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O que significa sonhar com gravidez?
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O que significa sonhar com gravidez?

Os sonhos são janelas para nosso inconsciente, frequentemente transmitindo mensagens através de simbolismos complexos. Sonhar com gravidez é um tema recorrente que pode evocar uma série de emoções e reflexões. Interpretar esses sonhos pode lançar luz sobre seus significados pessoais. Vejamos algumas interpretações comuns de forma geral:

+ Sonhar com dente: O que significa

Sonhar com gravidez:

Sonhar com gravidez frequentemente simboliza um período de renovação em sua vida. Assim como a gravidez marca o início da vida de um novo ser, esses sonhos podem indicar que você está pronto para abraçar oportunidades e desafios. A gravidez é um símbolo de crescimento e mudança. Esse sonho pode refletir um processo de autodescoberta e desenvolvimento pessoal. É um sinal de que você está passando por uma fase de transformação.

Sonhar com amiga ou alguém próxima grávida:

Sonhar com alguém próximo grávida também pode expressar preocupações ou cuidado pela saúde e bem-estar dessa pessoa. É uma manifestação de sua conexão emocional com ela.

Sonhar com perda do bebê:

Esse sonho pode refletir ansiedades sobre a possibilidade de perder algo valioso em sua vida ou o medo de não alcançar um objetivo importante. Perder uma gravidez em sonhos pode representar a necessidade de cuidado e proteção em relação a algo que é precioso para você.

Sonhar com gravidez indesejada:

Sonhar com gravidez indesejada pode ser um chamado para avaliar a direção que sua vida está tomando e considerar cuidadosamente as decisões a serem tomadas. Esse tipo de sonho pode indicar um medo de compromissos não desejados ou responsabilidades que você não se sente preparado para enfrentar.

Sonhar com homem grávido:

Esse sonho pode ser uma metáfora para mudanças significativas ou novas responsabilidades em sua vida. Pode representar a necessidade de enfrentar algo inesperado.

Sonho com gravidez na Bíblia:

A gravidez na Bíblia também pode simbolizar a fertilidade espiritual, renovação e crescimento espiritual. Esses sonhos podem ser interpretados como mensagens espirituais, indicando promessas divinas, bênçãos ou propósitos a serem cumpridos.

Em resumo, sonhar com gravidez pode ter diversos significados, dependendo do contexto pessoal de cada um. É importante considerar as emoções envolvidas no sonho e o contexto da vida para obter uma interpretação mais precisa. Sempre vale a pena refletir sobre esses sonhos e o que eles podem estar tentando comunicar sobre sua jornada pessoal.

Saiba mais sobre a ansiedade, transtorno que afeta milhões de brasileiros
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Atualizações

Saiba mais sobre a ansiedade, transtorno que afeta milhões de brasileiros

O distúrbio de ansiedade é uma questão de saúde pública no Brasil. Para se ter uma ideia da dimensão do problema, em 2019, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), o país apresentava 18,6 milhões de pessoas (quase 10% da população) sofrendo com esse transtorno, o que o colocava naquele momento em primeiro lugar no ranking das nações mais ansiosas.

+ Ansiedade: mal do século ou mal da nova geração?

Justamente por isso, faz-se necessário conhecer mais sobre o tema. Médica especializada em saúde mental, com foco em ansiedade e depressão, Dra. Tamires Cruz explica que a ansiedade é um fenômeno natural. “Quando o cérebro detecta o perigo, ele envia sinais de alarme ao corpo, que reage conforme o aviso.”, explica. Dessa forma, segundo ela, sentir-se um pouco ansioso ao enfrentar grandes eventos da vida é normal.

Quando esses sentimentos de preocupação persistem, mesmo quando tudo está sob controle, o que é natural torna-se patológico. Caracteriza-se dessa forma o transtorno de ansiedade, que pode acarretar diversos problemas de ordem emocional”, diz a médica. Segundo Dra. Tamires, quem sofre do distúrbio costuma apresentar autoestima e autoconfiança muito baixas, pois fica com a mente cheia de pensamentos negativos sobre seu valor e suas habilidades. Além disso, conforme a médica, a tensão constante pode causar dores de cabeça e tensão muscular.

