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Críticas de Cinema

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Crítica de Cinema: A Culpa É das Estrelas (2014)

Diagnosticada com câncer, a adolescente Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley) se mantém viva graças a uma droga experimental. Após passar anos lutando com a doença, ela é forçada pelos pais a participar de um grupo de apoio cristão. Lá, conhece Augustus Waters (Ansel Elgort), um rapaz que também sofre com câncer. Os dois possuem visões muito diferentes de suas doenças: Hazel preocupa-se apenas com a dor que poderá causar aos outros, já Augustus sonha em deixar a sua própria marca no mundo. Apesar das diferenças, eles se apaixonam. Juntos, atravessam os principais conflitos da adolescência e do primeiro amor, enquanto lutam para se manter otimistas e fortes um para o outro.

Dizer que criei pouca expectativa para este filme seria uma grande hipocrisia da minha parte. Desde que li o livro pela primeira vez, em meados de 2013, comecei a fantasiar com uma adaptação para as telonas. Na época, não havia sido informado ainda que haveria um filme baseado na obra, então apenas imaginar como seria, era tudo o que restava.

Bom, sobre o livro vocês já sabem a minha opinião (leia a resenha aqui), e devo dizer que na época que li, era uma história em ascensão, que se espalhou rapidamente na boca do povo, uma ótima coisa aliás, mas criei um carinho especial pela obra assim como Hazel criou por Uma Aflição Imperial e uma pitada de ciúmes foi inevitável.

Meu livro favorito era, de longe, Uma aflição imperial, mas eu não gostava de falar dele. Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se tornar inteiro de novo a menos que, e até que, todos os seres humanos o leiam. E aí tem livros como Uma aflição imperial, do qual você não consegue falar — livros tão especiais e raros e seus que fazer propaganda da sua adoração por eles parece traição.

Agora, com relação ao filme, tenho apenas uma observação inicial a fazer: maior quantidade de pessoas chorando por metro quadrado já vista por mimtirando aquele pessoal nojento e fingido que ama fazer ceninha e se passar por reis do drama, o filme conseguiu cativar a todos que estavam assistindo, mesmo aqueles que se dizem não emotivos.

Hazel Grace Lancaster é uma paciente terminal com câncer na tireoide, originalmente, e com uma respeitável colônia satélite há muito tempo instalada nos pulmões, e por isso, é obrigada a carregar um cilindro portátil de oxigênio com uma cânula que vai até seu nariz, para que consiga receber a oxigenação suficiente.

Depois de sua mãe se convencer que está deprimida, a garota é obrigada a frequentar um grupo de apoio, com pessoas dos mais variados tipos de doenças, que se juntam no coração de Jesus, literalmente, em um porão da Igreja, para uma espécie de apoio mútuo. Hazel, obviamente, não gosta de ir, mas faz apenas para agradar seus pais, e é numa dessas idas, que ela conhece Augustus Waters, o Gus, que teve osteossarcoma há um ano e meio, o que acabou lhe levando uma de suas pernas.

Estou numa montanha-russa que só vai para cima, amigão.

Entre encaradas, piscadelas e sobrancelhas erguidas, começa essa cativante história entre duas pessoas extremamente improváveis, e cá entre nós, impossível de não shippar. A amizade, que se transforma em romance em pouquíssimo tempo, nos mostra o quão injusta a vida pode ser, e que apesar da maior quantidade de obstáculos que podemos encontrar em nossa jornada, sempre há um jeito de passar por cima de tudo, se tiver força de vontade.

De início, tudo parece ir as mil maravilhas. Filmes na casa do outro, livros trocados, interesses mútuos… Até mesmo uma viagem para Amsterdã, patrocinada pelos Gênios, uma organização que concede desejos a crianças com determinados tipos de doença, cujo principal objetivo era conseguir respostas acerca de Uma Aflição Imperial, livro preferido de Hazel, e que de certa forma, passou a ser o de Gus também.

namoro oficial começa na cidade de Peter Van Houten – autor do livro -, e apesar do objetivo oficial não ter saído da forma que esperavam, a viagem não poderia ter sido mais propícia e agradável para o casal, perdidamente apaixonado.

Foi no final da viagem, que a choradeira começou, apesar de muitos chorarem quando “The Fault In Our Stars” apareceu na grande tela, quando Gus revela que acendeu como uma árvore de Natal. Seu câncer, aparentemente erradicado, voltou e com uma grande força, comprometendo grande parte de seus órgãos vitais.

