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A ditadura da beleza na comunidade gay

Esses dias eu estava conversando com uma amiga minha sobre a ditadura da beleza. Sobre o quanto esse mito atinge mulheres, todos os dias, desde sempre. Sempre precisam estar magras, comer pouco e seguirem padrões que a sociedade determina. Isso me fez refletir um pouco sobre essa ditadura da beleza do lado de cá, sobretudo na comunidade gay. É inegável que ela ainda é mais forte sobre as mulheres e tem se tornado cada dia mais potente na comunidade LGBTQ+.

Cresci lendo a Revista Capricho, que era uma revista “de menina”. Eu sempre queria saber fofocas do mundo dos famosos que eu era fã e sempre ignorava aquelas partes de editorial de moda. Apesar de hoje, perceber que talvez aquilo tenha sido o pontapé inicial desse mito da beleza para muitas meninas. Como um garoto cis e homossexual, eu sempre ignorei aquelas partes da revista. Até que entraram os Colírios Capricho no jogo.

Os Colírios, para quem não é da época, eram um grupo de meninos escolhidos para representarem a revista, representarem o lado masculino da coisa, já que a revista era majoritariamente para o público feminino. Eles eram escolhidos por votação, sempre pela beleza. Os meninos magrinhos eram escolhidos hora ou outra, mas os fortinhos sempre ganhavam. E eu era um pré-adolescente que me achava gordinho.

Quando entrei na adolescência, comecei a fazer academia. Eu queria por tudo que era mais sagrado ser magrinho, como os Colírios da Capricho, e quem sabe, até mesmo ter aquele abdome definido. Eu achava que assim eu ia “comprar” com a minha aparência toda a aceitação social que eu precisava.

Eu emagreci bastante durante a adolescência e nas épocas de academia, consegui ter o projeto de uma barriga definida que desaparecia a cada respiração mais forte que eu dava. Mas tudo bem, eu me contentava em ser só magrinho mesmo.

O tempo foi passando e eu mantive essa questão da ditadura da beleza supostamente padrão, comigo. Oscilando épocas comendo muito e épocas comendo pouco. De modo geral, comia muito pouco e sempre ficava preocupado com meu peso. Na minha cabeça, eu não podia ultrapassar certos números na balança.

E é engraçado que hoje, sou mais tranquilo com relação ao meu corpo. Não tenho mais vergonha de tirar a camiseta na praia, por exemplo. Mas não é assim pra todo mundo. Vejo uma compulsão enorme na comunidade gay para sempre ser o mais jovem, o mais “padrãozinho” possível. Mas afinal, o que é o padrão? Não era pra cada um ter o seu padrão do que quer ou não quer na vida?

Durante a quarentena, esse processo de pazes com quem eu sou, com o meu biotipo e com a minha alimentação tem sido um processo. Eu gosto de comer coisas mais leves na maioria dos dias, mas também gosto de um podrão no final de semana. Minha saúde está 100%. Faço exercícios físicos sempre que dá (não é todo dia, mas é melhor que nada). E esse processo se intensificou quando um dos Colírios, da minha época de Capricho, deu um pontapé inicial: Federico Devito e sua postagem no Instagram sobre a mudança de hábitos que a quarentena trouxe pra todos nós.

Tudo bem a gente querer se cuidar. Mas autocuidado não é autoflagelo. Não é ditadura da beleza, nem uma competição de quem tem o padrão mais padrão.

Afinal, a gente nem sabe o que é padrão.

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Reserva de emergência: você tem a sua?

Ter uma reserva de emergência é essencial para cobrir gastos que aparecem do nada na nossa vida. Eu mesmo, durante meu inferno astral, tive que trocar meu computador e meu celular, de uma vez só. Se eu não tivesse seguido esses passos, lá no passado, e ter criado minha reserva de emergência, com certeza eu estaria largado às traças agora ou endividado até o pescoço no cartão de crédito.

As dicas que separei aqui embaixo são as que deram certo para mim, mas elas podem não servir para a sua realidade, por isso, leia, entenda e adapte alguma forma de funcionar para você, combinado?

Defina seu custo de vida mensal

Antes de começar uma reserva de emergência, você precisa saber quando sua vida custa em um mês. Coloque todos os seus gastos essenciais, tudo aquilo que é importante para você (tire os supérfluos, que você vive sem, nesse momento) e some. Esse resultado, você multiplica por 6 para encontrar o valor mínimo da sua reserva de emergência. Vale a pena ressaltar que seu custo de vida mensal nem sempre é o valor do seu salário, por isso, o cálculo é importante.