Como muitas questões de saúde mental, a ansiedade vem carregada de estigma social. Segundo a médica, porque não acreditam que os outros entenderão o que estão sentindo, porque se preocupam com o fato de serem julgados e de serem vistos como fracos, as pessoas ansiosas muitas vezes optam por não falar sobre suas preocupações, o que acaba agravando a situação. “Assim, quem sofre com o transtorno se culpa pelo modo como se sente e passa também a apresentar sinais depressivos”, ressalta.

Conforme Dra. Tamires, embora ainda não exista cura, os tratamentos disponíveis podem ajudar quem sofre com o transtorno a se sentir melhor. Não obstante, é preciso que o paciente procure ajuda profissional quando apresentar sintomas. O problema é que falta conhecimento a respeito do assunto. “Por isso a necessidade da difusão de um maior número de informações sobre o distúrbio de ansiedade, para a pessoa ter uma melhor compreensão do que está enfrentando”, diz a médica.

Tipos de ansiedade

Por exemplo, segundo Dra. Tamires, muitos não sabem, mas o distúrbio de ansiedade não acomete todos da mesma forma. Há vários tipos, tais como: o transtorno da ansiedade generalizada (TAG); transtorno do pânico; transtorno da ansiedade social; fobias; transtorno obsessivo compulsivo (TOC); transtorno de estresse pós-traumático (TEPT); e transtorno de ansiedade de separação.

O transtorno de ansiedade geral (TAG), por exemplo, caracteriza-se por preocupação e medo duradouros em razão de diversas situações e acontecimentos. “Os sentimentos ocasionados por essas preocupações se tornam irreais, o que pode afetar o desempenho de quem sofre de TAG em seus esforços diários, devido à incapacidade de controle”, explica Dra. Tamires. Conforme a médica, os sintomas sãos os mesmos da ansiedade comum (dores de cabeça e estômago, irritabilidade, inquietação, fadiga, falta de concentração sudorese, dificuldade para dormir, sensação de destruição constante e iminente) porém mais crônicos e graves.

O transtorno do pânico distingue-se por seus ataques de intenso medo, que podem incluir, entre outros sintomas: tremores, palpitações cardíacas, falta de ar, medo de perder o controle, formigamento, e medo extremo da morte e desgraça iminente. “Os ataques surgem repentinamente e atingem o nível de pânico em minutos, podendo durar horas”, explica Dra. Tamires. Segundo a médica, aqueles que sofrem do transtorno costumam evitar certos lugares, pessoas e situações por medo de que possam desencadear um ataque de pânico.

Evitar a socialização, pelo medo de julgamentos negativos e embaraços públicos é ação mais comum de quem sofre de transtorno de ansiedade social. Dra. Tamires relata que indivíduos que apresentam esse quadro, quando se encontram em situações em que são forçados a interagir com outras pessoas, começam a sentir sintomas físicos extremos de desconforto, como aumento da frequência cardíaca, náusea, tontura e sudorese. “Para ser diagnosticado com esse tipo de transtorno, a pessoa deve apresentar esses sintomas a maior parte do tempo, por pelo menos seis meses”, diz.

As fobias são um sentimento irracional de medo de algo ou de uma situação específica. Existem diversos tipos de fobias, de altura, de aranhas, de voar, de lugares apertados, de multidões etc. Segundo Dra. Tamires, pessoas com fobias tentam ao máximo driblar esses objetos ou situações a fim de evitar ataques de pânico desencadeados por esses medos irracionais, que podem ser incontroláveis. “Para receber o diagnóstico da doença, o medo deve impactar negativamente o cotidiano da pessoa, sendo sentido de maneira excessiva e persistente por pelo menos seis meses”, afirma.

Quem sofre de transtorno obsessivo compulsivo (TOC) apresenta pensamentos ou ações angustiantes e repetitivas, que não conseguem ser evitadas, por mais que se saiba que se trata de uma reação irracional. Conforme Dra. Tamires, indivíduos com TOC buscam justificar suas ações com sentimentos supersticiosos, como, por exemplo, limpar obsessivamente itens pessoais, andar no mesmo padrão, lavar as mãos constantemente, e verificar inúmeras vezes o mesmo objeto, como fogões a gás e interruptores de luz.

