No dia 29 de outubro é celebrado o “Dia Nacional do Livro” e para celebrar a Disal, em parceria com o Beco Literário, traz uma lista de indicações com diversos livros de diferentes gêneros literários para que todos, que gostam da companhia de boa história, possam escolher o livro ideal para esse dia.
A escolha da data foi em homenagem ao dia em que também foi fundada a Biblioteca Nacional do Brasil, localizada no Rio de Janeiro, quando a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para a colônia, em 1810. Hoje em dia, há mais de 6 mil bibliotecas públicas em funcionamento no Brasil, além disso, o brasileiro tem uma média anual de 4,96 livros lidos por habitante, segundo a 4ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil desenvolvida pelo Instituto Pró-Livro, Itaú Cultural e IBOPE Inteligência, divulgada este ano.
A literatura é uma forma de arte e cultura que auxilia na forma de se expressar e desenvolve a imaginação, a criatividade, a emoção e o pensamento crítico dos leitores por meio das histórias. Os gêneros literários mais populares no Brasil são: literatura de ficção, autoajuda, história em quadrinhos e os livros científicos ou de não-ficção. E qual é o seu preferido?
Confira a seleção e escolha o seu para o “Dia Nacional do Livro”:
Livros que reforçam a importância do amor e da amizade
A Sereia – Kiera Cass
Em um romance envolvente, somos apresentados a jovem Kahlen, uma garota salva de um naufrágio pela própria Água. Para pagar essa dívida, ela se torna uma sereia que, durante cem anos, precisa usar sua voz para atrair as pessoas para se afogarem no mar. Kahlen está disposta a cumprir a sua sentença até conhecer Akinli, um jovem lindo, carinhoso e gentil. Embora não possam conversar, pois a voz da sereia seria fatal, a conexão entre os dois surge rapidamente, porém é contra as regras se apaixonar por um humano e a Água não pode descobrir, tornando o amor impossível, mas a sereia não pretende desistir.
Você acredita que uma história de amor perfeita é o suficiente para manter um casamento entre duas pessoas imperfeitas? Neste romance, somos apresentados Quinn e Graham, que se conheceram no pior dia de suas vidas; ela chega de uma viagem para surpreender o noivo, ele testemunha a traição da namorada e, assim, ambos terminam no corredor de um prédio trocando confidências, biscoitos da sorte e palavras de conforto. O destino junta o casal novamente meses mais tarde, a intensidade do sentimento assusta os dois, mas eles não desistem do amor que sentem. Na obra de Colleen Hoover, o casal lutará para ter um filho, arriscando o alicerce da relação, já que Quinn não pode engravidar e Graham não é um candidato para adoção por conta de um erro do passado. O que será do casal?
O primeiro volume dos clássicos HQs que inspiraram uma série que conta a história de Charlie Spring e Nick Nelson, que não têm quase nada em comum. Charlie é um aluno dedicado, mas que sofre muito bullying na escola desde que se assumiu gay. Por outro lado, Nick é super popular por ser um ótimo jogador de rúgbi. Quando os dois começam a se sentar próximos toda manhã, uma amizade se desenvolve. Charlie logo começa a se sentir diferente, pois sabe que não pode se apaixonar por um garoto hetero, pois isso só vai causar frustrações. Porém, Nick tem dúvidas sobre o que sente. E esse é o momento para os jovens descobrirem que, quando menos se espera, o amor pode aparecer de maneiras surpreendentes.
Querido Evan Hansen – Benj Pasek
Inspirado no premiado musical da Broadway “Dear Evan Hansen”, este livro é uma obra emocionante sobre solidão, saúde mental e amizades inesperadas. Com dificuldades para fazer amizades, Evan Hansen resolve seguir os conselhos de seu psicólogo e escrever cartas encorajadoras para si mesmo, na esperança de que seu último ano escolar seja melhor. Porém, uma das cartas vai parar na mão do aluno mais encrenqueiro da turma, o Connor Murphy. Quando Connor comete suicidio, uma de suas cartas é encontrada, todos começam a pensar que os dois eram melhores amigos. Sem conseguir explicar a situação, o jovem acaba refém de uma grande mentira, que o faz ser notado por toda escola.
No ‘Beco de Notas’, você encontra uma mistura de informações sobre tudo o que nos interessa! Notas rápidas sobre livros, filmes, séries, teatro e tudo que é pop na cultura. Venha conferir as informações que mostram o que está acontecendo na arte, no entretenimento e na criatividade.
Faro Editorial lança novo livro do best-seller Charlie Donlea
Alameda Montgomery 421. Dia 05 de janeiro de 2013. Poderia ser um dia qualquer na vida da família Quinlan. Mas durante a madrugada, estampidos de tiros são ouvidos. Três corpos estão pela casa. Um atirador misterioso matou uma família…, mas nem todos. Alexandra estava lá, ela viu aquela sombra matar sua família. E naquela noite sua vida mudaria para sempre.
A Faro Editorial lança este mês o novo suspense do aclamado autor Charlie Donlea. Best-seller no Brasil com “A Garota do lago”, Donlea traz em seu novo livro uma história sobre segredos, justiça, vingança e um final de tirar o folego.
Alexandra Quinlan tinha 17 anos quando toda sua família foi morta a sangue frio numa madrugada. Em choque, a garota foi encontrada pela polícia com a arma do crime na mão, e as roupas sujas de sangue. A polícia automaticamente a apontou como culpada desse crime bárbaro, algo que foi amplamente veiculado pela imprensa, e Alexandra foi presa injustamente.
Meses depois de provar sua inocência e processar o Estado da Virgínia pelo erro, a garota estava realmente vazia: ela não teve tempo de viver o luto de perder todos que amava, nem mesmo processar o que ela viu aquela noite. E seu rosto estava estampado em todos os programas de televisão que faziam da vida dela um inferno. Mas o pior de tudo era a falta de respostas: quem afinal matou sua família? E por quê?
