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Crítica: De encontro com a vida (2018)

De encontro com a vida é um filme alemão baseado em uma história real. O filme conta a história de Saliya Kahawatte (Kostja Ullmann), um jovem de família imigrante na Alemanha que, no último ano da escola, perde 95% da visão devido a uma doença degenerativa. Com o sonho de trabalhar em um grande hotel, o jovem Sali tenta se inscrever para vários programas de treinamento, ao invés de ir para a faculdade, porém, ao se declarar como deficiente visual, é negado em todos. Assim, ele resolve fazer uma manobra ousada: se inscrever em um dos maiores hotéis cinco estrelas da Alemanha sem contar que só tem 5% de visão.

Saliya aposta exclusivamente em sua memória. Sim, com os outros sentidos aflorando, ele percebe ter mais facilidade com o tato, a audição, o paladar e com sua memória. Assim, decorando cada coisa que o professor diz, ele consegue se formar em sua escola regular. Decorando cada coisa que os instrutores do hotel dizem, ele consegue pular de treinamento para treinamento sem deixar ninguém desconfiar de nada. Claro que isso denota um esforço descomunal, pois ele sempre tem que acordar mais cedo para decorar os caminhos, a posição das coisas e tentar ler os rótulos usando sua lupa estrategicamente escondida.

Por sorte, ele encontra nessa empreitada vários amigos dispostos a ajudá-lo, como Max (Jacob Matschenz), um herdeiro displicente que vê no emprego um castigo de seu pai. Como toda comédia romântica, não poderia faltar um grande amor na vida de Saliya, que se manifesta através de Laura (Anna Maria Mühe), a jovem fazendeira que entrega seus produtos para a cozinha do hotel. Uma compreensão e admiração inesperada também denotam dos professores que, ao descobrirem sobre a deficiência de Saliya, reconhecem seu esforço e o ajudam a estudar.

A primeira coisa a destacar sobre esse filme é sua origem alemã, afinal, não vemos muitos filmes que não são de Hollywood chegarem por aqui. A segunda coisa é o fato de ser um filme baseado em uma história real sobre alguém que não é bem uma celebridade. Eu, particularmente, nunca tinha ouvido falar de Saliya Kahawatte e acredito que, a não ser que for alguém especializado em redes de restaurantes alemãs, você também não. A terceira coisa é a mensagem. Inspiradora, essa é a palavra perfeita para descrever essa história.

A história de um rapaz que, desde muito cedo, nutre um sonho e, apesar de tudo conspirar contra, não desiste desse sonho e faz tudo para conseguir. Sim, há vários filmes sobre esse tema porque parece que a maioria das pessoas que realizou seus sonhos teve que lutar muito para conseguir. Temos A procura da felicidade e Um sonho possível para colocar nessa lista, porém, em um mundo tão sombrio e tão cheio de desilusões com guerras, corrupção e tanta miséria e desigualdade, histórias de esperança e vitória merecem ser compartilhadas, independente da origem do filme ou o valor de seu orçamento.

De encontro com a vida é um filme engraçado, emocionante, simples em sua essência, mas extremamente inspirador. A história de Saliya Kahawatte aconteceu lá na Alemanha, mas ela pode inspirar a história da Maria, do José, do Antonio, da Joana e de todos aqueles que têm um sonho e que, apesar de parecer impossível, insistem “nessa estranha mania de ter fé na vida”.

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Crítica: Gnomeu e Julieta – O mistério do jardim (2018)

Hoje (31/05), chega aos cinemas Gnomeu e Julieta: O mistério do jardim. A animação vem para agradar crianças e adultos, fazendo uma analogia a Romeu e Julieta, só que em um mundo onde gnomos de jardim são vivos e têm sentimentos, assim como nós. O longa britânico é o segundo de Gnomeu e Julieta, que teve seu início com O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, centrada na obra de Shakespeare. Agora, a história é centrada em Sherlock Holmes, que aqui se chama Sherlock Gnomes e seu adorável assistente Watson.

A trama começa quando Gnomeu, Julieta e seus companheiros de jardim chegam a Londres, e um misterioso roubo de gnomos começa. Um jardim após o outro, todos somem misteriosamente, sem nenhuma pista, nenhum rastro. Claro que cabem a Sherlock Gnomes, o grande detetive e protetor dos gnomos de jardim, e seu assistente Watson resolverem o caso e resgatarem os gnomos perdidos.

