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Noitão do Reag Belas Artes apresenta "Segredos de Um Escândalo"
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Cultura, Filmes

Noitão do Reag Belas Artes apresenta “Segredos de Um Escândalo”

No dia 19 de janeiro, a partir das 23h40, o agora Reag Belas Artes, promove o primeiro Noitão do ano, com o tema Escândalos! Em parceria com a Diamond Filmes, o público vai conferir durante a madrugada um forte concorrente da award season: Segredos de Um Escândalo (May December), de Todd Haynes, com as premiadas Natalie Portman e Julianne Moore. Na trama, Gracie é uma mulher discreta que começa a namorar seu aluno Joe quando ele tinha apenas 13 anos e estava na sétima série. Apesar do escândalo e da péssima repercussão que o fato teve na sociedade, os dois se casam anos mais tarde e vivem uma vida tranquila. Tudo muda, no entanto, quando a atriz Elizabeth Berry, surge em suas vidas para estudar Gracie para um papel no cinema.

+ uma carta para uma ex

Outro longa que irá compor esse Noitão escandaloso, é o filme Infâmia (The Children’s Hour), de 1961, com Audrey Hepburn. O filme, assim como Segredos de Um Escândalo, também foi inspirado em uma história real, que ocorreu no século XIX. A trama acompanha a história de duas professoras que têm suas vidas devastadas quando, depois de punir uma aluna por disciplina, são acusadas de lesbianismo pela avó dessa aluna, o que faz toda a comunidade se voltar contra as professoras. Um verdadeiro escândalo para a época!

E quem curte mesmo a madrugada, vai ficar para um filme surpresa que vai dar o que falar!

Confira a programação e a grade de horários

Sala 1 – Escândalo
Segredos de um Escândalo – Início às 23h40
Intervalo – 01h37
Infâmia – 02h05
Intervalo – 03h50
Filme surpresa – 04h15
Encerramento – 05h47

 

Fichas técnicas

Segredos de um Escândalo
2023, 117 min, EUA, drama, inglês (legendado)
Direção: Todd Haynes
Elenco: Natalie Portman, Julianne Moore, Charles Melton
Sinopse: Vinte anos após seu romance midiático virar assunto da nação, um casal é colocado sob pressão quando uma atriz viaja até seu lar para se preparar para um filme sobre o passado deles.

Infâmia
1961, 105 min, EUA, drama, inglês (legendado)
Direção: William Wyler
Elenco: Audrey Hepburn, Shirley MacLaine, Miriam Hopkins
Sinopse: As amigas Martha e Karen administram juntas um internato. Ao ser repreendida por uma mentira, uma estudante problemática tenta virar o jogo ao dizer para a avó que as duas têm um romance secreto. Quando o boato se espalha, a vida das educadoras vira de cabeça para baixo para sempre.

Canal Brasil exibe mostra em homenagem ao aniversário do cinema brasileiro
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Cultura, Filmes

Mostra em homenagem ao aniversário de 125 anos do cinema brasileiro continua no Canal Brasil em agosto

Em 2023, o cinema brasileiro comemora 125 anos e o Canal Brasil preparou uma mostra com 125 filmes nacionais que contam a história do audiovisual do país. As obras vão ao ar de segunda a quinta nas faixas de 18h15 e 22h30, a partir do dia 1º de agosto. É mais uma chance de conferir as produções que tiveram a grade do canal inteiramente dedicada a elas entre os dias 19 e 27 de junho. O Canal Brasil é a casa do cinema brasileiro e, além de contar com seu vasto acervo de longas e curtas-metragens, buscou diversos novos títulos para chegar a uma lista com filmes premiados internacional e nacionalmente, de diretores da velha guarda e da atualidade, e com todas as camadas da sociedade representadas por grandes artistas, algo que só um parceiro histórico do cinema brasileiro  poderia fazer.

A mostra contempla todas as fases emblemáticas do cinema brasileiro e teve início com o longa dirigido por Mário Peixoto, “Limite”, de 1931. A partir de 1º agosto, vão ao ar filmes que brilharam no Festival de Cannes, como “A Vida Invisível”, de Karim Aïnouz, vencedor do Un Certain Regard em 2019, e “Terra em Transe”, de Glauber Rocha, que ganhou o Prêmio da Crítica Internacional (Fipresci) em 1967. Entre os destaques da programação especial do mês também estão alguns dos maiores clássicos do cinema brasileiro, como “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, de Bruno Barreto, e “Macunaíma”, de Joaquim Pedro de Andrade.

Ainda serão exibidos filmes que tiveram enorme destaque no mercado nacional recentemente: “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, e “Marte Um”, de Gabriel Martins. Serão exibidos também longas de diferentes temáticas, como “Dois Filhos de Francisco”, de Breno Silveira, “O Menino e o Mundo”, de Alê Abreu, indicado a melhor filme de animação no Oscar de 2016, Bicho de 7 Cabeças”, de Laís Bodanzky, “Cabra Marcado para Morrer”, de Eduardo Coutinho, e “Pelé Eterno”, de Aníbal Massaini Neto, entre outros.

Mostra 125 do Cinema Brasileiro – programação de agosto:

01/08 

18h15 – Eles Não Usam Black-Tie, de Leon Hirszman (1981)

22h30 – Carlota Joaquina, Princesa do Brazil, de Carla Camurati (1995)

02/08 

18h15 – Festa, de Ugo Giorgetti (1989)

22h30 – Marte Um, de Gabriel Martins (2022)

03/08 

18h15 – Como Nascem os Anjos, de Murilo Salles (1995)

22h30 – Dois Filhos de Francisco, de Breno Silveira (2005)

07/08 

18h15 – Roberto Carlos em Ritmo de Aventura, de Roberto Farias (1968)

22h30 – Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade (1969)

08/08 

18h15 – Memórias do Cárcere, de Nelson Pereira dos Santos (1984)

22h30 – Café com Canela, de Glenda Nicácio e Ary Rosa (2017)

09/08 

18h15 – O Bravo Guerreiro, de Gustavo Dahl (1969)

22h30 – Pra Frente, Brasil, de Roberto Farias (1982)

10/08 

18h15 – Jogo de Cena, de Eduardo Coutinho (2007)

22h30 – Boi Neon, de Gabriel Mascaro (2015)

14/08 

18h15 – Elena, de Petra Costa (2012)

22h30 – Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles (2019)

15/08 

18h15 – Meteorango Kid, de André Luiz Oliveira (1969)

22h30 – A Vida Invisível, de Karim Aïnouz (2019)

16/08 

18h15 – Aruanda, de Linduarte Noronha (1960) + Arraial do Cabo, de Mário Carneiro e Paulo César Saraceni (1960) + Ilha das Flores, de Jorge Furtado (1989)  + Alma no Olho, de Zózimo Bulbul (1974)

