Resenha: Além do princípio de prazer, Sigmund Freud
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As melhores passagens de “Além do princípio de prazer”

De leitura curta, mas não rápida ou tampouco fácil, em Além do princípio de prazer, Freud investiga os nossos padrões inconscientes e nos mostra que tendemos a repetir comportamentos, mesmo sem perceber. Sabe aquela pessoa que só cai de relacionamento abusivo em relacionamento abusivo e dizem que tem dedo podre? Então, eis um exemplo da compulsão pela repetição. A gente repete tudo aquilo que ainda não foi elaborado conscientemente. Mas, o que a gente repete?

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As melhores passagens de “Além do princípio de prazer”

“Por isso a clínica psicanalítica propõe-se como uma fala do sujeito endereçada à escuta de um outro (o psicanalista).”

“Surge o conceito de pulsão de morte: uma energia que ataca o psiquismo e pode paralisar o trabalho do eu, mobilizando-o em direção ao desejo de não mais desejar, que resultaria na morte psíquica. É provavelmente a primeira vez em que se postula no psiquismo uma tendência e uma força capazes de provocar a paralisia, a dor e a destruição.”

“(…) Freud propõe uma instância psíquica denominada supereu. Essa instância, ao mesmo tempo em que possibilita uma aliança psíquica com a cultura, a civilização, os pactos sociais, as leis e as regras, é também responsável pela culpa, pelas frustrações e pelas exigências que o sujeito impõe a si mesmo, muitas delas inalcançáveis.”

“(…) acreditamos que esse fluxo seja sempre estimulado por uma tensão desprazerosa e então tome uma direção tal que seu resultado final coincida com uma diminuição dessa tensão, ou seja, com uma evitação de desprazer ou uma geração de prazer.”

“(…) o aparelho psíquico se empenha em manter a quantidade de excitação nele presente num nível o mais baixo possível, ou pelo menos constante.”

“(…) o trabalho do aparelho psíquico se orienta no sentido de manter baixa a quantidade de excitação, tudo o que é capaz de aumentá-la deve ser percebido como contrafuncional, isto é, como desprazeroso.”

“Vê-se que as crianças repetem na brincadeira tudo aquilo que lhes causou grande impressão na vida; que, ao fazê-lo, ab-reagem a intensidade da impressão e, por assim dizer, se tornam donas da situação.”

“Ele é antes obrigado a repetir o recalcado como uma vivência presente, em vez de, como o médico preferiria, recordá-lo como uma parte do passado.”

“Lembrar, repetir, elaborar.”

“É provável que essa compulsão não tenha podido se manifestar até que o solícito trabalho do tratamento tenha afrouxado o recalcamento.”

“Não há dúvida de que a resistência do eu consciente e pré-consciente se encontra a serviço do princípio de prazer; afinal, ela quer poupar o desprazer que seria causado pela liberação do recalcado, e nosso esforço se dirige no sentido de obter tolerância para esse desprazer, apelando ao princípio de realidade.”

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