Separe 10% do seu salário todos os meses

Se for possível, assim que seu salário cair na conta, tire 10% dele, no mínimo e guarde para a sua reserva de emergência, depois você direciona o resto. Se isso não for possível, arredonde seu saldo depois de pagar a sua conta. Se tem R$ 122,90 na sua conta, por exemplo, mande R$ 22,90 para a reserva. Se isso não for possível, mande R$ 2,90 ou então, R$ 0,90. Qualquer quantia é válida.

Não deixe a reserva de emergência morrer

Nada de guardar esse dinheiro embaixo do colchão! A reserva precisa ser investida para que você não perca dinheiro para a inflação com o passar do tempo. Invista em uma modalidade de investimento com rentabilidade diária, isto é, que você pode sacar a qualquer momento. O intuito da reserva não é te deixar rico, e sim, estar lá, protegida da inflação para quando você precisar. O MercadoPago, o PicPay e até o Nubank, oferecem opções para fazer o saldo bancário render.

Procure não deixar o dinheiro parado na sua conta bancária, em uma caderneta de poupança (rende menos que a inflação) ou em investimentos arrojados que apresentem um alto risco, como ações.

E aí, você já tem uma reserva de emergência? Como ela está atualmente? Devo confessar que a minha está zerada. Estava invicta até que precisei trocar de celular e computador (eles quebraram, não foi por luxo), por isso usei sem medo. Quando o momento de usar chegar, vai sem fundo. O dinheiro está ali pra isso!

Aluguel: guia completo para morar sozinho - Beco Literário
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Aluguel: tudo o que você precisa saber antes de morar sozinho

Sair de casa por si só já é um tremendo desafio. A coisa ainda pior quando a gente sai para morar de aluguel, o que acontece em 99% dos casos dos jovens-adultos (a menos que você tenha ganhado na mega-sena ou algo do tipo).

Eu saí de casa tem dois anos e já passei por vários perrengues de aluguel, por não entender, por ter medo de argumentar e perder o imóvel e outras coisas piores. Por isso, separei alguns pontos que você precisa se atentar quando for alugar sua casa, seja sozinho ou em conjunto com outra pessoa.

Organize o aluguel

A locação é um processo muito simples, mas pode se tornar prejudicial para as duas partes se não for organizada. Por isso, saia na frente e preste muita atenção no seu contrato der aluguel. Tenha tudo guardado, todos os documentos e recibos de pagamento (conta de água, de luz, IPTU, condomínio…) e dê sempre preferência por depósitos em conta bancária para ficar registrado.

Atente-se na vistoria

É preciso fazer uma vistoria de entrada e uma vistoria de saída no imóvel. Qualquer coisa que estiver em desconformidade com a vistoria de entrada, é preciso ficar atento e documentar. Não pode ser cobrado do inquilino nada além daquilo que está na vistoria assinada.

Caso o inquilino precise trocar alguma coisa na moradia, é preciso documentar e justificar o porquê da troca, mesmo de for por algo de melhor qualidade em comparação com o que estava antes.

Documentações

A responsabilidade de verificar os documentos e a regularidade do imóvel antes de fechar negócio é do inquilino. É preciso se certificar de que tudo está nos conformes para não ter nenhuma surpresa depois. O ideal aqui é pedir o número da matrícula do imóvel para consultar e deixar guardado. Pode acontecer do proprietário nem ter esse número. Nesse caso, é preciso tirar na prefeitura da cidade.

Contrato de aluguel

Nunca abra mão! O contrato deve ser feito sempre com contrato, nunca sem ele, seja por imobiliária, corretor ou particular. O ideal é que o contrato tenha cláusulas com no mínimo um ano de permanência e multa para as duas partes caso algo não seja cumprido.

Depósito caução

O inquilino não pode pagar como caução mais que três valores do aluguel. Muitos proprietários colocam como caução os valores de aluguel + condomínio + IPTU e isso é contra a lei. Fique de olho.

Além disso, o valor do caução deve ficar aplicado no mínimo em uma caderneta de poupança. 99% das pessoas gastam o caução e isso é errado.

E aí, você já passou por alguma experiência de aluguel? Me conta aí nos comentários como foi!

As diferenças entre sexualidade, gênero e sexo biológico
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As diferenças entre sexualidade, gênero e sexo biológico

O campo da sexualidade no ser humano, e de qualquer outro ser vivo, é plural. Ao estudar Psicanálise, essa pluralidade se torna ainda mais evidente com todas as nuances que um ser humano pode apresentar. Sabemos que a Psicanálise é o saber do inconsciente e ele se dá na transferência, isto é, na interpretação, na particularidade de cada pessoa.

Por isso, é preciso que as pessoas entendam, cada vez mais, as diferenças básicas entre a orientação sexual (também chamada de sexualidade), a identidade de gênero, o sexo biológico e a expressão de gênero. Conceitos que se ligam, mas que se referem a coisas diferentes.

