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Resenha: Carta de Amor aos Mortos, Eva Dellaira

Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky. Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.

Ao receber uma tarefa de inglês – escrever uma carta para alguém que já morreu – Laurel não imagina que na verdade vai escrever umas mil. Desde que perdeu sua irmã mais velha, May, Laurel vê sua família ser destruída e sua vida se desestruturar. Enquanto tenta levar uma vida normal e lidar com a saudade de sua irmã (e melhor amiga), Laurel começa o ensino médio e tenta fazer novos amigos, mas na verdade, ela não conhece novas pessoas, ela conhece a si mesma.

É muito estranho lidar com a morte. Existem dois grupos de pessoas com diferentes reações: quem nunca perdeu alguém se encaixa na primeira categoria. Eu não digo alguém que conhecia, digo alguém “de verdade”, alguém que participava da sua vida, que sabia das suas manias, alguém cuja voz você consegue, mesmo depois de tanto tempo, ouvir quando fecha os olhos. Essa categoria acha que a melhor forma de lidar com a morte é não tocando no assunto. É esquecendo, perguntando sobre novas coisas pra pessoa superar. “Superar” também é uma palavra estranha. Não existe superar a morte. Você não supera uma pessoa que estava ali do seu lado e que de repente não está mais. Você não supera as lições que ela te ensinou. Você não supera todos os momentos e as risadas que passaram juntos. Não existe superar a morte.
Da mesma forma que não existe falar sobre outros assuntos e tentar distrair quem perdeu uma pessoa querida. Não há distração, porque na verdade, nós precisamos falar sobre a morte.  E essa é a segunda categoria de pessoas: As pessoas que falam sobre a perda. As que precisam saber que outros também sentem falta daquela pessoa que tanto amavam, precisam saber que ninguém vai esquecer ou substituir sua irmã, sua mãe ou seu pai.

“Carta de Amor aos Mortos” foi um livro difícil pra mim, porque me encaixo na segunda categoria de pessoas. Sempre que leio um livro ou vejo um filme que tenha a morte como tema, analiso de uma maneira totalmente diferente, e na maioria das vezes só vejo erros. Vejo como, no final, o protagonista precisa “superar” a perda, como as famílias se reintegram e como todos encontram um par no final, que ajudam a “distrair” a mente de quem está sofrendo. Como, no final, toca uma musiquinha feliz ou uma cena do sol se pondo e as mãos dos mocinhos entrelaçados – para nos dar a certeza de que está tudo bem, e que a morte veio, passou, deixou suas marcas e foi embora. Seria muito legal se fosse assim.

Em “Carta de Amor aos Mortos” eu só li verdades. Teve sim, suas doses de clichê, e de lições como “ame as pessoas enquanto elas estão por perto” que todo livro desse tema parece se sentir obrigado a abordar, mas eu senti que Laurel sentia a morte da irmã em todas as suas faces. Muitos pensam que quando alguém se vai, o maior sentimento que fica é o de saudade. A saudade fica, sim, e ela é enorme. Mas quase tão imensa quanto a saudade é o sentimento de raiva. Raiva de a pessoa ter ido embora, raiva de sentir a solidão, raiva de não ter podido fazer nada, raiva de relembrar os momentos que passaram juntos e a pior das raivas: aquela dos momentos que nunca irão chegar.

Ava Dellaira consegue passar tudo isso na sua escrita: por meio de cartas que Laurel escreve aos mortos que marcaram sua vida: Kurt Cobain, Janis Jopin, Amy Winehouse. É através delas que é narrado tudo que acontece na vida da garota desde que ela perdeu sua irmã, May. Conseguimos sentir, pelas cartas, a raiva, a saudade e a solidão que preenchem Laurel, e como a vida da gente pode mudar de uma hora pra outra. Eu tenho a sensação que a autora perdeu alguém muito especial, porque não imagino “inventar” tanta dor e tanto sofrimento.  Não se assustem,  “Cartas de Amor aos Mortos” não é um livro depressivo, ele é apenas real,  e mesmo lendo tantas coisas tristes, nos enchemos de amor e apreço pela vida. Após a leitura, fiquei bem uns 20 minutos olhando pro epílogo e lembrando de tudo que eu tinha acabado de ler, e sempre que eu precisar, vou pegar o livro na minha estante e ler de novo todas as palavras que me fizeram bem. Espero ansiosa por outros livros de Ava Dellaira, porque ela começou uma carreira melhor do que muita gente termina.

“Você acha que conhece alguém, mas essa pessoa sempre muda, e você também está em transformação. De repente entendi que estar vivo é isso. Nossas próprias placas invisíveis se movem em nosso corpo, e se alinham à pessoa que vamos nos tornar”

Atualizações

"Cartas de amor aos mortos" vai virar filme

“Cartas de amor aos mortos” essa beleza da vida (que você encontra a resenha AQUI no Beco) que foi o livro mais vendido no stand da editora Seguinte em 2014 e só recebe críticas positivas por onde passa, conquistou mais um grande passo: vai virar filme!

Os produtores escolhidos são os mesmos produtores de A culpa é das estrelasMaze Runner! Os direitos de adaptação foram comprados pela Fox 2000, e a própria Ava Dellaira vai escrever o roteiro. Ainda não se sabe informações sobre o elenco (aguardamos ansiosos!)

A história começa quando a professora de Laurel pede que todos escrevam uma carta para alguém famoso que já tenha morrido. Laurel descobre que essa é uma ótima maneira de desabafar sobre a morte de sua irmã, a família despedaçada, e o dia-a-dia no novo colégio. Logo seu caderno está cheio de cartas para Kurt Cobain, Amy Winehouse, Heath Ledger…

Resenha: A morte é um dia que vale a pena viver, Ana Claudia Quintana Arantes
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Livros, Resenhas

Resenha: A morte é um dia que vale a pena viver, Ana Claudia Quintana Arantes

Senti vontade de ler A morte é um dia que vale a pena viver ouvindo um podcast da Mônica Martelli, em que ela falava sobre sua vida, sobre fazer escolhas e entender que se está no caminho certo (spoiler: a gente nunca entende). Ela indicava esse livro como um daqueles que mudara a sua vida. Como sou muito fã de toda a narrativa que Mônica criou em sua vida e em sua arte, comprei o livro na mesma hora e me surpreendi: devorei em uma única sentada.

+ Resenha: Violetas na Janela, Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho – pelo espírito Patrícia
Resenha: Carta de Amor aos Mortos, Eva Dellaira

A morte é um dia que vale a pena viver é um livro narrado em primeira pessoa pela autora, Ana Claudia Quintana Arantes, que após estudar medicina, descobriu e decidiu trabalhar com Cuidados Paliativos e desmistificar o que significam esses cuidados, dentro de hospitais. Primeiro, ela começa explicando que algumas doenças não têm cura. Não há o que fazer além de testes que podem mitigar todo o resto de bem-estar que um paciente tem no hospital. Quando isso acontece, muitos médicos dizem que chegaram ao seu limite e acabam sedando o paciente para uma morte “tranquila”, “dormindo”.

O que você vai fazer com esse tempo que vai passando? O que você está fazendo com esse tempo que está passando? O que eu faço com meu tempo?

Ana Claudia resolveu estudar e ir além nessa atuação. Já que não há nada para ser feito do ponto de vista da cura, o que pode ser feito para que os últimos dias daquelas pessoas sejam os mais agradáveis possíveis? Com menos dor, mais alegria e mais presença daquilo que eles realmente querem? É nesse Cuidado Paliativo, que ela faz questão de escrever com letras maiúsculas no livro que ela acredita e nos explica durante as 192 páginas que permeiam suas reflexões sobre a nossa vida – e principalmente, o dia da nossa morte.

A preocupação do morrer traz a consciência de que nada do que temos ficará conosco.

Nós não temos certeza de nada enquanto vivemos. Não dá para saber se vamos seguir a carreira certa, se vamos fazer as melhores escolhas, como será o dia de amanhã… Mas uma coisa temos certeza: iremos morrer. E quando a morte chega, ela aparece como uma muralha da China na nossa caminhada. Não tem o que fazer, é a linha de chegada. Não dá para pular, dar a volta, transpor. E essa muralha tem um espelho que vai te fazer olhar para si próprio e se questionar: o que você fez do seu tempo vivo? Você viveu ou apenas sobreviveu?

Não é possível segurar o tempo. Em relação a ele, a única coisa de que podemos nos apropriar é a experiência que ele nos permite construir o tempo todo.

Em todos esses anos de Cuidado Paliativo, ela conta que ouviu inúmeras histórias de pessoas que se arrependiam de ter passado a vida toda correndo atrás de dinheiro, de pessoas que gostariam de ter perdoado ou de serem perdoadas, de pessoas que gostariam de ter seguido um sonho antes que foi adiado, adiado, adiado, até que não desse mais para cumprir. O tempo é o nosso bem mais precioso por aqui e é o único bem que não se renova. Ele não tem volta. O que gastamos, gastamos. Será que não estamos gastando-o em coisas que não queremos de verdade? Será que estamos gastando nosso tempo em um emprego medíocre que paga bem, nos faz comprar um Porsche mas que também nos faz chegar em casa sem energia nenhuma e com olheiras que vão no pé?

Todas as pessoas morrem, mas nem todas um dia poderão saber porque viveram.

A morte é um dia que vale a pena viver é uma narrativa crua, singular e sincera sobre alguém que está ali quando todos estão partindo para o outro lado. Ana Claudia é uma espécie de anjo da morte que escuta as mais sinceras confissões, que auxilia no conforto do último suspiro e garante aos que ficam: a morte é um dia que vale a pena viver. Enquanto o seu dia não chega e você o teme chegar, o que você tem feito na lacuna?

Não há espaço para falar de morte com pessoas que não estão vivas em suas próprias vidas.

30 de janeiro - O Dia da Saudade: A importância de sentir essa emoção
Novidades

30 de janeiro – O Dia da Saudade: A importância de sentir essa emoção

Saudade, um sentimento que não existe uma pessoa que não o sinta. Temos saudade de tudo que compõe a nossa vida: família, amigos, amores, animais de estimação, lugares e momentos. Aquela nostalgia que se faz presente, nos traz a vontade de reviver os bons tempos. Importante ressaltar que é possível administrar o saudosismo e transformá-lo em um evento positivo, saudável, produtivo e sadio para o futuro. Nesse processo de emoções, cada pessoa absorve esses momentos e que está, diretamente, relacionado a forma como enxergamos a vida e buscar usar das lembranças do passado, uma fonte de equilíbrio e paz.

+ Resenha: Carta de amor aos mortos, Eva Dellaira

A coordenadora e psicóloga do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Letícia Cavalcante, destaca que “Sentir saudade não é sinônimo de tristeza. Sentir saudade demanda manter nosso coração em paz e nossas emoções positivas. Sendo assim um exercício para corpo, mente e alma, no qual o resultado é o de nos fortalecer. As pessoas que trabalham esse sentimento, ao invés de lutar contra ele, logo percebem esses benefícios. A reflexão e valorização do que está distante são maneiras de abordar mais saudável. Viver harmonia com a saudade pode exigir algum esforço, mas vale muito a pena”.

“Saudade pode vir em duas vertentes: uma porque senti-la mostra que estamos atentos ao que vivemos, e que compreendemos o que vivemos. A compreensão de um momento só surge depois que ele passou. Outra porque podemos constatar que aquele tempo ou momento não volta mais, porque o tempo está em constante transformação” explica Letícia.