Não direi que o filme superou o livro, afinal as palavras de Green foram extremamente emocionantes, mas a fidelidade com que as informações foram retratadas superou todas as minhas expectativas. Uma película extremamente comovente, que nos faz pensar e repensar sobre tudo o que fazemos em vida e como agimos, capaz de provocar emoções extremamente fortes em noventa e nove por cento da sessão.

Shailene Woodley interpretou seu papel com maestria, e conseguiu ser a Hazel mais perfeita que poderíamos pedir, assim como Ansel Elgort, cuja contratação rendeu ódio de grande parte dos fãs, é o Augustus Waters em pessoa, e todos os meus medos de confusão entre Tris-Caleb-Hazel-Gus foram dissolvidos com essa magnífica interpretação.

O roteiro não deixa a desejar em ponto algum, utilizando as frases de efeito apontadas no livro assim como inúmeros diálogos inteiros, o que contribuiu em gênero, número e grau para a trama. E por último, mas não menos importante, a direção e fotografia, magníficas, contribuindo na íntegra para a formação de tudo o que nós imaginamos, como leitores.

Não tenho palavras para descrever mais a adaptação, senão elogios extremamente exagerados, apesar de merecidos, e indico a película para todos aqueles com um discernimento mental para entender as verdadeiras mensagens entrepostas a cada cena. Digno de todas as premiações possíveis, A Culpa É das Estrelas é uma adaptação que com toda certeza entrou para a história do cinema.

Trailer:

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Crítica de Cinema – Academia de Vampiros, O Beijo das Sombras

Esqueça tudo o que você aprendeu sobre vampiros – eles definitivamente não brilham à luz do sol, e vivem em uma sociedade bem mais complexa do que você imagina. Rose e Lissa sabem disso melhor do que ninguém. Lissa é a princesa de um clã muito importante de vampiros. Sua melhor amiga, Rose, é meio vampira, meio humana, e tem como missão se tornar guardiã de Lissa. Pressentindo que algo ruim vai acontecer, Rose decide que devem fugir. Elas passam dois anos assim, mas são encontradas e levadas de volta à escola de vampiros São Vladimir, onde terão que relembrar as causas de sua fuga e sofrer suas consequências. São paixões e vidas em jogo, traições e reviravoltas de tirar o fôlego, parte do mundo criado por Richelle Mead e povoado por personagens fortes e irresistíveis.

CONTÉM SPOILERS!

Bom galera, eu, sendo uma grande fã da saga Academia de Vampiros, não via a hora da adaptação de cinema ser lançada, mesmo tendo aquele medo de como iria ficar, enfim, confesso que esperava muito mais deste filme e me decepcionei bastante quando o assisti.

O filme começa com um flashback uma viajem de carro, cujo Lissa Dragomir, Rose Hathaway e a família de Lissa estão dentro, mas acaba acontecendo um imprevisto e com isso ocorre um acidente, que mata os pais e o irmão de Lissa.

Logo após este flashback, volta para os dias de hoje e mostra como Lissa e Rose estão vivendo, já que depois do acidente que quase as matou, começaram a ocorrer coisas estranhas, e para tentar acabar com isso, as duas resolvem fugir de São Vladimir, mais conhecida como Academia de Vampiros, um internato para Moroi e Dampiros estudarem e aprenderem a controlar suas habilidades.

Morois são os vampiros da Realeza, eles são inteiramente vampiros, bebem sangue, não podem ficar muito expostos a luz so sol, mas estão vivos. E eles tem poderes sobre os quatro elementos

Dampiros são os metade vampiros, metade humanos, que se alimentam tanto de sangue quanto de comida normal. São encarregados de proteger os Moroi dos Strigoi, uma raça de vampiros malignos que se alimentam de Morois.

O filme é narrado na perspectiva de Rose Hathaway, Dampira que está encarregada de cuidar de Vasilisa Dragomir – mais conhecida como Lissa, que é membro da realeza e além de ser apenas um membro, ela é uma Princesa, a última da linhagem Dragomir e a segunda na linha de sucessão ao trono.

Após um ano fugindo, os guardiões de São Vladimir as encontram e as levam de volta ao colégio, e é ai que a história realmente começa. Chegando na escola, Lissa e Rose se veem numa posição díficil. Lissa perdeu um ano de estudos, o que a prejudica na arte de se especializar em algum elemento ( Ar, Terra, Fogo ou Água) e Rose, que perdeu um ano de treinamento para lutas e batalhas, que a ajudaria na proteção dos Moroi.