Acontece que, nesse meio tempo, o jardim de Gnomeu e Julieta também é atacado e é claro que eles não ficariam de fora dessa busca, afinal, após a festa da primavera, os dois seriam os novos líderes do jardim. Era sua responsabilidade salvar suas famílias e amigos. Agora, Sherlock Gnomes, Watson, Gnomeu e Julieta correm contra o tempo em busca dos gnomos perdidos que eles acreditam estar com Moriarty, um enfeite de porcelana maléfico, antigo inimigo de Sherlock Gnomes e um apreciador da tortura de gnomos de jardim.

Gnomeu e Julieta: O mistério do jardim traz trilha sonora de Elton John, fazendo companhia ao Rei Leão e O caminho para El Dorado e nos surpreende com uma mensagem que transcende as barreiras da idade. Ao longo do filme, vemos Gnomeu ser ignorado por Julieta, assim como Watson é ignorado por Sherlock Gnomes. Aprendemos como é importante ouvir seu parceiro e respeitar as opiniões daqueles que nos amam e se preocupam conosco. Vemos que aquele ditado que diz que “uma andorinha só não faz verão” faz muito sentido, assim como “duas cabeças pensam melhor do que uma” e, como diz Jota Quest “ninguém é feliz sozinho”.

Quando um adulto vai ao cinema assistir uma animação, ele espera crianças fazendo barulho, algumas pipocas voando pelo ar, um filminho leve e engraçado… Porém, dificilmente, preocupa-se em aprender algo e se enriquecer com a mensagem do filme. Foi aí que eu me surpreendi. Gnomeu e Julieta transcende a barreira da idade porque nos mostra que não precisamos estar sozinhos. Não precisamos tomar todas as decisões sozinhos e lutar sozinhos. Seja com os amigos ou com a família, sempre temos alguém com quem podemos contar e devemos contar. Assim como sempre podemos ajudar e devemos ajudar.

Com uma trilha sonora excelente, ótimos personagens cheios de referências da obra de Arthur Conan Doyle, comédia, ação, romance e suspense, além da mensagem emocionante e inspiradora, Gnomeu e Julieta: o mistério do jardim promete ser uma excelente animação para crianças e adultos, mostrando que o poder da amizade e o companheirismo são fundamentais em todos os relacionamentos.

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Kim Possible: Novos atores se juntam ao filme original do Disney Channel

Alyson Hannigan (How I Met Your Mother) e Connie Ray (The Big C) se juntam ao elenco de Kim Possible, filme original Disney Channel baseado na série animada sobre uma menina normal e estudante do ensino médio que em seu tempo livre, salva o mundo dos vilões. Hannigan interpretará a neuro-cirurgiã  Ann Possible (conhecida como mãe Possible), e Ray interpretará a avó Nana Possible.

Também se unem ao elenco Todd Stashwick (12 Monkeys) e Taylor Ortega, que interpretarão os vilões favoritos dos fãs Drakken e Shego, respectivamente; Ciara Wilson (OMG!) será Athena; e Erika Tham (Make It Pop) a rival de Kim, Bonnie.

Os protagonistas, Sadie Stanley como Kim Possible, e Sean Giambrone como Ron Stoppable, completam o elenco da comédia de aventuras que estreará em 2019.

Hannigan também emprestou sua voz a Fancy Nancy (Claire Clancy) na versão em inglês da série animada do Disney Junior Fancy Nancy, baseada nos libros do New York Times, sucesso de vendas, e que estreia em breve.

Os roteiristas do filme são os criadores da série Kim Possibleganhadores do Emmy® Mark McCorkle e Bob Schooley (Big Hero 6 The Series, The Penguins of Madagascar), e Josh Cagan (The DUFF, Bandslam). Os produtores executivos são McCorkle, Schooley e Zanne Devine, cujos créditos de produção incluem I, Tonya e o filme Easy A. O filme será codirigido e coproduzido por Adam B. Stein e Zach Lipovsky (ambos de MECH-X4, do Disney XD). Blyth Nailling (Last Man Standing, de ABC, e Scrubs) é a diretora de casting.

