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Resenha: Heartstopper 1 – Dois garotos, um encontro, Alice Oseman

Charlie Spring e Nick Nelson não têm quase nada em comum. Charlie é um aluno dedicado e bastante inseguro por conta do bullying que sofre no colégio desde que se assumiu gay. Já Nick é superpopular, especialmente querido por ser um ótimo jogador de rúgbi. Quando os dois passam a sentar um ao lado do outro toda manhã, uma amizade intensa se desenvolve, e eles ficam cada vez mais próximos.

Charlie logo começa a se sentir diferente a respeito do novo amigo, apesar de saber que se apaixonar por um garoto hétero só vai gerar frustrações. Mas o próprio Nick está em dúvida sobre o que sente – e talvez os garotos estejam prestes a descobrir que, quando menos se espera, o amor pode funcionar das formas mais incríveis e surpreendentes.

Heartstopper é um livro que me pegou totalmente desprevenido. Eu, não conhecia a narrativa. O pessoal da Companhia das Letras, num sábado, mandou pra minha casa os dois primeiros volumes, como fazem todos os meses com lançamentos que tem a minha cara. E olha… devo dizer que eles acertaram em cheio com essa escolha.

Heartstopper 1 – Dois garotos, um encontro é um livro de capa dura, super bem feito, com uma história que se desenvolve em quadrinhos. Começa contando a narrativa de Charlie Spring, um garoto nerd do primeiro ano, que se assumiu gay para a escola toda – um colégio só de meninos – e agora precisa lidar com a popularidade que veio por conta disso e de todo o bullying que ele sofreu ao sair do armário.

Já no começo do livro, sabemos que Charlie tem um romance secreto com Ben, um garoto hétero que, percebemos, o trata super mal. Felizmente, em uma troca de turmas, nosso protagonista conhece Nick, o garoto popular que está no time de rúgbi da escola.

E é nesse momento, em que os dois passam a se encontrar todas as manhãs, que se desenvolve uma amizade lindíssima que deixa a gente shippando desde o começo. Charlie ajuda Nick com os estudos, Nick convence Charlie a ir para o time de rúgbi… Até que os sentimentos entre os garotos ficam confusos. Estaria Charlie apaixonado por um menino hétero? Nick, que sempre gostou de meninas, estaria gostando agora de meninos?

Heartstopper 1 é um romance sobre amizade, descobertas e principalmente, parceria. Antes de se apaixonarem um pelo outro, Nick e Charlie são grandes amigos que se entendem, se protegem e se gostam. E ah, sim, eles se beijam e isso não pode nem ser considerado um spoiler. A tensão que esses dois passam com o passar das páginas… ai ai ai.

Devorei o livro em 30 minutos, já que, apesar de ter quase 400 páginas, tem uma leitura leve, fluida e muito rápida (e por ser em quadrinhos, isso também ajuda muito). Os desenhos são lindos, a tradução de Guilherme Miranda está impecável – não parece que foi “só” traduzido. As mensagens são verossímeis e poderiam ser enviadas por eu ou você e isso faz com que a experiência seja ainda mais real.

É um livro para chorar, rir e deixar o coração quentinho. Devorei o primeiro volume e já fui correndo para o segundo, que escreverei uma resenha depois. Recomendo demais, dou o céu todo de estrelas e preciso urgentemente das continuações.

Fiquei sabendo também, recentemente, que Heartstopper vai ser uma série da Netflix! Vai ser lindo. <3

* Os preços aqui divulgados são de responsabilidade do anunciante e podem ser alterados sem aviso prévio.

Ter um pet em casa pode servir de apoio ao estresse e à depressão
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Ter um pet em casa pode servir de apoio ao estresse e à depressão

Você também se sente mais preocupado e com um pouco de angústia, ultimamente? Como estamos vivendo um momento de incertezas do futuro, é comum que nossa saúde seja afetada, mas é muito importante se atentar aos sinais e procurar ajuda de um especialista. Se você tem um pet em sua casa, saiba que ele pode ajudar consideravelmente a diminuir sintomas de ansiedade, estresse e depressão; e isso já foi cientificamente comprovado.

Ter um animal de estimação por perto ajuda a diminuir a sensação de solidão e contribui com a autoestima, já que eles nos passam tanto amor que nos fazem sentir melhores, não é mesmo?

