É com este título que a youtuber Kéfera, líder do ranking de maior canal feminino no Brasil, nomeia o seu novo livro em pré-venda (com data de lançamento prevista para o dia 31 de agosto deste ano, pela editora Paralela). Quem a conhece, ou já assistiu algum vídeo da vlogger, sabe que esse título diz muito sobre a sua personalidade.
Uma mente incrível e sarcástica, a jovem curitibana começou a cativar seu público aos dezessete anos quando divulgou seu primeiro vídeo em seu canal chamado: 5inco minutos. Há “exatamente” (um abre aspas aqui, pois não são sete anos exatamente, mas achei interessante colocar esta palavra. O vídeo foi postado dia 25 de julho, o que faz ser sete anos e alguns dias) sete anos atrás com o vídeo “Vuvuzela”, Kéfera emplacou milhões de visualizações e marcou seu poderio na internet com seus amores excessivos por Wilma Teresa e Olga Catarina, fluxos de consciência e pensamentos tipicamente sarcásticos. Hoje o desabafo descarado da vuvuzela já possui mais de quatro milhões de visualizações.
Sempre descontraída, Kéfera personificou a imagem feminina do Youtube de uma forma revolucionária, abordando temas tanto quanto incomuns e a maioria engraçados, e os explorou da melhor forma possível através de uma linguagem bem coloquial e diversificada (eufemismo), exemplo:
Com um público de quase onze milhões, a rainha da internet brasileira já publicou três livros: “Muito mais que 5inco minutos” (2015), “Tá gravando. E agora?” (2016) e “Querido Dane-se” (2017), gravou o longa metragem “É Fada” (2016), foi capa da revista Glamour como a youtuber do ano de 2016 e também possui uma loja (vale salientar: bem empreendedora, por sinal!) chamada de Kéfera Store.
Mas, entretanto, contudo, todavia, a maior conquista da nossa youtuber vai além do quesito material ou da repercussão que ela pode causar na internet e na sociedade. Kéfera travou uma batalha mais desgastante que a procura da fama e/ou de se ter o trabalho reconhecido, ela lutou consigo mesma e o melhor, venceu. Lutou contra os seus medos (a fobia da barata continua, mas é assim mesmo #vidaquesegue), lutou contra os seus preconceitos e fez virar história o patinho feio que era e hoje pode esbanjar beleza em qualquer selfie no Instagram.
Não que ela precisasse disso, ou um tipo de dever trabalhar toda estética: emagrecer, cuidar da pele, do cabelo e do vestir, mas ela fez isso para demonstrar que ela pode, e se ela pode, ela faz. Em sua arte, Kéfera nos diz que crescer e amadurecer deve ser feito com muita zuera e descontração.
Desse jeito mesmo, sempre aprendendo a rebater as críticas e sobressair as práticas de ódio gratuito. Aqui está o Especial Kéfera, Gustavo Machado e a equipe do Beco Literário está na torcida em prol do teu sucesso Srta. Buchmann!
The Defenders, Mike Colter as Luke Cage, Charlie Cox as Daredevil, Krysten Ritter as Jessica Jones, and Finn Jones as Iron Fist, photographed for Entertainment Weekly on December 10th, 2016, by Finlay Mackay in Brooklyn, New York.
Costume Designer: Stephanie Maslansky, Wardrobe Supervisor: Pahelle Latino, Makeup Head: Sarit Klein, Key Makeup Artist: Kaela Dobson, Hair Department Head: Pamela May, FX Makeup: Brian Spears, Prop Stylist: Charlot Malmlof
E a tão esperada nova série de super-heróis Marvel/Netflix finalmente estreou! Os Defensores, série que reúne os heróis Demolidor (Charlie Cox),Jéssica Jones (Krysten Ritter), Luke Cage (Mike Colter) e Punho de Ferro (Finn Jones) — estreou na sexta-feira (18/08), terminando assim com a espera cheia de expectativas de ver esses quatro heróis reunidos. Essa expectativa também vinha acompanhada com um certo medo, afinal será que o roteiro da série seria capaz de fazer esses quatro personagens, já pré-estabelecidos em suas próprias séries (alguns melhores que outros…), funcionarem juntos?
ATENÇÃO: ALGUNS SPOILERS ABAIXO
Esse com certeza era o meu maior medo, o de o roteiro da série não conseguir fazer os quatro heróis funcionarem como uma equipe e conseguir ainda, dá o devido destaque para cada um. Porém, ao longo dos oito episódios da série, esse medo se torna infundado, pois se tem algo que realmente funciona em Os Defensores é a química dos quatro heróis, sejam todos juntos ou as duplas formadas por Matthew Murdock e Jessica Jones/Luke Cage e Danny Rand. Além deles, os outros personagens de suas respectivas séries — Claire Temple (Rosario Dawson), Colleen Wing (Jessica Henwick), Misty Knight (Simone Missick), Trish Walker (Rachael Taylor), Karen Page (Deborah Ann Woll), Foggy Nelson (Elden Henson), Malcolm Ducasse (Eka Darville) e Jeri Hogarth (Carrie-Anne Moss) — também possuem uma química impecável, sejam com os heróis ou entre eles; há destaque para todos, mesmo que alguns apareçam mais que outros.
