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Setembro Amarelo: Você NÃO PRECISA de um mapa astral em momentos de crise
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Setembro Amarelo: Você NÃO PRECISA de um mapa astral em momentos de crise

É frequente que eu receba, no meu consultório astrológico, pessoas em momentos de fragilidade, crise ou ansiedade, buscando um mapa astral para entender melhor essa angústia que estão vivendo. Apesar do meu desejo de ajudar, é essencial entender que este não é o papel da astrologia — nem o meu, como astrólogo.

+ 5 livros para ler no Setembro Amarelo

Talvez, por ter uma formação prévia na área de saúde mental, eu consiga acolher essas pessoas e explicar que, nesses momentos, o que elas realmente precisam é de apoio psicológico ou psiquiátrico especializado, não de astrologia e tarô. Infelizmente, muitos “profissionais” do esoterismo se aproveitam dessas situações de vulnerabilidade para vender serviços e lucrar.

Perdi a conta de quantas vezes recusei atendimentos astrológicos em que, claramente, o céu não poderia oferecer qualquer tipo de suporte real. Pior: poderia até agravar a situação. Nesses momentos, opto por acolher e explicar ao consulente como a astrologia funciona, oferecendo, quando desejado, a indicação de uma psicóloga para uma conversa inicial.

Refleti bastante antes de escrever este artigo, mas o Setembro Amarelo é o momento certo para discutir saúde mental. É também o momento de lembrar que nós, astrólogos, somos apenas intérpretes da linguagem celeste, não profissionais de saúde mental qualificados para tratar sintomas de ansiedade, pensamentos disfuncionais ou crenças limitantes. Se um astrólogo afirmar o contrário, desconfie e procure ajuda qualificada.

Como intérpretes, nós apontamos tendências e padrões. Um mapa astral pode revelar potenciais, desafios, oportunidades e reveses, mas tudo isso são tendências, não certezas. A vida não se baseia apenas nos astros; ela depende também do seu ambiente, das suas ações e de como você vive o dia a dia. Para que um mapa astral funcione, é necessário estar em um estado relativamente equilibrado. Em momentos de ansiedade, pânico ou crise, o mapa não fornecerá respostas fáceis para perguntas difíceis. Isso não existe.

Eu, como astrólogo moderno com cunho humanista, acredito que qualquer tendência ou posicionamento desafiador no mapa pode ser trabalhado, mas isso acontece no cotidiano — e não em uma única consulta astrológica. A verdadeira evolução vem com a combinação de terapia, boa alimentação, atividade física e consultas médicas regulares. É por isso que, neste Setembro Amarelo, deixo um alerta.

Tenha cuidado com os profissionais que você busca. Questione o discurso que eles apresentam. Em momentos de crise, procure sempre profissionais da saúde mental, como psicólogos, psicanalistas e psiquiatras. Profissionais complementares, como terapeutas holísticos, astrólogos ou tarólogos, podem ser úteis, mas somos mais como bússolas que ajudam a guiar o caminho. E é importante lembrar: só recebemos gente nova em casa quando ela está arrumada. Com o mapa astral é a mesma coisa. Só se faz mapa quando se está em um momento de relativa tranquilidade.

parabéns pra você
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parabéns pra você

não deveria ser eu a pessoa que te parabeniza primeiro, mas, meus parabéns.

essa foi a frase que minha terapeuta me disse hoje depois que eu contei as boas novas pra ela. eu já nem queria mais parabéns.

não dela, pelo menos.

leia ouvindo: my tears ricochet, taylor swift

são valiosos, claro, que são. mas só não valem de nada. eu sei. ela sabe. ela só falou para que eu percebesse.

eu já pensei mil vezes em colocar essas boas novas pra baixo do tapete e fingir que nunca aconteceu. talvez eu faça.

não, não é isso que ela queria que eu tivesse percepção.

talvez eu faça porque, por mais que seja poético dizer que toda vez que a tinta pinga no papel, eu vejo a torre ruir, é igualmente doloroso sentir a descarga elétrica que cai dos céus sem avisar. e eu estou cansado disso. estou cansado de me sentir assim.

toda.

santa.

vez.

como boa terapeuta, ela sabe o que essa intervenção, cirúrgica, faria dentro de mim. não era sobre os parabéns. eram sobre as expectativas criadas.

eu sei, você pode pensar que as expectativas são minhas para criar e alimentar, como parasitas. e foi isso que eu disse à ela.

ela parou de responder.

mas antes de desligar na minha cara, ela soltou, casualmente: se você não puder esperar reconhecimento de quem está ao seu lado, é porque talvez você esteja sozinho enxergando alguém que não está de fato do seu lado.

e você sabe como, casualmente, você cria sentimentos bons em buracos que são totalmente secos e ocos.

