Categorias

Livros

Colunas, Novidades

O desafio da exigência de êxito

O famoso “Poema em Linha Reta” nos diz que todos os conhecidos do poeta eram verdadeiros campeões em tudo, sem derrotas ou fracassos. O poeta, ao contrário dos demais, experimenta todos os erros, inseguranças e medos humanos. Caso ainda não conheça esse poema de Fernando Pessoa com pseudônimo de Álvaro de Campos, vale a pena ler.

O empreendedorismo é uma ilusão que cabe certinho nas nossas fantasias de sucesso: se eu trabalhar bem e muito, serei vencedor em tudo! Há aqui uma certeza embutida de que somos os mestres de nosso próprio destino e, embora isso não esteja de todo errado, esse futuro sonhado é sempre brilhante e glorioso.

Nosso futuro é resultante de variáveis complexas atuais e de eventos passados que certamente desenharam nosso presente. Além disso, algumas dessas decisões são tomadas e ainda modificadas por cada um. O equívoco está em acreditarmos na liberdade plena da decisão consciente sobre nossos atos, já que há em nós uma faceta inconsciente que direciona nossos desejos em cada ato. A parte mais equivocada e triste: não há nenhuma garantia de eficácia e do futuro tão sonhado se concretizar do jeito que idealizamos.

O poder ilusório de ter o futuro nas mãos traz amarrada a certeza de amarga responsabilidade, pois se o ouro não vier, será por falta de esforço da parte do sujeito. Sabemos que as condições sociais e culturais são desiguais e que a boa vontade não é suficiente e, ainda assim, a culpa sobreviverá! E remoeremos, horas a fio, onde e como poderia ter sido feito diferente, e ensaiaremos o que deveria, o que poderia, como, e o constante ‘e se’ martelando as lembranças.

A psicanálise aposta numa determinação inconsciente e que esse é transmitido através da linguagem para além da língua trazendo consigo a cultura. Esse nos precede e nele nos enlaçamos desde o início, através do olhar e voz maternos, dos toques e cuidados que precisamos para sobreviver dada a nossa inexorável vulnerabilidade. O laço nos garantirá a vida.

Os fatos passados que hoje nos afetam podem ser interpretados e ditos de alguma outra forma e a análise se presta à escuta que tornará possível esse percurso. Ressignificar o passado é de certo modo modificá-lo na realidade subjetiva que representará uma mudança atual abrindo novas possibilidades de escolha do futuro que podemos vir a ter.

“Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo?”, continua o poeta mencionado no início. Na vida nós encontramos alegrias, mas também sofrimentos e sempre fazemos o que nos é possível. É preciso lembrar que sempre será o nosso melhor, dadas as circunstâncias, dadas as possibilidades, dada a nossa história que a tudo, em cada um desses atos, foi determinante. Alguma generosidade no cuidado de saúde mental pode representar uma qualidade de vida ímpar e valiosa.

Longe dessa exigência de êxito, talvez possamos considerar apenas o que nos seja melhor possível sempre. Talvez, lacrar e brilhar acima de todos não seja uma escolha tão feliz assim. Talvez, aceitar uma errância onde eventualmente se acerta possa trazer novamente gente para habitar nosso mundo atualmente pleno de pretensos semideuses. Portanto, deixemo-nos fracassar um pouco!

Livros

3 livros parecidos com “After”

Eu tenho certeza que você ficou desesperado(a) quando leu a série de livros da Anna Todd e logo correu para o computador buscar mais livros parecidos com After. Te entendo, fiz a mesma coisa!

After é uma série de romance do gênero new adult, publicado em 2014, depois de ser um sucesso de leituras no Wattpad como uma fanfic de One Direction. Ele conta a história da descoberta de Tessa para a vida adulta e seu relacionamento conturbado com Hardin. Cheio de problemáticas reconhecidas por muitos leitores, o livro continua a ser um dos mais lidos do mundo.

Se você gostou de After ou se não gostou tanto assim mas quer dar uma chance para outros livros do mesmo gênero, se liga nessas dicas de livros parecidos:

Trilogia Cinquenta Tons de Cinza, E. L. James

Livros parecidos com After

A estudante de literatura Anastasia Steele, de 21 anos, entrevista o jovem bilionário Christian Grey, como um favor a sua colega de quarto Kate Kavanagh. Ela vê nele um homem atraente e brilhante, e ele fica igualmente fascinado por ela. Embora seja sexualmente inexperiente, Anastasia mergulha de cabeça nessa relação e descobre os prazeres do sadomasoquismo, tornando-se o objeto de submissão do enigmático Grey.