Além disso, transmitem uma sensação de positividade e isso é traduzido com inúmeros benefícios para nosso organismo. Você que já tem um pet sabe muito bem como é estar perto dele e como esse carinho é imenso. Eles nos fazem companhia, se tornam parte da nossa família e nos fazem bem.

Se você ainda não tem um animal de estimação, mas pensa em ter, é importante escolher direitinho o tipo de bichinho para você e levar em consideração o seu estilo de vida. Lembre-se que é uma vida e ela precisa de muitos cuidados e atenção, além de uma reserva de dinheiro não só para alimentação e itens de higiene, mas também para consultas veterinárias, exames, medicamentos e o que ele precisar.

Um novo membro na nossa família:

Quando decidimos ter um cachorrinho foi exatamente em um momento delicado, no qual a depressão tinha batido na porta de nossa casa. O Bolinha, nosso fiel shih tzu, foi quem nos escolheu como sua família e agradecemos a ele todos os dias por ter nos acolhido em seu coração. Esteve conosco, e está, em todos os momentos: durante períodos angustiantes, aliviando a ansiedade e até mesmo acompanhando minha mãe nos momentos mais delicados de saúde. Foi como um combustível para nós e com certeza seria muito mais difícil passar por toda nossa história sem ele. Depois, vieram mais três meninas. Todos formando essa linda família e enchendo nossa casa com mais amor e alegria.

Nos ensinaram muita coisa e a criar uma rotina, o que é essencial para não dar brechas para a ansiedade. Claro que nem tudo foi maravilhoso, tivemos muito gastos de saúde e muita correria; mas tudo acabou bem. Afinal, poder sentar no sofá após um dia cansativo e ter a companhia deles ao nosso lado, não tem preço. Acalma qualquer coração.

Autocuidado é essencial:

Independente de ter um pet em sua casa ou não, a saúde mental é importante e uma das coisas que pode te ajudar é ter o autocuidado. Isso envolve terapia com um especialista, praticar um hobby que você goste, uma atividade física e enfim, ter esse momento para você.

Criar a sua rotina, não se cobrar tanto e ter em mente os seus limites é essencial.

Duas xícaras com um delicioso chá
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Conheça plantas fáceis de cultivar que rendem um ótimo chá

Durante o período de quarentena, devido a pandemia da Covid-19, muitas pessoas passaram a adotar novos hábitos ligados a hobbies e bem estar. Com o distanciamento social, a necessidade de ficar mais tempo em casa transformou a rotina de muita gente que tem buscado incluir atividades estimulantes e desestressantes para que a vida em isolamento não se torne entediante ou prejudicial à saúde. Sendo assim, nada mais relaxante e satisfatório do que tirar um tempo para preparar e saborear uma deliciosa xícara de chá.

+ Plantas no quarto ajudam a purificar e umedecer o ar

Além de ser natural, apetitoso e versátil, o chá pode trazer vários benefícios, entre eles o fortalecimento da imunidade. Por isso, Bruno José Esperança, diretor geral da Esalflores, maior rede de floriculturas do país, preparou uma lista especial com sugestões de plantas fáceis de cultivar em casa, com funções terapêuticas, ideais para o preparo de um delicioso chá, veja:

Hortelã: muito comum e podendo ser cultivada até mesmo em pequenos vasos, a hortelã melhora a digestão e alivia dor e náusea. Além disso, pode minimizar coceiras e sintomas de gripe, sendo eficiente também para a melhora da saúde bucal.

Menta: possui efeito analgésico, reduz enjoo, diminui os efeitos de tosses e dores de garganta, ajuda a reduzir o estresse e é indicada, também, para auxiliar em dietas de emagrecimento.

Erva Cidreira: bastante comum em todas as regiões do Brasil, tem propriedades tranquilizantes que colaboram com a melhora na qualidade do sono, alívio da dor de cabeça, além de combater gases e ser muito benéfica para o sistema digestivo.

Boldo: uma das principais ervas medicinais para tratamento de problemas estomacais. O chá ajuda na digestão, melhora o funcionamento do fígado, reduz azia e auxilia na minimização dos efeitos da gastrite.

Camomila: muito usada como um calmante natural, também traz benefícios para a digestão, diminui cólicas e alivia enjoos.

Losna: com ação anti-inflamatória, benéfica para o fígado, melhora a digestão, além de ser indicada para combater vermes.

