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Dê a Montreal uma chance: 5º dia de roteiro

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Jardim Botânico. Foto: Sebastião Rinaldi

O quinto dia desse roteiro pode começar com uma manhã no Jardim Botânico de Montreal. O espaço é dividido em nichos: uma vasta área de flores, um jardim chinês, outro japonês, esculturas interativas e um imenso verde. Por ser muito extenso, os passeios de carrinho podem ser úteis. Sem sombra de dúvida, a ala chinesa é a mais interessante. Um mural no começo explica que um time de arquitetos do país asiático viajou especialmente para essa missão. Ao todo, foram cinco mil pessoas (não apenas arquitetos) envolvidas no projeto. Para o inverno rigoroso, que pode chegar a dois dígitos negativos, algumas plantas são guardadas no salão especial, enquanto outras são resistentes ao frio extremo e sobrevivem.

Não é segredo mencionar que Montreal é inclusiva por essência e isso engloba diversos grupos socialmente desprivilegiados. O bairro Centre-sud abriga o LGBTQ+ Community Centre, uma ONG hospedada em um casarão que há 25 anos presta serviços à comunidade LGBTQ+. Ao chegar, você se depara com uma livraria generosa, com livros em diversos idiomas, inclusive em português (entre eles, o clássico “Devassos no Paraíso”, de João Silvério Trevisan), para empréstimo e venda.

O espaço oferece todo tipo de suporte possível para essa comunidade e, inclusive, ajuda no trâmite legal para refugiados em busca de asilo – em especial, aqueles que não se sentem seguros em seus países de origem devido a suas orientações sexuais ou identidades de gênero. No dia em que o conheci, dois angolanos tinham acabado de visitar e dar entrada em um pedido. Dá-lhe, Canadá. Para chegar, é simples: deve-se descer na estação Beaudry, onde você sai de frente para o The Village, um calçadão com um circuito de bares, clubes e restaurantes LGBTs. Varais com lâmpadas amarelas se espalham por todo o endereço e deixam o clima mais acolhedor, além das conhecidas bandeiras do arco-íris por toda a parte.

No momento, o The Fondation Phi pour l’art contemporain está com uma exposição para celebrar os 50 anos do segundo bed-in do então casal John Lennon e Yoko Ono. Durante esse ato, os dois artistas protestaram contra a guerra no Vietnã e receberam a imprensa em uma cama de hotel na cidade canadense. Dessa ação, nasceu o clássico “Give Peace a Chance”. Pode ser uma boa para quem pretende aproveitar este verão na cidade do hemisfério norte.

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Dê a Montreal uma chance: 4º dia de roteiro

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A quarta diária merece começar com uma caminhada pelo centro novo. A rua Crescent tem vários restaurantes, como o Le Warehouse, com parklets na calçada e almoços a $5,95 (sanduíches, saladas, massas e bowls no menu). Logo ao lado, um imenso mural de grafite presta homenagem ao cantor e poeta Leonard Cohen. Um detalhe nada irrelevante: pianos espalhados pela cidade, onde as pessoas simplesmente sentam e começam a tocar, confirmam a vocação musical. Mesmo em lojas e livrarias, é possível encontrar o instrumento.

No primeiro domingo de cada mês, a entrada em museus é gratuita. Independente disso, o Montreal Museum of Fine Arts, situado na Sherbrooke (uma das principais avenidas, que corta a cidade de leste a oeste), é uma parada obrigatória para quem admira artes visuais. Ver originais de Andy Warhol e Basquiat diante dos seus olhos são o auge da experiência. O espaço expõe obras de grandes nomes como Monet, Matisse, artistas canadenses, além de ter um andar dedicado à moda e à alta costura e mostras itinerantes – como uma individual sobre o estilista francês Thierry Mugler, em exibição no momento. Em frente, um prédio exclusivo pertence ao complexo e é dirigido a design, história e arqueologia. Esculturas pelas calçadas reforçam que o museu expande suas galerias para além de suas portas.

Ponte Jacques-Cartier. Foto: Sebastião Rinaldi

Montreal é uma ilha separada por dois rios – Fleuve Saint-Laurent e Rivière des Prairies –, possuindo dois milhões de habitantes na parte interna e quatro milhões na região metropolitana. A ponte Jacques-Cartier é a que faz a conexão de terras pelo rio São Lourenço. Além de mudar de cor conforme as estações, a construção também passa por uma “explosão colorida” à noite: quanto mais menções sobre Montreal nas redes sociais, maior será a intensidade das tonalidades. Uma visita noturna pode ser bem-vinda.

Para seguir com nosso roteiro, clique aqui para conferir o quinto dia de atrações, ou aqui para acessar a listagem completa com os 5 artigos.

