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Especial dia do comediante: 5 livros para morrer de rir

Dia 26 de fevereiro é o dia escolhido para homenagear o comediante brasileiro e o Beco traz para você uma lista de 5 livros para comemorar esse dia morrendo de rir:

1 – EU, VOCÊ E A GAROTA QUE VAI MORRER, Jesse Andrews

É uma mistura perfeita entre drama, humor e um retrato preciso da adolescência em face do amadurecimento. Na trama, Greg tem apenas um amigo, Earl, com quem passa o tempo livre jogando videogame e (re)criando versões bastantes pessoais de clássicos do cinema, até a sua mãe decidir que ele deve se aproximar de Raquel, colega de turma que sofre de leucemia. Contrariando todas as expectativas, os três se tornam amigos e vivem experiências ao mesmo tempo tocantes e hilárias, narradas com incrível talento e sensibilidade.

2 – O ANALISTA DE BAGÉ, Luis Fernando Veríssimo

A personagem representa um gaúcho, psicanalista supostamente freudiano de linha ortodoxa de palavras marcantes e ilustrativo da sabedoria popular do Rio Grande do Sul. Sua assistente, Lindaura, auxiliava-o na abordagem de casos mais difíceis.

Teve uma infância normal, onde o que não aprendeu no galpão, aprendeu atrás do galpão. O analista se diz “mais ortodoxo que pomada Minancora” ou que as Pastilhas Valda. Sua técnica do joelhaço, no entanto, é bastante heterodoxa, a depender do ponto de vista. Ela está baseada no princípio da dor maior, isto é, quando o paciente vem se queixar de suas dores subjetivas, o joelhaço aplicado no local correto oferece ao sujeito a vivência de uma dor tão mais intensa que faz com que se esqueça das dores “menores”.

3 – A LUA DE MEL, Sophie Kinsella

Ao se dar conta de que o namorado nunca vai pedir sua mão em casamento, Lottie toma uma decisão. Termina o compromisso com ele e diz o tão sonhado sim a Ben, uma antiga paixão, com quem ela havia prometido se casar se ambos ainda estivessem solteiros aos 30 anos. Os dois, então, resolvem pular o namoro, ir direto para uma cerimônia simples e seguir para a lua de mel em Ikonos, a ilha grega onde eles se conheceram. Mas Fliss, a irmã mais velha da noiva, acha que Lottie enlouqueceu. Já Lorcan, que trabalha na empresa de Ben, teme que o casamento destrua a carreira do amigo. Fliss e Lorcan, então, elaboram um plano para sabotar a noite de núpcias do casal e impedir que os noivos cometam o maior erro de suas vidas.

4 – O DIÁRIO DE BRIDGET JONES, Helen Fielding

Escrito na forma de um diário pessoal, o romance narra um ano na vida de Bridget Jones, uma mulher trabalhadora, solteira, de trinta e tantos anos e que vive em Londres. Escreve sobre sua carreira, auto-imagem, vícios, família, amigos e relacionamentos amorosos.

Bridget não só vive obcecada sobre a sua vida amorosa, mas também com os detalhes das suas várias lutas diárias contra o seu peso, o seu excesso de indulgência em álcool e cigarros e a sua carreira. Os amigos e família de Bridget são as personagens secundárias no seu diário. Esses amigos estão lá para ela incondicionalmente durante todo o romance, dando-lhe conselhos sobre seu relacionamento e apoio quando surgem problemas. Os pais de Bridget vivem fora da cidade e, enquanto eles desempenham um papel menos importante do que seus amigos, são figuras importantes na vida de Bridget. A sua mãe é uma mulher delirante com excesso de confiança, que tenta constantemente casar Bridget com um homem rico e bonito; e o seu pai é consideravelmente mais simplório, embora, às vezes, seja conduzido para estados de espírito estranhamente instáveis pela sua esposa.

5 – O ALIENISTA, Machado de Assis

Após conquistar respeito em sua carreira de médico na Europa e no Brasil, o Dr. Simão Bacamarte retorna à sua terra-natal, Itaguaí, para se dedicar ainda mais a sua profissão. Após um tempo na cidade, casa-se com a já viúva D. Evarista, uma mulher por volta dos vinte e cinco anos e que não era nem bonita e nem simpática. O médico a escolheu por julgá-la capaz de lhe gerar bons filhos, mas ela acaba não tendo nenhum sequer.

Certo dia, o Dr. Bacamarte resolve se dedicar aos estudos da psiquiatria e constrói na cidade um manicômio chamado Casa Verde para abrigar todos os loucos da cidade e região. Em pouco tempo, o local fica cheio e ele vai ficando cada vez mais obcecado pelo trabalho. No começo, os internos eram realmente casos de loucura e a internação aceita pela sociedade, mas, em certo momento, Dr. Bacamarte passou a enxergar loucura em todos e a internar pessoas que causavam espanto. A primeira delas foi o Costa, homem que perdeu toda sua herança emprestando dinheiro para os outros, mas não conseguia cobrar seus devedores. A partir daí, diversas outras personagens serão internadas pelo alienista.

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5 livros e filmes sobre a luta contra o câncer

No dia mundial da luta contra o câncer (04/02), o Beco decidiu fazer uma matéria para homenagear e lembrar de todas as vítimas da doença que enfrentam essa batalha diariamente. Para isso, escolhemos 5 filmes e livros que nos dão um gostinho do que é estar na pele deles e revelam o mais íntimo de uma pessoa que se encontra nessa situação, desde o modo como ela lida com seus sonhos, com a esquisitice da adolescência e como as pessoas ao seu redor reagem.

50%

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“50/50” foi escrito por Will Reiser, que foi diagnosticado com um tumor espinhal quando tinha 24 anos. Seth Rogen, que interpreta o melhor amigo de Adam, Kyle, é um amigo próximo de Reiser na vida real, e o filme é baseado no que aconteceu com sua amizade após o diagnóstico. A história segue a vida de Adam, um escritor de rádio que no auge de sua juventude que é diagnosticado com câncer. O filme nos ajuda a entender todos os passos de uma vítima da doença, como seus relacionamentos são afetados por elas e o mais importante, como ajudam na recuperação do otimismo frente a possibilidade de morrer.

Eu, você e a garota que vai morrer

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Tudo isso pode soar horrendamente clichê, mas o filme é atencioso e repleto de humor mordaz e de câmeras enérgicas, com uma inteligência peculiar ao retratar a vida de uma adolescente com leuemia. O filme é, principalmente, sobre a relação entre um adolescente obcecado por filmes clássicos chamado Greg e sua vizinha Rachel, que foi diagnosticada com câncer estágio IV. A mãe de Greg obriga o garoto a fazer visitas regulares a amiga de infância como forma de consolar a menina. Com o tempo, o que antes era um fardo, se torna uma bela amizade. Este é um filme divertido e comovente sobre amizade e superação.

Cartas para Deus

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Tyler Doherty é um garoto extraordinário de oito anos. Cercado por uma família e por uma comunidade cheias de amor, ele encara uma batalha diária contra o câncer. Para Tyler, Deus é um companheiro, um professor e um grande amigo por correspondência – as orações de Tyler são feitas em forma de cartas que ele escreve e envia diariamente. As cartas chegam às mãos de Brady McDaniels, um carteiro que decide responder as cartas do menino. Esse filme é baseado em uma história real e ensina o poder da família em horas como essa.

