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Resenha: O Contrato, Melanie Moreland

Sinopse:
Richard Van Ryan é um playboy executivo e tirano que trabalha para uma empresa que visa apenas lucros. Após ser passado para trás por um colega de trabalho, acabou não conseguindo fazer parte da sociedade que tanto queria. Assim, com um plano de se vingar do chefe, decide trabalhar para uma empresa concorrente. No entanto, para isso, ele precisa mostrar ao dono que mudou sua vida pessoal da água para o vinho. Katharine Elliot trabalha com Richard como sua assistente pessoal. Ela o despreza, pois sua ética é questionável, mas resiste a tudo, porque precisa do trabalho. Seus motivos são muito mais importantes do que o abuso diário que precisa tolerar de seu tirano e desagradável chefe. Mas Richard precisa mostrar que mudou de vida, e para isso, decide contratar Katharine, que ele sempre desprezou, para ser sua noiva de fachada. O que acontece quando duas pessoas que se odeiam têm de viver juntas e agir como se estivessem loucamente apaixonadas? Faíscas. Isso é o que acontece. Eles vão sobreviver ao contrato?

O contrato é um livro que quando comecei a ler fiquei meio com raiva. Te explico.

O personagem principal é Richard Van Ryan, e ele é um pé no saco, literalmente insuportável. Cada capítulo que ele narrava no começo me dava raiva. Mas ai no meio foi passando e no final foi só amor…

O livro é narrado 99% por Richard, e tem alguns capítulos narrados por Katharine Elliot que são muito bons por sinal, mas quase não vemos seu ponto de vista.

Vamos lá, Richard é um playboy de 32 anos, canadense, que trabalha duro e tem uma fama de “Dick” ou seja, para deixar bonitinho, ele é um babaca.

Ele tem dinheiro, trabalha com marketing e é um dos melhores em seu ramo. Muito ambicioso e se acha o melhor do mundo, então quando a promoção para sócio da empresa não vem, ele logo procura algo para fazer seu chefe se arrepender.

Esse “algo” e quando entra nossa querida Katharine, sua assistente pessoal da Anderson Inc. É uma mulher pacata, tímida e segundo a visão de Van Ryan, ela é o capacho de todo mundo. Ele não a suporta desde o primeiro minuto e deixa isso bem claro.

“Ela era perfeita. Eu não a suportava.”

Então Richard por não receber a promoção para ser sócio da empresa que trabalha, resolve migrar. Só que tem um porém, a maior concorrente da empresa que o mesmo trabalha hoje é focada na família e no trabalho em grupo, não é o puro individualismo ao qual Richard está acostumado.

Então, para conseguir uma vaga nas empresas Gavin, Richard (com a dica de um amigo) resolve contratar sua assistente, Katharine, para fingir ser sua noiva por um tempo que pode ser entre 3 e 6 meses, talvez um ano, em troca de um grande salário e todas suas despesas cobertas por ele. E ela teria que morar com ele.

É ai que tudo começa.

“Pense nisso como uma oportunidade. Lucrativa.
– Sorri. – Um acordo com o diabo, se quiser. Ela só arqueou a sobrancelha.”

Katharine só aceita o emprego porque sua “tia”, uma senhora maravilhosa chamada Penny, tem doença de Alzheimer e até então todo seu salário vai para os cuidados da pessoa que a criou. Então ela aceita esse “acordo” pensando no bem estar de quem ela ama.

Pouco a pouco Richard vai se transformando de tirano e playboy a um homem descente e cuidadoso, se transforma em um marido atencioso e um amor.

Logo os dois se casam e ele vê que talvez os 3 ou 6 meses de contrato não seriam suficientes, então os dois concordam com 2 anos aproximadamente.

No período da narrativa vamos aos poucos nos apaixonando por Richard e Katy, acontece que a moça é a típica personagem que não tem como não gostar. A visão de que ela era fraca, capacho e qualquer outro adjetivo que a definisse menos como corajosa, forte e independente estava errado.

É O romance clichê. O malvado acaba realmente se apaixonando pela mocinha, ela muda ele e é isso. Eu amooooo e achei a leitura super válida.