O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é um distúrbio de ansiedade que, geralmente, decorre de uma experiência anterior em que houve risco de perder a vida. Segundo Dra. Tamires, os ataques de pânico do TEPT costumam acontecer quando as pessoas são confrontadas com um fator desencadeante que remete ao evento traumático.  “Esse quadro, muitas vezes está associado a homens e mulheres que servem ou serviram nas forças armadas, mas pode afetar qualquer pessoa que tenha passada por uma situação de quase morte”, comenta.

Por fim, o transtorno de ansiedade de separação apresenta-se como uma intensa exibição de pânico quando a pessoa experimenta um afastamento de alguém, lugar ou objeto. Conforme Dra. Tamires, os sintomas deste distúrbio são tipicamente observados em crianças pequenas quando separadas das mães ou dos principais cuidadores.

Resenha: Caro Dr Freud, Gilson Iannini (Org.)
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Resenha: Caro Dr Freud, Gilson Iannini (Org.)

Caro Dr Freud é um livro que me foi indicado por um perfil de psicanalistas que sigo nas redes sociais. Desde que terminei a formação, me interesso pela temática da sexualidade humana e esse livro, cai como uma luva de reflexões, ensinamentos e comentários sobre o assunto, todos baseados no que Freud disse em uma carta, escrita no século passado, mas que poderia facilmente ser dos dias de hoje.

+ Resenha: Além do princípio de prazer, Sigmund Freud

Vamos contextualizar: Sigmund Freud é o pai da psicanálise e certa vez, recebeu uma carta de uma mãe desesperada pelo filho ser homossexual. Ela gostaria de saber se a psicanálise poderia cura-lo. Freud, muito solícito, respondeu à mãe que a homossexualidade não era uma vantagem, mas também não era algo para se envergonhar, tampouco um vício ou uma degradação e que a psicanálise nada poderia fazer no sentido de “curar”, mas sim, no sentido de faze-lo viver uma vida mais plena.

Com isso, grandes psicanalistas da nossa atualidade, organizaram o Caro Dr Freud, um coletivo de cartas que respondem a essa carta de Freud. Alguns contam histórias pessoais, outros fingem ser a mãe, outros imaginam que na verdade, quem escreveu a carta foi o filho no lugar da mãe… Só para você ter uma ideia, os nomes do livro são ninguém mais, ninguém menos que: Acyr Maya, Adilson José Moreira, Antonio Quinet, Beatriz Santos, Berenice Bento, Carla Rodrigues, Christian Dunker, Ernâni Chaves, Fernanda Otoni Brisset, Gilson Iannini, Guacira Lopes Louro, Letícia Lanz, Lucas Charafeddine Bulamah, Marcelo Veras, Marcia Tiburi, Marco Antonio Coutinho Jorge, Marco Aurélio Máximo prado, Marcus André Vieira, Pedro Ambra, Richard Miskolci, Sarug Dagir, Serena Rodrigues, Tales Ab’Sáber e Thamy Ayouch. Nem preciso dizer que a leitura desse livro é quase uma pós-graduação, né?

Brincadeiras a parte, Caro Dr Freud nos traz histórias reais permeadas por teorias, descontentamentos, alegrias, tristezas e desejos. Mesmo para quem não é da área, vale muito a leitura, porque não é difícil. Tem passagens que são mais desafiadoras, partes que precisamos ler e reler, mas a essência de tudo o que é ensinado fica. Aprendemos teorias de como (possivelmente) a sexualidade surge, de acordo com a psicanálise, conhecemos e percebemos a luta que ainda está em alta nos dias de hoje e principalmente, as recentes alegrias da despatologização da homossexualidade e da transexualidade.

Conheça a interpretação de 5 sonhos que com certeza você já teve
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Conheça a interpretação de 5 sonhos que com certeza você já teve

Os sonhos são o grande mistério do inconsciente humano. Há quem diga que eles não passam de conjuntos de imagens aleatórias criadas pelo cérebro em descanso, mas teorias como essa não conseguem explicar a capacidade que essas imagens têm de mostrar aspectos que desconhecemos em nós mesmos.

Leia também:
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Para muitas pessoas, os sonhos também estão repletos de sinais que nos contam sobre o passado e o futuro: basta saber interpretá-los. Juliana Viveiros espiritualista da plataforma iQuilíbrio conta que  alguns desses sinais são tão comuns que você certamente já se deparou com eles em suas jornadas noturnas.

