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Filmes, Séries

O CONVENTO: TERROR PROTAGONIZADO POR JENA MALONE CHEGA AOS CINEMAS EM 27 DE JULHO

Protagonizado por Jena Malone (“Jogos Vorazes”) e Danny Huston (“Os Filhos da Esperança”), o terror O CONVENTO chega aos cinemas nacionais dia 27 de julho, com distribuição da Imagem Filmes. O longa conta com direção de Christopher Smith, que também assina o roteiro ao lado de Laurie Cook.

No longa, Grace (Jena Malone) é convocada para viajar até um isolado convento na Escócia após o suposto suicídio de seu irmão, o Padre Miguel (Steffan Cennydd). Desconfiando do relato oficial da Igreja, Grace tenta descobrir o que realmente aconteceu com a ajuda do Padre Romero. Enquanto ela explora todos os cantos do convento, os penhascos selvagens e as praias varridas pelo vento nas proximidades, ela se depara com uma trama envolvendo assassinatos, sacrilégios e verdades aterrorizantes sobre o seu próprio passado.

O diretor Christopher Smith revela que, para ele, os fantasmas são como demônios que escondemos de nós mesmos, e, em algum momento, eles vêm nos perseguir, como é o caso da personagem de O CONVENTO“Eu queria fazer um filme ao estilo clássico, por um lado, mas também queria colocar, como protagonista, uma jovem moderna, secular, que é levada de volta à Idade Média, tanto de forma literal quanto metafórica.”

Danny Huston interpreta o Padre Romero, um religioso que cruza o caminho de Grace no longa. “Eu sempre quis interpretar um padre, e, conforme li o roteiro, vi aí a possibilidade. Para mim, o filme é uma combinação de ‘Narciso Negro’, ‘O Bebê de Rosemary’ e ‘O Exorcista’.” As filmagens foram na Ilha de Skye, na Escócia. “Parece mesmo um lugar tocado por Deus. A gente tem uma ideia de como era o mundo antes do domínio humano. É muito bonito, e distante de qualquer cidade”, revela Huston.

O elenco ainda inclui Janet Suzman, Ian Pirie e Victoria Donovan. A fotografia é assinada por Rob Hart e Shaun Mone; a direção de arte é de Elizabeth El-Kadhi; a montagem de Arthur Davis; e Nathan Halpern é responsável pela trilha sonora.

Sobre o Beco

Quem faz?

Gabu Camacho
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História

O Beco surgiu em 2011, sob o nome de Ink Nightmare, no Tumblr. Naquela época, o blog criado por Gabu Camacho tinha como principal objetivo compartilhar leituras, livros e spoilers de obras ainda não lançadas no Brasil, que explodia com as adaptações de séries como Harry Potter, Crepúsculo, Jogos Vorazes e John Green.

O blog cresceu e veio a se tornar o Beco Literário em dezembro de 2013, com os mesmos objetivos, mas agora, contava com uma equipe própria destinada a compartilhar resenhas, resumos e outros materiais relacionados ao mundo da literatura.

O tempo passou e o Beco se tornou cada vez mais plural. A literatura tomava outras roupagens entre o público-alvo do site, jovens-adultos de 18 a 28 anos. Os livros viravam adaptações e faziam cada vez mais parte das nossas vidas e por conta disso, os assuntos abordados por aqui também se expandiram. Começamos a falar de cinema, televisão, viagens, comportamento, famosos, cultura…. Tudo com a missão principal de comunicar para pluralizar culturas entre o público jovem.

Nesses quase dez anos no ar, o site se transformou das mais variadas formas possíveis e passou por muitos altos e baixos, mas sempre dando o seu melhor para continuar online e compartilhando informações.

Em 2019, o Beco passou por uma outra grande transformação: a comunidade de leitores VIPs. Desde então, fazemos seleções periódicas de leitores do site para participarem da nossa comunidade fechada que visa auxiliar o Gabu e a equipe do Beco na curadoria dos melhores conteúdos a serem trazidos para os leitores. E claro, todos que participam tem a chance de concorrer mensalmente a livros, vales-presente, marcadores de página e outros prêmios.

Depois de uma pandemia inimaginável, em 2020, o Beco Literário agora se reinventa mais uma vez, trazendo o melhor conteúdo da internet para pessoas que sempre querem mais (assim como nós) e se transforma em um blog com uma linguagem mais pessoal, humanizada e próxima, sem perder a roupagem literária.

Beco por Gabu

Beco Literário

O Beco Literário ou simplesmente, o Beco e eu somos a mesma coisa, desde o início. Quando criei, estava quase fazendo dezoito anos e não sabia direito qual rumo seguir na minha vida. Como uma pessoa LGBTQIAP+ que ainda não podia ser quem realmente era pelo medo, criei o Beco como uma válvula de escape muito grande que me levou para caminhos inimagináveis: frequentei bienais do livro como embaixador, conheci vários autores que sempre me inspirei, conheci novos lugares, publiquei três livros e principalmente, conheci pessoas incríveis.

Claro que, nesses quase dez anos, eu mudei muito. Minha vida mudou muito e eu tentei fazer com que o Beco, meu Beco, me acompanhasse sem que ele mudasse da forma que eu queria. Pretendia que ele fosse aquele bebezinho que a gente nunca quer que cresça. Eu tentei e isso me rendeu muitas voltas em torno de algo que não rendia efetivamente (e muitas sessões de análise também). Já achei que estar aqui não me cabia mais, já achei que fechar era a melhor solução e já achei que deveria falar apenas sobre livros. Mas, como bom representante dos zillennials (sim, alguém que está no limbo entre geração Z e os millennials), eu sempre quero mais.

