mesma e nem mesmo você, conseguiria encontrar novamente, a não ser que todo o castelo que você chamava de “relacionamento” viesse ao chão. tenho algo pior a pensar, ninguém percebeu que o Amor morreu na segunda metade do século XIX e que hoje, as pessoas só experimentam o apego e a carência, drogas baratas, entorpecentes viciantes que degeneram a integridade e tornam cativo um espírito livre. com a morte do Amor, o Bom Senso se encontrou em desespero, como viver num mundo onde o Amor não se faz presente? desertou, coitado. a vergonha de fugir não chegou nem perto do medo de viver a mediocridade e a superficialidade que o apego proporciona a carência, prostituição litigiosa, satisfação passageira. Enquanto isso, le-se “textoes” de facebook e fotos com legendas cercadas de corações vermelhos, ninguém mais sabe o valor que o coração vermelho tem? ora essa, que ilusão a minha, ninguém mais sabe o valor de um “eu te amo” quanto mais o significado da cor de um emoji de coração. acho que é pedir demais para essa geração, infelizmente.
acho que escrevi demais,
chega por hoje, meu caro, tivemos reflexões demais por um dia, estava com saudades, um até breve para você e se lembre, não conte para ninguém
O poema é feito de palavras, seres equívocos que, se são cor e som, também são significado; o quadro e a sonata são compostos de elementos mais simples – formas e cores que em si nada significam.
[leitura de] Octávio PAZ, 1982
O questionamento central deste artigo é “como se faz a leitura de poesia?”, mas antes de responder essa pergunta, é preciso primeiramente entender o que está sendo lido, para depois saber como se dá a leitura. O gênero literário Poesia é caracterizado por suas especialidades, inclusive no aspecto leitura, em linhas gerais, como ser a arte de escrever em versos e por meio de sua linguagem estar agrupada vários fenômenos estilísticos que são utilizados, não só para customizar, mas para tentar abarcar o sentimento por intermédio de palavras, e esses fenômenos linguísticos são denominados de figuras de linguagem.
Para entender todo esse sistema poético que é constituído tal gênero literário, conforme Modesto Carone Netto (1974), em sua obra crítica Metáfora e Montagem, poesia é:
[…] junção de imagens descontínuas. Apresenta-se, dessa forma, como um conjunto de metáforas visuais agrupadas sem necessidade “lógica”, ou seja, reunidas num sistema semiológico em que uma não decorre necessariamente da outra, como acontece no discurso linear comum ou na obra literária que lhe acompanha de perto os passos. (CARONE NETO, p. 15, 1974)
O autor continua discutindo em seu texto que
[…] as imagens isoladas do poema se comportam como as “tomadas” ou as fotogramas montadas num filme, articulando planos e cenas cujo significado seria aferível pela forma em que essas unidades colaboram ou colidem umas com as outras na consciência de quem lê o poema (como ocorre na mente de quem vê o filme). (CARONE NETO, p. 15, 1974)
Para enriquecer a conceituação de poesia neste trabalho, é válido trazer um teórico que aborda uma teoria mais poética, portanto, mais adocicada durante o ato da leitura.
Octavio Paz (1982), no capítulo intitulado de Poesia e Poema, de sua obra O Arco e a Lira, nos esclarece o significado de poesia. O autor escreve que a poesia é
A poesia é conhecimento, salvação, poder, abandono. Operação capaz de transformar o mundo, a atividade poética é revolucionária por natureza: exercício espiritual, é um método de libertação interior. A poesia revela este mundo; cria outro. (PAZ, p. 15, 1982)
Paz (1982) continua a dissertar logo abaixo, na mesma página de discussão que
Experiência, sentimento, emoção, intuição, pensamento não dirigido. Filha do acaso; fruto do cálculo. Arte de falar em forma superior; linguagem primitiva. Obediência ás regras; criação de outras. Imitação dos antigos, cópia do real, cópia de uma cópia da Ideia. Loucura, êxtase, logos. Regresso à infância, coito, nostalgia do paraíso, do inferno, do limbo. Jogo, trabalho, atividade ascética. Confissão. Experiência inata. Visão, música, símbolo. (PAZ, p. 15, 1982)
Portanto, como ler este texto tão especial?
É interessante trazer para a discussão a argumentação defendida por Bosi (1994, p. 477) ou esclarecer que, à medida que o material significante assume o primeiro plano: verbal e visual, o poeta reelabora esse material em vários campos. São eles:
no campo semântico: ideogramas (“apelo à comunidade não-verbal”, segundo o Plano Piloto cit.); polissemia, trocadilho, nosense…;
no campo sintático: ilhamento ou atomização das partes do discurso; justaposição; redistribuição de elementos; ruptura com a sintaxe da proposição;
no campo léxico: substantivos concretos, neologismos, tecnicismos, estrangeirismos, siglas, termos plurilíngues;
no campo morfológico: desintegração do sintagma nos seus morfemas; separação dos prefixos, dos radicais, dos sufixos; uso intensivo de ceros morfemas;
no campo fonético: figuras de repetição sonora (aliterações, assonâncias, rimas internas, homoteleutons); preferência dada às consoantes e aos grupos consonantais; jogos sonoros;
no campo topográfico: abolição do verso, não linearidade; uso construtivo dos espaços brancos ausência de sinais de pontuação;
Exemplo, atente para a leitura do poema logo abaixo:
Das utopias
Se as coisas são inatingíveis… ora!
Não é motivo para não quere-las
Que triste os caminhos, se não fora
A mágica presença das estrelas!
Mário Quintana
Neste exemplo de poema, escrito por Mário Quintana, é possível identificar através da leitura, alguns traços da teoria explicada por Philadelpho Menezes (1991). Primeiramente uma leitura morfológica, o poema possui uma única estrofe contendo quatro versos. Não possui emjambement, a linguagem clara e muito subjetiva. As rimas são intercaladas – A B A B – veja logo abaixo:
Se as coisas são inatingíveis… ora! A
Não é motivo para não quere-las B
Que triste os caminhos, se não fora A
A mágica presença das estrelas! B
Como dito no início do parágrafo de análise, segundo a leitura da obra de Philadelpho Menezes (1991) explica que o uso de pontos é um traço contemporâneo, o uso de reticências transmite ao leitor o pensamento profundo e reflexivo do verso, o termo “inatingíveis” carrega em si um peso semântico muito profundo que, ao final, o eu lírico compara as estrelas do ceu. Quem trilha o caminho da vida não consegue alcançar as estrelas do ceu, pois são inatingíveis, mas olhar para elas e deseja-las, vê-las ao cominhar, muda e transforma o sentido da caminhada.
O Professor, mediador, pode desenvolver a leitura em sala de aula que as estrelas é uma metáfora para qualquer sonho inalcançável de seus alunos, e ao desejar/sonhar/querer esses sonhos e anseios impossíveis não os faz ser iludidos ou perdidos na vida, pois é o brilho das estrelas e a mágica de sua presença que faz a caminhada da vida se tornar mais divertida, a existência se torna mais fácil, visto que lidar com as adversidades, lutos, dificuldades e imprevistos da caminhada podem paralisar ou abater.
no campo semântico: estrelas é a metáfora de sonhos inalcançáveis, sonhos distantes, difíceis de se concretizar;
no campo sintático: construções sintáticas usuais como expressas segundo a gramática, não há rupturas;
no campo léxico: linguagem fácil e simples de fácil acesso;
no campo morfológico: não há desintegração do sintagma nos seus morfemas; ou separação dos prefixos, dos radicais, dos sufixos; ou uso intensivo de ceros morfemas;
no campo fonético: figuras de repetição sonora (aliterações, assonâncias, rimas internas, homoteleutons); preferência dada às consoantes e aos grupos consonantais; jogos sonoros;
no campo topográfico: construção tradicional do verso, linearidade; não há o uso construtivo dos espaços brancos, mas o uso do recurso das reticências que transmite um peso semântico ao entendimento do texto;
Referências
BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. Editora Pensamento Cultrix LTDA – São Paulo, SP, 1994.