22h30 – A Dama do Lotação, de Neville d’Almeida (1978)

17/08 

18h15 – O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, de Glauber Rocha (1969)

22h30 – Alma Corsária, de Carlos Reichenbach (1993)

21/08 

18h15 – Jorge – Um Brasileiro, de Paulo Thiago (1988)

22h30 – Bicho de 7 Cabeças, de Laís Bodanzky (2001)

22/08 

18h15 – Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos (1963)

22h30 – Prova de Fogo, de Marco Altberg (1980)

23/08 

18h15 – O Menino e o Mundo, de Alê Abreu (2013)

22h30 – Amor Estranho Amor, de Walter Hugo Khouri (1982)

24/08 

18h15 – Terra em Transe, de Glauber Rocha (1967)

22h30 – O Cheiro do Ralo, de Heitor Dhalia (2007)

28/08 

18h15 – Cabra Marcado para Morrer, de Eduardo Coutinho (1984)

22h30 – Hoje eu Quero Voltar Sozinho, Daniel Ribeiro (2014)

29/08 

18h15 – Pelé Eterno, de Aníbal Massaini Neto (2004)

22h30 – Eu sei que vou te amar, de Arnaldo Jabor (1986)

30/08 

18h15 – O Cangaceiro, de Lima Barreto (1953)

22h30 – Leila Diniz, Luiz Carlos Lacerda (1987)

31/08 

18h15 – O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla (1968)

22h30 – Dona Flor e Seus Dois Maridos, de Bruno Barreto (1976)

Lista completa dos 125 filmes

Aposta do terror para 2022, Exorcismo Sagrado ganha trailer oficial
Filmes, Séries

Aposta do terror para 2022, Exorcismo Sagrado ganha trailer oficial

Estrelado por Will Beinbrink (‘It: Capítulo 2’), o longa chega aos cinemas nacionais em 10 de fevereiro. Dirigido por Alejandro Hidalgo, Exorcismo Sagrado traz nomes como Joseph Marcell (‘Um Maluco no Pedaço’), María Gabriela de Faría (‘Deadly Class’), Will Beinbrink (‘It: Capítulo 2’) e Hector Kotsifakis (‘Luna de Miel’) no elenco. Buscando uma nova abordagem para os filmes de exorcismos, o longa é uma das grandes apostas do terror para este ano e chega aos cinemas nacionais em 10 de fevereiro. A Imagem Filmes é a distribuidora responsável pelo lançamento no Brasil e acaba de liberar o primeiro trailer oficial do longa.

+ 10 filmes na Netflix que vão fazer você morrer de medo

Peter Williams (Will Beinbrink), um padre americano que vive no México, desafia ordens de seus superiores para realizar um ritual de exorcismo. No entanto, o demônio é forte demais para ser derrotado e consegue levar o padre a cometer um terrível sacrilégio. Dezoito anos depois, as consequências desse pecado voltam a assombrar Peter diariamente. Para salvar sua vida, ele vai precisar enfrentar novamente o demônio que conhece tão bem suas fraquezas em uma batalha ainda maior entre o bem e o mal. Trazendo elementos de grandes clássicos do gênero, como ‘O Exorcista’ e ‘Uma Noite Alucinante’, Exorcismo Sagrado é definido pela crítica como um projeto “que subverte constantemente todas as expectativas que temos a respeito do subgênero de filmes de exorcismo”. O longa foi indicado a Melhor Filme de Terror na última edição do Fantastic Fest, um dos principais festivais de filmes de gênero dos Estados Unidos.

Exorcismo Sagrado conta ainda com Raquel Rojas (‘Grachi’), Alfredo Herrera (‘Fear the Walking Dead’), Eloisa Maturen (‘Liz em Setembro’), Juan Ignacio Aranda (‘Obediência Perfeita’) e Christian Rummel (‘The Last of Us: Part II’) no elenco.

Assista ao Trailer

Sinopse:
Ao ser possuído durante um ritual de exorcismo, o padre Peter Williams (Will Beinbrink) acabou cometendo um terrível sacrilégio. Dezoito anos depois, as consequências de seu pecado voltam para assombrá-lo e acabam desencadeando uma batalha ainda maior entre o bem e o mal.

harry potter
Imagem: Divulgação
Filmes, Séries

Harry Potter voltará às telonas em 3D

Em novembro de 2001, o mundo dos trouxas foi completamente modificado pelo universo bruxo. E se você compreendeu bem essa frase, com certeza foi mais um dos impactados pelo fenômeno Harry Potter. O universo mágico que envolve todas as aventuras de Harry, Rony e Hermione se tornou um clássico atemporal, que segue encantando pessoas de todas as idades. E é para celebrar esse fenômeno e comemorar os 20 anos de estreia do primeiro longa da franquia, que a Cinesystem vai exibir “Harry Potter e a Pedra Filosofal” e preparar uma série de surpresas para os fãs da saga.

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A ação vai ter um toque a mais de sentimentalismo para a exibidora, que em 2001 ainda não contava com nenhuma sala em operação. As duas décadas foram de muita transformação para a Cinesystem, que hoje conta com 26 multiplex, em 10 estados, com 166 salas, de norte a sul do Brasil.

“Harry Potter faz parte da história do cinema de uma maneira tão intensa, que é até curioso pensar que nós, por exemplo, ainda não existíamos como rede quando o primeiro filme chegou ao público. Duas décadas depois, cá estamos, entre as maiores exibidoras do país e ainda celebrando as histórias de Hogwarts. Vai ser um privilégio poder viver essa experiência única ao lado do público. Será uma sessão nostálgica, mas com sabor de estreia para nós”, comenta Sherlon Adley, diretor Comercial e de Marketing da Cinesystem.

A exibição acontecerá na última semana de novembro, com datas e multiplex ainda a confirmar. Mas para já dar um gostinho do que vem por aí, a exibidora antecipa que a sessão será em 3D, com qualidade ímpar de som e imagem, e que os cinéfilos poderão se divertir muito, mesmo antes do filme começar, com a presença de cosplays e muito mais.