Cretino Irresistível, Christina Lauren

Livros parecidos com After

Uma estagiária ambiciosa. Um executivo perfeccionista. E um relacionamento ardente e totalmente perigoso! Esperta, dedicada, prestes a cursar um MBA, Chloe Mills tem apenas um único problema: seu chefe, Bennet Ryan. Ele é exigente, insensível, sem consideração – e completamente irresistível. Um belo cretino. Bennet acaba de retornar da França para assumir um cargo importante na empresa de comunicações de sua família. Mas o que ele não poderia imaginar era que a pessoa que o ajudava enquanto ele estava no exterior era essa criatura linda, provocadora e totalmente irritante que agora ele tem de ver todos os dias. Ele nunca foi do tipo que se envolve em relacionamentos no ambiente de trabalho, mas Chloe é tão tentadora que ele está disposto a flexibilizar essa regra – ou quebrá-la de uma vez – para tê-la. Por todo o escritório! Mas o desejo que um sente pelo outro cresce tanto que Bennet e Chloe terão de decidir o que estão dispostos a perder para ganhar um ao outro.

O Acordo, Elle Kennedy

Livros parecidos com After

Hannah Wells finalmente encontrou alguém que a interessasse. Mas, embora seja autoconfiante em vários outros aspectos da vida, carrega nas costas uma bagagem e tanto quando o assunto é sexo e sedução. Não vai ter jeito: ela vai ter que sair da zona de conforto… Mesmo que isso signifique dar aulas particulares para o infantil, irritante e convencido capitão do time de hóquei, em troca de um encontro de mentirinha. Tudo o que Garrett Graham quer é se formar para poder jogar hóquei profissional. Mas suas notas cada vez mais baixas estão ameaçando arruinar tudo aquilo pelo qual tanto se dedicou. Se ajudar uma garota linda e sarcástica a fazer ciúmes em outro cara puder garantir sua vaga no time, ele topa. Mas o que era apenas uma troca de favores entre dois opostos acaba se tornando uma amizade inesperada. Até que um beijo faz com que Hannah e Garrett precisem repensar os termos de seu acordo.

Função da literatura
Livros

Qual é a função da literatura?

A literatura tem uma função principal de caráter político e transformador. Ela é capaz de colocar o leitor para pensar no mundo em que vive, moldar seus hábitos, faze-lo pensar de forma mais abrangente…. A literatura tem muitas funções e para entendermos todas elas, precisamos voltar um pouco no tempo.

Literatura com função hedonística e catártica

Os gregos antigos acreditavam que a função da literatura era de ser hedonística e catártica. Hedonística porque ela proporcionava prazer, retratava o belo. O belo, por sua vez, era a semelhança da obra de arte com a realidade. Quanto mais próximo, mais belo.

Já a concepção catártica vem do papel em que as tragédias tinham na sociedade grega. As tragédias são tipos de textos que são, basicamente definidos por dois conceitos: a mimese, que desperta terror e piedade no público e a catarse, que alivia esses sentimentos despertos. As tragédias aliviavam as tensões e os conflitos do mundo grego e por isso, eles acreditavam que essas eram as principais funções da literatura, como arte.

Claro que esses conceitos desapareceram na modernidade, mas a literatura como arte ainda cumpre o papel de causar prazer e aliviar tensões da vida humana. De acordo com o teórico russo Chklovski, a literatura provoca um estranhamento em face da realidade, como se saíssemos do automático e passássemos a ver o mundo com outros olhos.

Literatura com função de comunicação

A literatura é linguagem, então exerce um papel comunicativo na sociedade em que vivemos. Pode influenciar o público ou ser influenciada por ele.

O leitor de um texto literário não é um ser passivo. De acordo com o pensador russo Mikhail Bakhtin, mesmo estando em um tempo histórico diferente do contexto de produção da obra, o leitor também recria e atualiza seus sentidos de acordo com o que lê.

Também no contexto de criação da obra, o autor é influenciado pelo perfil do público que tem em mente e isso se reflete nos temas, valores e tipo de linguagem que escolhe.

Literatura com função individual e social

Segundo o escritor Guimarães Rosa, a literatura é feitiçaria que se faz com o sangue do coração humano, ou seja, a literatura é a expressão das emoções e reflexões do ser humano.

“Escrever é um processo químico; o escritor deve ser um alquimista. (…) A alquImia do escrever precisa de sangue do coração. Para poder ser feiticeiro da palavra, para estudar a alquimia do sangue do coração humano, é preciso provir do sertão.”

– João Guimarães Rosa, em entrevista a Günter Lorenz – “Dialogo com Guimarães Rosa”.

Para saber mais sobre as funções da literatura, baixe nossa aula gratuita clicando aqui.

livros como anne frank
Livros

3 livros para quem gostou de “O Diário de Anne Frank”

O Diário de Anne Frank é um livro conhecido mundialmente como um dos registros mais fiéis do que foi a Segunda Guerra Mundial. As histórias, narradas pela adolescente Anne Frank, conquistaram o coração e os leitores ao redor de todo o planeta, causando comoção ao entender a visão de uma garota judia em um dos massacres mais sangrentos da história da humanidade.