PAZ, Octavio, A tradição da ruptura; A revolta do futuro. In: Os filhos do barro: do romantismo à vanguarda. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p.11- 58.
______. O Arco e a Lira/ Octávio Paz; tradução de Olga Savary. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.
UNGARETTI, Giuzeppe. Razões de uma Poesia./ Organizacäo de Lucia Wataghin – Edusp/Irnaginfirio, São Paulo, 1994.
O grupo BTS é o maior exemplo de sucesso global do K-POP. O último álbum dos coreanos estreou no topo das paradas norte-americanas e emplacou todas as músicas no Top 15 do iTunes.
Com a popularização do k-pop pelo mundo, muitos que conheceram o gênero há pouco tempo se espantam com a quantidade de k-poppers (fãs da música coreana) e a paixão que destinam aos seus grupos favoritos. Uma das coisas que mais chama atenção de quem se inicia no mundo da música pop coreana é a relação “ídolo e fã” que funciona de forma diferente e mais íntima do que no ocidente.
Em países como Estado Unidos, Reino Unido, Canadá, etc, a abertura para artistas é maior, mesmo para artistas pequenos, alcançar o sucesso ou a grande mídia, ainda que de forma momentânea, é mais fácil. A influência de cantores americanos, por exemplo, viaja ao redor do globo, e eles não precisam necessariamente da promoção feita pelos fãs para conseguir alcançar grandes charts (listas de mais ouvidos) ou prêmios. No entanto, no mundo do k-pop as coisas são um pouco mais complicadas, principalmente quando o objetivo é levar a cultura coreana além dos países asiáticos. Por isso os grupos coreanos são geralmente muito gratos aos fãs, grande parte dos idols tem consciência que foi com a ajuda de seu fandom (fã clube e grupos de fãs) que conseguiram parte de suas conquistas, e que o apoio dos fãs é fundamental para ir ainda mais adiante.
O k-pop é uma indústria muito concorrida, e mesmo quando o grupo é extremamente talentoso, ainda há possibilidades de que não tenha o sucesso e audiência que merece, por não ter um fandom forte o suficiente que o ajude com charts, recordes, prêmios, etc. Claro que há artistas americanos, canadenses, e de outros países do ocidente, que também são muito gratos e próximos de seus fãs, mas essa relação é muito mais fã e ídolo, enquanto no k-pop esses relacionamentos são mais íntimos. Por exemplo, você sabe o que o Justin Bieber gosta de comer antes de dormir? Ou qual o tipo de pijama ele usa? Ou qual a decoração do quarto dele? Você tem fotos da Taylor Swift com o rosto ainda inchado porque acabou de acordar? Provavelmente não. Isso porque os artistas não são tão abertos nos países com influência da indústria musical ocidental. No oriente, mesmo que não sejam todos os grupos de k-pop, muitos idols se abrem completamente com seu público. Fazem lives para conversar com os fãs, agradecem regularmente a ajuda nas conquistas, produzem eventos especiais para o fandom, fazem vídeos da vida cotidiana, fanservices (solicitações específicas dos fãs), programas de variedades, etc.
GOT7
Ao contrário dos fãs da música ocidental que podem não saber qual é o nível de competitividade da Beyoncé em jogos de tabuleiro, por exemplo, ou os action figures (bonecos de ação colecionáveis) que o Chris Martin tem em casa, para os k-poppers é possível saber qual é o assento do Taemin do SHINee em um determinado restaurante da Coréia que ele costuma frequentar, ou qual o tipo de sopa favorita do JB do GOT7. Detalhes da vida cotidiana dos artistas coreanos são revelados para os fãs, que sentem esse proximidade e adoram esse tipo de interação com eles.
Quando o grupo BTS marcou história, sendo o primeiro artista coreano a ganhar um prêmio no Billboard Music Awards e o primeiro a se apresentar no AMAs (American Music Awards), a imprensa americana, que ainda estava engatinhando no gênero k-pop, ficou muito impressionada com o fandom do grupo (conhecido como armys), e principalmente com todo o amor e dedicação que as fãs direcionam ao grupo, diariamente.
https://www.youtube.com/watch?v=joJ-3cAjjbQ
Para se ter uma ideia, quando álbuns são lançados, os fãs não compram exemplares apenas para enfeitar a estande ou ter as músicas de forma “física”. Há intricados projetos entre fãs para compras em massas para ajudar o albúm nos charts de vendas, assim como há dezenas de projetos de streaming no Youtube, Spotify, etc. Os fãs sempre buscam maneiras de promover o grupo, ajudar com as listas de mais vendidos, prêmios em programas musicais semanais, etc. Assim como os que fazem mutirões de votos em plataformas como o Twitter, ou aqueles que pedem incessantemente músicas em rádios e programas de TV.
Em uma entrevista recente, o cantor americano Charlie Puth, conhecido pelo sucesso See You Again da franquia Velozes e Furiosos, disse ter “inveja” do fandom do BTS, e que fica impressionado quando eles são indicados a prêmios, milhões de pessoas se movimentam e se dedicam a faze-los ganhar, e isso nunca esperando algo em troca, apenas por amor e desejo de ver seu ídolo alcançar o sucesso.
A autora, youtuber e jornalista Gaby Brandalise é especialista em cultura coreana e no vídeo “Por que o BTS faz tanto sucesso”, ela comenta que o grupo busca formas de fazer com que os fãs não se sintam apenas ‘fãs’, mas que sim parte da família, como se fossem amigos íntimos.
Entre as diversas formas que um grupo busca para se promover e se aproximar dos fãs, algumas das maneiras mais comuns são fansigns: eventos em que os fãs podem conversar diretamente com os idols, dar presentes, ganhar autógrafos, etc. Fanmeetings, um tipo de show, porém com menos performances e mais brincadeiras, conversas com o público, vídeos especiais e exclusivos, etc. E claro, os programas de variedades próprios (todos coreanos), como o Seventeen Club, Real Got7, One fine day, Run BTS, Blackpink House, etc. Esses programas de variedades, que mostram os ídolos jogando, comendo, ou simplesmente tendo uma conversa aberta sobre sua vida ou trabalho, incentivam os fãs a terem uma relação e fazem com que eles se sintam próximos. E quando mais próximo, mais dedicado e apaixonado é um fã.
Alguns entendem, outros não, alguns admiram o amor e dedicação dos k-poppers, mas também há aqueles que julgam. O mundo da cultura coreana é enorme, e novo para muitos, por isso ainda há muita luta para que não haja preconceito com o gênero ou os fãs, e a forma mais fácil de entender, é abrindo a mente para aprender mais sobre esse outro mundo.