‘Eternamente Minha’, obra da autora Jéssica Macedo, foi produzida durante a pandemia e estreia em versão cinematográfica neste domingo
Atualizações, Livros

‘Eternamente Minha’, obra da autora Jéssica Macedo, foi produzida durante a pandemia e estreia em versão cinematográfica neste domingo

Uma história de amor intensa sai das páginas do livro e vai para as telonas: é “Eternamente Minha”, da autora brasileira Jéssica Macedo. O tórrido romance entre os protagonistas Vitor e Cintia, que a princípio enfrentam uma série de intolerâncias na convivência na faculdade de Direito, mostra até onde vai a paixão entre opostos e a força do amor e do destino. A história já criou uma legião de fãs pelas redes sociais e gera bastante expectativa entre leitores assíduos da escritora, que é natural de Belo Horizonte. Com toda produção feita durante a pandemia, o filme foi gravado na capital mineira por meio de uma parceria entre o Grupo Editorial Portal, a autora e a Big Boss Produções e estreia neste dia 7 de novembro, no Teatro Colégio Nossa Senhora das Dores.

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A produção do longa era um sonho da autora e tomou forma a partir de janeiro deste ano, quando a parceria foi firmada com a Big Boss Produções. O segundo passo foi o teste de elenco, a partir de março e, com a lista aprovada de atores e atrizes – cerca de 80 profissionais – as gravações se iniciaram logo em seguida, driblando todas as dificuldades e cuidados impostos pela pandemia do Coronavírus.

A maioria das gravações foi feita em ambientes fechados, como residências alocadas, mas a produção valorizou algumas externas em pontos de Belo Horizonte também, sem se preocupar em necessariamente identificar a cidade. O sotaque mineiro do elenco não foi disfarçado, o que dá bastante naturalidade ao filme.

Jéssica Macedo, que também tem formação em Cinema pela UFMG, diz que a bagagem que trouxe da universidade facilitou a produção desta que é a sua primeira experiência cinematográfica, bem como a adaptação do roteiro de um de seus livros. “Eu já tinha noção de roteiro, já tinha uma bagagem. Foi mais uma questão de me organizar. A equipe me deu auxílio e fomos fazendo ajustes de acordo com o que cada cena pedia”, afirma, revelando que durante a produção esteve em todos os sets de gravação e acompanhou a evolução do filme. “Botei a mão na massa, tive a oportunidade de até filmar e acompanhei tudo de perto”, comemora.

Para Ricardo Assis, o protagonista Vitor e também diretor da Big Boss Produções, ter tido o apoio e a visão de filmagem da escritora no set contribuiu demais. “Eu fiquei muito feliz com o resultado”, destaca. Assis diz que faz essa dupla função há bastante tempo em suas produções e que é bem desafiador, mas em “Eternamente Minha” teve uma preocupação ainda maior: agradar de verdade os fãs do livro. “Eu sei que a Jéssica tem um grande número de leitores que a seguem. Por isso, meu principal ponto era rodar um filme bem próximo do que foi narrado no livro – claro que com algumas novidades”, afirma.

O diretor também pontua a transformação de seu personagem como outro item que exigiu uma dedicação ainda maior de sua performance, já que Vitor passou por muitas transformações no enredo do filme. Ele começa como playboy e depois passa a se questionar, até vivenciar uma transformação de fato, movida pelo amor que descobre sentir por Cintia. “Foi muito bonito representar esse processo de evolução do personagem”.

A protagonista Xanthine Drummond, selecionada para o papel de Cintia, também comenta que essa trajetória do personagem Vitor foi surpreendente. “Eu aprendi muito com essa experiência – é meu primeiro filme, apesar de já ter feito bastante teatro”. A atriz lembra que quando descobriu que eu ia ser a Cintia, já sabia que existiam muitos fãs do livro. “Percebi de imediato que precisava atender a muitas expectativas”, descreve. A meta de Xanthine, desde o começo, era criar uma rápida conexão com o livro, para que as pessoas que o leram se identificassem com a personagem. Para isso, a atriz passou por mudanças no visual duas vezes. No início, ficou loira e, na segunda fase do filme, precisou deixar o cabelo mais curto. “Foi um desafio muito bom na minha carreira”.

Jéssica Macedo ressalta que o filme foi feito sem recursos e, mesmo assim, a produção buscou o máximo da qualidade, o que para ela foi uma grande superação. “Tudo o que a gente fez foi com poucos recursos, considerando que estamos em BH, onde o audiovisual não é valorizado e, mesmo assim, o resultado me deixa muito contente. Não é um filme de Hollywood, mas estamos entregando um filme muito bom”.

O diretor Ricardo Assis acrescenta que a Big Boss Produções possui 10 anos de produção independente e nunca interrompeu um sonho ou projeto cinematográfico por não ter um recurso específico. “No caso deste filme, a gente acabou se adaptando com o que tinha. Onde faltou recurso, sobrou na gente em boa vontade, em qualidade e perseverança. A equipe teve recursos ainda maiores: a garra, a vontade, a técnica e a experiência. Espero que ‘Eternamente Minha’ possa ser uma porta aberta para o cenário de BH ter mais incentivo, mais apoio”.

Já a autora dá um spoiler e diz que escreveu uma cena inédita para o filme – justamente para trazer novidade e aquecer a história. “Fiz uma nova cena que envolve o desfecho do vilão”, revela. Jéssica Macedo está contando os dias e as horas para chegar a estreia e desde que viu o trailer procura conter sua emoção de ver o trabalho pronto. “Esse trabalho vai para o lado do coração. E o mais significativo é que ficou exatamente do jeito que eu tinha imaginado e em alguns pontos até melhor. Os fãs também já demonstram inquietação com essa estreia e nós esperamos que o público brasileiro goste”, finaliza.

O trailer de “Eternamente minha” pode ser conferido no link do YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=GfRRKZXLoI0. Após 13 de novembro, o filme poderá ser assistido pelo público em geral pelo Cinebrac: https://cinebrac.com.br/

A estreia contará com todos os protocolos sanitários conforme orientações das autoridades municipais e federais, bem como distanciamento necessário na plateia.

Sinopse de Eternamente Minha e roteiro para o filme

Vitor Doneli era um playboy e o herdeiro de um império, mas ele decidiu desafiar o pai e traçar o próprio caminho, antes que o destino pesasse sobre ele e fosse obrigado a se tornar o CEO da empresa da família. Cursando Direito em uma faculdade pública, cercado de amigos e mulheres de vários níveis sociais abaixo do dele, terá a sua realidade de cafajeste virada de cabeça para baixo quando uma caloura atravessar o seu caminho.

Cíntia deixou sua casa, sua família e seu namorado e foi estudar em uma cidade grande. Determinada a se tornar uma advogada, ela não queria um relacionamento, mas o destino estava prestes a surpreendê-la. Cíntia tentou e lutou com todas as forças para não se aproximar, não se apaixonar. Vitor era o completo oposto de tudo o que desejava. Um jovem mimado e rico, que a provocou, enlouqueceu e roubou seu coração.

Uma gravidez inesperada apenas intensificou o amor entre eles. Eram o destino um do outro, ou acreditavam nisso. Porém, o coração deles será partido, promessas serão quebradas, e todo o amor que viveram se tornará uma triste lembrança do passado na qual se negarão a desistir.