Tem cenas que realmente aqueceram meu coração, são doces, cheia de amor e paixão, mesmo o personagem não enxergando que está se apaixonando por sua própria esposa.

“Eu sabia que tudo fazia parte de um grande plano, mas havia momentos, vislumbres, de um homem diferente a que eu estava acostumada a ver. O flash de um sorriso, o brilho em seu olho, até uma palavra gentil – tudo isso me pegou desprevenida naquela noite.”

Richard muda da água para o vinho, ele se abre e conta sua história a Katy, que finalmente entende porque o menino era daquele jeito, sem se permitir ser amado e sem querer algo sério com ninguém além de seu trabalho.

“Acho que é perdido. Você não se permite sentir. Quando o fizer, quando se permitir conectar a outra pessoa, acho que vai achar o mundo um lugar muito melhor. Amor não o torna fraco. Amor de verdade, sincero, o torna forte”

Temos personagens bem importantes nessa estória que ajudam na formação do casal, que são Penny e Graham Gavin com sua família. Graham realmente enxerga Richard como a um filho, enquanto Penny é a senhora mais maravilhosa do livro, recebe de braços abertos a qualquer um que vá dar carinho para a pessoa que ela mais ama no mundo, sua Katy.

“Quando se envelhece, Richard, você percebe que a vida é feita de momentos de todos os tipos. Tristes, bons e grandiosos. Eles criam a tapeçaria que é sua vida. Lembre-se de todos eles, principalmente os grandiosos. Eles fazem os outros serem fáceis de lidar.”

É o típico romance clichê. Recomendo a todos que amam esse gênero tanto quanto eu amo.

Atualizações

Dê a Montreal uma chance: 5º dia de roteiro

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Jardim Botânico. Foto: Sebastião Rinaldi

O quinto dia desse roteiro pode começar com uma manhã no Jardim Botânico de Montreal. O espaço é dividido em nichos: uma vasta área de flores, um jardim chinês, outro japonês, esculturas interativas e um imenso verde. Por ser muito extenso, os passeios de carrinho podem ser úteis. Sem sombra de dúvida, a ala chinesa é a mais interessante. Um mural no começo explica que um time de arquitetos do país asiático viajou especialmente para essa missão. Ao todo, foram cinco mil pessoas (não apenas arquitetos) envolvidas no projeto. Para o inverno rigoroso, que pode chegar a dois dígitos negativos, algumas plantas são guardadas no salão especial, enquanto outras são resistentes ao frio extremo e sobrevivem.

Não é segredo mencionar que Montreal é inclusiva por essência e isso engloba diversos grupos socialmente desprivilegiados. O bairro Centre-sud abriga o LGBTQ+ Community Centre, uma ONG hospedada em um casarão que há 25 anos presta serviços à comunidade LGBTQ+. Ao chegar, você se depara com uma livraria generosa, com livros em diversos idiomas, inclusive em português (entre eles, o clássico “Devassos no Paraíso”, de João Silvério Trevisan), para empréstimo e venda.

O espaço oferece todo tipo de suporte possível para essa comunidade e, inclusive, ajuda no trâmite legal para refugiados em busca de asilo – em especial, aqueles que não se sentem seguros em seus países de origem devido a suas orientações sexuais ou identidades de gênero. No dia em que o conheci, dois angolanos tinham acabado de visitar e dar entrada em um pedido. Dá-lhe, Canadá. Para chegar, é simples: deve-se descer na estação Beaudry, onde você sai de frente para o The Village, um calçadão com um circuito de bares, clubes e restaurantes LGBTs. Varais com lâmpadas amarelas se espalham por todo o endereço e deixam o clima mais acolhedor, além das conhecidas bandeiras do arco-íris por toda a parte.

No momento, o The Fondation Phi pour l’art contemporain está com uma exposição para celebrar os 50 anos do segundo bed-in do então casal John Lennon e Yoko Ono. Durante esse ato, os dois artistas protestaram contra a guerra no Vietnã e receberam a imprensa em uma cama de hotel na cidade canadense. Dessa ação, nasceu o clássico “Give Peace a Chance”. Pode ser uma boa para quem pretende aproveitar este verão na cidade do hemisfério norte.