Uma prova de amor

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Ana é uma garotinha que já nasceu com o propósito de salvar a vida de sua irmã Kate, que tem um tipo de câncer muito grave desde que nasceu. Portanto, Ana é uma doadora compatível e desde que nasceu seus pais a usaram para prover o necessário para sua irmã.  Agora Kate precisará de um transplante de rim e Ana sabe que, se o fizer, sua vida será limitada.  E se não o fizer, sua irmã morrerá. Esse filme traz uma reflexão importante não apenas sobre como a família reage a doença, mas também trata de uma maneira sutil a relação vital entre as duas irmãs.

Garota das nove perucas

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Câncer não é usualmente relacionado ao humor. Mas nesse filme o cômico é parte predominante do roteiro. Contado de maneira leve e em tom de comédia suave, o filme aborda a reação de Sophie Ritter e de sua família e amigos com a notícia de que ela tem uma forma rara de tumor cancerígeno no pulmão. A partir de então, ela começa um tratamento pesado de quimioterapia. O tom cômico com o qual é contado a história faz a experiência de Sophie parecer muito mais leve e interessante. Quando seu cabelo começa a cair, a garota compra perucas diferentes e utiliza um nome diferente para cada dia que irá usar elas. Mais que uma maneira de se livrar da dor desse processo, transforma a vida em um palco de surpresas e permite que ela sinta cada vez mais vontade de existir.

A culpa é das estrelas

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Com esse livro, você pode esperar rir, chorar e se divertir de maneiras diferentes. Escrito por John Green, a história segue a vida de Hazel Grace, uma adolescente que foi diagnosticada com câncer de pulmão e atende a um grupo de apoio. Lá ela conhece um garoto chamado Augustus Waters, um menino charmoso que já teve osteosarcoma, uma forma rara de câncer de osso, mas recentemente tinha se recuperado. A partir de então, o relacionamento entre os dois deslancha e os dois vivenciam uma montanha-russa de emoções e experiências incríveis. Se você gosta de livros para jovens adultos cheios de humor e eventos espetaculares, este livro é perfeito para você.

Um amor para recordar

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Nesse livro, Landon Carter narra a história de seu último ano no final dos anos 1950 em Beaufort High, Carolina do Norte, quando ele se apaixona pela primeira vez. Uma garota tranqüila que sempre carregava uma Bíblia com seus livros escolares, Jamie parecia satisfeita vivendo em um mundo à parte dos outros adolescentes. Enquanto isso, Landon era um adolescente popular que nunca sonhara em pedir a menina para sair. No entanto, o destino faz com que os dois deslanchem em um relacionamento comovente e apaixonado, que continua forte mesmo após Landon descobrir que Jamie foi diagnosticada com um câncer terminal.

A mais pura verdade

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Em todos os sentidos que interessam, Mark é uma criança normal. Ele tem um cachorro chamado Beau e uma grande amiga, Jessie. Ele gosta de fotografar e de escrever haicais em seu caderno. Seu sonho é um dia escalar uma montanha. Mark está doente. O tipo de doença da qual algumas pessoas nunca melhoram. Então, Mark foge. Ele sai de casa com sua máquina fotográfica, seu caderno, seu cachorro e um plano. Um plano para alcançar o topo do Monte Rainier. Nem que seja a última coisa que ele faça. Durante toda a história acompanhamos a jornada do pequeno Mark rumo à montanha. Presenciamos todas as dificuldades em que ele passa, e nosso coração aperta, dói, acelera e as vezes quase para.

Como viver eternamente

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Sam vai morrer e decide escrever um livro a respeito de sua situação. O livro, que é também um scrapbook, uma coleção de listas e recortes. No entanto, o livro não fala da morte, mas da vida. Não fala do fim, mas da eternidade. Fala sobre a alegria de viver e do sentido da vida enquanto ela dura. Como viver eternamente termina com o testamento de Sam e pode ser lido também como um livro de auto-ajuda. A escrita da autora é simples como a de um menino e, exatamente por esse motivo, o livro pode ser lido de maneira muito ágil. Em suma, ele transforma os que estão ao redor, tanto dentro quanto fora do livro, e não pela pena gerada por sua condição mas pela naturalidade com a qual ele lida com a situação.

A Estrela Que Nunca Vai Se Apagar

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A estrela que nunca vai se apagar é uma biografia única, que reúne trechos de diários, textos de ficção, cartas e desenhos de Esther. Fotografias e relatos da família e de amigos ajudam a contar a história dessa menina inteligente, astuta e encantadora cujo carisma e força inspiraram o aclamado autor John Green a dedicar a ela sua obra best-seller A culpa é das estrelas. Lembrando que a história da Esther é bem diferente, muito mais complicada, dolorida e com muito menos romance.

Atualizações, Colunas

5 livros para comemorar o “dia do amigo virtual”

É, minha gente, mais uma vez Mark Zuckerberg nos mostra que ter uma auto estima lá em cima é tudo! Quem hoje não acordou com aquele videozinho fofo do dia do amigo no Facebook e pensou: hoje é o dia do amigo, vou dar parabéns para todos os meus amigos? Pois é, mas hoje não é o dia do amigo. O QUE? COMO ASSIM? O FACEBOOK DISSE QUE É! Expliquemos: o dia do amigo é comemorado internacionalmente pela ONU no dia 30 de julho e, no Brasil, no dia 20 de julho. Então, nos perguntamos: de onde raios o Facebook tirou de comemorar o tal dia em fevereiro? É aí que entra a grande auto estima de nosso amigo Zuckerberg. Ele acha que o dia do amigo deveria ser mudado para o dia de criação do Facebook (4 de fevereiro) e resolveu começar essa mudança comemorando sozinho, ou melhor, ele mais todos os milhões de adeptos da rede social.

Se você está se sentindo enganado e pensa em retirar seus votos de felicidades aos seus amigos, não faça isso. No fim das contas, é só um dia a mais criado para comemorarmos a presença de pessoas especiais em nossas vidas e celebrarmos a amizade. Aliás, quem não gosta de compartilhar um videozinho nostálgico do Facebook? Para entrar no clima e não perder a oportunidade, o Beco criou uma listinha de 5 livros para comemorar o dia que, talvez, podemos chamar de “dia do amigo virtual“.

1 – Byte Coração, Rita Espeschit

Em Byte Coração, a autora, já a partir do título, cativa o leitor por sua criatividade. O adolescente Pedro, por curiosidade, entrou em uma sala de bate-papo na internet. Escolheu um nome que impunha respeito, Teseu, o herói mitológico que matou o Minotauro. Conheceu, então, Renata que, por coincidência, usava o apelido de Ariadne, a filha do rei de Creta que ajudou o herói a matar o terrível monstro. Nasce entre eles um relacionamento afetivo saudável e prazeroso, alimentado, a princípio, só pelas conversas no chat e pelos e-mails.

O navio velejava, portanto, em mares calmos e previsíveis só que, aos poucos, Teseu e Ariadne começaram a se sentir envolvidos demais para continuarem só na tela. O que significava, sem dúvida, tempestade à vista no horizonte. Uma história que não se limita apenas ao ciberespaço. Resgata a mitologia e traz para a sala de aula a reflexão sobre muitos temas pertinentes à vida real dos adolescentes.

2 – Simplesmente acontece, Cecelia Ahern

O que acontece quando duas pessoas que foram feitas uma para outra simplesmente não conseguem ficar juntas?
Todo mundo acha que Rosie e Alex nasceram para ser um casal. Todo mundo menos eles mesmos. Grandes amigos desde criança, eles se separaram na adolescência, quando Alex se mudou com sua família para os Estados Unidos. Os dois não conseguiram mais se encontrar, mas, através dos anos, a amizade foi mantida através de emails e cartas. Mesmo sofrendo com a distância, os dois aprenderam a viver um sem o outro. Só que o destino gosta de se divertir, e já mostrou que a história deles não termina assim, de maneira tão simples.