A trama da série segue após os eventos vistos em Punho de Ferro e a segunda temporada de Demolidor, onde fica bem claro que o Tentáculo não é apenas uma organização criminosa comum e que eles são um perigo para Nova York e para o mundo e querem usar o poder do Punho de Ferro. Para que fins, ficamos sabendo no decorrer dos oitos episódios. Nos é apresentado, então, Alexandra Reid (Sigourney Weaver), a cabeça da organização, e a responsável pela ressureição de Elektra Natchios (Elodie Yung), que agora é assassina do Tentáculo, e responde pela alcunha de Black Sky.
A junção dos heróis é algo gradual, e não acontece logo no primeiro episódio (algo que realmente não deveria acontecer, pois não seria condizente com os personagens) cada um com o seu motivo: Danny acabou de voltar de sua jornada no Oriente com Colleen, ainda em busca de respostas sobre o Tentáculo e de como derrota-los; Luke saiu da prisão e quer voltar a ajudar o pessoal do Harlem, culminando em sua ajuda à um jovem que parece que está envolvido com o Tentáculo; Jessica está investigando ( à contragosto) um caso de um arquiteto desaparecido que a levam até o Tentáculo; e Matt, havia deixado de ser o Demolidor, acaba retornando — muito por não conseguir deixar de querer salvar a sua Nova York; muito, como não poderia deixar de ser, pela aparição de uma Elektra ressuscitada. Tudo para culminar na típica “luta de corredor” com todos juntos (que está sensacional, se tornando uma das minha preferidas das cenas do gênero, junto com a da primeira temporada de Demolidor), até a reunião do grupo em volta de uma mesa em um restaurante chinês, como vimos nos trailers.
Como bem pontuei, a química dos quatro heróis é o grande destaque da série, com a personalidade de cada um se complementando. Mas tenho que destacar a química perfeita que surgiu entre Luke Cage e Danny Rand. A amizade dos dois personagens já é conhecida pelos fãs de quadrinhos, já que os dois formaram a dupla Heróis de Aluguel; e na série a amizade deles é construída gradualmente, com um estranhamento no início, para um companheirismo muito bom de se ver em tela. É inclusive, entre os dois personagens que há um dos melhores diálogos da série, com Luke jogando na cara de Danny seus privilégios como um homem branco e bilionário. Privilégios que o personagem deve reconhecer que tem, antes de sair por aí se auto intitulando a “Arma Imortal, o Punho de Ferro”, o grande salvador.
É nesse ponto, que quero destacar o desenvolvimento de Danny Rand como personagem em Os Defensores. Quem assistiu Punho de Ferro, sabe que a série sofre de problemas seríssimos no roteiro, e principalmente no desenvolvimento de seus personagens, culminando em um Danny Rand raso e visto apenas como um “garoto mimado que fica gritando aos quatro cantos que é o Punho de Ferro”. Já os roteiristas de Os Defensores, conseguiram desenvolver o personagem tão bem, em seus oito episódios, que é como se essa fosse a verdadeira primeira temporada de Punho de Ferro. Danny vai deixando, aos poucos de ser um garoto mimado com poderes. Ainda não é o Punho de Ferro, mas está caminhando para ser. E só espero que o seu desenvolvimento continue na segunda temporada de sua série solo (apesar das minhas poucas esperanças, devido ao novo showrunner)
Outro destaque são as interações entre as personagens femininas. Pode parecer algo banal, mas ainda é difícil ver qualquer conteúdo midiático com tantas personagens femininas no destaque, sejam como heroínas, sejam como vilãs. Todas as personagens femininas em Os Defensores, tem seu devido destaque e desenvolvimento, e o melhor: todas interagem entre si. Com destaque para Misty Knight, Colleen Wing e Claire Temple, que formaram um trio sensacional, e já quero que a Marvel/Netflix faça a série das Filhas do Dragão com elas. Claro que a representação feminina na série ainda não é algo perfeito, afinal na equipe só temos a Jessica Jones junto com três marmanjos; no entanto, eles conseguiram contrabalancear colocando outras personagens femininas na série e na ação do enredo, não ocorrendo assim o fenômeno Princípio de Smurfette.
Como não poderia deixar de ser, Jessica Jones rouba as cenas, muitas vezes, e suas interações com Matt são ótimas. O desenvolvimento da personagem está ótimo, até porque dentre os quatro, ela era a que precisava se convencer a ser um super-herói. Ela ainda não está inteiramente convencida de que é uma heroína, e nem quer ser; apesar de suas atitudes mostrarem o contrário. Também gostei que retomaram a interação dela com o Luke, ainda que não como casal (até porque, ainda tem a Claire, que tem muita química com o Power Man).
