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Redação

Câmara Brasileira do Livro e Theatro Municipal de São Paulo promovem série “Encontros com Autores” do Prêmio Jabuti
Sérgio Silva
Cultura

Câmara Brasileira do Livro e Theatro Municipal de São Paulo promovem série “Encontros com Autores” do Prêmio Jabuti

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) e o Theatro Municipal de São Paulo iniciam no próximo dia 21 de setembro a série “Encontros com Autores 2023”, que integra a celebração dos 65 anos do Prêmio Jabuti. Os encontros acontecerão no Salão Nobre do Theatro, no Centro de São Paulo.

Ganhadora do Prêmio Jabuti 2022, Luiza Romão abrirá a série “Encontros com Autores” de 2023, realizada pela CBL em parceria com o Complexo Theatro Municipal e Sustenidos. A mediação do encontro de abertura ficará por conta do repórter de Cultura, Ruan de Sousa Gabriel, do jornal O Globo. Com previsão de duração de uma hora, a atividade terá ingressos gratuitos, distribuídos na bilheteria com uma hora de antecedência.

Os encontros seguirão até o mês de dezembro com a participação de renomados autores finalistas e ganhadores do Prêmio Jabuti, como Pedro Bandeira, Aline Bei, Itamar Vieira Jr, Jeferson Tenório e Conceição Evaristo. Os escritores abordarão temas ligados à Literatura, criação, formação do autor e abordarão como produzir obras nos diversos gêneros da ficção e não ficção. O mês de dezembro contará ainda com um encontro especial, com o autor contemplado com o Livro do Ano de 2023.

“O Encontros com Autores 2023 será uma ótima oportunidade para promover a interação de pensamentos entre os escritores contemplados pelo Jabuti e o público. Eles nos concederão um amplo panorama da expressiva criatividade e sabedoria literária brasileira contemporânea, abrangendo toda a sua riqueza de perspectivas”, afirma a presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Sevani Matos.

“É com entusiasmo que anunciamos este evento cultural tão significativo. O ‘Encontro com Autores’ é uma plataforma para celebrar a literatura brasileira e proporcionar aos leitores a oportunidade de se conectar com os escritores. Além de evidenciar a capacidade do livro em ser um veículo para tornar o conhecimento e a arte mais acessíveis e democráticos”, ressalta Hubert Alquéres, curador do Prêmio Jabuti 2023.

Confira abaixo a programação completa:

Programação do “Encontros com Autores”, no Theatro Municipal de São Paulo:

21 de setembro, quinta-feira, 19h – Encontro com Luiza Romão – Mediação de Ruan de Sousa Gabriel

Luiza Romão é poeta, atriz e slammer. Mestra em Teoria Literária e Literatura comparada pela Universidade de São Paulo com um trabalho sobre poetry slam, voz, performance poética e spoken word no Brasil. Há quase uma década, participa do movimento de slam e saraus da cidade de São Paulo, tendo sido vice-campeã brasileira em 2014 (SLAM BR). É autora dos livros: “Também guardamos pedras aqui” (Editora Nós/2021; vencedor do Prêmio Jabuti 2022 de Livro do Ano e na categoria Poesia; e semifinalista do Prêmio Oceanos), “Nadine” (Editora Quelônio/2022), “Coquetel Motolove” (selo doburro/2014) e “Sangria” (selo doburro/2014; edição bilíngue português-espanhol). Reponsável pela mediação, Ruan de Sousa Gabriel é formado em Jornalismo e Filosofia pela Universidade de São Paulo. Foi repórter e colunista de livros na revista Época. Desde 2018, é repórter de Cultura do jornal O GLOBO, em São Paulo.
5 de outubro, quinta-feira, 19h – Encontro com Pedro Bandeira

Pedro Bandeira, a Personalidade Literária do Prêmio Jabuti 2023, nasceu em Santos, São Paulo, em 1942, e trilhou um caminho multifacetado antes de se estabelecer como um escritor notável. Sua trajetória inclui trabalhos no teatro profissional, tanto como ator quanto como diretor e cenógrafo. Ele também desempenhou funções de redator, editor e ator em comerciais de televisão. Em 1972, teve suas primeiras histórias infantis publicadas em revistas da Editora Abril. A partir de 1983, dedicou-se exclusivamente à escrita, marcando o início de uma jornada literária com a publicação do livro “O Dinossauro que Fazia Au-Au”.

18 de outubro, quarta-feira, 19h. Encontro com Aline Bei – Mediação de Cláudio Leal

Aline Bei nasceu em São Paulo, em 9 outubro 1987. É formada em Letras pela PUC-SP, em Artes Cênicas pelo Teatro Escola Célia-Helena e pós-graduada em Escritas Performáticas pela PUC-RIO. “O peso do pássaro morto”, finalista do prêmio Rio de Literatura e vencedor do prêmio São Paulo de Literatura e do prêmio Toca, é o seu primeiro livro. Em 2021, lançou seu segundo livro, “Pequena Coreografia do Adeus”, pela Companhia das Letras. O romance foi finalista do Prêmio Jabuti e do Prêmio São Paulo de Literatura e já vendeu mais de 100 mil cópias. Está sendo adaptado para o teatro por Tarcila Tanhã e foi adaptado para uma videodança por Georgia Palomino e Suzane Rossan. Foi publicado em Portugal pela Particular Editora. Responsável pela mediação, Cláudio Leal é jornalista, colaborador da Folha de S.Paulo e doutorando em Teoria, História e Crítica de Cinema pela ECA-USP.