Elas se encontram em um grande perigo quando voltam ao colégio, e coisas estranhas voltam a acontecer, e para conseguir supera-las, uma terá que ajudar a outra. Uma história envolvendo amor ( cada uma com o seu caso), mistério, suspense e drama.

Confesso que esperava BEM MAIS desta adaptação, fiquei bem decepcionada quando a assisti. A única que não deixou MUITO  a desejar foi Zoey Deutch, atriz que interpreta Rose Hathaway, ela seguiu certamente o que a personagem faz e sua atuação foi muito boa no contexto, já Lucy Fry, atriz que interpreta Lissa Dragomir, senti que ela poderia entrar um pouco mais no papel, no livro ela é uma garota que está passando por muitos problemas, algumas horas é fraca mas em outras é muito forte, e ela não conseguiu passar isto neste filme.

Por outro lado,  Danila Kozlovskyator que interpreta Dimitri Belikov, conseguiu entrar no papel e passar a imagem que nosso querido Dimitri passa nos livros, apenas achei que ele não foi muito explorado neste filme, o que foi um ponto ruim.

Na minha opinião, um livro de mais de 300 páginas teria que ter mais do que 1 hora e 44 minutos de filme, para pelo menos tentar passar a história nem que seja um pouco mais parecida com o livro. Enfim, é uma adaptação, e não podemos esperar muito de adaptações… Mas confesso que fiquei bem chateada com esta, achei que seria mais parecida com o livro e não foi. Senti falta de partes cruciais da história que poderiam ter sido colocadas neste filme.

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Crítica de Cinema: Divergente

Na futurística Chicago, quando a adolescente Beatrice completa 16 anos ela tem que escolher entre as diferentes facções que a cidade está dividida. Elas são cinco, e cada uma representa um valor diferente, como honestidade, generosidade, coragem e outros. Beatrice surpreende a todos e até a si mesma quando decide pela facção dos destemidos, escolhendo uma diferente da família, e tendo que abandonar o lar. Ao entrar para a Dauntless, ela torna-se Tris e vai enfrentar uma jornada para afastar seus medos e descobrir quem é de verdade. Além disso, Tris conhece Four, um rapaz mais experiente na facção que ela, e que consegue intrigá-la e encantá-la ao mesmo tempo.

Imaginem só a expectativa que eu estava para assistir a esta adaptação, que venho esperando desde 2012, quando li a obra pela primeira vez. Eram grandes. E foram superadas.

O filme começa explicando sobre o sistema de facções e sobre como cada um deles foi organizado, simples assim, sem rodeios, diretamente, e vai avançando na história que a maioria já conhece, e evoluindo, assim como a protagonista Beatrice.

Beatrice Prior, nasceu na Abnegação e este ano deve fazer sua escolha, isto é, decidir se quer continuar na facção em que nasceu ou se transferir para outra. Uma vez feita a escolha, é sem volta. Facção antes de sangue. Visando ajudar todos os jovens, que assim como ela estão tremendamente indecisos sobre quem são, é aplicado um teste de aptidão, que consiste em uma série de simulações e que por fim, mostra qual facção você mais se encaixa. É neste dia que o filme começa, mostrando como a personagem está terrificada e indecisa. O teste é aplicado mas não funciona na garota. Os resultados são inconclusivos, ela é uma Divergente.

Sem saber muito sobre o que é, deve fazer as escolhas por si própria, e escolhe se transferir: Audácia. É um momento emocionante na película, quando vemos a transferência dela e de seu irmão, Caleb. A reação dos seus pais é colocada em close, o que nos permite sentir exatamente o que estão sentindo, uma mistura de confusão, alegria, realização, desgosto…

É então que começam os primeiros desafios, a iniciação. Não são todos que continuarão nesta facção, eles escolheram a Audácia, agora a Audácia os escolhem. Os limites físicos e mentais de cada um dos iniciados é posto em xeque, visando chegar cada vez mais longe, e eles vão, muito longe.

Beatrice se vê, de repente, rodeada de amigos e inimigos. Ameaçada pela facção que deveria proteger. A morte é certa para todos aqueles que são Divergentes como ela… E a guerra começa, sob o efeito de um soro neurotransmissor de simulação, todos os membros da facção protetora são postos sob o controle da Erudição, e então partem para uma guerra contra a Abnegação, um verdadeiro massacre, um martírio.