Quase todo momento de saudade desperta uma melancolia, por apontar a alguma falta, mas a origem desse sentimento vem sempre a partir de uma lembrança boa, afinal, queremos reviver aquilo que nos fez bem. E com essa ideia, que devemos pensar de forma positiva sobre a saudade. É importante selecionar esses melhores momentos do passado para inseri-los da melhor forma na situação atual. A saudade não vem somente do passado que um dia vivemos, mas, também, por algo no presente que esteja desconfortável ou por baixa expectativa pelo futuro.

“Saudade é uma manifestação de um sentimento que nos conecta a uma pessoa, momento, lugar, situação e emoção. Que, também, pode levar a nós mesmo, sentir saudade de quem um dia fomos, em qualquer etapa da vida (criança, jovem ou adulto), seja no âmbito pessoal ou profissional. Saudade é reconhecer que o tempo não está sob nosso controle e que nos faz colecionar memórias importantes e inesquecíveis”, ressalta a especialista, sobre os aspectos do sentimento.

Colunas, Filmes

10 Livros que (talvez) ainda cheguem as telas

Desde que grandes filmes derivados de livros, como Harry Potter, O senhor dos Anéis e As Crônicas de Nárnia surgiram, vemos várias outras sagas literárias ganhando forças nas telas do cinema ou virando séries de tv, algumas dando certo e outras nem tanto, inclusive já fizemos uma matéria aqui sobre as 10 Séries Literárias que não Deram Certo nos Cinemas. No entanto, mesmo com o grande número de adaptações que fracassaram nos últimos anos, o mercado cinematográfico continua investindo nas adaptações literárias e alguns bons livros talvez ainda cheguem as telas nos próximos anos.

A seguir vocês verão uma pequena lista com 10 livros que em algum momento deram sinal de que sairiam das páginas paras as telas, sejam elas dos cinemas ou séries para a TV, e que ainda temos esperanças de poder assistir:

Crônicas Lunares – Marissa Meyer

Uma combinação de contos e fadas e ficção cientifica traz um mundo dividido entre humanos e ciborgues, uma rainha do espaço do mal, e uma corrida para salvar a população humana.

Escrito por Marissa Meyer e publicado no Brasil pela Editora Rocco, a saga teve seus direitos autorais para uma adaptação comprados e segundo a própria autora o roteiro já está sendo escrito.

Trilogia Grisha – Leigh Bardugo

Alina Starkov nunca esperou muito da vida. Órfã de guerra, ela tem uma única certeza: o apoio de seu melhor amigo, Maly, e sua inconveniente paixão por ele. Cartógrafa de seu regimento militar, em uma das expedições que precisa fazer à Dobra das Sombras – uma faixa anômala de escuridão repleta dos temíveis predadores volcras –, Alina vê Maly ser atacado pelos monstros e ficar brutalmente ferido. Seu instinto a leva a protegê-lo, quando inesperadamente ela vê revelado um poder latente que nunca suspeitou ter.

A Entertainment Weekly anunciou que os direitos da saga literária escrita por Leigh Bardugo e publicada no Brasil pela Editora Gutenberg foram vendidos para a DreamWorks e David Heyman seria o produtor. Infelizmente isso foi anunciado em 2012 e até hoje não tivemos mais notícias da adaptação.

Carta de Amor aos Mortos – Ava Dellaira

Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky.

Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.

Os direitos do romance homônimo escrito por Ava Dellaira e publicado pela Editora Seguinte foram vendidos para Fox 2000 e Temple Hill. Wyck Godfrey e Marty Bowen, que produziram a Culpa é das Estrelas de John Green, estão produzindo o longa.

Série Feios – Scott Westerfeld

Séculos depois da destruição da civilização industrial em um apocalipse ecológico, a humanidade vive em cidades-bolha cercadas pela natureza selvagem. Lá, Tally Youngblood é feia. Não, isso não significa que ela é alguma aberração da natureza. Não. Ela simplesmente ainda não completou 16 anos. Em Vila Feia, os adolescentes ficam presos em alojamentos até o aniversário de 16 anos, quando recebem um grande presente do governo: uma operação plástica como nunca vista antes na história da humanidade. Suas feições são corrigidas à perfeição, a pele é trocada por outra, sem imperfeições ou – nem pense nisso – espinhas, seus ossos são substituídos por uma liga artificial, mais leve e resistente, os olhos se tornam grandes e os lábios, cheios e volumosos. Em suma, aos 16 anos todos ficam perfeitos.

Tally mal pode esperar pelo seu aniversário. Depois da operação, vai finalmente deixar Vila Feia e se mudar para Nova Perfeição, onde os perfeitos vivem, bebem, pulam de paraquedas, voam a bordo de suas pranchas magnéticas, e se divertem (o tempo todo). Seu único trabalho é aproveitar muito.

Scott Westerfeld, autor da série, fez um tweet sobre um possível filme e comunicou oficialmente a notícia na Comic-Com lá em 2011, no entanto, desde aí não houve nenhuma atualização pública sobre o longa.

Trilogia Legend – Marie Lu

Ambientada na República, nação instalada numa região outrora conhecida como costa oeste dos Estados Unidos e que vive em guerra contra as Colônias, a série acompanha o romance improvável entre dois jovens de origens distintas numa realidade opressora.

Legend, escrito por Marie Lu e publicado pela Editora Rocco teve seus direitos adquiridos pela CBS Films, que contratou os mesmos produtores da Saga Crepúsculo. Jonathan Levine foi convidado para a direção, mas abandonou o projeto. Desde 2013, a história aguarda o sinal verde para entrar em produção.

Trilogia Red Rising – Perce Brown

Em um futuro não tão distante, o homem já colonizou Marte e vive no planeta em uma sociedade definida por castas. Darrow é um dos jovens que vivem na base dessa pirâmide social, escavando túneis subterrâneos a mando do governo, sem ver a luz do sol. Até o dia que percebe que o mundo em que vive é uma mentira, e decide desvendar o que há por trás daquele sistema opressor. Tomado pela vingança e com a ajuda de rebeldes, Darrow vai para a superfície e se infiltra para descobrir a verdade.

No início do ano passado, Pierce Brown disse que o filme estava em desenvolvimento com direção de Marc Forster (Guerra Mundial Z). Não houve nenhuma atualização desde então.

Trilogia Destino – Ally Condie

Cassia Reyes vive em uma sociedade do futuro, onde tudo é extremamente controlado: a alimentação, o lazer, o trabalho, a cultura, a morte e até mesmo os casais e, consequentemente, as famílias. No entanto, ela nunca teve motivos para duvidar da eficácia do sistema e seu respeito pela Sociedade apenas cresce quando Xander, seu melhor amigo, é designado para ser seu Par. Mas, após um mal entendido, tudo em que Cassia acredita parece desmoronar e é quando ser diferente dos outros começa a se tornar atraente.

A Trilogia escrita por Ally Condie e publicada sobre o selo Suma da Companhia de Letras teve seus direitos adquiridos pela Disney que anunciou Jon M. Chu como diretor da adaptação, no entanto nenhuma outra informação sobre o longa foi dada desde então.

Série A Seleção – Kiera Cass

Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China, e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças entre dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha. Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo.

Em 2012, o canal americano CW adquiriu os direitos para uma série de tv. No entanto, nem o primeiro e nem o segundo piloto foram aprovados e os direitos acabaram voltando para autora Kiera Cass que vendeu para a Warner Bros em 2015 que transformaria a seéri em filme agora. Em 2016 foi anunciado que a direção do filme ficaria sobre responsabilidade de Thea Sharrock.

Trilogia Estilhaça-me – Tahereh Mafi

Juliette nunca se sentiu como uma pessoa normal. Nunca foi como as outras meninas de sua idade. O motivo: ela não podia tocar ninguém. Seu toque era capaz de ferir e até matar. Durante anos, Juliette feriu e, segundo seus pais, arruinou o que estava à sua volta com um simples toque, o que a levou a ser presa numa cela.

A trilogia “Estilhaça-me” de Tahereh Mafi e publicada em território nacional pela Editora Novo Conceito vai ganhar uma série de TV produzida pela ABC Signature Studios. A autora da série divulgou a notícia através do seu twitter. Ela também afirma que estará na produção da série e que em breve teremos mais novidades. O primeiro episódio da série tem o título “O Fim, o Começo”, e seu roteiro foi escrito por Mike Le.

Simon Vs. A Agenda Homo Sapiens – Becky ALbertalli

Simon tem dezesseis anos e é gay, mas ninguém sabe. Sair ou não do armário é um drama que ele prefere deixar para depois. Tudo muda quando Martin, o bobão da escola, descobre uma troca de e-mails entre Simon e um garoto misterioso que se identifica como Blue e que a cada dia faz o coração de Simon bater mais forte. Martin começa a chantageá-lo, e, se Simon não ceder, seu segredo cairá na boca de todos. Pior: sua relação com Blue poderá chegar ao fim, antes mesmo de começar.

Agora, o adolescente avesso a mudanças precisará encontrar uma forma de sair de sua zona de conforto e dar uma chance à felicidade ao lado do menino mais confuso e encantador que ele já conheceu.

De todas as adaptações citadas essa é a que, aparentemente, está mais próximo de chegar até nós. A Fox adquiriu os direitos do livro escrito por Becky Albertalli e publicado pela Editora Intrínseca e a produção já foi iniciada tendo seu elenco principal todo escolhido e anunciado recentemente. Nick Robinson e Jennifer Garner são alguns dos nomes que fazem parte do elenco do longa que deve chegar as telonas em breve.

Cultura, Livros

Beco na Bienal: Ideias de livros para pegar autógrafo #17

A 24º Bienal do Livro está cada vez mais perto, a partir de amanhã (26) a maior feira literária da América latina estará de portas abertas esperando por todos com um vasta programação até o dia 04 de setembro.

Entre todos os estandes de editoras e programações, um dos maiores destaques é a proximidade com os autores que a Bienal traz. Vários autores, nacionais e internacionais estarão presentes nessa edição e é claro que você não pode deixar de encontrar nenhum deles e pegar aquele bendito autógrafo que todos amam, inclusive eu.

Sim, eu também estarei por lá caçando o máximo de autógrafos possíveis, pode parecer bobagem, mas não há nada melhor do que poder ver a pessoa com a mente brilhante por trás da história que tanto gostamos. É quase como encontrar o deus da nossa história, o onipresente e onisciente que sabe o passado, presente e o futuro de um livro que somos apaixonados, ou que ainda não lemos, mas ficamos curiosos. Afinal, não há melhor forma de se conhecer um livro do que pelo próprio autor.

Com isso, resolvemos preparar para vocês uma lista com ideias de livros para pegar autógrafos. Lembrando que essa é apenas uma pequena seleção de livros que terão os autores por lá prontos para autografá-los. Afinal de contas a Bienal é responsável também por lançar vários autores novos, então há também aqueles autores que estão chegando agora e que ainda não conhecemos. Segue abaixo a lista de livros que poderão ser autografados na Bienal:

 

Nacionais

Boa Noite – Pam Gonçalves

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Alina quer deixar seu passado para trás. Boa aluna, boa filha, boa menina. Não que tudo isso seja ruim, mas também não faz dela a mais popular da escola. Agora, na universidade, ela quer finalmente ser legal, pertencer, começar de novo. O curso de Engenharia da Computação — em uma turma repleta de garotos que não acreditam que mulheres podem entender de números —, a vida em uma república e novos amigos parecem oferecer tudo que Alina quer. Ela só não contava que os desafios estariam muito além da sua vida social. Quando Alina decide deixar de vez o rótulo de nerd esquisitona para trás, tudo se complica. Além de festas, bebida e azaração, uma página de fofocas é criada na internet, e mensagens sobre abusos e drogas começam a pipocar. Alina não tinha como prever que seria tragada para o meio de tudo aquilo nem que teria a chance de fazer alguma diferença. De uma hora para outra, parece que o que ela mais quer é voltar para casa.