Anos se passam, com uma nova identidade, morando em um novo lugar, Alex agora trabalha com investigações para um escritório de advogados e um novo crime vai abrir pistas para o que pode ter acontecido com ela e sua família 10 anos atrás.
Uma história alucinante de segredos do passado, crimes hediondos, investigações policiais, manipulações políticas, vingança e sede de justiça, que traz Charlie Donlea em sua melhor forma.
“Assassinos da Lua das Flores” ganha trailer inédito de lançamento
A Paramount Pictures acaba de divulgar um trailer do lançamento de “Assassinos da Lua das Flores”, novo filme de Martin Scorsese que estreou ontem, 19 de outubro, nos cinemas brasileiros. Com Leonardo DiCaprio, Robert De Niro, Lily Gladstone, Jesse Plemons e Brendan Fraser no elenco, o longa é uma produção da Apple Studios e faz sua estreia em parceria com a Paramount Pictures.
Baseado em uma história real, a trama conta como, na virada do século 20, o petróleo trouxe uma fortuna para a nação Osage (Oklahoma – EUA), que se tornou um dos grupos mais ricos do mundo da noite para o dia. A riqueza desses nativos norte-americanos, imediatamente, atraiu intrusos brancos, que manipularam, extorquiram e roubaram tanto dinheiro quanto podiam antes de recorrer ao assassinato. Contado por meio do improvável romance de Ernest Burkhart (Leonardo DiCaprio) e Mollie Kyle (Lily Gladstone), “Assassinos da Lua das Flores” é uma saga épica de faroeste, onde o amor verdadeiro se cruza com uma traição indescritível.
Produzido pela Apple em conjunto com Imperative Entertainment, Sikelia Productions e Appian Way, o filme conta com roteiro adaptado pelo próprio Scorsese em parceria com Eric Roth, com base no bestseller homônimo de David Grann. DiCaprio, além de protagonizar o longa, participa como produtor executivo ao lado de Rick Yorn, Adam Somner, Marianne Bower, Lisa Frechette, John Atwood, Shea Kammer e Niels Juul. A distribuição do filme nos cinemas é da Paramount Pictures. “Assassino da Lua das Flores” já está em cartaz nos cinemas.
“Ato 3: TodaManhã”: terceira e última parte do novo álbum de Vitão já está disponível
A terceira e última parte do novo projeto de Vitão, “ATO 3: TODAMANHÔ, chega hoje aos aplicativos de música. O novo trabalho foi pensado e desenvolvido pelo artista como uma maneira de passar aos fãs um pouco de sua visão de mundo. Este novo ato, que apresenta agora mais seis faixas, traz participações especiais de Ferrugem e Don Juan.
O projeto revela as principais sonoridades que fazem de Vitão um artista eclético e único. Seu gosto por bandas como Charlie Brown Jr. e as influências, que vão do pop rock ao reggae, e do rap à MPB, trazem a este trabalho uma versatilidade pop dançante.
Vitão termina agora a apresentação das 18 músicas, divididas em três atos. Em abril, o cantor lançou a primeira parte, que trouxe as participações de Ivete Sangalo, Mari Nolasco, Srta Paola, Mc Pedrinho, Nave, Ferrugem e Don Juan. Cada uma das canções retrata ciclos, que começam e se encerram ao final da última batida.
“Minha intenção com este álbum é fazer com que o público me veja por outros ângulos, encarnando diferentes personagens de mim mesmo. Grande parte do disco é produzida por mim, o que o torna um pouco mais autoral do que tudo que eu já fiz até hoje. Quero surpreender, me reinventar, trazer brilho para os olhos e ouvidos de quem se deparar com esse trabalho”, conta Vitão.
Nos últimos meses ele trabalhou e estudou as mais diversas formas de artes, o que resultou em um produto que traz uma expressão genuína de si e das suas experiências. Fluido, com maquiagem ou sem, com vestido, saia ou barba, Vitão transita por rock, baião, MPB e pagode baiano. Nos versos das canções, passa entre o galã e o vilão, o herói e o gênio do crime.
A produção marca o começo de uma era única do artista, carregando sonoridades jamais trabalhadas por ele. É um disco de gênero fluido, como uma grande balada musical que bebe de muitas fontes, ritmos e estilos, além de ousar e transbordar nas letras e acordes os sentimentos mais doces e amargos de Vitão. Ouça clicando aqui.
Bruno Gadiol e Grag Queen lançam a faixa “f:)da-se”, juntamente com o clipe
Investindo na sua estética pessoal e trazendo novidades para a era “JOVEM”, Bruno Gadiol lança a faixa “F 🙂 D A – S E”. Junto à top artista e drag queen Grag Queen, o artista investe em mais uma produção que integra a versão DELUXE do álbum. Composta por Bruno Gadiol em parceria com Fraga e as cantoras CLAU e Jenni Mosello, o single chega para elevar ainda mais o trabalho do artista.
“‘F 🙂 D A – S E’ é como um grito de libertação. Para o que ou quem vai seu foda-se hoje? Você que decide. O povo vai falar de qualquer jeito mesmo. Então pelo menos seja você e brilha no mundo. Acho que a música é sobre isso”, explica Bruno Gadiol.
Impulsionando a mensagem clara do álbum “JOVEM”, que evidência em suas duas partes as descobertas e os revezes pessoais, o lançamento abre mais um precedente na carreira do artista.
Grande fã do trabalho de Grag Queen, uma das maiores artistas e representantes da cena LGBTQIAP+ no Brasil, Bruno Gadiol comenta a parceria: “A Grag é uma das maiores drag queens do Brasil atualmente e é dona de uma voz maravilhosa. Não tinha como ela estar fora dessa música que fala sobre liberdade e autenticidade. aGREGou e muito à música”.