Beco Literário

Eu sempre quero abraçar o mundo. E ter o Beco para compartilhar isso com pessoas que são, assim como eu, insaciáveis é o que torna tudo mais mágico. O Beco é Literário, sim. Mas, nós somos plurais. Ele fala do nosso comportamento, ele serve para documentar, para entreter, para adaptar, para crescer…. E é exatamente isso que eu quero, para jovens, seja de idade ou de coração. Crescer, mudar e acompanhar minhas mudanças. Fazendo com que ele mude comigo. O bebê cresceu e mudou. Mas, não está sendo tão ruim no final das contas. E sei que, um dia, todo esse público jovem que hoje nos acompanha também vai crescer. O Beco sempre estará lá para que você chame de casa.

Beco LiterárioPerfil

Nome
Beco, para os íntimos

Nome inteiro
Beco Literário ®

Nascimento
10 de dezembro de 2013

Antecessor
Ink Nightmare, no Tumblr

Missão
Inspirar e informar jovens-adultos, independentemente da idade, por meio do nosso conteúdo

Visão
Comunicar para pluralizar pessoas, culturas e vivências

Valores
1. Pluralidade na singularidade: respeitamos a diversidade acolhendo a singularidade de cada ser humano;

2. Apurar antes de comentar: entender os assuntos, pesquisar e depois, divulgar;

3. Libertar e acolher sentimentos: não aprisionamos o que sentimos, libertamos e acolhemos uns aos outros;

4. Compartilhar o universo: não há segredos entre nós, compartilhamos tudo que nos atravessa;

5. Confiança de amigo: confiamos uns nos outros, como um velho amigo, para compartilhar o universo;

6. Sem medo de mudar: o tempo já mostrou que ficar no mesmo lugar não é para nós;

7. Querer mais sempre: entender que nossa sede de aprender, informar e compartilhar nunca está satisfeita.


Jornalista responsável
Gabriel Silva “Gabu” Camacho
MTB: 90251/SP

Beco Literário® é uma marca registrada de Gabu Camacho, bem como o seu logotipo. Todos os outros nomes de produtos que aparecem nos sites do Beco Literário podem ser marcas comerciais ou nomes de empresas de seus respectivos proprietários e são usados sob licença ou consentimento de seus proprietários.O uso não autorizado de marcas registradas pode violar as leis de marcas registradas de várias jurisdições. Nada nos sites do Beco Literário deve ser interpretado como uma permissão, licença ou outro direito de uso de qualquer marca comercial do Beco Literário sem a permissão prévia por escrito do site.

como eu era antes de você
Críticas de Cinema, Filmes, Livros

Crítica de cinema: Como eu era antes de você (2016)

Taí uma crítica (e minha primeira crítica, vale ressaltar) que eu estava morrendo de medo de escrever. Depois de uma vida inteira lendo no mínimo um livro por semana, cheguei a um ponto onde é difícil um livro me impressionar. E isso não é culpa dos livros, acontece que em sua grande maioria, eles seguem uma fórmula pré-determinada e previsível que sempre dá certo. Quebrando todos os paradigmas, li “Como eu era antes de você” sem esperar nada e posso dizer que foi uma experiência transformadora.

Como eu era antes de você” (cuja resenha você encontra AQUI) entrou no meu Top 3 e se tornou um dos livros que mais reli, então foi com muito receio que fui assistir a adaptação cinematográfica. E se estragassem meu livro? E se Will não fosse rabugento o suficiente? Se Lou não fosse carismática? E eis o veredito de uma fã exigente: que filme MARAVILHOSO!

A sinopse foi baseada (fielmente) no livro homônimo “Como eu era antes de você” da autora Jojo Moyes e conta a história de Louisa, uma jovem do interior sem muitas ambições que, quando vê a cafeteria em que trabalha fechar as portas, é obrigada a trabalhar como cuidadora de um tetraplégico: Will Traynor ─ um homem bem-sucedido, ranzinza e reservado que, vítima de um acidente, vive preso a uma cadeira de rodas. Ao descobrir que Will não sentia mais vontade de viver, Lou se dedica diariamente a fazer com que ele se apaixone novamente pela vida.

Eu dispunha de cento e dezessete dias para convencer Will Traynor de que ele tinha motivos para viver.”

O filme tinha tudo para ser maravilhoso: os roteristas  Scott Neustadter e Michael H. Weber (responsáveis pela coisa linda que foi a adaptação de “A Culpa É Das Estrelas“) e dois protagonistas sensacionais: Sam Claflin (Finnick Odair, Jogos Vorazes) e Emilia Clarke (Daenerys Targaryen, Game of Thrones) e não decepcionou! O roteiro foi feito de uma maneira excepcional e consegue ser fiel em todos os pequenos detalhes.

Um pause para admirarmos a atuação de Emilia Clarke. A atriz conseguiu nos entregar uma Lou tão carismática e atrapalhada que é impossível não amar. Estava esperando que ela lançasse um Dracarys a qualquer momento, mas ela me surpreendeu de uma maneira que hoje não consigo imaginar uma Louisa Clarke que não seja ela. Sam Clafin também não decepcionou e seu Will é tão apaixonante quanto o do livro (e esse é um elogio e tanto!).

A produção caprichou em todos os aspectos: cenário, trilha sonora, figurino e a verdade é que não encontrei nenhum defeito. A única coisa que vim fazer hoje aqui foi falar: assistam! Se você leu o livro, não vai se decepcionar. Se você não leu, vai ter vontade de ler assim que sair do cinema. Se você já assistiu, assiste de novo! O filme entrou em cartaz dia 16 de junho em todos os cinemas no Brasil e eu mal posso esperar pra voltar pro cinema e assistir mais uma vez… <3

“Você só vive uma vez. É sua obrigação aproveitar a vida da melhor forma possível.”

 

Atualizações, Livros

FORBES: Escritores mais bem pagos de 2015

Mais uma lista da Forbes e dessa vez é sobre nossos amados escritores. Confira abaixo o nome e a bolada acumulada por eles e caso haja resenha de algum de seus livros aqui no BL, deixamos disponível o link para resenha de seus livros (é só clicar no nome deles)!

