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Resenha: Mister, E. L. James

Mister – E.L.James

Sinopse:
Maxim Trevelyan é inglês, bonito, rico, nunca precisou trabalhar e quase nunca dorme sozinho. Essa vida fácil muda quando uma tragédia acontece e Maxim herda um título de nobreza, as propriedades da família e toda a responsabilidade que vem com isso. É um papel para o qual ele não está preparado, e que agora deve se esforçar para desempenhar.
Mas o maior desafio de Maxim vai ser lutar contra a atração por uma jovem enigmática que conheceu recentemente e que guarda um segredo do passado. Discreta, Alessia é misteriosa e sedutora, e logo o desejo de Maxim por ela se transforma em algo que ele nunca experimentou e não ousa nomear. Mas, afinal, quem é Alessia Demachi? O que ela esconde? Maxim será capaz de protegê-la do mal que a ameaça? E o que ela fará quando souber que ele também tem seus segredos?

Vamos ao início de tudo. Mister é, na minha opinião, um livro muito bom! Mas, se você o ler na intenção de estar no universo de Cinquenta Tons de Cinza, pode ir tirando seu cavalinho da chuva. Então, abra sua mente e deixe a estória ser individual, não é porque é da mesma autora (E.L.James) que seria igual ao que já estamos acostumados.

Então vamos lá, o livro é narrado por seus dois personagens principais, Maxim Trevelyan, um recém Conde da Inglaterra que está em 1ª pessoa e Alessia Demachi, sua então diarista, uma albanesa, que suas partes são narradas em 3ª pessoa.

Maxim Trevelyan é um rapaz de 28 anos que sempre teve tudo e nunca precisou fazer nada, um bon-vivant, cada noite com uma mulher diferente e é assim que ele vive a vida. Inglês vindo de uma família nobre, e como irmão do meio nunca precisou se preocupar com cargos e tarefas uma vez que seu irmão mais velho assumiria toda a responsabilidade.

Até que isso muda quando seu irmão vem a falecer e o deixa como herdeiro, tornando-se assim o 13° Conde de Trevethick.

“Kit foi o filho preferido desde que nasceu, sobretudo para a minha mãe, afinal ele era o herdeiro, não o reserva.”

Alessia Demachi tem 23 anos, é Albanesa e sua chegada na Inglaterra é muito difícil e conturbada. Ao decorrer da narrativa vamos conhecendo sua história e o porquê dela ter fugido de seu país e de sua família. Mas ela é forte e não se deixa abalar facilmente, sempre se atendo a esperança de ter um futuro melhor.

É ai que o destino cruza Alessia e Maxim, quando ela vai trabalhar de diarista em seu apartamento em Londres.

Maxim está sofrendo um choque de realidade ao ter que assumir o papel do irmão nas empresas e tomar conta do império Trevethick lhe parece um pesadelo. Ele está mais perdido que cego em tiroteio até que sua vida muda de rumo ao cruzar com Alessia, sua tímida e linda nova diarista.

Quando a vê pela primeira vez ele fica encantado, e sem nem entender o que está acontecendo ele muda, já não tem vontade de sair e voltar com uma mulher diferente toda noite e ainda por cima consegue terminar de compor uma música em seu piano que a muito tempo estava travada.

“Quero voltar para Londres. Quero voltar par perto dela. Meus pensamentos insistem em focar na minha doce diarista, com seus olhos escuros, seu rosto lindo e um talento musical extraordinário.”

Alessia é uma mulher tímida mas que tem muitos talentos, um deles é tocar piano extraordinariamente bem e sem precisar de uma partitura, ela enxerga a música através de cores.

Bom, então ai começa a trama, quando Alessia entra em apuros e Maxim não pensa um segundo antes de largar tudo e ajuda-la. Ele a leva para a Cornualha, uma de suas muitas casas no interior de Londres e é ali, naquele cenário rural ao lado do mar que eles viverão um amor e uma paixão intensa.

Nesse livro conhecemos um pouco sobre como é a Albânia e Alessia sendo mulher albanesa conta um pouco sobre como são as tradições em seu país, e ela sofre para se livrar de hábitos e preconceitos que lhe foram impostos a vida toda, como sair de mãos dadas ou demonstrar afeto em público, dormir com um homem que não é seu marido e até mesmo sentir prazer nas relações sexuais.

O fato de estarmos em pleno século XXI e existirem países com tradições tão ‘antiquadas’ e retrógradas é chocante. O fato de uma mulher não poder escolher com quem vai casar, ou não poder beber, nem falar enquanto o marido está falando e muito menos discutir com o mesmo.

“Mas você não pode fugir sempre que tivermos um problema. Fale comigo. Pergunte. Sobre o que for. Eu estou aqui. Vou escutar. Discuta comigo. Grite comigo. Vou discutir com você. Vou gritar com você. Vou entender errado as coisas. Você vai entender errado também. Tudo isso acontece. Mas, para resolvermos nossas diferenças, precisamos conversar.”

Outra coisa também é que Alessia tem muito medo do escuro, e aos poucos conforme vai ganhando auto confiança ela conta a Maxim como chegou a Inglaterra.

“Não. Não. Não. O escuro, não. A escuridão sufocante, não. O saco plástico, não. O pânico toma conta dela, tirando o ar de seus pulmões. Não consigo respirar. Não consigo respirar. O gosto metálico do medo surge em sua garganta. Preciso fazer isso. É o único jeito. Fique parada. Fique quieta. Respire devagar. Respire de leve. Como ele disse. Vai acabar logo. Vai acabar logo e então eu estarei livre. Livre. Livre.”

Eu particularmente amei o livro.

Fiquei com um pouco de dificuldade quando a narrativa do ponto de vista da Alessia estava em 3ª pessoa e acabei não entendendo muito bem o porquê, mas gosto é gosto.

Mister é um livro que traz tradições do Ocidente, dificuldades de vida, também traz histórias sobre tráfico sexual e violência de género.

Acontece que a autora deixou muitas pontas soltas, o que se pode esperar por uma continuação. Uma dessas pontas foi que ela não explorou e desenvolveu o fato de Alessia ter sido traficada, foi citado várias vezes e também vemos o trauma que a menina tem e o quanto foi forte por ter conseguido fugir mas na minha opinião ela poderia ter explorado bem mais esse tema, o que acho que vai acontecer numa futura continuação.

“Mas parece que a luta contra sua criação, para ser dona do próprio nariz desde antes de eu tê-la conhecido. E conseguiu. Além disso, ela me levou junto nessa jornada épica de autodescoberta. Quero passar o resto da minha vida com essa mulher. Eu a amo tanto, e quero lhe dar o mundo. Ela não merece menos que isso.”

O livro foi focado no amor e desenvolvimento entre Maxim e Alessia e me deixou com aquele gostinho de quero mais.

Quero saber mais sobre a família de Maxim, quero que desenvolva mais a morte de seu irmão Kit, quero saber como e onde estão as amigas da Alessia e como vai continuar a história de amor do casal.