“F 🙂 D A – S E” chega às plataformas acompanhada de videoclipe. Dirigido por Léo Ferraz, o registro mostra os artistas em um set digno de filmes de Hollywood. Assista agora:
Com o objetivo de investir na performance corporal dos artistas, o clipe conta ainda com uma novidade: os artistas fizeram uma tatuagem juntos em meio às gravações. “Para esse vídeo, investimos muito na dança e atitude. O clipe traz uma junção de juventude e liberdade. Foi gravado em um campo de baseball e traz uma estética que estamos acostumados a ver em produções de Hollywood. O mais legal é que nós fizemos uma tatuagem juntos no meio do set, foi uma grande experiência”, revela Bruno.
Prime Video anuncia cartaz e trailer oficial de Saltburn
O Prime Video anuncia hoje o cartaz e trailer oficial do longa Saltburn. O filme é dirigido por Emerald Fennell e tem no elenco grandes nomes como Barry Keoghan, Jacob Elordi e Rosamund Pike. Saltburn será a mais recente adição à assinatura Prime. Membros Prime no Brasil desfrutam de economia, conveniência e entretenimento, tudo em uma única assinatura.
A cineasta ganhadora do Oscar Emerald Fennell (Promising Young Woman) nos traz uma história lindamente perversa de privilégio e desejo. Lutando para encontrar seu lugar na Universidade de Oxford, o estudante Oliver Quick (Barry Keoghan) se vê atraído para o mundo do charmoso e aristocrático Felix Catton (Jacob Elordi), que o convida para passar um verão inesquecível em Saltburn, a extensa propriedade de sua excêntrica família.
Além de Barry Keoghan, Jacob Elordi e Rosamund Pike, o filme ainda conta com Richard E. Grant, Alison Oliver, Archie Madekwe, e Carey Mulligan. Saltburn foi escrito e dirigido por Emerald Fennell, e produzido por Margot Robbie e Josey McNamara.
Estrelas como Alice Wegmann e Christian Malheiros são confirmados para o elenco de Senna, que entra em fase de gravações no Brasil
Senna, a nova minissérie de ficção da Netflix sobre a emocionante história de um dos maiores heróis do Brasil, terá Alice Wegmann, Camila Márdila, Christian Malheiros, Gabriel Louchard, Hugo Bonemer, Julia Foti, Marco Ricca, Pâmela Tomé e Susana Ribeiro no elenco. Os atores se unem a Gabriel Leone, que viverá Ayrton Senna. Além dos brasileiros mencionados, fazem parte também Kaya Scodelario, já anunciada, o francês Matt Mella e Arnaud Viard, Joe Hurst, Johannes Heinrichs, Keisuke Hoashi, Leon Ockenden, Patrick Kennedy, Richard Clothier, Steven Mackintosh, Tom Mannion, entre outros.
A superprodução e parte dos atores acabaram de desembarcar no Brasil, onde as gravações acontecem em São Paulo e em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. A minissérie, que é uma das produções mais ambiciosas e inovadoras da Netflix Brasil e tem produção da Gullane, já foi gravada na Argentina, Uruguai e seguirá para o Reino Unido após o término das filmagens no país.
Ao longo de seis episódios, Senna vai mostrar, pela primeira vez, a trajetória de superação, desencontros, alegrias e tristezas de Ayrton, desbravando sua personalidade e suas relações pessoais. O ponto de partida será o começo da carreira automobilística do tricampeão de Fórmula 1, quando ele se muda para a Inglaterra para competir na Fórmula Ford, até o trágico acidente em Ímola, na Itália, durante o Grande Prêmio de San Marino.
Com direção geral de Vicente Amorim, que também assina como showrunner e diretor, e direção de Julia Rezende, Senna é produzida pela Gullane e realizada em parceria com a Senna Brands e a família do piloto.
Comemorado no dia 31 de outubro, o Dia das Bruxas – também conhecido como Halloween ou até mesmo Dia do Saci, aqui no Brasil – deriva de um festival pagão celta, intitulado Samhain, que celebrava a chegada do inverno e era tido como o momento em que a barreira que separava os mortos dos vivos deixava de estar presente.
Já o terror é um dos gêneros que mais desperta curiosidade e fascínio, assim como trata de questões relevantes por meio de alegorias e analogias. Mary Shelley, Bram Stoker, Horace Walpole e Edgar Allan Poe são exemplos de autores clássicos do terror, que inspiram obras até hoje. A mais recente série de terror da Netflix leva o nome de um dos contos de Edgar Allan Poe: A Queda da Casa de Usher.
Por conta da colheita que era feita antes do inverno, a abóbora era um dos símbolos do Samhain. O Halloween se tornou cada vez mais como conhecemos hoje após a influência do catolicismo ao mesclar as tradições celtas ao Dia de Todos os Santos.
A atmosfera sobrenatural que cerca a data certamente inspira a leitura de histórias de terror e as nuances que estão presentes no gênero, seja por meio do mistério, do horror, do misticismo ou até mesmo do que é considerado científico. Para se aprofundar mais nas histórias que não te deixarão dormir, confira cinco livros que são clássicos do medo.
5 livros de terror (e um bônus) para entrar no clima de Halloween
Drácula, de Bram Stoker
Elaborado como um romance a partir de uma série de cartas, relatos, diários pessoais, reportagens de jornais, registros de bordo, etc, o livro nos apresenta os costumes, tradições e a cultura da Inglaterra vitoriana e a reação dos britânicos com relação ao que vem do estrangeiro, personificado através do medo da figura do vampiro.