3 – [email protected], Telma Guimarães Castro Andrade

Garoto viciado em internet se mete em confusão ao conhecer seus amigos virtuais. Metallica é o apelido que Romeu usa para conversar nas salas de bate-papo, sua maior diversão na internet. As conversas deixam entrever seu cotidiano: a escola, a banda, a rixa com as irmãs, o clima em casa. Certo dia, ele resolve conhecer Madonna pessoalmente: que decepção! Mas as surpresas não param por aí… No final do volume há uma lista de links interessantes que a turma do Metallica acessa e por onde os jovens podem navegar.

4 – Geek love: o manual do amor nerd, Eric Smith

Atenção, Player 1: você está prestes a embarcar na quest da sua vida. Este livro é para quem está cansado de viver a vida no single player mode. Este livro é para quem percebeu que todas as temporadas de Doctor Who não conseguem abafar aquele insistente sentimento de falta.

Eric Smith sabe mais do que ninguém que existem prazeres imensos na vida geek. Amigos incríveis, conversas até de madrugada sobre realidades alternativas ou até mesmo o simples prazer de ler aquele lançamento de quadrinhos. No entanto, chega um momento na vida de todo nerd em que o amor bate à porta e daí vem a hora de jogar o xadrez tridimensional que é o mundo dos solteiros.

Não se desespere, jovem Padawan! Deixe Smith guiá-lo por esse caminho e descubra que amar é muito mais do que flores e bombons. Afinal, nada é normal na vida do nerd, e o amor não é senão o mais extraordinário dos fenômenos humanos.

5 – Fangirl, Rainbow Rowell

Cath é fã da série de livros Simon Snow . Ok. Todo mundo é fã de Simon Snow, mas para Cath, ser fã é sua vida – e ela é realmente boa nisso. Vive lendo e relendo a série; está sempre antenada aos fóruns; escreve uma fanfic de sucesso; e até se veste igual aos personagens na estreia de cada filme. Diferente de sua irmã gêmea, Wren, que ao crescer deixou o fandom de lado, Cath simplesmente não consegue se desapegar. Ela não quer isso. Em sua fanfiction, um verdadeiro refúgio, Cath sempre sabe exatamente o que dizer, e pode escrever um romance muito mais intenso do que qualquer coisa que já experimentou na vida real.

Mas agora que as duas estão indo para a faculdade, e Wren diz que não a quer como companheira de quarto, Cath se vê sozinha e completamente fora de sua zona de conforto. Uma nova realidade pode parecer assustadora para uma garota demasiadamente tímida. Mas ela terá de decidir se finalmente está preparada para abrir seu coração para novas pessoas e novas experiências. Será que Cath está pronta para começar a viver sua própria vida? Escrever suas próprias histórias?

 

 

Colunas, Livros

5 livros que nos lembram dos horrores do Holocausto judeu

Nesta sexta-feira (27), é comemorado o 72º aniversário da libertação do campo de concentração nazista de Auschwitz, que em 27 de janeiro de 1945 foi tomado por soldados do Exército vermelho após quatro anos de funcionamento. Por causa disso, hoje é comemorado o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Mais de 6 milhões de judeus foram exterminados durante a Segunda Guerra Mundial no que foi o maior genocídio da História e isso deve ser lembrado e passado pelas gerações para que tragédias como essa não se repitam.

Para comemorar essa data que, mesmo triste, serve para manterem vivas as memórias de todos aqueles que sofreram, foram perseguidos e morreram nessa caçada injusta e cruel, o Beco selecionou 5 livros sobre o tema que não vão deixar que eles sejam esquecidos.

1 – O diário de Anne Frank, Annelies Marie Frank

O Diário de Anne Frank é um livro escrito por Annelies Marie Frank entre 12 de junho de 1942 e 1º de agosto de 1944 durante a Segunda Guerra Mundial. Em 9 de julho 1942, Anne, seus pais, sua irmã e outros judeus (Albert Dussel e a família van Daan) se esconderam em um Anexo secreto junto ao escritório de Otto H. Frank (pai de Anne), em Amsterdã, durante a ocupação nazista dos Países Baixos. Inicialmente, Anne Frank usa seu diário para contar sobre sua vida antes do confinamento e depois narra momentos vivenciados pelo grupo de pessoas confinadas no Anexo.

Em 4 de agosto de 1944, agentes da Gestapo detiveram todos os ocupantes que estavam escondidos em Amsterdã. Separaram Anne de seus pais e levaram-nos para os campos de concentração. O diário de Anne foi entregue por Miep Gies a Otto H. Frank, seu pai, após a morte da menina ser confirmada. Anne Frank faleceu no campo de concentração Bergen-Belsen em fevereiro de 1945, quando tinha 15 anos.

2 – O menino do pijama listrado, John Boyne

A história se passa durante o período do Holocausto, tendo como personagem principal, Bruno, filho de um militar alemão, que tem 8 anos e não sabe nada sobre o Holocausto e os horrores que aconteciam com os judeus. Também não faz ideia que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim, perto de seus avós e a mudar-se para uma região isolada, onde ele não tem ninguém para brincar e nem nada para fazer.

Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e além dela centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixavam com frio na barriga. Em um de seus passeios Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca, que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno fica intrigado e, vai aos poucos tentando entender o mistério que ronda as atividades de seu pai. Bruno e seu amigo Shmuel, vivem diversas aventuras juntos, com um final que surpreende até para os mais preparados.

3 –Depois de Auschwitz, Eva Schloss

Em seu aniversário de quinze anos, Eva é enviada para Auschwitz. Sua sobrevivência depende da sorte, da sua própria determinação e do amor de sua mãe, Fritzi. Quando Auschwitz é extinto, mãe e filha iniciam a longa jornada de volta para casa. Elas procuram desesperadamente pelo pai e pelo irmão de Eva, de quem haviam se separado. A notícia veio alguns meses depois: tragicamente, os dois foram mortos.

Este é um depoimento honesto e doloroso de uma pessoa que sobreviveu ao Holocausto. As lembranças e descrições de Eva são sensíveis e vívidas, e seu relato traz o horror para tão perto quanto poderia estar. Mas também traz a luta de Eva para viver carregando o peso de seu terrível passado, ao mesmo tempo em que inspira e motiva pessoas com sua mensagem de perseverança e de respeito ao próximo – e ainda dá continuidade ao trabalho de seu padrasto Otto, pai de Anne Frank, garantindo que o legado de Anne nunca seja esquecido.

4 – A história de Irena Sendler: a mãe das crianças do Holocausto, Anna Mieszkowksa

A dramática e surpreendente história de uma heroína ignorada – na verdade, da maior heroína da Segunda Guerra Mundial. Baseado em relatos diretos da própria Irena Sendler, de outros membros da resistência polonesa (incluindo alguns dos mais destacados, como Jan Karski) e de sobreviventes salvos por ela e seu grupo, o livro descreve, detalhadamente, a vida e as ações de uma das maiores personagens desse tempo trágico – que ficaria praticamente desconhecida até a queda do Muro de Berlim.

O livro, portanto, também relata as circunstâncias desse longo anonimato, e aquelas que afinal revelaram ao mundo o nome de Irena Sendler. À época uma garota polonesa iniciando sua carreira no serviço de assistência social, Irena Sendler viu-se no centro da brutal história do século XX quando Varsóvia foi ocupada pelos nazistas, em setembro de 1939, e os judeus encarcerados no gueto para morrer de fome. Os sobreviventes seriam levados aos campos de extermínio.