1º – James Patterson – US$ 89 milhões

2º – John Green – US$ 26 milhões

3º – Veronica Roth – US$ 25 milhões

3º – Danielle Steel – US$ 25 milhões

4º – Jeff Kinney – US$ 23 milhões

5º – Janet Evanovich – US$ 21 milhões

6º – J.K. Rowling – US$ 19 milhões

6º – Stephen King – US$ 19 milhões

7º – Nora Roberts – US$ 18 milhões

8º – John Grisham – US$ 14 milhões

9º – Dan Brown – US$ 13 milhões

9º – Gillian Flynn – US$ 13 milhões

9º – Rick Riordan – US$ 13 milhões

9º – Suzanne Collins – US$ 13 milhões

10º – E.L James – US$ 12 milhões

10º – George R.R. Martin – US$ 12 milhões

Atualizações, Colunas, Cultura

Experiência: Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro (05/09/15)

Toda a minha vida, sempre fui nas bienais do livro de São Paulo (leia minha última experiência aqui). Jamais havia ido ao Rio de Janeiro, sequer. Então, alguns dias antes do evento, surgiu a oportunidade de ir. Fui, sem nem conseguir uma credencial de blogueiro como sempre faço em SP. Comprei meu ingresso, e entrei normalmente, como não fazia há séculos. É engraçado como a gente se acostuma com a vida boa de ter credencial e não enfrentar fila embaixo de chuva. Mas é bom voltar a ser fanboy.

Moro em São José dos Campos, interior de São Paulo. Fui para o Rio de Janeiro de carro. Saí daqui as quatro da manhã, e cheguei no local as nove e meia. Antes disso, não havia dormido uma hora sequer. Fui para a casa da minha amiga Mariana lá pelas nove, porque sairíamos de lá. E você sabe o que acontece quando vamos dormir em casas de amigos, não é? Sempre tem mais um vídeo para mostrar no Youtube, mais um episódio de seriado, mais um assunto para colocar em dia… Não dormimos e embarcamos virados, mesmo, com nossas mochilas cheias de lanche. Era a primeira vez das minhas amigas em bienal, e eu recomendei que levássemos comida, porque comprar lá é bem caro.

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Derrotados na van, mas comendo muito pão com patê.

Dormimos quase que a viagem toda nas posições mais tortas possíveis. Um em cima do outro, com malas, mochilas, equipamentos… Mal cabíamos dentro do veículo. Mas chegamos bem no Rio, onde o tempo estava fechado, com uma garoa fina. Entramos na fila quilométrica. Confesso que senti falta, e muita, da minha credencial nessa hora. Desculpem-me, mas jamais gostei de filas grandes e esperas infinitas. Mas foi legal, porque logo na fila, conheci vários leitores do site, distribuí muitos marcadores e filmei os Jogos Vorazes que foi a entrada. Que caótico!

Entramos e tudo o que eu conseguia pensar era: UAU! Três pavilhões de evento, três vezes maior que a Bienal de São Paulo. Talvez estivesse mais lotada, apesar de não parecer. O espaço é realmente enorme e aconchegante. Já garantimos nosso mapa e fomos até o pavilhão azul, onde estava a alma do evento. Tão vazio, tão cheiroso, dava até desespero! Mesmo sem credencial, fomos os primeiros a entrar.

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Ah, a fila! Mirella, eu e Mariana, da esquerda para a direita.

O primeiro estande que fomos, como mostrei no daily vlog que deixarei incorporado no final do texto, foi o da Intrínseca porque como eu disse, geralmente é o mais lotado depois de algumas horas. Faz até fila pra entrar depois, e geralmente não conseguimos comprar nada ou já está tudo esgotado pelo dia. Éramos os únicos nele, parecia até um sonho. Pegamos muitos marcadores, dos mais variados livros, deixei vários marcadores do site e finalmente adquiri meus exemplares de Não se apega, não Não se iluda, não da Isabela Freitas. Mirella e eu surtamos de uma maneira jamais vista anteriormente porque estava muito barato. Ela pagou cerca de cinco reais no exemplar de Círculo (veja a resenha aqui e a entrevista com os autores aqui!), e eu paguei mais de quarenta, no mesmo livro há algum tempo pela internet.

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O estande da Intrínseca, ô coisa linda e cheirosa!

Ok, todo mundo sabe que só pegamos mapas caso algo dê ruim. Ninguém realmente pega um mapa e o segue à risca com um itinerário pronto. Então saímos meio sem rumo, procurando o próximo estande legal para se visitar. Chegamos no compartilhado da Arqueiro com a Sextante. Estávamos hanging around quando de repente eu pego o braço da Mariana e tudo o que eu sei dizer é “Julia Quinn!”. Ela me olha meio qual a sua doença? Eu só aponto para o crachá da gringa do meu lado e para a pilha de livros na frente dela. A autora estava do meu lado, e então, tudo foi um borrão. Tudo o que eu lembro é de dizer “Can we take a picture?” e dela respondendo da maneira mais amável possível “Sure”. Eu estava tremendo bastante e por isso, a moça da editora se ofereceu para tirar. Lembro-me também de ter dado um marcador e falado algo do tipo “Please, visit my website.” porque nem pra pedir um autógrafo eu servi. Ok, a gente supera com o tempo.

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Julia Quinn e eu (tremendo muito!) no estante da Arqueiro

Só sei que demorei um pouco para superar o fato de que eu havia acabado de conhecer Julia Quinn. Fui então até o caixa com os livros dela na mão e paguei. Ainda não sei porque não pedi pra ela autografar. Os livros estavam na mão e ela do meu lado. Só precisava falar “Write something in here, please!”. Mas não foi dessa vez, mesmo.