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Dê a Montreal uma chance: 3º dia de roteiro

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Na terceira etapa do itinerário, caso faça sol, o Parc Mont Royal (Mont Royal Park) precisa ser percorrido, não apenas por ser o ponto mais alto da cidade e oferecer uma vista panorâmica, mas por também contar com um chalé charmoso atrás da praça onde ficam os binóculos e os miradores. Boas fotos garantidas. Para chegar, é preciso tomar o ônibus 11 na saída do metrô Mont Royal, em sentido oposto à La Fountaine.

No mesmo dia, vale dar uma esticada até o Habitat 67, um complexo arquitetônico residencial feito com cubos de calcário sobrepostos. Apesar de não ser permitida a entrada na ala das moradias, admirar pelo lado de fora é uma baita experiência. Lançado para a Expo 67, sediada em Montreal, o projeto é assinado pelo arquiteto Moshe Safdie, em parceria com a universidade McGill. O habitat possui 148 apartamentos e fica em uma península artificial, construída para a mesma exposição. Para ir, deve-se descer na estação Square Victoria e pegar o ônibus 168. Na volta, é preciso pegar o mesmo ônibus até a estação Bonaventure.

Museu de ciência, a Biosphére conta com exposições sobre biologia, geografia e sustentabilidade. Foto: Sebastião Rinaldi

Por falar em “artificialidades”, perto do Habitat 67, fica a Ilha de Notre-Dame, também feita pelas mãos humanas. Além de admirar o Rio São Lourenço, que corta a cidade, pode-se visitar a Biosphére – ou biosfera –, um museu de ciência em formato de círculo de tela com exposições sobre biologia, geografia e sustentabilidade. Testes dinâmicos com microscópios, que desafiam o candidato a brincar de cientista (uma das provinhas consiste em identificar três tipos de pulmões: fumante, não-fumante e com pneumonia), tornam a atração bem escolar. No verão, uma esticada no Parc Jean Drapeau, logo ao lado, com imensa área verde, mesas para piquenique e piscinas públicas, é recomendável para quem gosta de atividades ao ar livre.

No meu terceiro dia – um sábado –, consegui aproveitar os últimos momentos do Festival de Jazz. Palcos nas ruas, estandes e bandas dos mais variados estilos recebem uma plateia bem diversificada para este evento gratuito. Dentro do perímetro, é possível consumir bebida alcóolica na área pública – algo proibido pela lei canadense, a exemplo dos Estados Unidos. Nesse ano, o espaço da Heineken era o mais tranquilo, sendo possível ir do bar à pista em instantes, sem muita fila ou a chateação de grandes realizações.

 

Para seguir com nosso roteiro, clique aqui para conferir o quarto dia de atrações, ou aqui para acessar a listagem completa com os 5 artigos.

Grafites na rua Saint Laurent. Foto: Sebastião Rinaldi
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Dê a Montreal uma chance: 2º dia de roteiro

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O segundo dia pode começar com um giro pelo bairro de Mont Royal. Ao sair da estação de metrô homônima, a biblioteca pública da região dá acesso à avenida de mesmo nome, repleta de cafés, livrarias, restaurantes e padarias. O trajeto leva ao parque La Fountaine, que possui um lago e uma fonte, além de quadras para esportes ao ar livre e uma biblioteca. Quando as temperaturas estão mais amenas, é comum ver pessoas caminhando ou passeando sem pressa. Já no inverno, o lago congelado se converte em uma pista de patinação.

Modesta mas sem perder o charme, Chinatown de Montreal é um dos destaques do segundo dia de roteiro. Foto: Sebastião Rinaldi

Na sequência, a rua Saint Laurent pode ser incluída com destaque. Com muitos grafites, assemelha-se à Vila Madalena (São Paulo), contando com reproduções de artistas como Roy Lichtenstein e a escultura “Pink Hippos”, composta por vários hipopótamos rosas na Place Guilbeault. Bem alternativo, o mercado Eva B – brechó, sebo, café e restaurante – fica perto do metrô e pede uma visita. Também próxima está Chinatown de Montreal, que é modesta se comparada com outras cidades, mas cujo calçadão charmoso merece uma caminhada.

Por fim, um giro pela rua Saint Catherine mostra um universo de restaurantes – coreanos, árabes, indiano e afins – que divide espaço com lojas de grandes marcas. Pode ser um local ideal para provar o poutini, prato típico do Canadá, feito à base de fritas com queijo e molho de carne, ou um sorvete de maple (sabor típico do país, tambépram comum nos xaropes para panquecas).