Atualizações

Dê a Montreal uma chance: 4º dia de roteiro

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A quarta diária merece começar com uma caminhada pelo centro novo. A rua Crescent tem vários restaurantes, como o Le Warehouse, com parklets na calçada e almoços a $5,95 (sanduíches, saladas, massas e bowls no menu). Logo ao lado, um imenso mural de grafite presta homenagem ao cantor e poeta Leonard Cohen. Um detalhe nada irrelevante: pianos espalhados pela cidade, onde as pessoas simplesmente sentam e começam a tocar, confirmam a vocação musical. Mesmo em lojas e livrarias, é possível encontrar o instrumento.

No primeiro domingo de cada mês, a entrada em museus é gratuita. Independente disso, o Montreal Museum of Fine Arts, situado na Sherbrooke (uma das principais avenidas, que corta a cidade de leste a oeste), é uma parada obrigatória para quem admira artes visuais. Ver originais de Andy Warhol e Basquiat diante dos seus olhos são o auge da experiência. O espaço expõe obras de grandes nomes como Monet, Matisse, artistas canadenses, além de ter um andar dedicado à moda e à alta costura e mostras itinerantes – como uma individual sobre o estilista francês Thierry Mugler, em exibição no momento. Em frente, um prédio exclusivo pertence ao complexo e é dirigido a design, história e arqueologia. Esculturas pelas calçadas reforçam que o museu expande suas galerias para além de suas portas.

Ponte Jacques-Cartier. Foto: Sebastião Rinaldi

Montreal é uma ilha separada por dois rios – Fleuve Saint-Laurent e Rivière des Prairies –, possuindo dois milhões de habitantes na parte interna e quatro milhões na região metropolitana. A ponte Jacques-Cartier é a que faz a conexão de terras pelo rio São Lourenço. Além de mudar de cor conforme as estações, a construção também passa por uma “explosão colorida” à noite: quanto mais menções sobre Montreal nas redes sociais, maior será a intensidade das tonalidades. Uma visita noturna pode ser bem-vinda.

Para seguir com nosso roteiro, clique aqui para conferir o quinto dia de atrações, ou aqui para acessar a listagem completa com os 5 artigos.

Atualizações

Dê a Montreal uma chance: 3º dia de roteiro

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Na terceira etapa do itinerário, caso faça sol, o Parc Mont Royal (Mont Royal Park) precisa ser percorrido, não apenas por ser o ponto mais alto da cidade e oferecer uma vista panorâmica, mas por também contar com um chalé charmoso atrás da praça onde ficam os binóculos e os miradores. Boas fotos garantidas. Para chegar, é preciso tomar o ônibus 11 na saída do metrô Mont Royal, em sentido oposto à La Fountaine.

No mesmo dia, vale dar uma esticada até o Habitat 67, um complexo arquitetônico residencial feito com cubos de calcário sobrepostos. Apesar de não ser permitida a entrada na ala das moradias, admirar pelo lado de fora é uma baita experiência. Lançado para a Expo 67, sediada em Montreal, o projeto é assinado pelo arquiteto Moshe Safdie, em parceria com a universidade McGill. O habitat possui 148 apartamentos e fica em uma península artificial, construída para a mesma exposição. Para ir, deve-se descer na estação Square Victoria e pegar o ônibus 168. Na volta, é preciso pegar o mesmo ônibus até a estação Bonaventure.

Museu de ciência, a Biosphére conta com exposições sobre biologia, geografia e sustentabilidade. Foto: Sebastião Rinaldi

Por falar em “artificialidades”, perto do Habitat 67, fica a Ilha de Notre-Dame, também feita pelas mãos humanas. Além de admirar o Rio São Lourenço, que corta a cidade, pode-se visitar a Biosphére – ou biosfera –, um museu de ciência em formato de círculo de tela com exposições sobre biologia, geografia e sustentabilidade. Testes dinâmicos com microscópios, que desafiam o candidato a brincar de cientista (uma das provinhas consiste em identificar três tipos de pulmões: fumante, não-fumante e com pneumonia), tornam a atração bem escolar. No verão, uma esticada no Parc Jean Drapeau, logo ao lado, com imensa área verde, mesas para piquenique e piscinas públicas, é recomendável para quem gosta de atividades ao ar livre.