 

27 de outubro, sexta-feira, 19h. Encontro com Itamar Vieira Jr.

Itamar Vieira Jr. é aclamado por seu notável romance “Torto Arado”, que conquistou o Prêmio LeYa de 2018, o Prêmio Jabuti de 2020 e o Prêmio Oceanos de 2020. Nascido em Salvador, Bahia, em 1979, Itamar é geógrafo e doutor em Estudos Étnicos e Africanos pela UFBA. Seu romance “Torto Arado” é considerado um dos maiores sucessos da literatura brasileira das últimas décadas, cativando público e crítica. A obra foi traduzida em mais de vinte países e está prestes a ser adaptada para o audiovisual. Além disso, pela Editora Todavia, Itamar publicou também “Doramar ou a Odisseia: Histórias” e “Salvar o Fogo”.

16 de novembro, quinta-feira, 19h. Encontro com Jeferson Tenório

Jeferson Tenório, autor nascido no Rio de Janeiro, em 1977, e atualmente radicado em Porto Alegre, é doutor em Teoria Literária pela PUC-RS e teve uma carreira literária rica e diversificada. Jeferson Tenório foi colunista dos jornais Zero Hora e Uol/Folha de S. Paulo, até abril de 2023. Além disso, ele foi professor visitante de Literatura na renomada Brown University, nos Estados Unidos. Sua obra literária inclui textos adaptados para o teatro e histórias traduzidas para inglês e espanhol. Ele é autor de obras como “Estela sem Deus” (2018) e “O Avesso da Pele” (2020), que não apenas ganhou o Prêmio Jabuti em Romance Literário de 2021, mas também teve seus direitos vendidos para países como Portugal, Itália, Inglaterra, Canadá, França, México, Eslováquia, Suécia, China, Bélgica e EUA.

23 de novembro, quinta-feira, 19h. Encontro com Conceição Evaristo

Maria da Conceição Evaristo de Brito nasceu em Belo Horizonte, em 1946, e migrou para o Rio de Janeiro, na década de 1970. Graduada em Letras pela UFRJ, trabalhou como professora da rede pública de ensino na capital fluminense. É Mestre em Literatura Brasileira pela PUC do Rio de Janeiro, com a dissertação “Literatura Negra: uma poética de nossa afro-brasilidade” (1996). Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense, com a tese “Poemas malungos, cânticos irmãos” (2011), na qual estuda as obras poéticas dos afro-brasileiros Nei Lopes e Edimilson de Almeida Pereira, em confronto com a do angolano Agostinho Neto. Participante ativa dos movimentos de valorização da cultura negra em nosso país, estreou na literatura em 1990, quando passou a publicar seus contos e poemas na série Cadernos Negros. Escritora versátil, cultiva a poesia, a ficção e o ensaio. Desde então, seus textos vêm angariando cada vez mais leitores. A escritora participa de publicações na Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos. Seus contos vêm sendo estudados em universidades brasileiras e do exterior, tendo, inclusive, sido objeto da tese de doutorado de Maria Aparecida Andrade Salgueiro, publicada em livro em 2004, que faz um estudo comparativo da autora com a americana Alice Walker. Em 2003, publicou o romance “Ponciá Vicêncio”, pela Editora Mazza, de Belo Horizonte.

“Fumo”: livro do músico Juliano Costa, leva o leitor para dentro da cabeça de ex-fumante reticente
Tuany Sanches
Livros, Novidades

“Fumo”: livro do músico Juliano Costa, leva o leitor para dentro da cabeça de ex-fumante reticente

Juliano Costa (@julianofmcosta), músico, escritor, marceneiro e fumante paulistano, debruçou-se sob um diário para relatar sua rotina enquanto registrava os primeiros dias de uma vida sem nicotina. Durante o processo, se encontrou mais empenhado em sua escrita que na tentativa de deixar o cigarro. Ao longo das páginas e dos dias, a dúvida nasceu: escrever para parar de fumar ou fumar para continuar escrevendo? Daí surgiu o seu primeiro livro, “Fumo” (Editora Patuá, 120 páginas). Escrito como um romance em forma de diário, a obra tem como principal tema a relação do personagem com o ato de fumar e o domínio exercido por esse objeto sedutor na vida do fumante, desdobrando-se também em assuntos como amizades, trabalho, rotina e sonhos.

“Em 2021 tentei parar de fumar e li que uma estratégia seria criar um diário sobre esses dias, para escrever sobre o que estava sentindo a cada dia de abstinência e marcar o progresso da tentativa”, relata Juliano. “Comecei fazendo isso mas no quarto dia sem fumar, estava muito mais interessado nesse diário do que de fato na tentativa de parar. Eu passava o dia todo pensando em o que poderia escrever no diário o que atrapalhou o processo de parar de fumar. Então decidi voltar a fumar e continuar escrevendo sobre o tema”, conta.