No dia 6 de julho de 1942, Anne e sua família chegavam no anexo secreto, onde viveram escondidos dos nazistas até 1944. Hoje, fazem 78 anos que a família Frank largava tudo para trás para tentar sobreviver. De todos, apenas Otto Frank, seu pai, conseguiu.

O Diário de Anne Frank é um relato intimista que nos mostra uma face da Segunda Guerra Mundial que é desconhecida pelos livros de história. Mas é preciso conhecer todas as faces para que isso nunca mais se repita, por isso, trouxe mais três indicações de livros ambientados na mesma época para que você se engaje ainda mais com esse momento histórico.

O menino do pijama listrado

Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz idéia que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e a mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e para além dela centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O menino do pijama listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.

Depois de Auschwitz: O emocionante relato de uma jovem que sobreviveu no Holocausto

Em seu aniversário de quinze anos, Eva é enviada para Auschwitz. Sua sobrevivência depende da sorte, da sua própria determinação e do amor de sua mãe, Fritzi. Quando Auschwitz é extinto, mãe e filha iniciam a longa jornada de volta para casa. Elas procuram desesperadamente pelo pai e pelo irmão de Eva, de quem haviam se separado. A notícia veio alguns meses depois: tragicamente, os dois foram mortos.
Este é um depoimento honesto e doloroso de uma pessoa que sobreviveu ao Holocausto. As lembranças e descrições de Eva são sensíveis e vívidas, e seu relato traz o horror para tão perto quanto poderia estar. Mas também traz a luta de Eva para viver carregando o peso de seu terrível passado, ao mesmo tempo em que inspira e motiva pessoas com sua mensagem de perseverança e de respeito ao próximo – e ainda dá continuidade ao trabalho de seu padrasto Otto, pai de Anne Frank, garantindo que o legado de Anne nunca seja esquecido.

A menina que roubava livros

Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em “A Menina que Roubava Livros”, livro há mais de um ano na lista dos mais vendidos do “The New York Times”. Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido da sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, “O Manual do Coveiro”. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram estes livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de rouba-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto a sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é a nossa narradora. Um dia todos irão conhece-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.

Livros, Resenhas

Resenha: O Acordo, Elle Kennedy

Romance de Elle Kennedy, The Deal ou O Acordo. É o primeiro livro da série “Amores Improváveis” , também conhecida como “Off-Campus”

Sinopse
Hannah Wells finalmente encontrou alguém que a interessasse. Mas, embora seja autoconfiante em vários outros aspectos da vida, carrega nas costas uma bagagem e tanto quando o assunto é sexo e sedução. Não vai ter jeito: ela vai ter que sair da zona de conforto… Mesmo que isso signifique dar aulas particulares para o infantil, irritante e convencido capitão do time de hóquei, em troca de um encontro de mentirinha. Tudo o que Garrett Graham quer é se formar para poder jogar hóquei profissional. Mas suas notas cada vez mais baixas estão ameaçando arruinar tudo aquilo pelo qual tanto se dedicou. Se ajudar uma garota linda e sarcástica a fazer ciúmes em outro cara puder garantir sua vaga no time, ele topa. Mas o que era apenas uma troca de favores entre dois opostos acaba se tornando uma amizade inesperada. Até que um beijo faz com que Hannah e Garrett precisem repensar os termos de seu acordo.

O acordo é o primeiro livro da série Amores Improváveis, de Elle Kennedy. Trazendo uma literatura New Adult a série conta com quatro livros, cada um conta a vida de um dos quatro amigos jogadores de hóquei que vivem na mesma república.

Então começamos com Garrett Graham, o capitão do time de hóquei da universidade Briar, filho de um famoso também jogador de hóquei. Desde pequeno o pai sempre cobrou o melhor do filho. Já pode sentir a pressão que ele tem né?

Afinal de contas, Phil Graham tem uma
reputação a zelar. Quer dizer, imagina só como ele se sentiria se o
filho não virasse um jogador profissional…

Pelo menos o esporte é algo que ele realmente ama.

Como atleta estrela, ele tem tantas conquistas no gelo quanto na cama, porém, em uma aula de ética começa seu problema, quando é quase reprovado. Se isso realmente acontecer ele não poderá jogar e é ai que entra Hannah Wells, a única que pode ajudá-lo a aprovar essa prova, sendo sua professora particular.

Um é o completo oposto do outro. Enquanto ele é despojado, atleta, capitão do time e tem uma líder de torcida diferente por noite, Hannah é uma estudante de música, tímida, de poucos amigos e que está focada em superar seu passado.