é casualmente que nossos olhos abrem, que a gente acorda caindo da nuvem mais alta. é casualmente, em um jantar de sexta que a pessoa que você mais amou na sua vida vai te dizer que não te ama mais e que agora vocês precisam partilhar os bens.

dividir meio a meio a mesa pela qual vocês tiveram que economizar por meses para pagar e deu uma cara nova para a casa que vocês sempre quiseram criar.

a geladeira vai pra um lado. o fogão vai pro outro.

com quem fica a máquina de lavar? e o colchão?

você se sente conduzindo uma autópsia. é preciso examinar o que aconteceu, entender de onde veio, para onde vai… tudo isso em cima de um cadáver que já vinha cheirando mal há alguns meses mas que a gente insistia em achar que era só jogar um perfume que ia resolver.

ele continua cheirando mal.

putrefeito.

eu tentei ligar de volta pra minha terapeuta. ela não atendeu. eu também não atenderia. ela quer que eu crie mais segurança sobre mim.

como eu posso criar mais segurança sobre mim se parece que você foi enviado por alguém que me queria morto, sr. homem-bomba?

como?

você explodiu. eu queria explodir.

devo agradecer pela colisão?

de fato, esse arcano da torre que sai agora nesse jogo do nosso relacionamento diz tudo o que talvez ela gostaria de dizer mas não pode: tudo o que a gente ignora e não constrói sobre bases sólidas, rui com os efeitos das intempéries.

está ruindo. ruiu.

e eu estou arruinando mais uma vez essa energia que faz minhas artérias vibrarem.

elas não vibram e não vibrarão nunca mais.

parabéns.

pra.

você.

Eu saí primeiro porque eu podia
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Eu saí primeiro porque eu podia

É isso mesmo. Eu saí primeiro do castelo porque eu tinha essa opção. Eu podia sair primeiro. Você não poderia e nós dois sabíamos disso. Então, eu fui, mas não pense que foi do nada. Primeiro, eu conversei com ele e ele me incentivou. Disse que eu precisava seguir o meu caminho, os meus sonhos, sem pensar nas circunstâncias que ficariam. Se ele me deu o aval, por que você acha que eu ficaria para ver tudo isso ruir como você ficou?

+ A solidão de quem ficou no castelo

A nossa história caiu. O castelo ruiu em milhares de rachaduras que eu não quis ficar para ver. Você ficou. Era seu dever e a sua obrigação ficar e por isso, você perdeu muito quando eu estava ganhando o mundo. Eu vivi novas possibilidades que se criaram a partir da hora que eu saí, você, não. Você viveu o que poderia ter vivido com os restos do que deixei.

Eu não queria isso para você, é claro. Mas eu queria menos ainda para mim. A gente se salva primeiro e, se der, salva quem ficou depois. Não deu para te salvar e eu não sinto muito por isso. Alguém precisava ter pagado o pato pela minha saída. Você foi o meu bode expiatório.

O mundo que a gente vive é assim, não adianta se ressentir dizendo que gostaria de ter tido escolha também. Você queria, mas não teve. Eu tive e fiz a minha escolha, segui o meu caminho. Ou você esperava que eu ficasse para testemunhar a saída de todo mundo do castelo até que um ficasse olhando na cara do outro eternamente? Isso pode ser para você mas nunca foi para mim. Nunca será.

Eu entendo que você sofre e sofreu mas, antes você do que eu, né? Eu podia. Podia vem de poder e era isso que eu exercia sobre você, por isso você chorou tanto na noite que anunciei minha saída. Você não tinha o poder que eu tinha, você não podia. Nem poderia. Nem aquela hora, nem agora, nem nunca.

Desculpa mas, eu não me sinto culpado nem sinto muito por você. Sinto pelos outros que ficaram e que foram obrigados a tomar outras decisões, mas, você? Você soube que nunca houve outra escolha para você. Essa é a sua vida, esse foi o seu karma, o seu destino, sei lá… Eu nunca tive escolha, você pode dizer e eu não acho que esteja de todo errado. Meu poder de lábia te levou. Como eu te disse, eu podia. Alguém tinha que não poder para que eu pudesse poder.

E esse alguém foi você. Aproveite o castelo antes que ele vire ruínas.

A solidão de quem ficou no castelo
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A solidão de quem ficou no castelo

Tudo começou com uma ruptura. Alguém que falou eu não te amo mais, eu não quero mais você em uma noite fria quando nos recolhemos para a torre mais alta do castelo. Tinha tudo para ser mais uma noite comum. A gente arrumou a cama, a gente deitou, a gente deu boa noite e veio a ruptura. O choro convulsivo e alucinante foi inevitável e acordou todo o castelo.

+ Às vezes a gente fica ressentido, né?

Na manhã seguinte, ele já tinha ido embora. Mas muitas pessoas ainda ficaram por lá. O castelo era esquisito, a torre era mais vazia, parecia que faltava alguma coisa ali. Mas, muitas pessoas ainda ficaram por lá em outros aposentos. O castelo não estava vazio, eu só sentia que estava porque ele não estava mais lá e nem iria voltar.