Mesmo fictício e propositalmente fantástico, o livro tem passagens familiares a todos que já tiveram um cigarrinho como companhia. O diário acompanha o protagonista ao longo de 30 dias. Nesse mês, ele registra suas agonias e pirações a partir do dia em que decidiu parar de fumar. O herói, assim como seu criador, se encontra fascinado por conversar com o diário a respeito do cigarro e passa a questionar a escolha de rejeitar o vício. Sem conseguir se livrar da sombra projetada pela falta de nicotina, passa a enxergar cigarros todos os segundos de seu dia. Ele sonha acordado e traz à tona recordações de momentos pitorescos que sempre envolvem o tabaco enrolado num papel com filtro. De preferência, um Marlboro Vermelho, favorito do personagem.

Em um trecho do livro situado na página 68, o personagem compara o ato de parar de fumar como uma prova de resistência do BBB: “Só que essa não acaba nunca e você nunca ganha, só fica lá resistindo até desistir ou morrer. Não tem vitória. Ninguém oficialmente venceu a luta contra o vício. A pessoa pode, no máximo, estar vencendo. (…) Parar de fumar é uma eterna tentativa, a outra opção é perder. Perder, sim, é possível. Aliás, provável. Fumou, perdeu. Pronto.”

Capítulos pontuais ainda fazem uma digressão à vida do personagem. Em um primeiro momento, traz uma pesquisa rápida com informação sobre a história do tabaco e pouco depois, ousa quebrar a parede para conversar com o revisor e preparador do livro Roberto Alves, que assina sua orelha. O escritor traça uma jornada pouco convencional, mas divertida e consciente ao explorar o tema, especialmente quando contrapõe o prazer e cuidado à saúde, essas forças antagônicas que sufocam a vida do fumante. Ainda servindo um pingue-pongue com a fantasia, presta citações e referências a figuras públicas que incluem o reality-show “Vida a Bordo” e chegam até Caetano Veloso, passando pela cultura pop em “Harry Potter” e “Vingadores”.

Juliano gosta de escolher e encaixar as palavras da maneira mais simples possível, mas faz isso construindo cenas precisas e fáceis de serem imaginadas. Entre suas principais referências, estão brasileiros contemporâneos, apontando nomes como Marcelino Freire, André Sant’Anna, Antonio Prata, Eliana Alves Cruz. “Escrevo desde os 20 anos mas nunca gostava do que eu escrevia. Em 2012 fiz um curso com o Marcelino Freire e isso mudou minha relação com a escrita. Desde então venho fazendo algumas experiências para achar um jeito legal de escrever.”

Nascido em 1990, em São Paulo, Juliano, como músico, já lançou, pelo projeto Primos Distantes, os discos Primos Distantes (independente, 2014) e Primos Distantes Ao Vivo (EAEO records, 2015). Em carreira solo, lançou o álbum visual A Trilha da Trilha (independente, 2020), o disco Barco Futuro (selo Ei Som, 2021). Também está trabalhando em seu próximo disco solo, Vida Real, com previsão de estreia para 2024. Como escritor, no momento, participa de um projeto que homenageia a Navilouca ─ revista de poesia e arte que circulou no Brasil numa edição única em 1974. Além de “Fumo”, o autor publicou um conto no livro “Leia esta canção: Beto Guedes”, da editora Garoupa, uma coletânea de histórias inspiradas na obra de Beto Guedes, músico montes-clarense e notório membro do Clube da Esquina.

Fabrício Carpinejar no Teatro Opus Frei Caneca
Ricardo Lage
Cultura, Teatro & Exposições

Fabrício Carpinejar no Teatro Opus Frei Caneca

Só seremos felizes quando não dependermos de mais ninguém. Isso é o mais difícil de entender em um casamento. No novo espetáculo “Tudo O Que Seu Marido Precisa Saber”, o poeta Fabrício Carpinejar faz um humor sério sobre a vida a dois. Através da sua perspectiva de homem em desconstrução, ele fala sobre felicidade, respeito, sonhos e a busca constante pela sua melhor versão.

É preciso cuidar, sonhar e considerar a individualidade e o coletivo, entendendo os limites e os papéis de cada um no casamento. Esse é um poderoso passeio por diversos desafios da vida a dois, com situações ilustradas, caso você ache que o único jeito de seu marido entender é desenhando.

SOBRE FABRÍCIO CARPINEJAR

Carpinejar é poeta, jornalista e escritor de 50 livros, que já lhe renderam duas vezes o Prêmio Jabuti. Formado em Jornalismo e mestre em Literatura Brasileira, é um dos principais cronistas brasileiros, reconhecido por seus trabalhos nos jornais Zero Hora (RS), O Tempo (MG) e no programa Encontro, da Rede Globo.

Nas redes sociais, fala sobre amor e relacionamentos para seus mais de cinco milhões de seguidores todos os dias. Suas opiniões contundentes já foram destacadas por grandes nomes como Luis Fernando Verissimo e Millôr. Há tempos vem se destacando como um grande palestrante dentro da área da educação, levando temas que auxiliam na humanização da educação buscando sempre a transformação através das emoções.