Irena Sendler integra-se então à Zegota, organização clandestina de ajuda aos judeus, na qual organiza e lidera um grupo de voluntários poloneses que, dia a dia, esquivando-se dos agentes alemães, entravam e saíam do gueto, salvando assim da morte mais de 2 mil crianças judias. O preço seria alto – muitos dos voluntários são capturados e mortos, e a própria Irena Sendler é presa, torturada e condenada à morte pela Gestapo. Mas ela escapa e retoma seu ‘trabalho’ – salvar da morte quantas crianças judias pudesse.

Irena Sendler passou as décadas seguintes ao fim da Segunda Guerra Mundial atrás da ‘cortina de ferro’. Malvista pelas autoridades pró-soviéticas da Polônia, que desconfiavam dos ativistas não-comunistas e, principalmente, dos ativistas pró-judeus, viveria uma espécie de segunda clandestinidade, desta vez histórica. A história de Irena Sendler – a mãe das crianças do Holocausto é parte fundamental do resgate de seu nome, de sua memória e do significado de sua vida.

5 – Uma criança de sorte: memórias de um sobrevivente de Auschwitz, Thomas Buergenthal

À primeira vista, parece não existir sorte alguma em sua vida – ainda não tinha seis anos quando ele e seus pais foram obrigados a viver num gueto na Polônia e, em 1944, aos dez anos, foi enviado a Auschwitz com sua família. Após ser separado dos pais, o pequeno Thomas, forte e esperto, trabalha para escapar da morte nas câmaras de gás, e assim consegue resistir à tragédia que assolou o mais conhecido campo de concentração da Segunda Guerra Mundial.

Quase um ano depois de sua chegada a Auschwitz e de sobreviver à Marcha da Morte e a Sachsenhausen – outro campo de concentração sob o comando da guarda alemã -, onde sofreu com a fome e o frio, Thomas afinal estava livre… e sozinho. Thomas Buergenthal procura relatar, nesta autobiografia, todos os detalhes de uma história comovente, para que o Holocausto seja finalmente compreendido “através dos olhos daqueles que sobreviveram a ele”.

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13 livros que Obama leu e recomenda

Após 8 anos de governo, um dos presidentes mais populares da História, Barack Obama, deixou a Casa Branca neste dia 20. Tão influente quanto popular, Obama faz parte da lista de celebridades que exaltam a importância da leitura, junto com Oprah Winfrey, Mark Zuckerberg, Emma Watson, Bill Gates, entre outros. O Beco traz para você uma lista com 13 livros recomendados pelo ex-presidente que estão disponíveis em língua portuguesa:

1 – Toda luz que não podemos ver, Anthony Doerr

O romance foi publicado em 6 de maio de 2014 nos Estados Unidos pela editora Scribner e venceu o Prémio Pulitzer de Ficção em 2015, assim como o prémio Andrew Carnegie Medal for Excellence in Fiction. A história do romance passa-se na França ocupada pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e centra-se numa menina francesa cega e num rapaz alemão que acabam por se encontrar.

2 – Harry Potter e as relíquias da morte, J.K. Rowling

Sim, Obama é Potterhead. Em um vídeo de 2007, o ex-presidente comentou sobre as expectativas para o lançamento de Harry Potter e as relíquias da  morte, último volume da saga que foi lançado em junho daquele ano. A saga Harry Potter foi escrita pela britância J.K. Rowling e é composta por 7 livros. Conta a história de um pequeno bruxo chamado Harry Potter que, junto com seus amigos, vive muitas aventuras na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, faz feitiços, poções e luta contra um grande vilão para salvar o mundo bruxo.

O universo de Rowling conquistou fãs em todo o mundo, sendo o livro mais traduzido depois da Bíblia Sagrada e uma das maiores bilheterias da História, com 8 filmes. A franquia também mantém 2 parques dentro do complexo Universal, na Flórida, 1 em Los Angeles e uma exposição de cenários, figurinos e afins nos estúdios Warner, em Londres.

3 – Cem anos de solidão, Gabriel García Marquez

É uma obra do escritor colombiano Gabriel García Márquez, Prêmio Nobel da Literatura em 1982, e é atualmente considerada uma das obras mais importantes da literatura latino-americana. Esta obra tem a peculiaridade de ser umas das mais lidas e traduzidas de todo o mundo. Durante o IV Congresso Internacional da Língua Espanhola, realizado em Cartagena, na Colômbia, em março de 2007, Cem anos de solidão foi considerada a segunda obra mais importante de toda a literatura hispânica, ficando apenas atrás de Dom Quixote de la Mancha.

Sua história passa-se numa aldeia fictícia e remota na América Latina chamada Macondo. Esta pequena povoação foi fundada pela família Buendía – Iguarán. A primeira geração desta família peculiar é formada por José Arcadio Buendía e Úrsula Iguarán. Este casal teve três filhos: José Arcadio, que era um rapaz forte, viril e trabalhador; Aureliano, que contrasta interiormente com o irmão mais velho no sentido em que era filosófico, calmo e terrivelmente introvertido; e por fim, Amaranta, a típica dona de casa de uma família de classe média do século XIX. A estes, juntar-se-á Rebeca, que foi enviada da antiga aldeia de José Arcadio e Ursula, sem pai nem mãe.

A história desenrola-se à volta desta geração e dos seus filhos, netos, bisnetos e trinetos, com a particularidade de que todas as gerações foram acompanhadas por Úrsula (que viveu entre 115 e 122 anos). Esta centenária personagem dará conta que as características físicas e psicológicas dos seus herdeiros estão associadas a um nome: todos os José Arcadio são impulsivos, extrovertidos e trabalhadores enquanto que os Aurelianos são pacatos, estudiosos e muito fechados no seu próprio mundo interior.

4 – Destinos e fúrias, Lauren Groff

Aos 22 anos, Lotto e Mathilde são jovens, perdidamente apaixonados e destinados ao sucesso. Eles se conhecem nos últimos meses da faculdade e antes da formatura já estão casados. Seguem-se anos difíceis, mas românticos: reuniões com amigos no apartamento em Manhattan; uma carreira que ainda não paga as contas; uma casa onde só cabem felicidade e sexo bom. Uma década depois, o caminho tornou-se mais sólido. Ele é um dramaturgo famoso e ela se dedica integralmente ao sucesso do marido. A vida dos dois é invejada como a verdadeira definição de parceria bem-sucedida.

Porém, nem tudo é o que parece; toda história tem dois lados, e em um casamento essa máxima se faz ainda mais verdadeira. Se em “Destinos” somos seduzidos pela imagem do casal perfeito, em “Fúrias” a tempestuosa raiva de Mathilde se revela fervendo sob a superfície. Em uma reviravolta emocionalmente complexa, o que começou como uma ode a uma união extraordinária se torna muito mais.

5 – Entre o mundo e eu, Ta-Nehisi Coates

Ta-Nehisi Coates é um jornalista americano que trabalha com a questão racial em seu país desde que escolheu sua profissão. Filho de militantes do movimento negro, Coates sempre se questionou sobre o lugar que é relegado ao negro na sociedade. Em 2014, quando o racismo voltou a ser debatido com força nos Estados Unidos, Coates escreveu uma carta ao filho adolescente e compartilha, por meio de uma série de experiências reveladoras, seu despertar para a verdade em relação a seu lugar no mundo e uma série de questionamentos sobre o que é ser negro na América.

O que é habitar um corpo negro e encontrar uma maneira de viver dentro dele? Como podemos avaliar de forma honesta a história e, ao mesmo tempo, nos libertar do fardo que ela representa?

Em um trabalho profundo que articula grandes questões da história com as preocupações mais íntimas de um pai por um filho, Entre o mundo e eu apresenta uma nova e poderosa forma de compreender o racismo. Um livro universal sobre como a mácula da escravidão ainda está presente nas sociedades em diferentes roupagens e modos de segregação.