Outra personagem feminina de destaque é a Elektra. Muitos fãs da personagem reclamaram que em Demolidor ela não era AElektra, assassina letal, fria e calculista, a vilã e anti-heroína criada por Frank Miller. E ela realmente não era, e apesar de ter gostado da personagem e da interpretação da Elodie, tenho que admitir que o desenvolvimento da personagem na segunda temporada do Demônio de Hell’s Kitchen ficou aquém do que eu esperava. O arco da personagem e do Tentáculo, foi o que mais sofreu com furos de roteiro e pouco desenvolvimento; muito pelo destaque dado ao Justiceiro. Se analisarmos os dois arcos em separado, parecem até séries diferentes.
No entanto, em Os Defensores podemos ver o surgimento da Elektra Assassina de Frank Miller. Ainda não é ela em seu cem por cento, mas quem sabe a sua origem. Elektra está mais letal, e para mim, dentre os vilões, a que realmente parece uma ameaça a se temer (as melhores coreografias nas lutas são dela). No início, ainda controlada por Alexandra e desmemoriada, vemos uma assassina silenciosa, uma máquina de matar sem sentimentos; mas ainda assim confusa. Nos dois episódios finais, Elektra recobra suas memórias, e ao pegar suas espadas sai, deixa de ser a arma Black Sky e se torna a ninja assassina Elektra Natchios, se libertando do controle de Alexandra. Foi uma cena que vibrei, apesar de algumas ressalvas.
Dito isso, o meu único problema com Os Defensores foi o Tentáculo. Nos primeiros episódios, a personagem interpretada brilhantemente por Sigourney Weaver, realmente parece uma ameaça a se temer, ao mesmo tempo que demonstra uma certa vulnerabilidade. Uma vulnerabilidade que vemos também nos outros membros do Tentáculo, e é aí que reside o problema. Apesar da trama esbravejar o tempo todo que o Tentáculo é uma grande ameaça, aos poucos acaba parecendo ser um discurso vazio; e tirando Elektra, a organização em si não parece ser o grande perigo que nas duas temporadas do Demolidor pareciam ser. E esse é um problema que vejo desde o Punho de Ferro. Se na série de Danny Rand, o Tentáculo se tornou uma caricatura, em Os Defensores, a organização de imortais parecia bagunçada e facilmente derrotável.
Sei que essa foi a intenção da série, em mostrar que o Tentáculo estava frágil, e não vejo nada de errado, inclusive é muito bom narrativamente, em mostrar que até os vilões tem suas fraquezas. Porém eles ainda precisavam ser uma ameaça, aquela ameaça que fez os heróis esconderem todos os seus entes queridos na delegacia (eu jurei que eles atacariam a delegacia, e isso não aconteceu). Tirando a Elektra, parecia que o Tentáculo poderia ser facilmente derrotado, o que acabou sendo.
No geral, Os Defensores tem um saldo muito positivo. O roteiro está bem amarrado e desenvolvido, mesmo com o problema com o Tentáculo. Devo destacar também a paleta de cores da série, que faz uma homenagem belíssima as cores dos quatro heróis. Os oito episódios de Os Defensores estão disponíveis na Netflix, e espero que uma segunda temporada seja anunciada em breve.
Antes, eu só via o início e o fim dos filmes. O início, para conhecer a história; e o fim, gostava de assistir porque o fim é sempre bonito.
Assim se inicia O Filme da Minha Vida, longa brasileiro que estreou nos cinemas em 3 de agosto. Primeira adaptação dos parceiros Selton Mello e Marcelo Vindicatto, o filme é baseado na obra Um Pai de Cinema, do chileno Antonio Skármeta (o qual faz uma participação especial em cena que se passa no bordel).
Terceiro longa do Selton-diretor, o filme conta com a participação de um time que já trabalhou com ele em O Palhaço (2011) e, por isso mesmo, foi escolhido minuciosamente pelo diretor: Vania Catani na produção; Claudio Amaral Peixoto na direção de arte; figurino de Kika Lopes; e, a maravilhosa trilha musical de Plínio Profeta. Além de Walter Carvalho na direção de fotografia, o qual já havia trabalho com o Selton-ator em Lavoura Arcaica (2001).
A história principal é apresentada logo de cara, com narração do personagem principal Tony Terranova (Johnny Massaro). Filho de pai francês e mãe brasileira, Tony vai estudar na cidade grande “para ser alguém na vida” e, quando volta formado como professor, seu pai Nicolas (Vincent Cassel) sobe no mesmo trem para voltar para a França.
Fonte: Globofilmes
Saí do cinema aérea, como na cena em que Tony flutua ao admirar as irmãs Madeira, Luna (Bruna Linzmeyer) e Petra (Beatriz Arantes). Eu tinha acabado de assistir a um drama, por que estava tão feliz?
A explicação veio pela trilha sonora que não saiu da minha cabeça, cheguei em casa cantando “Coração de papel”, sucesso de Sérgio Reis na década de 60.