Teatro Opus Frei Caneca
Shopping Frei Caneca – R. Frei Caneca, 569 – Consolação, São Paulo – SP, 01307-001
https://teatroopusfreicaneca.com.br/
Duração: 70 min.
Classificação: Livre.
Acessibilidade
Ar-condicionado
Capacidade: 600 pessoas

DATA E HORA
8 de outubro – 20h30

INGRESSOS
A partir de R$36
Obs.: Confira legislação vigente para meia-entrada

UM POUCO DE MIM, UM POUCO DE NÓS será exibido no Museu da Imigração (16/9)
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Estreias, Filmes

UM POUCO DE MIM, UM POUCO DE NÓS será exibido no Museu da Imigração (16/9)

O que o passado tem a nos dizer e alertar sobre o presente? Como a história pode nos ensinar a não repetir os erros e horrores das outras gerações? Perguntas como essas são instigadas pelo documentário UM POUCO DE MIM, UM POUCO DE NÓS, que receberá neste sábado, 16 de setembro, uma exibição gratuita às 15h no Museu da Imigração. O diretor André Bushatsky estará presente para diálogo com a plateia. A produção é assinada pela Bushatsky Filmes, com distribuição da própria Bushatsky Filmes em parceria com a Prisma. Em São Paulo, a obra seguirá em cartaz amanhã, quinta-feira, 14 de setembro, no Espaço Itaú de Cinema – Augusta, em sessões diárias às 13h30, na sala 2.

O longa começa com uma judia alemã que fugiu ao primeiro sinal de que algo de muito errado estava por vir. E segue para histórias de quem se escondeu na floresta, fugiu para outro país, debaixo do subsolo, em um cômodo. Encontramos aqueles que contaram com uma mão amiga, que arriscaram vida e família ajudando os perseguidos pelo regime e os Partisans, guerrilheiros prontos para sabotar o exército alemão. Há os que foram para o campo de concentração e tiveram a sorte de sobreviver, mas, mesmo assim, tiveram que se reerguer em outro país, sem dinheiro, sem ajuda, com outra língua e cultura. O filme conta com depoimentos dos jornalistas Pedro Bial e Caio Blinder, do filósofo Mário Sérgio Cortella e da economista e professora Claudia Costin.

A partir dessa narrativa traçada por depoimentos de sobreviventes que se radicaram no Brasil, o documentário medita também sobre o nosso presente, seja na questão do surgimento de líderes extremistas quanto na situação de refugiados e imigrantes na atualidade, e sobre o mundo que queremos construir.

“Falamos a respeito dos sobreviventes de uma Europa dos anos 1930/40, cheia de autocratas e ditadores, ao mesmo tempo que dialoga com repressões que assolaram o mundo nos anos seguintes e chega até hoje, com o crescimento dos extremistas. Parece que não nos cansamos de ver tragédia. Povos sendo dizimados, refugiados atravessando os mares numa jangada”, explica o diretor.

Colocando-se também em primeira pessoa no documentário, Bushatsky se apresenta como investigador sobre as dinâmicas pessoais e as questões políticas que levaram à ascensão do nazismo na Alemanha do século XX e o extremismo contemporâneo, e, dessa forma, questiona o passado para tentar iluminar o presente.

“O filme nasceu da vontade de saber mais sobre as minhas origens. Explorar os caminhos que me fizeram chegar aqui. Meus avós maternos fugiram da Áustria. Minha avó Erika, morou em um gueto na China, meu avô Erich fugiu por diversos países até que conseguiu vir para o Brasil. Meu avô conseguiu o visto devido ao embaixador Luiz Martins de Souza Dantas.”

Nas entrevistas, Bushatsky se deparou com histórias fortes, aquelas que tanto vemos em filmes e livros sobre o Holocausto, mas que estavam sendo contadas ali, na frente de sua câmera, pelas pessoas que as vivenciaram. “Tinha emoção, lágrimas, mas todos fizeram questão de contar, falar e passar para a frente a mensagem de que se aconteceu uma vez, pode acontecer de novo e essa memória não pode ser esquecida jamais”, relata o cineasta.

Essa proximidade com as pessoas entrevistadas surgiu por conta daquilo que o documentarista define como “um processo artesanal”. “Reunia a equipe, geralmente aos finais de semana, e fazíamos uma ou duas diárias de filmagem. Visitávamos os personagens, com calma, dando tempo para a conversa acontecer e a emoção falar. Aí passava um tempo, fazíamos mais uma entrevista até que conseguimos todo material. No paralelo, começamos a montagem do filme. São histórias muito fortes que precisam decantar antes de serem contadas.”

Ele confessa que, por meio do filme, confirmou “a tremenda e inigualável perseverança e resiliência dos sobreviventes. A vontade de viver perante a tragédia. E que, sim, estavam diante do horror.”