Quer saber quais são eles e o que eles dizem sobre a situação atual de sua vida e o que ela poderá trazer? Viveiros explica.

Sonhos com morte

Você acha que sonhar com a própria morte ou com o falecimento de uma pessoa querida é necessariamente um mau sinal? A rima tradicional já indica o contrário: sonhar com morte é sorte. Afinal, a morte é nosso símbolo máximo de recomeço, de fechamento de ciclos. Sonhar com a própria morte simboliza grandes recomeços na vida do sonhador! “A morte de parentes ou amigos, por sua vez, vem mostrar o início de uma nova fase na sua relação com aquela pessoa.” – pontua Juliana Viveiros,  espiritualista da iQuilibrio.

Sonhar que está voando

Não é à toa que este é um dos sonhos preferidos de muita gente. Sonhos onde voar não requer esforço indicam uma fase na vida onde tudo flui com facilidade. É preciso, entretanto, permitir que esses bons ventos cheguem a você, e, para isso, basta não se prender demais a nada por enquanto. Aproveite sua liberdade!

Sonhar que está caindo

Este é um sonho muito comum, e, muitas vezes, ele não passa de uma sensação que ocorre naturalmente na hora de cair no sono. Por isso, não se preocupe se você continua tendo esse sonho mesmo com uma vida equilibrada.

Por outro lado, a interpretação dos sonhos também diz que sonhar que está caindo pode significar uma perda de controle sobre alguma área da vida da pessoa, ou seja, indica grandes problemas profissionais, pessoais ou de relacionamento.

Sonhar com nudez em público

O significado desse sonho é bem claro: insegurança e sentimento de vulnerabilidade. Se você tem esse sonho com frequência, é hora de trabalhar na sua confiança em si mesmo: não tenha medo de chamar atenção, ninguém está aqui para rir de você!

Sonhos com prova ou entrevista

Esse é outro sonho que tem uma interpretação muito simples. Se alguma prova ou entrevista de emprego se aproxima, sonhar com ela indica que sua mente está completamente ocupada em se preparar para o grande momento. Enquanto, por um lado, isso pode ser um bom sinal, por outro, esse tipo de sonho em excesso significa ansiedade e medo de não conseguir lidar com o futuro.

“A interpretação dos sonhos é um exercício muito fácil de ser feito: basta conhecer o significado de alguns símbolos e entender a situação da sua vida no momento. Esses são apenas algumas das imagens mais comuns em sonhos, mas não são as únicas”, conclui Juliana Viveiros.

Resenha: Além do princípio de prazer, Sigmund Freud
Livros, Resenhas

Resenha: Além do princípio de prazer, Sigmund Freud

Além do princípio de prazer é um livro de Sigmund Freud, criador da psicanálise, que trata de um assunto que me interessa bastante, enquanto psicanalista e enquanto analisado. A compulsão pela repetição. Calma, vou explicar mais adiante nesse texto e você vai ver como ela faz bastante sentido.

De leitura curta, mas não rápida ou tampouco fácil, em Além do princípio de prazer, Freud investiga os nossos padrões inconscientes e nos mostra que tendemos a repetir comportamentos, mesmo sem perceber. Sabe aquela pessoa que só cai de relacionamento abusivo em relacionamento abusivo e dizem que tem dedo podre? Então, eis um exemplo da compulsão pela repetição. A gente repete tudo aquilo que ainda não foi elaborado conscientemente. Mas, o que a gente repete?

Indicamos para você ler também:
+ Um olhar sobre a pulsão de morte: o famoso dedo podre

A gente repete tudo. A forma como aprendemos a nos relacionar na infância. A forma como nossos pais nos criaram. A forma como reagimos aos nossos sintomas. Tudo na nossa vida é uma repetição inconsciente. Sabe aquela pessoa que você odeia? Provavelmente, ela te faz lembrar (conscientemente ou não) alguém que te fez mal, você não gosta e que te causa os mesmos sentimentos. A nossa repetição normalmente tem raízes na infância e chegam até a vida adulta. E nós continuamos a repetir, repetir, repetir…

Para Freud, precisamos traduzir em palavras tudo aquilo que encenamos e repetimos no ato, por meio do processo psicanalítico. Precisamos rastrear e compreender nossas repetições, para que elas sejam acessíveis à consciência e assim, possamos falar várias vezes, até elaborar e racionalizar o que falamos, para poder então, perlaborar, isto é, substituir um sintoma pela palavra. Claro que, nada é tão fácil quanto parece.