6 – Garota exemplar, Gillian Flynn

O livro começa no dia do quinto aniversário de casamento de Nick e Amy Dunne, quando a linda e inteligente esposa de Nick desaparece da casa deles às margens do rio Mississippi. Sinais indicam que se trata de um sequestro violento e Nick rapidamente se torna o principal suspeito. Sob pressão da polícia, da mídia e dos ferozmente amorosos pais de Amy, Nick desfia uma série interminável de mentiras, meias verdades e comportamento inapropriado.

Ele é evasivo e amargo – mas seria um assassino? Ao mesmo tempo, passagens do diário de Amy revelam um casamento tumultuado – mas ela estaria contando toda a história? Alternando entre os pontos de vista de Nick e Amy, Flynn cria uma aura de dúvidas em que o cenário muda a cada capítulo. À medida que as revelações surgem, fica claro que, se existe alguma verdade nos discursos de Nick e Amy, ela é mais sombria, distorcida e assustadora do que podemos imaginar.

7 – F de falcão, Helen Macdonald

O relato emocionante de uma mulher que se empenha para superar a dor do luto por meio da excêntrica arte de treinar falcões. Aclamado best-seller do The New York Times, F de Falcão é uma autobiografia nada usual sobre superação e autodesenvolvimento. A autora, Helen Macdonald, conta sua história a partir do momento em que viaja até a Escócia para comprar um falcão. A depressão que lhe acometera após a morte do pai criara um abismo entre ela e as demais pessoas e nada mais fazia sentido em sua vida. Porém, ao praticar a falcoaria com Mabel, sua nova ave de rapina, e ler os diários de T. H. White, clássico autor da literatura inglesa, Helen começa a entender que o luto é um estado que não pode ser evitado, mas que pode ser superado, inclusive, com a ajuda de um inusitado açor.

Muito mais do que explicar como domesticar ou caçar com falcões, a prosa magnética de F de falcão narra a angustiante história de uma mulher que se sente infeliz e sem rumo. Uma mulher que, na ânsia por superar a melancolia, encontra ao lado de um dos mais ferozes animais o caminho para expulsar os próprios demônios.

8 – A garota no trem, Paula Hawkins

Todas as manhãs, Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso, que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio de galpões, caixas d’água, pontes e aconchegantes casas. Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho.

E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes – a quem chama de Jess e Janson -, Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess – na verdade Megan – está desaparecida. Sem conseguir se manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas também da vida de todos os envolvidos.

9 – Onde vivem os monstros, Maurice Sendak

Neste livro, o leitor poderá acompanhar Max, um garoto agitado que se sente incompreendido pela família, numa viagem de barco, cruzando os mares à procura de outros mundos. Ele encontra a ilha dos monstros, um lugar onde ser selvagem não é um problema. Os monstros coroam Max e ele tem de reinar numa terra de batalhas amigáveis, cachorros de 30 metros de altura, fortalezas gigantescas e perigosas perseguições. A vida na ilha também apresenta outros desafios – os monstros esperam muito de seu rei e, se não estiverem contentes, eles podem muito bem devorá-lo.

10 – O sol é para todos, Harper Lee

Um livro emblemático sobre racismo e injustiça: a história de um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca nos Estados Unidos dos anos 1930 e enfrenta represálias da comunidade racista. O livro é narrado pela sensível Scout, filha do advogado. Uma história atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça.

Um dos grandes livros da ficção norte-americana, a obra de Harper Lee apareceu no discurso de despedida de Obama realizado na semana passada.

Nesse momento de mudanças, é importante lembrar a palavra de Atticus Finch, um dos grandes personagens de nossa ficção que lutou pela dignidade de um povo e pregou a compaixão entre as raças.

11 – Pureza, Jonathan Franzen

A jovem Pip Tyler não sabe quem é. Ela sabe que seu nome verdadeiro é Purity, que está atolada em dívidas, que está dividindo um apartamento com anarquistas e que a sua relação com a mãe vai de mal a pior. Coisas que ela não sabe: quem é seu pai, por que a mãe a força a uma vida reclusa, por que tem um nome inventado e como ela vai fazer para levar uma vida normal. Um breve encontro com um ativista alemão leva Pip à América do Sul para um estágio numa organização que contrabandeia segredos do mundo inteiro – inclusive sobre sua misteriosa origem. Pureza é uma história sobre idealismo juvenil, lealdade e assassinato. O mais ousado e profundo trabalho de um dos grandes romancistas de nosso tempo.

12 – Sapiens, Yuval Noah Harari

Harari cita o livro Armas, Germes e Aço, do autor Jared Diamond, como uma das maiores inspirações para o livro, mostrando que era possível “pedir muitas grandes perguntas e respondê-las cientificamente”. Diamond caracterizou o livro como uma obra que “Ilumina as grandes questões da história e do mundo moderno”.

O livro aborda a História da Humanidade desde a evolução arcaica da espécie humana na idade da pedra, até o século XXI. Seu principal argumento é que o Homo sapiens domina o mundo porque é o único animal capaz de cooperar de forma flexível em largo número e o faz por ser a única espécie capaz de acreditar em coisas que não existem na natureza e são produtos puramente de sua imaginação, tais como deuses, nações, dinheiro e direitos humanos. O autor afirma que todos os sistemas de cooperação humana em larga escala – incluindo religiões, estruturas políticas, mercados e instituições legais – são, em última instância, ficção.

Traduzido para mais de 30 idiomas, o livro foi selecionado por Mark Zuckerberg, criador do Facebook, para o seu Clube do Livro Online, em 2015.

13 – O problema dos três corpos, Cixin Liu

China, final dos anos 1960. Enquanto o país inteiro está sendo devastado pela violência da Revolução Cultural, um pequeno grupo de astrofísicos, militares e engenheiros começa um projeto ultrassecreto envolvendo ondas sonoras e seres extraterrestres. Uma decisão tomada por um desses cientistas mudará para sempre o destino da humanidade e, cinquenta anos depois, uma civilização alienígena a beira do colapso planeja uma invasão. O problema dos três corpos é uma crônica da marcha humana em direção aos confins do universo. Uma clássica história de ficção científica e um jogo envolvente em que a humanidade tem tudo a perder. Primeiro volume de uma elogiada trilogia, foi o primeiro proveniente da Ásia a vencer o Prêmio Hugo.

Foi uma leitura muito divertida, pois percebi que meus desafios diários como presidente não se comparam a uma ameaça iminente de invasão alienígena, brincou Obama.

O que achou da lista? Já leu algum? Que livro você acrescentaria? Deixe aqui nos comentários!

 

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Especial Dia do Leitor: 10 livros que todos deveriam ler

O dia 7 de janeiro é lembrado anualmente como o Dia do Leitor, data que homenageia principalmente os destinatários dos autores, que se dedicam aos livros, à maravilhosa aventura de viajar mentalmente pelas histórias, pelo aprendizado, pela cultura e pela diversão.

O Dia do Leitor foi instituído para homenagear o jornal cearense “O Povo”, fundado em 7 de janeiro de 1928. Seu fundador, o poeta e jornalista Demócrito Rocha, era um intelectual, foi deputado federal e jornalista. Uma de suas criações foi o órgão literário Maracajá, suplemento de “O Povo”, que surgiu pela primeira vez em 1929 e era considerado o principal divulgador do movimento modernista literário cearense. Enquanto o jornal “O Povo” era voltado para divulgação de fatos políticos, combatendo a corrupção e os desmandos, o “Maracajá” era o órgão onde Demócrito Rocha e os intelectuais publicavam suas obras, utilizando o pseudônimo de Antonio Garrido.