O filme consegue prender todos aqueles que assistem do começo ao fim, como um clímax interminável, contando com uma trilha sonora impecável e que garante ainda mais a aflição dos expectadores e a torcida pelas personagens, sim, gritei em inúmeras cenas que cheguei em casa quase sem voz, aplaudi de pé, chorei demais, ah, chorei…

Muitas partes que não estavam no livro, foram acrescentadas e com extrema maestria, que arrancou suspiros de todos aqueles que já leram a série e achavam que podiam prever tudo o que acontece e, para uma adaptação cinematográfica, está mais que perfeita, senão a mais perfeita que já assisti, com fácil entendimento do enredo para quem não conhece e inúmeras surpresas para quem acha que pode prever tudo o que acontece.

E, para todos aqueles que acham que os personagens cortados fizeram falta, me condenem, mas para mim, não. A película foi regida com solidez extrema e contou inclusive com a participação da autora, Veronica Roth que arrancou suspiros de raiva principalmente dos fãs que estavam perto de mim. Os atores estão de parabéns, Shailene, com sua esplendorosa atuação camaleão e Theo, que causou dúvida de muitos no princípio, é o Tobias escrito!

Para mim, não deixou a desejar em nada, inclusive assisti ao filme dublado, já que não veio legendado para minha cidade na estreia, e a dublagem está muito boa, salvo as vozes de alguns personagens e a pronúncia do nome Caleb, que causava um soco no meu estômago cada vez que eu ouvia. Mas, foi uma adaptação magnífica, em todos os aspectos. Totalmente recomendável!

Leia nossa resenha de Divergente, Insurgente e Convergente (Allegiant).

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Crítica de Cinema: Frozen – Uma Aventura Congelante

Elsa, filha mais velha do rei e da rainha de Arendelle, nasceu com a capacidade mágica de criar gelo e neve. Um dia, enquanto brincava com a irmã Anna, ela acidentalmente a machuca. Então Elsa esconde-se de todos para aprender a controlar seus poderes até o dia de sua coroação. Após acidentalmente condenar o reino a um inverno eterno, ela foge e auto-exila-se num castelo de gelo. Agora cabe a Anna e Kristoff, um destemido homem da montanha, partirem numa jornada para trazerem Elsa de volta a Arendelle e reverterem o inverno em verão.

Elsa e Anna são as duas filhas dos reis de um país chamado Arendelle, a primogênita e a caçula, respectivamente. A mais velha, possui poderes especiais, relacionados ao gelo, isto é, além de poder manipulá-lo, tudo o que toca, é instantaneamente congelado.

Enquanto ambas são crianças, são extremamente unidas e até tiram proveito do poder especial da irmã para brincarem na neve, quando um terrível acidente acontece com Anna, causado por Elsa, o que causa a preocupação obvia dos pais, que passam então, a fechar as portas do castelo e a manter poucos empregados, deixando a filha afastada e isolada em seu próprio quarto para que aprendesse a tentar controlar seus poderes.

Você quer brincar na neve?
Um boneco quer fazer?

Chega então o dia da coroação de Elsa, após a morte de seus pais, e finalmente as irmãs se reencontrarão após muitos anos. Tudo parece correr bem, na medida do possível, mas em um deslize, a nova rainha revela seus poderes ao mundo e assim, condena todo o país a um inverno eterno e extremamente rigoroso, acidentalmente.

É neste ponto que começa a desenvolver a trama cativante deste novo longa da Disney, já que Elsa, após seu feito, causa medo em todos os cidadãos e é obrigada a se exilar nas montanhas para tentar controlar seus poderes, e chega até mesmo a construir um castelo de gelo para si mesma. Mas é claro que Anna, com todo o amor que sente pela irmã, não a deixou partir sozinha, e logo correu atrás, passando por grandes aventuras em baixíssimas temperaturas que poderiam custar até mesmo sua vida.

Em meio a aventura, vemos como Anna reage aos mais diversos contratempos que aparecem em sua vida, além dos novos amigos que faz, um homem vendedor de gelo chamado Kristoff e sua rena companheira Sven e, posteriormente, Olaf, um boneco de neve com vida, que passa então a roubar maior parte das cenas, com seu bom humor contagiante e sua capacidade de sempre ver o lado bom das coisas.

Sabemos que a Disney está investindo em uma nova série de princesas, inciada com Rapunzel em Enrolados e Mérida em Valente, que está conquistando não só a nova geração de crianças mas também adultos que prestigiavam as antigas gerações de princesas, fato que não mudou com as duas novas princesas apresentadas em Frozen, Elsa e Anna.