Quando foi publicado em 1897, “Drácula” não foi um best-seller imediato. O romance tornou-se mais significativo para os leitores modernos do que foi para os leitores contemporâneos do autor, atingindo seu grande status lendário clássico ao longo do século XX. A edição bilíngue de “Drácula” pela Editora Landmark conta com um primeiro capítulo excluído por Stoker da publicação e recuperado após a morte do autor.
O Estranho Caso do Doutor Jekyll e do Senhor Hyde, de Robert Louis Stevenson
Escrito em 1886, o clássico conta a história de Utterson, um advogado que acompanha os horrores acontecidos em Londres no final do século XIX por um misterioso homem que comete crimes e provoca a polícia local. O clima sombrio da capital inglesa contorna a história e dá o tom de mistério, pois mesmo durante o dia, a névoa deixa a cidade escura.
O contexto histórico do país é transcrito na trama: avanço nas pesquisas e experimentos científicos, êxodo rural devido à Revolução Industrial, contraste econômico, poluição e aumento dos índices criminais, motivo pelo qual, em 1829, foi criada a Scotland Yard. Em meio a esta conjuntura, o lado tenebroso da sociedade vitoriana e a dualidade do homem são discutidas pela obra.
O livro relata a história de Victor Frankenstein, um estudante de ciências naturais que busca recriar um ser vivo, uma criatura, através do uso da ciência em seu laboratório. Mary Shelley escreveu a obra quando tinha 19 anos. Publicada em 1818, sem o devido crédito para a autora em sua primeira edição, o romance obteve grande sucesso e gerou todo um novo gênero, tendo influência na literatura e na cultura popular ocidental.
Frankenstein aborda diversos temas ao longo de sua narrativa, sendo a mais gritante a relação entre a criatura e o seu criador, com óbvias implicações religiosas. Preconceito, ingratidão e injustiça também estão presentes. A criatura é sempre julgada por sua aparência, e agredida antes de ter a oportunidade de se defender. Por fim, a inevitabilidade do destino, tema muito desenvolvido na literatura clássica, é constantemente aludida ao longo da obra que se presta a múltiplas interpretações e leituras.
O Fantasma da Ópera, de Gaston Leroux
Publicado originalmente em série na famosa revista literária “Le Gallois”, entre 23 de setembro de 1909 e 8 de janeiro de 1910, e posteriormente em livro em abril de 1910. O romance é parcialmente inspirado em fatos históricos da Ópera de Paris durante o século XIX e em um conto relativo à descoberta de um esqueleto de um bailarino durante a produção da ópera “O Franco-atirador”, de Carl Maria von Weber, em 1841.
O livro combina romance e suspense para narrar o triângulo amoroso entre a linda e talentosa cantora lírica Christine Daaé, o frágil e apaixonado visconde Raoul de Chagny e o sinistro e obcecado gênio da música que habita os porões do teatro. Relatado como uma investigação real, a obra busca atestar a existência do habitante do subterrâneo da Ópera de Paris. Com contornos de relato histórico, a narrativa conduz o leitor pelos labirintos da Ópera de Paris e do coração humano, revelando o que há de mais obscuro em ambos.
A Volta do Parafuso, de Henry James
Para aqueles que se interessam por histórias mais sobrenaturais, em A Volta do Parafuso somos levados ao dia a dia de uma governanta num casarão em Bly, Inglaterra, a qual cuida de duas crianças, que serão possuídas por espíritos de um criado de quarto e de sua antecessora na função.
O livro provocou polêmica quando foi publicado porque nunca ficou claro se tudo o que se passou foi de fato real ou apenas fruto de uma imaginação obsessiva da narradora da história. Essas leituras em aberto são capazes de levarem a grandes acertos e enormes absurdos na experiência de interpretação do livro.
Bônus: 1984, de George Orwell
Mais real do que se espera, distopias também podem dar medo. 1984 oferece uma descrição quase realista do vastíssimo sistema de fiscalização em que passaram a assentar as sociedades capitalistas modernas. A história se passa em um futuro onde o Estado impõe um regime extremamente totalitário, através da vigilância do Grande Irmão, imposta pelo partido (Ingsoc), onde ninguém escapa do seu poder.
O país é dominado pelo medo e repressão, pois quem pensa contra o regime é acusado de cometer um crime. Neste mundo, o personagem principal, que representa o contraponto ao regime, Winston Smith logo começa a questionar o modo como age o Estado. Winston faz parte do Ministério da Verdade, sua função é falsificar registros históricos, a fim de moldar o passado à luz dos interesses do presente tirânico.
Suspense jovem, com uma história cheia de reviravoltas, um internato macabro, com personagens tão cativantes quanto suspeitos e uma boa dose de romance. Se você é fã de um bom mistério, vai gostar de conhecer Ninguém Vai Te Ouvir Gritar, que acaba de ser lançado pela Editora Naci. Leitura perfeita para o Halloween!
“Guardo a faca, apanho a tocha do chão, tateio a parede outra vez e me ergo. Sigo mancando em direção à escuridão. Não dou dez passos até alcançar o que parecer ser uma sala de tortura. Estou no caminho certo”, escreve Mark Miller, que mergulha em um thriller adolescente que promete te assustar e impressionar com o rumo da história.
A Academia Masters é um dos internatos mais prestigiados dos Estados Unidos. Escondido em uma ilha na costa da Flórida e cercado por muros impenetráveis, o internato recebe novas turmas anualmente. Mas, além dos alunos, abriga segredos sinistros e ameaças letais. Entre os novatos de 2022, estão Andrew e Calvin, filhos do secretário de estado norte-americano.
Logo na noite da festa de boas-vindas, Calvin desaparece, deixando apenas um pedaço de papel ensanguentado sobre a cama, onde alerta o irmão para que tome cuidado com algo ou alguém, cujo nome começa com a letra “L”. O desaparecimento de Calvin e a negligência de todos os adultos do internato empurra Andrew numa perigosa trama de mistérios que não estava descrita em sua carta de admissão.