Eu recomendo o livro e o amei!! Me apaixonei pelos personagens e quero mais. Mas como eu já disse logo no início, se você ler Mister procurando que tenha algo a ver com Cinquenta Tons você irá se decepcionar.

É uma outra história, um outro universo, um outro continente e outros personagens.

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Resenha: Bela Chama, Jamie McGuire

Livro #4 da série Irmãos Maddox

Sinopse: Ellison Edson chegou ao fundo do poço. Na casa de férias de sua família no Colorado, o comportamento de Ellie finalmente chama a atenção de seus pais, mas não da maneira que ela esperava. Por causa disso, ela é afastada da fortuna da família e obrigada a se virar sozinha. Mas o redemoinho em que Ellie se encontra fica fora de controle, e ela comete um erro grave, que não vai ser capaz de reparar. Assim como Taylor, seu irmão gêmeo, Tyler Maddox é membro da Equipe Alpina de Bombeiros de Elite, combatendo incêndios florestais na linha de frente. Tão arrogante quanto charmoso, o estilo de vida nômade de Tyler torna mais fácil restringir seus relacionamentos a uma única noite. Quando ele conhece Ellie em uma festa durante a baixa temporada de incêndios, a personalidade forte e a atitude indiferente da garota o deixam fascinado. Mas, conforme seus sentimentos começam a se tornar intensos, Tyler se dá conta de que os demônios interiores da mulher que ele ama podem ser o inimigo mais poderoso que qualquer Maddox já enfrentou.

Em Bela Chama, chegou a vez do último irmão, gêmeo de Taylor, Tyler Maddox.

Como gêmeos idênticos e sempre grudados, óbvio que no quesito profissão não seria diferente, Tyler assim como Taylor também é bombeiro de elite na Equipe Alpina de Bombeiros.

O livro é narrado por Ellison Edson, uma jovem nascida em berço de ouro com direito a todos os luxos que uma vida dessa possa dar. Mas ela tem alguns problemas como seu vício em álcool, drogas, festas e sexo.

Com pais ausentes ela faz isso para chamar sua atenção, até que uma hora ela consegue, só que não da maneira que ela esperava.

“Ter tudo e não sentir nada é o pior tipo de egoísmo”

O que acontece é o seguinte, Ellison resolve dar uma festa em sua casa enquanto seus pais estão fora. E é nessa festa que ela conhece Tyler Maddox.

O garoto, como um típico Maddox, está envolvido em uma briga com outro cara e é assim que ele chama a atenção de Ellie Edson. A atração é instantânea e ela o leva para o quarto em busca de sexo casual, o que ela deixa bem claro.

“Eu nunca o vira, mas parecia que ele seria meu próximo erro.”

Mesmo os dois combinando que tudo não passaria de uma noite e que nunca mais se falariam, quando tudo acaba e ela o expulsa de sua casa, Tyler fica fascinado pela menina, sem se deixar abalar por sua grosseria.

O grande problema acontece quando os pais de Ellie chegam e encontram a casa destruída pela festa recém dada, e então resolvem tomar uma atitude em relação a vida de facilidades dela, a afastando da fortuna da família e obrigando-a a trabalhar, arcar com suas despesas e largar seus vícios.

Sem saber o que fazer, Ellison vai trabalhar como assistente em uma revista local. É quando descobrem seu talento para a fotografia e a colocam para acompanhar a equipe de bombeiros que Tyler faz parte.

E no meio de toda essa confusão, ela faz uma besteira tão grande que a afasta da única pessoa de sua família que tem realmente uma relação, sua irmã Finley.

Bom, nesse emprego ela quase consegue sair do fundo do poço, mas tem várias recaídas no caminho. Tyler está sempre tentando cuidar de Ellie enquanto ela está junto aos bombeiros, mas o que ele não consegue é evitar se apaixonar por ela, que insiste em deixá-lo na friendzone, negando seus sentimentos por ele.

Ao longo da narrativa o amor e afeto entre os dois vai crescendo, mesmo sem serem de fato um ‘casal’, porém Ellie coloca tudo a perder quando não aguenta e volta ao seu antigo vício, o álcool.

“Hoje de manhã já é passado. Podemos ser pessoas totalmente diferentes hoje, se quisermos.”

Quando isso acontece e Ellison realmente entende e aceita que precisa de ajuda, é quando ela volta como uma nova pessoa para os braços do Tyler. Ela tenta se reerguer e permite ajuda.

“Venho de uma família de homens muito orgulhosos, mas não sou o primeiro a vacilar quando se trata da única mulher da qual não conseguimos nos afastar.”

Conforme as páginas vão avançando vemos o progresso dela, que de bonequinha de luxo passa a ser uma pessoa melhor, desde sua vida profissional a assumir seus vícios e também finalmente se entregar a sua paixão que tentou negar por tanto tempo.

“Se ele estiver apaixonado por você, e o simples fato de você estar aqui me diz que está, ele não vai desistir. Dá pra ver que você se importa com ele.”

E vamos lá, agora sobre Tyler, posso dizer que ele é tão persistente e protetor quanto os outros com seu sobrenome. E a personalidade de Ellie bate de frente com a dele, trazendo uma relação cheia de altos e baixos.

E claro que também durante a trajetória desse casal vemos os outros irmãos como Travis, Trent, Thomas e Taylor, com suas respectivas esposas e namoradas, e também Jim, que é o pai deles e o responsável pela criação dos cinco meninos.

Esse livro foi um dos meus preferidos da série Irmãos Maddox. Ele mostra a luta constante de uma mulher viciada em álcool e também mostra como amar e sentir amada por alguém pode promover mudanças em um ser humano.

E agora falta só mais um livro para acabar essa série que me tirou muitossss suspiros!!

O que vocês esperam para o último?

Já conhecemos a história de amor de todos os irmãos. O que será que tem por vir?

Até porque cada irmão tem sua teia de segredos e uma hora elas tem que vir à tona não é mesmo?!

Um spoiler. O último livro dessa série traz o nome Belo Funeral.

Preparados?

Livros, Resenhas

Resenha: A história sem fim, Michael Ende

Sinopse: “Gostaria de saber”, disse para si mesmo, “o que se passa dentro de um livro quando ele está fechado. É claro que lá dentro só há letras impressas em papel, mas, apesar disso, deve conter alguma coisam, porque, quando o abro, existe ali uma história completa. Lá dentro há pessoas que ainda não conheço, e toda espécie de aventuras, feitos e combates – e muitas vezes há tempestades no mar, ou alguém vai a países ou cidades exóticos. É preciso lê-lo para o saber, é claro. Mas, antes disso, já está lá dentro. Gostaria de saber como …… ” É, de repetente, sentiu que aquele momento tinha algo de solene. Endireitou-se no assento, pegou o livro, abriu-o na primeira página e começou a ler A história sem fim.