Para seguir com nosso roteiro, clique aqui para conferir o terceiro dia de atrações, ou aqui para acessar a listagem completa com os 5 artigos.

 

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Dê a Montreal uma chance: como aproveitar a cidade em cinco dias

Maior cidade da província de Quebec, Montreal se mostra cada vez mais aberta para o turismo, com diversas opções de passeios multiculturais que a destacam entre diversos destinos. Com isso em mente, iremos apresentar para você um especial em 5 posts, com um roteiro adaptado para que aproveite ao máximo. Abaixo, a primeira parte desta série de dicas. Após o texto, linkamos o caminho para o seu segundo dia em Montreal, e assim sucessivamente.

Maior festival de jazz do mundo, o Festival Internacional de Jazz de Montreal detém tal recorde, reconhecido pelo Guinness World Records desde 2004. Foto: Sebastião Rinaldi

Maior festival de jazz do mundo, o Festival Internacional de Jazz de Montreal detém tal recorde, reconhecido pelo Guinness World Records desde 2004. Foto: Sebastião Rinaldi

Quando os italianos fizeram o mapa de Montreal (à época, batizada como Ville Marie), acabaram adaptando a grafia do ponto mais alto da cidade – o Mont Royal (como ainda é conhecido) – para Monte Reale. Dito repetidamente, o termo gerou um segundo (e atual) batismo para a cidade de origem francesa, que não é a capital da província de Quebec, mas é de longe uma das cidades mais culturalmente ativas do país. Não à toa, seu Festival de Jazz é uma credencial para qualquer artista que se apresente. Aliás, a música permeia suas ruas: além de ser a terra natal de Leonardo Cohen, foi onde John Lennon e Yoko Ono escreveram “Give Peace a Chance” há exatos 50 anos. Fizemos um guia para desfrutar do destino em cinco dias, mas nada impede que acidentes de percurso tornem a experiência mais especial. Pode acontecer, particularmente no verão, com termômetros na casa dos 35 graus.

Para dar início, o centro antigo – Old Downtown – mescla turismo e história em uma boa medida. Um tour guiado com duração de duas horas percorre locais tradicionais, como o Marché Bonsecours (mercado municipal), em frente ao porto antigo e ao rio São Lourenço (Saint Laurent) e ao lado da Chapelle Notre-Dame-de-Bons-Secours. Por ter uma arquitetura inspirada na inglesa e na francesa, muitos filmes são rodados nesse trecho, devido à versatilidade de suas ruas, como é o caso de alguns longas da saga X-Men e “O curioso caso de Benjamin Button”.

Posicionada quase na entrada do banco, uma estátua de uma mulher francesa, com um poodle no colo, tira um sarro da instituição tipicamente britânica. Foto: Sebastião Rinaldi

Um passeio pelo porto antigo, que depois de desativado deu origem a um circuito comercial, permite entender quão inclusiva pode ser a cidade: muitos imigrantes e de diversas etnias compartilham o espaço com os “locais”, seja nos piqueniques sobre o gramado, seja nos estandes de food truck a perder de vista. Mais à frente, La Grande Roue de Montréal – uma grande roda-gigante com vista privilegiada – vale o esforço, mesmo para quem tem medo de altura. Mas é bom avaliar no orçamento: o precinho é salgado (25 dólares canadenses).

A rua Saint Laurent, que divide a cidade em duas (ala leste, mais francesa, e ala oeste, mais inglesa), e a rua Saint Paul, com inúmeras galerias de arte e comércio, cortam o centro velho. O tour pode ser encerrado na Place D’arms, onde fica a Notre-Dame Basilica e o Bank of Montreal. Em frente à primeira, há uma estátua de um inglês, fazendo uma cara de chacota e segurando um pug. Posicionada quase na entrada do banco, uma estátua de uma mulher francesa, com um poodle no colo, tira um sarro da instituição tipicamente britânica.

 Fundada pelo jogador de hóquei canadense de mesmo nome, a rede de cafés Tim Hortons é ideal para “reabastecer” entre um passeio e outro. Foto: Sebastião Rinaldi

No entanto, os cachorros se entreolham, como se quisessem brincar. Nada mais é do que uma metáfora para explicar a herança dos dois colonizadores europeus, por vezes, contrastantes na cidade norte-americana.

O itinerário se encerra na cidade subterrânea, com até 32 quilômetros de extensão (criado para o inverno rigoroso de até 40 graus negativos), onde em determinado trecho nos deparamos com um pedaço do Muro de Berlim em exposição, concedido pela Alemanha ao País. Após essa volta, um café no Tim Hortons (rede local com unidade espalhadas por todos os cantos), acompanhado por um donut ou um bagel, cai bem.

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