Não me lembro muito da ordem dos estantes que seguimos além disso. A bienal foi lotando aos poucos, mas nada tão insuportável como chegou a ser em São Paulo, porque lá, muitas vezes eu cheguei a me sentir realmente mal. No Rio, além de ter uma organização parecida, apesar de levemente melhor, a lotação é totalmente suportável. Não colocam mais pessoas que o suportável. Lotou sim, bastante, peguei filas enormes, mas era totalmente compreensível e frequentável. Nada muito absurdo.

Como se não bastasse o grande tiro que levei na cara ao encontrar com Julia Quinn, encontro – de longe – com o grande mito Maurício de Souza. Ok, não dava pra perder a oportunidade de me aproximar do mestre. Não consegui uma foto com ele, nem um autógrafo porque não deixaram, mas cheguei na multidão igual um cortador de gramas, câmera em mãos e sou jornalista, licença por favor! E as pessoas acreditaram.

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Obrigado, ser que colocou o cotovelo no canto da minha foto!

Bom, foi incrível “conhecer” Maurício de Souza, mesmo que de maneira indireta. Ele fez parte da minha infância, assim como de muita gente que acompanha o site, tenho certeza. Gostaria de ter dado o marcador pra ele, mas estavam realmente com uma marcação muito cerrada com relação a quem se aproximava dele. E minha cota de sorte do século acabou naquele encontro com a Julia Quinn, né?

Estava rolando também, uma pequena homenagem comemorando os oitenta anos do criador da Turma da Mônica, com um mural de post its de recados de fãs, e uma exposição exclusiva com ilustrações lindas de todos os personagens do autor. Veja no slideshow abaixo todos os registros que fiz dessa seção (que ocupava uma grande parte do terceiro pavilhão):

Nessa altura, já tínhamos comprado pelo menos uns cinco livros cada um e estávamos todos com os braços cortados de tanto carregar sacola. Mas é uma dor boa, afinal, a ansiedade pra chegar em casa e ver os novos filhos é cada vez maior né? Seguimos então para o estande da Novo Século, onde conversamos com mais alguns autores, distribuímos mais marcadores, conversei com vários membros da Armada Escarlate e claro, tirei uma foto nova com a Renata Ventura, uma das minhas escritoras preferidas e ambos de chapéu coco:

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Grande Renata! Sempre uma honra trocar mesmo que poucas palavras com ela…

Fiquei o dia todo na Bienal, mas são tantos lugares para visitar, tantos estandes para ver, tanta gente pra conhecer, que o dia acaba por passar muito rápido. O legal foi que conheci muitos leitores do site, tirei foto com vários deles (se você tem alguma inclusive, me manda!) e quando foi umas duas da tarde, não aguentávamos mais. Então sentamos em um canto e dormimos, literalmente. Sei que amarrei minha câmera, mochila e abracei meus livros e dormi ali no chão mesmo. Micão total, mas o que não faz o cansaço, não é mesmo?

Acordamos uma hora e meia depois, aproximadamente e fomos até o estande da Novo Conceito para a sessão de autógrafos do Pedro Chagas Freitas, autor de Prometo Falhar. Mas antes, deixei minha amiga na fila um pouco para conhecer Renan Carvalho, autor de Supernova: O Encantador de Flechas. E o que seria de mim sem um pequeno mico perante meus autores preferidos? No emaranhado de sacolas, mochila, câmera, acabei por tropeçar e cair antes de pegar o autógrafo. Obrigado. Eis a foto:

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Vamos tirar uma foto sorrindo, fingindo que o leitor não pagou micão perto do autor preferido… (logo tem resenha!)

Feito isso, voltei então para a fila do Pedro Chagas, que não estava tão grande, apesar de que odeio esperar. Enquanto isso, fui ver como estava a vida nas redes sociais, fazer uma pequena cobertura no Twitter e coisas assim. Eis que chega uma avalanche de mensagens no meu celular assim que ligo o 3G. “Isabela Freitas postou sua foto.” Fiquei totalmente sem entender o que estava acontecendo, achei que todos estavam enlouquecidos, mas só para confirmar, abri o Instagram. E isso tinha acontecido:

O quão legal é uma das suas autoras preferidas postar sua foto no Instagram? E há quem tenha dito que eu estava pagando o maior mico da minha vida ao tirar essa foto. Ok, né. Mas quem está no Insta da Isa mesmo? Ah tá!

Chegou minha vez de ser atendido pelo autor de Prometo Falhar, e olha, sem palavras. Além de escrever uma dedicatória especial para cada leitor, ele ainda bate um papo com cada um deles. E foi nessa que ele disse que gostaria de ler meu livro que lançarei em breve, e para eu nunca desistir dos meus sonhos. Engraçado porque, era justamente o que eu precisava ouvir no momento. Essas coisas acontecem né?

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“Você é um sonhador, como eu? Continue assim.”

Saímos todos realizados da Bienal. Com muitos livros que nem sabíamos como levaríamos embora, alguns autógrafos e com certeza, ótimas lembranças. Arrisco dizer que gostei mais dessa do que a do ano passado, em São Paulo. Tanto no quesito organização, quando no quesito preço, presenças ilustres, infraestrutura… Tudo magnífico! Parabéns para a organização. Se na última postagem de experiência eu falei mal dela, deixo aqui meus mais sinceros elogios.

E você, o que achou da Bienal do Livro do Rio de Janeiro? Conta pra gente nos comentários!

Veja também, o daily vlog que gravei enquanto estava lá:

E o vídeo especial mostrando tudo o que comprei e ainda dando breves comentários sobre o que escrevi acima:

Atualizações

Os 10 melhores romances da história (parte 1)

Pra quem pretende passar o dia dos namorados em casa, não tem porque não jogar um pouco de romance em cima disso! Pra quem vai passar com o seu namorado, porque não prolongar a vibe do ~amor~ e continuar no clima de romance por mais um tempo?