“Ninguém vai te ouvir gritar é um livro que vai te fazer questionar sua sanidade. Além disso, é cheio de odes a outras obras de terror e está recheado de citações dos livros que inspiraram sua escrita. Estou ansioso para ver todo mundo com ele em mãos”, diz Mark Miller.
Ninguém vai te ouvir gritar possui 264 páginas e já está disponível nas principais livrarias do país e também nos marketplaces, como a Amazon. Corre pra comprar antes do Halloween chegar!
Mark Miller é um escritor paulista de obras com protagonismo gay, apaixonado por thrillers adolescentes, café e romances LGBTQ+. Lançou seu primeiro livro em 2020 e possui em seu catálogo o estrondoso sucesso “Garotos mortos não contam segredos”. Escreve para se conectar com leitores que compartilhem o mesmo desejo que ele: o de ver mais representatividade nas obras que consomem. “Ninguém vai te ouvir gritar” é seu primeiro livro publicado pela Editora Naci. Pode ser encontrado em seu Instagram literário @markmillerbooks.
O que leva tantas pessoas a se curvarem diante de um “líder” político numa cega devoção e em total idolatria? Essa é uma pergunta que foi feita muitas vezes na história humana. No Brasil contemporâneo, com a chegada ao poder da religião do bolsonarismo essa se torna mais uma vez uma questão política urgente. Mas também, principalmente, uma questão psicológica do maior interesse. Como explicar a subserviente e satisfeita adoração do “gado do cercadinho” a seu “mito”?
A questão ganha um interesse propriamente psicológico, dado que o “líder” do bolsonarismo em questão, o “mito”, não apresenta nenhuma das qualidades tradicionalmente reconhecíveis como dignas de alguma idolatria: não é particularmente inteligente, não tem o “dom da palavra”, não é um vitorioso chefe militar, não expõe uma vida exemplar no caminho sacerdotal-religioso, não apresenta grandes projetos – ilusórios que fossem – nem de dominação internacional, nem de desenvolvimento nacional. Como explicar, então, seu tão intenso poder de atração?
Em nome da seita do bolsonarismo os fiéis atacam amigos e familiares; defendem com a mesma veemência discursos contraditórios; aderem a projetos sociais e econômicos que contrariam seus próprios interesses; dispensam resultados concretos em termos de melhorias econômicas ou estruturais para manter acesa a chama da sua fé; e em tempos de pandemia, entregam-se voluntariamente à morte, sacrificando-se pela palavra do “mito” – entre tratamentos precoces mortíferos e o desprezo completo por qualquer precaução (da máscara à vacina).
Como explicar que seus parentes, amigos e vizinhos que talvez em outros momentos tenham te tratado com a devida cordialidade se voltem agressivamente contra você ao perceber que você não compactua com as ideias do “mito”? Como explicar que pessoas muito bem formadas em nossas universidades – professores, engenheiros, advogados – recusem vacinas, acreditem em versões alternativas delirantes da História do Brasil e do mundo e tomem as fake news mais toscas como as mais puras realidades? Como explicar que médicos rejeitem vacinas e invistam em medicamentos que os próprios laboratórios fabricantes (haveria alguém mais interessado em promovê-los?) já desacreditaram para o tratamento da covid?
São essas as intrigantes questões que o Doutor em Filosofia Diogo Bogéa investiga em seu novo livro. Com base em teorias psicanalíticas de Freud e MD Magno e um vigor nietzschiano, Bogéa, que é professor de Filosofia e Psicanálise da UERJ, faz uma original abordagem do bolsonarismo sob o ponto de vista psicológico.
Melhores frases de “Psicologia do Bolsonarismo: Por que tantas pessoas se curvam ao mito?”
“O fundamento psíquico de todo autoritarismo político é a projeção da fantasia de onipotência em um ser-humano supostamente especial.”
“(…) como os cristãos costumam lidar com a “providência divina”. Se alguém sofre um terrível acidente automobilístico, sofre graves ferimentos, passa meses de complicadíssima recuperação em um hospital, mas sai vivo da experiência, diz-se: ‘foi Deus que te salvou! Graças a Deus!’. Mas jamais se atribui a Deus – o governante supremo de todas as coisas – o próprio acidente e seus incômodos efeitos.”
“A identificação com o líder é sempre narcísica. No primeiro caso, uma espécie de narcisismo projetivo: aquilo que me falta, o ‘ideal de eu’ ao qual estou bem longe de corresponder na realidade está lá, neste outro que o encarna com perfeição. No segundo caso, um narcisismo mais propriamente especular: aquelas características que julgo possuir e das quais muito me orgulho e vanglorio em eterna autocomplacência estão também justamente lá, neste outro que se candidata a ser meu líder, só que nele essas características estão elevadas à enésima potência.”
“Bolsonaro é do segundo tipo. Ele é o que os brasileiros são. Numa lente de aumento.”
“O ‘brasileiro médio’ gosta de hierarquia, ama a autoridade e a família patriarcal, condena a homossexualidade, vê mulheres, negros e índios como inferiores e menos capazes, tem nojo de pobre, embora seja incapaz de perceber que é tão pobre quanto os que condena. Vê a pobreza e o desemprego dos outros como falta de fibra moral, mas percebe a própria miséria e falta de dinheiro como culpa dos outros e falta de oportunidade. Exige do governo benefícios de toda ordem que a lei lhe assegura, mas acha absurdo quando outros, principalmente mais pobres, têm o mesmo benefício.”
“Por isso não basta perguntar como é possível que um Presidente da República consiga ser tão indigno do cargo e ainda assim manter o apoio incondicional de um terço da população. A questão a ser respondida é como milhões de brasileiros mantêm vivos padrões tão altos de mediocridade, intolerância, preconceito e falta de senso crítico ao ponto de sentirem-se representados por tal governo.”