Sobre a autora

Jéssica Macedo é mineira de 25 anos, mora em Belo Horizonte com o marido e três gatos, suas paixões. A autora escreve desde os nove anos, publicou seu primeiro livro aos 14. Começou na fantasia, mas hoje sua escrita abrange diversos gêneros, entre romance de época, contemporâneo, infanto-juvenil, policial e ficção científica. Com mais de 70 livros publicados, é escritora, editora, designer e roteirista.

Graduada em Cinema de Animação e Artes Digitais foi responsável pelo roteiro de “Eternamente Minha” e acompanhou as gravações do filme, realizando o sonho de unir suas maiores paixões: cinema e literatura.

A produtora de Eternamente Minha

A Bigboss Produções é uma produtora independente, criada por Ricardo Assis, que atua desde o ano de 2011, visando construir conteúdo no ramo audiovisual para gerar oportunidades para artistas em diversos projetos, os quais podem ser classificados como cosplay, releituras, remakes e projetos autorais para abranger públicos diversos.

Os projetos realizados são releituras como “Crepúsculo: um novo amanhã”, “Constantine”, “Os 10 Mandamentos”, “Assassin’s Creed”, “Tropa de Elite”, “Os Defensores” “Ritmo Quente”, “Doce Novembro”, “Vampire Diaries”, “John Wick: o início”, “Matrix”, “Supernatural” e projetos autorais como “Feridas da Alma”, “Infinito” e a novela “A força do coração”, entre outros, que estão disponíveis no canal do YouTube Bigboss Produções.

Com tantos lançamentos e uma trajetória de profissionalismo, a produtora adquiriu uma boa visibilidade no cenário cultural brasileiro. Atualmente, tem investido em novos projetos como o “Eternamente Minha”, entre outros, com a finalidade de expandir e aprimorar o conteúdo artístico que oferece ao público, para contribuir com o cinema mineiro e nacional por meio da produção de conteúdo de qualidade.

Sobre o Grupo Editorial Portal

Com sede em Belo Horizonte (MG) e presente no mercado brasileiro há quatro anos, o Grupo Editorial Portal vivencia uma fase de evolução de sua marca e ampliação de portfólio, em contínua busca por jovens talentos, bem como incrementa sua frente de gestão, coordenada pela editora Patrícia Trigo.

A empresa já publicou cerca de 100 obras, incluindo e-books, e hoje atua com a produção e divulgação de um time de 27 autores, incluindo uma australiana que acaba de chegar na equipe. O Grupo Editorial Portal tem apresentado uma performance de crescimento nos últimos anos e, só em 2020, totalizou um lançamento expressivo de 37 obras, sendo 26 livros escritos em 2020, durante a pandemia do Coronavírus, pela autora principal e fundadora do grupo, Jéssica Macedo – eleita como sucesso de vendas na plataforma on-line Amazon Kindle Store.

É uma editora mineira com foco em ficção e com o objetivo de promover o entretenimento e incentivar o prazer pela leitura. Com essa proposta no radar estratégico, encontrou no audiovisual uma ferramenta para que as histórias cheguem a cada vez mais pessoas, tornando-se a principal apoiadora do projeto “Eternamente Minha”.

Estreias de novembro no cinema e na Netflix
Atualizações

Estreias de novembro no cinema e na Netflix

Novembro finalmente deu início a temporada de fim de ano e com ela vem MUITOS LANÇAMENTOS que estávamos morrendo de ansiedade para conhecer. Confira nossa lista com todas as estreias de novembro no cinema e na Netflix:

Estreias de novembro no cinema

07 de novembro

  • Doutor Sono
  • Parasita
  • Bate Coração
  • Link Perdido
  • Cadê você, Bernadette?
  • Meu amigo Fela
  • Ventos para a liberdade
  • O Relatório
  • Mama Colonel
  • Retablo
  • Cine São Paulo
  • Fernando
  • O Outro Lado da Memória

14 de novembro

  • As Panteras
  • Invasão ao Serviço Secreto
  • Dora e a Cidade Perdida
  • Ford vs. Ferrari
  • Diz A Ela Que Me Viu Chorar
  • A Camareira
  • Azougue Nazaré
  • Estaremos Sempre Juntos
  • Um Amante Francês
  • Adam
  • Midway – Batalha em Alto Mar
  • Medo Profundo: O Segundo Ataque
  • Fogo Contra Fogo Direção: Man

21 de novembro

  • A Vida Invisível
  • Mais que Vencedores
  • Um Dia de Chuva em Nova York
  • Bixa Travesty
  • O Reino Gelado: A Terra dos Espelhos
  • Synonymes
  • A Grande Mentira
  • A Revolução em Paris
  • PJ Harvey: Um Cão Chamado Dinheiro

28 de novembro

  • Os Parças 2
  • Uma Segunda Chance para Amar
  • Carcereiros – O Filme
  • As Golpistas
  • Duas Coroas
  • Bonnie Bears – Aventura em Miniatura
  • Liberdade É uma Grande Palavra
  • Mirante
  • A Resistência de Inga
  • Minha Irmã de Paris

Estreias de novembro na Netflix

  • Hache (01/11/2019)
  • Atypical: Temporada 3 (01/11/2019)
  • Nós Somos a Onda (01/11/2019)
  • The End of the F***ing World: Temporada 2 (05/11/2019)
  • Greenleaf: Temporada 4 (06/11/2019)
  • Grandes Momentos da Segunda Guerra em Cores (08/11/2019)
  • Brinquedos que Marcam Época: Temporada 3 (15/11/2019)
  • The Crown: Temporada 3 (17/11/2019)
  • Ninguém Tá Olhando (22/11/2019)
  • Alto Mar: Temporada 2 (22/11/2019)
  • NarcoWorld – Histórias do Tráfico (22/11/2019)
  • Feliz Natal e Tal (28/11/2019)
  • American Son (01/11/2019)
  • O Rei (01/11/2019)
  • Resgate do Coração (01/11/2019)
  • Drive (01/11/2019)
  • Comer Rezar Amar (01/11/2019)
  • Deixe a Neve Cair (08/11/2019)
  • Paradise Beach (08/11/2019)
  • Baywatch (09/11/2019)
  • Velozes e Furiosos 8 (11/11/2019)
  • Nada a Perder 2 (15/11/2019)
  • Klaus (15/11/2019)
  • Pássaro do Oriente (15/11/2019)
  • Um Passado de Presente (21/11/2019)
  • O Irlandês (27/11/2019)
  • O Natal Está no Ar (28/11/2019)
  • Arctic Dogs (29/11/2019)
  • Atlantique (29/11/2019)
Críticas de Cinema, Filmes

CRÍTICA: CORINGA (2019) – ANÁLISE COM SPOILERS

Duas semanas após sua estreia é inegável que Coringa se tornou um sucesso. Muitas expectativas foram criadas em torno do novo filme, embaladas pelos elogios recebidos em festivais e os trailers que entregavam pequenos vislumbres da atuação primorosa de Joaquin Phoenix. Com a estreia nas bilheterias, Coringa não tardou em ser o filme número um no mundo, eclipsando as outras produções em cartaz e arrecadando mais de 500 milhões em bilheterias. Diante de tanto sucesso, resolvemos trazer para vocês uma Análise com Spoilers.