O livro A história sem fim contém 396 páginas, sendo sua primeira edição publicada em janeiro de 2011 e reimpressa em setembro de 2013 pela Livraria Martins Fontes Editora Ltda. Livro escrito por Michael Ende, tradução de Maria do Carmo Cary e tendo revisão e texto final por João Azenha Júnior.

O livro traz a história de Bastian Baltasar Bux que sem querer entra em uma livraria para tentar escapar de uns colegas de classe que haviam o perseguido. A paixão de Bastian sempre foi os livros, e ao deparar com um livro em cima da bancada que lhe chamou a atenção – O livro dos livros como ele próprio pensa, ele tinha que conseguir a todo custo, mas o senhor “antipático” da livraria já havia lhe dito que não venderia nenhum livro para Bastian.

Bastian pegou escondido o livro em um momento em que o dono da livraria estava distraído e saiu tentando não fazer barulho. Ele correu até sua casa e se escondeu no sótão onde sabia que ninguém iria procurá-lo, então abriu-o na primeira página e começou a ler. A partir dai iremos ver vários personagens na trama, inclusive um dragão que será o companheiro de Bastian para tentar salvar a Imperatriz.

Esse foi um dos livros que li na época da escola e é sempre bom relembrar essa história. Na primeira vez que li não consegui entender muito bem mas depois de reler tudo começou a fazer sentido. É um ótimo livro para quem gosta de se aventurar e nesse podemos ver claramente quando entramos de cabeça nos livros e nos teletransportamos na história.

Cada vez que leio o livro, uma emoção diferente me ocorre, a sensação de que não sou apenas leitora mas que também faço parte dos personagens e que como eles vou me aventurando a cada capítulo com os diferentes desafios que vão aparecendo ao longo do caminho. Me identifiquei muito na perspectiva de sonhar os acontecimentos do livro,  sempre quando faço a leitura tenho sonhos em que me imagino dentro dos livros que leio.

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Resenha: Belo Sacrifício, Jamie McGuire

Belo Sacrifício, livro #3 série Irmãos Maddox

Sinopse:
Falyn Fairchild abandonou seu carro, seus estudos e até seus pais. Filha do próximo governador do Colorado, ela está de volta à sua cidade natal, falida e trabalhando como garçonete em um café. Ao fim de cada turno, ela guarda o que recebeu, esperando um dia ter o suficiente para comprar uma passagem para o único lugar onde pode encontrar redenção: Eakins, Illinois. No instante em que Taylor Maddox entra no café, Falyn sabe que ele trará problemas. Taylor é charmoso, não cumpre promessas e é lindo mesmo coberto de fuligem, fazendo dele tudo o que Falyn acredita que um bombeiro de sucesso deve ser. Mas ela não está interessada em se tornar mais uma em sua lista ― e, para um dos Maddox, uma garota desinteressada é o desafio mais atraente de todos.

Terceiro livro da série Irmãos Maddox, em Belo Sacrifício conhecemos o primeiro dos gêmeos, Taylor Maddox.

Taylor Maddox faz parte da Equipe Alpina de Bombeiros da Guarda Florestal dos Estados Unidos e está sempre se deslocando onde quer que sejam necessários. Eles são a elite dos bombeiros. No momento ele e sua equipe estão alocados em Colorado Springs por conta de seus constantes incêndios.

Narrado por Falyn Fairchild, uma garota que deixou a faculdade, seus pais e uma vida de luxo que tinha para voltar a sua cidade natal e trabalhar como garçonete num café. E ela tem um segredo muito bem guardado.

Durante um dia comum de trabalho, um grupo de bombeiros entra no café e é ai que o destino cruza Falyn e Taylor.

Taylor, como todos os Maddox, tem aquele charme irresistível. Badboy, todo tatuado, sexy, bom de briga…. Tudo que já conhecemos, e também tudo de que Falyn foge mais que o diabo foge da cruz.

“Taylor era inquestionavelmente atraente. As borboletas que eu senti no meu estômago quando ele olhou para mim eram impossíveis de negar, e eu queria odiar a forma como me sentia, ainda mais do que eu queria odiar os homens.”

Falyn não pode se envolver com um homem que de cara passa a impressão de problema. Ela já tem que lidar com coisa demais em sua vida. E óbvio que quando um Maddox não consegue a garota imediatamente, ai que ele se apaixona, quanto mais ela diz não, mais tentador fica. E ele vai insistir até que pelo menos ela aceite serem amigos.

“– Não acho que aquele garoto, Taylor, está procurando alguma coisa fácil. Pelo contrário. Acho que ele sabe que já encontrou.
– O que isso quer dizer? – perguntei.
– Significa que é melhor se acostumar. Caras como ele não desistem facilmente quando encontram uma garota como você.”

Ela só aceita uma amizade com ele quando descobre de onde Taylor vem, Eakins, Ilinois. Ela precisa desesperadamente ir para lá, então resolveu juntar o útil ao agradável e pedir ajuda para chegar onde deseja. Porém, Taylor, ao mesmo tempo que resolve ajudá-la, não faz a menor ideia dos verdadeiros motivos que estariam por trás desse pedido e quando viessem à tona certamente o magoaria.

Só que Taylor, diferente dos irmãos, tem um temperamento bem mais controlado. Ele passa tranquilidade no modo como lida com as situações. Então foi bom ver um Maddox um pouco diferente para variar.

“Tinha que ser o destino. Taylor era como um cãozinho abandonado que eu alimentei um vez, e agora, ele não iria embora. Ele também calhava de vir exatamente da cidade para a qual eu estava guardando dinheiro para visitar durante todo esse tempo.”

Vamos lá, o sacrifício aqui nesse livro é de Falyn. Acontecem coisas nesse livro que me deixaram de coração partido!!! Ela passou e sofreu coisas que merece um prêmio por ainda continuar lutando, e o relacionamento dela com Taylor foi fundamental para que pudesse ter com quem dividir os fardos que ela carregava. Senti na pele os erros dos personagens e os sentimentos que eles causaram.

Esse foi um livro que me deixou com uma Ressaca Literária. Tudo que eu não gostei muito em “Bela Redenção”, “Belo Sacrifício” veio para realmente fazer a gente amar e sofrer junto com os personagens.

Já digo que nenhum irmão é igual ao Travis, que de longe é o mais intenso, mas eles dão para o gasto hahaha E falando a realidade, eu amo todos os Maddox, acho que é quase impossível não amar. Como Jamie conseguiu criar tantos personagens masculinos perfeitos e ainda assim, cheios de defeitos?

Esse livro é cheio de surpresas, dor, amor, coração partido e revelações que doem até no leitor. É muito real, é muito humano. Mas ao mesmo tempo é leve, tem suas partes de se dar risada que deixam a trama fluida. Não é pesado, apesar dos acontecimentos. O humor dos personagens mantém a narrativa divertida e intensa.