No meu terceiro dia – um sábado –, consegui aproveitar os últimos momentos do Festival de Jazz. Palcos nas ruas, estandes e bandas dos mais variados estilos recebem uma plateia bem diversificada para este evento gratuito. Dentro do perímetro, é possível consumir bebida alcóolica na área pública – algo proibido pela lei canadense, a exemplo dos Estados Unidos. Nesse ano, o espaço da Heineken era o mais tranquilo, sendo possível ir do bar à pista em instantes, sem muita fila ou a chateação de grandes realizações.

 

Para seguir com nosso roteiro, clique aqui para conferir o quarto dia de atrações, ou aqui para acessar a listagem completa com os 5 artigos.

Grafites na rua Saint Laurent. Foto: Sebastião Rinaldi
Atualizações

Dê a Montreal uma chance: 2º dia de roteiro

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O segundo dia pode começar com um giro pelo bairro de Mont Royal. Ao sair da estação de metrô homônima, a biblioteca pública da região dá acesso à avenida de mesmo nome, repleta de cafés, livrarias, restaurantes e padarias. O trajeto leva ao parque La Fountaine, que possui um lago e uma fonte, além de quadras para esportes ao ar livre e uma biblioteca. Quando as temperaturas estão mais amenas, é comum ver pessoas caminhando ou passeando sem pressa. Já no inverno, o lago congelado se converte em uma pista de patinação.

Modesta mas sem perder o charme, Chinatown de Montreal é um dos destaques do segundo dia de roteiro. Foto: Sebastião Rinaldi

Na sequência, a rua Saint Laurent pode ser incluída com destaque. Com muitos grafites, assemelha-se à Vila Madalena (São Paulo), contando com reproduções de artistas como Roy Lichtenstein e a escultura “Pink Hippos”, composta por vários hipopótamos rosas na Place Guilbeault. Bem alternativo, o mercado Eva B – brechó, sebo, café e restaurante – fica perto do metrô e pede uma visita. Também próxima está Chinatown de Montreal, que é modesta se comparada com outras cidades, mas cujo calçadão charmoso merece uma caminhada.

Por fim, um giro pela rua Saint Catherine mostra um universo de restaurantes – coreanos, árabes, indiano e afins – que divide espaço com lojas de grandes marcas. Pode ser um local ideal para provar o poutini, prato típico do Canadá, feito à base de fritas com queijo e molho de carne, ou um sorvete de maple (sabor típico do país, tambépram comum nos xaropes para panquecas).

Para seguir com nosso roteiro, clique aqui para conferir o terceiro dia de atrações, ou aqui para acessar a listagem completa com os 5 artigos.

 

Lugares

Intercâmbio Vancouver: o que você precisa saber

O Canadá é um dos países mais escolhidos pelos intercambistas  brasileiros e Vancouver é, de longe, uma das cidades mais incríveis para jovens de todos os estilos e idades. Tive a oportunidade de passar 4 meses no país em 2016 e posso dizer que não teria escolhido outro local.

Um dos atrativos principais de quem escolhe passar um tempo no Canadá é o valor do dólar canadense, geralmente mais barato do que o americano, mas o país tem muitos atributos que fazem toda a experiência valer a pena. Para começar, os próprios cidadãos são conhecidos pela educação e cordialidade – lá, até os ônibus pedem desculpas nos letreiros quando se esgota a sua capacidade de passageiros. A tendência do canadense de pedir desculpas por tudo tornou-se uma brincadeira conhecida mundialmente, mas  não é a toa que ela existe. Eles são realmente bastante educados.

canadianencyclopedia

A cidade de Vancouver, em especial, tem uma grande parte da população composta por estrangeiros, o que faz com que seja um local diversificado em atrações, serviços e escolas de línguas. A cidade nunca para e você nunca ficará entediado. Há passeios para todos os gostos, desde enormes parques –  como o Stanley Park que tem mais de 27 quilômetros de trilhas e 4 mil km de extensão – praias e ruas cheias de restaurantes e bares.

 E a comida?