Um comportamento repetido por várias vezes durante uma vida é um sintoma forte. E o sintoma não vai embora, ele não desaparece. Por isso, ao tornar acessível à consciência a nossa repetição, passamos a ter ciência de que ela acontece, quando ela acontece. E nesse ponto, passamos a ter escolha: vamos repetir ou vamos tentar mudar a rota? Sim, precisamos parar, respirar e agir. Nunca de imediato. A repetição faz parte de nós como seres humanos e possivelmente sempre continuará fazendo, mesmo que ela esteja além do princípio de prazer que internalizamos.

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Resenha: Além do princípio de prazer, Sigmund Freud
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As melhores passagens de “Além do princípio de prazer”

De leitura curta, mas não rápida ou tampouco fácil, em Além do princípio de prazer, Freud investiga os nossos padrões inconscientes e nos mostra que tendemos a repetir comportamentos, mesmo sem perceber. Sabe aquela pessoa que só cai de relacionamento abusivo em relacionamento abusivo e dizem que tem dedo podre? Então, eis um exemplo da compulsão pela repetição. A gente repete tudo aquilo que ainda não foi elaborado conscientemente. Mas, o que a gente repete?

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+ Um olhar sobre a pulsão de morte: o famoso dedo podre

As melhores passagens de “Além do princípio de prazer”

“Por isso a clínica psicanalítica propõe-se como uma fala do sujeito endereçada à escuta de um outro (o psicanalista).”

“Surge o conceito de pulsão de morte: uma energia que ataca o psiquismo e pode paralisar o trabalho do eu, mobilizando-o em direção ao desejo de não mais desejar, que resultaria na morte psíquica. É provavelmente a primeira vez em que se postula no psiquismo uma tendência e uma força capazes de provocar a paralisia, a dor e a destruição.”

“(…) Freud propõe uma instância psíquica denominada supereu. Essa instância, ao mesmo tempo em que possibilita uma aliança psíquica com a cultura, a civilização, os pactos sociais, as leis e as regras, é também responsável pela culpa, pelas frustrações e pelas exigências que o sujeito impõe a si mesmo, muitas delas inalcançáveis.”

“(…) acreditamos que esse fluxo seja sempre estimulado por uma tensão desprazerosa e então tome uma direção tal que seu resultado final coincida com uma diminuição dessa tensão, ou seja, com uma evitação de desprazer ou uma geração de prazer.”

“(…) o aparelho psíquico se empenha em manter a quantidade de excitação nele presente num nível o mais baixo possível, ou pelo menos constante.”

“(…) o trabalho do aparelho psíquico se orienta no sentido de manter baixa a quantidade de excitação, tudo o que é capaz de aumentá-la deve ser percebido como contrafuncional, isto é, como desprazeroso.”

“Vê-se que as crianças repetem na brincadeira tudo aquilo que lhes causou grande impressão na vida; que, ao fazê-lo, ab-reagem a intensidade da impressão e, por assim dizer, se tornam donas da situação.”

“Ele é antes obrigado a repetir o recalcado como uma vivência presente, em vez de, como o médico preferiria, recordá-lo como uma parte do passado.”

“Lembrar, repetir, elaborar.”

“É provável que essa compulsão não tenha podido se manifestar até que o solícito trabalho do tratamento tenha afrouxado o recalcamento.”

“Não há dúvida de que a resistência do eu consciente e pré-consciente se encontra a serviço do princípio de prazer; afinal, ela quer poupar o desprazer que seria causado pela liberação do recalcado, e nosso esforço se dirige no sentido de obter tolerância para esse desprazer, apelando ao princípio de realidade.”

A gente enfrenta nossos gatilhos pelo amor
Autorais, Livros

A gente enfrenta nossos gatilhos pelo amor

Saí da minha analista hoje parecendo que eu posso enfrentar o mundo. Eu até diria que ela me deu uma surra, mas não quero relacionar coisas boas com agressão. Diria então que ela chegou e despejou um caminhão de luz solar sobre mim. “Você tem muitos gatilhos, eu sei. Todos temos. Muitos sintomas. E a gente continua enfrentando todos esses gatilhos e todos esses sintomas na gente porque a gente ama. Pelo amor”, ela disse. Claro que eu rebati. Eu não o amo.