O mais legal de tudo é que cada hora mais os livros vão se interligando. Todos os irmãos com suas namoradas e esposas também aparecem então vamos matando a saudade dos anteriores pouco a pouco. Inclusive vemos o desenrolar da renovação de votos de Travis e Abby (no seu primeiro aniversário de casamento).

“– Vocês todos têm um pacto para ficarem em segurança, mas seu irmão caçula lutou numa luta clandestina, e você e seu irmão gêmeo combatem incêndios florestais. Thomas é o que? Espião?
– Não, é executivo de propaganda na Califórnia. Ele tem uma personalidade tipo A, faz sempre o que deve fazer.
– Pelo menos um de vocês é.”

Claramente todos os irmãos guardam segredos, tanto do pai quanto deles próprios. Cada vez mais a estória fica mais viciante. E não vejo a hora de ver como tudo isso vai acabar.

E agora falta só um irmão para conhecermos, o gêmeo de Taylor, Tyler Maddox.

Confira as outras resenhas aqui:
Belo Desastre e Desastre Iminente,
Bela Distração e,
Bela Redenção.

redemoinho em dia quente, jarid arraes
Livros, Resenhas

Resenha: Redemoinho em dia quente, Jarid Arraes

Sinopse: Escritora conhecida por seus cordéis, Jarid Arraes estreia no gênero dos contos em Redemoinho em dia quente. Focando nas mulheres da região do Cariri, no Ceará, os contos de Jarid desafiam classificações e misturam realismo, fantasia, crítica social e uma capacidade ímpar de identificar e narrar o cotidiano público e privado das mulheres. Uma senhora católica encontra uma sacola com pílulas suspeitas e decide experimentar um barato que a leva até o padre Cícero, uma lavadeira tenta entender os desejos da filha, uma mototáxi tenta começar um novo trabalho e enfrenta os desafios que seu gênero representa ― Jarid Arraes narra a vida de mulheres com exatidão, potência e uma voz única na literatura brasileira contemporânea.

Gosto de contextualizar minhas resenhas com a minha descoberta do livro e do autor. Conheci Jarid Arraes em uma edição da FLIM, festa destinada para a literatura, em São José dos Campos, em 2018. Minha cidade. Era uma mesa com debates entre autoras e Jarid estava lá. Lembro da identificação que senti com as coisas que ela pontuava e saí decidido a ler algo dela, mas não li imediatamente. 2019 veio a FLIP, de Paraty, e fiquei sabendo de Redemoinho em dia quente. Li uma matéria sobre o livro no jornal, vi muitas pessoas falando sobre e falei: e agora!

Claro que não foi. Tomei vergonha na cara e peguei Redemoinho em dia quente para ler só agora, há algumas semanas. É um livro curto, com poucas páginas, e histórias contadas por meio de crônicas, que são de fácil leitura. Mas demorei, me deliciando em cada uma delas. Parecia que elas demandavam de mim uma certa digestãoreflexão antes que eu partisse para a próxima.

Redemoinho em dia quente conta a história de mulheres da região do Cariri, no Ceará, com muito realismo, ao mesmo tempo em que vemos aquelas pitadas do jornalismo literário, com a fantasia, e as críticas sociais sempre muito intrínsecas a cada palavra. Quem me conhece sabe o quanto eu amo esse tipo de leitura. Crônicas, contos, histórias reais contadas por meio da literatura, com os artifícios da fantasia e as reflexões da sociedade. O livro de Jarid é um prato cheio de tudo isso.

Devo dizer que não foi uma leitura fácil para mim, apesar do livro ter fácil leitura, no geral. Demorei para me conectar ao livro, para entender do que se tratava. Não costumo ler as sinopses antes, só me jogo de cabeça. E minha falta de conhecimento e de vivência com a cultura apresentada pela autora em suas páginas foi algo que me pegou logo de cara, mas que depois foi se aliviando…. O livro é uma porta de entrada, um convite para que você mergulhe e conheça a cultura, o cotidiano, os costumes. Parecia que, a cada conto, eu estava ali, ao lado da autora, enquanto ela ouvia essas histórias da boca das próprias personagens. Me senti um ouvinte atento, me senti no Cariri mesmo sem nunca ter pisado lá.

A narrativa de Jarid tem esse poder de nos transportar. De nos fazer imaginar, de nos fazer ouvir as vozes de cada personagem. As crônicas chocam. Eu não esperava uma senhora católica experimentar pílulas de uma droga suspeita que a fizeram enxergar padre Cícero. Eu não esperava conhecer uma enfermeira que teve que abandonar os pais para estudar e poder se autorizar a gostar de outras mulheres. Eu não esperava, tampouco, me encontrar nas palavras de Jarid da mesma forma que me encontrei nas palavras de Clarice Lispector anos atrás nas aulas de literatura. Ao mesmo tempo em que fui ouvinte, também me senti um pouco personagem.

Entre todas as histórias, duas me marcaram muito. Cachorro de quintal, que trata sobre uma relação entre os animais de estimação e como eles passam a ser figuras importantes nas nossas vidas. Ainda mais eu, que trato o Pirata, meu cachorro, como se fosse um filho. Mas não foi sempre assim, e esse conto me fez refletir sobre o meu passado e minha relação com os cães que não eram meus, porque eu era criança. Eram dos meus pais e eu não podia trata-los da maneira com a qual eu julgava correta. Tinha que ser à maneira deles.

No dia, me dei a desculpa de que não valia a pena arriscar minha segurança por causa de um cachorro. Porque com cachorro era assim mesmo. As pessoas faziam isso.

O segundo conto que me marcou profundamente foi As cores das fitas, logo no final. Eu preciso confessar que grifei quase o conto inteiro porque parecia que Jarid estava narrando um episódio da minha vida. As metáforas com cores, fitas e acontecimentos dessa história me fizeram chorar e sentir muito. Parece que algo ficou entalado na garganta.

Desde o primeiro sorriso que te dei, sabendo um pouco que não faltava tanto para que eu me enrolasse nos panos de nossa história, eu te segui. Você dizia que a direção era contrária.

Redemoinho em dia quente é um livro impecável. Não tem outra palavra para descreve-lo, não consigo pensar em nenhum contraponto ou algo que eu não tenha gostado. É humano, real, sentimental, visceral…. Nunca vou esquecer as sensações que ele me causou enquanto eu lia, digerindo conto a conto, página por página. É um livro cinco estrelas em todos os aspectos e eu recomendo para todo mundo.

Encontre em: Amazon

Livros, Resenhas

Resenha: Bela Redenção, Jamie McGuire

Livro #2 série “Irmãos Maddox”

Sinopse:
Liis Lindy é uma agente do FBI decidida a se casar apenas com o trabalho. Ela adora sua mesa, está em um relacionamento sério com seu laptop e sonha em ser cumprimentada pelo diretor depois de solucionar um caso difícil. O agente especial Thomas Maddox é arrogante e implacável, um dos melhores que o FBI tem a oferecer ― e chefe de Liis. Quando Liis e Thomas são encarregados de uma missão em que precisam fingir ser um casal, a atração entre eles chega ao limite ― e os leva a questionar quanto realmente estavam fingindo.

