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As melhores frases de Psicologia do Bolsonarismo: Por que tantas pessoas se curvam ao mito?
Marcelo Camargo
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As melhores frases de “Psicologia do Bolsonarismo: Por que tantas pessoas se curvam ao mito?”

O que leva tantas pessoas a se curvarem diante de um “líder” político numa cega devoção e em total idolatria? Essa é uma pergunta que foi feita muitas vezes na história humana. No Brasil contemporâneo, com a chegada ao poder da religião do bolsonarismo essa se torna mais uma vez uma questão política urgente. Mas também, principalmente, uma questão psicológica do maior interesse. Como explicar a subserviente e satisfeita adoração do “gado do cercadinho” a seu “mito”?

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A questão ganha um interesse propriamente psicológico, dado que o “líder” do bolsonarismo em questão, o “mito”, não apresenta nenhuma das qualidades tradicionalmente reconhecíveis como dignas de alguma idolatria: não é particularmente inteligente, não tem o “dom da palavra”, não é um vitorioso chefe militar, não expõe uma vida exemplar no caminho sacerdotal-religioso, não apresenta grandes projetos – ilusórios que fossem – nem de dominação internacional, nem de desenvolvimento nacional. Como explicar, então, seu tão intenso poder de atração?

Em nome da seita do bolsonarismo os fiéis atacam amigos e familiares; defendem com a mesma veemência discursos contraditórios; aderem a projetos sociais e econômicos que contrariam seus próprios interesses; dispensam resultados concretos em termos de melhorias econômicas ou estruturais para manter acesa a chama da sua fé; e em tempos de pandemia, entregam-se voluntariamente à morte, sacrificando-se pela palavra do “mito” – entre tratamentos precoces mortíferos e o desprezo completo por qualquer precaução (da máscara à vacina).

Como explicar que seus parentes, amigos e vizinhos que talvez em outros momentos tenham te tratado com a devida cordialidade se voltem agressivamente contra você ao perceber que você não compactua com as ideias do “mito”? Como explicar que pessoas muito bem formadas em nossas universidades – professores, engenheiros, advogados – recusem vacinas, acreditem em versões alternativas delirantes da História do Brasil e do mundo e tomem as fake news mais toscas como as mais puras realidades? Como explicar que médicos rejeitem vacinas e invistam em medicamentos que os próprios laboratórios fabricantes (haveria alguém mais interessado em promovê-los?) já desacreditaram para o tratamento da covid?

São essas as intrigantes questões que o Doutor em Filosofia Diogo Bogéa investiga em seu novo livro. Com base em teorias psicanalíticas de Freud e MD Magno e um vigor nietzschiano, Bogéa, que é professor de Filosofia e Psicanálise da UERJ, faz uma original abordagem do bolsonarismo sob o ponto de vista psicológico.

Melhores frases de “Psicologia do Bolsonarismo: Por que tantas pessoas se curvam ao mito?”

“O fundamento psíquico de todo autoritarismo político é a projeção da fantasia de onipotência em um ser-humano supostamente especial.”

“(…) como os cristãos costumam lidar com a “providência divina”. Se alguém sofre um terrível acidente automobilístico, sofre graves ferimentos, passa meses de complicadíssima recuperação em um hospital, mas sai vivo da experiência, diz-se: ‘foi Deus que te salvou! Graças a Deus!’. Mas jamais se atribui a Deus – o governante supremo de todas as coisas – o próprio acidente e seus incômodos efeitos.”

“A identificação com o líder é sempre narcísica. No primeiro caso, uma espécie de narcisismo projetivo: aquilo que me falta, o ‘ideal de eu’ ao qual estou bem longe de corresponder na realidade está lá, neste outro que o encarna com perfeição. No segundo caso, um narcisismo mais propriamente especular: aquelas características que julgo possuir e das quais muito me orgulho e vanglorio em eterna autocomplacência estão também justamente lá, neste outro que se candidata a ser meu líder, só que nele essas características estão elevadas à enésima potência.”