Afinal, cheio de críticas sociais e carregado numa série de polêmicas, o filme de Todd Philips é ambíguo, fundado em bipolaridades e equilibra uma prosa dramática e grotesca ao mesmo tempo. Se você ainda não viu, mas não se aguenta de curiosidade, ou quer relembrar e entender melhor alguns temas que o longa aborda, essa resenha é perfeita para você!

Durante toda a minha vida, eu nem sabia se eu existia de verdade, mas eu existo e as pessoas estão começando a perceber

A CIDADE E O POVO DE GOTHAM

Gotham é um epicentro de problemas.

Sempre foi assim nas histórias do homem-morcego e aqui as coisas não são diferentes. Retratada no início dos anos 80, a cidade está imersa em pobreza e desigualdade, acentuada por uma enorme crise de desemprego. Abandonada pelo governo, nem mesmo o lixo é recolhido nas ruas, levando Gotham a uma infestação de ratos. Como se não bastasse, as diferenças sociais se condensam em uma enorme onda de tensão, colocando os ricos contra as classes mais empobrecidas num clima de desesperança e desespero.

Dentro desse contexto, Arthur Fleck é um homem que representa essa população desolada da cidade. Vive para sobreviver, tendo acompanhamento psicológico pago pelo governo, um emprego precário, fazendo bicos como palhaço, e uma mãe doente para cuidar. Sua única esperança, ou objetivo a longo prazo, parece ser sua espera por uma chance de se tornar comediante de Stand Up – e mesmo essa mínima fantasia do personagem soa como uma piada irônica e constrangedora.

Sua primeira cena, uma das mais icônicas, mostra o palhaço forçando um sorriso entre os lábios – enquanto uma única lágrima borra sua maquiagem. Na sequência seguinte, ele é roubado enquanto trabalha em frente a uma loja e, ao perseguir os ladrões, é espancado.

O filme tem um aspecto gélido, explorando com calma a situação agonizante de Arthur. As cenas em que volta pra casa são marcas do tom em que a história se passa – há uma frieza que ronda as ruas, uma sensação de vazio e tensão iminente.

Quando chega em casa, Arthur precisa cuidar de uma mãe raquítica e doente. É um ponto interessante na trama, já que é na relação entre os dois que o aspecto humano do personagem se revela mais forte.

Embora pareça senil, Penny Fleck tem uma enorme consciência da situação em que se encontram e das condições em que o filho vive. Sua única esperança, contudo, está depositada em enormes ilusões – cartas que escreve para o milionário e candidato a prefeito, Thomas Wayne, de quem fora funcionária 30 anos antes.

Faça uma cara feliz!

Como uma cereja no topo desse bolo de desgraças, Arthur ainda sofre de uma condição rara, que o faz gargalhar em situações inoportunas, sem ter qualquer controle. Nesses momentos o brilho de Joaquim Phoenix é inegável – seus lábios gargalham, mas seus olhos permanecem em uma profunda agonia, revelando todo o abismo que mora dentro da personagem.

Conforme Arthur escreve suas piadas, temos acesso a sua parte mais profunda e essencial – e não há dúvidas de que encontramos um homem à beira do colapso. Porém, o que mais chama atenção, são seus esforços para se adaptar e manter o controle da situação.

Querendo ou não, ele vai as consultas com a analista, ele toma seus remédios, ele tem um emprego… Arthur não é um monstro, a verdade é muito mais difícil, ele é só um homem comum – imerso até o pescoço em uma série de problemas.

OS ASSASSINATOS DO METRÔ

Uma série de incidentes compõe a base da transformação de Arthur.

Por conta da surra que levou de alguns moleques, enquanto trabalhava para divulgar uma queima de estoque, um de seus companheiros lhe oferece uma arma – para que pudesse se proteger. Arthur aceita, mesmo sabendo que não deveria.

Sem qualquer bom senso, Fleck leva a arma para um hospital cheio de crianças, onde está se apresentando. Acaba por se demitido, quando a arma escorrega por sua roupa e fica à vista de todo mundo. A cena é uma das primeiras que produzem aquela sensação de humor incomodo, como se ríssemos de nervosismo – coisa que o filme faz muito bem.

Voltando para casa, no metrô, Arthur fica no mesmo vagão em que três rapazes – depois ditos funcionários da Wayne Enterprises – importunam uma garota. A mulher saí do vagão, mas Arthur permanece, gargalhando. Fantasiado de palhaço, solitário e preso em seu acesso de risos, é uma presa fácil.

Os três homens o espancam, mas diferente da última vez, Arthur revida. Tudo é rápido. Tiros e tiros, o sangue jorra, um dos homens caí. Mais tiros, e o segundo segue o companheiro. O terceiro consegue fugir, assim que o metrô para. Arthur o persegue e fuzila seu corpo, descarregando todas as balas que tinha em seu revólver.

“A pior parte de ter uma doença mental é que as pessoas esperam que você aja como se não a tivesse

Desesperado, o assassino foge e se tranca em um banheiro público e, então… dança. Dança como se seu corpo fosse guiado por uma música suave e inaudível. A polícia começa a investigar o caso e testemunhas relatam ter visto um homem vestido de palhaço saindo da cena do crime. Thomas Wayne dá uma entrevista, lamentando a morte de seus três funcionários e, sem qualquer tato, chama a população de baixa renda de palhaços e os critica pelo suposto ódio que propagam contra os ricos.

Algumas cenas antes de tudo isso ocorrer, é mostrado que Arthur passa a se relacionar com uma de suas vizinhas, Sophie, que sendo jovem e mãe solteira, parece ser um par improvável para Fleck. Ainda assim, após cometer os crimes, o relacionamento deles parece alavancar. Juntos eles vão a um show de stand up, onde Arthur finalmente se apresenta. Tudo começa mal, mas a impressão é que ele passa a fazer as piadas certas em algum momento.