“Acho que você não entendeu, Wellsy. Não quero uma ligação
amorosa com você. Sei que você não tá a fim. Se isso a deixa feliz,
também não tô.”
“Isso me deixa mesmo muito feliz. Tava começando a me
preocupar que eu fosse de fato o seu tipo, e é uma ideia
aterrorizante demais de conceber.”

Então um acordo inesperado surge entre os dois (depois de muitaaaaa insistência de Garrett): ela dá aulas particulares e o ajuda a aumentar sua nota, enquanto ele finge estar saindo com ela para fazê-la chamar a atenção de um cara do campus por quem está interessada.

“Então, temos um acordo?”, arrisco.
Hannah fica em silêncio, mas quando estou prestes a perder
as esperanças, ela suspira e diz: “Tudo bem. Fechado”.

Contra todas as possibilidades, o acordo entre eles começa a funcionar e uma amizade começa a surgir.
Garrett não é o babaca que Hannah esperava, e ela não é tão tímida quanto parecia.

“É isso aí, Hannah e eu somos amigos. Na verdade, ela é a única amiga mulher que já tive. E quero continuar amigo de Hannah.”

O romance deles nasce de uma amizade, dia após dia vamos vendo seu desenvolvimento, começa com as aulas, sem perceberem já estão dividindo noite de pizza e série, é algo gostoso de ler, a confiança vai aparecendo, cumplicidade e um amor puro.

Abro os olhos lentamente e encontro Hannah aconchegada em
mim. Estou deitado de costas, os braços em volta dela, segurando-a
com força junto ao meu corpo. Não admira que meus músculos
estejam tão rígidos. Será que passamos a noite inteira assim?
Lembro de estarmos em lados opostos da cama quando peguei no
sono, tão distantes que até esperava encontrá-la no chão ao acordar.
Mas, agora, estamos emaranhados nos braços um do outro. É
gostoso.

A trama traz reflexões e assuntos pesados de maneira leve, como o passado da Hannah, uma vez que foi estuprada aos 15 anos e desde então se sente desconfortável em festas.
Porém, apesar de tudo que sofreu, ela não é aquele personagem traumatizado com homens igual vemos nas outras estórias, ela tem sim alguns problemas em decorrência do que aconteceu, mas é forte.

Garrett, por sua vez, tem que lidar com seu pai, que ao contrário do que todos pensam, não é aquele pai que vai em todos os jogos para apoiar o filho.

Apesar de ser uma história de amor o livro trata questões importantes sobre estupro e violência doméstica, mas de uma forma muito leve.

Mesmo com todos os problemas e sofrimentos dos passados de ambos, juntos eles vão superando tudo, se envolvendo mais e torcendo pelas vitórias um do outro.

“ Às vezes, as pessoas entram na sua vida e, de repente, você não sabe como foi capaz de viver sem elas antes. E já não consegue entender como vivia a vida, saía com os amigos e dormia com outras pessoas sem ter essa pessoa importante na sua vida”

Confesso que achei que seria mais um daqueles romances clichês que, não vou negar, eu amo!!!! Mas essa série é mais do que isso. É leve, rápida, sem mimimi. Me atrevo a dizer que acaba sendo voltado mais para uma comédia romântica.

É uma estória que você devora, quer saber logo o que vem depois e quando vê já terminou o livro. Eu mesma o li em uma noite!!!!!

Os livros, porque agora digo sobre a série no geral, fogem dos padrões que estamos acostumadas. Não é sobre o Badboy que se apaixona pela mulher mais improvável (para eles) da universidade, a virgem, boazinha e simples.
Tanto os homens quanto as mulheres nestes livros tratam da questão da sexualidade de uma forma muito tranquila e leve.

Eu simplesmente amei, amei, amei, amei, amei.
Recomendo para todo mundo que gosta dessa pegada mais New Adult.

Livros

3 livros para ler na quarentena

Nesse período de quarentena, nada melhor do que aproveitar um bom livro. Mas em meio a tantos títulos para escolher, fica difícil fazer a leitura de apenas um. Ao longo da quarentena aproveitei para estender minha coleção e fazer a leitura de alguns livros que ainda não tinha tido a oportunidade de ler. Dessa maneira, resolvi resolvi indicar alguns títulos e selecionei alguns livros que vocês não podem deixar de fazer a leitura durante esse tempo de pandemia/quarentena. Essa seleção foi baseada nas leituras que até o momento realizei. Vamos nos aventurar nessas histórias?

1. Sherlock Holmes – Arthur Conan Doyle

Para quem adora aventuras, dramas de investigação e entre outros conteúdos, os livros de Sherlock Holmes são ótimos para passar o tempo e dar uma de detetive e desvendar os mistérios que cercam os livros.