A orientação sexual (ou sexualidade)

Chamada por algumas pessoas de sexualidade, a orientação sexual diz respeito a vida afetivo-sexual de um determinado indivíduo. Em linhas gerais, ela diz por quem ele se apaixona.

É importante ressaltar que a orientação sexual jamais deve ser chamada de “opção sexual”, já que atualmente entende-se que ela não é uma escolha da pessoa, e sim algo que se desenvolve com ela. Algumas pessoas ainda debatem acerca do termo “orientação”, já que também, nenhum indivíduo é orientado a seguir determinado caminho na vida afetiva. Para fins unicamente didáticos, chamaremos aqui neste texto dessa forma.

Entre as principais orientações sexuais existentes, podemos destacar algumas:

– Heterossexual (ou heteroafetivo): indivíduo que sente atraído por alguém com a representação de gênero diferente da sua;

– Homossexual (ou homoafetivo): indivíduo que se sente atraído por alguém com a mesma representação de gênero que a sua;

– Bissexual: indivíduo que se sente atraído tanto por alguém com a representação de gênero diferente da sua, quanto por alguém com a mesma representação de gênero;

– Pansexual: indivíduo que se sente atraído por qualquer representação de gênero;

– Assexual: indivíduo que não se sente atraído sexualmente por outras pessoas.

Vale a pena ressaltar que tanto a homossexualidade, quanto qualquer outra orientação sexual não são considerados doenças ou desvios pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e sim, particularidades de cada ser humano. Qualquer terapia que diga ser de “reversão sexual” é proibida.

A identidade de gênero

A identidade de gênero diz respeito a como um determinado indivíduo se identifica culturalmente na sociedade em que esta inserido. Em linhas gerais, a identidade de gênero é como a pessoa se sente e como ela se identifica na sua cabeça. Essa identidade de gênero, pode ou não ser condizente com o seu sexo biológico e não tem relação alguma com a orientação sexual.

Entre as principais identidades de gênero, podemos destacar:

– Cisgênero: pessoa que se identifica com o gênero com a qual foi designada no nascimento. Esse grupo corresponde às pessoas que se identificam com os padrões culturais designados para seu sexo biológico. Ex.: Mulher cisgênero: indivíduo que nasceu com o sexo biológico feminino e se reconhece como tal na sociedade.

– Transgênero: pessoa que não se identifica com o gênero com o qual foi designado no nascimento. Corresponde às pessoas que não se identificam com os padrões culturais do seu sexo biológico e nesse caso, realizam a transição para o gênero com o qual melhor se identificam. Podem ou não passar por terapias hormonais de adequação de gênero e cirurgias de redesignação sexual. Ex.: Homem transgênero: indivíduo que nasceu com o sexo biológico feminino e não se reconhece como tal perante a sociedade, transicionando então, para o gênero masculino.

– Gênero fluido: pessoa cuja identificação oscila entre os gêneros. Há períodos em que se reconhece como gênero feminino e há períodos que se vê como do gênero masculino;

– Não-binário: indivíduo cuja identificação não se coloca como do gênero masculino ou feminino. Corresponde a um grupo com o gênero fora do padrão binário convencional. Há discussões no plano político e social, sobre os papéis designados e desempenhados pelo gênero masculino e pelo gênero feminino.

Além da identidade de gênero de um indivíduo, devemos considerar também a sua expressão de gênero, que são os modos pelos quais a pessoa exterioriza a sua identidade de gênero. Refere-se ao conjunto de vestimentas, acessórios, modos de se portar e outros. A expressão de gênero se refere ao papel em que um determinado gênero está designado a desempenhar no “status quo” de uma sociedade, já que os papéis de gênero e suas performances são construções da sociedade em que o ser humano está inserido.

Vale a pena ressaltar também, que segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), ser transgênero não é uma doença e isso deve ser retificado na Classificação Internacional de Doenças (CID) até 2022.

O sexo biológico

O sexo biológico, como o próprio nome sugere, se trata da condição biológica do indivíduo. Dentro de sexo biológico, destaca-se o sexo cromossômico, o sexo de genitais internos e o sexo de genitais externos.

O sexo biológico cromossômico diz sobre os cromossomos que aquela pessoa possui, seu código genético. O sexo biológico de genitais internos e externos se refere aos órgãos sexuais, internos (próstata em homens, útero em mulheres, por exemplo) e externos (pênis em homens, vagina em mulheres, por exemplo).

Em todos os casos, eles podem coincidir, isto é, um ser do sexo biológico masculino pode ter cromossomos, órgãos sexuais internos e externos condizentes com o sexo masculino, por exemplo, ou diferir, como é o caso das pessoas intersexuais que nascem com características físicas e/ou hormonais de sexos biológicos distintos.