Tentei começar a fazer coisas novas para distrair a minha cabeça. Ainda éramos quatro no castelo depois que você foi. Como pode três não valerem por um? Eles valiam, mas não eram você. Eles valiam mais que você. Diziam que a gente precisa sangrar pra evoluir e crescer. Eu não tenho o que dizer para me defender ou para fazer você voltar. Você conheceu outra pessoa e se foi numa noite qualquer de agosto.

Você não gostava de mim, senão você teria dado um jeito. Você teria se aberto para um diálogo, mas não abriu. Depois de você, ele foi o primeiro que deixou o castelo e ficamos apenas em três. Foi doloroso, mas me bateu uma felicidade vê-lo alçando voos maiores que ele sempre mereceu voar. Nesse dia, você ainda me mandou uma mensagem. Uau, ele foi embora. Sim, ele foi. A diferença é que a gente sempre soube que ele iria. Você também soube que você sempre iria, só eu que não soube que era a única pessoa que ficaria. Você ficou emotivo e tentou conversar comigo. Eu te respondi por educação, mas o jantar já estava bem frio nessa altura do campeonato.

Você soube que era sua hora de ir quando foi. Quando rompeu de forma abrupta. Agora é a minha hora de saber que você causa fissuras na minha alma. E a minha alma sabe que agora é a minha hora de partir e deixar você por aí. Partir é a única escolha para mim. Você pode escolher entre a decisão mais corajosa, a mais honesta ou a mais inteligente. Eu só tive uma escolha.

Partimos nós três. O castelo era grande demais para nós. E então foi a vez dela partir. Era uma coisa provisória, mas se tornou permanente. Ela nunca mais voltou. Sobramos duas. Eu e a cachorra. A cachorra que fomos buscar todos juntos enquanto ainda éramos uma família. Hoje, a família parece que sou eu e ela. Não me entenda mal, eu a amo. Mas ela é uma lembrança viva de que todos seguiram em frente com as suas vidas e eu fui ficando. Eu fiquei. Ele rompeu. Ele cresceu. Ela seguiu. Eu fiquei. Ela também.

Todos os dias eu olho pelos corredores do novo castelo ou do castelo antigo. De tão silenciosos, agora eles gritam nos meus ouvidos coisas que eu não gostaria de ouvir. Eu ando, só, na pedra fria do chão em todos os cômodos vazios até chegar no alto da torre que também está vazia a não ser por mim. Antes, todos esses aposentos eram barulhentos. Barulhentos até demais. Eu vivia pedindo por silêncio, mas quando ele chegou, me atingiu como uma adaga no peito. Eu daria tudo para ver tudo isso encher de novo com danças ridículas, brigas sem razão e risadas de doer a barriga.

Mas todo mundo se foi. E eu fiquei com o castelo.

O castelo e a cachorra.

Às vezes a gente fica ressentido, né?
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Autorais, Histórias

Às vezes a gente fica ressentido, né?

Resolvi perguntar pro Chat GPT, um robô com inteligência artificial o que significava se sentir ressentido. Ou, como eu gosto de falar, ressentindo. Ele me respondeu que significa ficar magoado, irritado ou guardar sentimentos em relação a uma situação passada, geralmente envolvendo alguma mágoa. Ele acrescentou que quando alguém fica ressentido, isso implica que a pessoa mantém esses sentimentos ao longo do tempo, não conseguindo superar ou perdoar completamente o evento que causou a emoção. Então sim, a pessoa fica re-sentindo. Sentindo de novo, e de novo, e de novo…

+ Autoria: Tesouro em mãos erradas vira frangalhos

Sabe, eu falei pra minha terapeuta que às vezes eu me sentia assim, ressentido. De vez em quando, eu quero tanto conquistar alguma coisa mas eu não vou atrás porque eu me saboto. Para mim, vale mais a certeza de não conseguir que a incerteza do sim ou do não. E isso me deixa puto – eu vejo pessoas conquistando exatamente o que eu queria conquistar e fico com inveja, com raiva. Mas elas tentaram o sim, né? Eu preferi a certeza do não. E eu fico sentindo isso como se fosse uma vaca mascando grama. Sentindo, sentindo, sentindo, ressentindo…

Que saco, sabe. Por que algumas pessoas simplesmente vivem sem sabotagem? Eu não vim com esse dispositivo de fábrica, nem com aquele que controla a ansiedade e teria que, teoricamente, não me deixar imaginar os piores cenários possíveis até que eu desistisse do que eu queria. Eu só queria ir lá e fazer. E não ficar ressentido quando alguém vai e faz quando eu não fiz.

Eu tô assistindo Big Brother e tem um participante lá que me deu um estalo exatamente sobre isso. Não posso citar o nome dele por motivos de processo, mas todas as vezes em que o vi, ressentido em um show de um artista que chegou lá, eu senti uma pontada no coração. Ele sempre fala que é maior, que é melhor, mas por que ele não tá lá? Simplesmente porque o outro foi lá e tentou o sim e desafiou o não até conseguir. E ele, talvez tenha ficado como eu, ressentido, sentado, bicudo no fundo da festa.