O filme, musical em muitas partes, conseguiu prender a minha atenção e de todas as pessoas – das mais variadas idades – que assistiram ao filme comigo, trabalhando diversos temas como amizade, traição, ilusão e o mais importante de todos, o amor verdadeiro que pode aquecer o coração.

Possui um desfecho impecável com um ar de “e viveram felizes para sempre” como nos contos de fadas e portanto, recomendo para todos que já se encantaram um dia pelos filmes da Disney e que se perderam nas vielas emocionais que só essas animações conseguem fazer. É um filme extremamente tocante e com certeza, merece cinco estrelas!

Veja o clipe de Let It Go, música de Demi Lovato, feita exclusivamente para o filme:

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Crítica de Cinema: Até que a Sorte nos Separe 2

Juntos novamente, Tino e Jane mais uma vez estão em dificuldades financeiras. O saldo bancário do casal é salvo graças ao inesperado falecimento de tio Olavinho, que deixou para eles uma herança de R$ 50 milhões. Como o último desejo do tio foi que suas cinzas sejam jogadas no Grand Canyon, Tino e família aproveitam a viagem para dar uma esticada até Las Vegas.

Após ficarem ricos na mega-sena da virada, no filme anterior, Tino e Jane vivem esbanjando dinheiro em tudo o que podem e não podem, e acabam por perder tudo e a voltar para a vida na classe média-baixa, como era no início do casamento.

Neste segundo filme, após algum tempo sem nenhum dinheiro no bolso, Tino e Jane passam a enfrentar sérias dificuldades, tais como o corte da água, da luz e de outras coisas essenciais para o dia-a-dia, o que faz a mulher, mais responsável que o marido, colocar a venda o apartamento em que vivem, para tentar reverter pelo menos uma parte da situação em que se encontram.

É então, que ambos são surpresos por uma herança, no valor de 50 milhões de reais, vindas do tio de Jane, Olavinho. No entanto, o falecido em uma das cláusulas de seu testamento, deixa claro que deseja ter suas cinzas jogadas do Grand Canyon por alguém que realmente o amou em vida.

Tino e sua família, visando realizar o último pedido do tio que lhes cedeu tamanha herança, vão passar férias em Las Vegas, onde ele aproveita para marcar um novo casamento com Jane, em grande estilo, e é claro, sem nenhum cuidado, esbanjando dinheiro mais uma vez.

Entorpecido pelos cassinos do lugar, Tino se embebeda e acaba por passar a noite apostando em jogos de pôquer, juntamente com a classe alta do local, e esquece até mesmo do casamento com Jane, que havia sido marcado na véspera e, como não podia ser diferente, perde toda a herança garantida anteriormente e ainda fica devendo para a máfia mexicana!

Entre os inúmeros contratempos que o filme apresenta, acabamos por rir descontroladamente  a película toda, com a atuação intacta de Leandro Hassum e Camila Morgado, que atuou mil vezes melhor no papel de Jane, que a atriz apresentada no filme anterior, aliás, esta continuação, no quesito comédia, rende mais risadas, chegando a contagiar toda a sala do cinema até mesmo no final, quando os espectadores tendem a se surpreender com as cenas extras e, na minha sessão, alguns chegaram até mesmo a parar na escada para dar mais algumas risadas e não perder nenhum minuto.

Com a participação especial do grande ídolo dos brasileiros, Anderson Silva, é um filme recomendado para qualquer idade, já que a maioria das piadas são de entendimento unânime e chegam a divertir qualquer tipo de pessoa.

Trailer

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Crítica de Cinema: Ender's Game – O Jogo do Exterminador

Em um futuro próximo, extraterrestres hostis atacaram a Terra. Com muita dificuldade, o combate foi vencido, graças ao heroísmo do comandante Mazer Rackham. Desde então, o respeitado coronel Graff e as forças militares terrestres treinam as crianças mais talentosas do planeta desde pequenas, no intuito de prepará-las para um próximo ataque. Ender Wiggin, um garoto tímido e brilhante, é selecionado para fazer parte da elite. Na Escola da Guerra, ele aprende rapidamente a controlar as técnicas de combate, por causa de seu formidável senso de estratégia. Não demora para Graff considerá-lo a maior esperança das forças humanas. Falta apenas um treinamento com o grande Mazer Rackham, e depois garoto estará pronto para a batalha épica que decidirá o futuro da Terra e da humanidade.

CONTÉM SPOILERS!