O sexo biológico, além das suas subdivisões, pode ou não coincidir com a identidade e expressão de gênero do indivíduo, conforme explicamos no tópico anterior.

Considerações finais e conclusão

Observando a sexualidade humana sob esses três itens, já é possível confirmar aquilo que afirmamos no início do texto: ela é plural, tanto no nível psíquico, quanto no nível biológico e no afetivo-sexual.

É importante que saibamos respeitar cada particularidade e cada realidade, de uma forma em que todos os indivíduos alcancem a devida equidade dentro da sociedade em que estão inseridos. O ser humano não cabe numa caixinha, assim como suas particularidades. Devemos entender e interpretar cada uma delas de forma única, de modo a alcançar cada vez mais uma melhor convivência e aceitação de parcelas que hoje são tão marginalizadas só por serem minorias.

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Um dia de cada vez: Autocrítica

“Um dia de cada vez” é uma editoria escrita por pessoas que contam histórias em sua jornada de autoconhecimento, convivência ou recuperação de transtornos mentais. Os relatos são anônimos e enviados por leitores do Beco. Hoje, leremos um relato de autocrítica, advindas de uma cobrança extrema consigo mesmo.

Crescemos acreditando que precisamos ter certezas sobre uma vida que nunca nos deu nenhuma certeza, além claro, da certeira morte, partida física ou descanso.

Somos pressionados e, dolorosamente, nos autocriticamos por algo que ainda não vivenciamos ou alcançamos. Sempre nos comparando com o próximo.

A nossa maior força e fraqueza, com certeza, é a nossa autocrítica. Podemos usar dessa autoanálise para nos fortalecermos ou nos afundarmos ainda mais.

Junto com a autocrítica, temos um aliado importantíssimo que são pessoas especiais (outras não, fuck) que nos conhecem bem e conseguem enxergar uma luz em nós que não somos capazes de sentir por focarmos sempre no pior, na ausência.

Até hoje me julgo muito (maldita, excessiva autocrítica) por não conseguir me encaixar e ter a vida dos sonhos aos meus (extensos) 24 anos. No decorrer dessas decisões, mantive pessoas ao meu lado que me criticaram e reforçaram em mim esse sentimento de insuficiência e inutilidade que já pré-existiam.

A gente pode escolher quais lutas enfrentar e por quem devemos lutar. Mas o que a gente aprende, com as porradas da vida e algumas infelizes pessoas, é que você precisa se manter orgulhoso de si mesmo e buscar constantemente a consciência de você mesmo.

Há pessoas pobres de espíritos que possuem valores muito distorcidos e que não são compatíveis com os seus. Você precisa ter a paciência e disciplina de dar tempo ao tempo (o famoso um dia de cada vez) e batalhar por você!

Tem um relato da sua jornada e quer compartilhar com outras pessoas aqui no “Um dia de cada vez”? Envie para [email protected]. *Os relatos são publicados de forma anônima.

A obsessão na moda do coaching
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A obsessão na moda do “coaching”

De alguns anos para cá, o termo coaching saiu do completo anonimato para estar na boca da maior parte dos brasileiros. Antes, a palavrinha que se referia apenas a treinadores de futebol ou de esportes no geral ganhou um sentido mais amplo, em várias áreas do conhecimento. Em números, a atividade cresceu aproximadamente 300% no Brasil em quatro anos, segundo a International Coaching Federation (ICF), e o número de brasileiros com formação na área passou de sete mil em 2012 para 25 mil em 2015. E a previsão é que estes números aumentem ainda mais.

O que é “coaching”?

Para entender a amplitude do termo, é preciso voltar um pouco na história. A palavra, no Brasil, foi importada dos Estados Unidos e remete a um treinador. Em tradução livre, o coach é um treinador, um mentor. Apesar de, na nossa cabeça, provavelmente o coach ser aquele de esportes, conforme mencionado no início do texto, a palavra surgiu na educação, nas universidades inglesas dos séculos XVII e XVIII, frequentadas pela nobreza britânica. Nessa época, os alunos iam para aulas de “coach”, conduzidas por um “coacher”.

No Brasil, segundo registros, no início da década de 1990, com o advento do empreendedorismo, os empresários em ascensão começaram a demandar que seus funcionários estivessem treinados em algumas habilidades, como comunicação, gestão de tempo, produtividade, inteligência emocional e resiliência, por exemplo, palavras muito comuns nesse universo. Com isso, surfando nessa maré de ascensão do empreendedorismo, outros empresários passaram a fundar institutos que ajudavam outros empreendedores a treinarem seus funcionários. Nasceu então, o “coaching”.