Esse na verdade é um box de livros que irão conter as histórias de Sherlock Holmes e seu parceiro John Watson. O box possui 4 livros que terão por exemplo os contos de Um estudo em vermelho, Os cães de Baskerville entre outros. O autor nos leva para dentro do livro e enquanto vamos lendo, vamos também investigando o mistério até que chegar a desvendá-lo.

 

Box Sherlock Holmes

 

2. Coleção Crepúsculo – Stephenie Meyer

Essa coleção é para quem é fã do sobrenatural e de romances. Essa coleção possui até o momento 4 livros, sendo respectivamente, sua ordem, Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer, e em breve será lançado um novo livro da coleção que se chama Sol da meia-noite.

Eu não poderia deixar de mencionar essa coleção, ela é minha favorita entre os livros que possuo e desde do primeiro livro lançado eu me apaixonei. Para não dar muitos spoilers e vocês terem a emoção, como eu tive, a coleção irá retratar a história de Isabella Swan e o vampiro Edward Cullen que se apaixonam perdidamente, mas entrar no mundo sobrenatural não é para qualquer um e os dois “pombinhos” terão que enfrentar muitos obstáculos para conseguir seu “Felizes para sempre”. Além disso, esses livros fizeram tanto sucesso que ganharam o direito a ter o filme contando sua história.

 

Coleção Crepúsculo

3. Para todos os garotos que já amei – Jenny Han

Faz parte de uma trilogia que possuí os títulos Para todos os garotos que já amei, P.S Ainda amo você e Agora e para sempre Lara Jean. Essa trilogia é perfeita para quem ama romance adolescente, os livros irão contar a história de Lara Jean e Peter Kavinsky que irão começar a namorar de mentira após o recebimento de uma carta escrita por Lara Jean quando criança. Mas isso é apenas o começo, não foi apenas Peter que recebeu aquela carta. O que será que vai acontecer com esses dois e seu namoro? Só lendo para descobrir o final dessa história.

Então, esses foram os três livros/coleções que eu realizei a leitura e quis compartilhar e indicar para vocês. Espero que se emocionem com eles, tanto quanto eu me emocionei e me apaixonei.

Boa leitura a todos e se cuidem nesse período de quarentena!

malba tahan
Livros, Resenhas

Resenha: Os melhores contos, Malba Tahan

Os melhores Contos, de Malba Tahan, foi uma surpresa para mim. Peguei para ler emprestado, sem pretensão alguma, só com a vontade de ler algo diferente, e acabou sendo uma experiência incrível.

“Quantos homens há, no mundo, que, preocupados em levar o mal a seus semelhantes, se esquecem do bem que podem trazer a si mesmos?”

Mas antes de contar mais sobre o livro, é interessante conhecer mais sobre o autor.

Malba Tahan nasceu em maio de 1885 na aldeia de Muzalit. Ainda jovem, foi nomeado prefeito de El Medina, quando exerceu o cargo com muita sabedoria. Seguiu seus estudos por Constantinopla e Cairo até receber uma herança de seu pai aos 27 anos e resolver viajar pelo Japão, Rússia e Índia, observando a cultura destes povos e aprendendo com eles. Morreu em 1921, em uma batalha pela liberdade de uma minoria da região da Arábia Central.

Mesmo com uma biografia aparentemente convivente, Malba Tahan nunca existiu. Esse pseudônimo, bem como a biografia, foram criados por Júlio César de Mello e Souza, um professor de matemática, escritor e pedagogo brasileiro, por pensar que não teria tanto destaque um brasileiro escrevendo contos árabes.

Júlio estudou a fundo a civilização árabe, e depois de produzir alguns textos, apresentou eles a Irineu Marinho, um dos fundadores do jornal A noite, quando disse ser um trabalho escrito por Malba Tahan, um escritor árabe, e apenas traduzido por ele. As obras de Malba Tahan se popularizaram pelo Brasil, sendo reconhecidas até pelo então presidente, Getúlio Vargas.

Como o nome já denuncia, se trata de uma antologia com diversos contos, que trazem histórias de diferentes lugares, como: Marrocos, Índia, Síria, Pérsia, Roma, dentre outros, e possuem diferentes vieses culturais e religiosos. Há lendas hindus, cristãs, chinesas, árabes. Em todos os contos, há ao final uma lição muito enriquecedora.

Acostumados com a literatura ocidental, muitas vezes tendemos a ignorar e até mesmo subestimar a cultura oriental, ou lembrar apenas de “As mil e uma noites”, o que limita nossa percepção e de certo modo não ajuda na luta contra a xenofobia (não vamos esquecer dos programas humorísticos que satirizam “o homem bomba”).

Me abrir para conhecer a sabedoria milenar desses povos, conhecer uma cultura tão diferente da minha e aprender essas lições passadas geração após geração foi uma experiência maravilhosa, que eu recomendo fortemente. E também é incrível saber que um brasileiro se preocupou em se aprofundar, e trazer para os livros uma cultura tão rica.