Confesso que quando assisti ao trailer desse filme pela primeira vez, fiquei curioso para vê-lo na íntegra. Não lembro quais filmes que exibiram o trailer, mas sei que vi mais de uma vez nos cinemas. Não li o livro que deu origem ao filme e, apesar de já estar na minha lista, darei apenas minha opinião baseada no filme.

Bom, com uma pegada de ficção científica futurística, o filme conta a história de Ender Wiggin, um garoto que fora selecionado pelas forças militares para ser treinado devido ao seu exímio talento desde pequeno, assim como muitas crianças, para que possam estar preparados para um ataque futuro.

Ender se destaca em todas as técnicas ensinadas a ele, e possui um senso de estratégia inigualável pois consegue pensar como um Formic, a raça alienígena hostil que ataca o planeta. Não demora muito até que os seus superiores passem a considerá-lo como a única esperança que a raça humana possui, na batalha final que decidirá o futuro de toda a humanidade.

Possui um enredo incrível, que consiste em focar não nos momentos de clímax e ação fantásticos como é esperado, mas sim no crescimento pessoal das personagens que estão envolvidas com a história principal, além dos efeitos especiais totalmente realísticos em que muitas vezes, parece que estamos dentro da própria roupa de batalha de Ender. Um outro fato que contribuiu bastante para isso, é exibir a câmera no foco de visão principal dele, juntamente com o som de sua respiração. É um efeito formidável que com toda certeza fez o filme ficar tão especial para aquele que está assistindo.

O final pode decepcionar os que estão esperando uma história surreal de superação comum em ficções científicas, mas também não deixa a desejar em nenhum aspecto com relação ao enredo e ao enfoque que o filme dá ao crescimento de cada personagem. Indico para os que, como eu, gostam da mistura entre ficção científica e o verdadeiro eu que cada um possui, superando seus desafios através das vitórias e dos fracassos.

Críticas de Cinema

Crítica de Cinema: Carrie – A Estranha

Carrie retrata um grande desastre ocorrido na cidade americana de Chamberlain, Maine, destruída pela jovem Carietta White. Nos anos anteriores à tragédia, a adolescente foi oprimida pela sua mãe, Margaret, uma fanática religiosa. Além dos maus tratos em casa, Carrie também sofria com o abuso dos colegas de escola, que nunca compreenderam sua aparência, nem seu comportamento. Um dia, quando a jovem menstrua pela primeira, ela se desespera e acredita esta morrendo, por nunca ter conversado sobre o tema em casa. Mais uma vez, ela é ridicularizada pelas garotas do colégio. Aos poucos, ela descobre que possui estranhos poderes telecinéticos, que se manifestam durante sua festa de formatura, quando os jovens mais populares da escola humilham Carrie diante de todos.

CONTÉM SPOILERS!

Não assisti à nenhuma das outras adaptações de Carrie, nem tampouco li a obra de Stephen King que deu origem aos filmes, mas confesso que me interessei bastante pela história e portanto, a resenha é inteiramente baseada apenas no que vi neste filme.

O filme mostra a história da jovem Carietta White, em um cenário atual, que é considerada um tanto quanto estranha pelos colegas de classe que não compreendem seu comportamento e sua aparência. Filha de uma religiosa fanática que acredita que a filha era um câncer e fruto de um pecado, a jovem Carrie é totalmente oprimida em relação aos diálogos e atos.

O epicentro acontece quando Carrie, desinformada, tem sua primeira menstruação e acredita que está morrendo. Suas companheiras de classe, as meninas populares do colégio, se aproveitam da situação, filmam a adolescente totalmente vulnerável e postam na internet.

Depois disso, a maioria das meninas se arrepende do feito, após um sermão dado pela professora de ginástica e, uma delas faz seu namorado levar Carrie ao baile, para que assim ela possa se redimir e a garota possa ter uma noite de princesa.

No entanto, não foram todas que se arrependeram. A adolescente Chris, suspensa do baile final por não cooperar com a detenção pelo o que fez com Carrie, passa a armar para destruir a noite mais especial da vida da garota.

É nesse contexto que Carrie descobre seu poder de telecinese, e se vinga de todos que um dia a fizeram sofrer, em um final totalmente surpreendente e de certo modo, perturbador.

O enredo do filme, para mim, foi muito bem planejado e desconheço sua relação ou fidelidade com a obra literária. A fotografia está muito boa assim como o elenco, dando principal destaque ao Ansel Elgort, cuja atuação eu jamais tinha visto “ao vivo,” apesar de conhecer suas escalas futuras como Gus e Caleb nas adaptações cinematográficas de “A Culpa é das Estrelas” e “Divergente”.