A minha terapeuta fala que a gente precisa ter paciência com a gente porque a gente só aprende a viver, vivendo. Concordo com ela. Mas seria tão mais fácil não ter tido que enfrentar algumas coisas para sobreviver no começo da vida e só começar a viver agora, no final dos 20, viu? É tão lindo ver pessoas que vivem desde cedo. Eu sobrevivi até uns 24, 25. Hoje, com 28 que eu comecei a viver de verdade mesmo, ou seja, 8 anos que eu sobrevivi para agora eu começar a viver. Soa como tempo perdido para mim. Soa injusto. Me deixa ressentido de novo.

Vivo me questionando o porquê. Vivo me comparando com os outros, às vezes até de forma hipócrita mesmo, dizendo que cada um tem seu tempo quando na verdade eu queria o tempo do outro e não o meu. Da mesma forma que algumas pessoas enxergam sem óculos e eu preciso pagar para enxergar, por que algumas pessoas simplesmente nascem vivendo e eu tive que nascer sobrevivendo?

Essa é a pergunta de milhão, né. Eu nunca vou saber. Minha terapeuta disse que também não. Até lá, eu tento só interromper esse fluxo e esse refluxo das coisas que eu sinto. Tipo um coelho que come, faz cocô e volta lá pra comer o cocô e digerir de novo. Eu me sinto um coelho de sentimentos. Só que preciso parar de ir lá e ficar eternamente comendo a minha bosta.

Entrevista: Conversamos (bem às claras!) com a Amanda Souza, do Casamento às Cegas!
Beco Literário
Histórias, Talks

Entrevista: Conversamos (bem às claras!) com a Amanda Souza, do Casamento às Cegas!

Autêntica e com presença notável, a influenciadora Amanda Souza chama atenção por onde passa, e isso não seria diferente ao participar do reality “Casamento às Cegas Brasil”, da Netflix, na segunda temporada. Participante que marcou o reality, a consultora de imagem trouxe importantes discussões sobre a quebra de padrões na indústria da beleza e na sociedade, e hoje mostra toda a sua bagagem de conhecimentos para as suas seguidoras.

+ Amanda Souza participa do especial Depois do Altar em Casamento às Cegas Brasil

Especialista em moda e autoestima, Amanda conquistou mais de 100 mil novos seguidores em poucas horas desde a sua estreia no programa, tendo retornado como apresentadora no episódio de reencontro da terceira temporada, ao lado de Klebber Toledo e Camila Queiroz. Sua história e seu modo de lidar com o seu estilo de vida movimentaram bastante todas as redes sociais, figurando entre os assuntos mais comentados no Twitter.

Em suas redes sociais, Amanda Souza divide com autenticidade e uma boa dose de descontração suas dicas de moda, beleza, estilo, modo de viver espontâneo e o seu quadro “Papel de troxa”, criado por ela e onde responde as perguntas de seguidores semanalmente. Nele, a consultora dá sua opinião sobre diversos assuntos, dentre eles relacionamentos amorosos, experiências vividas no cotidiano e discussões necessárias sobre preconceito e indústria da moda .

A consultora faz do seu manifesto “Não é sobre vestir, é sobre liberdade e identidade” a espinha dorsal do seu trabalho, empoderando outras mulheres com a sua marca registrada e, no início de dezembro, tivemos a oportunidade de bater um papo rápido com ela, em uma palestra sobre influência digital e o mercado publicitário em Taubaté, no interior de São Paulo. Confira:

Beco Literário: Sua experiência no Casamento às Cegas levantou debate para alguns pontos muito importantes na nossa sociedade. Como isso ressoa para você? A gente sabe que isso ganhou a mídia, fez burburinho, mas como foi receber isso como ser humano?