 

Serviço
UM POUCO DE MIM, UM POUCO DE NÓS

Sessão gratuita com a presença do diretor André Bushatsky
Sábado, 16 de setembro, às 15h
Museu da Imigração
Rua Visconde de Parnaíba, 1.316, Mooca – São Paulo/SP
Retirada de ingresso diretamente na bilheteria
Sessão sujeita à lotação da sala

 

Sinopse
Em “Um pouco de mim, um pouco de nós”, o diretor André Bushatsky revisita a Segunda Guerra Mundial pelos depoimentos de sobreviventes do Holocausto que conseguiram escapar do pesadelo nazista e reconstruíram suas vidas no Brasil. E com a ajuda de jornalistas e estudiosos, procura esclarecer porque a História tem o pendor para a repetição e o que podemos fazer em sociedade para garantir que os mesmos erros não se repitam.

 

Ficha Técnica
Produção:
Bushatsky Filmes
Direção e Roteiro: André Bushatsky
Produção Executiva: André Bushatsky e Pedro Alves
Direção de Produção: Renato Sacerdote
Direção de Fotografia: Alan Fabio Gomes
Montagem: Heloisa Kato e Jonathan Mendonça
Assistente de Fotografia: Murilo Perches
Pesquisa: Sarita Sarue
Assistente de Produção: Thais Bugelli
Som Direto: Douglas Gonçalves
Trilha Original: Tami Belfer
Edição de Som e Mixagem: Eric Ribeiro Christani, A3pS
Stills e Making of: LH Simonetti
Design: Índio San
Gênero: documentário
País: Brasil
Ano: 2023
Duração: 72 minutos
Classificação Indicativa: 12 anos

 

Sobre André Bushatsky
André Bushatsky, cineasta e roteirista, tem no seu repertório direções para programas de televisão, publicidade e conteúdo, roteiros para a animação “Peixonauta”, da Discovery Kids, a websérie “Mãe, Manhê”, além da animação “Miss Dollar”, baseada em um conto de Machado de Assis e premiada 12º Festival Internacional de Cinema Infantil, FICI, os curtas “Roid” e “O Método Holandês”, o média-metragem “Tão Perto, Tão Longe” e o longa-metragem “A História do Homem Henry Sobel”. O filme abriu o 18 ̊ Festiva de Cinema Judaico de São Paulo. Escreveu o livro “Moridea”, editado pela Patuá. Lançou, em abril de 2022, a série documental “Animais sem Lar” e, em junho, o longa-metragem documental “Brasileiríssima” sobre o impacto social e cultural da telenovela, coproduzido pela Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil. Em setembro de 2022, lançou o longa-metragem de ficção “No Outro Encontro Você” e, em outubro, o filme “Domingo à Noite”, com Marieta Severo e Zécarlos Machado, estreou no Festival do Rio, na categoria Novos Rumos – Hors Concours. A produção participou do Festival de Boston e Marieta Severo ganhou o prêmio de melhor atriz no Madrid Film Awards (MADFA).

Match nas Estrelas, Dating Show Apresentado por Ingrid Guimarães e Papisa, Estreia Amanhã (15) no Prime Video
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Lançamentos, Séries

Match nas Estrelas, Dating Show Apresentado por Ingrid Guimarães e Papisa, Estreia Amanhã (15) no Prime Video

O Prime Video lança amanhã, dia 15, Match nas Estrelas, novo dating show Original Amazon apresentado por Ingrid Guimarães e pela astróloga Tati Lisbon, a Papisa. A produção de 12 episódios será a mais nova adição à assinatura Prime. Membros Prime no Brasil desfrutam de economia, conveniência e entretenimento, tudo em uma única assinatura.

Match nas Estrelas é um reality show que une relacionamentos e astrologia. Em cada episódio, o público conhece um participante que representa um dos signos do zodíaco e que sai em encontros com quatro pretendentes de diferentes signos, escolhidos por Ingrid, para se conhecerem e entenderem se existe química. Em seguida, eles têm suas sinastrias – a análise da compatibilidade dos mapas astrais – feitas por Papisa. Durante a análise, os participantes não sabem quem são os pretendentes por trás das previsões astrais. No momento decisivo, com a ajuda de Ingrid Guimarães, eles precisam optar por ouvir ou não os astros e escolher com quem ficarão.

A série é produzida pela Sentimental Filme, com equipe executiva formada por João Cardia, Kátia Nascimento, Juliana Farias, Dante Hideki, Caio di Napoli, Juliana Bauer e Marcos Araujo. O reality é dirigido por Eduardo Pupo e Raphael Alvarez, e escrito por Celso Duvecchi, Larri Andrade, Jô Hallack, Jéssica Reis, Sarah Rodrigues, Edu Araújo, Luli Romano e Priscila Nicolielo.