“Bolsonaro é do segundo tipo. Ele é o que os brasileiros são. Numa lente de aumento.”

“O ‘brasileiro médio’ gosta de hierarquia, ama a autoridade e a família patriarcal, condena a homossexualidade, vê mulheres, negros e índios como inferiores e menos capazes, tem nojo de pobre, embora seja incapaz de perceber que é tão pobre quanto os que condena. Vê a pobreza e o desemprego dos outros como falta de fibra moral, mas percebe a própria miséria e falta de dinheiro como culpa dos outros e falta de oportunidade. Exige do governo benefícios de toda ordem que a lei lhe assegura, mas acha absurdo quando outros, principalmente mais pobres, têm o mesmo benefício.”

“Por isso não basta perguntar como é possível que um Presidente da República consiga ser tão indigno do cargo e ainda assim manter o apoio incondicional de um terço da população. A questão a ser respondida é como milhões de brasileiros mantêm vivos padrões tão altos de mediocridade, intolerância, preconceito e falta de senso crítico ao ponto de sentirem-se representados por tal governo.”

“Bolsonaro não está lá “apesar” de todas as atrocidades que diz e representa. Ele está lá por causa de todas as atrocidades que diz e representa.”

​”Questionar a proibição produz liberdade. Mas liberdade, como bem dizem os existencialistas, traz consigo também uma boa dose de angústia.”

“A verdade é que mesmo as classes médias mais bem estabelecidas, com seus salários mensais de 5 a 10 mil reais, ainda se encontram matematicamente muito mais próximas dos 900 reais mensais do salário mínimo do que dos mais de 170 mil mensais dos verdadeiramente ricos.”

“Em nossas fantasias, imaginamos voltar ‘lá’ naquele ‘ponto-chave’ da nossa história com a cabeça de hoje a fim de corrigi-lo! Mas ora, só temos a ‘cabeça de hoje’ porque aquilo aconteceu como aconteceu.”

“​Negar, portanto, uma pequena circunstância que seja do nosso passado, fazer o exercício imaginário de ‘consertar’ um evento do nosso passado, é negar inteiramente quem somos hoje, é negar nosso eu real em nome de um eu ideal.”

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Resenha: O rei perverso, Holly Black
Beco Literário
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Resenha: O rei perverso, Holly Black

Quando eu acabei de ler O príncipe cruel, eu quase subi nas paredes para ter O rei perverso em mãos. O livro acaba de uma forma que se você não tiver o próximo, você morre de ansiedade. E foi isso que aconteceu comigo.

+ Resenha: O príncipe cruel, Holly Black

O rei perverso chegou para mim numa sexta-feira. No sábado, eu passei o dia inteiro lendo. Antes de ler “O povo do ar” eu estava com uma ressaca literária imensa de livros de fantasia que foi curada pela saga. O livro começa pouco tempo depois do final do anterior. Jude Duarte agora é a mão por traz do reinado de Cardan. Como sua senescal, ela manda e desmanda, usando o então, inimigo mortal, como fantoche por um ano e um dia.

Você precisa ser forte o suficiente para golpear e golpear de novo sem se cansar. Vai doer. Mas a dor fortalece.

Ela achou que seria fácil agora que o pior passou. Mas, a jornada que ela aprende agora é que o poder é muito mais fácil de conseguir do que de manter. Nem preciso dizer que sentei para ler o livro e terminei em uma tacada só. É completamente impossível de parar.

Nós conseguimos poder tomando-o.

Cinco meses já se passaram, e ela não conseguiu fazer nada além de dar algumas ordens banais ao rei. Se quiser guardar o trono para seu irmão, Jude precisará pensar, e rápido, num plano para fazer Cardan se curvar a ela por mais tempo. Mas ter qualquer influência sobre o Grande Rei de Elfhame parece uma tarefa impossível, principalmente quando ele faz de tudo em seu poder para humilhá-la e prejudicá-la, mesmo que seu fascínio pela garota humana permaneça intacto. E é nessa parte que a gente começa a surtar: porque sim, tem cena de romance entre Jude e Cardan!