A série animada de comédia e aventuras mostrava a forte adolescente, que usava seu cérebro, suas emoções e suas experiências para salvar o dia. Em 87 episódios, Kim Kim Possible andou na hierarquia social do secundário e, junto de seu fiel companheiro Ron Stoppable e sua toupeira, Rufus, frustrou os vilões Drakken e Shego, entre outros. A série inspirou dois populares filmes de animação originais, Kim Possible: A Stitch in Time, em 2003, e Kim Possible Movie: O Drama, em 2005, que foi o primeiro filme original do Disney Channel.

A forte conexão dos espectadores com Kim Possible transformou esta série numa franquia fora da televisão, que incluiu os personagens Kim Possible e Ron Stoppable no Disney Parks & Resorts, uma linha de produtos de consumo, trilhas sonoras e jogos.

A série ganhadora do prêmio Emmy® recebeu elogios de Parents’ Choice Foundation, ganhou o “Annie Award” da internacional Animated Film Society e “Pulcinella” da Itália como Melhor Programa e Melhor Série de TV para Crianças.

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Fábrica de Casamentos: Noivo faz surpresa para noiva no programa de hoje

No Fábrica de Casamentos de hoje, 26, o casamento será surpresa: apenas Gabriel saberá da festa feita pelo programa, e para surpreender a noiva, Natali, Chris Flores e Carlos Bertolazzi farão um falso programa de culinária.

Na armação, participará Eliene, sogra de Gabriel. A ideia é revelar a surpresa do casamento e pedir que a sogra auxilie o noivo com os preparativos do enlace. Toda a a equipe de especialistas ainda terá que entrar na cerimônia vestidos com asas de anjo da guarda.

Natali chegará ao salão do programa cerca de 12 horas antes do casamento. E lá, receberá o pedido de Gabriel que, em seguida, dirá que a cerimõnia acontecerá em poucas horas.

O “Fábrica de Casamentos” vai ao ar neste sábado, a partir das 22h15, logo após “Esquadrão da Moda”, no SBT.

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7 razões para assistir Deadpool 2 essa semana

Deixa eu adivinhar: Você foi o mané do grupo que não comprou ingresso na pré-venda e aí não conseguiu assistir Deadpool 2 na semana de estreia no cinema, né? E aposto que ainda deixou que te contassem uns spoilers e agora desistiu de assistir até sair no Netflix. Wade Wilson estaria desapontado com você.

Preste muita atenção nos tópicos abaixo, meu pequeno padawan – não vai perder Han Solo também por favor – que agora nós vamos te apresentar RAZÕES PARA ASSISTIR DEADPOOL 2 NOS CINEMAS MESMO QUE TODOS OS SEUS AMIGOS JÁ TENHAM VISTO. (E não, não tem spoiler).

Menos Filas – Na semana passada todo mundo que não comprou ingresso antecipado – que nem você – correu pros cinemas para tentar garantir um lugarzinho nas salas. Ou seja: filas. Agora que o desespero inicial passou, você pode se juntar ao grupo dos “antes tarde do que nunca” e comprar seu ingresso com um pouco mais de tranquilidade.

Você já sabe que não é propaganda enganosa – Quem nunca teve medo de ir ao cinema com a expectativa lá em cima e o filme acabar sendo ruim. Deadpool 2 não vai te oferecer esse risco! Confesse, você já conversou com seus amigos e sabe que o filme consegue superar até a publicidade maravilhosa que foi feita antes da estreia. E olha que superar um herói dançando balé ao lado de Celine Dion é difícil. Ele já mereceria a ida ao cinema pelo marketing, mesmo que fosse ruim. Sendo bom, então… o que você ainda tá fazendo aqui?

Ryan Reynolds e Morena Baccarin – Sério que precisa dizer mais alguma coisa? Eles são lindos, tem química, atuam bem… eu já disse que são lindos? Sério. RYAN REYNOLDS. MORENA BACCARIN. É óbvio que você tem que assistir esse filme no cinema só pra poder ver os dois na tela gigante!

Existe amor em Deadpool – Se a beleza do casal não fizer você sair de casa e correr pro cinema, saber que no fundo (bem no fundo) esse filme é uma história de amor, deve fazer. O próprio Reynolds disse em entrevista que esse é um filme sobre amor e família, mascarado de um filme de herói.

Ele não é família. Mas é. É complicado – O próprio Deadpool considera esse um filme para a toda a família, e fala isso diversas vezes durante o filme. Mas no fundo todo mundo sabe que quando ele é protagonista a ironia, o palavrão, o sangue e a violência fazem parte do combo. Com um paradoxo desse, como é que você tá sentado nessa cadeira ainda, cara?