“Bolsonaro não está lá “apesar” de todas as atrocidades que diz e representa. Ele está lá por causa de todas as atrocidades que diz e representa.”
”Questionar a proibição produz liberdade. Mas liberdade, como bem dizem os existencialistas, traz consigo também uma boa dose de angústia.”
“A verdade é que mesmo as classes médias mais bem estabelecidas, com seus salários mensais de 5 a 10 mil reais, ainda se encontram matematicamente muito mais próximas dos 900 reais mensais do salário mínimo do que dos mais de 170 mil mensais dos verdadeiramente ricos.”
“Em nossas fantasias, imaginamos voltar ‘lá’ naquele ‘ponto-chave’ da nossa história com a cabeça de hoje a fim de corrigi-lo! Mas ora, só temos a ‘cabeça de hoje’ porque aquilo aconteceu como aconteceu.”
“Negar, portanto, uma pequena circunstância que seja do nosso passado, fazer o exercício imaginário de ‘consertar’ um evento do nosso passado, é negar inteiramente quem somos hoje, é negar nosso eu real em nome de um eu ideal.”
Quando eu acabei de ler O príncipe cruel, eu quase subi nas paredes para ter O rei perverso em mãos. O livro acaba de uma forma que se você não tiver o próximo, você morre de ansiedade. E foi isso que aconteceu comigo.
O rei perverso chegou para mim numa sexta-feira. No sábado, eu passei o dia inteiro lendo. Antes de ler “O povo do ar” eu estava com uma ressaca literária imensa de livros de fantasia que foi curada pela saga. O livro começa pouco tempo depois do final do anterior. Jude Duarte agora é a mão por traz do reinado de Cardan. Como sua senescal, ela manda e desmanda, usando o então, inimigo mortal, como fantoche por um ano e um dia.
Você precisa ser forte o suficiente para golpear e golpear de novo sem se cansar. Vai doer. Mas a dor fortalece.
Ela achou que seria fácil agora que o pior passou. Mas, a jornada que ela aprende agora é que o poder é muito mais fácil de conseguir do que de manter. Nem preciso dizer que sentei para ler o livro e terminei em uma tacada só. É completamente impossível de parar.
Nós conseguimos poder tomando-o.
Cinco meses já se passaram, e ela não conseguiu fazer nada além de dar algumas ordens banais ao rei. Se quiser guardar o trono para seu irmão, Jude precisará pensar, e rápido, num plano para fazer Cardan se curvar a ela por mais tempo. Mas ter qualquer influência sobre o Grande Rei de Elfhame parece uma tarefa impossível, principalmente quando ele faz de tudo em seu poder para humilhá-la e prejudicá-la, mesmo que seu fascínio pela garota humana permaneça intacto. E é nessa parte que a gente começa a surtar: porque sim, tem cena de romance entre Jude e Cardan!
Te odeio tanto que às vezes não consigo pensar em outra coisa.
Eu gosto dos livros da Holly Black porque, apesar do romance existir, ela não deixa de lado as questões políticas para narrar histórias de amor, algo que vejo muito presente em livros da Cassandra Clare, por exemplo. Aqui, o romance faz parte da política. Jude e Cardan desejam um ao outro, mas também desejam poder. E eles são capazes de se beijarem, de transarem, de se entregarem ao instinto sempre pensando em um bem maior: subjugar um ao outro.
Mate-o antes que ele faça você amá-lo.
Os conflitos com Orlagh e todo o reino submarino também é um ponto importante neste livro. Aqui, entendemos melhor como funciona o poder da terra do Grande Rei de Elfhame e como são os domínios da rainha submarina. Um triângulo amoroso entre Jude-Cardan-Nicasia também parece se formar, já que, Orlagh dá um ultimato: Cardan precisa se casar com Nicasia, caso contrário, haverá guerra. E todos sabem que o povo submarino é unido, mas o povo da terra, dividido entre cortes Seelie e Unseelie, não são tão unidos assim e são facilmente manipuláveis.
Eu imagino o que teria acontecido se eu tivesse admitido que não consegui tirá-lo da cabeça.
Mas, se Cardan se casa com Nicasia, Orlagh e sua dinastia passam a ter o controle total de Elfhame, terra e água. E isso não é interessante.
O rei perverso é um livro de transição entre o início e fim de uma saga, portanto, de leitura rápida. É um livro que faz a gente se aprofundar um pouco mais dentro da história sem trazer grandes acontecimentos significativos como o primeiro, que tem tronos roubados, chantagens e batalhas intensas. Mas, não me entenda mal, porque isso nem de longe faz a série esfriar, muito pelo contrário. Os jogos políticos ganham um destaque maior com pessoas envenenando, encantando e ludibriando umas as outras, como só o povo feérico consegue fazer.
Agora me beije como se eu fosse Cardan.
E, como se não bastasse, alguém que a gente menos espera trai Jude. Eu chorei quando descobri a traição, vou confessar. E é somente no capítulo trinta, no último, que o título O rei perverso faz total sentido. Holly Black brinca com os nossos sentimentos. Vou explicar melhor no último parágrafo, com spoiler, após o Beconomize. Leia por sua conta e risco.
PARÁGRAFO DE SPOILERS, PARE DE LER AQUI SE NÃO QUISER PEGAR INFORMAÇÕES IMPORTANTES DO ENREDO!
Certo, a gente sabe que a Jude precisa ampliar o seu poder sobre Cardan. E ele não quer porque está gostando do trono e isso é previsível no enredo. Mas o que me deixou gritando sozinho é quando, nos meados dos últimos capítulos, Cardan pede Jude em casamento, transformando-a em Rainha de Elfhame, só para bani-la ao mundo mortal algumas páginas depois. Sério, Holly Black!!!!!! Isso deveria ser crime?