Filmado na serra gaúcha, a obra traz uma atmosfera de saudosismo, seja pela já mencionada trilha sonora (que inclui “I Put Spell On You”; “Errei, Sim”; “Hier Encore”; “Comme d’habitude” e “Voilà”), seja pela fotografia ferrugem de Walter ou pela cuidadosa direção de arte de Claudio.
Além dos já mencionados elementos técnicos, são vários elementos narrativos que reverenciam o passado: as brincadeiras das crianças no colégio, os primeiros amores, a descoberta do sexo, o cinema em preto e branco, os cartazes da antiga Vera Cruz, a viagem de trem.
À saudade, vem se juntar a ausência. Depois da partida do pai, encontramos Tony em um estado de profunda melancolia. Não consegue trilhar seu próprio caminho, nem desenvolver uma relação amorosa com sua melhor amiga Luna. A figura paterna não está mais presente, porém, deixa uma sombra da qual Tony não consegue se libertar. Tony não vive, apenas espera. Olha para as fotografias na parede que congelam o passado à que ele tanto se apega. Sonha com o pai, lembra-se de sua infância, olha para a antiga moto de Nicolas e mal consegue encará-la: “Nas costas da memória sigo revirando as suas lembranças”.
Assim como Tony, a primeira metade do filme é arrastada, lenta, guiada pelo sonho. Em certo momento, Luna diz à sua irmã Petra que quando ela foi embora de casa, o tempo para Luna parou. O mesmo acontece para Tony, a imagem do relógio parado é a sua vida, contudo, ela pode ser consertada, e o ponteiro voltar a girar.
Depois de escrever uma carta ao pai, Tony chega à conclusão de que “é hora de encontrar o mundo” e, neste ponto, a narrativa ganha ritmo mais acelerado. Seguindo os conselhos do amigo Paco (Selton Mello) de que “cara feia não bota ninguém pra frente” e “toca os teus caminhos, guri”; Tony pode agora desenvolver sua paixão por Luna, permitir-se ser feliz, caminhar. E é exatamente quando se decide seguir para o futuro, que o passado enfim se resolve.
ATENÇÃO: O TRECHO ABAIXO CONTÉM SPOILERS
No alto do cinema, na sala de projeção, enquanto Tony e Luna assistem a O Rio Vermelho (1948, de Howard Hawks), o projecionista ouve com atenção a uma fala do filme: “toda vez você olhará para trás, esperando me ver, mas a única vez que você não olhar, eu estarei lá”. O projecionista se revela sendo Nicolas, que decide voltar à vida do filho.
O diálogo com a linguagem cinematográfica também é estabelecido, seja no título do filme (“o filme da minha vida” seria O Rio Vermelho ou a própria história de Tony cheia de reviravoltas?), nas idas à sessão, nos cartazes, no projetor ou nos rolos de película.
Interessante notar que a obra chama atenção a todo o momento para si, para a importância de não se perder uma palavra, um detalhe, porque “o meio é tão importante como o final”. Parece dizer em cada cena “para, olha, escuta. Tudo tem seu tempo, espera”.
Do ponto de vista do roteiro, tal atenção fica evidente nas frases que se encaixam perfeitamente (e explicam) a história dos personagens. Até mesmo a frase original do filme O Rio Vermelho (“toda vez que você olhar para trás, espere me ver, porque uma vez você se virará e eu estarei lá”) acaba por ser modificada para se encaixar melhor à narrativa.
Com relação à direção, Selton opta por se utilizar, em boa parte do filme, de planos próximos dos personagens, mostrando a importância de suas expressões e sentimentos.
Fonte: making of
Após o reaparecimento de Nicolas, Selton consegue amarrar perfeitamente toda a tensão construída até aquele momento. Tudo é explicado. O sobressalto de Paco ao ouvir Tony falar das belezas de Petra; o sumiço da moça; o não recebimento de nenhuma carta do pai; a grande atenção dada ao fato de Tony querer ir ao cinema; a insistência de Paco em fazer com que Tony esqueça o pai; o interesse daquele pela mãe deste; a menção de Tony ao fato de que não precisa de luvas de boxe, pois nunca bateu em ninguém.
A interpretação de Johnny Massaro consegue mostrar a trajetória do herói durante a narrativa: de garoto melancólico vivendo à sombra do pai, a senhor de seu próprio destino. O arco dos personagens Paco e Nicolas também se desenvolve e conseguimos ver nitidamente sua transformação.
Os trilhos e o trem são, na verdade, o maior signo e metáfora dentro da obra. Rolando Boldrin interpreta o maquinista Giuseppe, personagem criado especialmente para ele e que não está presente no livro de Skármeta. Boldrin é uma figura mítica dentro da obra, assim como Caronte carrega as almas dos recém-mortos, Giuseppe é aquele que leva os corpos dos vivos aos seus destinos, “para resolver seus problemas”.