Malva: recomendada para o alívio de dor de garganta, faringite e gastrite. O chá auxilia no tratamento de infecções e prisão de ventre, além de possuir efeitos contra aftas.

Salvia: eficaz na diminuição de azia e cólicas menstruais e no tratamento de tosse e garganta inflamada. Pode colaborar, também, com redução da insônia e perda de memória.

Melissa: com propriedades desintoxicantes, é indicada para baixar a febre, além de ajudar com a redução dos efeitos de estresse e depressão.

Erva-Doce: ajuda no combate a problemas estomacais, reduz gases e diminui inchaço, além de fortalecer a imunidade.

Cavalinha: traz benefícios para funcionamento dos rins, diminui retenção de líquido e ajuda no combate das doloridas aftas. Pode ajudar, também, no controle da oleosidade da pele.

Manjericão: alivia dores, combate o mal hálito e ajuda no tratamento de problemas estomacais e respiratórios.

dia mundial da poesia
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Dia Mundial da Poesia: 4 livros que trazem humor, charadas e outras emoções em versos

No dia 21 de março é celebrado o “Dia Mundial da Poesia”. Escolhido na Conferência Geral da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em 1999, a data tem o intuito de reconhecer e impulsionar os movimentos poéticos nacionais, regionais e internacionais. Além disso, naquela ocasião, consta que um dos objetivos principais era ajudar os jovens a redescobrirem valores essenciais e permitir a reflexão sobre si mesmo.

Um artigo realizado na Universidade do Planalto Catarinense revelou que no quesito infantil a poesia tem uma relevância muito grande, porque no âmbito escolar ela pode apresentar experiências humanas, de uma maneira mais leve e didática em suas estrofes, que complementam o conhecimento sobre o mundo real.

No momento de pandemia que estamos vivendo, a poesia também se mostra essencial. Ela serve como um escape do mundo real para um lugar que traduz emoções e reflexões em versos. Sabendo da importância desse gênero literário em qualquer idade, a Disal, referência no mercado editorial, selecionou alguns livros para celebrar, inspirar e influenciar a leitura de poesias.

Confira:

A Poesia Pede A Palavra – Lalau e Laurabeatriz

Palavras miúdas e simples, como “Até”, “Igual”, “Talvez”, “Quem” e “Se” são o ponto de partida para uma obra poética cheia de rimas e metáforas. Da dupla Lalau e Laurabeatriz, que já assinaram 50 livros juntos, todos os 24 poemas do livro falam das coisas simples, bonitas, profundas e complexas da vida. Do vaga-lume que brilha, sozinho, numa noite cheia de estrelas, à constatação ética e poética de que eu, tu, ele, nós, vós e eles somos iguais, afinal de contas. O humor também aparece – se há mais mistério entre o céu e o telescópio, o que há entre o olhar e o caleidoscópio? E, como poesia boa deixa sempre aquele ponto de interrogação dentro da gente, aqui, a certeza fica em dúvida e nasce então um talvez!

Saiba mais:  https://cutt.ly/HzhFxWO

Toda Poesia de Augusto dos Anjos – Augusto dos Anjos

Um dos poetas mais importantes e estudados do país em novo projeto gráfico A banalidade, o pessimismo, a morte, o escatológico, a ciência e o cotidiano são as principais matérias-primas para Augusto dos Anjos, autor paraibano que desafiou, de forma corajosa e independente da crítica, os formatos, as convenções e as temáticas tradicionalmente associadas à poesia de então. Contemporânea e ao mesmo tempo retrato de uma época, a obra de Augusto mantém-se questionadora e, portanto, necessária. A presente coletânea, cuja organização e prefácio são de Ferreira Gullar, é de enorme importância histórica e literária. Um verdadeiro presente.

Saiba mais: https://cutt.ly/9zhGlU6

Varal de Poesia – Henriqueta Lisboa + José Paulo Paes + Mário Quintana + Fernando Paixão

Em mundo cheio de seres imaginários e situações absurdas. De jogos, charadas e adivinhas. Um mundo musical, cheio de mistério e de encanto, de surpresas e de emoções. É o que você encontrará neste livro, escrito por quatro poetas brasileiros.