Montanha russa de emoções – Evitando ao máximo os spoilers aqui, você vai amar e odiar cada personagem várias vezes durante o longa. É um filme de anti-herói, vilão, anti-vilão e super-herói. Tudo junto e misturado numa mesma história. Então não importa qual a sua preferência, se os caras bonzinhos ou os malvados, você vai gostar do filme de qualquer jeito.

A Domino rouba a cena – Você precisa conhecer uma super-heroína que tem como único poder “ser sortuda”. Além de ter a habilidade mais inusitada já vista nos cinemas, a personagem é interpretada por Zazie Beetz, que dá uma surra de beleza e talento durante todo o longa.

Agora que você já está convencido, pare de enrolar e vá até os cinemas, porque a fila tá menor, mas tem muita gente ainda querendo assistir e você vai perder de novo a chance. Na Rede Cinesystem Cinemas, o longa continua em cartaz em todos os 26 complexos espalhados por todo o Brasil.

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Comentários: A segunda temporada de 3%, Netflix

Há alguns dias, foi disponibilizada a segunda temporada 2 de “3%”, a primeira série brasileira produzida pela Netflix. A primeira temporada conta com 8 episódios, e se encontra no catálogo desde 2016.

Retorno

Bom, a primeira temporada se encerrou com algumas pontas soltas, alguns “ganchos”,  que claro, não são explicados logo de cara na segunda temporada. Muito pelo contrário, a segunda temporada já se inicia com outros mistérios, outras “pontas” para serem explicadas.

Nos seus dois primeiros episódios, já temos o primeiro tópico que terá relevância durante toda a temporada: o trio fundador!

Pois é, pelo que vimos na primeira temporada (muito por cima), existe um casal fundador do Maralto, que no continente, são tratados e lembrados como entidades pela igreja. Então, não eram um casal, e sim um trio, mas a historia completa do trio será revelada ao decorrer da temporada.

De início, com alguns dos personagens que acompanhamos no processo 104 na primeira temporada, temos Rafael e Michele, que passaram no processo e foram para o Maralto. De outro lado temos Joana e Fernando, que continuaram no mesmo lado, no Continente.

Maralto

Logo no ínicio, já conhecemos o famigerado Maralto.

O Maralto é uma ilha, totalmente bem estruturada, farto de recursos e tecnologia, correspondendo a toda visão utópica que toda a população (e os telespectadores) tem do local.

Quase tudo no local é controlado por comando de voz, por uso de anel, a íris dos olhos, e coisas do tipo, dando grande ênfase a tecnologia futurística.

Rostos conhecidos

Na nova temporada, vamos contar com novos personagens (obviamente), e com isso, novos atores e atrizes.

Interpretando dois de três integrantes do Trio Fundador, teremos rostos um pouco mais conhecidos: Maria Flor e Fernanda Vasconcellos.

Evolução

Notamos grande evolução em várias áreas da série em relação a primeira temporada. A fotografia, os efeitos, o desenrolar e até mesmo a quebra de alguns clichês e plot twist que colaboraram fortemente pra uma incrível melhoria no roteiro da série.

Nessa segunda temporada, no ano do Processo 105, vamos acompanhar o ponto de vista do Maralto, e do Continente. Teremos os infiltrados, no Maralto, os integrantes da Causa, no continente, e a Elite do Maralto, agindo de maneira suja para cobrir todo o sangue e sujeira que, em grande choque, corre o risco de ser exposto.

Teremos muitos plots durante a temporada, como (talvez seja um spoiler, se for bom de dedução) o retorno de personagens, a morte de alguns outros, e flashbacks contando o passado de grande parte dos personagens, revelando seus ideias e suas motivações.

Conclusão

A temporada, indiscutivelmente, apresenta grande superioridade sob a primeira. Com grandes referências, situações que te fazem torcer e roer as unhas, de maneira instigante, e abordando de maneira pouco explorada um tema muito importante, a segunda temporada de “3%”, a nossa série, está incrível!

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Review: 3% (Segunda Temporada)

Quando foi lançada em 25 de novembro de 2015, a série 3% – primeira produção nacional da Netflix – dividiu as opiniões do público. Por um lado, a série encontrou um modo pouco convencional – e eficaz – para falar sobre a má distribuição de renda e polaridades presentes atualmente na sociedade brasileira, por outro, as atuações teatrais em momentos chave, figurinos escrachados e um aspecto que deixava claro o orçamento limitado em geral. A segunda temporada chegou ouvindo todas as críticas, fossem elas boas ou ruins e se aperfeiçoou, entregando 10 excelentes episódios.