Para comemorar essa data tão especial para nós, amantes dos livros, o Beco Literário criou uma lista de 10 livros imperdíveis que todo mundo deveria ler, pelo menos, uma vez na vida.

1. Os miseráveis, Victor Hugo

Os Miseráveis (Les Misérables na versão original em francês) é uma das principais obras escritas pelo escritor francês Victor Hugo, publicada em 3 de abril de 1862 simultaneamente em Leipzig, Bruxelas, Budapeste, Milão, Roterdã, Varsóvia, Rio de Janeiro e Paris (nesta última cidade foram vendidos 7 mil exemplares em 24 horas). Victor Hugo é também autor de Os Trabalhadores do Mar e O Corcunda de Notre-Dame, entre outras obras.

A história passa-se na França do século XIX entre duas grandes batalhas: a Batalha de Waterloo (1815) e os motins de junho de 1832. Daqui resulta, por cinco volumes, a vida de Jean Valjean, um condenado posto em liberdade, até sua morte. Em torno dele giram algumas pessoas que vão dar seus nomes para os diferentes volumes do romance, testemunhando a miséria deste século, a pobreza miserável de: Fantine, Cosette, Marius, mas também Thénardier (incluindo Éponine e Gavroche) e o inspetor Javert. O livro retrata a sociedade francesa do sec. XIX e mostra o panorama socioeconômico da população mais pobre.

2. Admirável mundo novo, Aldous Huxley

Admirável Mundo Novo (Brave New World na versão original em língua inglesa) é um romance distópico escrito por Aldous Huxley e publicado em 1932 que narra um hipotético futuro onde as pessoas são pré-condicionadas biologicamente e condicionadas psicologicamente a viverem em harmonia com as leis e regras sociais, dentro de uma sociedade organizada por castas.

3. Dom Quixote, Miguel de Cervantes

Dom Quixote de la Mancha (Don Quijote de la Mancha em castelhano) é um livro escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes (1547-1616). É composto por 126 capítulos, divididos em duas partes: a primeira surgida em 1605 e a outra em 1615. O livro surgiu em um período de grande inovação e diversidade por parte dos escritores ficcionistas espanhóis. Parodiou os romances de cavalaria que gozaram de imensa popularidade no período e, na altura, já se encontravam em declínio.

Nesta obra, a paródia apresenta uma forma invulgar: o protagonista, já de certa idade, entrega-se à leitura desses romances, perde o juízo, acredita que tenham sido historicamente verdadeiros e decide tornar-se um cavaleiro andante. Por isso, parte pelo mundo e vive o seu próprio romance de cavalaria. Enquanto narra os feitos do Cavaleiro da Triste Figura, Cervantes satiriza os preceitos que regiam as histórias fantasiosas daqueles heróis. A história é apresentada sob a forma de novela realista.

4. 1984, George Orwell

1984 (Nineteen Eighty-Four na versão original em inglês) é um romance distópico clássico do autor britânico George Orwell, pseudônimo de Eric Arthur Blair. Terminado de escrever no ano de 1948 e publicado em 8 de junho de 1949, retrata o cotidiano de um regime político totalitário e repressivo no ano homônimo. No livro, Orwell mostra como uma sociedade oligárquica coletivista é capaz de reprimir qualquer um que se opuser a ela.

5. O retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde

O Retrato de Dorian Gray (The Picture of Dorian Gray, em inglês) é um romance filosófico do escritor e dramaturgo Oscar Wilde. Publicado pela primeira vez como uma história periódica em julho de 1890 na revista mensal Lippincott’s Monthly Magazine, os editores temiam que a história fosse indecente, e sem o conhecimento de Wilde, suprimiram cinco centenas de palavras antes da publicação. Wilde revisou e ampliou a edição de revista de O Retrato de Dorian Gray (1890) para uma publicação como um romance; a edição do livro (1891) que contou com um prefácio aforístico — uma apologia sobre a arte do romance e do leitor.

Dorian Gray é o tema de um retrato de corpo inteiro em óleo de Basil Hallward, um artista que está impressionado e encantado com a beleza de Dorian; ele acredita que a beleza de Dorian é responsável pela nova modalidade em sua arte como pintor. Através de Basil, Dorian conhece Lord Henry Wotton, e ele logo se encanta com a visão de mundo hedonista do aristocrata: que a beleza e a satisfação sensual são as únicas coisas que valem a pena perseguir na vida. Entendendo que sua beleza irá eventualmente desaparecer, Dorian expressa o desejo de vender sua alma para garantir que o retrato, em vez dele, envelheça e desapareça. O desejo é concedido e Dorian persegue uma vida libertina de experiências variadas e amorais; enquanto isso, seu retrato envelhece e regista todos os pecados que corrompem a alma.

6. A história sem fim, Michael Ende

A História sem fim (Die Unendliche Geschichte, no original alemão) é um livro de fantasia do escritor alemão Michael Ende, publicado pela primeira vez em 1979.

O personagem central do livro é um jovem garoto chamado Bastian Balthazar Bux, que rouba um livro chamado A História Sem Fim de uma pequena livraria alfarrabista. Bastian (cujo nome deve ser ligado à sua origem latina, da qual provém o nosso termo bastião) é de fato o bastião, o guardião de um reino em perigo. Bastian, a princípio, é apenas um leitor do livro, que narra a história da terra de Fantasia, o lugar onde todas as fantasias dos humanos se unem. Com o progresso do livro, porém, torna-se claro que alguns habitantes do lugar sentem a presença de Bastian, já que ele é a chave do sucesso da jornada sobre o que ele está lendo. Na metade do livro, ele entra na própria Fantasia e toma um papel mais ativo nela.

A primeira metade do livro é rica em detalhes de imagens e personagens, como num conto de fadas. Na segunda metade, porém, são introduzidos vários temas psicológicos, enquanto Bastian enfrenta a si mesmo, seu lado negro, e segue em frente à maturidade num mundo formado por seus desejos.

7. A metamorfose, Franz Kafka

A Metamorfose (Die Verwandlung em alemão) é uma novela escrita por Franz Kafka, publicada pela primeira vez em 1915. Veio a ser o texto mais conhecido, estudado e citado da obra de Kafka. Apesar de ter sido publicada em 1915, foi escrita em novembro de 1912 e concluída em vinte dias. Em 7 de dezembro de 1912, Kafka escrevia à sua noiva, Felice Bauer: “Minha pequena história está terminada”.

Nesta obra de Kafka, ele descreve uma caixeiro viajante que abandona suas vontades e desejos para sustentar a família e pagar a dívida dos pais, tendo o nome de Gregor Samsa. Numa certa manhã, Gregor acorda metamorfoseado em um inseto monstruoso. Kafka descreve este inseto como algo parecido com uma barata gigante. Nos primeiros momentos, o livro descreve as dificuldades iniciais de Gregor na nova forma. Uma ironia presente neste trecho do livro é que Gregor não se preocupa com sua transformação, mas sim como está atrasado para o trabalho.

Quando Gregor, após muita dificuldade, consegue abrir a porta, todos se assustam, seu pai, sua mãe, inclusive o gerente que sai correndo. O Sr. Samsa avança contra ele, forçando-o a entrar de volta no quarto. Após esse episódio, Gregor é demitido, sua família o rejeita e sua única companhia é ele mesmo. Apenas em alguns momentos, a irmã mostra certa compaixão por ele.

8. Lolita, Vladimir Nabokov

Lolita é um romance de Vladimir Nabokov, escrito em inglês e publicado em 1955 em Paris, em 1958 na Cidade de Nova Iorque e em 1959 em Londres.  O romance é notável por seu assunto controverso: o protagonista e narrador não confiável é um professor universitário de Literatura de meia-idade chamado Humbert Humbert que está obcecado com Dolores Haze, de 12 anos, com quem ele se torna sexualmente envolvido após se tornar seu padrasto. “Lolita” é seu apelido privado para Dolores.