Te odeio tanto que às vezes não consigo pensar em outra coisa.

Eu gosto dos livros da Holly Black porque, apesar do romance existir, ela não deixa de lado as questões políticas para narrar histórias de amor, algo que vejo muito presente em livros da Cassandra Clare, por exemplo. Aqui, o romance faz parte da política. Jude e Cardan desejam um ao outro, mas também desejam poder. E eles são capazes de se beijarem, de transarem, de se entregarem ao instinto sempre pensando em um bem maior: subjugar um ao outro.

Mate-o antes que ele faça você amá-lo.

Os conflitos com Orlagh e todo o reino submarino também é um ponto importante neste livro. Aqui, entendemos melhor como funciona o poder da terra do Grande Rei de Elfhame e como são os domínios da rainha submarina. Um triângulo amoroso entre Jude-Cardan-Nicasia também parece se formar, já que, Orlagh dá um ultimato: Cardan precisa se casar com Nicasia, caso contrário, haverá guerra. E todos sabem que o povo submarino é unido, mas o povo da terra, dividido entre cortes Seelie e Unseelie, não são tão unidos assim e são facilmente manipuláveis.

Eu imagino o que teria acontecido se eu tivesse admitido que não consegui tirá-lo da cabeça.

Mas, se Cardan se casa com Nicasia, Orlagh e sua dinastia passam a ter o controle total de Elfhame, terra e água. E isso não é interessante.

O rei perverso é um livro de transição entre o início e fim de uma saga, portanto, de leitura rápida. É um livro que faz a gente se aprofundar um pouco mais dentro da história sem trazer grandes acontecimentos significativos como o primeiro, que tem tronos roubados, chantagens e batalhas intensas. Mas, não me entenda mal, porque isso nem de longe faz a série esfriar, muito pelo contrário. Os jogos políticos ganham um destaque maior com pessoas envenenando, encantando e ludibriando umas as outras, como só o povo feérico consegue fazer.

Agora me beije como se eu fosse Cardan.

E, como se não bastasse, alguém que a gente menos espera trai Jude. Eu chorei quando descobri a traição, vou confessar. E é somente no capítulo trinta, no último, que o título O rei perverso faz total sentido. Holly Black brinca com os nossos sentimentos. Vou explicar melhor no último parágrafo, com spoiler, após o Beconomize. Leia por sua conta e risco.


PARÁGRAFO DE SPOILERS, PARE DE LER AQUI SE NÃO QUISER PEGAR INFORMAÇÕES IMPORTANTES DO ENREDO!

Certo, a gente sabe que a Jude precisa ampliar o seu poder sobre Cardan. E ele não quer porque está gostando do trono e isso é previsível no enredo. Mas o que me deixou gritando sozinho é quando, nos meados dos últimos capítulos, Cardan pede Jude em casamento, transformando-a em Rainha de Elfhame, só para bani-la ao mundo mortal algumas páginas depois. Sério, Holly Black!!!!!! Isso deveria ser crime?

Eu já estava doido da cabeça achando que o enredo de enemies-to-lovers estava fechado, quando plau, Cardan pune Jude, perante Orlagh, pelo assassinato de Balekin a viver no mundo mortal até segunda ordem. Caso ela desobedeça e pise no mundo das fadas, morrerá imediatamente. E a gente sabe que a Jude tem horror ao mundo mortal.

Doce Jude. Você é a minha melhor punição.

Dessa vez, Rainha do Nada já está me esperando na estante e mal posso esperar para entender como vai ser o fim de O Povo do Ar, porque nem nos meus sonhos mais confusos eu poderia imaginar algo assim.

FIM DOS SPOILERS.


Chega às lojas o desfecho da aclamada trilogia de Nora Roberts
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Chega às lojas o desfecho da aclamada trilogia de Nora Roberts

Conhecida como a rainha do romance mundial, Nora Roberts estreou na Editora Planeta no Brasil em 2022 com a publicação de O despertar, primeiro volume da trilogia Legado do Coração de Dragão e na sequência teve A transformação lançada. Agora a editora prepara a publicação de A escolha, livro que marca o desfecho da série de Nora Roberts, que é uma das mais lidas da história com 400 milhões de exemplares vendidos.

