Review: Drag Race Brasil (Episódios 1 e 2)
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Review: Drag Race Brasil (Episódios 1 e 2)

Assisti aos dois primeiros episódios de Drag Race Brasil. Como alguém que é fã de RuPaul’s Drag Race desde o início e fazia apostas na faculdade sobre as participantes, minhas expectativas estavam bem altas para a versão brasileira desde que saíam rumores de quem apresentaria.

+ Paulo Gustavo ou Pabllo Vittar: Quem vai apresentar o Drag Race do Brasil?

Primeiro, quero falar de cenário e produção, que estão impecáveis. A cenografia da Werk Rook e da Runway não deixam a desejar em nada quando comparadas à versão original do reality. Achei que por ser primeira temporada, talvez o orçamento fosse um pouco mais baixo ou algumas coisas pudessem ser menos sofisticadas e neste ponto, me surpreendi para melhor.

Grag Queen é uma fofa como apresentadora. Drag queen de renome, de porte e de presença. Mas aqui, começo a fazer algumas ressalvas e não acho que sejam culpa da apresentadora, mas sim, do formato e da produção. Sei que o programa é derivado de RuPaul, mas queria ver um pouco mais da personalidade da Grag e não uma tentativa dela de forçar os trejeitos da apresentadora original.

Não me entenda mal, ela ainda mostra suas autenticidades, mas elas ficam em segundo plano pelo o que parece ser uma exigência da produção em forçar trejeitos da RuPaul. No momento em que ela aparece na televisão, por exemplo, na Werk Room, poderia ser algo mais da personalidade da Grag do que uma tentativa de deboche que a RuPaul faz na versão original do reality.

E aqui, também vejo uma outra ressalva: a falta de mais brasilidade na produção. Por que não chamar a werk room de sala de trabalho, sala de trampo ou algo em português? Por que não simplesmente chamar a runway de passarela? Desfile? Assim como no final o can I get an Amen up in here virou um posso ouvir um axé? Creio que são pontos a se pensar.

Na primeira leva de participantes, do primeiro episódio, também senti falta da diversidade. Todos pareciam gringos. Na segunda leva, a diversidade apareceu um pouco mais e equilibrou a gangorra.

Achei que as competidoras mostraram autenticidade e versatilidade, mas também achei um pouco forçado os roteiros criados para a interação delas com as apresentadoras e jurados.

Falando em jurados, gostei de ver Bruna Braga e Dudu Bertholini junto com Grag, mas ainda preciso de mais episódios para saber e conseguir tecer uma opinião sobre a participação deles na competição.

Grag é uma ótima apresentadora, tem potencial de ser original. E é isso que a gente quer ver, mais Grag Queen e menos RuPaul wannabe ou será que devo dizer mustbe?

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