Sim, eu amo. E o amor nos força a olhar para um espelho. Ele nos força a chegar e ver no outro tudo aquilo que temos dentro da gente. Por isso incomoda tanto. Porque a gente não quer que o outro seja assim mas, ao acusar, nós relevamos aquilo que temos de mais importante em nós mesmos. Sim, a gente enfrenta os nossos gatilhos por amor. A gente enfrenta tudo aquilo que incomoda, que tira o sono e nos faz chorar em nome desse sentimento. Amor.

+ Depressão ou só tristeza?

Calma, não estou falando de aguentar tudo em nome do amor. Isso é discurso de abuso. Estou falando de detectar os nossos gatilhos inconscientes, aqueles que nos causam sintomas horríveis e não sabemos o porquê… Nós detectamos sua presença, sabemos que ele está ali, sabemos que ele nunca mais vai embora. E a partir disso, conscientemente, temos que dar um passo pra trás e lidar com ele. Sim, isso é igual não se desesperar com uma criança porque nós somos os adultos da situação. O gatilho é infantil. É você. É sua criança interior.

Quando sua criança interior grita, você pode se sentir impelido a gritar de volta. No calor do momento, sim, você pode até gritar. Mas, se você parar, der dois passos para trás e respirar, você não vai gritar. Você vai se organizar. Você vai escolher. Esses dois minutos entre o estímulo e a resposta é o nosso poder de escolha. Vamos escolher deixar nossa criança agir, com todos seus traumas e gatilhos (dos quais o outro não tem culpa) ou vamos acolher o que a criança sente, editar e mudar a nossa narrativa?

Em terapia, editamos histórias. Pegamos tudo aquilo que aconteceu com a gente e mudamos a forma com a qual reagimos a isso no presente. Temos a tendência a continuar encenando todo o nosso passado, de forma inconsciente, no nosso presente. Quando aprendemos a editar, percebemos o quão excitante é poder ter o poder de escolha. É poder mudar o caminho, é poder dizer “quero fazer diferente agora”, quero ter a chance de escolher como vou reagir.

No fim das contas, quanto mais acolhemos nossa vulnerabilidade e todos os nossos sentimentos, menos medo nós sentimos. Mas mesmo assim, o medo é importante. Ele dispara o gatilho, e quando você sabe lidar com o disparo, você se acolhe, põe as cartas na mesa, sai de cena e escolhe como agir.

Você escolhe agir diferente por aqueles que ama. Aquilo que vemos no outro e nos dá ódio, é aquilo que temos de mais profundo dentro da gente mesmo e não queremos admitir. Por isso, enfrentamos os sintomas dia após dia…

As 100 primeiras páginas de "Talvez você deva conversar com alguém"
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As melhores frases de “Talvez você deva conversar com alguém”

Talvez você deva conversar com alguém é um livro que me pegou, assim como todos, de forma que ainda estou ensaiando para escrever uma resenha. Se vou conseguir expressar todos os sentimentos que tive durante essa leitura, não sei, mas juro que vou tentar. É um livro para ser experienciado, vivido, curtido… Impossível de ser resumido em poucas palavras, por isso, separei as melhores frases para que você consiga pelo menos tentar captar sua essência. Olha só:

As melhores frases de “Talvez você deva conversar com alguém”

“Paz não significa estar em um lugar onde não haja barulho, confusão ou trabalho duro. Significa estar no meio dessas coisas e ainda sim ter calma no coração.”

“Nenhum problema pode ser resolvido pelo mesmo grau de consciência que o criou.”

“A compulsão à repetição é um animal espantoso.”

“Quando você é criança e seu pai é amoroso e brincalhão, depois some por um tempo, voltando mais tarde e agindo como se nada tivesse acontecido, e faz isso repetidamente, você aprende que a alegria é inconstante. Quando sua mãe sai da depressão e repentinamente parece interessada na sua vida, agindo da maneira que você vê as mães das outras crianças agindo, você não se atreve a se sentir alegre porque sabe, por experiência, que tudo isso vai passar. E passa. Todas as vezes. É melhor esperar por nada tão estável.”