Talvez a primeira temporada não tenha sido tragada tão facilmente no gosto do público por ter sido focada no processo de seleção (que determina os 3% que irão poder ter uma vida melhor no MarAlto) e não em seus personagens. Tivemos alguns nuances da vida de Michele, Joana, Rafael e Fernando, mas de forma bem superficial. Agora, mergulhamos em suas trajetórias, o que proporcionou aos espectadores uma chance de se conectar com alguns deles.

A maior diferença que podemos sentir entre as temporadas pode ser sentida através do roteiro. Deixando a parte didática de lado, as histórias agora não se arrastam nos episódios, muito pelo contrário. Usando e abusando do uso de flashbacks, somos capazes de entender melhor as motivações de cada personagem em torno do Processo e ver mais da vida que levavam no continente. As evoluções e plow-twists presentes nos entregam uma complexidade muito maior, que nos desperta cada vez mais a vontade de assistir aos episódios seguintes. Cada personagem possui o seu foco narrativo e estes focos se conectam de uma forma mais natural.

Talvez um desafio que a série se auto propôs foi o de incluir novos personagens e dar importância e contexto para estes novos nomes. Uma vez que anteriormente 3% teve dificuldade em explorar as personagens apresentadas, a inclusão de novos nomes poderia representar um novo erro – felizmente estávamos errados. Além dos nomes envolvidos no Processo e do pessoal do MarAlto, tivemos inclusões muito bem-feitas no continente.

A série melhorou muito e esteticamente encontrou um ponto para chamar de seu. É facilmente identificada e bem assimilada. O elenco demonstra estar mais entrosado e isso se refletiu nas telas. Um excelente momento que é preciso citar e não, não é spoiler: o nosso tradicional ‘carnaval’ foi abordado, em uma linda procissão realizada no continente; a cena contou com a talentosa Liniker e foi um dos pontos altos da produção.

A 3ª temporada de 3% – que irônico – irá estrar em 2019. Porém a história pode segurar até 5 temporadas no total. Vamos torcer.

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Filmes que mesclam o universo dos Jogos de Videogame

Com base no sucesso do novo filme de Steven Spielberg, Jogador Nº1,  perguntas sobre porquê jogos de videogame não são geralmente bem-sucedidos como em adaptações do cinema voltam a aparecer. Mais do que isso, a expectativa de quem assiste mostra que pode ser tão ou até mais importante do que a qualidade da produção. Adaptações cinematográficas de videogames vem com a mesma bagagem, geralmente trazidas por jogadores que conhecem a história de ponta-cabeça.

No caso de Jogador Nº1, a nova produção do diretor de sucessos como Jurassic Park, E.T. e Tubarão, o enredo é completamente baseado nas regras muito bem conhecidas em diversos jogos de videogame. Tudo na imersão da realidade virtual. Porém, o filme é baseado no livro de mesmo nome do escritor Ernest Cline. Assim, a expectativa fica toda na obra. E, por isso, já é o suficiente para deixar os fãs ansiosos e preocupados com a sua reinterpretação para o cinema – porém, a expectativa não é tão grande quanto a reinterpretação de um verdadeiro jogo de videogame.

Se em livros conhecemos personagens e imaginamos sua aparência, assim como o universo em que vivem, nos videogames nos é apresentado os mesmos nos mais pequenos detalhes. Não somente entendemos suas personalidades, mas também já sabemos até mesmo como andam – algo que na literatura fica somente na imaginação.  Porém, o videogame vai além de tudo isso. Como nós controlamos os personagens, os jogadores se tornam estes. Como, então, o cinema pode competir com isso?

Um dos jogos mais famosos da história é o universo Warcraft, criado pela Blizzard Entertainment. O RTS (sigla para game de estratégia) é tão famoso que conta com mais de 12 milhões de jogadores no mundo e fãs em outras mídias, como livros. Assim, quando o filme Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos estreou em 2016, a expectativa era imensa e rendeu mais de 400 milhões de dólares de bilheteria.