No entanto, apesar dessa breve história, o termo ainda é muito amplo, ainda mais em 2020, com tantos coaches quânticos, coaches de emagrecimento, coaches de projetos, coaches de empresas…. Tem coach pra tudo! Segundo a Association for Coaching, a palavra significa “um processo sistemático colaborativo, focado na solução, orientado para resultados, no qual o “coach” facilita o aumento do desempenho do trabalho, da experiência de vida, do aprendizado auto direcionado e do crescimento pessoal do cliente”. Em linhas gerais, o treinador lança mão de técnicas para ajudar o seu aluno a desenvolver algumas habilidades.

Onde a obsessão entra nesse trabalho?

Só por definição, o trabalho de “coaching” parece muito bonito. Funcionários treinados, com técnicas desenvolvidas exclusivamente para ele. Empresas no auge, faturando muito. Será que é assim também na prática?

A profissão de “coach”, no Brasil, não é regulamentada. O número informado no início do texto, de 25 mil coaches compreende perfis bem variados de profissionais. Há pessoas com milhares de cursos, formações, horas de experiências, especializações e há pessoas que fazem um curso de cinco horas e saem sendo “coaches” e é nesse ponto que mora o perigo. Se ele tivesse ficado restrito ao ambiente empresarial, para onde foi criado, tudo ainda sim poderia estar nos conformes. Há profissionais bons e ruins em todas as áreas. O problema está na parcela desses 25 mil que fogem às normas e acabam por causar mais prejuízo às pessoas que benefício, manchando todo o nome de uma categoria.

É possível hoje em dia, ver coaches de emoção, de sentimentos, de ansiedade, emagrecimento, ciência quântica…. E onde estão os embasamentos teóricos ou científicos dessas práticas? Eu te respondo: no achismo. Dizer que é só você respirar e contar até cinco para acalmar sua ansiedade pode funcionar para muitas pessoas, mas não é uma regra geral. E tem “coach” que vai te dizer que é sua crença limitante que te impede de fazer com que isso funcione. O processo, em vez de ajudar ou de se adequar a cada particularidade, muitas vezes simplesmente culpabiliza a vítima.

E é nesse ponto, nestes “profissionais”, que encontramos o comportamento obsessivo-compulsivo. Há um aprisionamento muito grande nas obstinações teóricas, nas repetições, nos atos compulsivos que não se encaixam com a subjetividade de cada indivíduo. O trabalho que deveria ser pessoal, como um treinador se adaptando a cada um da sua equipe, acaba por se tornar um negócio massivo com regras que fogem a qualquer princípio de realidade. Ainda há, neste comportamento, um alto índice de animismo. Tudo para esses “profissionais” tem uma alma. “Você só está a um pensamento positivo de atingir tudo o que deseja para a sua vida”, eles dizem.

Não é errado ter crenças, querer pensar de forma positiva de vez em quando, torcer para as coisas darem certo. Mas é preciso que vejamos que cada pessoa é única, cada pessoa tem a sua subjetividade. As pessoas têm classes sociais diferentes, formações pessoais e profissionais distintas e uns tem mais possibilidades de acesso a lugares que outros.

Imagina só, você pega uma criança que não teve acesso aos estudos porque tinha que trabalhar com os pais para comer no final do dia e diz para ela que ela só precisa pensar positivo para alcançar o mesmo resultado no vestibular que uma criança que passa doze horas do seu dia na escola particular no ar condicionado? Me parece covardia.

Generalização e consequências

Não podemos generalizar o profissional “coach”. Existem pessoas que realmente se empenham em ajudar outras pessoas. Elas se especializam, aprendem com os acertos e erros de sua própria vida e adequam suas metodologias para cada pessoa que vá usufruir do seu treinamento. No entanto, infelizmente, elas têm se tornado raridade no Brasil. Cada vez mais é comum vermos pessoas que se formaram no curso de um final de semana causando danos permanentes a psique dos seus clientes. A pessoa entra para ser treinada, para melhorar, e sai obstinada, com crises de pânico, níveis alarmantes de ansiedade e estresse nas alturas porque acredita não estar com seu pensamento positivo o suficiente.

Não há uma fórmula mágica para lidar com pessoas. Cada ser humano é único e sua saúde mental não é um brinquedo. No século XXI, que estamos vivendo, cada vez mais vemos pessoas estressadas, ansiosas e preocupadas com o futuro. Os comportamentos compulsivos e obsessivos estão cada vez mais normalizados, sobretudo no ambiente corporativo. Os exemplos nas redes sociais são produtivos, lindos e te dizem o que você precisa fazer, só não te dizem que aquela não é a vida real. Um recorte da vida de alguém não é a vida dessa pessoa por completo, por isso, ao entrar em um processo de “coaching”, procure profissionais habilitados em psicologia, psicanálise ou então, faça tratamentos lado a lado.