“Também vou sentir falta de mim mesma. Todas aquelas inseguranças que passei a vida querendo mudar? Eu só estava chegando a um ponto que gosto mesmo de mim. Eu gosto de mim.

“Vocês não recuperarão o tempo presente.”

+ As 100 primeiras páginas de Talvez você deva conversar com alguém

“Se eu arruinar a minha vida, posso inventar minha própria morte, em vez de deixá-la concretizar-se para mim. Pode não ser o que quero, mas pelo menos eu a escolherei.”

“Tento refletir sobre este paradoxo: autossabotagem como uma forma de controle. Se eu arruinar a minha vida, posso inventar minha própria morte, em vez de deixá-la concretizar-se para mim. Se eu ficar num relacionamento condenado, se estragar minha carreira, se me esconder de medo, em vez de enfrentar o que está errado com meu corpo, posso criar uma morte em vida, mas uma em que eu é que estou no comando.”

“Estou começando a perceber que a incerteza não significa perda de esperança; significa que há possibilidade. Não sei o que acontecerá a seguir, como isso é potencialmente excitante! Vou ter que descobrir como tirar o máximo da vida que tenho, com ou sem doença, com ou sem companheiro, a despeito da marcha do tempo.”

“Às vezes, as mudanças que você deseja em outra pessoa não estão nos planos dela, mesmo que ela diga que estão.”

“Todo relacionamento é uma dança. O Cara faz seus passos de dança (aproxima/recua), e Charlotte faz os dela (aproxima/machuca-se); é assim que eles dançam. Mas se Charlotte mudar seus passos, acontecerá uma de duas coisas: ou o Cara será forçado a mudar os dele, de modo a não tropeçar e cair, ou simplesmente deixará o salão de dança e descobrirá outros pés sobre os quais pisar.”

“Tudo pode ser tirado de um homem, menos uma coisa, a última das liberdades humanas: escolher uma atitude em qualquer série de circunstâncias.”

“Podemos escolher a nossa reação.”

“Existe um intervalo entre o estímulo e a resposta. Nesse intervalo está nosso poder de escolha para a nossa resposta. Em nossa resposta, está nosso crescimento e nossa liberdade.”

“O preço de amar tão profundamente é sentir muito profundamente, mas também é uma dádiva, a dádiva de estar vivo. Se deixarmos de sentir, devemos lamentar nossa própria morte.”

“Quanto mais você acolhe sua vulnerabilidade, menos medo sente.”

“O fracasso faz parte de ser humano.”

“Vai ver que a felicidade é às vezes.”

“Primeiro você fará, depois compreenderá.”

“Crescemos em associação com os outros (…) Acredito em você. Consigo ver possibilidades que talvez você ainda não veja. Imagino que possa acontecer algo diferente, de um jeito ou de outro.”

30 de janeiro - O Dia da Saudade: A importância de sentir essa emoção
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30 de janeiro – O Dia da Saudade: A importância de sentir essa emoção

Saudade, um sentimento que não existe uma pessoa que não o sinta. Temos saudade de tudo que compõe a nossa vida: família, amigos, amores, animais de estimação, lugares e momentos. Aquela nostalgia que se faz presente, nos traz a vontade de reviver os bons tempos. Importante ressaltar que é possível administrar o saudosismo e transformá-lo em um evento positivo, saudável, produtivo e sadio para o futuro. Nesse processo de emoções, cada pessoa absorve esses momentos e que está, diretamente, relacionado a forma como enxergamos a vida e buscar usar das lembranças do passado, uma fonte de equilíbrio e paz.

+ Resenha: Carta de amor aos mortos, Eva Dellaira

A coordenadora e psicóloga do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Letícia Cavalcante, destaca que “Sentir saudade não é sinônimo de tristeza. Sentir saudade demanda manter nosso coração em paz e nossas emoções positivas. Sendo assim um exercício para corpo, mente e alma, no qual o resultado é o de nos fortalecer. As pessoas que trabalham esse sentimento, ao invés de lutar contra ele, logo percebem esses benefícios. A reflexão e valorização do que está distante são maneiras de abordar mais saudável. Viver harmonia com a saudade pode exigir algum esforço, mas vale muito a pena”.

“Saudade pode vir em duas vertentes: uma porque senti-la mostra que estamos atentos ao que vivemos, e que compreendemos o que vivemos. A compreensão de um momento só surge depois que ele passou. Outra porque podemos constatar que aquele tempo ou momento não volta mais, porque o tempo está em constante transformação” explica Letícia.