Para atender todas as solicitações na data de hoje, o Beco preparou a lista dos 10 Melhores Romances já publicados! Eu e a Pri (as compulsivas do gênero New Adult e afins deste site) nos dividimos na difícil tarefa de escolher apenas 10 de muitos livros que fazem nosso coração bater mais forte! Os meus 5 escolhidos não são apenas meus romances favoritos, como também alguns dos meus livros favoritos! E quem me conhece sabe que eu não começaria a lista de uma maneira diferente:

1. Um Caso Perdido

Criado pela mestre do romance Colleen Hoover, “Um Caso Perdido” conta a história de Sky, uma adolescente de 17 anos que vê sua vida virar de cabeça pra baixo quando tudo que ela achava que sabia sobre si mesma ser uma ilusão. Mas como a vida é irônica, justamente o garoto que a fez questionar todo o seu passado é o garoto que irá ajudá-la a construir seu futuro. “Um Caso Perdido” é a maravilhosa combinação de uma protagonista ativa (odeio mocinhas que ficam paradas observando tudo acontecer ao seu redor), uma história envolvente e o melhor protagonista de todos os tempos: Dean Holder.

– Vou lhe avisar uma coisa – disse ele baixinho. – Assim que meus lábios encostarem nos seus, vai ser, sim, o seu primeiro beijo. Porque, se nunca sentiu nada enquanto alguém a beijava, então ninguém jamais a beijou de verdade. Não da maneira como eu planejo beijá-la”.

Ele não apenas é lindo, atencioso e engraçado, como ele tem covinhas. Pelo amor de Deus, esse homem é pra casar. Quem acompanha o Beco lá no Viber Groups já deve ter me ouvido falar infinitas vezes desse livro (e quem não acompanha, segue a gente lá). Eu deveria ganhar alguma coisa pra falar aos sete ventos “leiam esse livro” mas gente, não ganho! Essa propaganda é puramente por ser um dos melhores livro que já li! “Um Caso Perdido” faz parte de uma trilogia, seu segundo livro “Sem esperança” já está nas livrarias e o terceiro “Encontrando Cinderela” chega esse mês nas lojas! Para quem se interessou, a resenha do primeiro livro tá aqui no Beco (clique AQUI).

2.  Easy

Quando eu falo de “Easy” meus olhinhos brilham de tanto amor! E ai as pessoas logo se interessam e vão comprar e voltam com uma cara de nojo pra mim quando vêem a capa. Mas amigos, eu digo: NÃO se deixem enganar pela capa maldita dessa edição! Easy é um dos melhores livros que já li. Sabe aquela leitura fluída, divertida, que você nem sente que tá lendo e quando vê já passou o dia sentada na mesma posição sem tirar a cara do livro? Pois bem. Mas toda essa maravilha não é estampada na capa, onde vemos um cara metrossexual de cabelo seboso tentando beijar uma menina que aparentemente está com nojinho. Mas a famosa frase “Não julgue um livro pela capa” foi criada para situações como esta!

Easy” é um romance que conta a história de Jaqueline, que ao seguir seu namorado para a faculdade que ele escolheu (abdicando assim de seus próprios sonhos) vê tudo ir abaixo quando ele termina com ela de repente, e ela se vê sozinha, rodeada de estranhos e numa faculdade que nunca quis. Tudo muda até ela conhecer duas pessoas que aos poucos vão fazendo ela se esquecer do seu ex e toda a tristeza que a rodeia: Landon, o monitor da matéria de Economia, que não só é o responsável por ela não perder na matéria, como é o responsável pela maioria dos seus sorrisos durante todos os e-mails trocados. A segunda pessoa é Lucas, seu colega misterioso que aparentemente tem dois hobbies: desenhá-la e salva-lá em todas as situações.

Preciso te desenhar outra vez. Fiz mais alguns desenhos de memória, mas não é a mesma coisa. Não consigo acertar o formato do seu queixo. A linha do pescoço. E os seus lábios. Preciso passar mais tempo observando e menos beijando” – ele disse.
“Não posso dizer que concordo” .
“Mais tempo fazendo os dois, então” .

Easy é infinitas vezes mais profundo do que se suspeita no inicio da leitura. Sua história superficial esconde uma trama envolvente e emocionante que o leitor só conhece quase no fim da história. Mas graças ao bom Deus, Tamara Webber nos presenteou com o segundo livro da série “Breakable” em que podemos conhecer um pouco mais dessa série e nos deliciar com um dos melhores personagens já criados pela literatura romancista… A resenha de Easy você também encontra AQUI!

3. Como eu era antes de você

Essa leitura é ao mesmo tempo maravilhosa e difícil. Se me lembro bem, comecei a resenha desse livro (que você encontra aqui) falando exatamente isso: este não é um livro feliz. Você quer um livro feliz? Um livro com finais românticos, sobre cura e contos de fadas? Então minha dica inicial é: procure outro livro.

Em “Como eu era antes de você” conhecemos dois personagens completamente diferentes: Will, um homem mal-humorado e desacreditado da vida após sofrer um acidente que o deixou em uma cadeira de rodas e Lou, uma garçonete extremamente acomodada e divertida. Como a vida dos dois se cruzam e como elas nunca mais são descruzadas, é algo que cabe ao leitor descobrir aos poucos com o passar da leitura… “Como eu era antes de você” é um livro tão lindo e tão triste que doí pra mim até mesmo escrever sobre ele, mas em momento nenhum me arrependo de tê-lo em minha cabeceira.  Se você quer ler para se distrair, ou para ver finais felizes, eu não aconselho a leitura. Mas o que posso dizer é que “Como eu era antes de você” me ensinou inúmeras lições (sobre preconceito, sobre ambição, sobre generosidade e sobre como podemos ajudar uns aos outros em todas essas passagens difíceis que sofremos na vida). Terminei a leitura em lágrimas, mas transformada.