Lolita rapidamente alcançou um status de clássico. É, hoje, considerado como uma das principais realizações da literatura do século XX, embora também entre as mais controversas. O romance foi adaptado em um filme por Stanley Kubrick em 1962 e, novamente, em 1997 por Adrian Lyne. Foi também adaptado várias vezes para o palco e tem sido o assunto de duas óperas, dois balés e um aclamado, mas comercialmente fracassado, musical da Broadway. Sua assimilação na cultura popular é tal que o nome “Lolita” é usado para implicar que uma jovem menina é sexualmente precoce.

9. O pequeno príncipe, Antoine de Saint-Exupéry

O pequeno príncipe (Le petit prince, no original francês) é uma obra do escritor, ilustrador e aviador francês Antoine de Saint-Exupéry, publicada em 1943, nos Estados Unidos. Se trata de uma das obras literárias mais traduzidas no mundo, tendo sido publicado em mais de 220 idiomas e dialetos.

A história começa com o narrador descrevendo suas recordações em que, aos 6 anos de idade, fez um desenho de uma jiboia que havia engolido um elefante. Quando perguntava o que os adultos viam em seu desenho, todos eles achavam que o garoto havia desenhado um chapéu. Ao corrigir as pessoas, era sempre respondido que precisava de um hobby mais sério e maduro. O narrador então lamenta a falta de criatividade demonstrada pelos adultos.

Sem incentivos e decepcionado com as reações, ele desiste da carreira de pintor e se torna aviador. Durante seu voo, ocorre uma pane em seu avião no Deserto do Saara. Ao acordar, depois do acidente, se depara com um menino que o autor descreve como tendo cabelos de ouro e um cachecol vermelho, que lhe pede para desenhar um carneiro. O narrador então mostra-lhe o seu antigo desenho do elefante dentro de uma jiboia e, para sua surpresa, o menino interpreta-o corretamente.

Conforme a história passa, o aviador descobre que o menino vive no Asteroide B-612, que há apenas uma rosa que fala com ele, que tem três vulcões (sendo um deles extinto), que existe os Baobá que o principezinho tem medo que tomem conta do Asteroide e que ele assiste quarenta e três pôr-do-sol para se divertir ou se alegrar.

10. Dom Casmurro, Machado de Assis

Dom Casmurro é um romance escrito por Machado de Assis, publicado em 1899 pela Livraria Garnier. Escrito para publicação em livro, o que ocorreu em 1900 – embora com data do ano anterior, ao contrário de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) e Quincas Borba (1891), escritos antes em folhetins – é considerado o terceiro romance da “trilogia realista” de Machado de Assis, ao lado desses outros dois.

Seu personagem principal é Bento Santiago, o narrador da história que, contada em primeira pessoa, pretende “atar as duas pontas da vida”, ou seja, unir relatos desde sua mocidade até os dias em que está escrevendo o livro. Entre esses dois momentos, Bento escreve sobre suas reminiscências da juventude, sua vida no seminário, seu caso com Capitu e o ciúme que advém desse relacionamento, que se torna o enredo central da trama. Ambientado no Rio de Janeiro do Segundo Império, se inicia com um episódio que seria recente, em que o narrador recebe a alcunha de “Dom Casmurro”, daí o título do romance. Machado de Assis o escreveu utilizando ferramentas literárias como a ironia e uma intertextualidade que alcança Schopenhauer e, sobretudo, a peça Otelo de Shakespeare.

Se você já leu algum livro da lista ou tem mais alguma dica para acrescentar, deixe aqui nos comentários e vamos comemorar o dia do leitor da melhor forma que existe: lendo!

 

 

 

 

 

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Retrospectiva Beco Literário 2016

2016 está chegando ao fim (finalmente!) e, junto com o Especial do Roberto Carlos, outra coisa que não pode faltar é a tão famosa Retrospectiva. Foi um ano difícil (bizarro) cheio de tragédias, mortes, fins de relacionamentos, crise econômica (alguns culpam o Leonardo DiCaprio por ter ganhado o Oscar e perturbado o equilíbrio cósmico), mas também foi o ano das Olimpíadas (e o que isso tem de bom?). Para honrar a tradição, nós do Beco Literário resolvemos fazer a nossa própria Retrospectiva intitulada “2016 do Beco pelo Beco” (profundo). Confira abaixo os posts eleitos por nós como os mais marcantes do ano e aproveite para relembrar junto com a gente:

(29.03) SE O TELEFONE NÃO TOCA

(12.04) CONFIRA NOSSA LISTA DE SNAPCHATS PARA VOCÊ SEGUIR

(22.04) 10 COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER ANTES DE LER O ORÁCULO OCULTO

(18.05) RESENHA: A COROA, KIERA CASS

(21.05) BECO ENTREVISTA AS BANDAS THE VAMPS E THE TIDE. CONFIRA!

(01.06) SONSERINA PODE FINALMENTE SE REDIMIR EM “CURSED CHILD”

(22.07) MARATONA NETFLIX: 5 SÉRIES GIRL POWER

(24.08) 5 MEDLEYS PARA VOCÊ QUE GOSTA DE TUDO JUNTO E MISTURADO

(29.08) A REDENÇÃO DE BRITNEY SPEARS NO VMA 2016

(15.09) 6ª TEMPORADA DE ‘AMERICAN HORROR STORY’ ESTRÉIA E DEIXA O POVO CONFUSO

American Horror Story

(21.09) CRÍTICA DE CINEMA: O SILÊNCIO DO CÉU

O Silêncio no Céu

(14.11) A BELA E A FERA GANHA O SEU PRIMEIRO TRAILER COMPLETO

(17.11) CRÍTICA DE CINEMA: ‘ANIMAIS FANTÁSTICOS E ONDE HABITAM’ (2016)

(29.11) 04 DICAS PARA QUEM QUER COMEÇAR A ESCREVER

(30.11) CONSCIÊNCIA NEGRA: ONDE ESTÃO OS PROTAGONISTAS NEGROS NA LITERATURA INFANTO-JUVENIL?

(09.12) DE SURPRESA, ZAYN E TAYLOR SWIFT LANÇAM DUETO PARA A TRILHA DE ’50 TONS MAIS ESCUROS’

Taylor Swift

(13.12) LINIKER E OS CARAMELOWS FAZEM ÚLTIMO SHOW DO ANO EM ARARAQUARA

Liniker e os Caramelows

(14.12) CRÍTICA DE CINEMA: “A CHEGADA” (2016)

(17.12) 9 LIVROS FEMINISTAS INDICADOS POR EMMA WATSON

(18.12) PAOLA CAROSELLA TERÁ PROGRAMA SÓ DELA EM 2017

Paola Carosella

(28.12) UM TRIBUTO A CARRIE FISHER (1956-2016)

carrie

Que 2017 venha com muita luz, paz, sucesso e novidades (boas) para todos nós! E, é claro, nós continuaremos trazendo tudo em primeira mão para você. FELIZ ANO NOVO, BECUDOS!!!

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A evolução das princesas Disney e seu reflexo da sociedade

A primeira animação feita por Walt Disney foi Branca de Neve e os sete anões, em 1937. A princesa submissa que canta com os passarinhos, limpa a casa dos anões, prendada e suspirante por um príncipe reflete o conservadorismo da época e o que acreditava-se ser o papel da mulher na sociedade. Em 1950, temos Cinderela que ainda mantém algumas características de Branca, mas, ao contrário da antecessora, vai até o príncipe em um ato rebelde de desobedecer sua madrasta e ir ao baile. As duas ainda precisam de um casamento no final para serem felizes e ainda são salvas por príncipes em cavalos brancos, pensamento retrocesso de que a mulher era feita para casar e ter filhos.