Eu já estava doido da cabeça achando que o enredo de enemies-to-lovers estava fechado, quando plau, Cardan pune Jude, perante Orlagh, pelo assassinato de Balekin a viver no mundo mortal até segunda ordem. Caso ela desobedeça e pise no mundo das fadas, morrerá imediatamente. E a gente sabe que a Jude tem horror ao mundo mortal.
Doce Jude. Você é a minha melhor punição.
Dessa vez, Rainha do Nada já está me esperando na estante e mal posso esperar para entender como vai ser o fim de O Povo do Ar, porque nem nos meus sonhos mais confusos eu poderia imaginar algo assim.
Conhecida como a rainha do romance mundial, Nora Roberts estreou na Editora Planeta no Brasil em 2022 com a publicação de O despertar, primeiro volume da trilogia Legado do Coração de Dragão e na sequência teve A transformação lançada. Agora a editora prepara a publicação de A escolha, livro que marca o desfecho da série de Nora Roberts, que é uma das mais lidas da história com 400 milhões de exemplares vendidos.
Após a derrota de Odran na Batalha do Portal da Escuridão, seu plano de tomar Talamh foi interrompido – por enquanto. Mas as consequências do terrível embate abalaram a todos. Breen tem que lutar contra a dor e o luto enquanto se dedica a ajudar os feridos e a trazer os que caíram na batalha de volta para suas famílias.
Depois que o inimigo foi expulso e o portal fechado, é possível parar um pouco para recuperar as forças. Mas o descanso não dura muito e logo bruxas inimigas começam a aparecer nos sonhos de Breen, praticando magia sombria, sacrificando inocentes e planejando destruição total.
Ao lado de Keegan e de todo o reino de Talamh, Breen deve ir ao encontro de todos que precisam de sua ajuda, e combater as forças sombrias com todas as armas que possui: sua espada, sua magia e, acima de tudo, sua coragem. Uma batalha épica se aproxima. E Breen Siobhan não pode se dar ao luxo de perder.
Somando mais de 15 milhões de leituras nas plataformas digitais e 150 mil livros vendidos da saga Não pare!, a escritora mineira FML Pepper retorna às livrarias com a obra Deusa de sangue, mais recente título de ficção juvenil lançado pela coleção Planeta Minotauro, que estreia a nova série de livros da autora. Na trama, Pepper apresenta Unyan, um lugar onde as mulheres têm a sorte e o futuro determinados pela menarca.
Classificadas em castas identificadas pela cor das vestimentas, a jovem Nailah é uma branca, pois ainda não menstruou. Prestes a completar 18 anos, a garota está com os dias contados já que não teve o primeiro sangramento e não pode mudar de classe, o que a tornaria apta a se casar. Lutando pela própria sobrevivência, Nailah se vê dividida entre ceder à proposta indecente de um nobre fora dos padrões ou obedecer aos clamores de uma figura sem rosto que a persegue em sonhos a intimando que se liberte.
Em meio ao cenário de domínio e opressão, Nailah emerge para romper com os dogmas e paradigmas, em busca de uma profunda mudança nessa sociedade cruel que limita e subjuga mulheres. Corajosa e determinada, a menina guerreira precisará se rebelar contra um castigo divino, uma profecia de luz e um amor condenado desde o início para, enfim, entender e aceitar que existe luz e trevas dentro de cada um.
Na realidade heterotópica de Deusa de sangue, FML Pepper tece uma crítica sutil a padrões, costumes e uma sociedade fundamentalmente patriarcal. Marca registrada da autora, a obra é um romance repleto de fantasia e reviravoltas, trazendo os elementos que uma verdadeira Rainha da Fantasia Romântica pode oferecer: vilões enigmáticos, protagonistas fora dos padrões, jornadas épicas e – claro – amores impossíveis!
TRECHOS DO LIVRO
“O curadok balança a cabeça, não responde. Meu futuro glorioso, aquele que ele mesmo disse ser certo e cristalino, transformou-se em um labirinto sem saída. Afundo o rosto nas mãos. Garotas miúdas e mais novas já sangraram e, como prêmio, puderam participar da Cerimônia de Apreciação uma, duas e até mesmo pela terceira vez enquanto eu – enorme desse jeito – ainda estou assim, aqui!”
“Todas as mulheres nascem com este sonho do príncipe encantado que tem prazo de validade para se realizar: três anos. Se uma garota não for escolhida por um aristocrata em uma das três temporadas após seu sangramento, será o fim do conto de fadas e o triste retorno ao caldeirão do inferno da vida real.”
“E, em meio ao rodopiar atordoante, algo se expande em minha mente, reluzente, absurdo, mortal… Uma ideia! Aquela que me conduziria para um caminho sem volta. Estremeço por inteira. Para colocá-la em ação, coragem apenas não seria suficiente. Eu precisaria me tornar aquilo que sempre me gerou pavor…”
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) costuma apresentar questões importantes para a sociedade. O candidato que vai prestar o exame precisa ter conhecimento sobre os temas em evidência, seja no Brasil ou no restante do mundo.
De acordo com o professor de Língua Portuguesa, Literatura e Redação do Colégio Positivo – Londrina, Mateus Fernando de Oliveira, é fundamental se manter atento aos acontecimentos da atualidade. “Fatos que se transformam em notícias ou problemas políticos, econômicos e sociais enfrentados pela sociedade são sempre fortes candidatos a surgir nas provas. Os estudantes que se preparam para os vestibulares e para o Enem devem estar sempre acompanhando o que acontece no mundo e aprofundando o repertório cultural e social por meio da leitura”, afirma Mateus.