Para saber mais: https://www.malbatahan.com.br/

Livros, Resenhas

Resenha: Apenas Amigos, Christina Lauren

Sinopse:
Holland Bakker foi salva de um ataque no metrô pelo musicista irlandês Calvin McLoughlin. Como agradecimento, Holland o apresenta a um grande diretor de musicais e o que era uma tentativa despretensiosa se transforma numa chance inimaginável, pois, antes mesmo de perceber, Calvin foi escalado para um grande musical da Broadway! Ou quase… Até admitir que seu visto de estudante expirou e ele está no país ilegalmente. Sem titubear, e com uma paixão crescente pelo rapaz que só ele ainda não percebeu, Holland se oferece para casar com o irlandês a fim de mantê-lo em Nova York. Conforme a relação dos dois se desenrola de “apenas amigos” a ”casal apaixonado”, Calvin se torna o queridinho da Broadway. No meio de tanto teatro e do gostar-sem-se-envolver, o que fará esse casal perceber que há muito amor verdadeiro em cena?

Definitivamente uma das leituras mais fáceis e divertidas que tive até agora, Apenas Amigos é o típico romance clichê americano de um casamento arranjado para conseguir um greencard.

Tudo começa quando a jovem Holland, que é formada em escrita criativa mas trabalha com seu tio no teatro, mora na cidade de Nova York e se ‘apaixona’ por um músico em uma estação de metrô. Ela vive arranjando desculpas para vê-lo, como mudar sua rota para o trabalho e andar mais quadras somente para ver seu crush secreto, a quem ela nunca dirigiu a palavra.

No dia que ela finalmente toma coragem (literalmente toma coragem líquida) para falar com ele, acontece um acidente que a faz parar no hospital, e ninguém menos do que ele, o irlandês Calvin a socorre, mas não de uma maneira muito convencional.

De qualquer maneira, destino ou não, seu tio Robert, que trabalha na Broadway, precisa urgentemente de um violinista para seu musical. Então, a ideia surge e como forma de agradecimento por tê-la salvo no outro dia, Holland decide apresentar Calvin a ele como forma de agradecimento.

Calvin tem um talento indiscutível e todos se encantam com ele, porém há um problema, ele não pode aceitar o trabalho de seus sonhos porque é um cidadão vivendo ilegalmente nos Estados Unidos.

“Sou aquela garota sardenta, com meias-calças desfiadas, desastrada, que vive espirrando o café no decote da blusa, aquela mesma que esbarra em todo mundo com uma câmera na mão. Calvin, por outro lado, desliza com graça para dentro e fora de qualquer espaço, e já foi comprovado que ele consegue comer salada sem sujar o rosto.”

Então, seguindo a sugestão de um colega de trabalho, ela procura o músico e faz uma proposta um tanto quanto inusitada, que eles se casem e entrem com o pedido do visto. A proposta é que fiquem juntos por um ano, depois cada um segue o seu caminho.

“Pró: ele é lindo. – (…) – Vamos começar por aí.
Contra: Essa ideia tem vários tons de ilegalidade.”

“Um gesto como esse me dá a sensação de que estamos fazendo isto Até Que A Morte Nos Separe, quando na verdade é apenas Até Que As Cortinas se Fechem”.

O livro traz uma jornada de amor de vários âmbitos diferentes, desde o amor a família, o amor a música, o amor próprio e ao autoconhecimento.

“É uma carta de amor – não dá pra negar – mas a coisa mais estranha é que tenho certeza de que essa carta de amor é para mim mesma.”

Apenas Amigos é aquele tipo de livro que você senta para ler e só consegue ir dormir depois que o termina. Apaixonante, romântico, clichê e lindo.

Tem sua trama envolvente e confesso que queria um Calvin para mim hahaha.

Mais uma obra de Christina Lauren que todos deveriam ler.

Livros

5 livros nacionais que merecem sua atenção

Em meio a tantas possibilidades é óbvio que fica difícil dar a devida atenção a uma quantidade muito grande de livros, e pensando nisso que eu resolvi indicar aqui cinco obras de autores nacionais que você precisa URGENTEMENTE ler.

Começando com um que eu raramente ouço as pessoas falarem sobre: “Psicopatas do coração – Vanessa de Oliveira”. A escritora conta sobre o momento em que acreditava ter encontrado o homem dos seus sonhos mas, em uma reviravolta digna de filme, descobre toda a falsidade e podridão que havia por trás… Tudo isso contado em uma linguagem super acessível!