Fonte: Globofilmes
O único pecado da obra talvez resida justamente na transparência de seu campo metafórico, com frases explicativas e filosóficas colocadas durante todo o filme, o que acaba por trazer seu significado “mastigado” demais ao espectador. Um bom enigma é aquele que não se deixa revelar tão facilmente e que, por isso mesmo, faz com que sua descoberta seja mais satisfatória.
O primeiro e um dos últimos planos do filme mostram o mesmo enquadramento: a linha de trem à esquerda, uma estrada de chão à direita. No início, um trem passa enquanto a estrada permanece vazia, é Tony que trilhará seu caminho para descobrir seu lugar no mundo.
No fim, o mesmo trem passa novamente, levando a mãe de Tonny, Sofia (Ondina Clais), única personagem que não é desenvolvida durante a narrativa, enquanto Tony e Luna seguem de moto pela estrada da direita.
É a vez de Sofia ser levada pelo trem para seu destino, para que sua trajetória se desenvolva, enquanto Tony, que já passou simbólica e literalmente por esse percurso, corre livre e satisfeito seu próprio caminho.
*Agradecimento especial à Beatriz Abrucez pela revisão do texto
É isso mesmo. Britney Spears resolveu improvisar mais uma vez durante seu show “Piece Of Me” em Las Vegas. Dessa vez, nada de cantar parabéns para alguém ou só fazer um discurso diferente. A cantora falou pela primeira vez publicamente sobre a sua relação com a mídia em 2007, quando teve o famoso “breakdown” que quase acabou com a sua vida.
A princesa do pop disse: “Lidei com a imprensa durante toda a minha vida. É muito louco. Em um minuto eles acabam com você e no outro te colocam no topo do mundo. Eu nunca falei muito sobre isso, mas é hora de dar motivo para falarem mais um pouco”. E após isso, a loira pegou o microfone e cantou ao vivo, sem apoio de playback e nem dançarinos ao seu redor. A música escolhida foi “Somethin To Talk About”, da cantora country Bonnie Raitt. Assista:
Discurso completo feito antes da música:
“Testando, testando, testando. Como vocês estão se sentindo, Vegas? Não, sério, como vocês estão? Honestamente, sem a música e só com um microfone, parece ilegal. Está quieto agora. Parece um pouco ilegal fazer isso com esse microfone na minha mão agora. É tão estranho. Ok, então. Eu estive pensando muito ultimamente, certo? Essa manhã eu acordei e estava tipo, pensando em tudo o que está acontecendo no mundo e tal.
Mas, basicamente, eu pensei e tipo, a imprensa e mídia durante toda a minha vida, sabe? É muito louco. Porque em um minuto eles acabam com você e é muito horrível. No próximo minuto você está no topo do mundo, sabe? Mas eu realmente nunca falei sobre isso. E eu sou uma garota do sul, sou de Louisiana. Sou do sul e eu gosto de manter tudo real. Então eu só quero me certificar que continuarei dando a vocês filhos da puta algo para falar sobre.”
Britney sempre usa playback em seus concertos e conta com o apoio de muitos dançarinos para performar suas músicas no palco. Momentos como este, em que Spears sai do script e “improvisa” no palco são momentos raros, principalmente após seu colapso. A última vez que isso aconteceu foi em 2009, na Circus Tour, quando a cantora brigou com o ex-marido Kevin Federline por telefone e resolveu mandar um recado através da música “You Oughta Know”, de Alanis Morissette:
Você com toda certeza já percebeu que k-pop está super alta no mundo todo, certo? O artistas coreanos têm conseguindo ultrapassar as barreiras linguísticas e tem colecionado fãs em todo o globo. Neste ano o Billboard Music Awards incluiu a banda BTS na categoria “Top Social Artist”, categoria em que o vencedor é escolhido pelo público através do Twitter. O resultado? Mais de 300 milhões de votos na boyband coreana, que desbancou grandes artistas americanos que concorriam na mesma categoria: Justin Bieber e Ariana Grande. Mais um exemplo: Vendo o quanto estes artistas geram interações nas redes, o Teen Choice Awards criou do dia para noite uma nova categoria em sua premiação: “Choice International Artist”. A categoria foi criada no dia da premiação justamente para que o evento aparecesse como um dos mais falados no mundo. Na hora de anunciar o vencedor não foi reproduzido nenhuma imagem dos concorrentes ou do próprio vencedor, que também foram os BTS. Mas serviu como exemplo de que a grande mídia notou o poder destes artistas e que pretendem usá-los para atrair mais público.
https://www.youtube.com/watch?v=abSyBLWT3MM
No Brasil não é diferente. Os primeiros artistas de k-pop a trazer seus shows para cá foram Beast, 4 Minute e a cantora G.NA em um festival há 6 anos. De lá pra cá vieram vários outros, que esgotaram apresentações em minutos: Super Junior, NU’EST, BTS e PSY. As músicas chicletes, coreografias insanas e grandes produções no palco atraem muita gente e o principal: muito dinheiro.