Sobre a autora: Gaby Brandalise é jornalista, escritora e tem um canal no YouTube. Começou escrevendo fan fictions de cantores, bandas e seriados. Depois, partiu para romances, crônicas, artigos, poemas e até músicas. É casada e tem um gatinho lindo chamado Gandalf (que tem esse nome porque é cinza e meio velho). Considera-se viciada em dramas coreanos, kpop e pasta de amendoim. No mais, segue iniciando os regimes às segundas.
trilha sonora indicada para a leitura deste texto: “one man town” – Elmore
no lugar que eu te falei que estaria, no momento certo
querido diário,
oi, tudo bem? que bom te encontrar por aqui. sei que chegou agora, mas vai ficar por muito tempo? estou aqui pensando em algumas coisas, acho que pode me ajudar, ou só ler se quiser. andei pensando que, reconhecer o Amor Verdadeiro, é a meta de conquista na vida de muitas pessoas. já ia me comprometer a escrever de “todas as pessoas”, mas achei muito agressivo. afinal, eu não estou a procura [entre as aspas]. uma pena ser tão raro e difícil de completar essa tarefa, talvez a parte mais dificil. eu não completei essa missão ainda, estou como um escoteiro sem a última medalha [risos]. já se imaginou assim? imagine agora, feche seus olhos e pense que somos escoteiros, sim: escoteiros! a última tarefa para pegar a última estrela dourada para completar o cinturão de honra cheio de missões dadas, missões concluídas, como: arrumar um bom emprego, cursar em uma universidade, se conhecer melhor; e agora só falta uma: encontrar o amor verdadeiro, aquele obstinado “sim, aceito passar minha vida inteira ao seu lado”. só assim, seremos escoteiros completos, com essa última estrela dourada. pouquíssimos de nós teriam o rastro luminoso e dourado no cinturão, não é mesmo? ouso pensar que por esse motivo o próprio Deus vem recebendo inúmeras orações para que Sua Mão Divina molde e encaminhe um coração sincero para dividir um apartamento, ser um amigo leal, um companheiro bom de cama e abrigo no temporal. tenho conhecido alguns ultimamente que, não sei se já estão descrentes em conseguir a pessoa ideal, só querem encontrar um amor, um amor que afaga, um amor que acompanha, um amor para dizer que se tem alguém. não sei se pode chamar esse tipo de amor de “Amor”. sem muitas exigências e muito menos expectativas, só um alguém. um alguém ali, como o abajur no meu criado mudo… me proporciona a solução para o meu problema com a escuridão por algumas horas. esse exemplo caiu como uma luva, normalmente esse tipo de amor só resolve nossos problemas na carência da noite. nota-se, os amores até aqui descritos são diferentes. bem diferentes. conheci uma garota que já encontrou o “amor verdadeiro” duas vezes esse ano, certamente ela postou nas redes sociais, então não se discute: é “verdadeiro”. ouvi falar de um rapaz que numa vida inteira nunca compartilhou um “eu te quero” dito sincero, bem colocado e ‘adocicado’ com um martine seco num encontro casual, quem dirá um “eu te amo”, esse último parece mais um mantra proibido de uma religião pagã. não se fala muito “eu te amo” hoje em dia, já percebeu? certamente porque não se encontra amores verdadeiros para serem ditos, como devem ser ditos. talvez já esteja se perguntando sobre mim. e eu? como eu fico? posso te responder… fico observando. observando aquela que me diz amar verdadeiramente e me abandona, observando a que me ignora e sonha estar em meus braços, observando aquele que se revelou para o verdadeiro amor e levou o fora e todo resto que continua sem entender qual é o verdadeiro sentido do Amor. enquanto se debulham em tentar encontrar alguém para amar, eu tento me encontro, todos os dias a todo momento por sinal, pois sei que vou amar verdadeiramente alguém a partir do momento que eu verdadeiramente me amar. aí sim, saberei amar a outra como a mim mesmo.
// no lugar que eu te falei que estaria, no momento certo
sensivelmente lhe escrevo hoje, já me conheces e sabes que não é o meu melhor momento. ainda perdido, acontece que pensara eu estar clareando os meus passos e entendendo o caminho que estou seguindo, mas não. estar na contra mão do mundo não é uma realidade fácil, exige força, exige movimento e já estou tão cansado que procuro um lugar para repousar. por que tenho ideias tão diferentes? e qual o motivo de me custar tanto sustentar essas ideias? os olhares aumentam e, normalmente, o julgamento vem em primeiro lugar. ainda estamos numa sociedade baseada na cultura da imagem, forma é melhor que conteúdo, medidas é melhor que um bom diálogo e os traços da perfeição se comprometem em te rotular no quadro do aceitável ou no rol dos dispensáveis. pego meu moletom azul todas as manhãs e luto, luto para terminar tudo bem. na selva de pedra da cidade grande, são os pássaros que nos observam em nosso habitat natural em um safari metropolitano. estamos submersos em expectativas, estamos naufragados pelas doces e sedutoras expectativas. o que vem depois de descobrir que tudo não passa de uma ilusão? o que vem depois? o que se pode fazer quando a verdade cai em despenhadeiro e no final dos barrancos marginalizados de nossas emoções só restar um sentimento abissal, autodestrutivo, consumidor, mas que não consome por completo. um sentimento que te traga por dentro, uma corrosão extasiante que te anestesia e te tranquiliza enquanto se debate em sua própria cobiça de existir. existir por que todos existem, sobreviver por que todos sobrevivem e viver, pois poucos sabem viver. meu velho e lendário já dizia, alguns sentem a chuva, outros apenas se molham. alguns respiram, outros inalam a coceira da consciência e alojam em seus pulmões num esconderijo imaculado. o que fazer depois de cair a ficha que não há nada a se fazer? cheguei num beco sem saída, não tenho respostas, somente este questionamento: o que fazer agora? sensivelmente me exponho.
o veneno da alma
vês no espelho
a força da palma
medes num conselho
ande a abstrai
corra e esvai
tudo que carregas
não suportas tudo somente, se não deixar ir.
sensivelmente escrevo, não há mais nada a se fazer. se guarde, as rosas murcharam e só restaram os espinhos, não viva a ilusão do belo jardim.
Podemos atribuir à Netflix uma das maiores causas do nosso tempo “perdido” assistindo séries e filmes. Depois da chegada do streaming, a facilidade para consumir produções audiovisuais aumentou demasiadamente. Com o sucesso, a empresa começou a investir em obras originais. Isso se tornou um proveito não apenas lucrativo para a Netflix, mas como espaço de representatividade que Hollywood e seus canais tradicionais não permitiam.
O fácil acesso junto o investimento fez com que mais séries internacionais entrassem para o nosso catálogo. Apresentando outras realidades, diferentes linguagens e novos talentos, algumas séries se destacaram neste último ano. Três sucessos incríveis que assisti recentemente foram Dark, La Casa de Papel e As Telefonistas.
Provavelmente a mais famosa das três, La Casa de Papel é um suspense original da Espanha criada por Álex Pina para um canal televisivo do país e foi lançada na Netflix em 25 de dezembro de 2017. Quase imediato a sua estreia na plataforma, o sucesso veio alavancando séries famosas. Nada se falava além de La Casa de Papel.
Curiosamente, a série foi inicialmente lançada em 15 episódios de 70 minutos, porém a Netflix decidiu separá-los em duas temporadas com episódios de menor duração, a primeira com 13 capítulos, com a chegada dos seis restantes prevista para 06/04.
Fica claro com essas séries as impressionantes narrativas e direções que apenas acreditamos existir em produções hollywoodianas. Assim como as outras duas séries citadas aqui, temos enredos fechados e bem escritos e atuações de tirar o folego de atores desconhecidos que marcam muito mais a universo audiovisual do que qualquer outra série americana.
Além disso, saber que existem séries com pessoas que falam a mesma língua que a sua, diretores de sua terra natal, cria um sentimento de identificação muito maior dentro das narrativas.
Dark, minha favorita das três, é um suspense de ficção científica distribuída pela Netflix, de origem alemã, com 10 episódios de aproximadamente uma hora. Ela se destaca por ter um tema conhecido, porém é tratado de um modo como nada visto na televisão. Ademais, a fotografia e as atuações dos jovens atores superam suas comparações como Stranger Things.