+ Novo livro de FML Pepper brinda o empoderamento feminino com uma heroína forte e marcante

Após a derrota de Odran na Batalha do Portal da Escuridão, seu plano de tomar Talamh foi interrompido – por enquanto. Mas as consequências do terrível embate abalaram a todos. Breen tem que lutar contra a dor e o luto enquanto se dedica a ajudar os feridos e a trazer os que caíram na batalha de volta para suas famílias.

Depois que o inimigo foi expulso e o portal fechado, é possível parar um pouco para recuperar as forças. Mas o descanso não dura muito e logo bruxas inimigas começam a aparecer nos sonhos de Breen, praticando magia sombria, sacrificando inocentes e planejando destruição total.

Ao lado de Keegan e de todo o reino de Talamh, Breen deve ir ao encontro de todos que precisam de sua ajuda, e combater as forças sombrias com todas as armas que possui: sua espada, sua magia e, acima de tudo, sua coragem. Uma batalha épica se aproxima. E Breen Siobhan não pode se dar ao luxo de perder.

Novo livro de FML Pepper brinda o empoderamento feminino com uma heroína forte e marcante
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Novo livro de FML Pepper brinda o empoderamento feminino com uma heroína forte e marcante

Somando mais de 15 milhões de leituras nas plataformas digitais e 150 mil livros vendidos da saga Não pare!, a escritora mineira FML Pepper retorna às livrarias com a obra Deusa de sangue, mais recente título de ficção juvenil lançado pela coleção Planeta Minotauro, que estreia a nova série de livros da autora. Na trama, Pepper apresenta Unyan, um lugar onde as mulheres têm a sorte e o futuro determinados pela menarca.

Classificadas em castas identificadas pela cor das vestimentas, a jovem Nailah é uma branca, pois ainda não menstruou. Prestes a completar 18 anos, a garota está com os dias contados já que não teve o primeiro sangramento e não pode mudar de classe, o que a tornaria apta a se casar. Lutando pela própria sobrevivência, Nailah se vê dividida entre ceder à proposta indecente de um nobre fora dos padrões ou obedecer aos clamores de uma figura sem rosto que a persegue em sonhos a intimando que se liberte.

Em meio ao cenário de domínio e opressão, Nailah emerge para romper com os dogmas e paradigmas, em busca de uma profunda mudança nessa sociedade cruel que limita e subjuga mulheres. Corajosa e determinada, a menina guerreira precisará se rebelar contra um castigo divino, uma profecia de luz e um amor condenado desde o início para, enfim, entender e aceitar que existe luz e trevas dentro de cada um.

Na realidade heterotópica de Deusa de sangue, FML Pepper tece uma crítica sutil a padrões, costumes e uma sociedade fundamentalmente patriarcal. Marca registrada da autora, a obra é um romance repleto de fantasia e reviravoltas, trazendo os elementos que uma verdadeira Rainha da Fantasia Romântica pode oferecer: vilões enigmáticos, protagonistas fora dos padrões, jornadas épicas e – claro – amores impossíveis!

TRECHOS DO LIVRO

“O curadok balança a cabeça, não responde. Meu futuro glorioso, aquele que ele mesmo disse ser certo e cristalino, transformou-se em um labirinto sem saída. Afundo o rosto nas mãos. Garotas miúdas e mais novas já sangraram e, como prêmio, puderam participar da Cerimônia de Apreciação uma, duas e até mesmo pela terceira vez enquanto eu – enorme desse jeito – ainda estou assim, aqui!”

“Todas as mulheres nascem com este sonho do príncipe encantado que tem prazo de validade para se realizar: três anos. Se uma garota não for escolhida por um aristocrata em uma das três temporadas após seu sangramento, será o fim do conto de fadas e o triste retorno ao caldeirão do inferno da vida real.”