A aguardada continuação de Bela Distração, Bela Redenção vem com todo o seu charme. Nesse livro conheceremos mais afundo o mais velho dos irmãos, Thomas James Maddox.

O livro é narrado em primeira pessoa por Liis Lindy, uma mulher determinada a alcançar seu próprio sucesso, dedicada ao trabalho, fará de tudo para conseguir seu sonhado cargo de analista de inteligência do NCAVC, na Quantico. Liis acabou de se mudar de Chicago deixando para trás um noivo a quem não amava e, em sua primeira noite na nova cidade, vai num bar e depois vai para casa com um estranho qualquer, porém o que ela não esperava era que essa pessoa fosse Thomas Maddox, que no dia seguinte descobriria ser seu chefe.

Thomas, como todo Maddox, é lindo, sexy, sedutor e possui um encanto especial capaz de levar qualquer mulher a loucura. Entretanto, como nada nessa vida é fácil, ele trata Liis de forma bastante arrogante e tenta humilha-la sempre que possível. Porém, para surpresa de Thomas, ela o enfrenta de cabeça erguida, porque queira ele queira não, ela é boa no que faz.

Então temos a língua afiada de Liis contra o humor seco de Thomas que geram interações explosivas a cada vez que se encontram. Com o passar dos dias um vai ‘invadindo’ cada vez mais a zona de conforto do outro. E ai nasce uma amizade, por assim dizer. Sem negar que existe uma atração mútua entre eles.

Agora se você não leu Bela Distração não leia o resto dessa resenha se não quiser ter spoilers!

Então vamos para a base da estória, conhecemos Thomas (T.J) no primeiro livro, Bela Distração, sempre misterioso e ex-namorado de Cami. CHOCANTE NÉ?!

Seguimos.

Nesse conhecemos mais sobre Thomas e sua vida no FBI, também o porquê ele esconde isso de toda a sua família a quem ele tenta proteger a todo custo.

Quando uma festa na casa do pai aparece e ele tem que ir, Thomas tenta convencer Liis a ser sua acompanhante, com o propósito de trabalho. Eles precisam convencer Travis a entrar como agente disfarçado para o FBI, seria essa a única maneira de o irmão não ir preso pelo envolvimento no incêndio que teve na faculdade enquanto o mesmo estava lutando ilegalmente. E também na festa estarão Trent e Cami como um casal, um fato com um peso considerável envolvendo a relação dos irmãos Trent e Thomas e é uma constante durante toda essa história.

A atração entre Thomas e Liis é cada vez maior e eles sedem ao desejo. Entre todos os livros eles dois são o casal menos passional, na minha opinião, o que não quer dizer que é ruim ou que eles não são apaixonados, mas sim que são mais cautelosos, que a estória se desenrola de maneira diferente.

Liis, que no começo era uma personagem forte e determinada a não ter um relacionamento e focar somente no trabalho se converte numa namorada ciumenta irritante. Foi somente conhecer Thomas que todo o seu foco fica perdido, mesmo ela querendo acreditar que não.

Ela se mostra muito insegura em relação a Thomas, e não é tão sem razão. Porém ela e ele vivem de dilemas. Primeiro tem a questão que ela dizia não querer um relacionamento sério, depois tem ele que acabou de perder um amor e ainda está lidando com isso, enquanto começa a se envolver com outra, ou seja, sua ferida ainda está aberta.

“(…) Eu já perdi alguém que amava, e isso me fez mudar. Eu já abri mão de alguém que amava, e isso me destruiu. Eu sei que, quando você for embora, Liis, qualquer que seja o motivo… isso vai acabar comigo.”

Thomas é o Maddox mais diferente entre os irmãos. Começando que ele é mais centrado, menos obsessivo (não quer dizer que não seja ciumento), ele é o mais maduro entre os cinco. A similaridade está em ser bom de briga, em ter uma total devoção a família e também na intensidade ao se entregar à mulher amada.

Outra diferença é que, não é a história de amor entre ele e o primeiro amor. É a descoberta de como a paixão e o amor pode ser intenso quando não é a primeira, e sim a última. Algo que Liis custa a entender.

Bela Redenção é um livro muito bom de se ler, mas na minha opinião pessoal… não foi um dos melhores hahaha.

É muito interessante saber realmente o que Thomas faz e depois começar a ver a trama toda com Travis e como começou a se desenrolar. Algo que já tínhamos visto no epílogo de Desastre Iminente começa a fazer mais sentido conforme a história vai sendo montada.

E fico na ansiedade para os próximos livros que trarão a história dos gêmeos Taylor e Tyler.

Until Harry
Livros, Resenhas

Resenha: Until Harry, L.A. Casey

Sinopse Until Harry:

Voltar para casa é difícil para Lane. Difícil porque seu amado tio Harry morreu de repente, mas também por causa dele. Kale. Kale Hunt é seu melhor amigo desde a infância. Mas nunca foi tão simples. Ele foi o motivo de Lane para sair de casa e se mudar para Nova York. Vê-lo com outra pessoa, apaixonado por outra pessoa, não deveria ter doído. Mas sim. Realmente fez mesmo. Então, ela levantou palitos e saiu, começou uma nova vida e se separou de seu passado. Mas agora ela voltou e todos os sentimentos estão ali. Como se ela nunca tivesse saído. As emoções estão em alta, e a tragédia tem uma maneira engraçada de aproximar as pessoas. Mas Lane está lendo os sinais, certo? Eles ainda são apenas amigos ou há algo mais?

Era um dia qualquer, eu não tinha muito o que fazer, entrei na Amazon e comprei esse e-book, Until Harry.
Confesso que nem li a sinopse, gostei do nome e escolhi por isso…. E te digo que foi minha melhor decisão do dia.

Prepare um lencinho pois é um livro emocionante e eu chorei horrores, hormônios? Talvez…. Mas a estória é linda, rápida e comovente.

A narrativa é dada por Lane Edwards, uma mulher britânica, editora freelancer de 26 anos que mora em Nova York e logo no primeiro parágrafo do livro recebe a noticia que seu amado tio, Harry, faleceu. Então ela tem que voltar para casa, em York, Inglaterra, para o velório do tio.

Só que tem um porém, faz seis anos que ela não fala com ninguém da família dela a não ser por esse tio.

A trama toda se baseia em dois períodos de tempo, um capítulo é narrado no presente e o seguinte são memórias do passado.

Lane vem de uma família que tem muito amor, seus pais são melhores amigos de um outro casal com um filho de idade próxima então ela e seus irmãos foram criados junto com ele, Kale Hunt, que tem idade que seus irmãos e sempre foi considerado como um filho por sua família. Ele também calhou de ser seu melhor amigo a vida toda.