Outro fenômeno da Netflix vai ter sua continuação em 2018. As Telefonistas (do original Las Chicas del Cable) se passa nos anos 1920, e traz a histórias de quatro mulheres lutando pela liberdade que este novo trabalho – de telefonista – pode trazer como forma de revolução na vida social delas. As temáticas apresentadas de maneira moderna, nos faz refletir sobre como a luta feminina é de muitos anos, com aspectos que ainda não foram mudados.
Com essa leva de investimentos internacionais, só podemos esperar cada vez mais séries de alta qualidade e representatividade. Assim, aspiramos que as produções brasileiras futuras sejam inclusas e dadas o valor merecido tanto quanto outras séries.
A Páscoa é comemorada anualmente no primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre no início da primavera (no Hemisfério Norte) e do outono (no Hemisfério Sul). A data é sempre entre os dias 22 de março e 25 de abril.
Dentro do cristianismo, diferentes religiões e denominações celebram a Páscoa de maneira diferente. Por exemplo, os protestantes celebram de maneira diferente que os católicos. Enquanto os católicos são encorajados a não comer carne na Quaresma, para os protestantes, não existe essa restrição. Além disso, os protestantes não costumam celebrar todos os dias da Semana Santa como os católicos, dando mais importância à Sexta Feira Santa e Domingo de Páscoa.
Para os cristãos orientais, todas as demais festas do calendário são secundárias em relação à Páscoa, inclusive o Natal, o que se reflete na rica gama de costumes pascais na cultura de países tradicionalmente de maioria ortodoxa. Os católicos orientais também enfatizam a Páscoa em seu calendário e tem costumes muitos similares.
Durante os 40 dias que precedem a Semana Santa e a Páscoa – período conhecido como Quaresma – os católicos se dedicam à penitência para lembrar os 40 dias passados por Jesus no deserto e os sofrimentos que ele suportou na cruz.
A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos, que lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, ocasião em que as pessoas cobriam a estrada com folhas da palmeira, para comemorar a sua chegada.
A Sexta Feira Santa é o dia em que os cristãos celebram a morte de Jesus na cruz. E por fim, com a chegada do Domingo de Páscoa, os cristãos celebram a Ressurreição de Cristo e a sua primeira aparição entre os seus discípulos.
A Páscoa já era comemorada antes do surgimento do Cristianismo. Tratava-se da comemoração do povo judeu por terem sido libertados da escravidão no Egito, que durou aproximadamente 400 anos.
Símbolos da Páscoa
Ramos de palmeira
A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos, que lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, ocasião em que as pessoas cobriam a estrada com folhas de palmeira, para comemorar sua chegada. Atualmente, as folhas de palmeiras são usadas na decoração das Igrejas durante as comemorações da Semana Santa, como um sinal de “boas-vindas a Cristo”.
Cordeiro
Este é um dos símbolos mais antigos da Páscoa, lembrando a aliança que Deus teria feito com o povo judeu no Antigo Testamento. Naquela época, a Páscoa era celebrada com o sacrifício de um cordeiro. Para os cristãos, Jesus Cristo é o “cordeiro de Deus que tirou os pecados do mundo”.
Círio Pascal
O Círio Pascal é uma grande vela, decorada com as letras gregas alfa e ômega, que significam “início” e “fim”, respectivamente, e usada durante as missas da Semana Santa. Durante a Vigília Pascal é inserido na vela os cinco pontos das chagas de Cristo na cruz. É acesa no Sábado de Aleluia e sua luz representa a Ressurreição de Cristo.
Peixe
O peixe é um símbolo trazido dos apóstolos que eram pescadores. É um símbolo de vida, usado pelos primeiros cristãos, no acróstico IXTUS – peixe em grego. As letras são as iniciais de “Iesus Xristos Theos Huios, Sopter”, que significa “Jesus Cristo, Filho de Deus, o Salvador”. Faz parte do ritual da Semana Santa comer peixe na Sexta Feira Santa, para lembrar o ritual dos 40 dias de jejum de carne, seguidos pelos cristãos durante a Quaresma.
Ovo de Páscoa
Por representar o nascimento e a vida, presentear com ovos era um costume antigo entre os povos do Mediterrâneo. Durante as festividades para comemorar o início da primavera e a época de plantio, os ovos eram cozidos, pintados e presenteados, para representar a fertilidade e a vida.
O costume passou a ser seguido durante as festividades dos cristãos, onde eram pintados com imagens de Jesus e Maria, representando simbolicamente o nascimento do Messias. Muitas culturas mantêm até hoje esse costume. No mundo moderno, o ovo fabricado com chocolate virou uma tradição de presente no Domingo de Páscoa.
Alguns autores acreditam que a tradição do ovo de chocolate surgiu depois do século XVIII, sendo uma invenção de confeiteiros franceses. Outra teoria afirma que os ovos de Páscoa ficaram mais populares com a revolução da indústria do chocolate, que aconteceu na Inglaterra, em meados do século XIX.
Coelho da Páscoa
O coelho da Páscoa tornou-se o símbolo da fertilidade e da vida, devido a particularidade deste animal de se reproduzir em grandes ninhadas. Está relacionado com a Páscoa por representar a esperança de vida na Ressurreição de Jesus Cristo.
Vários povos da antiguidade já consideravam o coelho como símbolo da fertilidade, pois com a chegada da primavera, eram os primeiros animais a saírem de suas tocas. Com o passar dos tempos, os coelhinhos de chocolate entraram para os costumes das festividades da Semana da Páscoa. Assim como os ovos de chocolate, os coelhinhos viraram tradição de presente no Domingo de Páscoa.
Como a Páscoa é celebrada ao redor do mundo
Alemanha
Na Alemanha, a Páscoa é comemorada junto com a chegada da primavera. A tradição é decorar árvores com ovos de galinha coloridos com tinta e colagens de papel.
Índia
Na Índia, o período da Páscoa é a chegada da primavera e eles celebram o início da estação com uma das mais famosas festa do mundo, o festival Holi. Os hindus comemoram o surgimento do deus Krishna com muita música, dança, comidas e uma explosão de cores.
Grécia
A tradição na Grécia são os ovos vermelhos, que simbolizam o sangue de Jesus. Esses ovos são distribuídos entre convidados que devem encostar no ovo do outro até rachá-lo. De acordo com a lenda, a última pessoa a ter seu ovo rachado terá muita sorte no ano seguinte.
Suécia
Na Suécia, o feriado de Páscoa é prolongado. As crianças gostam de se vestir de bruxas e sair pela rua para ganharem dinheiro e doces. As meninas usam vestidos, avental e lenço colorido na cabeça. Os meninos usam chapéu e pintam bigodes. As crianças saem pelas ruas e visitam os vizinhos deixando cartões feitos à mão e gritam “Glad Påsk”(Feliz Páscoa).
Estados Unidos
Nos Estados Unidos, a tradição é a caça aos ovos. Milhares de ovos de galinha decorados são espalhados e escondidos ao ar livre. A competição é para ver quem encontra mais ovos.
França
Na França, existe a tradição, desde 1973, de preparar uma omelete. Mas não é qualquer omelete! Os cavaleiros da Confraria Mundial da Omelete Gigante de Páscoa (sim, isso existe) preparam uma omelete com mais de 15 mil ovos! Além disso, os sinos das igrejas não são badalados entre a Sexta-feira da Paixão e Domingo de Páscoa.
Rússia
Os russos também pintam os ovos de galinha, só que os desenhos são muito mais elaborados! Ao dar o ovo para alguém, deve-se dizer Kkristos Vosgrés, que significa Cristo ressuscitou. Quem recebe deve responder Voistinu Vosgres, que significa ressuscitou realmente.