Meu primeiro contato com este gênero musical, se assim podemos chamar, foi com a cantora BoA e seu clipe de “Hurricane Venus” e “Copy & Paste”. Fiquei muito fascinado pela dança super sincronizada e o fato dos vídeos gritarem “alto orçamento”. Fui conhecendo outros artistas e vendo que ser um artista de k-pop é uma verdadeira indústria em torno de cada artista. É notável que as gravadoras estão antenadas em tudo que gira em torno dos performers e tentam trazer tudo que existe de melhor para promover as músicas. E pesquisa após pesquisa, vi o que estava um pouco óbvio: a ‘escravidão’ que os artistas devem sentir. É preciso muito treinamento e foco para conseguir fazer o que eles fazem. Aí você pensa: mas é assim com tudo, tudo requer força de vontade. Mas eu te respondo aqui que: as coisas que acontecem em volta disso tudo não é apenas força de vontade.
Você acha que tem aquele “X-Factor” que te diferencia das outras pessoas e star quality para brilhar nos palcos? Isso não é suficientes. Antes, é necessário se inscrever em um programa de “trainee” das grandes gravadoras. Isso é: ser submetido a um treino exaustivo de canto, dança, rap, idiomas, presença de palco, enfim. Tudo que é necessário para ser um grande artista. A inscrição é feita durante algumas épocas do ano. São treinos exaustivos e que ignoram o bem estar das pessoas. Se ficar doente, treina do mesmo jeito.
Em algumas gravadoras é feita uma segunda audição após o primeiro mês de treinos, e aqueles que não demonstraram evolução ou que não estão no mesmo nível dos demais são eliminados.
Ser separado da família, mudar de cidade e abandonar tudo que se conhece: a partir da segunda etapa é como se o exército se tornasse fichinha para aqueles que desejam o estrelato. Seus índices de gordura corporal são medidos todos os meses. É importante se manter magro, com um corpo ‘padrão’ e caso isso não aconteça as chances de ser eliminado são grandes. A alimentação de ‘trainee’ se resume a batata doce e frango, se quiser comer algo além disso, pague do próprio bolso, mas arque com as consequências depois.
Treinos como correr em uma sala de prática 10 vezes cantando, canto enquanto faz flexões ou bate no seu estômago são considerados práticas comuns, que visam aumentar o seu poder vocal e desenvolver os músculos. Começam a moldar a sua aparência para que fique melhor ao mercado: cirurgias plástica a partir dos 15 anos, visando trazer aquele estilo meio ‘boneca’ que vemos nos clipes musicais.
Em 2015, uma dessas empresas coreanas tentou criar um grupo de k-pop brasileiro (?) e um dos seus ‘trainees’ contou como era a sua rotina para tentar estrear como artista:
Um ex-trainee coreano-americano também descreveu seus dois anos na empresa, antes de optar por retornar aos Estados Unidos depois que seu contrato expirou. “Todos nós tínhamos começado a trabalhar muito duro. A escola acabou por ser a nossa última prioridade enquanto causar uma boa impressão nos representantes, funcionários e o CEO da empresa, era a primeira prioridade“, escreveu ele. “Esta foi uma época terrível para mim. O amigos que eu tinha feito foram lentamente tornando-se rivais“.
No país, os fãs se orgulham de saber as dificuldades de seus ídolos antes de chegarem ao estrelato. Somente o fato deles conseguirem se lançar na mídia já é um fato a ser celebrado, dado as dificuldades envolvidas para conseguir isso.
Estamos falando de Vale Influenciadores pra lá e pra cá, mas você sabe do que se trata o evento, de verdade? Bom, chegou a hora de acabar com todas as dúvidas e rumores que estão circulando por aí.
O Vale Influenciadores é um evento inventado e idealizado por mim, Gabu, e pela Letícia Zucco, do Estante LZ. Um dia, enquanto conversávamos, sentimos falta de uma interação maior entre os blogueiros do Vale do Paraíba, e por isso, começamos a trabalhar nesse projeto.
De início, pensamos em algo mais restrito, mas resolvemos ampliar, então fomos atrás das parcerias. E nessa, chegaram os patrocinadores e os convidados especiais. São apenas essas pessoas que estão fazendo o evento acontecer. Não temos nenhum tipo de aporte externo não, viu?
Patrocinadores e Apoio: Doce Tentação, Pet Memorial, Key Arts, Estante LZ, 99 Mimos, Beco Literário e Focus Vale.
Convidados Especiais: Henrique Silva, Nicole Oliveira, Gabriel Lucas e Armindo Ferreira.
Fotógrafa: Bruna Paiva
Bom, mas o que é o evento em si?
É uma organização totalmente nova para quem é blogueiro, youtuber, influenciador digital e também para quem quer se tornar um. Ao contrário do que dizem, acreditamos que quem quer, pode!
Vão ter painéis com os convidados especiais, em que eles contarão um pouco da sua experiência pessoal, no formato de mesa redonda, e depois, será aberta para todos os presentes no evento! Além é claro, de sorteios, fotos e muitos vídeos para bombar nas redes sociais.