Por onde você for, encontrará diversos restaurantes orientais, já que eles representam uma grande parte da população, e, também, muitos locais que servem o famoso poutine: um prato tipicamente canadense composto de batata frita, molho e pedaços de queijo. Além disso, encontra-se comidas comuns as dos Estados Unidos, como hambúrgueres, pizzas e bastante junk food. Os hábitos alimentares são menos saudáveis quando comparados aos dos brasileiros, mas é possível encontrar legumes e frutas nos mercados.

foodiefair – Granville Island Market

Sendo um país com tantos intercambistas e imigrantes brasileiros, é claro que há  restaurantes com comida típica do Brasil, os mais famosos são o Rio Steakhouse e o Boteco Brasil. Em Vancouver, há um mercado asiático (T&T supermarket) que vende arroz e até pão de queijo assado e você pode sempre procurar comidas diferentes no mercado gastronômico da Granville Island.

Onde estudar:

Vancouver é uma cidade com uma variedade bem grande de escolas de inglês. Caso seja esse seu foco, não vão faltar opções de diversos preços e estilos. Eu estudei na escola ILSC Vancouver que trás uma proposta um pouco diferenciada no sentido de que ela não oferece apenas aulas de gramática e língua. Logo que você chega, faz um teste de inglês e participa de uma entrevista e, a partir do resultado, é colocado em um certo nível  que varia de B1 (basic 1) até A2 (advanced 2).

Os alunos podem escolher suas aulas  e montar sua grade de acordo com o nível requerido para entrar na matéria. São oferecidos diversos assuntos como Journalism, Bussiness Presentation Skills, Advertising and Design, Media and Marketing e etc. De acordo com as aulas escolhidas, você pode sair com certificados  dos assuntos. Pela minha experiência, posso dizer que a escola oferece um aprendizado que vai além das aulas comuns de inglês. Aprendi, entre outras coisas, a usar o photoshop, a escrever notícias e colunas para um jornal e tive aulas de debates com alunos de diversos países.

Universidades e Colleges e Community Colleges:

Se sua vontade é aprender algo novo e se especializar em alguma área da sua carreira, então pode ir para algum dos diversos Colleges que existem na cidade. Para entrar neles, é necessário um nível de inglês mais avançado, pois as aulas ministradas com carga e conteúdo similar à de uma faculdade, além disso, é necessário cumprir os pré requisitos específicos do curso no qual você quer entrar. Colleges são voltados para o mercado de trabalho, quase como um ensino profissionalizante técnico. Ele dura de 8 meses até um pouco mais de 1 ano e os estudantes podem receber um visto de trabalho. Quem cursa sai com um certificado na área estudada.

sfu.ca

É importante dizer que há Colleges públicos e privados. Infelizmente, todos são pagos, mas há diferenças  para quem quer se aplicar para permanecer no país ou até ingressar em alguma universidade posteriormente. A diferença entre Colleges e Universidade é o tempo e o tipo de curso. Em uma universidade você cursa um Bacharelado em alguma área específica, com duração de, no mínimo, três anos e o processo de ingresso é um pouco mais extenso.

Entre os principais Colleges temos: Lagara College, Vancouver Community College, BCIT (British Columbia Institute of Technology)
As principais universidades são: British Columbia (UBC), Simon Fraser e Capilano University.
A maioria possui cursos livres que podem ser feitos independentemente de ser matriculado na universidade ou não.

Cidade dos filmes:

Vancouver é um ótimo destino para quem se interessa por cinema. Muitos filmes e séries como The Flash, Deadpool, 50 tons de Cinza e Desventuras em Série (Netflix) foram e são rodados na cidade, é muito comum encontrar uma equipe de gravação ao caminhar pelas ruas. As escolas de cinema, por isso, são muito renomadas e recebem muitos estudantes de todas as partes do mundo! A Vancouver Film School  é uma das mais famosas e fica no coração da cidade.

ochaplin – Cena gravada no centro de Vancouver

Então, se  você pensa em fazer intercâmbio, Vancouver pode ser uma ótima opção! A cidade agrada a todos os gostos e vai te fazer sentir como se estivesse em casa.