Cinco Júlias – Matheus Souza

É provavelmente o mais conhecido da lista e merecidamente. Em seu livro de estreia Matheus apresenta cinco meninas, que são gente como a gente, e que por coincidência do destino possuem nomes iguais mas personalidades totalmente distintas. A trama acompanha elas após o momento em que às mensagens trocadas por todo o mundo (ISSO MESMO, TODO MUNDO) são vazadas e ficam acessíveis para qualquer um na internet, causando uma reviravolta na vida de todos! A obra além de vir repleta de representatividade também trás boas reflexões sobre a adolescência.

Horror na colina de Darrington – Marcus Barcelos

Esse é um daqueles livros que você lê despretensiosamente e acaba tendo uma surpresa agradável… O livro por si só é bem curtinho e segue um ritmo parecido com o de um filme, o que se torna bem agradável para quem quer uma leitura rápida. A história retrata a saída do adolescente Benjamin do orfanato em que morou na sua infância para poder ajudar parentes que enfrentam um momento difícil, o que ele não sabia era que em uma madrugada as coisas iriam mudar drasticamente e ele viveria um realidade digna de ser chamada de pesadelo. A obra é um terror bem levinho, perfeito para quem quer iniciar no gênero, além de que a edição é linda e com umas ilustrações incríveis a cada capítulo.

Nova Jaguaruara – Mauro Lopes

Eu fico extremamente INDIGNADA que às pessoas não comentem sobre esse livro a cada segundo. Na estória, Mauro retrata uma cidade fictícia no interior do Ceará que por um minuto, a meia noite, sofre um apagão misterioso. Com a chegada de Vicente e sua equipe ao local em busca de estudar o terreno para a colocação de torres de energia eólica, o único aviso que eles recebem é para se manterem longe da igreja abandonada na estrada que leva a cidade… Aviso esse que não é o suficiente para manter os mesmos fora de problemas. Esse foi um dos primeiros livros de suspense que realmente me deixou apreensiva por um tempo, é uma daquelas leituras que te prendem e você só consegue largar quando termina. A única desvantagem é que ainda não existe uma publicação física da obra.

E por último mas não menos importante, o motivo de todo o meu choro compulsivo no transporte público, na sala de aula, no dentista e encolhida no canto do quarto “Feitos de sol – Vinícius Grossos: romance LGBT de aquecer qualquer coração. Trás a história de Cícero e Vicente que acabam se conhecendo por acidente enquanto estavam em busca da última edição de uma revista em quadrinho que tanto queriam. Acreditando que o mundo acabaria no final da década de noventa, ambos resolvem se aventurar por aquilo que querem e saem juntos em busca da tão sonhada última edição, conhecendo a si mesmos, ao outro e se aproximando a cada novo dia. Esse livro deixa questionamentos sobre crenças, a adolescência, as dificuldades da auto descoberta e trás consigo uma gostosa nostalgia dos acontecimentos dos anos 90.

Todos esses livros são leituras que eu fiz e resolvi indicar porque me marcaram de alguma forma, espero que se interessem e apreciem eles tanto quanto eu!

Livros, Resenhas

Resenha: Verity, Colleen Hoover

O amor é capaz de superar a pior das verdades? Verity Crawford é a autora best-seller por trás de uma série de sucesso. Ela está no auge de sua carreira, aclamada pela crítica e pelo público, no entanto, um súbito e terrível acidente acaba interrompendo suas atividades, deixando-a sem condições de concluir a história… E é nessa complexa circunstância que surge Lowen Ashleigh, uma escritora à beira da falência convidada a escrever, sob um pseudônimo, os três livros restantes da já consolidada série. Para que consiga entender melhor o processo criativo de Verity com relação aos livros publicados e, ainda, tentar descobrir seus possíveis planos para os próximos, Lowen decide passar alguns dias na casa dos Crawford, imersa no caótico escritório de Verity – e, lá, encontra uma espécie de autobiografia onde a escritora narra os fatos acontecidos desde o dia em que conhece Jeremy, seu marido, até os instantes imediatamente anteriores a seu acidente – incluindo sua perspectiva sobre as tragédias ocorridas às filhas do casal. Quanto mais o tempo passa, mais Lowen se percebe envolvida em uma confusa rede de mentiras e segredos, e, lentamente, adquire sua própria posição no jogo psicológico que rodeia aquela casa. Emocional e fisicamente atraída por Jeremy, ela precisa decidir: expor uma versão que nem ele conhece sobre a própria esposa ou manter o sigilo dos escritos de Verity?
“Distintamente sinistro, com um verdadeiro toque de [Colleen] Hoover. Estive esperando um thriller como esse por anos.” – Tarryn Fisher, coautora da série Nunca Jamais

Diferente das outras obras de Colleen Hoover, ela traz Verity como um suspense que realmente te prende do começo ao fim.