Porém, para um título que é tão conhecido, tal número é pequeno. O longa, como a maioria das produções baseadas em games, não é uma obra completamente cinemática e nem interativa, ficando no meio termo entre cinema e videogame. Assim, quem não conhece o título, sente que falta drama e um enredo mais complexo na produção. Por outro lado, quem conhece o jogo, acredita que o filme não foi fiel ao estilo e aos personagens queridos. Há também aqueles que acreditem que a própria estrutura de Warcraft não é compatível com enredos de cinema.

Isto pode ser verdade. Um dos jogos que foi, no ponto de vista de alguns jogadores, mais bem-sucedidos, foi Silent Hill, e a maior razão para isto foi que o jogo não somente tem esta estrutura dramática mais compatível com o cinema, mas também o fato de que o longa se manteve fiel à narrativa do game. Porém, isto não foi o suficiente para que o filme fosse muito além do puúlico que já conhecia o título, não agradando a maioria dos espectadores, especialmente a crítica. Como Silent Hill não é tão famoso como Warcraft, também não conseguiu um grande feito na bilheteria.

Porém, isto nos dá uma ideia do que é preciso para que um jogo de videogame seja potencialmente bem-sucedido – o título precisa ser compatível com a estrutura dramática do cinema de maneira natural, o jogo precisa ter um grande numero de fãs e, finalmente, a produção precisa ser fiel à obra. Se não, é mais seguro produzir longas como Detona Ralph ou Jogador Nº1, que têm o viés de um videogame sem ser um.

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*Texto escrito por Daniel Bydlowski. Cineasta brasileiro e artista de realidade virtual com Masters of Fine Arts pela University of Southern California e doutorando na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos, é membro do Directors Guild of America. Trabalhou ao lado de grandes nomes da indústria cinematográfica como Mark Jonathan Harris e Marsha Kinder em projetos com temas sociais importantes. Seu filme NanoEden, primeiro longa em realidade virtual em 3D, estreia em breve.
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Review: Riverdale (Season 1)

Número de episódios: 13
ㅤSobre a série: Riverdale é uma série de televisão americana de drama adolescente, baseada nos personagens da Archie Comics. A série recebeu ordem pela emissora The CW, e estreou em 26 de janeiro de 2017.

ㅤRiverdale é um drama adolescente, com grandes doses de mistério (gosto de dizer que é um mistério com grandes doses de drama adolescente).

A série tem como protaginista Archie, um adolescente, estudante, jogador de futebol, e futuramente, músico e a trama se inicia com uma morte que abala a pacata cidade de Riverdale: A morte de Jason Blossom!

Jason Blossom, inicialmente desaparecido, é o herdeiro da família Blossom, a família rica de Riverdale, que toca uma empresa de xarope de bordo na cidade. Jason desaparece após cair num rio, com sua irmã, Cheryl Blossom, que se salva e testemunha o desaparecimento do irmão (ainda no piloto, poderá acompanhar o desfecho do desaparecimento, que, entretanto, abrirá outra porta misteriosa na série).

A série é uma das melhores dentro do gênero, sabendo como levar o enredo, como ter sua dosagem certa de mistérios, e quando revelar os mesmos, além de possuir personagens carismáticos como Juggy, Betty, Vee, entre outros.

ㅤEntre todo esse mistério, os estudantes de Riverdale vão se envolver cada vez mais no caso de Jason Blossom, quando Vee chega a cidade com sua mãe após a prisão de seu pai, que, aparentemente mantinha negócios com os Blossom.

ㅤVee ficará responsável por esse pontapé inicial, quando escolhe Betty como amiga (Betty, que é melhor amiga e apaixonada desde sempre por Archie, ficará responsável por gerar essa cadeia, fazendo se envolver no caso do Blossom, que, antes de desaparecer, namorava com Polly, sua irmã).

ㅤArchie, com seu melhor amigo, responsável (e apaixonado) pelo Drive In de Riverdale, Jughead, acaba também por se envolver no caso, por estar próximo ao rio com uma professora no dia do desaparecimento de Jason (e Juggy, como o grande e bom amigo, irá sugerir que Archie reporte as autoridades o ocorrido, já que o mesmo confessa ao amigo que estava com a professora e ouviu um disparo de uma arma de fogo no dia, no horário da manhã).

ㅤParece uma grande sinopse repleta de spoilers, eu sei, mas acredite, tudo isso se desenrola ainda no início da série.