A programação oficial está quase pronta e a partir de hoje, com um post por dia, contaremos um pouquinho de tudo o que vai acontecer no dia 02 de setembro
ONDE E QUANDO VAI SER?
– Quando: 02/09/2017
– Horário: 10h ao 12h
– Local: Auditório da FAAP São José dos Campos – Av. Dr. Jorge Zarur, 650.
INSCRIÇÃO
O evento é limitado a 200 pessoas e os 50 primeiros a se inscreverem e chegarem ganham prêmio exclusivo! Ao exceder a capacidade do auditório, todos os participantes serão direcionados a uma sala com telão e link ao vivo com o evento.
Sendo a 1ª ou a 10ª Bienal do Livro, o sentimento é mesmo! Aquela excitação misturada com alegria e ansiedade. Mas como não ficar? Um mundo de livros, a possibilidade de conhecer seus autores favoritos ou aquele(a) blogueiro(a) que você segue, descobrir e se apaixonar por novos autores, ainda (de quebra) aumentar a coleção de brindes e marcadores!
A Bienal do Livro é um evento imperdível e esse ano será na cidade maravilhosa. Pela sua grandiosidade é de se esperar muitas pessoas vindas de outras cidades. A questão de onde ficar, como ir, é sempre complicada. E para facilitar, esse post é exatamente para você, que não liga para a distância e não vai perder a Bienal por nada!
O site da Bienal é super completo, tudo que você precisa saber desde mapa do evento até dúvidas sobre ingressos e afins, você encontra lá. Tanto que, ela dispõe de um campo “passagem e hospedagem“, que te direciona para uma página onde você encontra passagens aéreas, hospedagem, tudo com preços promocionais para o período do evento. Vale conferir!
Além disso existem várias alternativas em sites de buscas de hotéis e passagens. Sobre as passagens, dependendo de onde você vai vir, compensa vir de avião. As empresas normalmente fazem várias promoções durante essa época do ano e junto com milhas ou programas de pontos dos cartões de créditos elas saem bem baratas. Fora isso você poupa tempo e fica menos cansando(a) devido ao desgaste de uma viagem de ônibus.
Muita gente acha que hostels ou albergues são furada, mas para pessoas que não querem gastar muito (preferem gastar nos livros), gostam de lugares descolados e de conforto, vale muito à pena. Bom para quem vai viajar em grupo, existem quartos privativos para um certo número de pessoas, quartos com exclusividade como masculino e feminino. Claro que você precisa encontrá-los em sites confiáveis, procure aqueles com bastante depoimentos de que se hospedou lá, fotos do lugar feitas pelos clientes, essas coisas. Escolhendo bem você vai encontrar um lugar bem agradável e ainda vai economizar.
Antes de fazer sua reserva, confira em que lugar da cidade você vai se hospedar. A distância e como você chega dele para a Bienal. Pois caso seu objetivo seja só a Bienal mesmo, vale a pena procurar por lugares mais perto, que irão facilitar a sua mobilidade, você perde menos tempo no trajeto e ganha mais tempo na Bienal.
O Riocentro se localiza na região da Barra da Tijuca, que foi palco das Olimpíadas, das Paraolimpíadas e que dará espaço para o Rock in Rio 2017. Por esse e outros vários motivos, a estrutura em relação ao transporte público foi totalmente remodelada, tudo para dar aos moradores e principalmente aos visitantes, bastante conforto, comodidade e agilidade na locomoção.
Também no site da Bienal você encontra um guia de como chegar no evento, confira aqui, tudo bem explicado, dando a vocês diferentes maneira de chegar lá (ônibus, taxi, metrô). Você decide!
Mas vale lembrar que, antes de seguir para a Bienal, é bom que você já tenha definido o meio transporte que vai utilizar. Anote o número dos ônibus ou a estação do metrô que você precisa pegar para ir. No google maps você consegue visualizar isso, mas é sempre bom confirmar com a recepção do lugar em que você está hospedado (só para garantir). Pois algumas vezes o ônibus pode ter mudado de número ou o trajeto pode ter tido alguma alteração. Então é sempre bom saber! Por precaução, sempre guarde um número de táxi ou tenha aplicativo do uber, principalmente na volta, para alguma emergência.
Tem mais alguma dúvida? Manda para a gente! E confere também nosso guia de sobrevivência na Bienal do Livro. Aguardamos vocês lá!
Diagnosticada com uma infecção no terceiro molar, conhecido popularmente como dente do siso, Pabllo Vittar não poderá participar do Criança Esperança, que acontece neste sábado (19), na Rede Globo.
A cantora está em São Paulo, onde deverá ficar em total repouso pelo menos até o dia 29 de agosto, impossibilitando a participação no show beneficente, onde faria um dueto com Sandy.
“Estou muito triste de cancelar tantos shows, e também o Criança Esperança, mas preciso agora cuidar da minha saúde para que nada de mais grave aconteça. Espero estar de volta o mais rápido possível”, declarou Pabllo Vittar ao F5, do jornal Folha de São Paulo.