Coala Festival reafirma poder curatorial e garante mais de 30 horas de música em sua nona edição
Fernando Schlaepfer
Cultura, Música

Coala Festival garante mais de 30 horas de música em sua nona edição

Mais uma edição do Coala Festival se aproxima. Com mais de 90% dos ingressos vendidos, o evento, que acontece nos dias 15, 16 e 17 de setembro, no Memorial da América Latina, em São Paulo, não apenas como um dos festivais de música mais aguardados do país, mas também como aquele que carrega uma personalidade singular e uma inteligência curatorial que o diferencia dos demais. Reverenciando medalhões (sem deixar de  abrir caminho para os novos nomes) e propondo encontros e trocas entre gerações, o Coala potencializa o seu final de semana ao garantir uma experiência confortável a todos os presentes – seja com o amplo espaço de circulação (ocupando os dois lados do Memorial da América Latina) ou com o cuidado na escolha dos restaurantes da área gastronômica. A parte visual junta essas pontas e garante o alto nível de entrega. Em 2023, Jorge Ben Jor, Fafá de Belém com participação de Johnny Hooker, Letrux com Angela Ro Ro, o projeto BaianaSystem + Olodum (OlodumBaiana), que une o poder percussivo do Olodum com a intensidade musical do BaianaSystem – se apresentando pela primeira vez em São Paulo –, e espetáculo exclusivo de Baby do Brasil, Pepeu Gomes e Paulinho Boca de Cantor numa celebração aos 50 anos dos Novos Baianos são algumas das atrações. O festival ainda conta com um palco voltado para música eletrônica e suas vertentes. Este é o segundo ano do Club Coala, que espelha a diversidade musical presente no line-up do palco principal e recebe os coletivos Speedtest, Selvagem e Tijolo. Ainda há ingressos disponíveis (acesse aqui).

“O Coala se aproxima de seus dez anos e nossa preocupação é sempre procurar maneiras de renovar e trazer frescor para as edições”, afirma Gabriel Andrade, sócio-fundador e curador do Coala Festival. Ele ainda completa: “Em 2023, entregamos um line-up original e que preserva a identidade do festival”. Toda essa potência também se reflete na parte de negócios. Este ano, por exemplo, o Coala bateu o recorde de patrocinadores, somando 23 parceiros comerciais.

O Coala Festival tem ingressos acessíveis, de R$ 180,00 (meia-entrada para um dia) a R$ 530,00 (passe para três dias). Há ainda a opção do mini passe coalático, uma entrada para dois dias de festival combinados, de R$ 360,00.

O Coala Festival tem como cerveja oficial a Amstel, patrocínio da Natura e Chás Leão. Apoio de Jameson, Chilli Beans, 99 Táxi e Mike’s. Energético oficial Red Bul e como player oficial, Spotify. Participam ainda Cansei de Ser Gato, Maxmilhas, Lagunitas, Tinder, Altafonte, Bullguer, Crystal e Guarani/ Tereos. Como media partner a Rádio Eldorado FM 107.3. O apoio cultural é do Memorial da América Latina e do Governo do Estado de São Paulo.

Confira o line-up  do Coala Festival 2023:
15 de setembro (sexta-feira)
12h30 | Lys Ventura
13h25 | Jadsa
14h10 | DJ Nuts
14h45 | Boogarins
15h30 | FEBRE90’S
16h | FBC
16h45 | Puterrier
17h20 | Péricles
18h15 | Tahira
18h50 | Fafá de Belém com participação de Johnny Hooker
19h45 | Ubunto
20h30 | OlodumBaiana

16 de setembro (sábado)
12h30 | Lia Macedo
13h25 | Metá Metá com participação de Rodrigo Ogi
14h10 | Luana Flores
14h45 | Suraras do Tapajós com participação Lucas Estrela
15h30 | Cinara
16h | Don L e banda
16h45 | Gus Caram
17h20 | Jards Macalé com participação de Ana Frango Elétrico
18h15 | DJ Paulão
18h50 | Simone
19h45 | Tata Ogan
20h20 | Novos Baianos 50 anos

17 de setembro (domingo)
12h30 | Giu Viscardi
13h15 | Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo
14h | Odara Kadiegi
14h35 | Bruno Berle
15h20 | Kabulom
15h50 | Marcos Valle com participação de Joyce Moreno e Céu
16h45 | Giu Nunez
17h20 | Angela Ro Ro e Letrux
18h15 | Pista Quente
18h50 | Marina Lima e Fernanda Abreu
19h45 | KL Jay
20h20 | Jorge Ben Jor

 

Coala Festival 2023
Data: 15, 16 e 17 de setembro
Local: Memorial da América Latina
Endereço: Av. Mário de Andrade, 664 – Barra Funda, São Paulo
Ingressos: 

  • Passe Coalático (entrada para os três dias de festival) | R$ 530,00
  • Mini Passe Coalático (entrada para dois dias combinados) | R$ 360,00
  • Inteira (entrada para um dia) – Lote 4 | R$ 360,00
  • Solidária (entrada para um dia) – Lote 4 | R$ 275,00
  • Meia-entrada (entrada para um dia) – Lote 4 | R$ 180,00
Selo Poseidon lança primeira HQ de romance LGBT+
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Atualizações

Selo Poseidon lança primeira HQ de romance LGBT+

A Faro Editorial lança este mês pelo selo Poseidon uma das HQs mais premiadas de 2023, “Delícia” de Jarrett Melendez e Danica Brine. Elogiada pela crítica internacional, e considerado um novo Heatstopper, esta Graphic novel já recebeu os prêmios Alex 2023, YALSA Grande Graphic Novel para Adolescentes, Melhor livro do New York Public Library 2022, e a indicação ao Prêmio GLAAD 2023.