Amanda Souza: Quando eu entrei no programa, minha motivação foi, além de viver a experiência porque eu achei muito interessante, era mostrar que não tem corpos como o meu ocupando esses lugares. Como meu trabalho já era voltado para a autoestima, eu falei, bom, toda vez que meu corpo alcança um lugar que nenhuma mulher como eu foi, eu procuro estar para que outras mulheres sintam que são capazes, que é possível. Como eu falei (na palestra), a influência para mim vem desse lugar real e de propósito e eu já sabia que isso poderia acontecer. Porque é aquilo, eu não fiquei gorda para entrar no programa, eu sempre fui assim. Isso acontece comigo a vida toda. Depois do programa já aconteceu várias vezes. Eu já tenho um trabalho com a minha autoestima de muitos anos então era decepcionante, mas foi decepcionante amorosamente. Aquilo que aconteceu ali foi uma coisa que eu imaginava que poderia acontecer porque as pessoas são assim, infelizmente, é uma estrutura gigante que somos construídos e nem todo mundo quer se desconstruir e eu já sabia que isso poderia me acontecer. Encarei de uma forma tranquila porque eu lido muito bem com a minha imagem. A relação que eu tenho comigo mesma é muito boa. Em nenhum momento eu me culpei, me coloquei como errada. Como mulher, a gente foi ensinada que a gente precisa se adequar ao que o outro fez para você. Como ele te deixou, o que o mercado de trabalho fez porque você não está dentro de um padrão… Mas eu sempre estive fora dele. Eu sempre tive que trabalhar para isso. Me entender, me respeitar, me amar… Independente de. Então, isso não me abalou. Eu não imaginava que ia ter uma repercussão tão grande embora eu já trabalhasse com mulheres há bastante tempo e soubesse que o mundo inteiro é fora do padrão. Isso acionou gatilhos no mundo todo. Fiquei muito assustada e levei um tempo para conseguir lidar com tudo isso porque me machucou saber que tantas pessoas assistindo estavam machucadas. Sabe, trouxeram aquele sentimento ruim a toa? Não só mulheres, porque cada um tem a sua história. E sempre por essa busca insana por um padrão. Então na hora eu fiquei muito em choque e levei um tempo para entender que eu não tinha machucado as pessoas e sim, alertado de que isso existe mas que dá para se amar, se respeitar independente disso. A gente não tem que atender às expectativas de ninguém.

BL: Após o CAC, você é um grande case de alguém que transformou a visibilidade do programa em visibilidade pra sua carreira. Sabemos que muita gente que participa não consegue ter essa expertise. Qual foi a sua estratégia? Foi planejado?

Amanda Souza: É meio decepcionante porque não teve estratégia nenhuma (risos). Eu já criava conteúdo há muitos anos e eu sempre quis ter mais voz, alcançar mais mulheres. Meu trabalho não era voltado para a publicidade, era para impactar mulheres e falar miga, calma, vamos lá, está tudo bem, dá para ser feliz, dá para se sentir bonita porque beleza é construção, é subjetivo. Eu sempre quis que essa voz fosse maior. Então foi o universo que me deu. E eu comecei a falar para mais gente. Foi a única coisa que eu fiz. E aí, de novo, mantive tudo o que eu já fazia. Cada oportunidade que meu corpo fora do padrão tem de alcançar um espaço para as outras, eu vou. Então isso foi acontecendo sem estratégia, de forma natural.

BL: Agora, a pergunta que não quer calar (risos). Vimos que você vai estar no Casamento às Cegas – Depois do Altar. Como foi? Tem algum spoiler pra gente?

Amanda Souza: Foi tranquilo. Na verdade, o Depois do Altar é mais para mostrar como que a gente está, o que a gente fez, o que a gente não fez, quem separou ou se alguém se relacionou com outra pessoa do programa ou fora, se encontraram amor, se estão trabalhando… E claro, como toda festa, tem barracos (risos). Então, aconteceram alguns, é a única coisa que posso falar. Esse episódio é babado! Serviremos barracos. Ah, eu não, tá? (risos). Mas vocês vão assistir barracos.

BL: Tem alguma pergunta que você sempre quis responder mas ninguém nunca te perguntou?

Amanda Souza: Nossa… As pessoas sabem responder isso de bate e pronto? Menino… Não sei! (Risos). Esses dias me perguntaram se eu guardava papel higiênico pra cima e pra baixo e eu amei! Não sei cara… Sei lá, o que eu faço quando ninguém tá olhando, talvez seja uma pergunta interessante. E eu passo muita vergonha quando não tem ninguém olhando. Quando tem alguém olhando também… (risos). Mas, quando não tem ninguém olhando eu danço muito, o tempo todo, em casa, minha filha morre de vergonha, eu falo sozinha ou eu respondo em voz alta o que eu tô pensando, coisas de gente assim… Eu caio muito também (risos). Dentro de casa eu caio de escada, caio antes de entrar no Uber, caio saindo do Uber. Passo vergonhas abissais!

Gui Giannetto mostra versatilidade ao conciliar atuação em “Disney Magia e Sinfonia” com gravações de “O Maníaco do Parque”
Caio Galucci
Cultura, Histórias, Talks

Gui Giannetto mostra versatilidade ao conciliar atuação em “Disney Magia e Sinfonia” com gravações de “O Maníaco do Parque”

Após dar vida ao personagem Carpa nas duas temporadas da série “Pico da Neblina”, disponível no HBO Max, Gui Giannetto está em uma fase da carreira que inclui Teatro Musical e Cinema. Atualmente em turnê em “Disney Magia & Sinfonia”, ele vai do encanto que o musical apresenta ao horror do filme “O Maníaco do Parque”. Durante os últimos meses, o artista, de 34 anos, conciliou os ensaios e as apresentações teatrais com diárias de gravação do longa-metragem.