Saiba mais: https://cutt.ly/FzhHlGY

Toda Poesia – Paulo Leminski

Ao conciliar a rigidez da construção formal e o mais genuíno coloquialismo, o autor praticou ao longo de sua vida um jogo de gato e rato com leitores e críticos. Se por um lado tinha pleno conhecimento do que se produzira de melhor na poesia – do Ocidente e do Oriente -, por outro parecia comprazer–se em mostrar um ´à vontade´ que não raro beirava o improviso, dando um nó na cabeça dos mais conservadores. Pura artimanha de um poeta consciente e dotado das melhores ferramentas para escrever versos. Este volume percorre a trajetória poética completa do autor curitibano, mestre do verso lapidar e da astúcia.

Saiba mais em: https://cutt.ly/YzhJD7W

Presentes de Natal
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Três opções de presentes de Natal para amantes de leitura

Depois de um ano introspectivo, como 2020, o período de festas está cada vez mais reflexivo e o comportamento se reflete também na escolha dos presentes. Se a pedida é tirar um tempo para olhar para dentro, expandir a mente e adquirir conhecimentos sobre diversos assuntos, listamos abaixo 3 opções de livros que são presentes de Natal certeiros para amigos, família e colegas de trabalho que são apaixonados por uma boa leitura:

1- Valor Presente (Pedro Salomão – Ed. Best Business)

Para o escritor carioca Pedro Salomão, o maior presente de nossas vidas é poder viver e aproveitar o AGORA. A importância de desacelerar e aproveitar o caminho, é tão essencial quanto o resultado final. Esse foi o tema escolhido para “Valor Presente – A estranha capacidade de vivermos um dia de cada vez”. Repetindo as doses de energia e reflexões positivas, que fizeram sucesso nos dois livros anteriores, o escritor Salomão entrega todo o seu entendimento de que o amor é o principal propósito da vida, além de trazer um aprofundamento sobre o valor de se aproveitar o presente, que mesmo com tantas dificuldades como uma pandemia e crises assolando a vida de todos, apresenta nas coisas mais simples; como estar com a família, pessoas que amamos e tendo um tempo para olhar pra dentro; a esperança de uma vida plenamente satisfatória.

2- Gente feliz não enche o saco (Erika Linhares – Ed. Best Business)

No livro, Erika conta sobre sua trajetória pessoal e profissional desde a adolescência vivida em Sete Lagoas, em Minas Gerais, até se tornar uma empreendedora, sócia da B-Have, empresa em que dá palestras e cursos em empresas pelo Brasil todo. Na obra Erika também conta e ensina como conquistar sucesso na carreira. Além de ser executiva, ela é pedagoga e tem método e didática para falar sobre o assunto. A cada capítulo, os leitores aprendem diferentes ensinamentos com base em experiências vividas pela empresária ao longo da carreira. Cada capítulo termina com um quadro de lições aprendidas, em que a empreendedora leva os leitores a refletirem sobre o que foi lido, além de incentivar que todos tenham mais atitudes e se coloquem menos na posição de vítimas. Entre os ensinamentos, estão a importância de aprender com os erros, ajudar mais as pessoas e julgar menos, cair e levantar, ser grato pelo que tem hoje, ser um chefe mais humano que ensina seus funcionários, etc.

3- Cavaleiro das Américas rumo ao fim do mundo (Filipe Masetti – Editora Ex Parte Press)

A obra, publicada pela editora Ex Parte Press, traz detalhes da segunda viagem feita pelo aventureiro por toda a América: o trecho de 7,5 mil km de Barretos, no Brasil, a Ushuaia, na Argentina, e conta com prefácio escrito pelo ator Caio Castro. A jornada se dividiu em três. Na primeira, de Calgary, no Canadá, a Barretos, no Brasil, ele percorreu 16 mil quilômetros. E a última e mais recente, de Fairbanks, no Alasca, a Calgary, no Canadá, teve 3,5 mil quilômetros percorridos. Depois de enfrentar meses de depressão após o retorno de sua primeira viagem, Filipe resolveu iniciar a segunda jornada com um propósito: ajudar o Hospital de Câncer de Barretos levando informações sobre o diagnóstico precoce da doença para famílias. Foi também neste trajeto até Ushuaia, no deserto da Patagônia, que ele conheceu o amor de sua vida: a argentina Clara. Filipe e seus cavalos também passaram por inúmeros desafios e dificuldades no percurso como ursos pardos, temperaturas diversas entre calor intenso de 45 graus e frio abaixo de 15 graus negativos, cartéis de drogas, estradas completamente vazias, desertos, rios, montanhas, neve, florestas e, claro, muitos imprevistos. Persistente, cruzou países em trechos nem sempre fáceis de percorrer, beirando abismos e passando ao lado de caminhões a 120 km/h.
Autor dicas ficção e terror
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Autor dá 3 dicas para entrar de cabeça no mundo do terror e da ficção