Sua saúde mental não deve ser colocada nas mãos de alguém que acredita que todos os seus pensamentos e objetos são responsáveis pelo mundo exterior. Freud já dizia que o homem não é senhor nem em sua própria casa, se referindo que não temos controle total sobre o nosso inconsciente. Se não temos controle sobre nós mesmos, o que te faz pensar que temos controle sobre o que acontece fora de nós?

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5 e-books para quem deseja fazer as pazes com o dinheiro em 2021

O ano de 2020 está sendo considerado desafiador em todos os aspectos, por isso uma das mudanças que muitos almejam para o novo ano que está chegando é a de fazer as pazes com os boletos e ter um novo olhar para o dinheiro.

O Skeelo, maior app de e-books do país, elenca 5 dicas de livros para quem quer aprender mais sobre educação financeira e ter um futuro promissor:

  1. A chave para a prosperidade, de Napoleon Hill

O último best-seller do autor, lançado este ano, mostra como aproveitar suas habilidades e aptidões para alcançar sucesso nos negócios, vitalidade espiritual e superioridade financeira.

  1. Inabalável, de Tony Robbins

Considerado um verdadeiro guru, Tony Robbins já treinou milhares de pessoas em mais de cem países e é o grande nome quando se pensa em qualidade de vida e estratégias de negócios. O livro é um guia prático de finanças pessoais, que mostra que não importa o seu salário, nem seu momento na vida ou quando começou a organizar seu patrimônio. Ele compartilha ferramentas que ajudam o leitor a alcançar suas metas financeiras com mais rapidez, com linguagem simples e com histórias inspiradoras.

  1. Desperte o milionário que há em você, de Carlos Wizard Martins

No livro, o empresário aborda que ser rico e ter tudo o que se deseja não é questão de sorte ou acaso. Tudo começa com uma mudança de postura mental, que vai determinar uma nova maneira de pensar, acreditar e agir.

  1. Descubra o craque que há em você, de César Souza e Maurício Barros

Os autores utilizam as estratégias do mundo do esporte que podem levar você ao topo, tanto na profissão quanto na vida, com exemplos inspiradores de nomes como Ayrton Senna e Pelé.

  1. Ponto de Inflexão, de Flávio Augusto da Silva

O best-seller do empresário fundador do Instituto Geração de Valor aborda como as decisões, mesmo que corriqueiras, podem mudar o rumo de tudo.

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Movimentar a economia local e valorizar o feito à mão: tendência de consumo consciente tem ganhado destaque neste fim de ano

Fim de ano é sempre uma boa época para aquecer o coração e desfrutar de momentos ao lado de quem amamos. Entretanto, em 2020 os encontros serão atípicos. Pensando nesse cenário e a fim de unir quem está longe, a Viva Colaborativo lança uma novidade para movimentar a economia local e valorizar produtos feitos à mão. Recém-inaugurada em Florianópolis, a loja conta com produtos que são resultado da união de profissionais de várias áreas dispostos a compartilhar materiais, ideias e contatos. O empreendimento que já reúne mais de 20 marcas expositoras é resultado de muitas pesquisas e referências, trazendo para a Capital um espaço colaborativo e dedicado à arte, design e beleza.

“Nossa história começou com as caixas, que foram reformuladas para o fim de ano, agora com a loja aberta. Como grande parte de nossos clientes nos procuram para presentear pessoas queridas, foi a forma que encontramos de unir quem está distante levando nosso conceito e transformando objetos em um canal de afeto”, explica a empresária Vitória Facini.

Personalizadas, as caixas são montadas de acordo com os gostos, peculiaridades e mensagens a serem passadas. Estão inclusos recados escritos à mão e aromas com diferentes características, transformando o presente em uma experiência sensorial.

“A Viva Colaborativo nasceu com o intuito de proporcionar uma nova experiência de consumo. Priorizamos em nossa curadoria produtos da região, favorecendo o locavorismo, marcas handmade, autorais e orgânicas, sempre aliadas ao design e à arte. Queremos dialogar com todos aqueles que buscam utilizar no cotidiano produtos saudáveis e que estão alinhados com um estilo de vida sustentável”, complementa a empresária Cristina Nunes.

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“Carpir ramas é pesado, pagam pouco para muito trabalho. E trabalho pesado…”

Vi sua foto no Facebook e bombava de curtidas e compartilhamentos. Uma garota trans, de pouca idade, carpindo ramas de batata. A legenda dizia que travesti rejeitada e odiada pela família trabalha duro e não dispensa trabalho nenhum. Parece uma linda história de superação se não fossem apenas fatos que evidenciam a decadência social de um grupo que mal é representado dentro de sua própria comunidade. O T no cenário LGBTQ+ ainda é alvo de muito preconceito e violência. Segundo pesquisa do G1, 9 em cada 10 pessoas trans acabam na prostituição. E ainda piora: sua expectativa de vida é de 35 anos, segundo dados do Senado Brasileiro. Metade da média nacional.