ㅤViciante, digna de maratona e com uma historia cativante, e indicada ao 10th Annual Shorty Awards, Riverdale merece uma chance de ser assistida e maratonada por todos! A primeira temporada já está disponível na Netflix!

Vingadores - Guerra Infinita: O que esperar da continuação?
Vingadores – Guerra Infinita: O que esperar da continuação?
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Vingadores – Guerra Infinita: O que esperar da continuação?

Todos nós saímos da sala de cinema de “Vingadores: Guerra Infinita” arrancando os cabelos pela continuação, ainda mais depois daquela cena pós-créditos, não é? Pois bem, a largada para as teorias e especulações de Vingadores 4 já foi lançada e nós vamos te colocar a par de todas as informações, olha só.

Atenção! Pode conter spoilers de “Guerra Infinita”. Para ler nossa crítica do filme sem spoilers, clique aqui. Para ler todos os spoilers do filme, clique aqui. Se você caiu de paraquedas no universo Marvel agora, e vai começar a ver todos os filmes, veja a ordem correta clicando aqui.

Enquanto o final de “Guerra Infinita” deixou o universo Marvel todo quebrado, machucado e com uma grande baixa de personagens principais, muitas dicas também ficaram para a continuação do filme, a ser lançada no ano que vem. Além disso, existem cinco pontos principais a serem explorados pelo próximo filme, cada um em uma área diferente da história no ainda sem título, Vingadores 4.

Os novos Vingadores

A cena pós-créditos de “Guerra Infinita” deixou no ar o óbvio: com tantos heróis indo embora, novos personagens terão que aparecer para continuar a luta. O final deixou óbvio que a Capitã Marvel (Brie Larson) vai aparecer com outros personagens que estiveram ausentes de Guerra Infinita, incluindo o Homem Formiga (Paul Rudd), Hawkeye (Jeremy Renner) e Valkyrie (Tessa Thompson). Será que veremos uma terceira geração de Vingadores para o próximo filme, e se sim, será que vai ser bom?

A volta dos mortos

Sendo Pantera Negra um dos maiores sucessos da Marvel, dada a rapidez que Guerra Infinita leva isso embora, e uma continuação de Spider-Man: Homecoming já tendo sido anunciada para 2019, é justo considerar que nem todos que viraram poeira no final de Guerra Infinita continuarão mortos por muito tempo. A Marvel tem filmes programados para quase todos que viraram poeira (não se esqueça de Guardiões da Galáxia 3), é óbvio que, senão todos, a maioria deles voltará a vida nos próximos filmes. Mas como?

A revelação do plano do Doutor Estranho

Stephen Strange não pareceu muito chateado de dar a jóia do tempo para o Thanos, né? É quase como se ele tivesse olhado nas múltiplas possibilidades do futuro e planejou uma maneira de ganhar no final. Pera, mas ele viu. Vamos assumir que Estranho sabia exatamente o que aconteceria se ele desse a Thanos a jóia do tempo, e tenha um plano para salvar o dia no final das contas. O que é esse plano e quando descobriremos?

A vingança de Gamora

A ideia de que a história de Gamora terminou com seu assassinato em Vormir seria muito mais pesada se não tivesse acontecido em frente a um outro personagem morto, que foi mantido por lá pela jóia da alma. (Adicionado ao fato de que nos quadrinhos, os personagens vivem depois da morte dentro da jóia em si). Dado o fato que Thanos acordou na água depois da morte de Gamora, não é muito assumir que alguma coisa aconteceu e nós ainda não sabemos. Com certeza Zoe Saldana não é a única pessoa pensando, e se Gamora não está morta assim como Thanos pensa?

O mais covarde de todos

Talvez o grande mistério de Guerra Infinita foi o porquê do Hulk ter se recusado a aparecer quando Banner tentava se transformar. Não é como se o Banner tivesse perdido a habilidade em si, a aparição parcial do Hulk que claramente dizia “não”, é uma outra ocasião que nos faz pensar que algo está acontecendo, e independente do que seja, será resolvido nas sequências. Será que Hulk estava com medo de Thanos ou tem algo a mais acontecendo? Será que o Hulk está guardando o segredo de como combater Thanos para a hora certa?

Post traduzido do Hollywood Reporter.

E você, o que acha que Vingadores 4 está guardando para nós? Lembrando que, segundo entrevistas recentes, este seria o último filme do Chris Evans como Capitão América. Quais são as suas teorias? Comenta aí que vamos repostar as melhores!