 

Pam Gonçalves, que por tempos foi conhecida como nossa tão amada Garota It, é uma booktuber por quem tenho um carinho todo especial. Ela estará presente na Bienal lançando “Boa Noite” e também continuando a divulgação de “O Amor nos Tempos de #Likes”. Você poderá encontrá-la no dia 31/ago às 19h, ao lado de Carina Rissi na Arena Cultural em um Bate-papo e sessão de autógrafos para aqueles que já retiraram suas senhas no site da Bienal. Se você perdeu a distribuição de senhas, não fique triste, pois ela estará também no dia 03/set às 13h no Estande do Grupo Editorial Record em mais uma sessão de autógrafos.

 

O Amor nos Tempos de #Likes – Pam Gonçalves, Bel Rodrigues, Hugo Francioni e Pedro Pereira

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Os tempos mudaram, mas e o amor? Continua a dar aquele frio na barriga e fazer os jovens atravessarem quilômetros para viver uma paixão? Em “O Amor nos Tempos de #Likes”, quatro booktubers se inspiram em três histórias da literatura para criar suas versões de contos românticos na era digital. Uma bela, jovem e famosa youtuber com medo do amor; um casal inesperado em um encontro às escuras (literalmente) e dois meninos apaixonados por livros tentando entender quem são e o que querem são os protagonistas destes contos que evocam “Orgulho e Preconceito” (Pam Gonçalves), “Dom Casmurro” (Bel Rodrigues) e “Romeu e Julieta” (Pedrugo).

 

“O Amor nos Tempos de #Likes” foi lançado lá em junho e já teve várias sessões de autógrafos pelo país, mas caso você tenha perdido, a bienal será uma ótima oportunidade encontrar os autores. Como dito acima, Pam Gonçalves estará no dia 03/set autografando o livro, já os meninos do canal Pedrugo, Pedro e Hugo também estarão no dia 03/set por lá, no entanto eles não possuem um horário definido na programação, então estarão caminhando livremente pela Bienal e devem estar com uma maior frequência no Estande do Grupo Editorial Record autografando e conversando com fãs. Infelizmente, até o momento a autora e booktuber Bel Rodrigues ainda não confirmou sua participação na Bienal.

 

Não se iluda, não – Isabela Freitas

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Depois de passar um ano sem namorado, Isabela está determinada a realizar o grande sonho de ser uma escritora reconhecida. Resolve dar os primeiros passos anonimamente, criando um blog onde assina como A Garota em Preto e Branco. Em seu diário virtual, ela desabafa, fala dos amigos, dos não tão amigos assim, e confessa suas aventuras e desventuras amorosas. Assunto é o que não falta.
Durante uma temporada agitada em Costa do Sauípe, na Bahia, acompanhada por Pedro, Amanda e sua insuportável prima Nataly, Isabela conhece o irresistível Gabriel, um sujeito praticamente perfeito, a não ser por um pequeno detalhe… Entre shows e passeios na praia, Isabela precisa admitir para si mesma que sente uma atração cada vez maior pelo seu melhor amigo.
Em seu segundo livro, Isabela Freitas dá sequência às histórias dos personagens de “Não se apega, não”. Dessa vez, com a cabeça nas nuvens e os pés firmemente no chão, a personagem Isabela vai em busca daquilo que seu coração realmente deseja, mesmo quando seu caminho é bem acidentado e cada curva parece esconder uma nova surpresa.

 

“Não se iluda, não” é a sequência do livro “Não se apega, não” que virou uma minissérie do Fantástico e sua autora, Isabela Freitas estará na Bienal no dia 30/ago às 11h na Arena Cultural com a palestra “A relação entre a realidade e a fantasia na autoficção” e logo em seguida estará autografando os livros “Não se iluda, não” e “Não se apega, não”.

 

Mundo de Dragões – Raphael Draccon

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Liderados por um ranger americano e protegidos pela tecnologia criada por anões-alquimistas, um grupo de cinco pessoas sobrevive ao Cemitério, uma terra devastada por reptilianos, demônios e escravidão, e retorna para casa apenas para descobrir que eles levaram todo esse horror para a própria dimensão.
Assim os dragões chegaram à Terra. Cidades foram queimadas, o pânico foi instaurado e líderes governamentais ficaram em choque diante de justiceiros que não respeitavam bandeiras nem fronteiras. Agora, um portal se abriu e a conexão entre as dimensões se fez.
Em florestas de metal ou em bairros de concreto, gigantes de pedra e exércitos de monstruosidades espalham a devastação. Sem uma liderança clara, os cinco sobreviventes enfim se preparam para uma última batalha no coração do Japão. De um lado haverá um demônio-bruxa, crias infernais e Colossus de pedra. Do outro, armaduras de metal-vivo, sangue de dragão e robôs gigantes.
Batalhas épicas e dramas intensos compõem Mundos de Dragões, terceiro e último livro da série Legado Ranger, um universo inspirado em uma versão adulta, violenta e politizada das antigas séries japonesas Tokusatsus, que marcaram a infância de toda uma geração.

 

Raphael Draccon terá duas sessões de autógrafos durante a Bienal, a primeira acontecerá no dia 04/set às 16h no Estande da Editora Rocco com senhas distribuídas lá no estande. Já a segunda acontece no mesmo dia às 19h na Arena Cultural logo após a palestra “A fantástica literatura” que ele participará ao lado da autora Carolina Munhóz para aqueles que já retiraram senha no site da Bienal.

 

Por um toque de sorte – Carolina Munhóz

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De Dublin a Paris, Rio de Janeiro e Hollywood, eles estão por toda parte. São os donos das marcas que você usa, comandam os canais de televisão a que você assiste, criam os aplicativos de celular que você baixa.
O que Emily O’Connell não esperava, no entanto, é que estar envolvida nesse legado sobrenatural poderia levá-la para o centro de um esquema perigoso e cruel. E que confiar cegamente em alguém a conduziria ao pior momento de sua vida.
Com raiva e o coração despedaçado, a socialite deixa seu mundo de glamour e embarca em uma busca atrás de um impostor que rouba toques de ouro. Mas Emily vai ser capaz de cumprir a jornada sem se transformar na mesma espécie de monstro que a machucou?
Isso ela só vai descobrir no final do arco-íris. Se chegar até lá.

 

Carolina Munhóz estará autografando seu livro nos mesmos horários que o autor (e seu marido) Raphael Draccon. Então basta pegar senha uma vez para cada horário e levar seus livros para os autores que ambos estarão no mesmo dia, hora e local.

 

Sonata em Punk Rock – Babi Dewet

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Por que alguém escolheria uma orquestra se pode ter uma banda de rock? Essa sempre foi a dúvida de Valentina Gontcharov. Entre o trabalho como gerente do mercado do bairro e as tarefas de casa, o sonho de viver de música estava, aos poucos, ficando em segundo plano. Até que, ao descobrir que tem ouvido absoluto e ser aceita na Academia Margareth Vilela, o conservatório de música mais famoso do país, a garota tem a chance de seguir uma nova vida na conhecida Cidade da Música, o lugar capaz de realizar todos os seus sonhos.No conservatório, Tim, como prefere ser chamada, terá que superar seus medos e inseguranças e provar a si mesma do que é capaz, mesmo que isso signifique dominar o tão assustador piano e abraçar de vez o seu lado de musicista clássica. Só que, para dificultar ainda mais as coisas, o arrogante e talentoso Kim cruza seu caminho de uma forma que é impossível ignorar.
Em um universo completamente diferente do que estava acostumada, repleto de notas, arpejos, partituras, instrumentos e disciplina, Valentina irá mostrar ao certinho Kim que não é só ele que está precisando de um pouco de rock’n’roll, mas sim toda a Cidade da Música.

A escritora Babi Dewet realizará duas sessões de autógrafos, a primeira sessão de autógrafos acontece no dia 28/ago às 17h no Estande do Grupo Autêntica. As senhas serão distribuídas lá no estande mesmo a partir das 11h. Já a segunda sessão acontece no dia 04/set às 14h no Estande da Livraria Saraiva com senhas distribuídas a partir das 10h.

 

Traços – Eduardo Cilto

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Quando Matheus aceitou acompanhar Beatriz na festa do colégio, jamais imaginou que terminaria a noite participando de um ritual místico (de veracidade duvidosa) para saber o que o futuro reservava para ele e a amiga. Assim que as velas que os cercavam se apagam e uma resposta esquisita encerra a cerimônia, Beatriz leva o resultado a sério e entende que deve fugir da cidade pequena para se encontrar com seu destino nas ruas da capital de São Paulo. Perdido no meio de tudo, Matheus é obrigado a repensar o que considera certo ou errado quando é convidado para participar do plano maluco de fuga e decide que precisa passar por cima dos limites impostos pelos pais para finalmente ser capaz de entender quem realmente é. Os dois amigos partem sozinhos para São Paulo e carregam consigo não somente as malas nas costas, mas também o peso de todos os problemas que achavam que estavam deixando para trás. Sem ter ideia do que estão enfrentando, Matheus e Beatriz descobrem mais sobre si mesmos, criam, quebram laços e encaram desafios que jamais pensaram que confrontariam enquanto contavam as moedas para realizar esse grande plano que iria mudar suas vidas para sempre.

Pra garantir o seu autógrafo de Traços do escritor e booktuber Eduardo Cilto basta comparecer no Estande da Editora Planeta no dia 03/set às 15h.

Tá Todo Mundo Mal – Jout Jout

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Do alto de seus 25 anos, Julia Tolezano, ou Jout Jout, já passou por todo tipo de crise. De voltar frustrada das festas da adolescência por não ter encontrado o príncipe prometido por sua mãe a não fazer a menor ideia de que carreira seguir. Neste primeiro livro, ela reuniu as suas “melhores” angústias em textos tão espirituosos e iluminadores quanto os vídeos do seu canal no Youtube.
Família, corpo, inseguranças, relacionamentos amorosos, trabalho, onde morar ou mesmo o que fazer com os sushis que sobraram no jantar são algumas das questões que ela levanta e com as quais todos nós podemos nos identificar e até nos confortar – pois nada como conhecer uma crise alheia para aliviar nossas próprias neuras.

A Youtuber e escritora Jout Jout participa no dia 30/ago às 14h de um bate um papo com as meninas da revista Capitolina sobre “A voz das mulheres na internet” e, em seguida, participa de uma sessão de autógrafos para aqueles que conseguiram retirar senha no site da Bienal.

A Arma Escarlate – Renata Ventura

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O ano é 1997. Em meio a um intenso tiroteio, durante uma das épocas mais sangrentas da favela Santa Marta, no Rio de Janeiro, um menino de 13 anos descobre que é bruxo. Jurado de morte pelos chefes do tráfico, Hugo foge com apenas um objetivo em mente: aprender magia o suficiente para voltar e enfrentar o bandido que está ameaçando sua família. Neste processo de aprendizado, no entanto, ele pode acabar por descobrir o quanto de bandido há dentro dele mesmo.

 

“A Arma Escarlate”, apesar de não ser um lançamento, é um ótimo livro para se pegar autografo, primeiro pelo fato de possuir um história magnífica que todos deveriam ler e segundo, é claro, pela autora que é super atenciosa com os fãs e estará presente na Bienal durante TODOS OS DIAS. Então essa não tem como perder mesmo. É só passar lá pelo estande da editora Novo Século e dar uma paradinha pra bater um papo com Renata Ventura e pegar o seu autógrafo.