“E, em meio ao rodopiar atordoante, algo se expande em minha mente, reluzente, absurdo, mortal… Uma ideia! Aquela que me conduziria para um caminho sem volta. Estremeço por inteira. Para colocá-la em ação, coragem apenas não seria suficiente. Eu precisaria me tornar aquilo que sempre me gerou pavor…”

Atualidades no Enem: 10 obras para se preparar para as provas
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Atualidades no Enem: 10 obras para se preparar para as provas

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) costuma apresentar questões importantes para a sociedade. O candidato que vai prestar o exame precisa ter conhecimento sobre os temas em evidência, seja no Brasil ou no restante do mundo.

De acordo com o professor de Língua Portuguesa, Literatura e Redação do Colégio Positivo – Londrina, Mateus Fernando de Oliveira, é fundamental se manter atento aos acontecimentos da atualidade. “Fatos que se transformam em notícias ou problemas políticos, econômicos e sociais enfrentados pela sociedade são sempre fortes candidatos a surgir nas provas. Os estudantes que se preparam para os vestibulares e para o Enem devem estar sempre acompanhando o que acontece no mundo e aprofundando o repertório cultural e social por meio da leitura”, afirma Mateus.

Para ajudar aqueles que vão prestar o Enem este ano e querem aumentar o conhecimento sobre atualidades, o professor preparou uma lista de autores e obras que podem contribuir para a formação cidadã e o desenvolvimento da capacidade crítica dos estudantes.

  1. Ideias para adiar o fim do mundo – Ailton Krenak

O livro do filósofo, ambientalista e líder indígena traz uma série de reflexões sobre ancestralidade e valorização dos povos originários do Brasil, que pode cair no Enem. Krenak questiona o desenvolvimento moderno e a humanidade, além de ajudar na desconstrução do preconceito estrutural existente contra os povos indígenas.

  1. A Civilização do Espetáculo: uma radiografia do nosso tempo e da nossa cultura – Mario Vargas Llosa

O escritor peruano, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, apresenta reflexões profundas sobre arte e cultura, passando pela banalização das artes e da literatura, pelo triunfo do sensacionalismo na comunicação social e as frivolidades da política.

  1. E se Obama fosse africano? – Mia Couto

A obra é um compilado de intervenções do escritor moçambicano sobre corrupção, autoritarismo, ganância, ódio racial e religioso; os artigos são quase todos transcrições de palestras proferidas pelo autor na África, Europa ou Brasil. Apesar da visão dura com determinados temas, Mia destaca também a riqueza das culturas locais e do vigor artístico, sobretudo do continente africano.

  1. 21 lições para o século XXI – Yuval Noah Harari

O celebrado professor de História e escritor israelense traz lições que envolvem os desafios mais proeminentes da atualidade: guerras nucleares, cataclismos ambientais, epidemias, fake news, ameaças de terrorismo e tantos outros.

  1. Tudo sobre o amor – Bell Hooks

A teórica e ativista antirracial americana procura elucidar o que é de fato o amor, tanto nos relacionamentos amorosos quanto nas amizades e entre familiares, apontando o amor como uma ação transformadora na contemporaneidade.

  1. Pequena Coreografia do Adeus – Aline Bei

Uma narrativa sobre o quanto a escrita pode se tornar um refúgio e alento em meio a um ambiente familiar marcado por constantes brigas e carência de afeto.

  1. Canção para ninar menino grande – Conceição Evaristo

A intelectualidade e genialidade de Conceição Evaristo trazem neste livro um mosaico afetuoso de experiências negras, principalmente no que se refere às masculinidades insurgentes no contexto brasileiro.

  1. Flores da Batalha – Sérgio Vaz

O livro de poemas expõe as dificuldades no cotidiano dos trabalhadores e dos menos favorecidos no Brasil. A obra reaviva sonhos e atualiza o que Mário de Andrade clamava em 1924 de “Brasil com alma”, afinal, o brasileiro tem uma alma feita de sonhos e de lutas.