Quase todo momento de saudade desperta uma melancolia, por apontar a alguma falta, mas a origem desse sentimento vem sempre a partir de uma lembrança boa, afinal, queremos reviver aquilo que nos fez bem. E com essa ideia, que devemos pensar de forma positiva sobre a saudade. É importante selecionar esses melhores momentos do passado para inseri-los da melhor forma na situação atual. A saudade não vem somente do passado que um dia vivemos, mas, também, por algo no presente que esteja desconfortável ou por baixa expectativa pelo futuro.

“Saudade é uma manifestação de um sentimento que nos conecta a uma pessoa, momento, lugar, situação e emoção. Que, também, pode levar a nós mesmo, sentir saudade de quem um dia fomos, em qualquer etapa da vida (criança, jovem ou adulto), seja no âmbito pessoal ou profissional. Saudade é reconhecer que o tempo não está sob nosso controle e que nos faz colecionar memórias importantes e inesquecíveis”, ressalta a especialista, sobre os aspectos do sentimento.

Como descobrir se tenho “Síndrome do Impostor”?
Atualizações

Como descobrir se tenho “Síndrome do Impostor”?

Apesar de não ser considerado pela Organização Mundial da Saúde – OMS um transtorno psicológico, certos acometimentos, embora considerados “comuns”, como ansiedade, insegurança e dúvidas, quando em demasia, podem caracterizar um quadro, chamado por especialistas de “Síndrome do Impostor”.

Também conhecida como fenômeno do impostor, essa síndrome é caraterizada por uma incapacidade de aceitar o próprio sucesso, em uma falsa ideia de “ser uma fraude”, para si e para os outros. “O indivíduo possui dificuldades em reconhecer suas evoluções e conquistas, mesmo em um contexto que as deixe evidentes”, esclarece a psicóloga do Grupo São Cristóvão Saúde, Aline Melo. Segundo a especialista, embora não seja oficialmente reconhecida como um quadro clínico, deve ser avaliada e reconhecida como desordem psicológica por um profissional qualificado.

+ 5 passos para ter mais responsabilidade afetiva

As pessoas que sofrem com a “Síndrome do Impostor” possuem medo de exposição, intolerância às próprias falhas, dificuldades em lidar com elogios e estão mais propensas a desenvolver quadros de ansiedade e estresse, além de terem a autoestima e a autoconfiança extremamente abaladas. De acordo com Aline Melo, “ambientes de trabalho e acadêmicos podem gerar grande impacto na vida desses indivíduos, pois há forte tendência na autossabotagem, por meio de percepções distorcidas e dificuldade em aceitar novos desafios, por receio de ser descoberto como uma fraude”. Ainda segundo a psicóloga, “as habilidades sociais também são afetadas, gerando baixo convívio social e maior isolamento”.

Essa desordem pode estar relacionada a experiências desde a infância, como excesso de cobranças absorvidas como crenças e reforçam a dificuldade de fortalecer a autoconfiança, uma vez que o paciente se sabota constantemente. Segundo a psicóloga, “o tratamento se faz por meio da psicoterapia, no intuito de colaborar com o paciente no processo de internalizar suas qualidades e competências”.

O autoconhecimento por meio da autoconscientização desses comportamentos e percepções é uma ferramenta de extremo impacto. “Outro ponto que pode colaborar para uma melhor avaliação e interrupção desse ciclo é a confrontação de pensamentos autossabotadores, de maneira saudável e produtiva, baseado nas evidências positivas percebidas no cotidiano e em seus resultados”, complementa Aline.

Validar e buscar a aceitação de feedbacks sobre suas conquistas também pode ser uma forma de trabalhar diariamente essas percepções, de modo mais racional e técnico. O acompanhamento psicológico ajudará a descobrir quais são seus pontos fortes e talentos, de modo a fortalecê-los, assim como respeitar suas falhas e limitações, reformular o pensamento e compreender que ninguém é perfeito. Sendo assim, caso haja identificação com um ou mais pontos descritos acima, a busca por um profissional da saúde como mentor é essencial para direcionamento do paciente, para auxiliar na identificação de gatilhos e reduzir sofrimentos desnecessários.