 

Internacionais

 

Carta de Amor aos Mortos – Ava Dellaria

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Prestes a começar o ensino médio, Laurel decide mudar de escola para não ter que encarar as pessoas comentando sobre a morte de sua irmã mais velha, May. A rotina no novo colégio não está fácil, e, para completar, a professora de inglês passa uma tarefa nada usual: escrever uma carta para alguém que já morreu. Laurel começa a escrever em seu caderno várias mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Elizabeth Bishop… sem nunca entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky.
Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era – encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um – é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.

 

A autora Ava Dellaria estará presente na Bienal no dia 27/ago às 20h juntamente com a autora Jennifer Niven em uma sessão de autógrafos na Área de Autógrafos 2.

 

Por Lugares Incríveis – Jennifer Niven

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Violet Markey tinha uma vida perfeita, mas todos os seus planos deixam de fazer sentido quando ela e a irmã sofrem um acidente de carro e apenas Violet sobrevive. Sentindo-se culpada pelo que aconteceu, a garota se afasta de todos e tenta descobrir como seguir em frente. Theodore Finch é o esquisito da escola, perseguido pelos valentões e obrigado a lidar com longos períodos de depressão, o pai violento e a apatia do resto da família.
Enquanto Violet conta os dias para o fim das aulas, quando poderá ir embora da cidadezinha onde mora, Finch pesquisa diferentes métodos de suicídio e imagina se conseguiria levar algum deles adiante. Em uma dessas tentativas, ele vai parar no alto da torre da escola e, para sua surpresa, encontra Violet, também prestes a pular. Um ajuda o outro a sair dali, e essa dupla improvável se une para fazer um trabalho de geografia: visitar os lugares incríveis do estado onde moram. Nessas andanças, Finch encontra em Violet alguém com quem finalmente pode ser ele mesmo, e a garota para de contar os dias e passa a vivê-los.

 

A autora de “Por Lugares Incríveis”, livro lançado em 2015 e sucesso de público, participa da Bienal no dia 27 de agosto às 20h. O tema de sua palestra é “Você não está sozinho: o tabu da depressão na literatura jovem”, que acontece na Arena Cultural, às 16h. Depois ela faz uma sessão de autógrafos, para quem garantiu senha.

 

Simon vs. a agenda Homo Sapiens – Becky Albertalli

Simon vs. a agenda Homo Sapiens- Capa Livros & Fuxicos

 

Simon tem dezesseis anos e é gay, mas ninguém sabe. Sair ou não do armário é um drama que ele prefere deixar para depois. Ele só não contava que Martin, o bobão da escola, iria chantageá-lo ao descobrir sua troca de e-mails com Blue, pseudônimo de um garoto misterioso que a cada dia faz o coração de Simon bater mais forte.
Uma história que trata com naturalidade e bom humor de questões delicadas, explorando a difícil tarefa que é amadurecer e as mudanças e os dilemas pelos quais todos nós, adolescentes ou não, precisamos enfrentar para nos encontrarmos.

 

A Autora Becky Albertalli estará autografando livros em dois dias da Bienal, no dia 03/set às 19h ela participa da palestra “A diversidade na literatura para jovens adultos” e logo em seguida estará autografando “Simon vs. a agenda Homo Sapiens” para aquelas pessoas que conseguiram retirar as senhas no site da Bienal. Mas se você não conseguiu a senha, não se preocupe porque ela estará também no dia 04/set às 12h autografando no estande da editora Intrínseca.

 

Salva pelos bolos – Marian Keyes

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Salva Pelos Bolos” traz um relato extremamente sincero sobre como preparar bolos ajudou Marian Keyes na batalha contra a depressão. Completa novata na cozinha, Marian decidiu fazer um bolo para uma amiga, e isso resolveu a questão — ela percebeu que preparar bolos era do que precisava para suportar cada dia. E, então, ela fez bolos, escreveu as receitas e, pouco a pouco, a depressão começou a ficar leve como seus pães de ló…
Do incrível Bolo de Três Leites, também conhecido como Um Abraço em Forma de Bolo, aos Cupcakes de Chocolate Branco e Caramelo que dão vontade de comer mais, Marian Keyes nos alegra com mais de 80 receitas com gosto de festa, reconfortantes e deliciosas. Seja preparando um bolo para si mesmo ou para outra pessoa, é impossível não se sentir feliz na companhia de Marian.

 

Marian Keyes autografa livros no dia 28/ago às 11h na Arena Cultural para aqueles que também retiraram senha no site da Bienal.

 

Lembrando que você já pode garantir seu ingresso antecipado com desconto! O Beco descolou 10% para vocês, CLIQUE AQUI e usem o código 24BILSPBC

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Então é isso pessoal, espero que tenham gostado e nos encontramos lá pela Bienal, muito provavelmente nas filas de autógrafos. 😉

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Prêmio Jabuti divulga lista de finalistas e causa polêmica, entenda
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Livros, Novidades

Prêmio Jabuti divulga lista de finalistas e causa polêmica, entenda

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) acaba de divulgar as listas dos 10 semifinalistas de cada categoria da 65ª edição do Prêmio Jabuti. Ainda neste mês, no dia 21, às 12h, será feito o anúncio dos 5 finalistas. Os vencedores das 21 categorias, distribuídas em quatro eixos (Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação), além do Livro do Ano, serão conhecidos em cerimônia no Theatro Municipal de São Paulo, no dia 05 de dezembro.

No total, foram 4.245 obras inscritas para esta edição, que mostram o tamanho do prêmio e da literatura brasileira. Entre as novidades do Jabuti 2023, o autor do ‘Livro do Ano’, além do prêmio de R$70 mil, receberá agora passagens e estadia pagas para participar da Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, um dos eventos literários mais importantes do mundo.

Focando em novos talentos, também foi criado este ano a categoria “Escritor Estreante”, para autores que tenham publicado sua primeira obra em língua portuguesa no Brasil entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2022, na categoria Romance de Entretenimento ou Romance Literário.

Lista de finalistas do Prêmio Jabuti

Auditado por Baker Tilly

Eixo: Literatura

Conto

Título: A gaveta e o abismo: contos de terror e burocracia | Autor(a): Gabriela Guimarães Gazzinelli | Editora(s): Marcelo Lotufo, Edições Jabuticaba

Título: As pessoas costumam não notar quando estamos mortos | Autor(a): Malu Ferreira Alves | Editora(s): 7Letras

Título: Br2466: ou a pátria que os pariu | Autor(a): Nélio Silzantov | Editora(s): Penalux

Título: Educação Natural: textos póstumos e inéditos | Autor(a): João Gilberto Noll | Editora(s): Record

Título: Fábulas cabulosas e outras histórias subversivas | Autor(a): Henrique Rodrigues | Editora(s): Rocco

Título: Guia anônima | Autor(a): Junia Zaidan | Editora(s): FiNA, Cousa

Título: Mulher feita e outros contos | Autor(a): Marilene Felinto | Editora(s): Fósforo

Título: Planta Oração | Autor(a): Calila das Mercês | Editora(s): Editora Nós

Título: Transitórios (ou Cadernos de viagem) | Autor(a): Alexandra Lopes da Cunha | Editora(s): Urutau

Título: Usufruto de demônios | Autor(a): Whisner Fraga Mamede | Editora(s): Ofícios Terrestres Edições


Crônica

Título: Aquele dia na praia | Autor(a): Flavio Sarlo | Editora(s): Leitura Fina

Título: As vozes da minha cabeça | Autor(a): S. Ganeff | Editora(s): Labrador

Título: Benditas coisas que eu não sei: músicas, memórias, nostalgias felizes | Autor(a): Zélia Duncan | Editora(s): Agir Editora

Título: Diário dos abraços | Autor(a): Mayara Floss | Editora(s): Coragem

Título: Estrábica | Autor(a): Blima Bracher | Editora(s): Obra Independente

Título: Folias de aprendiz | Autor(a): Geraldo Carneiro | Editora(s): História Real

Título: Lembremos do futuro: crônicas do tempo da morte do tempo | Autor(a): Julián Fuks | Editora(s): Companhia das Letras

Título: Por quem as panelas batem | Autor(a): Antonio Prata | Editora(s): Companhia das Letras

Título: Pra quando você acordar | Autor(a): Bettina Bopp | Editora(s): Planeta do Brasil

Título: Vastidão | Autor(a): Cristiana Rodrigues | Editora(s): Vasta


Histórias em Quadrinhos

Título: A batalha | Autor(a): Eloar Guazzelli, Fernanda Verissimo | Editora(s): Quadrinhos na Cia

Título: A Coisa | Autor(a): Orlandeli | Editora(s): Gambatte

Título: A infância do Brasil | Autor(a): José Aguiar | Editora(s): Nemo

Título: Barrela | Autor(a): João Pinheiro, Plínio Marcos | Editora(s): Brasa Editora

Título: Franjinha: contato | Autor(a): Vitor Cafaggi | Editora(s): Panini Comics

Título: Haya e o Tempo | Autor(a): Janaína de Luca, Pedro Cobiaco | Editora(s): Mino

Título: Indivisível: uma história de liberdade | Autor(a): Marília Marz | Editora(s): Conrad

Título: Mukanda Tiodora | Autor(a): Marcelo D’Salete | Editora(s): Veneta

Título: O fim da noite | Autor(a): Diox, Rafael Calça | Editora(s): Darkside

Título: O Menino Rei | Autor(a): Felipe Pan, Mariane Gusmão, Olavo Costa | Editora(s): Nemo


Infantil

Título: A espera | Autor(a): Ilan Brenman | Editora(s): Santillana Educação

Título: A Princesa Naselda | Autor(a): Ingrid Osternack Barros Neves | Editora(s): Nexo Design e Editora Insight

Título: Desligue e abra | Autor(a): Ilan Brenman | Editora(s): Santillana Educação

Título: Doçura | Autor(a): Anna Cunha, Emília Nuñez | Editora(s): Tibi Livros

Título: O encontro de Mário | Autor(a): Márcia Cristina Silva | Editora(s): Cepe

Título: O menino, o pai e a pinha | Autor(a): Yuri de Francco | Editora(s): Ciranda na Escola

Título: O sapo e a flor de mil pétalas | Autor(a): Farid Rocha | Editora(s): Cora Editora

Título: Um lago, um menino e a lua | Autor(a): Cléo Busatto | Editora(s): CLB Produções

Título: Voar na imaginação | Autor(a): Celso Vicenzi | Editora(s): Arte Editora

Título: Você é um monstro | Autor(a): Guilherme Karsten | Editora(s): HarperCollins Brasil


Juvenil

Título: A catalogadora de idosos | Autor(a): Pedro Tavares | Editora(s): Edições SM

Título: A sorte pulou da janela | Autor(a): Leo Cunha | Editora(s): Dimensão

Título: Alan Turing: suas máquinas e seus segredos | Autor(a): Sílvia Amélia Bim, Silvio Luiz Bragatto Boss | Editora(s): Blucher

Título: As coisas de que não me lembro, sou | Autor(a): Jacques Fux, Raquel Matsushita | Editora(s): Aletria

Título: E fiquem bem | Autor(a): Alexandre Brito, Antônio Schimeneck, Caio Riter, Christian David, Gláucia de Souza, Laura Castilhos | Editora(s): Physalis Editora

Título: Meu lugar no mundo | Autor(a): Walcyr Carrasco | Editora(s): Santillana Educação

Título: Natali e sua vontade idiota de agradar todo mundo | Autor(a): Thalita Rebouças | Editora(s): Rocco