Para ajudar aqueles que vão prestar o Enem este ano e querem aumentar o conhecimento sobre atualidades, o professor preparou uma lista de autores e obras que podem contribuir para a formação cidadã e o desenvolvimento da capacidade crítica dos estudantes.
Ideias para adiar o fim do mundo – Ailton Krenak
O livro do filósofo, ambientalista e líder indígena traz uma série de reflexões sobre ancestralidade e valorização dos povos originários do Brasil, que pode cair no Enem. Krenak questiona o desenvolvimento moderno e a humanidade, além de ajudar na desconstrução do preconceito estrutural existente contra os povos indígenas.
A Civilização do Espetáculo: uma radiografia do nosso tempo e da nossa cultura – Mario Vargas Llosa
O escritor peruano, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, apresenta reflexões profundas sobre arte e cultura, passando pela banalização das artes e da literatura, pelo triunfo do sensacionalismo na comunicação social e as frivolidades da política.
E se Obama fosse africano? – Mia Couto
A obra é um compilado de intervenções do escritor moçambicano sobre corrupção, autoritarismo, ganância, ódio racial e religioso; os artigos são quase todos transcrições de palestras proferidas pelo autor na África, Europa ou Brasil. Apesar da visão dura com determinados temas, Mia destaca também a riqueza das culturas locais e do vigor artístico, sobretudo do continente africano.
21 lições para o século XXI – Yuval Noah Harari
O celebrado professor de História e escritor israelense traz lições que envolvem os desafios mais proeminentes da atualidade: guerras nucleares, cataclismos ambientais, epidemias, fake news, ameaças de terrorismo e tantos outros.
Tudo sobre o amor – Bell Hooks
A teórica e ativista antirracial americana procura elucidar o que é de fato o amor, tanto nos relacionamentos amorosos quanto nas amizades e entre familiares, apontando o amor como uma ação transformadora na contemporaneidade.
Pequena Coreografia do Adeus – Aline Bei
Uma narrativa sobre o quanto a escrita pode se tornar um refúgio e alento em meio a um ambiente familiar marcado por constantes brigas e carência de afeto.
Canção para ninar menino grande – Conceição Evaristo
A intelectualidade e genialidade de Conceição Evaristo trazem neste livro um mosaico afetuoso de experiências negras, principalmente no que se refere às masculinidades insurgentes no contexto brasileiro.
Flores da Batalha – Sérgio Vaz
O livro de poemas expõe as dificuldades no cotidiano dos trabalhadores e dos menos favorecidos no Brasil. A obra reaviva sonhos e atualiza o que Mário de Andrade clamava em 1924 de “Brasil com alma”, afinal, o brasileiro tem uma alma feita de sonhos e de lutas.
O despertar de tudo – David Graeber e David Wengrow
Neste livro, os autores propõem uma nova história da humanidade, questionando tudo o que se conhece até aqui, desde o desenvolvimento da agricultura e das cidades até as origens do Estado, da democracia e das desigualdades. Uma obra revolucionária, que oferece uma nova perspectiva de humanidade para o leitor.
Breves lições para compreender o racismo estrutural e sua propagação no Brasil. Um manual que apresenta caminhos para reflexão, para que o leitor possa combater o racismo e a naturalização de práticas racistas.
Dramas familiares e temas delicados não são novidade quando unidos na literatura. Mas fazer essa mistura adicionada a uma dose perfeita de bom-humor, é tarefa para poucos autores. Foi assim, com ousadia e muito talento que Felipe Fagundes escreveu “Gay de Família”, história que mescla debates importantes embrulhados em um bom humor que nos faz rir com os olhos ainda marejados. A obra chega às livrarias através da editora Paralela, selo pertencente ao Grupo Companhia das Letras. A história, inclusive, já teve seus direitos negociados para virar filme.
“Gay de Família” nos apresenta Diego, protagonista da trama. Diego espera tudo de ruim dos próprios parentes, mas tudo mesmo. Que o pai tenha uma segunda família. Que a mãe comande um esquema de tráfico humano. Que o irmão lave dinheiro. Por serem versados em todos os crimes do manual da família tóxica, Diego decidiu ser gay bem longe deles. E tudo vai muitíssimo bem, obrigado.
“De zero a dez na Escala Gay, esse livro é um mil. Absolutamente hilário” ― Pedro Rhuas, autor de ‘Enquanto eu não te encontro’, sobre o livro
Porém, às vésperas de uma viagem aguardadíssima com amigos, seu irmão aparece implorando por um favor: que Diego seja babá dos três sobrinhos por um final de semana, crianças com as quais ele nunca conviveu. De olho na grana que o irmão promete pagar e acreditando piamente no seu potencial como tio, ele aceita a proposta sem imaginar que os pequenos são, no mínimo, peculiares.
O que a princípio parece moleza, mesmo envolvendo uma gata demoníaca, um amigo imaginário e um porteiro potencialmente sádico, acaba se revelando um desafio quando Diego percebe que terá que revirar seus sentimentos e provar que pode dar conta do recado, sem perder o rebolado que apenas um tio gay é capaz de manter.
O livro também critica a noção de que a convivência entre gays e crianças se restringe a casos de abuso ou pedofilia, como infelizmente muito se mostra na mídia. Pessoas LGBT+ e os pequenos podem, sim, a exemplo do livro, desenvolver relações de afeto, respeito e confiança entre si, haja vista tantos casais homoafetivos que atualmente adotam crianças e são verdadeiros exemplos de pais e mães amorosos.
“Gay de Família” nos ensina noções valiosas sobre família, pertencimento e respeito. É o tipo de leitura que mostra o valor da escrita para o público adulto, em especial aquele que embandeira uma maior representatividade gay além das ficções adolescentes. Felipe mostra ser um autor preocupado com valores e com a formação de cidadãos sóbrios, questionadores e equilibrados em suas opiniões e valores.