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Ben Cook estava naquela fase que quase todo jovem recém-formado na faculdade vivencia: sair com um diploma novo em folha, porém sem nenhuma experiência para o mercado de trabalho e só receber nãos em entrevistas de emprego. Desiludido, ele decide que vai arrumar qualquer trabalho só para se manter, enquanto segue a busca do sonho de trabalhar como escritor. E é quando um anúncio de “Temos vagas, não é necessário experiência” na porta de um restaurante surge para mudar o destino de Ben.

Ben sempre sonhou em ser escritor, em trabalhar em uma editora, mas a vida real parece querer aniquilar seu futuro. Cansado de receber respostas negativas ao tentar conseguir um emprego na área editorial, Ben decide tentar um plano B: uma vaga para cozinhar num restaurante vegetariano chamado Le Cochon Doré. Não é como se ele estive se desviando do seu futuro, mas era uma pausa para recalcular a rota fazendo uma coisa que ele também ama: cozinhar.

E claro que tudo isso fica ainda mais atraente ao conhecer Liam, o sous chef gato do restaurante que vai ajudar Ben a lidar com o dono do restaurante e seu porco degustador. Porém, Bem não contou a verdade de seu novo emprego aos pais, e ele pode estar se metendo numa confusão pior que uma panela de pressão prestes a explodir!!!

“Atual, divertida e romântica. Esta história de amadurecimento sobre amizade, encontrar a si mesmo e seguir seus sonhos vai derreter seu coração e ensinar você a fazer uma torta de pera incrível!” – Kami Garcia, autora de Jovens Titãs: Ravena, Imaculadas e da série Beautiful Creatures

“Tive o prazer de ver Delícia se desenvolver da criação até a execução. A paixão de Jarrett e Danica pelo projeto resplandece neste livro… O texto de Jarrett é doce, cativante e uma voz necessária nos quadrinhos. A arte de Danica é linda, vibrante, e está na cara o quanto ela se divertiu ao desenhar o livro.” – Katie Cook, criadora de Nothing Special no Webtoon

“Delícia é um pouco comédia romântica, um pouco anime sensual e um pouco livro de receitas didático. Talvez não haja outro livro no momento que atenda a tantas das minhas necessidades de entretenimento. Ben e Liam me ensinaram o que significa ‘shippar’.” – Sohla El-Waylly, criadora culinária, escritora, defensora da comunidade e apresentadora da websérie Ancient Recipes with Sohla (History) e do canal do YouTube Mystery Menu, do New York Times Cooking

BibliON marca presença na FLIM - Festa Literomusical 2023
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BibliON marca presença na FLIM – Festa Literomusical 2023

A BibliON, biblioteca digital gratuita de São Paulo, participa da Festa Literomusical 2023, FLIM, que acontece nos dias 15, 16 e 17 de setembro de 2023, em São José dos Campos. E para contribuir com a vasta programação, leva aos participantes a 1ª Mesa Literária com o tema “Todo o amor que houver nessa vida”. A atração abordará a questão do amor no que tange a ação e a prática para além do sentir, tal como é elaborada pela inspiração dessa edição, bell hooks, teórica feminista e ativista antirracista estadunidense. A conversa, que está marcada para o dia 15, às 20 horas, contará com a escritora e cofundadora da Articulação Interamericana de Mulheres Negras na Justiça Criminal – Núcleo Brasil, Juliana Borges, e Renato Noguera, escritor que possui pesquisas na área de filosofias africanas e indígenas, tendo escrito o livro “Por que amamos?”

E também no dia 15, o público infantil terá à disposição a atração  “Trupe Pé de Histórias com LIBRAS”, das 15h às 16h.

Confira abaixo a programação:

15/09

Sexta-feira às 20h

1ª Mesa Literária – Todo o amor que houver nessa vida

Com Renato Nogueira e Juliana Borges, mediação Bianca Mantovani.  Acessível em LIBRAS por Rosicleide Ferreira Magalhães Fonseca. Oferecimento SP Leituras / BibliOn

https://www.flimsjc.com.br/page7.html

PROGRAMAÇÃO INFANTIL

15/09

Sexta-feira 15h às 16h

Trupe Pé de Histórias com LIBRAS

Oferecimento SP Leituras | BibliOn

flimsjc.com.br/page10.html

A BibliON

A iniciativa nasceu como forma de aperfeiçoar um projeto piloto, lançado em 2020, no qual buscava oferecer um serviço cultural digital e gratuito à população, como opção ao isolamento social ao qual todos atravessavam na época. Até o momento, a biblioteca já soma mais de 246 mil empréstimos e mais de 135 mil usuários . As visitas ao aplicativo e ao site também subiram sete vezes desde o início do projeto.

Novo livro de Teresa Cárdenas aborda a relação de afeto entre avô quilombola e sua neta em história sobre ancestralidade
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Novo livro de Teresa Cárdenas aborda a relação de afeto entre avô quilombola e sua neta em história sobre ancestralidade

O livro “Meu avô Tatanene”, da premiada escritora afro-cubana Teresa Cárdenas (@teresacardenascuba), é focado na relação de afeto entre Reglita, uma menina de doze anos, e seu avô Gregório, um quilombola já idoso que sonha ir à África para conhecer a terra de onde seu avô veio e deu origem a sua família. Publicada pela Editora de Cultura (@editoradecultura), com tradução de Caio Riter, a obra, através de uma narração infantil bem conduzida, mescla imaginação, histórias ancestrais, memória, resistência e construção de identidade com momentos de amor e descoberta.