A drag queen deve permanecer em repouso para que a infecção não se espalhe, e uma cirurgia para a retirada do dente está marcada para a próxima semana. Por isso todos os compromissos profissionais foram cancelados.
Parece que um filme solo do amado mestre Jedi, Obi-Wan Kenobi, pode finalmente acontecer!
De acordo com o Hollywood Reporter e a Variety, a Disney já está desenvolvendo mais um spin-off da franquia Star Wars, baseado no sábio mestre Jedi de Anakin e Luke Skywalker. O projeto ainda não possui roteirista, porém de acordo com ambos os sites, o diretor Stephen Daldry já estaria conversando com a Disney e LucasFilm para dirigir o filme.
O diretor britânico é conhecido por dirigir o clássico de balé, Billy Elliott (2000); o drama As Horas (2002), que rendeu o Oscar de melhor atriz em 2003 para Nicole Kidman; e recentemente, dirigiu alguns episódios da série The Crown (2016).
Os sites não citaram as fontes, e a Disney ainda não confirmou nada. Também não há confirmação de que o ator Ewan Mcgregor retorne para o papel. Obi-Wan Kenobi foi interpretado pelo ator escocês durantes os Episódios 1-3, e interpretado por Alec Guiness, durante os Episódios 4-6.
Se realmente acontecer, o filme solo de Obi-Wan se junta aos outros spin-offs do universo expandido de Star Wars: Rogue One (2016) e a trilogia, ainda em produção de Han Solo. Outros spin-offs, como o filme de Jabba the Hutt e do Boba Fett, também estão sendo desenvolvidos.
A segunda parte da nova trilogia, Star Wars: Os Últimos Jedi, tem estreia marcada para dezembro deste ano.
Não existe um jeito certo de amar nem a hora certa para o amor chegar. O amor pode aparecer no supermercado depois que a porta se fechar, que mal tem? Ou quem sabe aparecer através de uma forma pura, meiga e delicada como em uma linda dança de balé? Ao espiar por uma janela proibida, quem sabe você se depara com aquele garoto de olhos azuis que sonha? Você pode viver uma aventura deliciosa, mesmo não parecendo muito correta, e essa aventura aquecerá seu coração. O destino tem, sim, o poder de unir dois corações de caminhos opostos, afinal, no amor não existe impossível. Todo dia é dia de comemorar o amor. O importante é abrir o coração, sair do convencional, driblar as asperezas da vida, estar pronto para dar um fora na rotina e viver todos os dias uma grande paixão.
Vejo mulheres, sinto mulheres, leio mulheres. Uma experiência incrível ler “Amor de todas as formas”, o livro que é uma união de contos escritos e dedicados para apreciar a ótica feminina (e bastante singular) a respeito do Amor e de todas as condições que nos é imposta por esse sentimento traiçoeiro que insiste em nos pregar uma peça.
“… o amor não se vê com os olhos mas com o coração.” William Shakespeare
O livro possui cinco contos inspirados e redigidos por cinco escritoras que me cativaram em cada palavra. Cada uma com o seu recorte estilístico linguístico diferente que me prendeu em cada momento de leitura que, fiz o máximo para ser contínua.
Em linhas gerais, os cinco contos: um dia para os namorados; pas de deux; o garoto que desapareceu; amuleto e uma louca noite no supermercado, para se analisar mediante os cinco tópicos elementares dos estudos literários de textos escritos em prosa (foco narrativo, personagens, tempo, espaço e enredo) tem como tempo: o dia dos namoradas.
O espaço já é bastante variado, por exemplo, em ‘um dia para os namorados’ a trama conjugal se desenrola em uma submarino que também é hotel e, em ‘uma noite louca no supermercado’, o próprio título já nos diz.
Senti especialmente no conto ‘amuleto’, de JC Ponzi, uma presença maior da voz masculina encontrada na personagem Jodie Clarke, mas é a dona da
“boca carnuda, e maças do rosto proeminentes. Olhos castanhos são sofridos, mas isso não apaga o brilho expressivo que insiste em manter aceso. Um vestido velho e puído cobre seu corpo de curvas voluptuosas” (Amuleto, JC Ponzi, p. 258)
que faz o próprio Clarke salivar que rouba a cena, Samantha.
Portanto, o empoderamento da mulher e a sua visão de amor está afinco neste livro, mas as personagens se concentram em casais, visto que o livro tem como objetivo expressar que não há um meio específico para se amar ou encontrar um amor, em qualquer tempo, em qualquer lugar e não importa em qual situação se encontra, você é capaz de amar alguém.
Então, não há uma fórmula para se viver o amor, o livro deixa esse ensinamento bem nítido. Nada no amor está as claras, premeditado ou planejado, o amor pode ser encontrado em todos os lugares e vivido de várias formas.
É possível se identificar com cada personagem encontrada no livro, consequentemente, é preciso ler cada história para se reconhecer. Vou deixar o enredo por sua conta também, ok?