Não recomendo o filme para crianças ou pessoas que não sejam fãs das histórias fantásticas com finais dramáticos e totalmente inesperados, conjugado com mortes e muito sangue, apesar de não fazer o gênero thriller. Pretendo assistir às outras adaptações e ler o livro, para desvendar algumas dúvidas que esta adaptação deixou.

Críticas de Cinema, Resenhas

Resenha: Bling Ring, A Gangue de Hollywood, Nancy Jo Sales + Documentário de Sofia Coppola

Entre 2008 e 2009, as residências de Lindsay Lohan, Orlando Bloom, Paris Hilton e diversas outras celebridades foram invadidas e saqueadas. Os ladrões, um grupo de jovens criados em um endinheirado subúrbio de Los Angeles, levaram o equivalente a 3 milhões de dólares em joias, dinheiro e artigos de grife, como relógios Rolex, bolsas Louis Vuitton, perfumes Chanel e jaquetas Diane von Furstenberg. As notícias surpreendentes sobre o caso chocaram Hollywood e intrigaram o mundo. Por que esses garotos, que em nada correspondiam à tradicional imagem dos bandidos, realizaram crimes tão ousados?

A jornalista Nancy Jo Sales entrevistou todos os envolvidos, incluindo os pais e os advogados dos jovens, e até mesmo as celebridades que sofreram os assaltos. Em Bling Ring: a gangue de Hollywood, ela apresenta todos os detalhes de uma das quadrilhas mais audaciosas de nossos tempos. A história real também inspirou o filme de Sofia Coppola, estrelado por Emma Watson.

Quando fiquei sabendo do lançamento deste livro na turnê da Intrínseca, logo me interessei pela história mas, até aquele momento, eu achava que era tudo ficcional. Pesquisei um pouco, e descobri que tudo tinha acontecido de verdade, não era apenas ficção. Então, antes de comprar o livro, procurei saber um pouco mais desse caso, li documentos dos julgamentos da época, vídeos, entrevistas, e até conversei com um dos envolvidos.

Consegui contato com outros membros, mas não conversei. Aliás, não conversei com nenhum deles, coisas relacionadas ao caso, apenas sobre suas vidas pessoais, tudo o que eu sei, foi pesquisando.

CONTÉM SPOILERS!

Bom, Nick Prugo, era um garoto que não gostava de sua imagem e tinha sérios problemas de auto estima. Quando ele muda para a escola Indian Hills, na Califórnia, ele conhece Rachel Lee e sua melhor amiga Diana Tamayo. Na época, ambas já possuíam passagem na polícia por roubo de produtos da Sephora. Pouco tempo depois, o trio conhece Courtney Ames, e Nick conhece as irmãs Tess Taylor e Alexis Neiers (não são irmãs de verdade), participantes de um reality show, Pretty Wild.

Nick e Rachel se tornam melhores amigos. Ela apresenta à ele, a maconha e a cocaína, primeiramente e saem juntos todas as noites para checar os carros, um procedimento em que eles saíam pela sua rica vizinhança, Calabasas, checando as portas dos carros para ver quais estavam abertas e pegar algum dinheiro ou qualquer coisa interessante que encontravam, para comprar bebida, roupas e poder viver luxuosamente, como as celebridades.

Um dia, um amigo próximo de Nick, estava viajando. Foi a primeira casa que roubaram. E não parou por aí: após frequentarem sites como TMZ, Celebrity Address Aerial, eles passaram a descobrir mais sobre a vida das celebridades e quando estavam ausentes de suas residências. Paris Hilton foi a primeira vítima, e não foi a última. E essa, nem tampouco foi a última vez que a roubaram.

Personalidades como Linday Lohan, Orlando Bloom e Audrina Patridge tiveram muitos itens roubados. Nick e Rachel se vangloriavam nas festas que frequentavam, dos roubos que faziam. E assim, começaram a ter a vida de famoso que sempre sonhavam. O grupo passou a agir em bando, então.

A história é totalmente fascinante, e eu realmente me empolguei escrevendo o resumo acima, que contém spoilers não intencionais. O livro, passa a maior parte, refletindo acerca do comportamento deles, e conta pouca coisa, do caso real. É uma ótima introdução para você que se interessou pelo bando, e pelas suas ações, afinal, que adolescente não sonha em ter o guarda roupa da Paris Hilton ou os rolexes do Orlando Bloom?