  1. O despertar de tudo – David Graeber e David Wengrow

Neste livro, os autores propõem uma nova história da humanidade, questionando tudo o que se conhece até aqui, desde o desenvolvimento da agricultura e das cidades até as origens do Estado, da democracia e das desigualdades. Uma obra revolucionária, que oferece uma nova perspectiva de humanidade para o leitor.

  1. Pequeno Manual Antirracista – Djamila Ribeiro

Breves lições para compreender o racismo estrutural e sua propagação no Brasil. Um manual que apresenta caminhos para reflexão, para que o leitor possa combater o racismo e a naturalização de práticas racistas.

'Gay e Trambiqueiro': Livro de ficção traz protagonista no papel de "tio de primeira viagem"
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‘Gay e Trambiqueiro’: Livro de ficção traz protagonista no papel de “tio de primeira viagem”

Dramas familiares e temas delicados não são novidade quando unidos na literatura. Mas fazer essa mistura adicionada a uma dose perfeita de bom-humor, é tarefa para poucos autores. Foi assim, com ousadia e muito talento que Felipe Fagundes escreveu “Gay de Família”, história que mescla debates importantes embrulhados em um bom humor que nos faz rir com os olhos ainda marejados. A obra chega às livrarias através da editora Paralela, selo pertencente ao Grupo Companhia das Letras. A história, inclusive, já teve seus direitos negociados para virar filme.

“Gay de Família” nos apresenta Diego, protagonista da trama. Diego espera tudo de ruim dos próprios parentes, mas tudo mesmo. Que o pai tenha uma segunda família. Que a mãe comande um esquema de tráfico humano. Que o irmão lave dinheiro. Por serem versados em todos os crimes do manual da família tóxica, Diego decidiu ser gay bem longe deles. E tudo vai muitíssimo bem, obrigado.

“De zero a dez na Escala Gay, esse livro é um mil. Absolutamente hilário” ― Pedro Rhuas, autor de ‘Enquanto eu não te encontro’, sobre o livro

Porém, às vésperas de uma viagem aguardadíssima com amigos, seu irmão aparece implorando por um favor: que Diego seja babá dos três sobrinhos por um final de semana, crianças com as quais ele nunca conviveu. De olho na grana que o irmão promete pagar e acreditando piamente no seu potencial como tio, ele aceita a proposta sem imaginar que os pequenos são, no mínimo, peculiares.

O que a princípio parece moleza, mesmo envolvendo uma gata demoníaca, um amigo imaginário e um porteiro potencialmente sádico, acaba se revelando um desafio quando Diego percebe que terá que revirar seus sentimentos e provar que pode dar conta do recado, sem perder o rebolado que apenas um tio gay é capaz de manter.

O livro também critica a noção de que a convivência entre gays e crianças se restringe a casos de abuso ou pedofilia, como infelizmente muito se mostra na mídia. Pessoas LGBT+ e os pequenos podem, sim, a exemplo do livro, desenvolver relações de afeto, respeito e confiança entre si, haja vista tantos casais homoafetivos que atualmente adotam crianças e são verdadeiros exemplos de pais e mães amorosos.

“Gay de Família” nos ensina noções valiosas sobre família, pertencimento e respeito. É o tipo de leitura que mostra o valor da escrita para o público adulto, em especial aquele que embandeira uma maior representatividade gay além das ficções adolescentes. Felipe mostra ser um autor preocupado com valores e com a formação de cidadãos sóbrios, questionadores e equilibrados em suas opiniões e valores.

Escritora Samara Buchweitz lança “Outras coisas que guardei para mim”
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Escritora Samara Buchweitz lança “Outras coisas que guardei para mim”

A escritora Samara Buchweitz acaba de lançar seu segundo trabalho literário “Outras coisas que guardei para mim”. A obra promete tocar o coração do público com uma poesia emocional e reflexiva, girando em torno do poderoso processo de autodescoberta e da importância de aceitar o que sentimos como parte fundamental da vida. Livro lança luz sobre a necessidade de priorizar o amor próprio, mesmo diante das incertezas e questionamentos que a vida nos apresenta.