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Nos palcos, Gui interpreta os sucessos da Disney, Pixar, Marvel, Star Wars e National Geographic em um espetáculo que reúne concerto sinfônico, cinema e teatro musical. O ator canta e atua, acompanhado por cenas dos filmes e animações transmitidos em um telão e pela Orquestra Sinfônica Villa Lobos. O espetáculo passou por São Paulo e Rio de Janeiro em setembro e outubro, e seguirá turnê por outros estados brasileiros, chegando a Fortaleza e Natal em março de 2024.

Já nas telas do streaming, o ator dá vida a Paulão, um funcionário da empresa de motoboys do Sr. Nivaldo (Xamã). O personagem de Gui pratica bullying com o colega Francisco (Silvero Pereira), o protagonista de “O Maníaco do Parque”. A produção da Santa Rita Filmes, que recentemente lançou “A Menina Que Matou os Pais”, é baseada na história real do serial killer Francisco de Assis Pereira e promete surpreender o público com sua trama intensa e cheia de suspense. Gui acredita que a experiência prévia em um outro cenário violento, como o de “Pico da Neblina” tenha o auxiliado na composição de seu personagem em “O Maníaco do Parque”. O filme terminou as suas gravações neste mês e será lançado no Amazon Prime, com estreia prevista para 2024.

– O maior desafio de fazer cinema e teatro ao mesmo tempo é conciliar as linguagens e entender a diferença dos públicos, sobretudo nessa minha experiência, dividido entre um musical alegre e um filme do estilo true crime. Pela manhã, tinha a magia da Disney, um mundo infantil e fascinante, com expressões e colocações de voz exacerbadas. Já de tarde, eu ia gravar “O Maníaco”, com palavrões, violência e cenas de combate, sem tanta empostação da voz e atento às câmeras. É como transitar entre o surreal e o natural. É passar por dois extremos no mesmo dia – revela Gui Giannetto.

No início da carreira no Teatro musical, o artista também teve que conciliar atuações trabalhosas e com abordagens distintas. Em 2016, enquanto ainda trabalhava como diretor de arte em agência de publicidade, Giannetto esteve em dois musicais ao mesmo tempo. Esse caminho o preparou para o que vinha a seguir na carreira e fomentou o sucesso no trabalho atual.

– Em “Magia & Sinfonia” tenho dois solos e é algo que me orgulho muito. Vim de uma trajetória muito boa com o musical da Broadway “Bonnie & Clyde” e quando fui aprovado na audição de “Disney Magia & Sinfonia” foi um momento de muita felicidade e realização – ressalta.

Para sair do universo da magia e entrar no clima sórdido de Paulão, o ator contou com práticas e exercícios corporais e mentais: “Eu, Silvero e Xamã passamos dois dias juntos com a preparação de elenco, fazendo exercícios para acessar o universo hostil do filme e dar vida a alguns atos que não concordamos na vida real”.

Para além da divisão entre temáticas totalmente opostas, Gui Giannetto também teve que estar atento a dois formatos de atuação distintos: “Pensando como ator com bagagem no teatro, o audiovisual é uma outra dimensão de interpretação, fisicalidade e esforço. Estar microfonado e ter uma câmera a alguns palmos de você pede um ajuste na forma de se expressar. Se você está em uma peça num teatro grande, você precisa falar mais alto e ser mais expressivo. Já, no cinema, é, muitas vezes, o contrário: a câmera capta tudo mais detalhado. Então, eu acho que é um desafio muito divertido fazer os dois ao mesmo tempo.”

Escrever é Terapia: O Poder de um Diário
RawPixel
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Escrever é Terapia: O Poder de um Diário

A prática da escrita vai muito além de meramente registrar palavras em um papel. Ela possui uma dimensão terapêutica profunda e transformadora que, muitas vezes, subestimamos. Um diário, por exemplo, é mais do que um conjunto de páginas em branco; é um espaço seguro onde podemos liberar nossas emoções, explorar nossos pensamentos e sentimentos mais íntimos, e refletir sobre nossas experiências de maneira franca e sem julgamentos.

+ Diário da Dona Lurdes: os sentimentos que uma mãe carrega no peito

A vida cotidiana frequentemente nos impõe desafios, alegrias, tristezas e incertezas que podem ser difíceis de compartilhar com outras pessoas. Um diário se torna um confidente, um ouvinte silencioso que nunca julga, e onde podemos expressar nossos medos, sonhos, angústias e conquistas sem medo de críticas ou incompreensão.

Além disso, a prática de escrever em um diário promove o autoconhecimento. À medida que registramos nossos pensamentos, emoções e experiências, começamos a identificar padrões em nosso comportamento, desvendando gatilhos emocionais e revelando aspectos de nossa personalidade que talvez nunca tivéssemos percebido de outra forma. Essa autorreflexão profunda nos permite entender nossas motivações e tomar decisões mais informadas em nossa vida.

O estresse é uma parte inevitável da vida, mas o estresse crônico pode ter sérios impactos na saúde mental e física. A escrita em um diário se revela uma eficaz ferramenta de alívio. Ao transformar nossos pensamentos caóticos em palavras organizadas, somos capazes de liberar a tensão emocional e encontrar clareza. Isso proporciona um profundo senso de alívio e controle sobre nossas vidas.