Título: Óculos de cor: ver e não enxergar | Autor(a): Lilia Moritz Schwarcz, Suzane Lopes | Editora(s): Companhia das Letrinhas

Título: Os meus monstros e os seus | Autor(a): Ricardo Benevides | Editora(s): Elo Editora

Título: Sozinha | Autor(a): Keka Reis | Editora(s): Gutenberg


Poesia

Título: A água é uma máquina do tempo | Autor(a): Aline Motta | Editora(s): Círculo de poemas

Título: A nova utopia | Autor(a): Régis Bonvicino | Editora(s): Quatro Cantos

Título: Aby Ayala Membyra Nhe’Engara: cânticos de uma filha da terra | Autor(a): Eva Potiguara | Editora(s): UK’A Editorial

Título: Alma corsária | Autor(a): Claudia Roquette-Pinto | Editora(s): Editora 34

Título: Araras vermelhas | Autor(a): Cida Pedrosa | Editora(s): Companhia das Letras

Título: Engenheiro fantasma | Autor(a): Fabrício Corsaletti | Editora(s): Companhia das Letras

Título: Fim de verão | Autor(a): Paulo Henriques Britto | Editora(s): Companhia das Letras

Título: Rio Pequeno | Autor(a): Floresta | Editora(s): Círculo de poemas

Título: Sonetos de birosca e poemas de terreiro | Autor(a): Luiz Antonio Simas | Editora(s): José Olympio

Título: Weiyamî: mulheres que fazem sol | Autor(a): Sony Ferseck | Editora(s): Wei Editora


Romance de Entretenimento

Título: 12321 – O amor é um palíndromo | Autor(a): Marina Kon | Editora(s): Penalux

Título: A vida e as mortes de Severino Olho de Dendê | Autor(a): Ian Fraser | Editora(s): Intrínseca

Título: Cores e Pesadelos: cenas de um crime | Autor(a): Ricardo Carvalhaes Fraga | Editora(s): Autografia Editora

Título: Dentro do nosso silêncio | Autor(a): Karine Asth | Editora(s): Bestiário

Título: Mata-mata: versão estendida | Autor(a): Zé Wellington | Editora(s): Draco

Título: Negrilin | Autor(a): Maria Luiza Vargas Ramos | Editora(s): Alternativa

Título: O luto da baleia | Autor(a): Solange Cianni | Editora(s): Obra Independente

Título: Selvagem | Autor(a): Marília Passos | Editora(s): Labrador

Título: Sente-se comigo | Autor(a): Luciana Chardelli | Editora(s): 7Letras

Título: Viralizou | Autor(a): Igor Verde, Juan Jullian | Editora(s): Galera Record


Romance Literário

Título: A vida futura | Autor(a): Sérgio Rodrigues | Editora(s): Companhia das Letras

Título: Agora agora | Autor(a): Carlos Eduardo Pereira | Editora(s): Todavia

Título: Beatriz e o poeta | Autor(a): Cristovão Tezza | Editora(s): Todavia

Título: Homem de papel | Autor(a): João Almino | Editora(s): Record

Título: Menos que um | Autor(a): Patrícia Melo | Editora(s): Casa dos Mundos

Título: O que pesa no Norte | Autor(a): Tiago Germano | Editora(s): Moinhos

Título: Os perigos do imperador: um romance do Segundo Reinado | Autor(a): Ruy Castro | Editora(s): Companhia das Letras

Título: Saturno translada | Autor(a): Lucas Lazzaretti | Editora(s): 7Letras

Título: Um crime bárbaro | Autor(a): Ieda Magri | Editora(s): Autêntica Contemporânea

Título: Via Ápia | Autor(a): Geovani Martins | Editora(s): Companhia das Letras


Eixo: Não Ficção

Artes

Título: A arte modernista de Erasmo Xavier | Autor(a): Rejane Cardoso | Editora(s): Verbo Comunicação & Eventos

Título: Aurora: memórias e delírios de uma mulher da vida | Autor(a): Joel Birman Silvana Jeha | Editora(s): Veneta

Título: Dalton Paula: Brazilian Portraits | Autor(a): Adriano Pedrosa, Divino Sobral, Glaucea Helena de Britto, Lilia Moritz Schwarcz, Marcelo Campos, Vivian Braga dos Santos | Editora(s): Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)

Título: Dalton Paula: O sequestrador de almas | Autor(a): Dalton Paula, Lilia Moritz Schwarcz | Editora(s): Cobogó

Título: Futuros em gestação: cidade, política e pandemia | Autor(a): Guilherme Wisnik, Tuca Vieira | Editora(s): WMF Martins Fontes, Escola da Cidade

Título: Imagens marcantes da fotografia brasileira (1840-1914) | Autor(a): Pedro Corrêa do Lago, Ruy Souza e Silva | Editora(s): Capivara

Título: O Olhar Germânico na Gênese do Brasil | Autor(a): Maurício Vicente Ferreira Júnior, Rafael Cardoso | Editora(s): Museu Imperial

Título: Rubem Valentim (1922-1991) sagrada geometria | Autor(a): Bené Fonteles | Editora(s): Edições Pinakotheke

Título: Tomie | Autor(a): Paulo Miyada, Priscyla Gomes (Organizadores) | Editora(s): Instituto Tomie Ohtake

Título: Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito | Autor(a): Sérgio Burgi | Editora(s): IMS


Biografia e Reportagem

Título: A vacina sem revolta: a luta de Rodolpho Theophilo contra o poder e a peste | Autor(a): Lira Neto | Editora(s): Bella Editora

Título: Arrabalde: em busca da Amazônia | Autor(a): João Moreira Salles | Editora(s): Companhia das Letras

Título: As guerras da independência do Brasil | Autor(a): Leonencio Nossa | Editora(s): Topbooks Editora

Título: Escravidão: da independência do Brasil à Lei Áurea | Autor(a): Laurentino Gomes | Editora(s): Globo Livros

Título: O exercício da incerteza: memórias | Autor(a): Drauzio Varella | Editora(s): Companhia das Letras

Título: O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro | Autor(a): Juliana Dal Piva | Editora(s): Zahar

Título: O ovo da serpente: nova direita e bolsonarismo: seus bastidores, personagens e a chegada do poder | Autor(a): Consuelo Dieguez | Editora(s): Companhia das Letras

Título: Poder camuflado: os militares e a política, do fim da ditadura à aliança com Bolsonaro | Autor(a): Fabio Victor | Editora(s): Companhia das Letras

Título: Rainhas da noite | Autor(a): Chico Felitti | Editora(s): Companhia das Letras

Título: Rato de redação | Autor(a): Márcio Pinheiro | Editora(s): Matrix Editora


Ciências

Título: A gente mira no amor e acerta na solidão | Autor(a): Ana Suy | Editora(s): Paidós

Título: Covid-19: desafios para a organização e repercussões nos sistemas e serviços de saúde | Autor(a): Lenice Gnocchi da Costa Reis, Margareth Crisóstomo Portela, Sheyla Maria Lemos Lima | Editora(s): Fiocruz

Título: Dicionário dos negacionismos no Brasil | Autor(a): José Luiz Ratton, José Szwako | Editora(s): Cepe

Título: Emergência climática: o aquecimento global, o ativismo jovem e a luta por um mundo melhor | Autor(a): Matthew Shirts | Editora(s): Claro enigma

Título: Fazendo as pazes com a ansiedade | Autor(a): Blenda Marceletti de Oliveira | Editora(s): Companhia Editora Nacional

Título: Imperfeitos: um relato íntimo de como a inclusão e a diversidade podem transformar vidas e impactar o mercado de trabalho | Autor(a): Julie Goldchmit | Editora(s): Maquinaria Sankto Editora

Título: Pediatria Essencial | Autor(a): Alice D’Agostini Deutsch, Carlos Augusto Cardim de Oliveira, Claudio Schvartsman, Durval Anibal Daniel Filho, Eduardo Juan Troster, Elda Maria Stafuzza Gonçalves Pires, Érica Santos, Mariana Facchini Granato, Paula Alves Gonçalves, Renata Dejtiar Waksman | Editora(s): Atheneu

Título: Políticas e Sistemas de Saúde em Tempos de Pandemia: nove países, muitas lições | Autor(a): Adelyne Maria Mendes Pereira, Carlos Machado de Freitas, Cristiani Vieira Machado | Editora(s): Fiocruz

Título: Psicanálise de boteco: o inconsciente na vida cotidiana | Autor(a): Alexandre Patricio de Almeida | Editora(s): Paidós

Título: Uma história das florestas brasileiras | Autor(a): Zé Pedro de Oliveira Costa | Editora(s): Autêntica Editora


Ciências Humanas

Título: A República de chinelos: Bolsonaro e o desmonte da representação | Autor(a): Luciana Villas Bôas | Editora(s): Editora 34

Título: Abismos da Leveza | Autor(a): Rodrigo Petronio Ribeiro | Editora(s): É Realizações Editora

Título: Declaração universal dos direitos da pessoa humana fora do armário | Autor(a): Pavinatto | Editora(s): Edições 70

Título: É próprio do humano: uma odisseia do autoconhecimento e da autorrealização em 12 lições | Autor(a): Dante Gallian | Editora(s): Record

Título: Humanamente Digital: inteligência artificial centrada no humano | Autor(a): Cassio Pantaleoni | Editora(s): Unità Educacional

Título: Identidades e Crise das Democracias | Autor(a): Bernardo Sorj | Editora(s): Fundação FHC

Título: O Diabo | Autor(a): Humberto Maggi | Editora(s): Obra Independente

Título: O grupo e o mal: estudo sobre a perversão social | Autor(a): Contardo Calligaris | Editora(s): Fósforo

Título: O ponto a que chegamos: duzentos anos de atraso educacional e seu impacto nas políticas do presente | Autor(a): Antônio Gois | Editora(s): FGV

Título: Pontos fora da curva: por que algumas reformas educacionais no Brasil são mais efetivas do que outras e o que isso significa para o futuro da educação básica | Autor(a): Olavo Nogueira Filho | Editora(s): FGV


Ciências Sociais

Título: Africano: uma introdução ao continente | Autor(a): Kauê Lopes dos Santos | Editora(s): Record

Título: Aurora: o despertar da mulher exausta | Autor(a): Marcela Ceribelli | Editora(s): HarperCollins Brasil

Título: Diplomacia Ambiental | Autor(a): Rubens Barbosa, Wânia Duleba | Editora(s): Blucher Open Access

Título: Limites da democracia: de junho de 2013 ao governo Bolsonaro | Autor(a): Marcos Nobre | Editora(s): Todavia

Título: Linha vermelha: a guerra da Ucrânia e as relações internacionais do século XXI | Autor(a): Felipe Loureiro (Organizador)| Editora(s): Editora da Unicamp

Título: Movimento LGBTI+: uma breve história do século XIX aos nossos dias | Autor(a): Renan Quinalha | Editora(s): Autêntica

Título: Nós do Brasil: nossa herança e nossas escolhas | Autor(a): Zeina Latif | Editora(s): Record

Título: O estruturalismo como pensamento radical | Autor(a): José Guilherme Merquior | Editora(s): É Realizações

Título: O funk na batida: baile, rua e parlamento | Autor(a): Danilo Cymrot | Editora(s): Edições Sesc São Paulo

Título: Tecnologia do Oprimido: desigualdade e o mundano digital nas favelas do Brasil | Autor(a): David Nemer | Editora(s): Milfontes


Economia Criativa

Título: Cafés Especiais Brasil | Autor(a): Tanit Savassi | Editora(s): Obra Independente