Entre os temas abordados, ganha destaque a perda, em vários sentidos da palavra, e o aprendizado para lidar com a falta que a falta faz. “Seja um luto, um término, até quando nos perdemos de nós mesmos… Essa reflexão é válida pois ainda é algo que todos precisamos trabalhar e eu trago esse questionamento ao longo das páginas”.

Diferentemente de seu título anterior, “Coisas que Guardei para Mim”, Samara Buchweitz admite que a criação deste novo trabalho foi um desafio ainda mais significativo. Ela compartilha que, além das pressões e expectativas naturais que surgem após um sucesso inicial, estava vivenciando uma fase de vida única. Durante esse período, ela se empenhou em superar suas próprias dificuldades, buscando uma narrativa que não apenas expressasse suas vulnerabilidades, mas que também fosse acolhedora para seus leitores. O resultado desse desafio pessoal é uma escrita mais profunda, que reflete o amadurecimento da própria autora.

Verso a verso, reflexões destiladas de experiências e pensamentos que capturam o triunfo sobre a adversidade, os abraços silenciosos da amizade e os reencontros, mas, também, as lágrimas derramadas na escuridão da tristeza e das despedidas. Escrito por Samara Buchweitz e ilustrado por Laerte Silvino, a mesma parceria de sucesso de ‘Coisas que guardei pra mim’, cada texto parece nos lembrar das escolhas que fizemos, das barreiras que superamos e das lições que aprendemos. Intimista, reflexivo, de nuances profundas, nos convida a decidir viver em plenitude.

Samara Buchweitz nasceu em São Paulo. É formada em publicidade e propaganda e sempre viveu cercada de histórias. Publicou, em 2014, o livro infantil “Fábulas Fabulosas”. Em 2020, “Coisas que guardei pra mim”. Agora, em “Outras coisas que guardei pra mim”, lançado via editora Principis, a escritora expõe de maneira poética e sensível, mas às vezes crua e dolorida, as vivências, as dúvidas e a ansiedade que acompanham o dia a dia de todos nós.

Uma história da imaginação: Como e por que pensamos o que pensamos, de Felipe Fernández-Armesto
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Uma história da imaginação: Novo livro de Felipe Fernández-Armesto

Atravessando diferentes campos, como ciência, política, antropologia, religião, cultura e filosofia, o renomado historiador Felipe Fernández-Armesto revela as emocionantes e perturbadoras histórias de nossos saltos imaginativos — dos primeiros Homo sapiens aos dias de hoje. Ele desafia as convenções que rondam o tema e nos conduz por séculos e continentes para tentar responder a como e por que surgiram ideias que marcaram e continuam a ditar os rumos da humanidade.

+ Autores da Cosac Naify agora estão na Companhia das Letras

Com elegância e erudição ímpares, Fernández-Armesto inova ao propor uma história global das ideias, rastreando suas origens e conexões, e ligando a Europa a polos culturais milenares, como a China e o Oriente Médio. Assim, nos mostra que noções como a de um deus amoroso, ou a de que todos os homens são iguais, não nasceram exatamente onde imaginávamos.

Nesta ode à alegria da imaginação, veremos que a mente — ou a aptidão para produzir ideias — é a principal causa de mudança, o lócus onde a diversidade humana começa. E que nossas ideias são a fonte de nossa mutável e volátil história como espécie.

FELIPE FERNÁNDEZ-ARMESTO é um dos mais destacados historiadores britânicos da atualidade. Lecionou história nas universidades de Londres, Oxford e Tufts, e desde 2009 é professor na Universidade de Notre Dame. Ao longo de sua carreira, foi agraciado com diversos prêmios. Entre seus livros, destacam-se 1492, Os desbravadores e Américo.