Com três anos de diferença entre eles, ela sempre o viu como um protetor, sempre sentiu ciúmes dele e ele sempre esteve lá por ela, e Lane é apaixonada por Kale desde que consegue se lembrar.

Então, vamos lá, logo no começo Lane tem um medo desesperador de voltar para casa, a única pessoa da família que ela ainda conversava era seu tio e agora ele era o motivo para que ela voltasse.

Lane deixou sua casa e seu pais há seis anos porque estava com o coração partido em mil pedaços. Sua melhor amiga faleceu e o homem que ela ama está com outra e esperando um filho. A única alternativa que ela enxergou no momento era fugir dali.

Após anos de depressão e agora uma volta repentina para Inglaterra ela começa a ver que não deu certo, ela ainda se sentia da mesma maneira por Kale quanto a seis anos antes.

“Mesmo eu morando a milhares de quilômetros de distância para escapar dele, todos os dias durante os últimos seis anos eu acordei com aqueles olhos avelã e cai no sono com sua calmante voz. Eu não conseguia esquecê-lo estando a meio mundo de distância ou na sala ao lado.”

É comovente porque os dois se amam mas sempre se auto sabotam.

Ela se sente ‘suja’ por estar apaixonada pelo menino que cresceu sendo considerado por toda sua família como um outro filho. E porque ela investiria nele se, de qualquer maneira, ela acha que ele só a ama como se fosse sua “irmã mais nova”?

À medida que crescem só piora, exceto que você percebe que Kale se sente da mesma maneira por ela, ou seja, também é apaixonado por Lane, e está lutando com os mesmos problemas, mas nenhum deles faz nada porque são péssimos em comunicação e nunca estão na mesma página ao mesmo tempo, ao que parece.

“- Por quê? – eu pressionei.
– Então eu poderia fazer meu jogo e tentar ganhar o seu coração de volta, porque eu sou seu legítimo proprietário.”

Nos capítulos do passado a história de como Lane e Kale estão nesse impasse tenso e comovente é contada e vemos os destaques na linha do tempo de seu relacionamento. Ao longo da narrativa você vê os erros que eles estão cometendo e da vontade de gritar!!!!

“Eu sempre vou amar Kale, Lane – ela continuou, – mas ele nunca foi meu.
Minhas mãos começaram a tremer. – Claro que ele era.
Ela balançou a cabeça. – Ele era seu. Ele só não sabia disso.(…)”

Kale Hunts precisou que Lane se mudasse para o outro lado do mundo para descobrir que não poderia viver sem ela, enquanto Lane Edwards precisou que seu tio a obrigasse a voltar para casa e realmente conversar com Kale para que pudesse se curar.

“- Você acha que as pessoas têm controle sobre suas vidas? – Eu interroguei.
Minha avó levemente sacudiu a cabeça. – Não, ninguém tem controle sobre a vida – está fora de nossas mãos. Mas podemos ter a rédea sobre como nos sentimos durante essa jornada. Você apenas tem que querer isso o suficiente, ou então a felicidade vai passar por você, e sua vida junto com ela.”

O livro é comovente, emocionante e romântico. Uma estória de perdas, mortes, luto, família e amor. E acima de tudo, uma estória de superação.

É uma leitura rápida e cheia de aprendizagens. Um amor de infância que passa por um milhão de dificuldades.

O romance é o foco do livro? Sim. Mas também tem muitos outros núcleos sendo explorados como: o amor de irmãos, o amor por um filho, o amor da família no geral, o sentido da amizade, da auto aceitação com quem você é. A superação de lutos e muito mais.

O último capítulo do livro é fundamental para enxergar que sua felicidade não tem que depender de outra pessoa e sim de você aceitar-lá, de todos os caminhos que ela possa vir. Ela tem que começar de dentro para fora.

“- Eu sempre pensei que não era forte, mas eu estou começando a ver o que o tio Harry e todos vocês vêem em mim. À minha própria maneira, eu sou uma guerreira.”

Recomendo a leitura para todos! Se prepare para chorar.

Livros, Resenhas

Resenha: Bela Distração, Jamie McGuire

Bela Distração, volume #1 da série Irmãos Maddox, spin-off de Belo Desastre.

Sinopse:
Cami Camlin é uma garota intensa e independente. Agora, cursando a faculdade e trabalhando como bartender no The Red Door, Cami não tem tempo para nada, até que uma viagem para visitar seu namorado é cancelada e, pela primeira vez em quase um ano, ela tem um fim de semana de folga. Trenton Maddox era o rei da Universidade Eastern. Mas, depois de um trágico acidente virar sua vida de cabeça para baixo, ele deixa o campus para lidar com a culpa esmagadora. Um ano e meio depois, Trenton está morando com o pai e trabalhando em um estúdio de tatuagem para ajudar a pagar as contas. Justamente quando ele pensa que sua vida está voltando ao normal, nota Cami sozinha em uma mesa no Red Door. Como a irmã mais velha de três caras de pavio curto, Cami acredita que não terá problemas para manter a amizade com Trenton no nível estritamente platônico. Mas, quando um Maddox se apaixona, é para sempre — mesmo que Cami possa ser a razão para que a já fragilizada família Maddox desmorone de vez.

De volta ao universo de Belo Desastre, nossa querida Jamie McGuire não decepciona escrevendo agora uma série sobre os Irmãos Maddox. Eles são em cinco: Thomas, Taylor e Tyler, Trenton e por fim Travis.

Nesse primeiro, Bela Distração, conheceremos a estória de amor de Trenton Maddox.

Este livro se passa simultâneo a Belo Desastre, então vamos acompanhando Travis se apaixonando e sofrendo tudo de novo por Abby. Se você ainda não conhece Travis e Abby leia a resenha de Belo Desastre clicando aqui: Belo Desastre e Desastre Iminente

Vamos lá então, o livro é narrado em primeira pessoa por Camille Camlin.

Cami é amiga de infância de Trent (Trenton). Forte, independente, única irmã no meio de quatro irmãos, ou seja, sabe como lidar com temperamentos difíceis… Teve uma vida familiar muito difícil, lidando com um pai violento.

Então quando aparece a oportunidade de sair de casa ela a agarra e vai cursar uma faculdade. Trabalha como bartender e se mantém estável, até que um de seus irmãos pede ajuda financeira e ai ela precisa encontrar um segundo emprego.

Logo a chance que lhe aparece é ser recepcionista no estúdio de tatuagem que Trenton Maddox trabalha. O negócio é que o cara é um galinha super sexy e ele resolveu que ia gastar todo o seu tempo tentando conquistá-la.

Porém, ela não está nem ai porque, primeiro, ela tem namorado por quem está apaixonada e, segundo, ela e Trent são amigos desde criança.

Numa noite em que uma viagem para ver seu namorado T.J. não deu certo, Cami está chorando as magoas em uma mesa no Red Door quando Trent aparece. Timing é tudo né.

Depois dessa noite, Cami e Trent se aproximam cada vez mais e cada hora fica bem difícil para ela manter a relação no nível da amizade, porque Trenton Maddox é lindo, amoroso, carismático, e está apaixonado por ela.