Já conhecida no Brasil pelos livros “Cachorro Velho”, vencedor do Prêmio Casa das Américas de Cuba em 2005, e “Cartas à Minha Mãe”, Teresa Cárdenas se reafirma como uma voz importante no universo da literatura infantil e juvenil do nosso país. Com uma abordagem sensível e criativa, a escritora trabalha a ancestralidade e o afeto familiar para falar sobre envelhecimento, divórcio, o passado escravocrata e a África real e imaginária, terra da liberdade para o quilombola sonhador.

Durante o Festival Latinidades de 2015, Teresa afirmou: “Sou tida como uma autora de temas difíceis para crianças, como morte, vida, violência, imigração, partidas, encontros e desencontros”. E quem conhece seus livros sabe que esse pode ser um modo de ver sua obra. Em “Meu avô Tatanene”, mais uma vez, questões complexas, como a morte de um ente querido e o alcoolismo, se apresentam. Sem subestimar seus leitores jovens, ela trabalha a importância da memória, da identidade e da resistência em uma história escrita para tornar crianças e adolescentes mais conscientes de si e do mundo.

Segundo a escritora, seu fascínio pelo mundo dos livros e da literatura aconteceu bem cedo. “Tudo o que caía em minhas mãos era bem recebido. Por isso, acho que começar a escrever foi algo que evoluiu em mim de maneira natural, constante e coerente. Em quase todos os livros que consegui escrever e publicar, continuo sendo aquela Teresa, menina questionadora, curiosa, cujo olhar vai muito além do que ela mesma percebe”, afirmou em entrevista com Zeca Gutierres.

Por ter percebido que havia poucos negros nas histórias infantis, sua escrita surgiu. Hoje, sua obra é considerada uma importante influência para a construção de autoestima de meninos e meninas negros.

Além de escritora, Teresa Cárdenas também atua como contadora de histórias, conferencista, atriz, ativista social e bailarina folclórica. Tem livros publicados em diversos países, como Suécia, Canadá, Estados Unidos, Coreia, Cuba e Brasil.

Confira um trecho do livro:

“Vovô também queria ir para a África. Não para lutar nem para morrer por alguma coisa mas, sim, para ver onde tinham nascido seus avós. Sempre sonhava com tudo o que Simbao teve que deixar para trás.

Me falava tanto das florestas e dos prados africanos que, ao entrar em seu quarto, eu imaginava penetrar na selva. De qualquer canto, via saltarem gazelas, zebras; elegantes manadas de girafas cruzavam um rio cristalino, que brotava embaixo dos sapatos dele; macaquinhos de cara branca brincavam com seu travesseiro; árvores gigantes estendiam seus ramos e galhos até o teto e saíam pela janela, atravessando a vidraça sem quebrá-la.

Até sua cama se transformava diante dos meus olhos em um prado solitário, onde se escondia o sol vermelho do fim da tarde e meu avô, transformado em montanha, dizia:

— De lá saímos, Reglita. A África é nossa mãe.”

(Página 18)

Citadel tem crescimento de 120% nas vendas na Bienal do Livro Rio
Dielin da Silva
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Citadel tem crescimento de 120% nas vendas na Bienal do Livro Rio

Os 10 dias do maior evento literário de 2023 no Brasil, a Bienal do Livro Rio encerrou com saldo positivo para a Citadel Grupo Editorial, que teve um crescimento nas vendas de 120% em relação à Bienal do Livro de São Paulo, no ano passado. Entre os autores que movimentaram o estande está o jornalista, filósofo e professor Clóvis de Barros Filho.

Durante a tarde de autógrafos, realizada na última terça-feira (5), o escritor aproveitou para conversar com o público sobre filosofia e os títulos publicados pela editora, além de gravar conteúdos com o público. Passaram pelo espaço da editora também os autores Mila Wander, Lilian Cardoso, André Vianco, Davi Lago, Colin Bryar, Juliano Pozati, Aurê Aguiar, Paulo Nascimento, Giulia Benite, Pedro Motta, Rodrigo Queiroz, William Douglas e Ricardo Fonseca.

De acordo com o editor-executivo do Grupo Editorial Citadel, Marcial Conte Jr., foi impressionante ver uma geração de novos leitores animados pelos corredores da feira, durante os eventos com horas de fila para autógrafos com os autores.  “Nós realmente alcançamos o próximo nível em vendas, posicionamento de marca e relevância mercadológica nesta bienal. Fizemos história”, afirma.

“Agradeço aqui meu parceiro e amigo Gorki Starlin pela colaboração e construção do projeto Citadel AltaBooks este ano. Foi simplesmente incrível ter a equipe das duas editoras juntas, fazendo o seu melhor e se complementando, para atingir um resultado majestoso. Aguardem, pois foi a primeira de muitas que faremos juntos”, acrescenta o editor que estende os agradecimentos a todos os autores que participaram dos eventos no estande, além dos parceiros Paris Filmes, Stone e GL eventos.