Título: Criatividade a Sério | Autor(a): Felipe Zamana | Editora(s): Obra Independente

Título: Ecossistemas Empreendedores: o que são e para que servem? | Autor(a): Edmundo Inácio Júnior, Fernando Antonio Prado Gimenez, Rafael Stefenon | Editora(s): PUCPress

Título: ESG Investing: um novo paradigma de investimentos? | Autor(a): João Amato Neto, Lucas Cardoso dos Anjos, Pedro Kenzo Jukemura, Yago Cavalcante | Editora(s): Blucher

Título: Hospedagens Memoráveis | Autor(a): Rodrigo Galvão | Editora(s): Freitas Bastos Editora

Título: Indústria 4.0: impactos sociais e profissionais v.2 | Autor(a): Cinthia Obladen de Almendra Freitas, Maria Izabel Machado, Rodrigo Bombonati de Souza Moraes (Organizadores) | Editora(s): Blucher

Título: Metaverso Educacional de Bolso – Conceitos, Reflexões e Possíveis Impactos na Educação | Autor(a): Francisco Tupy, Helena Poças Leitão | Editora(s): Arco 43 Editora

Título: Negocie sem medo: os cinco pilares para construir acordos com confiança | Autor(a): Breno Paquelet | Editora(s): Portfolio-Penguin

Título: Patrimônio 4.0 | Autor(a): Pedro Henrique Gonçalves (Organizador) | Editora(s): Blucher

Título: Receitas do Favela Orgânica: aproveitamento integral de alimentos | Autor(a): Regina Tchelly | Editora(s): Senac Rio


Eixo: Produção Editorial

Capa

Título: Joseca Yanomami: Nossa terra-floresta | Capista: Nina Nunes | Editora(s): Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)

Título: Judith Lauand: desvio concreto | Capista: Paula Tinoco, Roderico Souza | Editora(s): Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)

Título: Mensagem | Capista: Flávia Castanheira | Editora(s): Todavia

Título: Moby Dick, ou A baleia | Capista: Rafael Nobre | Editora(s): Clássicos Zahar

Título: Nadja | Capista: Flávia Castanheira | Editora(s): 100/cabeças

Título: O rei pálido | Capista: Alceu Chiesorin Nunes | Editora(s): Companhia das Letras

Título: Ubuntu: eu sou porque nós somos | Capista: André François | Editora(s): ImageMagica

Título: Um defeito de cor (Edição Especial) | Capista: Leticia Quintilhano | Editora(s): Record

Título: Via Ápia | Capista: Alceu Chiesorin Nunes | Editora(s): Companhia das Letras

Título: Volta ao mundo em 7 clássicos | Capista: Ana Paula Hentges, Bruno Miguell Mendes Mesquita, Laurindo Feliciano | Editora(s): TAG Experiências Literárias


Ilustração

Título: A notável história do homem-listrado | Ilustrador(a): Fayga Ostrower | Editora(s): EDUFRN

Título: Castelos de areia | Ilustrador(a): Odilon Moraes | Editora(s): ÔZé Editora

Título: Feira feroz | Ilustrador(a): Daniel Kondo | Editora(s): VR Editora

Título: Frankenstein | Ilustrador(a): Vicente Pessôa | Editora(s): Clube de Literatura Clássica

Título: Lá fora | Ilustrador(a): André Neves | Editora(s): Companhia das Letrinhas

Título: Minúscula | Ilustrador(a): Fran Matsumoto | Editora(s): Brinque-Book

Título: Moby Dick, ou A baleia | Ilustrador(a): Letícia Lopes | Editora(s): Antofágica

Título: O dedão do pé do gigante | Ilustrador(a): Bruna Ximenes | Editora(s): Editora do Brasil

Título: O povo Kambeba e a gota d’água | Ilustrador(a): Cris Eich | Editora(s): Edebe Brasil

Título: Sou mais eu | Ilustrador(a): Rogério Coelho | Editora(s): DarkSide


Projeto Gráfico

Título: A queda de satã | Responsável: Gustavo Piqueira | Editora(s): WMF Martins Fontes

Título: Atos de revolta: outros imaginários sobre independência | Responsável: Sometimes Always | Editora(s): Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro

Título: Daido Moriyama: uma retrospectiva | Responsável: Elaine Ramos | Editora(s): IMS

Título: Eco-Lógicas Latinas | Responsável: Lorenzo Lo Schiavo | Editora(s): Act.

Título: Expresso 2222 | Responsável: Ana Oliveira, Paulo Chagas | Editora(s): Iyá Omin

Título: Fabulosas: Histórias de um Brasil LGBTQIAP+ | Responsável: Caronte Design | Editora(s): Paralela

Título: Judith Lauand: desvio concreto | Responsável: Paula Tinoco, Roderico Souza | Editora(s): Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)

Título: Luiz Gonzaga: 110 anos do nascimento | Responsável: Vladimir Barros de Souza | Editora(s): Viu Cine

Título: Middlemarch: um estudo da vida provinciana | Responsável: Flávia Castanheira, Igor Miranda | Editora(s): Pinard

Título: Tomie | Responsável: Felipe Carnevalli De Brot, Vitor Cesar Junior | Editora(s): Instituto Tomie Ohtake


Tradução

Título: Abobrificação do Divo Cláudio | Tradutor(a): Lúcio Aneu Sêneca, Luiz Henrique Milani Queriquelli, Maria Helena Felicio Adriano, Miguel Ângelo Andriolo Mangini, Pedro Falleiros Heise | Editora(s): Iluminuras

Título: Édipo Rei ou Édipo em Tebas | Tradutor(a): Jaa Torrano | Editora(s): Ateliê Editorial, Editora Mnêma

Título: Ensaios de Karl Philipp Moritz | Tradutor(a): José Feres Sabino | Editora(s): Edusp

Título: Finnegans Rivolta | Tradutor(a): Dirce Waltrick do Amarante (Organizadora) / Coletivo Finnegans | Editora(s): Iluminuras

Título: Inana | Tradutor(a): Adriano Scandolara, Guilherme Gontijo Flores | Editora(s): Sobinfluencia Edições

Título: Linhas fundamentais da filosofia do direito | Tradutor(a): Marcos Lutz Müller | Editora(s): Editora 34

Título: O imortal do sul da China | Tradutor(a): Giorgio Sinedino | Editora(s): Unesp

Título: Phantasus: poema-non-plus-ultra | Tradutor(a): Simone Homem de Mello | Editora(s): Perspectiva

Título: Poiética [Cadernos] | Tradutor(a): Fábio Roberto Lucas, Roberto Zular | Editora(s): Iluminuras

Título: Vidas rebeldes, belos experimentos | Tradutor(a): Floresta | Editora(s): Fósforo


Eixo: Inovação

Escritor(a) Estreante

Título: A tessitura da perda | Autor(a): Cristianne Lameirinha | Editora(s): Quelônio

Título: Chuva oblíqua | Autor(a): Bruno Laet | Editora(s): Urutau

Título: Em Brasília, setembro | Autor(a): Livia Milanez | Editora(s): Obra Independente

Título: Extremo oeste | Autor(a): Paulo Fehlauer | Editora(s): Cepe

Título: Filha | Autor(a): Nayara Noronha | Editora(s): 7Letras

Título: Mathos: o inexistente | Autor(a): Rafael F. Atuati | Editora(s): Cas’a edições

Título: O céu no meio da cara | Autor(a): Júlia Portes | Editora(s): NAU Editora

Título: Síngulas Brasilis Fantásticas | Autor(a): Valentim Biazotti | Editora(s): Penalux

Título: Sismógrafo | Autor(a): Leonardo Piana | Editora(s): Edições Macondo

Título: Tinta branca | Autor(a): Alexandre Alliatti | Editora(s): Patuá


Fomento à Leitura

Título: A cidade da gente | Responsável(eis): Otavio Nazareth

Título: Álbum Guerreiras da Ancestralidade do Mulherio das Letras Indígenas | Responsável(eis): Evanir de Oliveira Pinheiro

Título: Calangos Leitores | Responsável(eis): Claudine Maria Diniz Duarte

Título: Clube de Leitura dos Livros Banidos | Responsável(eis): Cristian Brayner

Título: Linklado: teclado digital para línguas indígenas | Responsável(eis): Noemia Kazue Ishikawa

Título: Livro de Rua | Responsável(eis): Hugo Barros

Título: Mostra de Literatura Inclusiva | Responsável(eis): Andrey do Amaral

Título: Projeto Ciranda do Saber | Responsável(eis): Meire Aparecida do Nascimento

Título: Quem tem medo de lendas? | Responsável(eis): Maria Angélica de Moura Miranda

Título: São Luís sob a luz dos tambores | Responsável(eis): Foto Clube Poesia do Olhar


Livro Brasileiro Publicado no Exterior

Título: A obscena senhora D | Editora(s): Companhia das Letras, Penguin Random House Grupo Editorial – Portugal

Título: Becos da memória | Editora(s): Pallas Editora, Portugalský inštitút

Título: Caderno de rimas do João | Editora(s): Pallas Editora, Editora Trinta Zero Nove

Título: Consenso e conflito na democracia contemporânea | Editora(s): Editora Unesp, Editorial Universitaria de Buenos Aires (Eudeba)

Título: Marrom e amarelo | Editora(s): Alfaguara, And Other Stories

Título: O cabelo de Cora | Editora(s): Pallas Editora, Editora Trinta Zero Nove

Título: O caderno sem rimas da Maria | Editora(s): Pallas Editora, Editora Trinta Zero Nove

Título: Pequeno manual antirracista | Editora(s): Companhia das Letras, Capovolte

Título: Setenta | Editora(s): Dublinense, Hellnation Libri

Título: Tropical sol da liberdade | Editora(s): Companhia das Letras, Al Arabi Publishing

Entenda a polêmica envolvendo o Prêmio Jabuti

Um dos livros indicados para a categoria ilustração do ano teve suas ilustrações realizadas a partir de inteligência artificial. A obra em questão é uma edição do clássico Frankenstein, de Mary Shelley, lançado pela editora Clube de Literatura Clássica em 2022. Ao Estadão, o designer responsável pela criação, Vicente Pessôa, defendeu o uso da tecnologia e esclareceu que não informou o uso da IA na inscrição, pois “não perguntavam”.

Após a divulgação de que o livro estava entre os indicados do Jabuti, o assunto teve grande repercussão nas redes sociais, inclusive com críticas ao prêmio. “Estou achando legal demais. Gosto de polêmica, gosto de gente chorando, esperneando, rasgando as vestes. Divulga meu nome e o Clube. Eu só acho que os ilustradores que estão achando realmente ruim vão ficar para trás. O IA está aí e veio para ficar”, diz Pessôa em entrevista ao Estadão.

A autora Giu Domingues chegou a preparar uma carta aberta à Câmara Brasileira do Livro, que está reproduzida abaixo na íntegra e já foi assinada por mais de 1200 pessoas, veja:

Cara CBL,

No anúncio dos semifinalistas do Prêmio Jabuti de 2023, maior prêmio da literatura brasileira, está contemplada uma obra cuja capa e ilustrações foram criadas com Inteligência Artificial (IA). Nós, escritores, ilustradores e trabalhadores culturais do Brasil, viemos através da presente carta pedir um posicionamento assertivo da CBL contra o uso de ferramentas que exploram nossa classe — atualmente, não há regras claras sobre o uso de IA em livros e capas, e isso é inadmissível.