Você sabia que cerca de 44% da população brasileira não lê? A média, segundo pesquisa divulgada na 4ª edição dos “Retratos da Leitura no Brasil”, é de 2,43 livros por ano. Para leitores vorazes, esse número parece uma afronta. Mas vamos lembrar que vivemos em um país de muitas desigualdades e que são muitos os fatores que contribuem para essa realidade.

Entre eles, a desigualdade social, o analfabetismo, a falta de estrutura familiar e inclusive o sistema educacional contribuem para uma falta do hábito de ler. Se já existe esse hábito na família, a chance de perdurar pelas gerações é sempre maior. Para conquistar o hábito, aí é preciso uma dose extra de vontade e algumas mudanças de comportamento, entre elas, ter dedicação para adquirir uma nova forma de ver o mundo.

Escolher um tema que ame muito pode tornar essa tarefa menos enfadonha e até acelerar o processo, segundo AT Sergio, escritor romancista que sempre teve uma predileção pelo Terror. Ele dá, aqui, três dicas para quem já gosta do gênero e quer mergulhar de uma vez por todas no mundo da literatura de terror/ficção/suspense;

  1. Ambientação

O escritor passou para a história situações de tensão e medo e uma boa ambientação no ato da leitura ajuda a submergir nas páginas, entrando nas cenas com a mente e com o coração. Meia luz e um som instrumental ao fundo podem fazer mágica no cenário de leitura, nos fazendo entrar firmes na história.

  1. Diferentes estilos

Não se prenda a um estilo de escrita apenas. Diversifique. Alguns autores, me incluo nessa lista, gostam de variar a forma de escrever, principalmente em histórias curtas. Então, se não foi possível encaixar a forma à sua expectativa, leia outros textos, do mesmo ou de outro autor. Certamente você encontrará algo do que não será possível se desvencilhar, indo até o final da obra, roendo as unhas, torcendo, ou não, pelos protagonistas.

  1. Fuja dos clássicos

Se você não tem o hábito de ler terror/ficção/suspense, não comece pelos clássicos. Esses foram escritos em uma época diferente, onde a escrita precisava de um formalismo exacerbado, dificultando a leitura e o entendimento. Claro que você pode iniciar por uma obra de Poe e Lovecraft, mas temos autores atuais com estilos muito dinâmicos e diretos, mantendo a atenção do leitor e a voracidade com que viramos as páginas em busca do final do livro.

Quando lemos, deixamos nossas mentes divagando em mundos além do que entendemos como realidade. E é nesse exercício viajante que nosso cérebro se mantém ativo e ávido por aprender e apreender informações e histórias. Nossa criatividade, imaginação e capacidade de raciocínio agradecem!

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Dia do Escritor: 10 dicas para se tornar escritor

Dia 25 de Julho é comemorado o Dia do Escritor, data instituída em 1960 pelo então presidente da União Brasileira de Escritores, João Peregrino Júnior, e pelo seu vice-presidente, o célebre escritor Jorge Amado.

A data surgiu após a realização do I Festival do Escritor Brasileiro, iniciativa da UBE. O grande sucesso do evento foi primordial para que, por intermédio de um decreto governamental, a data fosse instituída com a finalidade de celebrar a importância do profissional das letras.

Poesias, romances, infantis, biografias, técnicos, livros de negócios e obras de não ficção… são diversas as categorias de livros para seguir como autor. Porém, uma carreira de escritor pode significar mais do que apenas escrever livros. Você pode se tornar um jornalista, tradutor, blogueiro, redator profissional de livros, roteirista – vários nichos de mercado precisam de escritores.

Então, se você quer seguir essa carreira, por onde começar? Sugiro algumas orientações para você começar bem:

• Leia o maior número de livros possíveis. Sua escrita só cresce ao longo do tempo se você ler, ler e ler.

• Defina quais são seus objetivos como escritor. Você quer escrever livros? Você deseja criar um blog e publicar artigos para compartilhar seu conhecimento e experiências com seus clientes? Você busca ajudar outras pessoas na escrita de seus textos?