Entrei em contato com ela, é de poucas palavras e de família humilde. No começo, ainda como quem não confia em qualquer um, se mostra meio tímida ao contar sua história. “Nasci em uma família muito religiosa e preconceituosa, sempre tive a certeza que tinha algo de errado comigo e que ser menino não era o meu destino”, começa a desabafar S.C., de 16 anos, cursando o terceiro ano do ensino médio em Sapé, no interior da Paraíba. “Dos meus 8 anos em diante, meus pais perceberam que eu fugia muito do meio masculino e me fizeram ter medo de ser eu mesmo. Sofri muito bullying e tive que mudar de escola 5 vezes”, conta.

Dificuldades

S.C. começava a entender que não era igual as outras crianças quando começou a ser perseguida na escola. Apanhava e era excluída de todas as outras. Ainda sem se descobrir mulher trans, fazia de tudo para sua mãe não deixar ir para a escola no dia seguinte. “Meu desempenho nos estudos começaram a cair. Eu não prestava atenção na aula e só pensava o quão rápido eu teria que correr para chegar em casa e os meninos não me baterem na hora da saída”, relembra.

Aos 12 anos, veio o divórcio dos pais. Sua mãe mudou de estado e ela ficou porque ainda estava na metade do ano letivo. Seus pais trabalhavam em uma fazenda e vinham vê-la somente a cada dois meses. “Tive que morar sozinha durante um ano na nossa antiga casa, foi aí que comecei a trabalhar. Foi muito difícil arrumar algo decente, mas sempre busquei ganhar meu dinheiro da forma mais honesta possível”, confessa.

Trabalho infantil

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de 2016, o Brasil tem aproximadamente 2 milhões de crianças e jovens trabalhando, com idades entre 5 e 17 anos e, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), estão entre as atividades que mais oferecem risco à saúde, ao desenvolvimento e à moral das crianças e adolescentes, o trabalho nas ruas, nas carvoarias, nos lixões, na agricultura e no trabalho doméstico.

“Fiz amizade com uma vizinha que me deu todo o apoio. Ela tinha um barzinho e lá eu comecei a trabalhar atendendo as pessoas, servindo mesas”, continua S.C., que apesar da pouca idade, era um “rapaz” bem desenvolvido, alto e com aparência de 17 anos, segundo explica. E foi nesse cenário que sua inocência começou a ser corrompida.

No bar em que trabalhava, vários homens tentaram a aliciar, oferecendo dinheiro em troca de relações sexuais. “Segundo eles, ‘um novinho era muito bom’”, revela, enquanto se atropela para dizer que sempre dispensou, mas trabalhava também em outros lugares. “Fazia serviços em um salão de beleza, juntava reciclagem para vender e aos poucos ia conseguindo meu dinheiro”, avalia.

“O que vemos com a utilização de mão de obra infantil não é algo que ‘enobrece’, como disse o presidente Bolsonaro”, afirmou o Senador Paulo Rocha, da Paraíba, em pronunciamento após declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro, em defesa o trabalho infantil. “Quem explora a mão de obra das crianças, na verdade, só procura reduzir os custos para aumentar seus lucros”, completa.

Ao fazer 13 anos, S.C. se mudou para morar com a irmã. Contra sua vontade, foi e ficou 3 meses sem trabalho, até que saiu pelas ruas e encontrou um emprego em um lava-jato. “Percebi que não era aceito pelos meus outros colegas de trabalho, por causa do meu jeito afeminado, decidi sair depois que um me acertou no pescoço com aquele jato de água, que inclusive, doeu”, aponta. E de fato, as maiores dificuldade das empresas, nos dias de hoje, está em repassar suas culturas de diversidade por toda a hierarquia, e a população trans é a que mais sofre com assédios morais e muitas vezes, sexuais.

Os estudos somados à rotina intensa de trabalho começaram a sobrecarregar a garota, que ainda estava no auge de sua infância. “Eu também fazia bicos, carpia quintais, frente de casas e ia pra casa no fim do dia, só dava tempo de me trocar e ir pra escola, a pé, mesmo sendo bem distante. Perdi as contas de quantas vezes eu chegava em casa quase meia noite”, evidencia. E em casa, ainda fazia o trabalho doméstico da irmã que trabalhava demais. Lavava louça, lavava roupa e ainda deixava o café da manhã pronto para o dia seguinte. “Vivi assim por quase 2 anos até que vim morar com a minha mãe, e foi quando decidi ser eu mesma. Eu já tinha me assumido gay aos 14 anos e aos 16, decidi que viveria como mulher trans”, explica S.C. cheia de determinação, como quem parece estar cansada de viver com sua felicidade às custas de terceiros.

