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Coisa Mais Linda é de fato a Coisa Mais Linda

Nova produção nacional da Netflix, Coisa Mais Linda estreou na plataforma no último dia 22 de março e vem causando uma boa repercussão na última semana. Protagonizada pelas atrizes Maria Casadevall, Patrícia Dejesus, Mel Lisboa e Fernanda Vasconcellos, a série se passa no ano de 1959 e mostra os desafios da protagonista paulista Malu em abrir o seu ‘clube de música’, com nome que dá título a produção, no Rio de Janeiro, após ter sido abandonada pelo marido – que fugiu com suas economias. Com fotografia impecável e uma gostosa trilha-sonora toda trabalhada na bossa-nova, Coisa Mais Linda causa uma ótima impressão logo nos primeiros minutos.

Mais do que uma história clichê, a criação de Giuliano Cedroni e Heather Roth dá voz ao empoderamento feminino em um tempo que este termo não existia. Relacionamentos abusivos, a independência e o direito de ser dona do próprio corpo são apenas alguns do mais diversos assuntos discutidos ao longo dos 7 episódios.

Apesar de tudo isso, é impossível terminar a série e não ter aquela sensação de que “podia ser mais”. É possível, sim, chegar ao final e ficar satisfeito, porém, a pouca quantidade de episódios limitou que determinados plots recebecem leves pinceladas; ou seja, muita coisa aconteceu e se resolveu rapidamente apenas para dar prosseguimento a história, quando, poderiam render muito mais pano para manga – um leve spoiler: a facilidade em que os problemas de Malu com o contrabandista de bebidas é resolvido é pouco crível.

No final, Coisa Mais Linda tem uma história boa, protagonistas cativantes, uma excelente direção e um senso estético que fascina. Ter uma série em que o ponto de vista central é feminino foi o maior acerto em tudo isso. O gancho para uma segunda temporada foi deixado nos últimos minutos do episódio 7 e já estamos aguardando ansiosamente por seu anúncio – e torcida para que não demore tanto quanto a continuação de 3%.

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