“ Seu corpo era apenas uma parte do pacote completo, algo para se lidar de vez em quando, em intervalos, antes de voltarmos a conversar. Para mim, tinha se tornado a parte menos interessante dele. Você só vive uma vez. É sua obrigação aproveitar a vida da melhor forma possível.

Para nossa sorte, “Como eu era antes de você” terá sua adaptação cinematográfica e já está em fase de gravações com a Emilia Clarke (Game of Thrones) e Sam Clafin (Simplismente acontece, Jogos Vorazes) no papel de Lou e Will. Mal posso esperar! <3

4.  Entre o agora e o nunca

Posso começar assustando vocês? Comecei esse livro sem muita empolgação, mas na primeira sentada não o larguei até o capitulo 10. Nunca tinha lido nenhum livro da  J.A. Redmerski e gostei da surpresa. Nessa história conhecemos Camryn e Andrew. Ela, fugindo da sua mãe e de todos os problemas da sua vida, pega o primeiro ônibus que vêem a sua cabeça e encontra esse passageiro maravilhoso ao seu lado.

O que acontece depois, acredito que os leitores podem imaginar! Embora totalmente desconfiada, Camryn vai perdendo suas barreiras a medida que conhece Andrew (e quem não perderia? Um dos mocinhos mais verdadeiros e sinceros já criado! Eu sou super apaixonada por ele também rs).

“Te amei desde aquele dia em que olhei nos teus olhos pela primeira vez, me encarando do alto da poltrona daquele ônibus. Talvez eu não soubesse disso ainda, mas percebi que alguma coisa aconteceu comigo naquele momento, e que eu jamais poderia abrir mão de você.”

“Entre o Agora e o Nunca” fala sobre libertação. Libertação da dor, de parar de remoer a sua dor e viver o que está pela frente, sobre fazer o que VOCÊ tem vontade, e não sobre o que as pessoas esperam de você.

O pior tipo de choro não era o tipo que todo mundo poderia ver, o choro nas esquinas, as lágrimas sobre a roupa. Não, o pior tipo acontecia quando sua alma chora e não importa o que você faça, não tem como confortá-la. Um pedaço murcha e vira uma cicatriz naquela parte da sua alma que sobreviveu.

Por toda essa lindeza e sucesso nas bancas, o livro já tem sua continuação (“Entre o agora e o sempre”) publicado! E a resenha você encontra AQUI no Beco.

5. Métrica

Abri e fechei a minha lista com Colleen Hoover! E não poderia ser diferente! Dessa vez esta mulher me conquistou com a história de Lake e Will. Recém chegada na cidade após a morte de seu pai, Lake se muda com sua mãe e seu irmão mais novo para a casa em frente a de Will, e assim que ela o vê começa a pensar que mudar de cidade pode não ter sido uma ideia tão ruim afinal…

Na primeira parte do livro, conhecemos a dor de Lake e ficamos logo animados para que ela se relacione com alguém que possa trazer um pouco de felicidade e leveza a sua vida, mas quando conhecemos a verdadeira história de Will, percebemos que a dor dos dois é muito semelhante, e que de leveza a vida de Will não tem nada. Eis outro ponto do livro que me surpreendeu: o livro é direto. Não tenta diminuir a dor, ou nos ensinar a nos acostumarmos com a dor, ou a acreditar que se fizermos coisas boas, só coisas boas vão acontecer com a gente. Por que na realidade, isso não acontece.

“Ela me ensinou a questionar.
A nunca me arrepender.
Ela me ensinou a ampliar meus limites,
Porque é para isso que eles existem.”

A série “Slammed” (nome original) é uma trilogia,  já temos o segundo livro, “Pausa” e o terceiro “Essa garota”. Todos recomendadissimos e recheados de amor e carinho! A resenha de “Métrica” você encontra AQUI.

 

Eu poderia passar uns três dias recomendando livros de romances pra vocês, mas minha lista chegou ao fim! E vocês, concordam? Tem algum livro que deixei de fora? Me recomendem seus escolhidos também! Agora deixo nas mãos da Pri a continuação dessa lista recheada de amor…

 

Atualizações

Como eu era antes de você: Tudo sobre o filme

Só boas notícias para os fãs de “Como eu era antes de você”.

Além dos direitos autorais do livro terem sido comprados pela MGM e serem adaptados para os cinemas, houve a escolha dos autores Sam Claflin (Finnick Odair, Jogos Vorazes) e Emilia Clarke (Daenerys Targaryen, Game of Thrones) para viverem o casal protagonista Will Traynor e Louisa Clark. Os roteiristas da adaptação cinematográfica são Scott Neustadter e Michael H. Weber, para quem não sabe, os mesmos roteiristas do estrondoso sucesso “A culpa é das estrelas”!

O filme “Como eu era antes de você“, baseado no homônimo livro de Jojo Moyes, irá contar a história de Louisa, uma jovem do interior sem muitas ambições que, quando vê a cafeteria em que trabalha fechar as portas, é obrigada a trabalhar como cuidadora de um tetraplégico: Will Traynor ─ um homem bem-sucedido, ranzinza e reservado que, vítima de um acidente, vive preso a uma cadeira de rodas. Para quem ainda não leu, já passou da hora de colocar esse drama maravilhoso na sua lista de leituras de 2015! Confira a resenha aqui.

A previsão é que o filme chegue aos cinemas em Agosto de 2015 nos Estados Unidos (e esperamos que no Brasil também). Preparem seus lencinhos e não percam essa emocionante história!