 

 

Colunas, Lugares, Música

Música do Mundo: Cœur de pirate

Já ouviu música em francês? Não? Cœur de Pirate é um ótimo ponto de entrada.

Béatrice Martin, nome real da cantora, é quebequense e começou a tocar piano com 3 anos de idade. Após passar por algumas bandas underground, ela lançou seu primeiro álbum, também intitulado Cœur de Pirate, em 2007. Desde então foram 3 outros álbuns, inclusive a trilha sonora do videogame Child of Light (2014), pela Ubisoft. Em 2016, a cantora assumiu-se queer após o tiroteio na boate Pulse, em Orlando.

A cantora Canadense é um dos maiores expoentes da música francófona (em língua francesa) contemporânea. Com canções melódicas que vão do extremamente fofo ao sinistro e melancólico, suas composições são marcantemente únicas, e se você estiver disposto a ler a tradução das letras – ou falar francês – vai encontrar letras que falam de amor fugindo dos clichês dos gêneros românticos atuais. Abaixo, eu selecionei pra vocês 12 músicas, divididas em álbuns, que capturam uma imagem da música dela, inclusive alguns bônus em inglês.

Amusez-vous bien! 🙂

Cœur de Pirate (2007)

O álbum de estréia trouxe, com melodias simples, o estilo que estaria presente dali em diante em suas músicas. Bastante romance ao som de instrumentações agradáveis e tranquilas, com predominância do piano e violão.

  • Comme des Enfants
    A definição da música “fofa”. Premiada na 25ª edição do Victoires de la Musique, na França.
  • Printemps
    Animada e alegre, ao som de violão e piano, a letra na verdade é bem triste. Fala sobre amor não correspondido.
  • Fondu au Noir
    Com um ritmo melódico e sinistro, essa música combinaria bem com uma animação do Tim Burton.

Blonde (2011)

Provavelmente a obra prima de Cœur de Pirate, embora seja difícil dizer com tantas músicas boas. A obra evolui para melodias mais complexas e variadas, ainda marcadas pela letra profundamente poética.

  • Place de la République
    Mais romântico, impossível. Uma poesia sobre se despedir do seu amor e lembrar de tudo.
  • Adieu
    Animada. Dedique essa música àquela pessoa que você amou, mas foi babaca com você.

    “Mas diga-me adeus amanha
    Mas me diga adeus no caminho
    Vá ver os outros, eu não ligo
    Eu amei você, mas te garanto que é o fim”

    É a sofrência francesa. Ps.: Vale a pena ver o clipe.

  • Verseau
    Com uma batida bem alegre, a letra é linda e fala sobre o amor imperfeito. “Verseau” é o signo de Aquário em francês.
  • Saint-Laurent
    Uma das mais belas instrumentações de Cœur de Pirateessa música é uma bela pedida pra escapar do mainstream.
  • Ava
    Com uma inspiração bem “anos 50”, Ava na verdade é uma conversa com uma garota que namora om um cara mais velho que se aproveita dela. Fala sobre se libertar de homens que te aprisionam com falsas promessas de amor.

Roses (2015)

Com um toque techno e batidas ainda mais marcadas, esse álbum se diferencia por trazer também letras em inglês. Teve também um significado mais profundo para a cantora, que cita influência do nascimento de sua filha em fazer das suas composições mais otimistas e menos sombrias.

  • Cast Away
    Uma das melodias mais belas do álbum, a letra fala sobre se dispor a ajudar a pessoa que você ama.
  •  Our Love
    A narração da parte mais difícil da superação, com uma batida marcada e viciante.
  • Drapeau Blanc
    Representa a parte mais techno do álbum com sua melodia. A cantora declarou numa entrevista para o jornal canadense “The Star” que a música foi composta para narrar seu complicado relacionamento com a mãe.
  • Oceans Brawl
    O “hino” do álbum, Oceans Brawl fala sobre finalmente encontrar forças para lutar contra o sentimento que te prende à alguém que não te faz bem. É uma canção sobre superação.

Bônus:

  • Last Christmas
    A versão de Cœur de Pirate de uma música popular de Natal americana. Ótima para ouvir em qualquer época do ano, na verdade.