Nesse passeio, discutem sobre os recentes assassinatos e sobre como as pessoas passaram a usar uma máscara de palhaço como símbolo dos manifestantes contra o governo e a elite da cidade. A garota parece acreditar que o suposto palhaço assassino é um herói para Gotham – e Arthur sorri. E até mais do que isso, ele começa e encontrar uma identidade para si.

AS CARTAS PARA O PASSADO

Apesar do filme dar sinais de que as coisas se alinharam para Arthur, não demora para que sua vida desande mais uma vez.

Sua assistência vinda do governo é cortada, como parte de uma proposta de redução de verba pública, já que a cidade vai de mal a pior. É interessante notar como Gotham parece mais uma cidade-estado nessa mitologia, do que um município comum. Como se não bastasse, ele finalmente vai de encontro com uma verdade avassaladora – ao abrir uma das cartas que sua mãe envia frequentemente para Thomas Wayne, descobre que ele pode ser seu pai.

A mera suposição do Coringa ser irmão do Batman faz os nervos dos fãs entrarem em colapso – para o bem ou para o mal. Mas, mesmo após discutir com sua mãe e ela admitir ter tido um caso com o Wayne, a possibilidade disso ser verdade parece bastante remota.

Contudo, Arthur se anima. Vai até a mansão Wayne e encontra, mesmo separados por um portão, o jovem Bruce. Sua cena fazendo um sorriso falso em seus lábios vai habitar a imaginação dos fãs por um bom tempo. Finalmente, ele é expulso de lá, ouvindo pela primeira vez a afirmação de que sua mãe seria uma lunática.

É impressão minha ou o mundo está ficando mais doido?

Enquanto volta para casa, descobre que a polícia o procurou para falar sobre os assassinatos do metrô. Sua mãe entra em pânico ao ser interrogada por um dos oficiais e acaba passando mal. Arthur fica com ela no hospital e Sophie o acompanha também. É ali que, assistindo ao show de Murray Franklin, um comediante e apresentador por quem tem uma enorme fascinação, vê sua apresentação de Stand Up sendo transmitida. A princípio, sente que seu sonho está se realizando, mas caí em desilusão quando percebe que estão apenas gozando dele.

Se apegando as esperanças que ainda restam para ele, Fleck vai até um evento onde o próprio Thomas Wayne está presente. Ao interceptar o homem no banheiro, Arthur basicamente se declara, exigindo a atenção e o carinho de seu suposto pai. Contudo, recebe apenas um soco de partir o nariz e uma história intragável: sua mãe seria uma ex-funcionária mentalmente instável, que teria inventado a história sobre seu caso com Wayne, após adotar Arthur.

Incrédulo, Arthur vai até o Sanatório Arkham, onde vemos algumas referências a outros vilões do Batman, como o Charada. Ali ele consegue ver os relatórios psiquiátricos sobre sua mãe e os rouba. Finalmente a verdade vêm à tona: Penny o adotou, mas deixava-o totalmente alheio de qualquer cuidado. Mais do que isso, ela teria permitido que seu namorado da época tivesse torturado tanto ela quanto a criança. Arthur teria ficado acorrentado por dias, sem comida ou bebida.

Inconsolado, sem rumo ou propósito, Arthur vai até o apartamento de Sophie. Plot twist: descobrimos que todas os momentos que eles teriam passado juntos, foram criados pela própria mente psicótica de Fleck. A cena é breve, mas agoniante. Quando Arthur saí, sem deixar claro o que realmente teria acontecido, só podemos supor o pior.

ABREM-SE AS CORTINAS: COM VOCÊS, O HOMEM QUE RI!

Já sem qualquer limite exterior imposto, o homem vai até o hospital, onde finalmente confronta sua mãe e assume saber a verdade sobre seu passado. Sem dar tempo para que Penny absorvesse suas palavras, ele a sufoca com seu próprio travesseiro.

É então que ele finalmente recebe uma chamada para participar do programa de Murray. Após aceitar, ele começa a ensaiar para o programa e descobrimos que seu plano é cometer suicídio ao vivo – num último e grande ato.

Quando pinta o cabelo de verde, Arthur já não é mais Arthur. A máscara finalmente caí e o interior se liberta. Vemos o eclodir de uma nova persona – Coringa. Enquanto se produz vemos a construção de seu verdadeiro rosto – decidido, frio e violento.

Dois de seus antigos colegas vão ao seu apartamento, prestar condolências pela morte de sua mãe, e então temos a cena mais gráfica do filme. Coringa mata brutalmente o colega que lhe deu a arma, num ímpeto de fúria e frieza. O outro, um anão que já era alvo de sátiras durante o filme, fica encurralado, totalmente sem reação.

“Só espero que minha morte valha mais centavos do que minha vida”

Coringa permite que ele parta, pois admite que o homem nunca o tratara mal. O anão não consegue abrir a porta por causa do seu tamanho, fazendo com que Coringa o assuste antes de deixa-lo sair, dando-lhe um beijo em sua testa. Mas a cena em si causa uma reação confusa nos espectadores – nesse momento, o cômico e o grotesco se misturam como nunca. Alguns riem, enquanto outros se encaram, atônitos.

Totalmente trajado, já assumindo sua nova identidade, Coringa dança por uma escadaria de seu bairro. É encontrado pelos policiais que o procuravam e decide fugir deles. Para esse dia, uma manifestação está marcada para o centro da cidade. Coringa entra no metrô, onde um enorme grupo de manifestantes está usando máscaras de palhaço. Ele consegue se camuflar no meio da multidão e uma confusão começa com a entrada dos policias que, pressionados, acabam por atirar em um homem. Coringa saí na estação, eufórico, enquanto um dos policiais é linchado.

Nos camarins do show de Murray, um dos produtores não quer permitir sua presença, já que seu visual pode ser associado aos movimentos políticos. O próprio apresentador questiona seu convidado, que garante não ter qualquer vínculo com os manifestantes. Após entrarem em um acordo, ele pede para que Murray o apresente como Coringa.

Aqui vale uma nota, já que talvez nada seja mais impactante em todo o longa do que a cena de Coringa coreografando sua dança macabra atrás das coxias. Ele está, enfim, pronto para o que tem de fazer.

A conversa com Murray, contudo, não poderia ser pior. É até difícil perceber o momento em que começa a desandar – simplesmente, parece destinado ao fracasso desde o princípio. Em determinado momento, Coringa admite a responsabilidade pelos assassinados do metrô. “Estou cansado de fingir que não foi engraçado”, é o que ele diz. A sensação do espectador é que cada frase a mais nessa conversa é um erro.

Tensão, tensão e um novo plot twist – Coringa dispara contra Murray. Correria, gritos, desespero… p agente do caos se revela. Ele encara uma das câmeras, antes que a transmissão seja interrompida: “And remeber ‘That’s’… ”, tenta dizer, quando as imagens são cortadas.

