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Resenha: Tá todo mundo mal – O livro das crises, Jout Jout

Do alto de seus 25 anos, Julia Tolezano, mais conhecida como Jout Jout, já passou por todo tipo de crise. De achar que seus peitos eram pequenos demais a não saber que carreira seguir. Em Tá todo mundo mal, ela reuniu as suas “melhores” angústias em textos tão divertidos e inspirados quanto os vídeos de seu canal no YouTube, “Jout Jout, Prazer”.

Família, aparência, inseguranças, relacionamentos amorosos, trabalho, onde morar e o que fazer com os sushis que sobraram no prato são algumas das questões que ela levanta. Além de nos identificarmos, Jout Jout sabe como nos fazer sentir melhor, pois nada como ouvir sobre crises alheias para aliviar as nossas próprias!

Acompanho a Jout Jout desde os primórdios do seu canal no Youtube, desde os primeiros videozinhos desfocados e sem produção alguma, que logo foram mudados com os cuidados de Caio. E claro, quando ela anunciou que lançaria seu livro, fiquei super ansioso para ler o mais rápido possível. Eis que lançou, e eu o devorei em pouco menos de duas horas. Uma leitura que começou na livraria, e terminou com eu levando o livro para a casa no mesmo instante.

Tá todo mundo mal é uma obra que já nos atrai pelo seu título, e pelas cores chamativas da capa. Claro, com um desenho espetacular da Júlia que rende boas brincadeiras de ficar virando pra lá e pra cá. O livro das crises começa com um prefácio de Caio Franco, também conhecido como Caião, namorado da Youtuber. Nele, ele conta um pouquinho daquela história que já conhecemos de quando ele leu os primeiros textos da Jout, com uma blusa enrolada no rosto. Só que dessa vez, conhecemos um pouco a visão dele.

Logo depois, temos uma apresentação da própria autora ao texto que vem a seguir, e um sumário com todas as crises, que não podiam ser mais reais. É como levar um tiro de realidade a cada capítulo.

Você não está acomodada. Você está incomodada.

Começamos com crises mais simples, como a ilusão que somos submetidos todos os dias pelas nossas mães, logo depois pelas fases ingratas da puberdade, a escolha da faculdade, ausência de talentos… É como se fosse um adendo aos vídeos que conquistaram os nossos corações. É uma leitura extremamente leve, que rende boas risadas, e até mesmo, algumas lágrimas em certos momentos.

Não é mais um livro de youtuber, porque Jout Jout vai além de contar sua vida e trajetória. Ela lida com problemas que todos nós passamos ou ainda passaremos. Crises de seres humanos, que muitas vezes são totalmente dispensáveis e frutos da nossa imaginação. Tem crise de Gregório Duvivier e crise de Tamagotchi. O mais legal da leitura, é que você a faz com uma continuidade estupenda, incapaz de largar, e sempre ouvindo a voz dela na sua cabeça. O jeito de escrever e de lidar com o mundo de Júlia Tolezano é extremamente autêntico e único.

Então quer dizer que acabaram as crises?, você me pergunta.

Risos.

Tem frasezinhas autênticas e dignas de tatuagem sim, ao contrário do que cita a autora em um de seus capítulos. E é engraçado porque você se sente abraçado pela leitura, porque de certa forma, aquilo acontece com você todos os dias! Todos nós temos crises, e ter alguém que as reconhece e que acima de tudo, passa por cima delas de maneira admirável, é acolhedor. Jout Jout arrasou com a escolha do tema, que pareceu difícil ao assinar contrato com a editora, e com certeza nos deixa ansiosos para uma possível continuação.

A diagramação do livro então, impecável! Alterna entre o amarelo e o preto, com uma fonte bem confortável de se ler, um cheirinho maravilhoso e assuntos melhores ainda. Não sei se tenho palavras além de maravilhosoincrívelquero mais para descrever a obra de Júlia Tolezano. E não estou dizendo isso apenas na condição de fã. Ela com toda certeza, quebrou mais um tabu ao fugir do padrão dos livros de youtubers que tem causado tanto furor e preconceito ultimamente.

Não se pode brincar com best-sellers.

Recomendo bastante para todos que tem uma crise existencial aqui e ali, e gostam de ser embraçados com alguma ajudinha de alguém que admiramos e podemos carregar um pequeno pedaço na bolsa, nem que seja com aquela ideia de “eu também passo por isso, vamos nos abraçar!”.

Esperemos o Jabuti, então! Risos.