Em 2009, essa história começa a mudar com o surgimento da primeira princesa Disney negra: Tiana. A princesa e o sapo conta a história de uma garotinha de Nova Orleans que vê seu pai trabalhar duro a vida toda sem conseguir construir nenhum patrimônio, o que a faz ter o sonho de, um dia, conseguir ter seu próprio restaurante e ter uma vida diferente da do pai. Para isso, ela trabalha como garçonete e poupa cada centavo que ganha, até que um sapo falante cruza seu caminho e, ao beijá-lo na promessa de que ele virará um príncipe e a recompensará, Tiana vira uma sapa e tem que se salvar e salvar o príncipe desastrado que não tem a mínima ideia do que está fazendo.

Este ano, tivemos a primeira princesa Disney latina, Elena, da série de desenhos do canal Disney, Elena de Avalor. Ao contrário das outras, essa princesa não tem um príncipe e vira rainha de Avalor quando salva seu povo de uma perigosa feiticeira. Outra também que dispensou o resgate de um príncipe é Moana, a nova princesa Disney que estreia dia 05 de janeiro. A primeira princesa Disney polinésia mostra que a força da amizade é maior do que a força do amor e, com a ajuda de seus amigos, parte em uma expedição cheia de aventuras em busca da ilha mística de seus ancestrais. Ah, ela também tem um certo poder mágico de controlar o mar, uma grande evolução desde 1937.

Há quem defenda que não se deve mais contar histórias de princesas para as meninas, pois todas defendem que o final feliz só existe com um casamento e que o príncipe é sempre o herói que salva o dia. Não nego, mas elas também mostram que ser uma pessoa boa e não se entregar à vingança traz mais benefícios do que ser má e que o bem sempre vence no fim.

O que acontece é que as princesas de antigamente refletem os valores de suas respectivas épocas e, com o avanço do feminismo, as princesas também mudaram. Tiana, Elena, Moana e até a Rapunzel que é mais antiga, mas foi trazida pela Disney em uma releitura onde é mais corajosa e, no fim, salva o príncipe, refletem uma sociedade onde as mulheres também são heroínas, também podem trabalhar, realizar seus sonhos e escrever suas próprias histórias. As princesas Disney mostram a evolução da mulher na sociedade e representam as milhares de princesas da vida real que trabalham, estudam, criam seus filhos e correm atrás de seus objetivos.

 

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9 livros feministas indicados por Emma Watson

A atriz Emma Watson, famosa pela personagem Hermione Granger na saga Harry Potter, criou, em Janeiro de 2016, um clube do livro feminista denominado Our Shared Shelf, no Goodreads, rede social voltada para os amantes de livros. Formada em Literatura Inglesa pela Universidade Brown, Emma é porta-voz da campanha He For She da ONU, cujo objetivo é lutar pelo fim da desigualdade de gênero.

“Como parte do meu trabalho para a ONU Mulheres, comecei a ler o maior número de livros e ensaios sobre igualdade de gênero que podia. Descobri que existem muitos textos maravilhosos – engraçados, inspiradores, tristes, provocantes – que tratam de empoderamento feminino”, disse Emma Watson.

Os livros escolhidos pela atriz são relacionados a mulheres e à discussão sobre gênero para compartilhar e discutir com os participantes do grupo. Ao longo de 2016, o clube ganhou mais de 160 mil participantes  e nove obras foram abordadas. Confira abaixo quais foram elas:

1 – All About Love: New Visions, Bell hooks (2001)
A feminista e ativista bell hooks oferece uma nova perspectiva sobre o amor: ao longo da obra, ela explica como as noções perpetuadas do sentimento são ultrapassadas e oferece uma forma de repensar o amor próprio.

2 – Minha Vida na Estrada, Gloria Steinem (2016)
Em seu livro de memórias, a jornalista conta sua trajetória, das viagens pelos Estados Unidos com os pais ao início de seu envolvimento com o movimento feminista, e revela como se tornou uma das principais vozes do ativismo americano.

3 – A Cor Púrpura, Alice Walker (1982)
Ganhador de um Pulitzer de Melhor Ficção, A Cor Púrpura acompanha a vida das irmãs Celie e Nettie que sofrem várias opressões por serem mulheres e negras, mas tomam as rédeas das próprias vidas.

4 – Metade do Céu – Transformando a Opressão em Oportunidades para as Mulheres de Todo Mundo, Nicholas D. Kristof e Sheryl WuDunn
O livro-reportagem acompanha, a partir da perspectiva de diferentes personagens, as diferentes opressões que mulheres sofrem ao redor do mundo, e reflete sobre formas de como mudar essa realidade.

5 – Como Ser Mulher, Caitlin Moran (2012)
No livro, a escritora britânica Caitlin Moran usa o humor para trazer à tona vários acontecimentos de sua infância e adolescência, ressaltando como se envolveu com o feminismo.

6 – Hunger Makes Me a Modern Girl, Carrie Brownstein (2015)
Conhecida por atuar na série Portlandia, Brownstein abre, em sua memória, diferentes aspectos de seu passada e de sua vida atual. Dos dias sendo fã fervorosa de bandas até seu envolvimento com o punk e a comédia.

7 – The Argounauts, Maggie Nelson (2015)
No livro de memórias, Nelson oferece novas visões sobre assuntos como identidade, desejo, amor e linguagem.

8 – Mom & Me & Mom, Maya Angelou (2013)
O livro é o sétimo de uma série de autobiografias escritas por Angelou. No último volume, ela disseca a relação que desenvolveu com a mãe ao longo da vida.

9 – Persépolis, Marjane Satrapi (2000)
Satrapi usa o formato de graphic novel para contar sua experiência de crescer no Irã durante a revolução Islâmica.

Como incentivo a leitura do livro da vez, Emma Watson espalhou no mês passado cerca de 100 livros com dedicatórias especiais pelos metrôs de Londres. O livro escolhido foi o número 8 da lista “Mom & Me & Mom”. A ação de Emma no metrô de Londres contou com o apoio do projeto Books on The Underground, que incentiva os cidadãos a lerem e compartilharem livros no transporte público da cidade.

Autorais

Autorias: Dez anos, Rafaela Donadone

Pai,

Pouco antes de você morrer, você me fez uma pergunta. Depois de nos mudarmos, e de eu ganhar um quarto como sempre quis você me perguntou “o que mais você podia querer pra ser feliz?”. Eu, no auge dos meus 15 anos, listei inúmeras coisas fúteis que queria na época e que hoje nem lembro mais o que eram, mas lembro da decepção em seus olhos com minha resposta. Há anos essa pergunta me atormenta, porque queria muito mudar minha resposta. Em minhas orações eu sempre refazia esse momento na minha cabeça mudando o final pra “Eu tenho você e minha mãe, eu não preciso de mais nada, pai. Obrigada”. Acho até que o senhor tá cansado de ouvir isso daí de cima né, pai?


Hoje, se você me perguntasse novamente o que mais eu podia querer pra ser feliz, meu primeiro impulso seria imediatamente dizer “você”. Mas na verdade minha resposta continua sendo “nada”. Eu não preciso de mais nada, porque todo o amor que você me deixou antes de partir é suficiente para uma vida inteira. Obrigada por isso.
Hoje são dez anos sem você aqui. Espero que você esteja sendo feliz em sua jornada e espalhando amor por onde passa. Com saudades,

Sua filha.