ENFIM, OS APLAUSOS!

Coringa é preso, levado em um carro de polícia enquanto contempla a cidade ser consumida pela fúria dos manifestantes, que encaram seu ato de assassinato como um gesto de rebeldia e afronta contra as instituições que eles combatem.

De repente, um caminhão acerta o carro de polícia, e Coringa é liberto pelos manifestantes. Nesse mesmo momento, ao saírem de um cinema que exibia a Máscara de Zorro, fugindo para um beco ao tentarem sair do epicentro do tumulto, os Thomas e Marta Wayne encontram seu fim trágico e reimaginado, diante do pequeno Bruce.

Coringa, por outro lado, se vê rodeado por homens e mulheres mascarados que bradam o seu nome. Usando seu próprio sangue, ele desenha um sorriso distorcido em sua face. É seu momento de glória. O caos domina a cidade, Thomas Wayne está morto, Penny Fleck, Murray Franklin e o próprio Arthur também, mas o palhaço vive.

É uma noite sombria para Gotham City.

A tela, enfim, escurece e ouvimos o som de sua risada rouca e involuntária. Há mais um trecho para a conclusão do filme, uma conversa entre Coringa e sua psiquiatria, provavelmente preso no Asilum Arkham.

– Qual é a graça? – A mulher pergunta para ele.

– Eu pensei numa piada – Coringa responde antes de cair na gargalhada.

– Quer me contar?

– Você não vai entender – Ele responde e traga seu cigarro.

A música “That’s Life” de Frank Sinatra inicia. Coringa a canta em conjunto com o fundo. Então, ele aparece correndo pelos corredores, sendo perseguido por funcionários numa cena que remete aos filmes pastelões.

Seus passos deixam marcas de sangue pelo corredor.

Disseram que eu não sou engraçado o suficiente, dá pra acreditar?

Qual a conclusão que podemos chegar?

Nenhum filme de super-herói, talvez em todos os anos de existência do cinema, tem metade da profundidade que Coringa. A proposta do longa, somados a sua execução por parte de uma direção impecável e uma atuação de tirar o fôlego de Phoenix, criaram uma obra digna de tanta repercussão.

Há muitas polêmicas envoltas ao filme, certamente. Contudo, parece bastante claro que Arthur Fleck não se tornou Coringa porque teve um dia ruim, nem mesmo porque tinha uma condição psiquiátrica, ou porque era socialmente isolado. Mas sua transformação foi uma fusão de todos esses fatores, ainda mais intensificados pela situação política e precariedade social de Gotham.

Arthur era um homem que queria ter uma vida normal. Mas foi sendo tragado por circunstâncias que o levaram a um ponto de ruptura. Nesse estágio, sem ter qualquer suporte, optou pela via mais agressiva – escolheu parar de tentar conter seu lado mais sombrio e usou-o como ferramenta para se libertar.

Coringa é um vilão. Mas é muito mais complexo do que um vilão que nasce assim, como os da Disney, ou daqueles que se tornam antagonistas por terem algum objetivo controverso e impopular, como Thanos. Arthur Fleck foi sendo minado pela doença, pela sociedade e por pessoas a sua volta, e esse homem sucumbiu ao Coringa, que assumindo no controle da situação, optou por virar o mundo de cabeça para baixo.

Sim, essa perspectiva é assustadora. Não porque o filme é puramente polêmico, mas porque ele reflete a nossa realidade. Dessa forma, não é o filme que deve ser combatido, mas sim os nossos próprios valores sociais – que acabam por permitir que um filme de ficção seja tão próximo da realidade.

Críticas de Cinema, Filmes

Crítica: Abigail e a cidade proibida (2019)

Abigail e a cidade proibida é um filme russo que chegou aos cinemas nesta quinta-feira (12) e surpreende em vários aspectos. Primeiro, é um filme russo, e, vivendo em um mundo dominado pelo cinema hollywoodiano, é surpreendente quando somos expostos a um filme russo. Segundo, ele ressuscita o gênero steampunk tão popular nos anos 80 e 90. Porém, as surpresas não são suficientes para amenizarem os furos no roteiro e a fraqueza da história.

Para quem não conhece, steampunk é o termo usado para uma ficção científica que fala sobre avanços tecnológicos em uma história que se passa mais no passado. Confuso? Deixe-me explicar. Júlio Verne descreve uma máquina parecida com um submarino no início do século 20, assim como também fala sobre uma viagem ao redor do mundo em um balão de ar quente. Submarinos e balões são coisas totalmente comuns para nós, mas não são na época em que a história passa.

Agora, voltando à história da Abigail, temos um mundo onde há pessoas capazes de produzir magia que pode ser canalizada em armas futurísticas que lançam raios. A tal cidade proibida é o local onde eles moram, uma cidade totalmente cercada onde ninguém entra e ninguém sai. O motivo dado à população é que há uma doença mortal que se espalhou pelo mundo e eles só estão vivos por causa da muralha que cerca a cidade.

Ninguém sabe o que há lá fora ou se ainda há algo lá fora, porém, já se passaram tantos anos que ninguém mais pergunta, só aceita. Homens mascarados patrulham as ruas o tempo todo, colocando luzes nos olhos das pessoas para testar se a tal “doença” se manifestou. Aqueles que têm um diagnóstico positivo são levados para fora da cidade.

Dentro desse mundo pós-apocaliptico meio futurista e mágico, temos a nossa mocinha, a Abigail, cuja o pai trabalhava para o governo e foi levado quando ela tinha 8 anos. A história se passa quando ela já está com 18, mas temos vários flashbacks ao longo do filme, onde Abigail se lembra das lições que seu pai a ensinou e segue em uma busca implacável de seu paradeiro.

Abigail e a cidade proibida tinha tudo para dar certo, porém, a fórmula não funcionou tão bem quanto esperado. Apesar do roteiro diferente, essa aposta arrojada no steampunk em contrapartida da ficção científica tradicional que está tão em alta e toda aura de magia e ótimos efeitos especiais, o filme peca na execução em falar muito em tão pouco tempo e forçar um romance entre Abigail e o líder da resistência que se consolidou em menos de dez minutos.

Temos magia, um mundo pós-apocalíptico, uma trama cheia de conspiração, várias intrigas e muitos personagens com histórias mal acabadas no mesmo filme. Levando em conta o público-alvo que eu não julgaria ser mais do que infanto-juvenil, a confusão é muito grande e, ao final do filme, saímos com aquela sensação de que não foi tudo entendido de verdade. Até agora eu não entendi como se consegue trancar uma população inteira dentro de uma cidade por mais de 100 anos sem ninguém desconfiar de nada. Quem era o líder dessa coisa toda? Porque temos um líder na época da Abigail, mas é impossível que seja o mesmo desde o início. Ou ele tem o poder da imortalidade? Isso não é explicado na história.