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Resenha : A vez da minha Vida, Cecelia Ahern

Certo dia, quando Lucy Silchester volta do trabalho, há um envelope de ouro no tapete. E um convite dentro dele para se encontrar com a Vida. Sua vida. Pode soar peculiar, mas Lucy leu sobre isso em uma revista. De qualquer forma, ela não pode ir ao encontro: está muito ocupada desprezando seu emprego, fugindo de seus amigos e evitando sua família. Mas a vida de Lucy não é o que parece. Algumas das escolhas que fez — e histórias que contou — também não são o que parecem. Desde o momento em que ela conhece o homem que se apresenta como sua vida, suas meias-verdades são reveladas totalmente — a não ser que ela aprenda a dizer a verdade sobre o que realmente importa. Lucy Silchester tem um compromisso com sua vida — e ela terá de cumpri-lo.

O que você faria se tivesse um encontro marcado com a sua vida? Você ficaria satisfeito? Orgulhoso das suas atitudes e do que conquistou? Como você acha que sua vida seria?

Procurando uma história leve pra ler, me deparei com esse livro. Ele foi lançado já tem algum tempinho mas vindo de Cecelia Ahern (autora do best-seller “P.S. Eu te Amo”), acreditei que podia esperar algo bom e estava certa. Depois que comecei não consegui parar. O livro tem uma leitura leve, descontraída e te faz refletir muito sobre a sua própria Vida.

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Por ser  de uma família bem sucedida e bastante tradicional, Lucy Silchester sempre se preocupou com que os outros iriam pensar ou falar dela, e por isso fez de tudo para que sua vida parecesse perfeita. Depois de um término de relacionamento conturbado e dos acontecimentos seguintes, ela começa a se distanciar de tudo e de todos, e aos poucos sua vida se torna uma rotina sem fim.

Se aproximando dos 30 anos, com a vida completamente estagnada, presa em um emprego que não gosta, evitando o máximo de contato com os amigos e sua própria família, isso sem contar com sua vida amorosa que está uma bagunça. A vida de Lucy está construída em cima de mentiras, que ela conta para todos acreditarem que está bem (até ela mesma tenta se convencer disso).

Até o dia, que ela é intimada pela sua Vida a um encontro. Relutante, ela começa a ignorar os convites que chegam, recusando um após o outro. Mas sua Vida é insistente, até o ponto que ela cede e resolve se encontrar com ela. E o encontro não é nada como o esperado, sua vida é um homenzinho feio, mal-humorado (que personifica exatamente como a vida de de Lucy está), com a missão de ajudá-la a consertar aos poucos sua vida.

“Logo você terá que parar de mentir para os outros, o que será mais difícil do que você pensa, aliás, e, então, vai começar a aprender a verdade sobre si mesma, o que também será mais difícil do que você pensa.”

Posso dizer que o livro excedeu minhas expectativas. Sua narrativa é clara e bem humorada, cheia de momentos divertidos e personagens complexos, que acabamos por nos identificar. Lucy, somos todos nós em vários momentos. A Vida está em outro patamar, ela é quem realmente sofre as consequências das atitudes da personagem principal. Todo seu estado, desde a sua aparência até o seu humor são reflexos das decisões de Lucy. Os personagem que fazem parte da história também são excepcionais e igualmente envolventes. O livro é original, seu ponto de vista, sua personificação da Vida tornou tudo mais real e reflexivo. Não dá pra não torcer por Lucy e se apaixonar pela Vida dela (o homenzinho realmente me cativou).

“Como você acha que a vida acontece? Uma série de coincidências e ocorrências tem que acontecer de alguma forma. Todas as nossas vidas se chocam e se batem de frente e você acha que não nenhuma razão e rima para isso?”.

 

Enfim, o livro é daqueles que você devora em um piscar de olhos e traz inúmeras reflexões. Super recomendo!

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Resenha: A Coroa, Kiera Cass

Em A Herdeira, o universo de A Seleção entrou numa nova era. Vinte anos se passaram desde que America Singer e o príncipe Maxon se apaixonaram, e a filha do casal é a primeira princesa a passar por sua própria seleção.
Eadlyn não acreditava que encontraria um companheiro entre os trinta e cinco pretendentes do concurso, muito menos o amor verdadeiro. Mas às vezes o coração prega peças… e agora Eadlyn precisa fazer uma escolha muito mais difícil – e importante – do que esperava.
America Singer e o Príncipe Maxon se apaixonaram, e a filha do casal é a primeira princesa a passar por sua própria seleção.
Eadlyn não acreditava que encontraria um companheiro entre os trinta e cinco pretendentes do concurso, muito menos o amor verdadeiro. Mas às vezes o coração prega peças… e agora Eadlyn precisa fazer uma escolha muito mais difícil – e importante – do que esperava.

Inicialmente criada para ser uma trilogia, A Seleção conquistou milhares de leitores pelo mundo todo. Tantos que, mesmo após o fim da seleção que levaria Maxon a escolher sua noiva, a autora Kiera Cass resolveu nos levar para dentro de mais uma Seleção, agora a da filha de Maxon, Eadlyn Schreave.