Atualizações

VAZOU: Pôster oficial de "A Esperança – Parte 1" com Katniss Everdeen

A espera acabou, tributos! Vazou na internet há pouco, o primeiro pôster oficial de A Esperança – Parte 1, com estreia prevista para 20 de novembro no Brasil, um dia antes da estreia no resto do mundo. Nele, vemos Katniss Everdeen, a garota em chamas, vestida como rebelde e com as asas do tordo ilustrando suas ações atrás. Sem mais delongas, confira-o abaixo:

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Ainda não o temos em alta qualidade, mas fiquem ligados no Beco Literário porque postaremos assim que sair! Ansiosos para a primeira parte do desfecho dessa trilogia magnânima? Leia nossa resenha dos livros, clicando aqui.

Atualizações

Entrevista com Laura Spíndola, autora de 'Os Dois Lados da História'

Nos últimos dias, realizamos uma entrevista exclusiva com a autora Laura Spíndola, escritora de Os Dois Lados da História. Ela, que sempre teve a escrita presente em sua vida e foi extremamente simpática conosco, falou um pouco sobre sua obra, seus personagens, inspirações e deu conselhos para aqueles que querem seguir a carreira na escrita.

Confira a entrevista:

Beco Literário: De onde veio a ideia de escrever um livro? Era um sonho de criança seu, ou surgiu repentinamente?
Laura Spíndola: De certo modo, a escrita sempre esteve presente na minha vida, embora a ideia de fato de ser escritora tenha brotado pouco antes de começar a escrever “Os Dois Lados da História”. Mas até hoje tenho livrinhos que escrevi, recortei e colei quando mal havia começado a aprender a ler e escrever. Sendo uma leitora compulsiva desde esta época, acabei naturalmente entrando para o mundo da escrita.
Quando estava com quatorze anos, coloquei na cabeça que iria escrever um livro. Depois de algumas ideias que acabaram não indo para frente, finalmente tive a minha inspiração, em um dos momentos mais inusitados. Foi em 2009. Eu estava com a minha família no parque “Islands of Adventure”, em Orlando, já no final do dia. Era hora daquela última volta nos brinquedos favoritos antes de ir embora. Eu já tinha ido na “The Incredible Hulk Roller Coaster” inúmeras vezes, mais do que em qualquer outro brinquedo. Na minha última volta, até mesmo meu pai não aguentava mais, e acabei indo sozinha. Já estava tão acostumada que nem mesmo fiquei nervosa. Simplesmente comecei a observar as pessoas na fila. Quando faltava apenas uma leva de pessoas para que eu entrasse no carrinho, imaginei um menino no mesmíssimo lugar que eu estava, mas, ao contrário de mim, morrendo de pavor daquela monstrenga. Logo imaginei uma menina tão irritada por algum motivo que nem mesmo ligava para o fato de estar numa montanha-russa imensa. Só sei que, assim que desci daquele carrinho verde, ela começou a nascer naturalmente.

BL: Você com certeza já leu resenhas literárias do seu livro e de livros que você gosta. De uma maneira geral, você gosta delas? Concorda na maioria das vezes ou discorda?
LS: Eu mesma não costumo escrever resenhas, pois não tenho a facilidade de escrever em poucos parágrafos os diversos sentimentos que me invadem durante a leitura de um livro. Mas eu admito imensamente quem, com este restritivo espaço, consegue capturar a essência do livro! Sem dar spoilers, admiro a capacidade destes resenhistas de listar os pontos fortes e fracos do livro, enaltecendo-o pelos acertos e sem desmerecê-lo pelos erros. Quando a opinião é bem positiva, então, adoro quem consegue, sempre de maneira espirituosa, deixar aquela maravilhosa sensação de “preciso ler este livro AGORA”.
Eu gosto muito de ler várias resenhas sobre um mesmo livro, ainda mais se elas destacam pontos de vista completamente diferentes. Normalmente, vejo que a maioria das resenhas de meus livros preferidos são positivas e, de livros que não gostei nem um pouco, quase sempre são negativas. Mas gosto de ver resenhas negativas sobre meus favoritos e positivas sobre os que não gostei, pois acho muito divertido ver as tão variadas emoções que um mesmo livro pode oferecer.

BL: Você possui algum costume enquanto escreve e/ou lê? Escutar músicas por exemplo?
LS: Acho que, considerando dez momentos em que eu esteja escrevendo, em nove deles estou escutando música. No décimo não é possível porque provavelmente estou escrevendo durante alguma aula. Acho que a música tem um impacto muito grande na história no momento em que ela está sendo escrita. É sempre bom aproveitar o sentimento que te apodera no momento para escrever cenas de mesma emoção, e eu considero a música indispensável para a intensificação desse sentimento.
Entre outras manias, sempre escrevo ou em um caderninho que SEMPRE levo comigo quando saio de casa (cheguei a deixar de levar livros que usaria na escola, quando minha mochila estava pesada, só para não deixá-lo para trás) ou no meu laptop, propositalmente sem internet e sem nada de interessante instalado. Quando escrevo no laptop, simplesmente deixo aberto um jogo de Paciência ou de FreeCell, para quando minha inspiração está em falta; depois de dezenas de partidas repetitivas, é inevitável começar a preencher a folha em branco do Word.

BL: Monteiro Lobato dizia que “Um país se faz com homens e livros”. Você concorda com isso? Acha que o Brasil está incluído nessa concepção, de um país que lê, apoia e valoriza sua literatura?
LS: Sim, concordo plenamente. Não diria que, atualmente, o Brasil é um dos países onde a leitura é uma das prioridades, mas posso dizer com segurança que vejo a situação melhorando e que estamos nos encaminhando cada vez mais para uma maior valorização da literatura. Acredito que, atualmente, existe um número sem igual de gêneros e tipos de livros, que podem atrair qualquer público, de qualquer gosto e de qualquer idade. Também acredito que não só os clássicos devam ser respeitados e valorizados, mas, da mesma forma, devem ser os mais recentes lançamentos.