Como todo o restante do filme, o clímax é rápido e confuso demais, com mais enfoque nas lutas e efeitos especiais do que em amarrar as pontas soltas. O tal shipp dos mocinhos não tem química nenhuma, e ninguém parece se importar muito com os mortos durante o processo. Talvez, se eles tivessem diminuído um pouco a quantidade de informações e investido mais em solidificar o roteiro, dando realmente um princípio, meio e fim para tudo, Abigail e a cidade proibida teria tudo para ser um sucesso. Infelizmente, não é esse o caso.

Críticas de Cinema, Filmes

Crítica: O Rei Leão (2019)

Dia 18, chegou aos cinemas O Rei Leão em sua tão esperada versão live action. Sendo muito criticado pela falta de inovação nas cenas que podem ser comparadas quadro a quadro com sua versão animada de 1994, O Rei Leão chegou para mostrar que nostalgia vende.

Um live action sem humanos e feito totalmente de animação, com exceção de uma cena, pode ser considerado um live action? Essa é a pergunta que não quer calar ao assistirmos um filme estrelado totalmente por animais tão reais que nos deixa na dúvida, tirando um pequeno detalhe: animais não falam.

Jon Favreau, diretor do filme, revelou em seu Instagram que a única cena verdadeira presente n’O Rei Leão é o trecho de abertura com a música Circle of life, quando vemos a savana africana. Fora isso, há 1490 planos renderizados criados por animadores e artistas de efeitos visuais.

Relembrando um pouco a história, O Rei Leão conta a trajetória do príncipe Simba que, após a morte de seu pai, se atormenta com a culpa, foge e não assume o trono. Porém, após seu tio ser coroado e levar o reino à fome e destruição, Simba volta, enfrenta o tio e assume seu lugar de direito. Alguém mais notou algo familiar nesse enredo? Sua percepção está muito boa se a peça Hamlet, de Shakespeare, lhe veio à cabeça.

Para quem não conhece a peça, Hamlet conta a história do príncipe homônimo que tem seu pai assassinado pelo tio, Cláudio, que casa com a rainha e assume o trono. Atormentado pelo fantasma do pai que cobra vingança, Hamlet mata o tio, vira rei e recupera a honra da família. Idêntico, não é?

Podemos ver o tio invejoso, Scar, a rainha Sarabi que fica sob o poder dele, o príncipe Simba que perde o trono e fica ouvindo a voz de seu pai: “Lembre-se de quem você é”, e o gran finale que culmina na morte do tio e a retomada do trono. Claro que tudo muito bem atenuado com músicas e comédia como só a Disney sabe fazer. Afinal, quem pode me dizer uma história da Disney que não começa em uma verdadeira tragédia e termina no mais lindo e radiante felizes para sempre?

Apesar de a animação de 94 e a versão live action serem praticamente iguais, a diminuição do fator atenuante na segunda fez muita diferença. O filme está mais sombrio e deixou bem claro que não veio para atrair novos fãs, mas sim, para alimentar a nostalgia das crianças dos anos 90 que hoje já são adultos. Alguns detalhes que sequer são citados na animação, ficaram bem evidentes agora, como a cicatriz do Scar que é resultado de seu duelo com Mufasa pelo trono.

A rejeição de Sarabi ao não querer ser a rainha de Scar, o que faz as outras leoas o rejeitarem também, é algo que não foi abordado na animação, porém, nessa nova versão, deixa claro que a rejeição é de cunho sexual. Timão não interrompe mais Pumba quando este canta a música sobre suas flatulências e não temos mais a musiquinha alegre de armadilha para as hienas porque, convenhamos, elas não são animais que ficariam esperando o fim de uma música para atacar.

Alguns detalhes, porém, são observados pelo nosso amadurecimento em sermos mais céticos e críticos ao assistirmos um filme, do que provavelmente éramos há 25 anos. Se só há um leão vivendo na pedra do rei, ou seja, o próprio rei, então quem é o pai dos outros filhotes? Claro que sabemos que são do próprio Mufasa, então, por que só o Simba é o herdeiro do trono? E, ao se casar com Nala, ele se casa com a própria irmã? Claro que sabemos também que nada disso importa no reino animal, porém, ao humanizarmos os personagens, somos levados a esse tipo de questionamento.

Outra pergunta que não quer calar é: como sustentar um animal que está no topo da cadeia alimentar somente com insetos? E como ele conseguiu ficar tão gordo e saudável assim? Ao pensarmos por esse lado, seria impossível também aceitar que um leão seria amigo de um porco. Enfim, só nos resta render-nos à magia do faz de conta e nos entregarmos como fizemos há 25 anos, quando a nossa maior preocupação era aprender as letras das músicas, viver o Hakuna Matata e torcer pelo final feliz já tão esperado.

O Rei Leão faturou US$ 531 milhões em seu final de semana de estréia, o que ultrapassa mais da metade de todo o faturamento da primeira versão. Porém, como, na China, o filme foi lançado 1 semana antes, podemos dizer que O Rei Leão estava há 10 dias em cartaz. Como uma das histórias mais clássicas da Disney que inspirou peças e musicais por todo o mundo, inclusive na Broadway, vamos ver se o old ainda é gold e se a versão live action vai desbancar o primeiro lugar em bilheterias de animações da Disney, que continua intacto com Frozen desde 2013.

 

Filmes

Divulgado o trailer final de X-Men: Fênix Negra

A 20th Century Fox divulgou o trailer final do filme X-Men: Fênix Negra, que irá encerrar a franquia nos cinemas. Com estreia marcada no Brasil para 6 de junho, o longa é dirigido por Simon Kinberg, que já havia atuado como produtor de “Logan”, “X-Men: Primeira Classe” e outros filmes do universo X-Men.

SINOPSE

Esta é a história de um dos personagens mais amados dos X-Men, Jean Grey, enquanto ela evolui para a icônica Fênix Negra. Durante uma missão de resgate no espaço com risco de vida, Jean é atingida por uma força cósmica que a transforma em um dos mais poderosos mutantes. Lutando com esse poder cada vez mais instável, e também com seus próprios demônios, Jean fica fora de controle, dividindo a família X-Men e ameaçando destruir a própria estrutura do nosso planeta. X-Men: Fênix Negra é o filme mais intenso e emocional da saga. É o culminar de 20 anos de filmes X-Men, onde a família de mutantes que conhecemos e amamos deve enfrentar seu mais devastador inimigo – um dos seus.