E para deixar a situação mais complicada, TJ diz gostar dela e querer que dê certo, porém não tem tempo. E ele é um homem bem misterioso, por assim dizer.

“Eu estava encrencada. Numa grande e desastrosa encrenca chamada Maddox.”

Nesse livro também temos em paralelo tanto o que Travis está passando com Abby, quanto a amiga de Cami, Raegan, que está passando por uma trama amorosa também, no meio de um triângulo, mas Raegan é trouxa inocente…. Bom, não curti muito essa personagem.

Voltando aos protagonistas. O romance deles é leve, divertido, cativante.
Trent é muito parecido com Travis porém é mais maduro que o irmão e não tão intenso, Travis ganha na competição de intensidade.

De qualquer maneira ele é um Maddox, seu sobrenome lhe traz algumas características como ser explosivo e não se priva de estar no meio de uma briga, mas pelo menos Trent é um pouco mais controlado. Também há nessa trama ciúme excessivo e superproteção.

“Os irmãos Maddox podiam farejar confusão. Pelo menos era isso que parecia, porque sempre que havia uma briga, eles a tinham começado ou terminado. Geralmente, as duas coisas.”

No entanto, a personalidade de Cami contrabalanceia com as atitudes de Trent. Ser a única menina no meio de vários irmãos a ajuda bastante na hora de lidar com o temperamento do amado.

“Quando um Maddox se apaixona, é para sempre”

Mesmo com a insistência de Trent, a amizade só se torna um romance mesmo quando Cami decide que é a hora. Trenton é apaixonado por Cami desde que os dois eram criança, ele foi paciente e a esperou por anos e nesse livro é quando ele decide se aproximar dela, justo quando ela tem um namorado.

“Se você acha que ama duas pessoas, você escolhe a segunda, certo? Porque, se eu amasse mesmo o T.J., não teria me apaixonado por você”

E ai, bom, o romance se desenvolve mesmo lotado de mistérios, culpa e segredos.

“– Eu não sei o que isso significa. Mas sei que, se você soubesse a história toda, Trenton, você se afastaria de mim e nunca mais olharia para trás.
– Eu não quero a história toda. Eu só quero você.”

E posso contar para vocês que o segredo que Cami esconde é relevante e pode realmente abalar a família Maddox.

Jamie escreveu um livro fazendo com que torcêssemos por Trent e Cami desde o início, e ter “aversão” a TJ, apesar de ser bem misterioso e só conhecermos seu apelido.

Bom, digo para vocês uma coisa, o final é chocante, mistérios são revelados, segredos que EU não esperava, apesar de ter algumas pistas durante a leitura, mas me deixou de boca aberta literalmente.

E o que eu posso dizer? AMEI, com todas as letras e sentimentos.

Recomendo a todos que amam bons romances.

Livro Em Busca de Watership Down em cenário
Livros, Resenhas

RESENHA: EM BUSCA DE WATERSHIP DOWN, DE RICHARD ADAMS

Sinopse: Quando um coelho vidente prevê a destruição da toca onde vive, ele se une a seus amigos para achar uma nova casa. No caminho rumo à mítica colina de Watership Down, enfrentam rivais e armadilhas. Mas, mesmo depois de chegarem e, teoricamente, encontrarem um lugar seguro para viver, precisarão lutar para salvar a colônia vizinha e repopular a própria comunidade. Em busca de Watership Down fala de dominação e opressão, de fascismo e utopia, de mitologia e delírio coletivo, de sentimento de comunidade e de loucura. No Reino Unido, ocupa o segundo lugar entre os juvenis de fantasia mais vendidos do século XX, atrás apenas da saga Harry Potter.

Se alguém te recomendasse uma história sobre coelhos, o que você pensaria?

Bom, eu não pensei muita coisa. Fui rapidamente convencido pela beleza da capa, pela sinopse instigante e pela pequena citação de George R.R. Martin logo abaixo do nome do autor: “Uma das melhores fantasias do século XX”.

Como quase sempre, eu tenho de concordar com Martin.

Afinal, “Em Busca de Watership Down” é sim é uma história sobre um grupo de coelhos que começa uma jornada em busca de uma vida melhor. Mas falar isso é apenas abordar sua superfície.

O livro, originalmente publicado em 1972, foi escrito pelo inglês Richard Adams, em resposta ao desejo de suas filhas, que adoravam ouvir suas histórias antes de dormir e durante longas viagens de carro, e queriam uma versão impressa da narrativa.

Tendo como base suas experiências de vida e as pessoas que conheceu ao longo do caminho, o livro de Adams passa longe de ser uma história exclusivamente infantil, trazendo uma narrativa épica, abordando temas como heroísmo, exílio, abuso de poder, religião, amizade e guerra.

Tudo começa quando pequeno coelho, Quinto, relata sua visão para seu companheiro, Avelã, afirmando que o viveiro onde vivem será destruído: em sua premonição, os humanos destruirão toda a região, matando todos os coelhos dali no processo.

Avelã, já revelando seu instinto para liderança, decide migrar para se estabelecer em algum outro lugar, e tenta convencer a maior parte da comunidade em os acompanhar. Sem sucesso, ele decide partir na companhia de um pequeno grupo, dando início a uma longa viagem em busca de construir um novo viveiro.

Seguindo a visão de Quinto, a colina paradisíaca de Watership Down é sua terra prometida: um lugar farto de alimentos e seguro contra inimigos, onde uma nova comunidade de coelhos poderá se expandir. Mas o caminho é cheio de ameaças e armadilhas. O mundo selvagem é um lugar duro para os coelhos, que precisam se superar e contar uns com os outros para permanecer vivos.

Autor Richard Adams

O autor, Richard Adams

Profunda, bela e envolve, ainda que tenha cenas tensas e violentas, a obra de Adams fala muito sobre nossa realidade. Desde temas simples como companheirismo e liderança, até ideias complexas de sociedade, fé, destruição humana, manipulação de massas e regimes ditatoriais, a obra consegue estabelecer um equilíbrio perfeito entre um conto de fadas e uma narrativa épica sobre êxodo.

Adams se utiliza de regras bastante particulares, estabelecendo uma cultura única e plausível para seus personagens, ao mesmo tempo que aborda com intensa as emoções humanas e cria uma aventura sem igual.

Depois de um estrondoso sucesso mundo a fora, a história já foi adaptada para uma série de animação em 1978, se firmando como um clássico do século e, recentemente, ganhou uma versão 3D produzida pela Netflix.