Escócia
Na Escócia, uma das brincadeiras mais tradicionais é uma disputa entre crianças. A brincadeira consiste em rolar ovos de galinha por uma ladeira. Ganha o ovo que conseguir atingir a maior distância sem quebrar.
Israel
A palavra Páscoa vem do hebraico Pessach, que significa Passagem. A Páscoa judaica, celebrada por oito dias, comemora o êxodo dos israelitas do Egito, ou seja, a “passagem” da escravidão para a liberdade. O ritual é bem simbólico e representa a tradição e história do povo de Israel.
Independente da religião e o jeito de comemorar, a Páscoa é um momento de renovação e vale usar a data para refletir e agradecer. Uma feliz Páscoa a todos, de toda equipe do Beco!
O físico teórico e cosmólogo britânico Stephen Hawking faleceu nessa quarta-feira (14/03), e o Beco resolveu fazer um especial como reconhecimento a toda a contribuição que ele fez nas ciências.
Stephen Hawking
Stephen William Hawking nasceu no dia 08 de janeiro de 1942, exatamente no aniversário de 300 anos da morte de Galileu, em Oxford, Inglaterra. Entrou, em 1959, na University College, Oxford, onde pretendia estudar matemática, conflitando com seu pai, que gostaria que Stephen estudasse medicina. Como não pôde, por não estar disponível em tal universidade, optou então por física, formando-se três anos depois (1962). Seus principais interesses eram termodinâmica, relatividade e mecânica quântica. Obteve o doutorado na Trinity Hall, em Cambridge, em 1966, de onde era um membro honorário. Depois de obter doutorado, passou a ser pesquisador e, mais tarde, professor no Gonville and Caius College. Depois de abandonar o Instituto de Astronomia em 1973, Stephen entrou para o Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica tendo, entre 1979 e 2009, ano em que atingiu a idade limite para o cargo, ocupando o posto de professor lucasiano de Matemática, cátedra que fora de Isaac Newton, tendo sido professor lucasiano emérito da Universidade de Cambridge.
Casou pela primeira vez em julho de 1965 com Jane Hawking, separando-se em 1991, com quem teve três filhos. Casou depois com sua enfermeira, Elaine Mason, em 16 de setembro de 1995, da qual se divorciou em 2006. Hawking era portador de esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma rara doença degenerativa que paralisa os músculos do corpo sem, no entanto, atingir as funções cerebrais, sendo uma doença que ainda não possui cura. A doença foi detectada quando ele tinha 21 anos. Em 1985, Hawking teve que submeter-se a uma traqueostomia após ter contraído pneumonia visitando o CERN, na Suíça, e, desde então, utilizava um sintetizador de voz para se comunicar. Gradualmente, foi perdendo o movimento dos braços e pernas, assim como do resto da musculatura voluntária, incluindo a força para manter a cabeça erguida, de modo que sua mobilidade era praticamente nula. Em 2005, Hawking usava os músculos da bochecha para controlar o sintetizador, e, em 2009, já não podia mais controlar a cadeira de rodas elétrica.
Os principais campos de pesquisa de Stephen Hawking foram cosmologia teórica e gravidade quântica. Em 1971, em colaboração com Roger Penrose, provou o primeiro de muitos teoremas de singularidade; tais teoremas fornecem um conjunto de condições suficientes para a existência de uma singularidade no espaço-tempo. Este trabalho demonstra que, longe de serem curiosidades matemáticas que aparecem apenas em casos especiais, singularidades são uma característica genérica da relatividade geral.
Hawking também sugeriu que, após o Big Bang, primordiais ou miniburacos negros foram formados. Com Bardeen e Carter, ele propôs as quatro leis da mecânica de buraco negro, fazendo uma analogia com termodinâmica. Em 1974, calculou que buracos negros deveriam, termicamente, criar ou emitir partículas subatômicas, conhecidas como radiação Hawking. Além disso, também demonstrou a possível existência de miniburacos negros. Stephen Hawking também participou dos primeiros desenvolvimentos da teoria da inflação cósmica, no início da década 80, com outros físicos como Alan Guth, Andrei Linde e Paul Steinhardt, teoria que tinha como proposta a solução dos principais problemas do modelo padrão do Big Bang.
Escreveu diversos livros que ajudaram a divulgar complexas teorias cosmológicas em linguagem fácil para leigos. O primeiro foi Uma Breve História do Tempo, escrito entre 1982 e 1984 e vendendo mais de 10 milhões de cópias. Obras seguintes incluem O Universo numa Casca de Noz (2001), Uma Nova História do Tempo (2005, versão atualizada de sua estreia co-escrita com Leonard Mlodinow) e God Created the Integers (2006). Em parceria com sua filha Lucy Hawking, também escreveu livros infantis sobre o universo, como George e o Segredo do Universo (2007) e suas duas continuações. O asteróide 7672 Hawking foi nomeado em sua homenagem.
A vida de Stephen Hawking já foi contada em dois documentários e dois filmes. Os documentários foram A Brief History of Time (1991), em que Errol Morris usou o livro homônimo como base para relatar a vida do cientista, e Hawking (2013), narrado pelo próprio Stephen. Em 2004, o filme televisivo Hawking foi lançado pela BBC Two. Dirigido por Philip Martin, o filme estrela Benedict Cumberbatch como Hawking, focando em seu período na Universidade de Cambridge. Outra biografia mais abrangente foi lançada nos cinemas em 2014, The Theory of Everything (No Brasil, A Teoria de Tudo), baseado no livro de memórias de Jane Hawking, Travelling to Infinity: My Life with Stephen. Confira a crítica que o Beco fez do filme aqui!
Stephen Hawking morreu na sua casa em Cambridge no dia 14 de março de 2018, aos 76 anos, devido a complicações da sua doença degenerativa.
Curiosidades
Quando tinha 9 anos, ele foi considerado o pior aluno da turma. Apesar disso, sempre demonstrou interesse pelas coisas, principalmente em descobrir como elas funcionavam de fato. Nessa época, seu apelido era Einstein.
Antes de ter sua doença diagnosticada, Hawking fazia parte de uma equipe de remo em Oxford, o que acabou de vez com a impopularidade do estudante quietinho de Física. O lado ruim é que, uma vez popular, seus hábitos de estudo começaram a diminuir, já que ele treinava seis tardes por semana.
Uma de suas maiores pesquisas diz respeito à teoria de que o Universo é ilimitado. Para explicar isso, Hawking usa como exemplo a própria Terra que, se imaginada em sua forma, não apresenta um começo ou um fim – é tudo uma coisa só. A única diferença é que o nosso planeta é tridimensional, enquanto o Universo se apresenta em 4D.Outra teoria a respeito do Universo sem limites é a que relaciona tempo e espaço. Nesse caso, podemos fazer a mesma comparação com a Terra, mas pensando agora em tempo. Einstein já mostrou que tempo e espaço são relativos, mas alguns físicos já conseguiram provar que o Universo está em expansão, o que pode afetar o tempo como um todo.
Em 1974, tornou-se membro da Academia Real de Ciência, criada em 1660. Um ano depois, recebeu das mãos do papa uma medalha de ouro em homenagem aos seus estudos científicos. Além disso, foi o ganhador do Prêmio Albert Einstein. Em 1980 ele foi condecorado comandante do Império Britânico, cargo que é apenas um nível abaixo da condecoração de cavaleiro. Em 2009, recebeu das mãos do presidente Barack Obama uma medalha de liberdade, a mais alta honraria civil concedida pelos EUA.
Durante o aniversário de 50 anos da NASA, em 2008, que ele declarou acreditar na possibilidade de vida em outros planetas além da Terra.