Já digo de inicio que Colleen Hoover é minha escritora preferida de todos os tempos e essa obra devorei em 3 horas. Na minha opinião, por ter escolhido esse gênero e o modo como narrou a estória foi sua obra mais distinta.

O livro é dividido entre duas protagonistas, por um lado temos Verity Crawford, que é quem rouba a cena e dá o nome ao livro. Verity é mostrada através do manuscrito da sua dita autobiografia, através de comentários do seu marido Jeremy, através dos olhos de Lowen e o que ela pensa da autora depois de tudo que leu… Ainda assim, Verity é uma personagem que vai te instigar do início ao fim.

Por outro lado temos Lowen Ashleigh, uma escritora de romances de suspense que vive em Nova Iork mas que é o completo oposto da cidade, é quieta e na dela, quase não sai de casa, não dá entrevistas e não gosta de visibilidade.

A vida das duas protagonistas se cruzam no momento que Jeremy, marido de Verity, procura Lowen para que a mesma termine como Co-Autora a série de livros de sua esposa, que sofreu um grave acidente.

Lowen é convidada a ir a casa de Jeremy e Verity para trabalhar no escritorio da escritora, para entender seus manuscritos e começar a dar vida aos próximos três livros da série, e é ai que ela acha a então “biografia” de Verity Crawford.

A estória é narrada em primeira pessoa por Lowen e há os capítulos da autobiografia de Verity, narrados por ela. A narrativa deste livro é de uma inteligência e ousadia que poucos autores possuem.

E aqui é onde isso fica real. As entranhas da minha autobiografia. Esse é o ponto em que outros autores melhorariam suas imagens, em vez de se lançarem em uma máquina de raio-x.

Mas não há luz para onde estamos indo. Este é seu último aviso.
Escuridão à frente.

Quanto mais tempo Lowen passa na casa dos Crawford mais ela e Jeremy vão se aproximando, e é ai que coisas estranhas começam a acontecer.

Passei a maior parte da minha vida não confiando em mim durante o sono. Agora estou começando a não confiar em mim mesmo quando estou acordada.

Verity é uma obra que possui cenas muito gráficas e incômodas, principalmente no que se refere a assuntos relacionados à maternidade. É de revirar o estômago algumas cenas e igual a Lowen eu também tinha que parar de ler o livro e respirar um pouco. Esse é um daqueles livros que quanto menos a gente souber, melhor.

Diversas vezes me arrepiei e pensava em como um ser humano poderia agir de tal maneira, a presença de Verity traz calafrio, suas palavras não são necessárias, tudo o que ela queria dizer está escrito em sua autobiografia, e são essas as partes mais perturbadoras da estória.

Tanto como Verity é a alma do livro, Lowen também é uma personagem muito complexa, ela sofre de sonambulismo e diversas vezes questiona sua própria sanidade. E digo que nós, leitores, também questionamos sua sanidade quando aqueles acontecimentos misteriosos apareciam. Será que eram só na cabeça de Lowen? Ou ela estava sendo sugestionada pela biografia de Verity?

Mas quem assiste as vezes Investigação Discovery sabe muito bem que poderia ser verdade o que Lowen via.

Também há outro personagem que é raro e traz uma desconfiança, Jeremy Crawford. Ele é aquele tipo de personagem bom demais para ser verdade… Pai amoroso, marido paciente. se por um lado eu queria confortá-lo por tudo o que ele já havia sofrido, por outro eu queria confrontá-lo. Teria ele algo a ver com o acidente de Verity? Sua devoção à esposa é culpa ou amor incondicional?

A obra apresenta Crew, de 5 anos, filho de Jeremy e Verity que conversa com a mãe… mas a mãe não fala… então será que ele só imagina que está conversando com ela? Ele é bem assustador as vezes.

E fica em aberto a enfermeira de Verity que logo de cara não gosta de Lowen, mas essa foi uma personagem que não consegui interpretar.

Somos capazes de separar a realidade da ficção de tal forma que parece que vivemos em dois mundos, mas nunca os dois mundos ao mesmo tempo…

Se disser qualquer coisa a mais entra em spoilers então eu fico por aqui com vocês.

Eu realmente ainda não sei o que pensar desse livro, o final ainda tá na minha cabeça assim como todo o resto da história, ela conseguiu jogar direitinho comigo, acabei não chegando a uma conclusão sobre o que eu acho que realmente aconteceu, mas gostaria de pensar que uma pessoa não possa fazer tantas maldades.

Insano, dúbio, intenso, frio, impiedoso, arrebatador. Verity mostra um outro lado da criatividade de Colleen Hoover, como todos os livros dela, esse também me deixou com uma ressaca literária.

Acredito que muita gente abandone a história, pela forma que ela conduz e descreve alguns temas e situações, que são difíceis de digerir realmente, mas a minha dica é que não abandone, por mais que seja impactante, porque o final vai te surpreender.