Com relação ao filme da Sofia Coppola, foi produzido, ao meu ver, como se fosse ficcional. Não parece um documentário, e uma pessoa desinformada do assunto, pode achar totalmente desconexo com a realidade. É muito bom, apesar de apresentar um Nick Prugo (Marc, no filme), como homossexual assumido, coisa que não coincide com a realidade. Nick sempre foi muito reservado com relação a isso.

Diana Tamayo não aparece retratada no filme por um motivo desconhecido. O filme gira em torno de Emma Watson (interpretou a Alexis, da vida real, Nicki, no filme), o que era uma coisa óbvia, mas a história central, gira em torno de Nick e Rachel. No entanto, apesar de tudo isso, sou viciado no filme e viciado no caso. Não pelo o que eles fizeram, mas pelos princípios que fizeram a gangue chegar até determinado ponto. Totalmente indicado, livro e filme.

Críticas de Cinema

Crítica de Cinema: Jogos Vorazes – Em Chamas

Jogos Vorazes – Em Chamas começa com Katniss Everdeen retornando para casa em segurança após vencer a 74ª edição do reality show junto com seu colega Peeta Mellark. Mas ganhar também significa perder, e eles terão que dar meia volta e deixar suas famílias e seus amigos para embarcar no Tour da Vitória através dos distritos. Ao longo do caminho, Katniss sente que uma rebelião está se formando, mas o presidente Snow ainda mantém controle sob o Capitol enquanto organiza a 75ª edição anual dos Jogos Vorazes, a competição que pode mudar Panem para sempre.

CONTÉM SPOILERS!

Desde que li a saga Jogos Vorazes, eu estava receoso acerca das adaptações cinematográficas. Jogos Vorazes, o primeiro filme, foi bastante fiel ao meu ver, com relação ao livro, apesar da exclusão de algumas cenas que eu gostava bastante, como a entrega do tordo à Katniss, feita por Madge, e os Avox, que tiveram pouquíssimo espaço nos filmes, além do baixo orçamento, que não proporcionou efeitos especiais dos melhores.

Com a troca de diretor e roteirista para o segundo filme da saga, Em Chamas, o frio na barriga foi inevitável. Estava ansioso pelo segundo filme, ao mesmo tempo que tinha receio de que estragassem tudo.

Após vencer os Jogos Vorazes, juntamente com Peeta Mellark, por quem declarou amor na arena, Katniss Everdeen se tornou um símbolo de rebelião em Panem. Voltou ao seu distrito, ao seu conforto na nova casa, mas os Jogos nunca acabam realmente. O presidente Snow, não está convencido com relação ao seu amor à Peeta, nem tampouco grande parte de Panem, que interpretou o episódio com as amoras cadeado como um ato de rebelião.

Aim higher in case you fall short… Convince me.

Katniss precisa convencer toda Panem, que seu amor por Peeta é real. Mas ainda há Gale, e seu amor por ele não é nada discreto, nem mesmo para Peeta.

Ao embarcar no trem, para a Turnê da Vitória, Katniss percebe que está cada vez mais difícil aguentar tudo isso, e apaziguar as rebeliões que estão ocorrendo no país. É então, que o Massacre Quartenário é anunciado: uma edição especial dos Jogos Vorazes, com tributos vencedores. Katniss voltará para a arena.

Nesse momento, é possível sentir toda a tensão da personagem, exatamente como é sentido quando se lê o livro. Jennifer Lawrence e sua atuação esplêndida, que merece um Oscar, conseguiu entrar na pele da personagem com toda certeza. Assisti o filme com duas primas minhas, que não haviam lido o livro até então, e elas conseguiram sentir toda a tensão, de cada cena, os sentimentos da personagem e até mesmo a voz ameaçadora de Snow.

Then I get it, what it means. At least, for me. District 12 only has three existing victors to choose from. Two male. One female… I am going back to the arena. 

Choramos juntos quando Cinna foi assassinado, e quando Mags entrou na névoa. Francis Lawrence, para mim, está de parabéns pelo filme, assim como a autora, Suzanne Collins, que deu uma continuidade totalmente plausível e não repetitiva para a saga.

O filme foi projetado exatamente ao gosto dos leitores, os tributos da saga, porque a fidelidade foi uma coisa incrível, jamais vista por mim em nenhum outro filme. (Deviam emprestar Francis Lawrence para Percy Jackson).

Pode haver divergências, mas ao meu ver, Em Chamas foi o filme do ano e digno de todas indicações e premiações do Oscar.

 (6/5)