A missão autodeclarada da CBL é “fortalecer todos os elos da cadeia produtiva do livro e promover a democratização do acesso ao livro e à leitura”. IAs generativas “aprendem por um processo de (…) treinamento — para que um modelo entenda o que é um tênis, ele é treinado com milhões de fotos de tênis”. Essas milhões de fotos, imagens e ilustrações, porém, não estão livres de direitos autorais, e são usadas para gerar conteúdo “novo” sem a autorização do artista que é titular de tais direitos. Ao não apenas aceitar a inscrição de uma capa gerada por IA, mas também e principalmente ao escolhê-la como semifinalista do prêmio literário de maior prestígio do Brasil, selecionando a ilustração criada por uma IA com mérito de autoria, a CBL dá o tom para a indústria de que essa é uma prática aceitável. Além disso, abre precedente para que, no futuro, obras inteiramente escritas por IA sejam aceitas na premiação também na parte de produção literária.

Proteger a propriedade intelectual dos artistas está no cerne do fortalecimento da cadeia produtiva do livro. Não só isso: o valor da leitura está além de seu papel estético, e sim do que há por trás da forma, seus conceitos e referências e a intencionalidade do artista. Portanto, a CBL precisa se posicionar contra a exploração não remunerada desse trabalho especializado, da mesma forma que organizações laborais têm feito no mundo todo — mais recentemente exemplificado pelo Sindicato dos Escritores (WGA) e Atores dos EUA (SAG-AFTRA).

O prêmio Jabuti se propõe a “ampliar os feitos da indústria editorial e o alcance da cultura literária nacional” — e por isso, deveria reconhecer o caráter autoral da literatura, especialmente em um cenário em que a cultura brasileira é frequentemente desvalorizada e investimentos em artistas são escassos e minguantes. Queremos fortalecer a construção de uma cena artística rica, autêntica e autoral. A arte é uma disciplina profundamente humana, indissociável de quem a cria.

Arte é trabalho, que deve ser valorizado e remunerado como tal.

Hoje, não somos protegidos por legislação especializada em IA — e, portanto, precisamos nos apoiar em órgãos como a CBL para oferecer essa proteção. Como o órgão que é o maior representante da literatura brasileira, chamamos esta Câmara ao reconhecimento das consequências da IA para a classe artística e o banimento da participação de trabalhos feitos por Inteligência Artificial em premiações oficiais, bem como auxílio na autoria de uma legislação que proteja o trabalhador da exploração de ferramentas similares.

Assinado,
Escritores, ilustradores e profissionais do livro. #IANãoÉAutor

Atualização 10/11 – 17h10:

A Câmara Brasileira do Livro (CBL), organizadora do Prêmio Jabuti, informou por meio de nota que a obra “Frankenstein”, editada pelo Clube de Literatura Clássica, que utilizou ferramentas de inteligência artificial (IA), foi revista e desclassificada. As regras da premiação estabelecem que casos não previstos no Regulamento sejam deliberados pela Curadoria, e a avaliação de obras que utilizam IA em sua produção não estava contemplada nessas regras.

A utilização de ferramentas de inteligência artificial tem sido objeto de discussão em todo o mundo, em razão dos princípios de defesa dos direitos autorais. Considerando a nova realidade de avanços dessas novas tecnologias, a organização do prêmio esclarece que a utilização dessas novas ferramentas será objeto de discussão para as próximas edições da premiação.

Magalu oferece 100% de cashback em livros de autores negros
Divulgação
Atualizações, Livros, Novidades

Magalu oferece 100% de cashback em livros de autores negros

O Magalu, empresa que está digitalizando o varejo brasileiro, vai dar 100% de dinheiro de volta a quem comprar livros de autores negros neste sábado, 20 de novembro. A ação foi criada para marcar o Dia da Consciência Negra e vale para uma lista de 60 títulos de autores negros brasileiros, comprados pelo SuperApp ou site da companhia.

“O objetivo da ação é dar visibilidade à vasta produção de autores negros nacionais”, afirma Ana Luiza Herzog, gerente corporativa de Reputação e Sustentabilidade do Magalu, uma das áreas responsáveis pela estratégia de diversidade e inclusão da companhia. A promoção é realizada pela segunda vez para marcar o Dia da Consciência Negra. Em 2020, a ação contou com 50 títulos.

+ 5 filmes com representatividade para entender o movimento antirracista

A lista deste ano inclui obras como Torto Arado, de Itamar Vieira Junior, ganhador do Prêmio Jabuti 2020 de melhor romance literário. O livro, um dos mais vendidos no país, já ultrapassou 100 mil exemplares comercializados, marca rara no mercado editorial nacional. No Magalu, custa 39,90 reais, e, no sábado, dará o mesmo valor em cashback a quem comprá-lo pelo SuperApp.

Além de Torto Arado, estão na lista: O Avesso da Pele, de Jeferson Tenório, Cartas para minha Avó, de Djamilla Ribeiro, Racismo Estrutural, de Silvio Almeida, O Pequeno Príncipe Preto, por Rodrigo França e Intolerância Religiosa, do Pai Sidnei.

Os benefícios são válidos apenas para os itens da seleção, indicada no post da Lu nas redes sociais. A compra é limitada a uma unidade do mesmo livro por pedido e a promoção é válida enquanto durarem os estoques. Confira a lista mais abaixo.

Diversidade e inclusão no dia a dia

Nos últimos anos, o Magalu reforçou as ações de diversidade e inclusão na companhia. Em 2020, realizou seu primeiro processo seletivo de trainees exclusivo para pessoas pretas e pardas. O programa foi criado após uma pesquisa revelar a disparidade no número de pessoas negras em cargos de liderança no Magalu. O programa de trainees atraiu mais de 20 000  candidatos. Os 19 selecionados concluirão o treinamento em dezembro, enquanto a companhia seleciona os candidatos da turma de 2022, que será novamente formada exclusivamente por trainees negros.

Paralelamente ao programa de trainees, a empresa desenvolveu uma série de ações para aumentar a diversidade nos cargos mais altos do Magalu. A área de gestão de pessoas estabeleceu metas de contratação de colaboradores negros para posições de liderança e definiu uma política de promoção de funcionários que incentiva a diversidade entre os cargos. A área também incorporou cotas em programas de capacitação, como o Luiza <Code>, que forma mulheres para a área de tecnologia. As primeiras turmas do curso tiveram 50% das vagas destinadas a mulheres negras e já certificou mais de 100 programadoras pretas e pardas em seis meses. Essas ações foram discutidas com o grupo de afinidade, formado por colaboradores negros, e criado em 2020. O grupo funciona como uma consultoria interna, que ajuda a validar iniciativas, posicionamentos e políticas de inclusão da empresa.

Dinheiro de Volta Magalu

O dinheiro de volta nas compras, uma prática conhecida como cashback, será depositado na carteira virtual Magalu Pay. O dinheiro poderá ser usado no pagamento de contas, transferências ou em novas compras no aplicativo.  O cashback do Magalu é “garantido”, ainda que o cliente não tenha a conta do Magalupay no momento da compra. O valor é depositado quando a conta é aberta — prática inédita no mercado. Assim que ele abrir a conta, os valores do cashback estarão disponíveis no SuperApp Magalu, sem a necessidade de fazer download de outro aplicativo.

Confira alguns dos livros participantes da ação:

50 Contos de Machado de Assis – Machado de Assis – Companhia das Letras

A Mulher que Pariu Um Peixe – Raí Soares – Editora Jandaíra

Amoras – Emicida – Companhia das Letrinhas

Apropriação Cultural – Rodney William – Editora Jandaíra

Cartas Para Minha Avó – Djamila Ribeiro – Companhia das Letras

Casa de Alvenaria – Volume 1: Osasco – Carolina Maria de Jesus – Companhia das Letras

Casa de Alvenaria – Volume 2: Santana – Carolina Maria de Jesus – Companhia das Letras

Da Favela Para o Mundo – Edu Lyra – Buzz Editora

De Passinho em Passinho – Otávio Júnior – Companhia das Letrinhas

Dom Casmurro – Machado de Assis – Penguin

E foi assim que eu e a escuridão ficamos amigas – Emicida – Companhia das Letrinhas

Empoderamento – Joice Berth – Editora Jandaíra

Enterre seus Mortos – Ana Paula Maia – Companhia das Letras

Escritos de Uma Vida – Sueli Carneiro – Editora Jandaíra

Guardei no Armário (NOVA EDIÇÃO) – Samuel Gomes – Paralela

Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis – Jarid Arraes – Seguinte

Interseccionalidade – Carla Akotirene – Editora Jandaíra

Intolerância Religiosa – Sidnei Nogueira – Editora Jandaíra

Justiça e Letalidade Policial – Poliana Ferreira Silva – Editora Jandaíra

Kuami – Cidinha da Silva – Editora Jandaíra

Lima Barreto: Obra Reunida (Box) – Lima Barreto – Nova Fronteira

Lugar de Fala – Djamila Ribeiro – Editora Jandaíra

Mais Forte – Luana Génot – Objetiva

Meu Caminho Até a Cadeira Número 1 – Rachel Maia – Globo Livros

Mocambos e Quilombos – Flávio dos Santos Gomes – Claro Enigma

Na minha pele – Lázaro Ramos – Objetiva

Não Pararei de Gritar – Carlos de Assumpção – Companhia das Letras

O Alienista – Machado de Assis – Penguin

O Amor como Revolução – Pastor Henrique Vieira – Objetiva

O Avesso da Pele – Jeferson Tenório – Companhia das Letras

O Catador de Sonhos – Geraldo Rufino – Gente

O Enegrecer Psicopedagógico – Clarissa Brito – Editora Jandaíra

O Monge e o Pastor – Pastor Henrique Vieira – Objetiva

O Pequeno Príncipe Preto – Rodrigo França – Nova Fronteira

O Sol na Cabeça – Geovani Martins – Companhia das Letras

Olhos D’Água – Conceição Evaristo – Pallas

Parem de Nos Matar – Cidinha da Silva – Editora Jandaíra

Pedagoginga, autonomia e mocambagem – Allan da Rosa – Editora Jandaíra

Pequeno manual antirracista – Djamila Ribeiro – Companhia das Letras

Por um Feminismo Afro-latino-Americano – Lélia Gonzalez – Zahar

Quem tem medo do feminismo negro? – Djamila Ribeiro – Companhia das Letras

Querer, Poder, Vencer – Thelma Assis – Planeta

Racismo Estrutural – Silvio Almeida – Editora Jandaíra

Racismo Recreativo – Adilson Moreira – Editora Jandaíra

Redemoinho em Dia Quente – Jarid Arraes – Alfaguara

Sobre os Canibais – Caetano W. Galindo – Companhia das Letras

Sobrevivendo no Inferno – Racionais MC’s – Companhia das Letras

Todas as Letras – Gilberto Gil – Companhia das Letras

Torto Arado – Itamar Vieira Junior – Todavia

Trabalho Doméstico – Juliana Teixeira – Editora Jandaíra

Triste Fim de Policarpo Quaresma – Lima Barreto – Penguin

Tudo Nela é de se Amar – Luciene Nascimento – Estação Brasil

Um Buraco Com Seu Nome (NOVA EDIÇÃO) – Jarid Arraes – Alfaguara

Uma História Feita Por Mãos Negras – Beatriz Nascimento – Zahar

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Atualizações, Livros

Confira 5 lançamentos de livros imperdíveis das editoras

Acabou o carnaval e, agora, é tempo de colocar a leitura em dia. As editoras de livros estão cheias de lançamentos, então, prepare-se para atualizar sua lista de leituras. Confira aqui 5 novidades literárias que você não pode perder.