SERVIÇO: Uma história da imaginação, Felipe Fernández-Armesto
Tradução: Carlos Afonso Malferrari
Número de páginas: 544
Preço: R$ 149,90 | E-book: R$ 49,90
Lançamento: 09/10/23

Woody Allen retorna ao mundo literário com o lançamento de Gravidade zero
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Woody Allen retorna ao mundo literário com o lançamento de Gravidade zero

Reconhecido por sua contribuição ímpar ao mundo da arte e do entretenimento, o diretor, roteirista e ator Woody Allen está de volta às prateleiras das livrarias com sua mais recente incursão pela literatura, Gravidade zero. Reunindo oito histórias publicadas na revista The New Yorker e outras onze inéditas, a coletânea promete cativar os leitores com a verve humorística de suas narrativas envolventes. O lançamento da Nova Fronteira, selo do Grupo Ediouro, estará disponível nas livrarias a partir do dia 29 de setembro.

Com sua escrita afiada, Allen explora temas como o amor, a morte, a filosofia, a arte e o absurdo do cotidiano. De forma singular, ele combina a profundidade dos textos com sua divertida ótica sobre a fragilidade humana, enraizada na rica tradição do humor judaico. O escritor oferece um delicioso mergulho nas situações mais absurdas e hilárias da vida, com pitadas de sarcasmo e observações inteligentes.

Gravidade zero é a quinta coletânea de histórias de humor de Allen após um longo hiato. A edição traz o prefácio original da crítica norte-americana Daphne Merkin e também um exclusivo para edição brasileira assinado pelo dramaturgo, crítico e roteirista Rodrigo Fonseca. “Woody ensinou o audiovisual a entender a dimensão cinemática da palavra falada, extraindo dela poética, indo além do patético que há de inerente à comédia. A lição que ele dá à literatura é igualmente encantadora: a certeza de que cada parágrafo pode ser um plano-sequência num filme por escrito, feitos com letras, tintas e imaginação”, afirma Fonseca em seu texto.

Os amantes da literatura, fãs do cineasta e todos aqueles que buscam histórias que provocam risos e reflexões vão encontrar uma incrível jornada literária pelas páginas do livro. Gravidade zero, mais uma vez, demonstra a destreza e a versatilidade artística de Allen, que conquista corações e mentes com sua prosa espirituosa, original e sempre fantástica.

Sobre o autor:

Woody Allen é escritor, diretor e ator, além de ter trabalhado como comediante de stand-up. Vive em Manhattan há mais de duas décadas com sua esposa, Soon-Yi, e suas duas filhas, Manzie e Bechet. É um grande entusiasta do jazz e fã de esportes. Em suas próprias palavras, ele se arrepende de nunca ter feito um grande filme, embora afirme que segue tentando.

Audiolivro reúne 75 poemas sobre a trajetória do povo negro no Brasil
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Audiolivro reúne 75 poemas sobre a trajetória do povo negro no Brasil

Acaba de sair em audiolivro a obra Levante (editora Jandaíra), produto de uma pesquisa rigorosa, desenvolvida ao longo de cinco anos por Henrique Marques Samyn, poeta e professor de literatura da UERJ e militante negro, pesquisador especialista em estudos sobre gênero e raça, coordenador do premiado projeto LetrasPretas.

+ “Não se Meta com a Minha Meta” é o livro de setembro do Clube Me Poupe!, do Skeelo

Produzido pela Tocalivros, levante reúne 75 poemas que abordam a trajetória do povo negro no Brasil, desde o desterro imposto pelo tráfico negreiro até a resistência contra o sistema escravista, chegando às heranças contemporâneas e à contínua luta por libertação.

Como define Cidinha da Silva no prefácio da obra, “Samyn mergulha na lama primordial onde nossa ancestralidade repousa e transforma em ponto versificado o que nos trouxe até aqui: a coragem, a capacidade de recriar, de gerar tecnologias de produção de infinitos”.

O audiolivro Levante tem duração 39m56s, conta com a narração de Leo Raoni e está disponível na plataforma da Tocalivros para compra (R$36,00), e també, pelo Clube do Audiolivro e Assinatura Ilimitada.

Serviço
Lançamento audiolivros Levante
Autor(a): Henrique Marques Samyn
Narrador: Leo Raoni
Duração: 00h39m56s
Produção Tocalivros
Editora: Jandaíra
Disponível: Compra (R$36,00), Clube do Audiolivro e Assinatura Ilimitada