Além disso, um diário pode ser um aliado valioso na busca de metas pessoais. Ao definir objetivos e acompanhar nosso progresso, celebrando conquistas, por menores que sejam, mantemos a motivação e o foco.

Para começar a utilizar esse recurso terapêutico, tudo o que você precisa é um caderno em branco ou um aplicativo de notas em seu dispositivo. Reserve um momento tranquilo do dia para escrever. Não há regras rígidas, somente a sugestão de tornar a escrita uma parte regular de sua rotina.

Em resumo, um diário é uma ferramenta poderosa para liberar emoções, aprofundar o autoconhecimento, aliviar o estresse e manter o foco em metas pessoais. Comece hoje a explorar o poder terapêutico da escrita e descubra como ela pode enriquecer sua vida de maneira profunda e significativa.

Guia prático para escrever uma resenha de qualidade
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Guia prático para escrever uma resenha de qualidade

Saber como escrever uma resenha de qualidade pode parecer um desafio, mas com as orientações certas, você pode dominar essa habilidade. Se você está começando, não se preocupe, estamos aqui para ajudar com um guia simples e direto, da forma como valorizamos as resenhas que escrevemos aqui no Beco Literário.

+ 04 dicas para quem quer começar a escrever

Escolhendo a Obra

O primeiro passo para escrever uma resenha é escolher a obra que você deseja avaliar. Pode ser um livro, filme, restaurante, produto ou qualquer coisa que você tenha interesse em compartilhar suas opiniões. Certifique-se de estar bem familiarizado com a obra e ter uma compreensão sólida antes de começar a escrever.

Entendendo o Propósito da Resenha

Antes de começar, é essencial entender o propósito da sua resenha. Pergunte a si mesmo por que você está escrevendo. É para informar os leitores sobre a obra? Convencê-los a experimentá-la? Ou simplesmente expressar sua opinião? Ter clareza sobre o propósito ajudará a moldar a sua abordagem – aqui no Beco, valorizamos dois tipos de resenhas literárias: aquelas que chamamos de surto literário, feita de fãs para fãs em que expressamos os nossos sentimentos lendo aquela obra por meio do texto e aquelas mais robustas, feitas com o olhar da psicanálise sobre a obra.

Explorando a Obra

Antes de colocar as palavras no papel, é fundamental que você explore a obra em questão. Leia o livro, assista ao filme, jante no restaurante, use o produto, ou experimente o que for necessário para ter uma compreensão profunda. Anote as suas primeiras impressões, o que você gostou e o que não gostou.

Estruturando sua Resenha

Uma resenha típica tem três partes principais: introdução, corpo e conclusão. Na introdução, apresente a obra, fornecendo informações básicas, como título, autor (ou diretor/criador) e contexto. No corpo, discuta os aspectos específicos da obra, como enredo, personagens, estilo, pontos fortes e pontos fracos. Na conclusão, resuma a sua opinião geral e forneça uma recomendação, se apropriado.

Seja Crítico, mas Justo

Ao escrever uma resenha, seja crítico, mas lembre-se de que a crítica construtiva é mais valiosa do que críticas puramente negativas. Explique por que você gostou ou não gostou da obra, fornecendo exemplos concretos. Seja honesto, mas também justo em sua avaliação. É importante ressaltar quando algo não te agrada e justificar o porquê: não é o seu tipo de obra? Te desencadeou algum gatilho? Isso faz com que leitores possam medir se, apesar de você não ter gostado, eles podem ter a capacidade de gostar.

Revisão e Edição

Depois de escrever a sua resenha, revise e edite cuidadosamente. Verifique a gramática, ortografia e clareza. Certifique-se de que a sua resenha flua de forma lógica e coesa.

Escrever uma resenha é uma habilidade valiosa que pode ser útil em muitos aspectos da vida, desde a escola até o trabalho e o lazer. Com prática e seguindo este guia, você estará no caminho certo para se tornar um resenhista habilidoso e informado. Agora, mãos à obra e compartilhe suas opiniões com o mundo – e caso queira compartilhar a sua aqui no Beco, manda um e-mail pra gente em [email protected].

Crimes reais brasileiros: O caso Nardoni
Andre Penner e Sérgio Castro
Atualizações, Colunas, Histórias, Sociedade

Crimes reais brasileiros: O caso Nardoni

O ano de 2007 testemunhou um dos crimes mais notórios e controversos do Brasil: o caso Nardoni. A tragédia ocorreu em São Paulo, onde Isabella Nardoni, uma menina de 5 anos, foi defenestrada do sexto andar de um edifício residencial. O que a princípio foi considerado um acidente logo deu lugar a uma investigação minuciosa e a um julgamento que capturou a atenção do público e da mídia. Os culpados pelo assassinato? O pai e a madrasta da menina.

