Atualizações

Dê a Montreal uma chance: como aproveitar a cidade em cinco dias

Maior cidade da província de Quebec, Montreal se mostra cada vez mais aberta para o turismo, com diversas opções de passeios multiculturais que a destacam entre diversos destinos. Com isso em mente, iremos apresentar para você um especial em 5 posts, com um roteiro adaptado para que aproveite ao máximo. Abaixo, a primeira parte desta série de dicas. Após o texto, linkamos o caminho para o seu segundo dia em Montreal, e assim sucessivamente.

Maior festival de jazz do mundo, o Festival Internacional de Jazz de Montreal detém tal recorde, reconhecido pelo Guinness World Records desde 2004. Foto: Sebastião Rinaldi

Maior festival de jazz do mundo, o Festival Internacional de Jazz de Montreal detém tal recorde, reconhecido pelo Guinness World Records desde 2004. Foto: Sebastião Rinaldi

Quando os italianos fizeram o mapa de Montreal (à época, batizada como Ville Marie), acabaram adaptando a grafia do ponto mais alto da cidade – o Mont Royal (como ainda é conhecido) – para Monte Reale. Dito repetidamente, o termo gerou um segundo (e atual) batismo para a cidade de origem francesa, que não é a capital da província de Quebec, mas é de longe uma das cidades mais culturalmente ativas do país. Não à toa, seu Festival de Jazz é uma credencial para qualquer artista que se apresente. Aliás, a música permeia suas ruas: além de ser a terra natal de Leonardo Cohen, foi onde John Lennon e Yoko Ono escreveram “Give Peace a Chance” há exatos 50 anos. Fizemos um guia para desfrutar do destino em cinco dias, mas nada impede que acidentes de percurso tornem a experiência mais especial. Pode acontecer, particularmente no verão, com termômetros na casa dos 35 graus.

Para dar início, o centro antigo – Old Downtown – mescla turismo e história em uma boa medida. Um tour guiado com duração de duas horas percorre locais tradicionais, como o Marché Bonsecours (mercado municipal), em frente ao porto antigo e ao rio São Lourenço (Saint Laurent) e ao lado da Chapelle Notre-Dame-de-Bons-Secours. Por ter uma arquitetura inspirada na inglesa e na francesa, muitos filmes são rodados nesse trecho, devido à versatilidade de suas ruas, como é o caso de alguns longas da saga X-Men e “O curioso caso de Benjamin Button”.

Posicionada quase na entrada do banco, uma estátua de uma mulher francesa, com um poodle no colo, tira um sarro da instituição tipicamente britânica. Foto: Sebastião Rinaldi

Um passeio pelo porto antigo, que depois de desativado deu origem a um circuito comercial, permite entender quão inclusiva pode ser a cidade: muitos imigrantes e de diversas etnias compartilham o espaço com os “locais”, seja nos piqueniques sobre o gramado, seja nos estandes de food truck a perder de vista. Mais à frente, La Grande Roue de Montréal – uma grande roda-gigante com vista privilegiada – vale o esforço, mesmo para quem tem medo de altura. Mas é bom avaliar no orçamento: o precinho é salgado (25 dólares canadenses).

A rua Saint Laurent, que divide a cidade em duas (ala leste, mais francesa, e ala oeste, mais inglesa), e a rua Saint Paul, com inúmeras galerias de arte e comércio, cortam o centro velho. O tour pode ser encerrado na Place D’arms, onde fica a Notre-Dame Basilica e o Bank of Montreal. Em frente à primeira, há uma estátua de um inglês, fazendo uma cara de chacota e segurando um pug. Posicionada quase na entrada do banco, uma estátua de uma mulher francesa, com um poodle no colo, tira um sarro da instituição tipicamente britânica.

 Fundada pelo jogador de hóquei canadense de mesmo nome, a rede de cafés Tim Hortons é ideal para “reabastecer” entre um passeio e outro. Foto: Sebastião Rinaldi

No entanto, os cachorros se entreolham, como se quisessem brincar. Nada mais é do que uma metáfora para explicar a herança dos dois colonizadores europeus, por vezes, contrastantes na cidade norte-americana.

O itinerário se encerra na cidade subterrânea, com até 32 quilômetros de extensão (criado para o inverno rigoroso de até 40 graus negativos), onde em determinado trecho nos deparamos com um pedaço do Muro de Berlim em exposição, concedido pela Alemanha ao País. Após essa volta, um café no Tim Hortons (rede local com unidade espalhadas por todos os cantos), acompanhado por um donut ou um bagel, cai bem.

Para seguir com nosso roteiro, clique aqui para conferir o segundo dia de atrações, ou aqui para acessar a listagem completa com os 5 artigos.

Anterior Seguinte

Você também pode gostar de...

Comentários do Facebook







Sem comentários

Deixar um comentário