Ainda que seja uma história de coelhos, “Em Busca de Watership Down” é absolutamente humana e, despretensiosamente, consegue o que muitas histórias tentam, mas que pouquíssimas conseguem fazer: encantar crianças, jovens e adultos.

cena da minissérie produzida pela Netflix

Em Busca de Watership, 2018

Ficha Técnica:
Capa dura: 464 páginas
Editora: Planeta; Edição: 1 (1 de agosto de 2017)
Idioma: Português
Autor: Richard Adams
Tradução: Rogério Galindo
ISBN-10: 8542210964
ISBN-13: 978-8542210965
Dimensões: 23,4 x 15,8 x 2,8 cm

Livros, Resenhas

Resenha: Belo Desastre e Desastre Iminente, Jamie McGuire

Beautiful Disaster ou traduzido, Belo Desastre.

Sinopse:
Abby Abernathy é uma boa garota. Ela não bebe nem fala palavrão. E acredita que seu passado sombrio está bem distante, porém, quando, para cursar a faculdade, se muda para uma nova cidade, seu recomeço é rapidamente ameaçado pelo bad boy do local: Travis Maddox. Um jovem com um corpo esculpido, abdômen definido e braços tatuados. Tudo que Abby precisa – e deseja – evitar. Mas o menino é um conquistador e logo se depara com a resistência de Abby ao seu charme, Intrigado, Travis a atrai com um jogo. Se ele perder, terá que ficar sem sexo por um mês. Se ela perder, deverá morar no apartamento dele pelo mesmo período. Qualquer que seja o resultado da aposta, nem passa pela cabeça do garoto que ele acaba de se deparar com uma adversária à altura.

Belo Desastre, o próprio nome já alude ao que veremos nesse livro. Envolvente, controverso, charmoso, picante e uma história de vida. Gênero New Adult rápido e envolvente. Desde a primeira vez que li me apaixonei, virou meu romance de cabeceira. Sempre que alguém pede indicação de um romance clichê mas nem tanto eu logo falo “Belo Desastre”.

A narrativa gira entorno de Abby Abernathy, uma garota comum que deixou tudo para trás em busca de um recomeço na Universidade Eastern e que tem um passado bem diferente do que se espera. Ela realmente tenta ser o mais comum possível, desde suas roupas, ao jeito que se comporta na faculdade. Acompanhada de sua melhor amiga Mare (America), vieram juntas de Wichita, Kansas para a Eastern.

Tudo começa quando Mare convence Abby a ir em uma luta clandestina da universidade para acompanhar seu namorado, Shepley Maddox. E é nesse momento que o destino cruza Abby Abernathy e Travis Maddox, primo de Shepley e um dos lutadores do ringue. Sangue respinga em sua roupa e Travis, após ganhar em mais uma luta, acaba se atraindo por ela e a chama de beija-flor, porém que ela não está nem ai para ele.

Travis Maddox é o típico badboy universitário. Com o corpo escultural, todo tatuado, bom de briga e que pilota uma Harley. Tem tudo o que quer na mão, e uma (ou várias) mulheres diferentes por dia/noite. Vem de uma família sendo o mais novo de 5 irmãos. Criados pelo pai uma vez que a mãe faleceu quando ele ainda era muito jovem.

Bom, tudo realmente começa quando as caldeiras do dormitório de Abby e America param de funcionar e, como America namora Shepley, nada mais justo que passar esses dias no apartamento dele. Óbvio que ela não deixaria a melhor amiga tomando banho de água fria, então leva Abby junto com ela por essa semana. Só que Shepley divide o apartamento com o primo, Travis.

Logo Abby dá um fora nele e depois disso começam a se divertir e nasce uma amizade entre os dois.

“(…) parecer desinteressante era a melhor estratégia. A ideia seria que Travis perdesse instantaneamente o interesse em mim e colocasse um ponto final nessa ridícula persistência.”

Quando as caldeiras voltam a funcionar, Travis e Abby fazem uma aposta. Se Maddox ganhar uma luta e sair sem nenhum arranhão, eles vão morar juntos por um mês. Caso contrário, ele deverá ficar sem transar com nenhuma mulher pelo mesmo período. E quem ganha a aposta é Travis.

Bom, agora vamos a realidade do livro. Travis é impulsivo, possessivo, temperamental, galinha e despreza as mulheres no geral. É o boy lixo, digamos assim. A única mulher que ele trata de maneira diferente é Abby.

Travis e Abby criam um laço tão forte que nenhum de seus amigos entende o que realmente está acontecendo entre os dois.

“Eu não sei o que está rolando entre você e o Travis, mas sei que ele vai fazer algo idiota que vai te deixar irada. É uma mania que ele tem. Ele não fica muito chegado a ninguém por tanto tempo e, sei lá por quê, abriu espaço na vida dele pra você”

Acontecem muitas situações inconvenientes por parte de Abby quando, morando e dividindo a cama com Travis, ela começa a sair com um outro cara da faculdade e isso me irrita um pouco, mas superamos…

“Travis esperou até que eu estivesse saindo com alguém, alguém de quem eu realmente gostava, para demonstrar interesse em mim, e eu parecia ser a única garota com quem ele não conseguia fazer sexo, nem mesmo quando estava caindo de bêbado.”

Com o decorrer do livro ele vai amadurecendo, e sentimentos a mais começam a aparecer. O amadurecimento do Travis com relações a mulheres é muito claro, porém ele continua tendo seus defeitos, como por exemplo, ser ciumento e possessivo em relação a Abby.

“A gente não dá certo juntos, Travis. Acho que você está obcecado com o pensamento de me possuir mais do que qualquer outra coisa.”

Bom, com o tempo Abby vai ganhando mais sal destaque, e quando seu pai aparece mostrando que ela não é apenas uma garota comum, conhecemos sobre seu passado e suas atitudes em relação a Travis começam a fazer mais sentido.

De repente, um vira a vida do outro.

“É perigoso precisar tanto assim de alguém. Você está tentando salvar o Travis e ele espera que você o consiga. Vocês dois são um desastre”

Do mesmo jeito que explica o passado da Abby, também contam o passado de Travis, e o leitor começa a ver todos os traumas dos dois e porque são como são nos dias atuais.

É um livro que varia muito a opinião dos leitores, vai do seu gosto.

Cheio de altos e baixos, acessos de raiva e calmaria. Uma contradição atrás da outra, várias antíteses. Sentimentos reprimidos, ansiosos por serem liberados. Liberdade e identidades contidas. Personalidade contida.

Uma tentativa de se evitar o Efeito Borboleta, da Teoria do Caos, o qual afirma que um simples bater de asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo.

Esse é Belo Desastre e Desastre Iminente.

Em Belo Desastre temos a estória pela visão de Abby Abernathy, enquanto que em Desastre Iminente são os mesmos fatos, só que narrados por Travis Maddox. Um livro complementa o outro.

ALERTA DE SPOILER!

Depois desses dois livros, Jamie McGuire também lançou um conto chamado Belo Casamento que é a descrição do casamento em Las Vegas dos dois, com detalhes de como foi lá, e também nos presenteia com a renovação dos votos de Travis e Abby, 1 ano depois.

É um livro pequeno que está mais para um conto. Super vale a pena se você for tão apaixonada por esse casal igual eu sou.