• Participe de grupos de escritores e oficinas literárias, assim como faça cursos de redação, escrita criativa, storytelling. Tudo isso ajuda muito a melhorar a técnica e a qualidade de sua escrita.

• Crie o hábito de escrever todos os dias. Não importa, se no início, você tenha apenas 15 ou 30 minutos diariamente para dedicar à escrita.

• Comece escrevendo sobre assuntos que você goste e tenha familiaridade. É muito mais fácil criar o hábito diário de escrever quando tratamos daquilo que entendemos

• Não espere para se chamar ou ser chamado de escritor. Você não precisa ter um livro publicado para ser escritor. Você é escritor se está escrevendo – trabalhando nisso, aprendendo, progredindo. Não importa se você é iniciante.

• Não desista. Você encontrará pedras no caminho. Há dias, por exemplo, em que você sentará e produzirá pouco. É normal e acontece inclusive com escritores experientes. Sente-se na cadeira todos os dias e escreva as palavras na página. Nem todas serão perfeitas, mas escrever é a única maneira de melhorar. O importante é que você esteja determinado a escrever e coloque a escrita no centro de prioridades de sua vida.

• Estude, pesquise, trabalhe duro, aceite feedbacks e contribuições de leitores e outros escritores mais experientes e editores de livros, jornais e revistas.

• Coloque no ar o seu site de escritor com um blogue integrado dentro dele. Disponibilize lá informações sobre sua trajetória, textos, resenhas de livros que recomenda, os eventos que irá participar e todo tipo de informação que achar relevante. Convide as pessoas para acessarem, lerem seus textos e deixar comentários.

• Faça networking. Conheça pessoas da sua comunidade, se envolva, construa relacionamentos com seus leitores. Apresente-se e conheça escritores que você admira, buscando aprender com a experiência deles. Ganhar experiência não é apenas escrever; é sobre construir relacionamentos. Quanto mais pessoas você conhece, mais oportunidades surgirão no seu caminho.
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LGBTQIA+: Do armário para a sala

Com a chegada das séries internacionais aos nossos computadores entre as décadas de 90 e 2000 e principalmente com o crescimento de streamings, como Netflix e Amazon, observamos também a evolução da temática LGBTQIA+ nas histórias, anos-luz à frente da realidade brasileira, ainda hoje repleta de estereótipos e superficialidades nas produções.

Quando a Netflix era só mato, a TV americana Showtime lançou Queer as Folk (2000-2005) e, anos depois, The L Word (2004-2009), duas séries que retratavam a cultura LGBTQIA+: não apenas personagens gays ou lésbicas dentro de um contexto heteronormativo, mas sim o universo LBGTQIA+ com seus protagonistas, cenários, enredos, dramas, romances, vidas sexuais e, claro, homofobia. Lembro de assistir e reconhecer o ambiente onde estava inserido e, pela primeira vez, perceber que a minha realidade e a dos meus amigos foi representada. Para o mercado, foi um chute na porta ao personificarem seres humanos e universos, até então, invisíveis.

A partir daí muitos roteiristas decidiram incluir personagens LGBTQIA+ em suas séries, a maioria consciente da necessidade de representatividade em suas histórias. Uma delas foi a americana How To Get Away With Murder (2014-2020, Netflix): Connor Walsh (Jack Falahee) é um jovem advogado, bonito, um tanto sem escrúpulos, que entra para a equipe criminalista liderada por Annalise Keating (Viola Davis). Connor é gay, mas a série retrata sua história pessoal como retrata a dos outros personagens, sem utilizar a orientação sexual dele para alívio cômico – tudo dentro do universo gay que Connor vive. Sem spoilers, mas temas tão presentes no mundo LGBTQIA+, como sexo descartável, HIV e casamento aberto, são abordados.

Com um terreno fértil sendo criado, a série Transparent (2014, Amazon) ousou ao contar a história de uma família que recebe a notícia de que o homem que eles conheciam como pai é uma mulher transgênero. E, recentemente, Pose (2018, Netflix) voltou à Nova York dos anos 80 e mostrou mulheres trans, expulsas de suas famílias, que criaram casas de acolhimento para pessoas na mesma situação de vulnerabilidade. A série é primorosa em retratar a dor, o preconceito (inclusive dentro da própria comunidade LGBTQIA+), a falta de oportunidades e as dificuldades da autoaceitação, tudo com um humor ácido e irresistível. No fim da temporada, você só quer dar um abraço na Blanca e (até) na Elektra, pois suas dores são diferentes, mas igualmente cruéis.