Vida nova, trabalho antigo

“Meu pai se negou a falar comigo”, relembra como quem não quer dar muita importância ao assunto e continua, “mas aqui fiz bons amigos que me aceitaram da forma que sou”. No entanto, o preço que se paga por ser quem é pode ser caro para algumas pessoas. S.C. comenta que ainda luta com alguns pensamentos da mãe, mas que continua firme em busca de sua independência. “Aqui na minha cidade é muito ruim de trabalho”, suspira. Porém, o buraco é mais embaixo. As políticas sociais estratégicas para o enfrentamento do trabalho infantil, somada às declarações polêmicas do líder do Executivo, assim como a precarização da fiscalização, trata-se de um visível mascaramento da realidade social trágica de milhões de crianças e adolescentes. Fato que só piora com a proibição da educação sexual nas escolas, cujo preconceito acaba por recair diretamente em pessoas trans, como S.C.

“Apesar de eu não ser aceita, sou uma mulher feliz só pelo fato de ter perdido todo medo que eu tinha de ser eu mesma.”

Hoje em dia, S.C. trabalha carpindo ramas de batata. “Carpir ramas é pesado, pagam pouco para muito trabalho. E trabalho pesado”, revela. Durante as 7 horas de expediente diário, com 15 minutos de descanso por 40 reais sob extrema pressão, ela ainda encontra sua motivação para ser quem é. “Tô seguindo tentando vencer, sempre fui uma mulher esforçada sem medo de trabalho pesado, sou uma ótima aluna na escola e me encontro com notas muito boas”, sorri em meio a tantas injustiças. “Outras pessoas com quem trabalho, recebem 50 reais por diária, e eu recebo só 40. Existe uma desigualdade apesar do trabalho ser o mesmo”, denuncia.

Escola

Dividindo-se entre carpir ramas, reciclar lixo e a escola, perguntei a S.C. como era lidar com tudo isso. “O que mais tem por aqui é lixo nas ruas, eu vou no meu ritmo e decido minha carga horária na reciclagem. Acho que assim estou ajudando minimamente o planeta”, comemora.

Na escola, ela se considera feliz com a aceitação dos colegas e professores. “É a primeira escola que vejo abraçar tanto a causa LGBTQ+. Todos os eventos a gente aborda esse tema com várias áreas diferentes, lá eu me sinto em casa e amada”, declara.

E além de tudo, S.C. diz que é feliz. “Apesar de eu não ser aceita, sou uma mulher feliz só pelo fato de ter perdido todo medo que eu tinha de ser eu mesma. O V. (nome de batismo) não existe mais. Agora é a S.C. e sempre foi ela que me deu forças pra seguir”, se emociona e finaliza, “Porque não foi fácil. Mas ainda tenho mais objetivos para conquistar.”

Atualizações

Relacionamentos e maternidade compulsórios: desconstruindo conceitos

Relacionamentos e maternidade compulsórios: eles não vão te completar.

Essa frase apareceu no feed do Instagram enquanto via algumas publicações no meu perfil, fazendo-me questionar alguns pré determinantes femininos.

O primeiro deles é acerca dos relacionamentos. Antes as mulheres somente eram respeitadas caso fossem casadas, portanto, o relacionamento funcionava como oposição de respeito. Era necessário um homem ao seu lado, o chefe de família, provedor das fontes de sustento.

Em consequência disso, mulheres casavam-se obrigadas mesmo sem existência de sentimentos, e até mesmo para acordar decisões de negócios ou política.

Já a maternidade compulsória tem um estreito laço com os casamentos arranjados, porque também é fruto da construção social e favorecimento masculino. Nesses casamentos a mulher teria que dar um herdeiro ao marido.

Além do mais a maternidade compulsória consiste no fundamento que toda mulher é obrigada a ter filhos. Quando se nasce o primeiro brinquedo sugerido às meninas é uma boneca, possivelmente, ela funcionará como cuidadora ou “mãe” dela. Vai crescer ouvindo contos de fada que dirão que precisa de um príncipe encantado para fazê-la feliz e que a felicidade só será completa quando torná-la mãe.

O direito de escolha feminino era totalmente negligenciado. Vivia-se para satisfazer necessidades masculinas e em prol delas.

Porém isso vem mudando com as lutas feministas. O caminho de desconstrução é longo. Imagina você ser ensinada que unicórnios rosas vem em dias de chuva e sem esperar alguém te fala que unicórnios rosas nem existem. É um direito nosso escolher, tanto em se relacionar quanto em ser mãe. O primeiro passo é compreender que a felicidade não depende de um parceiro (a) ou geração de uma criança, buscar plenitude individual e conhecimento a respeito de si mesma.