Um de Nós Está Mentindo – Karen McManus

Galera Record

Esse livro é o maior e mais novo livro entre os  lançamentos da Galera Record! Conta a história de 5 adolescentes que entram na detenção do colégio, mas apenas 4 saem de lá com vida. A trama promete ser recheada de mistérios e drama envolvendo a morte de Simon, um dos alunos da sala de detenção.  Vale a pena conferir! O livro estreou esse mês e já pode ser adquirido.

 

Queria que Você Me Visse – Emery Lord

Seguinte

Uma das apostas do próximo mês da Seguinte é o livro Queria que Você me Visse, da autora Emery Lorde. A história narra um romance entre Vivi e Jonah. Ele é um garoto que vive na mesma cidadezinha da Califórnia desde sempre e, com a morte recente de seu pai, tem que se adaptar às mudanças da vida, juntamente com seus cinco irmãos. Vivi Alexander é uma menina aventureira que chega a cidade. A editora avisou que, para quem é fã de Por Lugares Incríveis (Jennifer Niven), esse livro vai ser um grande presente.  A previsão de lançamento é 8 de março, mas já dá pra conferir a premissa e reservar na pré-venda.

 

Ainda Sou Eu – Jojo Moyes

Intrínseca

O novo livro da adorada Jojo Moyes é um dos grandes lançamentos da Intrínseca. O livro traz a sequência da vida de Lou Clark, depois de Como Eu era Antes de Você e Depois de Você. Dessa vez, acompanharemos a chegada de Lou em Nova York, em uma tentativa de recomeçar a sua vida e acaba no meio da alta sociedade nova iorquina. Ela encontra Joshua Ryan, fazendo-a lembrar-se de um outro alguém muito importante na sua vida.

“Enquanto tenta manter os dois lados de seu mundo unidos, ela tem que guardar segredos que não são seus e que podem mudar totalmente sua vida. E, quando a situação atinge um ponto crítico, ela precisa se perguntar: Quem é Louisa Clark? E como é possível reconciliar um coração dividido?”

Ficou curioso? A boa notícia é que o livro estreia dia 23 de fevereiro. Você pode conferir a sinopse completa e reservar seu exemplar na pré-venda.

 

A forma da água-  Guillermo del Toro

Intrínseca

A história que ficou famosa por ter seu filme indicado ao Oscar 2018, é outro dos grandes lançamentos da Intrínseca.  A história se passa em meio à Guerra Fria, período no qual Richard Strickland, um oficial americano, é enviado para a Amazônia em busca de capturar uma criatura mítica – o homem-peixe, deus Brânquia – e, por fim, leva-la para o centro de pesquisas especiais. Elisa Esposito, a zeladora do centro, a criatura representa mais do que uma ferramenta de potência militar. Ela se afeiçoa pelo homem-peixe que está no local para ser estudado, dissecado. O livro é uma grande ficção que traz em si discussões muito importantes sobre a sociedade. O lançamento está marcado para 27 de fevereiro. Corra para reservar na pré-venda e garantir esse livro.

 

Aos Dezessete Anos – Ava Dellaira

Seguinte

Esse é o novo romance da autora de Cartas de Amor aos Mortos, com previsão de lançamento para 28 e março pela editora Seguinte.  O livro conta a vida de uma mãe e filha, ambas aos dezessete anos, em capítulos alternados. Marilyn teve um grande amor quando jovem, porém teve que seguir seu caminho e criar sua filha sozinha. Angie é uma menina mestiça que quer respostas sobre sua ascendência negra. Sua mãe nunca contou muito sobre seu pai, apenas que havia morrido em um acidente. Tudo muda quando aparecem indícios de que o pai de Angie está vivo e, então, a garota decide ir até Los Angeles em buscas das respostas que procura. Com uma premissa envolvente, o livro promete agradar os amantes da autora. Se você ficou curioso, já pode reservar o livro na pré-venda e tê-lo em mãos assim que lançar.

Fonte: divulgação
Críticas de Cinema, Filmes

Crítica: O filme da minha vida (2017)

Antes, eu só via o início e o fim dos filmes. O início, para conhecer a história; e o fim, gostava de assistir porque o fim é sempre bonito.

Assim se inicia O Filme da Minha Vida, longa brasileiro que estreou nos cinemas em 3 de agosto. Primeira adaptação dos parceiros Selton Mello e Marcelo Vindicatto, o filme é baseado na obra Um Pai de Cinema, do chileno Antonio Skármeta (o qual faz uma participação especial em cena que se passa no bordel).

Terceiro longa do Selton-diretor, o filme conta com a participação de um time que já trabalhou com ele em O Palhaço (2011) e, por isso mesmo, foi escolhido minuciosamente pelo diretor: Vania Catani na produção; Claudio Amaral Peixoto na direção de arte; figurino de Kika Lopes; e, a maravilhosa trilha musical de Plínio Profeta. Além de Walter Carvalho na direção de fotografia, o qual já havia trabalho com o Selton-ator em Lavoura Arcaica (2001).

A história principal é apresentada logo de cara, com narração do personagem principal Tony Terranova (Johnny Massaro). Filho de pai francês e mãe brasileira, Tony vai estudar na cidade grande “para ser alguém na vida” e, quando volta formado como professor, seu pai Nicolas (Vincent Cassel) sobe no mesmo trem para voltar para a França.

Fonte: Globofilmes

Saí do cinema aérea, como na cena em que Tony flutua ao admirar as irmãs Madeira, Luna (Bruna Linzmeyer) e Petra (Beatriz Arantes). Eu tinha acabado de assistir a um drama, por que estava tão feliz?

A explicação veio pela trilha sonora que não saiu da minha cabeça, cheguei em casa cantando “Coração de papel”, sucesso de Sérgio Reis na década de 60.

Filmado na serra gaúcha, a obra traz uma atmosfera de saudosismo, seja pela já mencionada trilha sonora (que inclui “I Put Spell On You”; “Errei, Sim”; “Hier Encore”; “Comme d’habitude” e “Voilà”), seja pela fotografia ferrugem de Walter ou pela cuidadosa direção de arte de Claudio.

Além dos já mencionados elementos técnicos, são vários elementos narrativos que reverenciam o passado: as brincadeiras das crianças no colégio, os primeiros amores, a descoberta do sexo, o cinema em preto e branco, os cartazes da antiga Vera Cruz, a viagem de trem.

À saudade, vem se juntar a ausência. Depois da partida do pai, encontramos Tony em um estado de profunda melancolia. Não consegue trilhar seu próprio caminho, nem desenvolver uma relação amorosa com sua melhor amiga Luna. A figura paterna não está mais presente, porém, deixa uma sombra da qual Tony não consegue se libertar. Tony não vive, apenas espera. Olha para as fotografias na parede que congelam o passado à que ele tanto se apega. Sonha com o pai, lembra-se de sua infância, olha para a antiga moto de Nicolas e mal consegue encará-la: “Nas costas da memória sigo revirando as suas lembranças”.

Assim como Tony, a primeira metade do filme é arrastada, lenta, guiada pelo sonho. Em certo momento, Luna diz à sua irmã Petra que quando ela foi embora de casa, o tempo para Luna parou. O mesmo acontece para Tony, a imagem do relógio parado é a sua vida, contudo, ela pode ser consertada, e o ponteiro voltar a girar.

Depois de escrever uma carta ao pai, Tony chega à conclusão de que “é hora de encontrar o mundo” e, neste ponto, a narrativa ganha ritmo mais acelerado. Seguindo os conselhos do amigo Paco (Selton Mello) de que “cara feia não bota ninguém pra frente” e “toca os teus caminhos, guri”; Tony pode agora desenvolver sua paixão por Luna, permitir-se ser feliz, caminhar. E é exatamente quando se decide seguir para o futuro, que o passado enfim se resolve.

ATENÇÃO: O TRECHO ABAIXO CONTÉM SPOILERS

No alto do cinema, na sala de projeção, enquanto Tony e Luna assistem a O Rio Vermelho (1948, de Howard Hawks), o projecionista ouve com atenção a uma fala do filme: “toda vez você olhará para trás, esperando me ver, mas a única vez que você não olhar, eu estarei lá”. O projecionista se revela sendo Nicolas, que decide voltar à vida do filho.

O diálogo com a linguagem cinematográfica também é estabelecido, seja no título do filme (“o filme da minha vida” seria O Rio Vermelho ou a própria história de Tony cheia de reviravoltas?), nas idas à sessão, nos cartazes, no projetor ou nos rolos de película.

Interessante notar que a obra chama atenção a todo o momento para si, para a importância de não se perder uma palavra, um detalhe, porque “o meio é tão importante como o final”. Parece dizer em cada cena “para, olha, escuta. Tudo tem seu tempo, espera”.

Do ponto de vista do roteiro, tal atenção fica evidente nas frases que se encaixam perfeitamente (e explicam) a história dos personagens. Até mesmo a frase original do filme O Rio Vermelho (“toda vez que você olhar para trás, espere me ver, porque uma vez você se virará e eu estarei lá”) acaba por ser modificada para se encaixar melhor à narrativa.

Com relação à direção, Selton opta por se utilizar, em boa parte do filme, de planos próximos dos personagens, mostrando a importância de suas expressões e sentimentos.

Fonte: making of

Após o reaparecimento de Nicolas, Selton consegue amarrar perfeitamente toda a tensão construída até aquele momento. Tudo é explicado. O sobressalto de Paco ao ouvir Tony falar das belezas de Petra; o sumiço da moça; o não recebimento de nenhuma carta do pai; a grande atenção dada ao fato de Tony querer ir ao cinema; a insistência de Paco em fazer com que Tony esqueça o pai; o interesse daquele pela mãe deste; a menção de Tony ao fato de que não precisa de luvas de boxe, pois nunca bateu em ninguém.

A interpretação de Johnny Massaro consegue mostrar a trajetória do herói durante a narrativa: de garoto melancólico vivendo à sombra do pai, a senhor de seu próprio destino. O arco dos personagens Paco e Nicolas também se desenvolve e conseguimos ver nitidamente sua transformação.

Os trilhos e o trem são, na verdade, o maior signo e metáfora dentro da obra. Rolando Boldrin interpreta o maquinista Giuseppe, personagem criado especialmente para ele e que não está presente no livro de Skármeta. Boldrin é uma figura mítica dentro da obra, assim como Caronte carrega as almas dos recém-mortos, Giuseppe é aquele que leva os corpos dos vivos aos seus destinos, “para resolver seus problemas”.

Fonte: Globofilmes

O único pecado da obra talvez resida justamente na transparência de seu campo metafórico, com frases explicativas e filosóficas colocadas durante todo o filme, o que acaba por trazer seu significado “mastigado” demais ao espectador. Um bom enigma é aquele que não se deixa revelar tão facilmente e que, por isso mesmo, faz com que sua descoberta seja mais satisfatória.

O primeiro e um dos últimos planos do filme mostram o mesmo enquadramento: a linha de trem à esquerda, uma estrada de chão à direita. No início, um trem passa enquanto a estrada permanece vazia, é Tony que trilhará seu caminho para descobrir seu lugar no mundo.

No fim, o mesmo trem passa novamente, levando a mãe de Tonny, Sofia (Ondina Clais), única personagem que não é desenvolvida durante a narrativa, enquanto Tony e Luna seguem de moto pela estrada da direita.

É a vez de Sofia ser levada pelo trem para seu destino, para que sua trajetória se desenvolva, enquanto Tony, que já passou simbólica e literalmente por esse percurso, corre livre e satisfeito seu próprio caminho.

 

*Agradecimento especial à Beatriz Abrucez pela revisão do texto