Em 2007, Hawking experimentou os efeitos da gravidade zero e, pela primeira vez em décadas, conseguiu sair por alguns instantes de sua cadeira de rodas e até mesmo praticar alguns exercícios. Sua vontade de experimentar esse tipo de efeito ia além da óbvia paixão pelo Universo: ele queria incentivar o aumento de viagens espaciais, bem como a sua acessibilidade. Segundo ele, é importante que os homens possam logo viajar de um planeta para outro, pois no futuro isso pode garantir a sobrevivência da Terra.
Além de ser um físico famoso, Hawking também é conhecido por ter um excelente senso de humor. Ele apareceu pessoalmente pela primeira vez na televisão em 1993, em um episódio de Star Trek: The Next Generation e depois na famosa série The Big Bang Theory. Além disso, versões animadas dele apareceram em The Simpsons e Futurama, onde ele próprio emprestou a voz de seu famoso sintetizador de voz.
O sintetizador original da voz de Stephen Hawking foi criado por uma empresa Californiana. Inicialmente, o programa permitia que Hawking “falasse” usando um clicker manual, onde ele escolhia as palavras que apareceriam em uma tela. Como Hawking já não era capaz de usar as mãos, ele passou a usar um sensor infravermelho em seus óculos, que gerava as palavras detectando o movimento de sua bochecha.Apesar de ser britânico, sua voz artificial tinha um sotaque americano. Embora vozes melhores e mais claras já estejam disponíveis, Hawking se recusou a trocá-la, pois ele acreditava que essa voz já havia se tornado uma parte de sua identidade. Além disso, a voz do sistema de fala de Hawking já não é mais utilizada pela empresa, fazendo com que ela seja única.
Seu QI é 160 pontos (o mesmo que Einstein). Para uma pessoa ser considerada um gênio, precisa ter um QI mínimo 140. Pessoas comuns possuem um QI de 100.
Hawking já se casou duas vezes, e sua vida matrimonial com sua segunda esposa, Elaine Mason, não foi marcada apenas por momentos felizes. Em 2000, ele foi parar no hospital com ferimentos compatíveis com violência (cortes e hematomas), mas negou ter sofrido maus-tratos. Porém, em 2003, sua filha Lucy confessou que ele apanhava da esposa.
Mesmo aqueles que batem o pé e dizem que não acreditam em signos não conseguem deixar de dar uma olhadinha no horóscopo quando aparece na televisão do metrô, não é mesmo? Saber sobre o futuro é algo que fascina o ser humano desde sempre, pois, afinal, quem não gosta de uma dica de vez em quando do que fazer para se dar melhor naquele dia difícil? O Beco não faz mapa astral, mas nós selecionamos algumas dicas de leituras que pode te agradar mais de acordo com o seu signo:
Aquário
Os aquarianos são tímidos e quietos, mas por outro lado eles podem ser excêntricos e energéticos. No entanto, em ambos os casos, eles são profundos pensadores e pessoas altamente intelectuais que gostam de ajudar os outros. Eles são capazes de enxergar sem preconceitos, em ambos os lados, o que os torna pessoas que facilmente resolvem problemas.
Embora eles possam facilmente adaptar-se à energia que os rodeia, os aquarianos têm uma profunda necessidade de ficar algum tempo sozinho e longe de tudo, a fim de restabelecer a energia. As pessoas nascidas sob o signo de Aquário veem o mundo como um lugar cheio de possibilidades.
Por serem pessoas criativas, Destrua este diário, da Keri Smith, pode agradar. Romances distópicos também são bem-vindos, pois aquarianos adoram ficção. O orfanato da srta. Peregrine para crianças peculiares, de Ramson Riggs; 1984, de George Orwell; Admirável mundo novo, de Aldous Huxley; e Fahrenheit 45, de Ray Bradbury, também têm grandes chances de sucesso. Além disso, aquarianos curtem ideias inovadoras, tecnologia e tudo que soa novo e diferente. O Jogador Nº1, de Ernest Cline; e Nerve, da Jeanne Ryan, foram feitos para vocês.
Peixes
Piscianos são muito simpáticos, então eles muitas vezes se encontram na companhia de pessoas muito diferentes. São altruístas, estão sempre dispostos a ajudar os outros, sem esperar receber nada em troca.
Peixes é um signo de água e, dessa forma, este signo do zodíaco é caracterizado por empatia e capacidade emocional expressiva.
Os livros escolhidos para os piscianos são repletos de devaneios e fofura, como Pó de lua nas noites em claro, livro de poesias de Clarice Freire; e Extraordinário, de R.J. Palacio. Piscianos também costumam ser muito sonhadores e adoram livros sobre arte, espiritualidade, mitologia e romances bem sentimentais. A Cabana, de William P. Young; A culpa é das estrelas, de John Green; Querido John, de Nicholas Sparks; e Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, fecham a lista cheia de açúcar do signo de Peixes.
Áries
Como o primeiro signo do zodíaco, a presença de Áries quase sempre marca o início de algo enérgico e turbulento. Estas pessoas estão continuamente à procura de dinâmica, velocidade e competição. Elas estão sempre em primeiro lugar em tudo – do trabalho a encontros sociais. Graças ao seu planeta regente Marte, Áries é um dos signos do zodíaco mais ativos. As pessoas nascidas sob o signo de Áries são destinadas a enfatizar a busca de respostas para questões pessoais e metafísicas.
Áries rege a cabeça e conduz com a cabeça, muitas vezes literalmente se jogam de cabeça, inclinando-se para frente a fim de adquirir maior velocidade e foco. Eles são naturalmente corajosos e raramente têm medo de julgamentos e riscos. Eles possuem uma força jovem e muita energia, independentemente da idade. Eles executam tarefas em tempo recorde. Ao alinhar-se com eles mesmos, são capazes de atingir os melhores resultados.
Para os impulsivos e competitivos arianos, começaremos a lista com Os Irmãos Tapper declaram guerra, de Geoff Rodkey. Arianos também adoram biografias de grandes líderes, então, Steve Jobs, de Walter Isaacson, é perfeito para vocês. Além disso, há a sede por aventura e ação que pode ser saciada com A Guerra dos Tronos, de George R.R. Martin; Guerra e Paz, de Liev Tolstói; A Guerra dos Fae, da Elle Casey; e O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien.
Touro
Poderoso e confiável, Touro é o primeiro quando se trata de colher os frutos do seu trabalho. Eles adoram tudo o que é bom e belo, e eles vivem muitas vezes cercados por prazeres materiais. As pessoas nascidas sob o signo de Touro são muito sensuais e táteis. O toque é extremamente importante para eles, tanto nos negócios quanto no romance. Estável e conservador, Touro é um dos signos mais confiáveis do zodíaco. A teimosia é uma característica que o faz levar tudo até as últimas consequências, de modo a cumprir seus rígidos padrões.
Como um signo de terra, Touro pode tornar-se superprotetor de seus entes queridos. Eles são ótimos em ganhar dinheiro e seguirão com os seus projetos até que sejam concluídos com êxito. Os taurinos são muitas vezes conhecidos pela sua dureza, que também pode ser interpretada como um compromisso com a execução de tarefas. Isso os torna excelentes trabalhadores e grandes amigos, porque eles estão sempre presentes, para o que der e vier.
Fãs de estabilidade, preferem relacionamentos duradouros e gostam de planejar os próximos passos da vida, portanto os taurinos adorarão Nós, do David Nicholls. Noites de Tormenta, de Nicholas Sparks; e A menina que roubava livros, de Markus Zusak, continuam a lista que se completa com Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago; e O homem que confundiu sua mulher com um chapéu, de Oliver Sacks.
