Resenhas

Resenha: Percy Jackson e o Ladrão de Raios, Rick Riordan

Os deuses do Olimpo continuam vivos, em pleno século XXI! Eles ainda se apaixonam por mortais e têm filhos que podem se tornar grandes heróis, mas que acabam, na maioria das vezes, encontrando destinos terríveis nas garras de monstros sem coração.

Apenas alguns descobrem sua identidade e conseguem chegar à Colina Meio-Sangue, um acampamento de verão em Long Island dedicado ao treinamento de jovens semideuses. Essa é a revelação que leva Percy Jackson a uma incrível busca para ajudar seu verdadeiro pai – o deus dos mares! -, a evitar uma guerra no Olimpo.

Com a ajuda do sátiro Grover e de Annabeth, uma filha de Atena, Percy é encarregado de cruzar os Estados Unidos para capturar o ladrão que roubou a mais poderosa arma de destruição já concebida: o raio mestre de Zeus.

Percy Jackson é um garoto como tantos outros que não se ajustam aos padrões sociais. Em seis anos ele já frequentou seis escolas, e acredita que isso tenha ocorrido porque tudo de ruim acontece com ele, principalmente durante as excursões escolares, o que então motiva imediatamente sua expulsão da instituição em que se encontra.

O garoto acredita que não pode ser melhor que os outros, nem mesmo tão bom quanto eles, pois seus problemas de dislexia – dificuldades para ler, escrever e soletrar – e de transtorno do déficit de atenção não o permitem.

O único professor com quem ele tem mais afinidade na atual escola – a Academia Yancy, um internato particular de Nova Iorque, exclusivo para crianças consideradas portadoras de problemas -, o Senhor Brunner, mestre de latim, acredita realmente que ele é mais talentoso do que imagina.

Senhor Brunner mais conhecido como Quíron na mitologia grega é o diretor de atividades do Acampamento Meio-Sangue. Ele é um centauro (um cavalo branco da cintura para baixo) e um eterno treinador de semideuses. Ele é um grande professor e mentor e é extremamente sábio e inteligente, ao contrário dos outros centauros. Ele também é um excelente lutador, perito em arco e flecha. Embora é dito que ele é imortal, na mitologia ele não é, pois Hércules trocou sua imortalidade quando ele estava a beira da morte pela vida de Prometeu, mas nas séries do Acampamento Meio-Sangue é dito que os deuses concederam a imortalidade a Quíron para que ele pudesse ensinar os meio-sangues. Ele é o filho de Cronos. Na mitologia grega, Quíron ensinou muitos dos heróis famosos, como Aquiles, Hércules/Herácles e outros.

Em uma excursão para o Metropolitan Museum of Art, ele descobre inesperadamente que tem poderes desconhecidos, revelados subitamente quando sua colega de escola, Nancy Bobofit, humilha Grover, seu melhor amigo. De repente, sem saber como, ele ingressa em um universo paralelo, no qual seus professores não são mais o que parecem ser.

Percy acaba descobrindo que é um meio-sangue. Ele acaba tendo que fugir o mais depressa possível, juntamente com Groover (seu melhor amigo na academia Yancy) que agora revelara a ele que era o seu protetor e sua mãe. No caminho da fuga a mãe de Percy, o explica que o que estava acontecendo era culpa de seu pai e que para onde iam ele estaria seguro. Acabam indo parar em um acampamento, o Acampamento Meio-Sangue, e então Percy descobre que estava sendo acusado de ter roubado o Raio de Zeus, mas como ele não é o ladrão, ele recebe uma Missão que é resgatar o raio e entregá-lo para Zeus evitando uma guerra entre os Deuses. E ele recebe a ajuda de Groover e de Annabeth.

Annabeth Chase é uma semideusa grega, filha de Atena e Frederick Chase, aos 7 anos de idade fugiu encontrando outros dois semideuses e que foram juntos para o Acampamento Meio-Sangue.

Grover Underwood é um amigo de Percy Jackson e um sátiro . Na série, os sátiros são responsáveis ​​pela identificação semideuses que vivem no mundo mortal.

É com estes elementos que o autor, Rick Riordan, tece o primeiro volume da série Percy Jackson e os Olimpianos, O Ladrão de Raios, que ocupou durante muito tempo o topo da lista das sagas mais vendidas no The New York Times. O que mais fascina o público infanto-juvenil, e até mesmo alguns adultos, nesta obra, é a forma como o escritor entretece ancestrais mitos gregos e os enredos que compõem as narrativas de aventuras do nosso século.

Nesta trama deuses e semideuses, como os antológicos heróis da antiga Grécia, estão bem vivos, mas eles normalmente não atingem a fase adulta, pois é desta forma que o destino escreve suas trajetórias. Nos tempos atuais, eles não têm consciência de quem são, e é neste caso que se enquadra o protagonista desta história.

Isto explica porque as coisas mais estranhas ocorrem com ele, e dá um certo sentido a sua até então insípida existência. De repente o garoto-problema se converte em um herói no estilo das lendas narradas pelos gregos. Ele não é mais um incapaz, rejeitado por todos, mas alguém com uma missão a cumprir, mesmo que esta tarefa coloque sua vida em risco. Quem se importa com isso se, subitamente, conquista um status heróico, ainda que seja em uma realidade alternativa? Com certeza é esta possibilidade que realmente cativa o leitor.

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