BL: As histórias que você escreve, vêm do nada ou é algo que você pensa bastante por um tempo?
LS: Em relação à escrita, a maior facilidade que tenho é a de arrumar ideias para boas histórias. Tenho ideias nos momentos mais inesperados e, sempre anotando todas para usá-las no futuro, posso dizer que poderia escrever histórias de quase todos os gêneros literários. Apesar desta facilidade, quando escrevo, tenho em foco apenas algumas poucas delas e me dedico completamente a desenvolvê-las, sempre buscando montar uma estrutura e uma base concreta.
No entanto, não gosto de ter tudo completamente planejado: no caso de “Os Dois Lados da História”, comecei a escrever sem ter a mínima ideia do que eu ia fazer com aquela história. Quando já tinha uma boa parte escrita, tinha uma ideia do que ia acontecer no final, mas nem mesmo sonhava em saber o que ia acontecer nos próximos capítulos. Foi muito divertido, pois a maioria dos acontecimentos do livro surgiam de repente e, quando eu escrevia trechos aleatórios que, na hora, não sabia onde poderia colocar, eles acabavam se encaixavam perfeitamente à medida que eu ia escrevendo. Chegando perto do final é que eu já tinha bem claro em mente o que ia acontecer.
Então, posso dizer que, para mim, é importante ter uma noção de para onde a história deve ir, mas também posso dizer que, sem planejar o caminho para este fim, é maravilhoso ver ela nascendo aos poucos.

BL: Seus personagens são inspirados em pessoas que você conhece ou em características suas?
LS: Gosto de dizer que meus personagens são todos umas “saladas mistas”. Às vezes eles surgem da personalidade de certa pessoa e acabam adquirindo características de outras; alguns já nascem inspirados em duas ou mais pessoas… até mesmo os gatos que aparecem em “Os Dois Lados da História” são misturas de aparências e personalidades de gatos que tenho e já tive. Os protagonistas, Alex e Camila, não são exceção: cada um carrega grande parte de características minhas misturadas com características de amigos, meu irmão, pessoas que encontrei uma única vez na vida, etc. Mesmo quando eu digo a alguém: “este personagem é completamente baseado em você”, ele sempre acaba levando alguma coisa de outras pessoas.

BL: Você sempre gostou de ler, desde criança? Acha que ler bastante, te ajuda na escrita?
LS: Sim, eu leio bastante! São poucas as coisas nessa vida que me fazem largar um livro interessante. Essa paixão vem desde que eu era bem pequena; não foram poucas as vezes que eu preferia ganhar livros a roupas e brinquedos. Sempre tive um grande incentivo dos meus pais em relação à leitura, mas acabei naturalmente me apaixonando por esse mundo literário.
Eu acho que um está intrinsecamente ligado a outro; não acredito que seja possível escrever histórias, poemas ou o que quer que seja sem gostar de ler. Não apenas pela questão da gramática, cujas regras são apreendidas de maneira infinitamente mais fácil se o hábito de leitura é predominante, mas, também, na questão da inspiração. Sem que se entre em contato com tantas ideias e pensamentos maravilhosos encontrados em diferentes livros, acredito que seja impossível ter inspiração suficiente para escrever de maneira apaixonada e apaixonante.

BL: O que você diria para aqueles que querem tentar a carreira de escritor?
LS: Acredito que novos autores de grande talento vêm surgido a cada dia no Brasil. Ainda temos muito a melhorar em relação ao incentivo à leitura, mas vejo que o mundo literário está cada vez mais abrangente e mais oportunidades são dadas a autores que ainda não têm reconhecimento. Se há alguém que realmente ame escrever, que sente que sua vida vai ser incompleta sem colocar as suas ideias para fora, então é preciso perseverar; fazer grande sucesso como autor ainda não é uma tarefa simples e pode contar com um pouco de sorte, mas é preciso batalhar bastante para conseguir, pois desistir de seu sonho é inaceitável. Atualmente, há espaço para TODOS no mercado literário e, se esse alguém acha que o seu livro merece um lugar nele, então não há nada nem ninguém que possa impedi-lo.

BL: Você possui um livro preferido? Aquele que indicaria para qualquer pessoa ler?
LS: Para mim esta pergunta é quase uma maldade, pois existem dezenas, talvez centenas de ótimos livros que sempre me vêm à mente! Considero impossível escolher um só. Mas tenho uma “listinha” de alguns dos melhores livros e séries que já li, e indico a todos a leitura de qualquer um destes: as séries “Harry Potter”, “Percy Jackson e os Olimpianos” (e todas as outras séries do Rick Riordan), “O Diário da Princesa”, “A Mediadora”, “Como Treinar Seu Dragão”, “Jogos Vorazes”, “Eragon”, “Coração de Tinta”, “Fazendo meu filme”, “Minha vida fora de série”, “Dragões de Éter”, “Amanhã”; os livros da Agatha Christie, em geral, com destaque para “O Caso dos dez negrinhos”, “A Casa Torta”, “Assassinato no Expresso do Oriente” e “Os Quatro Grandes”; “A menina que roubava livros”, “O Palácio de Inverno”, “@mor” e “O Selo Médici”.

BL: Fale um pouco do seu livro, “Os Dois Lados da História”?
LS: É um romance adolescente que comecei a escrever com 14 anos e terminei aos 15 . Chama-se “Os Dois Lados da História”, pois cada evento da história é contado pelos protagonistas Alex e Camila. A história retrata bem o cotidiano dos protagonistas e seus amigos no último ano do Ensino Fundamental, através de situações emocionantes e engraçadas. Apesar de chamá-lo de romance, considero-o mais um livro de humor; é uma história bem leve e divertida, e acredito que muitas pessoas se identificarão com ela.

Muito obrigado pelas respostas, Laura! Gostou da entrevista tanto quanto nós? Visite os links oficiais da autora abaixo e depois nos enviem suas opiniões!

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