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A investigação

A investigação do caso Nardoni foi conduzida meticulosamente pelas autoridades. O apartamento onde a família morava tornou-se uma cena de crime complexa. A janela do quarto de Isabella estava danificada, o que sugeriu que a queda foi de uma altura considerável. Inicialmente, o casal, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, alegou que uma invasão e um roubo havia ocorrido, mas a falta de evidências sustentáveis para essa versão logo levou a suspeitas mais sérias.

Um elemento central da investigação foi a análise das lesões no corpo de Isabella. Elas eram inconsistentes com uma queda acidental, sugerindo a possibilidade de estrangulamento antes da queda e de machucados realizados dentro do apartamento . A reconstrução da noite do incidente e as declarações conflitantes do casal aumentaram as suspeitas sobre a participação deles na morte da criança.

Perícia do caso Nardoni

O papel da perícia foi fundamental na investigação e no julgamento do caso. Dada a natureza do crime e as circunstâncias nebulosas em torno da morte da criança, a perícia desempenhou um papel crucial em estabelecer os fatos e fornecer evidências sólidas para o julgamento.

O trabalho da perícia incluiu várias áreas de expertise, tais como:

  1. Perícia Criminalística: Peritos em criminalística foram responsáveis pela análise da cena do crime, coletando evidências e documentando detalhes cruciais. Eles examinaram o apartamento onde Isabella caiu e analisaram a janela e quaisquer vestígios que pudessem lançar luz sobre o que realmente aconteceu naquela noite.
  2. Perícia Médico-Legal: Médicos legistas e peritos médicos foram cruciais para determinar a causa da morte de Isabella. Eles conduziram autópsias detalhadas e examinaram o corpo da vítima em busca de lesões que pudessem indicar a natureza da queda e a possibilidade de estrangulamento.
  3. Análise de Provas Científicas: Isso incluiu a análise de amostras de sangue, DNA e outros vestígios encontrados no local do crime e no corpo da vítima. Essas análises foram essenciais para determinar se havia evidências que ligavam os acusados à morte da criança.
  4. Reconstrução da Cena do Crime: Peritos em reconstrução de cena do crime trabalharam para recriar a sequência de eventos que levaram à morte de Isabella. Isso envolveu a análise de testemunhos, evidências físicas e as condições da cena.

Os resultados da perícia foram fundamentais no processo de julgamento do caso. Os peritos conseguiram estabelecer que as lesões encontradas no corpo da vítima eram incompatíveis com uma queda acidental, o que fortaleceu a teoria de que houve estrangulamento antes da queda. Além disso, a análise das evidências deu suporte à ideia de que o casal Nardoni estava envolvido na morte de Isabella.

Julgamento

O julgamento do caso Nardoni foi amplamente divulgado na mídia brasileira. O Ministério Público apresentou um caso sólido contra Alexandre e Anna Carolina, alegando homicídio doloso. O júri, após ouvir depoimentos, examinar provas e considerar as circunstâncias, os declarou culpados, ao som de comemorações em frente ao tribunal e em todo o país.

As penas

Em 27 de março de 2008, o veredicto foi anunciado. Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram condenados por homicídio doloso, resultando em longas penas de prisão. Alexandre recebeu uma sentença de 31 anos e 1 mês, enquanto Anna Carolina foi condenada a 26 anos e 8 meses de prisão.

Atualmente, Jatobá já cumpre pena em regime aberto, enquanto Nardoni luta para conquistar o mesmo direito (e deve conseguir em pouco tempo).

Homicídio doloso

Homicídio doloso se refere a um tipo de homicídio intencional, no qual o autor do crime age com a intenção de matar a vítima ou com a intenção de causar lesões graves que resultam na morte da vítima. Em outras palavras, no homicídio doloso, o autor age de forma deliberada, consciente e com a intenção de tirar a vida de outra pessoa.

Repercussão midiática do caso Nardoni

O caso Nardoni não se limitou às paredes do tribunal. Tornou-se um evento altamente midiático que envolveu debates intensos em todo o Brasil. A cobertura da mídia focou não apenas nos detalhes do crime, mas também nas questões mais amplas, como a eficácia do sistema judicial e a importância de um julgamento justo. Durante o julgamento, multidões iam para a frente dos tribunais exigir a condenação do casal. A comoção foi tanta, que chegou a ser comparada à final de Copa do Mundo pela mãe de Isabella Nardoni, Ana Carolina Oliveira, que foi proibida de acompanhar o júri.

Hoje em dia

O caso Nardoni continua a ser um dos crimes mais notórios e trágicos do Brasil. Ele destacou a importância de proteger as crianças e garantir que a justiça seja cumprida, independentemente da complexidade e da comoção que possam cercar um caso.

Isabella Nardoni tornou-se um símbolo da necessidade de proteção infantil. O caso também sublinhou a importância da justiça, imparcialidade e respeito pelas leis em um sistema jurídico.