Gêmeos
Expressivo e de raciocínio rápido, Gêmeos representa dois lados diferentes da mesma personalidade e você nunca vai ter certeza de com quem você está falando. Gêmeos pode ser sociável, comunicativo e pronto para se divertir, entretanto, por outro lado, pode ser muito sério, pensativo, inquieto e indeciso.
Eles ficam fascinados por quase tudo no mundo e têm uma constante sensação de que não há tempo suficiente para experimentar tudo o que eles querem ver. Isso os torna excelentes artistas, escritores e jornalistas. O signo de Gêmeos significa que às vezes as pessoas nascidas sob este signo têm a sensação de que sua outra metade está faltando, então eles estão sempre à procura de novos amigos, mentores e colegas.
Uma leitura excelente para os curiosos geminianos é Uma história do mundo, do David Coimbra. Geminianos gostam de temas atuais, modernos e coisas rápidas de ler, como crônicas, porque eles têm muitas coisas para fazer durante o dia e até ao mesmo tempo. As mentiras que os homens contam, de Luís Fernando Veríssimo; Trinta e poucos, do Antonio Prata; Memórias Póstumas de Brás Cubas, do Machado de Assis; e A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende. são uma boa pedida.
Câncer
Profundamente intuitivo e sentimental, o canceriano pode ser um dos signos do zodíaco mais desafiadores para entender. Câncer é muito emocional e sensível, e se preocupa com a família e a casa. É simpático e muito apegado às pessoas que o cercam. As pessoas nascidas sob o signo de Câncer são pessoas muito leais e empáticas, capazes de sentir empatia com a dor e sofrimento alheios.
Câncer é rápido para ajudar os outros e evitar conflitos. Um dos seus pontos mais fortes é a sua persistente determinação. Câncer não tem grandes ambições, porque eles estão felizes e contentes de ter uma família amorosa e uma casa tranquila e harmoniosa. Eles costumam cuidar bem de seus colegas de trabalho e tratá-los como família.
Para o signo mais amorzinho do zodíaco, a lista é emocionante: O som do amor, Como eu era antes de você e A Última carta de amor, todos da Jojo Moyes; Um gato de rua chamado Bob, de James Bowen; A Cor Púrpura, de Alice Walker e O Sol é para todos, de Harper Lee.
Leão
As pessoas nascidas sob o signo de Leão são líderes natos. Eles são dramáticos, criativos, autoconfiantes, dominantes e extremamente difíceis de resistir. Eles podem conseguir qualquer coisa que queiram, seja no trabalho ou no tempo gasto com a família e amigos. Leão tem uma força específica e um status de “rei da selva”. Ele muitas vezes tem muitos amigos, porque é muito generoso e leal. Autoconfiante e atraente, capaz de unir diversos grupos de pessoas em várias oportunidades.
Os problemas começam a surgir quando se torna muito orgulhoso de suas próprias realizações. Este signo do zodíaco também pode ser arrogante, preguiçoso e inflexível, porque ele pensa que alguém sempre vai arrumar a bagunça dele. Um senso de humor saudável pode fazer a convivência com outras pessoas mais fácil.
Leoninos têm um amor-próprio de dar inveja, e As provações de Apolo, do Rick Riordan, foi feito sob medida para vocês. Também são muito leais, por isso As mil noites, de E.K. Johnston, também é para vocês. Leão também costuma gostar de histórias de heróis, o que faz A jornada do herói, do Joseph Campbell, ser perfeito, mas também gostam de mistério, então Garota Exemplar, de Gillian Flynn; e O reverso da medalha, de Sidney Sheldon, encerram com chave de ouro.
Virgem
Os virginianos estão sempre prestando atenção nos menores detalhes e seu profundo senso de humanidade faz com que seja um dos signos mais cuidadosos do zodíaco. Sua abordagem metódica de vida garante que nada é deixado ao acaso. Os virginianos são muitas vezes delicados, mas também muito cuidadosos.
As pessoas nascidas sob o signo de Virgem levam uma vida muito organizada; e mesmo que eles sejam bagunceiros, seus objetivos e sonhos estão localizados em pontos estritamente definidos em sua mente. Virgem é muitas vezes incompreendido, por causa do simbolismo do nome deste signo. É como se experimentassem tudo pela primeira vez. Os virginianos sempre querem servir e agradar aos outros, por isso muitas vezes optam por trabalhar como cuidadores. Por outro lado, este signo às vezes é muito crítico e demasiadamente preocupado.
Uma pergunta por dia, de Potter Style, satisfará a necessidade de organização do virginiano com suas perguntas que devem ser respondidas durante 5 anos, criando meio que uma cápsula do tempo de seus pensamentos e ideias. Virginianos também costumam gostar de livros de auto-ajuda, então Ansiedade – como enfrentar o mal do século, de Augusto Cury; e A mágica da arrumação, de Marie Kondo, vão agradar. Virgem é conhecido pelo seu detalhismo e por priorizar a boa escrita e construção da narrativa. O processo, de Franz Kafka; Enquanto agonizo, de William Faulkner; e Stoner, de John Williams, vão satisfazer essa necessidade de perfeccionismo.
Libra
As pessoas nascidas sob o signo de Libra são pacíficas e justas, e odeiam ficar sozinhas. A parceria é muito importante para os librianos, e com a sua mentalidade vitoriosa e cooperação, eles não conseguem ficar sozinhos. Libra é um signo de Ar, com o intelecto expresso e uma mente afiada. Eles se sentem inspirados por bons livros, discussões insuperáveis e pessoas interessantes.
Eles estão sempre rodeados por arte, música e lugares bonitos. São, por natureza, cooperativos, de modo que frequentemente trabalham em equipe. Libra é fascinado por equilíbrio e simetria. Os nascidos em Libra preferem a justiça e a igualdade, e não conseguem tolerar a injustiça. Eles evitam entregar-se a todos os tipos de conflitos e preferem manter a paz, sempre que possível. O maior problema para os librianos é quando eles são forçados a escolher lados, porque são muito indecisos e às vezes esquecem-se da sua própria opinião.
A alma de artista dos librianos os farão gostar de Toda poesia, de Paulo Leminski; 1.001 filmes para ver antes de morrer, de Steven Jay Schneider; e Moda intuitiva, de Cris Guerra. Como são muito indecisos, librianos preferem leituras mais práticas e dinâmicas e também gostam de romance, mistério e terror: O iluminado, de Stephen King; Caixa de pássaros, de Josh Malerman; e Assassinato no Expresso Oriente, da Agatha Christie.
Escorpião
Os nascidos em Escorpião são pessoas apaixonadas e assertivas. Eles são determinados e decisivos, e pesquisam até encontrar a verdade. O Escorpião é um grande líder, sempre consciente das situações e também se destaca na engenhosidade. Escorpianos são conhecidos por seu comportamento calmo e frio, e por sua aparência misteriosa. As pessoas costumam dizer que os nascidos em Escorpião são ferozes, provavelmente porque eles entendem muito bem as regras do universo.
Alguns escorpianos podem parecer mais velhos do que realmente são. Eles são excelentes líderes, pois se dedicam muito ao que fazem. Odeiam desonestidade e podem ser muito ciumentos e desconfiados, então eles precisam aprender a adaptação a diferentes comportamentos humanos. São corajosos e, portanto, eles têm um monte de amigos.
Dizem por aí que escorpianos vieram ao mundo como mestres na arte da sedução, então, se sedução é a sua praia, Cinquenta tons de cinza, da E. L. James; Peça-me o que quiser, da Megan Maxwell; e A casa dos Budas Ditosos, do João Ubaldo Ribeiro, são para você. Já para o lado instintivo, cauteloso e intenso, com uma pitadinha de suspense e terror, indicamos A química, da Sephanie Meyer; Escuridão total sem estrelas, do Stephen King; e Trópico de Câncer, do Henry Miller.