Quer uma série mais leve, mas igualmente necessária? A britânica Sex Education (2019, Netflix) é uma comédia que retrata os conflitos de jovens descobrindo suas vidas sexuais. Um detalhe simples que resume o DNA da série é o fato de o melhor amigo do protagonista, branco e heterossexual, ser um jovem negro e gay, e nenhum desses dois assuntos sequer ser motivo de conversa entre eles. Mas, como a sociedade não entende com a mesma tranquilidade, os conflitos acontecem. É um banho de naturalidade como gostaria de ver nas novas gerações, seja no Reino Unido, seja no Brasil.

A arte é uma ponte necessária para o entendimento do universo LGBTQIA+, principalmente para a conscientização de uma sociedade alimentada há anos com estereótipos e preconceitos. E, quando essa ponte está na sala de casa, dentro de uma série, apresentar personagens verossímeis traz a esperança de aproximar os dramas da ficção às dores reais de uma comunidade ainda tão vítima de discriminação.

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Dia do Amigo: Livros para agradar diferentes estilos

Dia do Amigo, que também é o Dia Internacional da Amizade, é celebrado hoje, em 20 de julho. A data foi criada pelo médico argentino Enrique Ernesto Febbraro, que considerou a chegada do homem à Lua como um símbolo de união entre os seres humanos. Como toda amizade é cheia de boas histórias, amigo que é amigo encontra nos livros os melhores presentes! Para ajudar na escolha, veja essas dicas para os mais variados tipos de amizade:

Amigo Nerd: Mitologia Nórdica – Neil Gaiman

Uma jornada da origem do universo até o fim do mundo. Quem, além de Neil Gaiman, poderia se tornar cúmplice dos deuses e usar de sua habilidade com as palavras para recontar as histórias dos mitos nórdicos. Fãs e leitores sabem que a mitologia nórdica sempre teve grande influência na obra do autor. Depois de servirem de inspiração para clássicos como Deuses americanos e Sandman, Gaiman agora investiga o universo dos mitos nórdicos. Em Mitologia nórdica, ele vai até a fonte dos mitos para criar sua própria versão, com o inconfundível estilo sagaz e inteligente que permeia toda a sua obra. Fascinado por essa mitologia desde a infância, o autor compôs uma coletânea de quinze contos que começa com a narração da origem do mundo e mostra a relação conturbada entre deuses, gigantes e anões, indo até o Ragnarök, o assustador cenário do apocalipse que vai levar ao fim no mundo.

Amigo Vegano: Os Segredos Veganos De Isa – Isa Chandra Moskowitz

A missão deste livro é ajudar você a preparar pratos saborosos sem carne, com ingredientes frescos, para o dia a dia. A maioria das receitas não precisa de mais do que 30 minutos para ficar pronta, e mesmo as mais demoradas são práticas, pois permitem que você tenha tempo livre enquanto os ingredientes cozinham em fogo baixo ou douram no forno. São ensopados quentinhos e saladas fresquinhas, sanduíches que valem por uma refeição e refogados que alimentam um batalhão, receitas para o café da manhã, para o almoço de domingo e muito mais.

Amigo Chef: As Deliciosas Receitas Do Tempero De Família – Rodrigo Hilbert

As receitas têm mais que sabores, têm ligações emocionais com a infância, o jeito de cozinhar da mãe, as histórias de família que beiravam o fogão. Rodrigo Hilbert transporta para seu livro, com quarenta e nove receitas e várias fotos incríveis para ensinar a fazer um delicioso salame caseiro ou um bolo de aipim que sua avó servia no café da tarde, a mesma irreverência com que apresenta o programa “Tempero de Família”, no canal GNT. Sua marca registrada é mesclar simplicidade no preparo das iguarias e descontração na hora de contar casos divertidos relacionados às receitas. O resultado é uma comida para alegrar a alma.

Amigo Workaholic: Desligue – Suze Yalof Schwartz

Desligue é o guia definitivo para todos que já tiveram vontade de meditar, mas acharam que seria complicado demais, esquisito demais ou que não teriam tempo. Com uma abordagem moderna e divertida, Suze Yalof Schwartz derruba todos os mitos que transformam a meditação em uma tarefa árdua, mostrando como não é preciso ficar imóvel por um longo período nem conseguir ficar sem pensar em nada. O livro inclui diversas técnicas e dicas simples que permitem incorporar facilmente a meditação em sua vida. E prova que, ao se desconectar conscientemente por alguns minutos, você consegue acalmar os pensamentos, aliviar o estresse, retomar o foco, recarregar as energias e ser mais feliz.

Amigo Empreendedor: Papo Empreendedor – Reinaldo Domingos e Irani Cavagnoli

Iniciar um novo negócio exige muito trabalho, dedicação e uma pitada de talento. Mas, afinal, todo mundo pode ser um empreendedor? Baseados em suas experiências de sucesso, Reinaldo Domingos e Irani Cavagnoli ajudarão os leitores a enfrentar diversas dificuldades próprias do empreendedorismo por meio de um descontraído bate-papo com seis personagens fictícios e muito diferentes entre si. Certamente os leitores se identificarão com algum deles, assim como suas histórias. Além de dicas e valiosos exemplos, os autores abordarão a utilidade da aplicação da Metodologia DSOP no campo do empreendedorismo.

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O desafio da exigência de êxito

O famoso “Poema em Linha Reta” nos diz que todos os conhecidos do poeta eram verdadeiros campeões em tudo, sem derrotas ou fracassos. O poeta, ao contrário dos demais, experimenta todos os erros, inseguranças e medos humanos. Caso ainda não conheça esse poema de Fernando Pessoa com pseudônimo de Álvaro de Campos, vale a pena ler.

O empreendedorismo é uma ilusão que cabe certinho nas nossas fantasias de sucesso: se eu trabalhar bem e muito, serei vencedor em tudo! Há aqui uma certeza embutida de que somos os mestres de nosso próprio destino e, embora isso não esteja de todo errado, esse futuro sonhado é sempre brilhante e glorioso.

Nosso futuro é resultante de variáveis complexas atuais e de eventos passados que certamente desenharam nosso presente. Além disso, algumas dessas decisões são tomadas e ainda modificadas por cada um. O equívoco está em acreditarmos na liberdade plena da decisão consciente sobre nossos atos, já que há em nós uma faceta inconsciente que direciona nossos desejos em cada ato. A parte mais equivocada e triste: não há nenhuma garantia de eficácia e do futuro tão sonhado se concretizar do jeito que idealizamos.

O poder ilusório de ter o futuro nas mãos traz amarrada a certeza de amarga responsabilidade, pois se o ouro não vier, será por falta de esforço da parte do sujeito. Sabemos que as condições sociais e culturais são desiguais e que a boa vontade não é suficiente e, ainda assim, a culpa sobreviverá! E remoeremos, horas a fio, onde e como poderia ter sido feito diferente, e ensaiaremos o que deveria, o que poderia, como, e o constante ‘e se’ martelando as lembranças.

A psicanálise aposta numa determinação inconsciente e que esse é transmitido através da linguagem para além da língua trazendo consigo a cultura. Esse nos precede e nele nos enlaçamos desde o início, através do olhar e voz maternos, dos toques e cuidados que precisamos para sobreviver dada a nossa inexorável vulnerabilidade. O laço nos garantirá a vida.

Os fatos passados que hoje nos afetam podem ser interpretados e ditos de alguma outra forma e a análise se presta à escuta que tornará possível esse percurso. Ressignificar o passado é de certo modo modificá-lo na realidade subjetiva que representará uma mudança atual abrindo novas possibilidades de escolha do futuro que podemos vir a ter.

“Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo?”, continua o poeta mencionado no início. Na vida nós encontramos alegrias, mas também sofrimentos e sempre fazemos o que nos é possível. É preciso lembrar que sempre será o nosso melhor, dadas as circunstâncias, dadas as possibilidades, dada a nossa história que a tudo, em cada um desses atos, foi determinante. Alguma generosidade no cuidado de saúde mental pode representar uma qualidade de vida ímpar e valiosa.

Longe dessa exigência de êxito, talvez possamos considerar apenas o que nos seja melhor possível sempre. Talvez, lacrar e brilhar acima de todos não seja uma escolha tão feliz assim. Talvez, aceitar uma errância onde eventualmente se acerta possa trazer novamente gente para habitar nosso mundo atualmente pleno de pretensos semideuses. Portanto, deixemo-nos fracassar um pouco!