Sagitário
Curioso e enérgico, Sagitário é um dos maiores viajantes entre todos os signos do zodíaco. Sua mente aberta e visão filosófica os motiva a passear ao redor do mundo em busca do sentido da vida. Sagitário é extrovertido, otimista e entusiasta, e gosta de mudanças. Os nascidos em Sagitário são capazes de transformar seus pensamentos em ações concretas e fazem qualquer coisa para atingir seus objetivos.
A liberdade é o seu maior tesouro, pois só assim eles podem viajar livremente e explorar diferentes culturas e filosofias. Por causa de sua honestidade, os sagitarianos são muitas vezes impacientes e sem tato quando precisam dizer ou fazer alguma coisa, por isso é importante que aprendam a se expressar de uma forma tolerante e socialmente aceitável.
Deuses americanos, do Neil Gaiman; e Temporada de acidentes, da Moïra Fowley-Doyle, são livros tipicamente sagitarianos, porque não tem nada mais sagitariano do que falar de viagem e festa. Porém, ser de Sagitário não é só isso. O sagitariano gosta de aprender sobre novas culturas e se informar, então Eu sou Malala, da Malala Yousafzai; e Comer, rezar e amar, da Elizabeth Gilbert, também entram no repertório. Para fechar a lista, o sagitariano não gosta só de viajar fisicamente, mas também gosta de viajar na leitura: As crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis; Viagens de Gulliver, do Jonathan Swift; e A volta ao mundo em 80 dias, do Júlio Verne, vão te ajudar nisso.
Capricórnio
Quando se trata de profissionalismo e valores tradicionais, Capricórnio é o primeiro. Capricórnio é prático e é considerado como o signo mais sério do zodíaco, possuindo uma independência que permite progressos significativos tanto no nível pessoal quanto nos negócios.
Como um signo de Terra, para um capricorniano não há nada mais importante na vida do que a família. Capricórnio é um mestre em autocontrole e tem o potencial para ser um grande líder ou gestor, desde que seja na esfera dos negócios. As pessoas nascidas sob o signo de Capricórnio, por vezes, podem ser muito teimosas. Elas se esforçam para chegar ao topo apenas com sua experiência.
Problemas podem ocorrer quando o Capricórnio é forçado a estar muito próximo de seus associados. Ele tem dificuldade em aceitar as diferenças nos outros e, em situações assim, vê uma necessidade de controlar as pessoas ou impor seus valores tradicionalistas. Eles pensam que são os únicos que sabem como resolver um problema, mas eles devem aprender a perdoar os outros, a permitir-lhes ser quem são e parar de condená-los.
Como sucesso e esforço são as palavras-chaves dos capricornianos, Elon Musk, da Ashlee Vance; e Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes, de Stephen Covey, vão agradar. Na literatura, costumam gostar de narrativas mais realistas e diretas, como O som e a fúria, de William Faulkner; A metamorfose, de Franz Kafka; e Crime e castigo, de Dostoiévski.
De novo mais uma série que alguém me indicou e pensei “será” e logo depois “hm, vamos tentar né” e, logo em seguida, “MEU DEUS, O QUE É ISSSO AAAAA”. Esses são os três passos quando você assiste uma série como The End of the F***ing World.
A produção que tem um nome comprido e toda vez que vou indicar fico na dúvida de qual seria a melhor abreviação, estreou sua 1ª temporada (8 episódios) no Reino Unido em outubro de 2017, chegando para nós em janeiro de 2018 ao ser lançada na plataforma da Netflix.
A história nos apresenta James (Alex Lawther) e Alyssa (Jessica Barden), dois jovens de 17 anos que veem um no outro uma oportunidade de escapar do que os oprimem (seja exterior ou interiormente).
The End of the F***ing World é simplesmente isana. Tem tudo aquilo que rejeitamos e ao mesmo tempo cultivamos um estranho prazer voyeurista ao ver nas telas: personagens quebradas psicologicamente, mortes, explosões, fugas, afrontamento à ordem estabelecida, mentiras… é o resumo do “jogar tudo pro alto e viver uma grande aventura”.
Irei comentar agora alguns pontos que mais chamaram minha atenção e que podem ser bons motivos para você começar uma nova maratona.
F***ing Narrativa
Alyssa e James
Estruturada como um road movie, o criador da série, Jonathan Entwistle, concebeu a obra como um filme, seus 8 episódios de 20 minutos completam um clico e mostram tanto a mudança de comportamento das personagens quanto a evolução dos seus relacionamentos. James e Alyssa do primeiro episódio com certeza não são os mesmo do oitavo.
Ainda que haja especulações com relação a uma segunda temporada, Jonathan demonstra cautela, já que a HQ de Charles S. Forsman, em que a série foi baseada, foi totalmente usada para essa primeira adaptação.
Talvez por ter sido inspirada em uma narrativa escrita, The End of the F***ing World incorporada com facilidade a narração dos pensamentos de Alyssa e James à imagem.
Esta voz que é sobreposta às ações poderia tornar-se cansativa se fosse utilizada apenas para comentar os acontecimentos, contudo, é utilizada de maneira criativa ao demonstrar a evolução das personagens, sendo assim uma excelente estratégia no roteiro.
Nos primeiros episódios, quando Alyssa ou James praticam alguma ação, a voz dos seus pensamentos mostra ao espectador que muitas vezes eles gostariam de estar fazendo exatamente o oposto ou que estão escondendo algo um do outro.
Tal fator é mais evidenciado em Alyssa, já que ela se mostra como uma personagem que procura passar uma imagem de si (durona, sem emoções) que muitas vezes não corresponde com seu verdadeiro estado. Alyssa esconde de James seus medos e frustrações sob uma carapaça de alguém que não se importa com nada.
Contudo, nos últimos episódios, a garota começa a dizer exatamente aquilo que pensa a James, demonstrando como os dois agora estão próximos e também como ela, finalmente, encontrou alguém em quem confia e pode se abrir sem medo.
Um último ponto interessante com relação à voz over é que em alguns momentos ela dá a entender que James e Alyssa estão comentando sua história de algum momento no futuro, já que eles falam sobre situações que, no momento da história, eles esperavam que terminassem de certa forma, mas, no momento da narração, confessam que tais situações terminaram de forma diferente.
F***ing Trilha Sonora
Confesso que a trilha sonora é um personagem à parte. Composta por Graham Coxon (co-fundador da banda Blur), ela está presente na maioria das cenas, contrastando-se ou comentando as ações.
Composta basicamente por músicas pop, country e rock dos anos 50 e 60, a seleção musical dá um ar nostálgico à história que se passa no presente.
Uma das melhores cenas de toda primeira temporada é quando Alyssa e James interagem com a trilha ao dançarem juntos uma canção. No vídeo abaixo, você pode conferir tanto o estilo das músicas quanto à questão das narrações, comentada no tópico acima.
Em resumo, apesar de todas as situações dramáticas, The End of the F***ing World é concebida como uma comédia de humor ácido e denso. É uma obra de contrastes. A leveza da trilha sonora x a intensidade de suas personagens. A beleza dos cenários x as situações horríveis pelas quais Alyssa e James passam.
Como os contrastes acima, The End of the F***ing World é uma série para amar ou odiar. As personalidades do casal principal podem incomodar alguns, bem como assuntos pesados como abuso e assassinato podem afastar outros. De qualquer forma, a atmosfera criada pela junção de todos os elementos (técnicas narrativas, fotografia, trilha sonoro, etc) e as atuações de Alex Lawther e Jessica Barden valem a tentativa.