Ao iniciarmos A Herdeira nos deparamos com algo totalmente inesperado, a personalidade marcante de Eadlyn. Diferentemente de seu pai, Eadlyn é completamente segura de si, egocêntrica e orgulhosa. É possível vermos muitos traços do seu avô, o falecido Rei Clarkson.

“— (…) Porque, afinal, quem é você?
— Sou Eadlyn Schreave, e nenhuma pessoa no mundo é mais poderosa do que eu.”

Esse foi um dos principais pontos que fez muita gente detestar essa nova parte da história de Illéa. No entanto, A Coroa que viria a ser a sequência que encerraria a história veio para nos mostrar uma nova Eadlyn completamente diferente da que conhecemos no inicio de A Herdeira.

Totalmente abalada pelo estado grave em que sua mãe se encontra, Eadlyn agora se encontra ainda mais em um momento decisivo de sua vida. Antes sob a pressão de ter que participar de uma Seleção e escolher seu marido, agora ela terá que fazer isso e muito mais. A jovem princesa agora terá que ficar momentaneamente governando o país enquanto seu pai permanece do lado de America.

Como se não bastassem todos esses conflitos, uma ameaça ao governo de Eadlyn surge e ela precisa mais do que nunca buscar uma forma para ser aceita e amada pelo seu povo que a rejeita. Com isso, ela precisa encerrar o mais rápido a Seleção, mas como ela fará isso e ainda assim conseguir escolher a pessoa certa para passar o resto da vida ao seu lado?

A autora Kiera Cass nos jogou no meio de um drama como nunca havia feito antes. Foi surpreendente como ela construiu a evolução pessoal da jovem Eadlyn. Nós acompanhamos enquanto ela deixava de ser uma princesa mimada e se tornava a jovem Rainha Eadlyn Schreave e, claro, pudemos ver também ela descobrir que poderia sim ser uma grande Rainha e ter o amor de um marido.

Infelizmente, a autora cometeu alguns erros, o principal deles foi a pressa para terminar o livro. Talvez ela estivesse sob pressão para concluir e publicar logo ele, isso acontece com muitos autores, mas o caso é que ao nos aproximarmos do fim da história ficou perceptível que ficou tudo muito corrido. Vimos Eadlyn fazer sua escolha, encerrar a Seleção, ser coroada rainha e ainda apresentar uma solução para os conflitos de um país pós-castas em pouquíssimas páginas.

Entretanto, mesmo com essa falha, o final foi imensamente satisfatório para mim. Kiera nos surpreendeu completamente com a escolha feita por Eadlyn e isso foi maravilhoso, mesmo sabendo que muitos fãs da saga a odiariam por ela não ter escolhido aquele que todos queriam. Isso só fez aumentar ainda mais minha admiração pela autora, pois ela encerrou da forma que ELA achava correto, ela não se deixou influenciar pelos fãs e deu o final que todos queriam. Ela seguiu seu coração e concluiu da forma que achava correto. É claro que os fãs merecem ser ouvidos também, mas uma coisa é você dar sugestões de como deveria terminar, outra totalmente diferente é você querer impor a sua decisão de como a história deveria acabar sobre a escritora.

No mais, a história iniciada lá em 2012 com A Seleção não poderia receber um final melhor. O livro me rendeu uns bons momentos de risadas, mas também me tirou muitas lágrimas. Foi difícil chegar ao fim, mas o momento chegou e só nos restou fechar o livro com um aperto no coração e dar nosso adeus para Illéa.

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Resenha: Deadpool – A Guerra de Wade Wilson, Duane Swierczynski & Jason Pearson

“Arrastado ao Senado dos Estados Unidos para explicar sua participação em um massacre que deixou centenas de mortos no México, Deadpool está prestes a revelar muito mais do que qualquer um poderia esperar! Embarque numa viagem ao pervertido passado do Mercenário Tagarela à medida que ele mesmo escancara detalhes de sua incrível origem. Mas será a verdade ou um amontoado de mentiras delirantes? Francamente, quem se importa? Com certeza, não o próprio Deadpool!”

Um dos personagens mais loucos a surgir na Marvel, Deadpool reuniu uma legião de fãs desde a sua estreia, em 1991. Suas características foram um verdadeiro sopro de ar fresco para época, contrastando em um cenário repleto de anti-heróis sombrios e silenciosos, a mistura de comédia-pastelão com ação exagerada de Deadpool converteu a série em um cultuado clássico.

O roteiro criado por Swierczynski é quase um resumo completo do perfil do personagem, repleto de violência gratuita, piadas visuais e frases de efeito “inspiradoras”, a história é uma imagem do próprio narrador, desarticulada, ou seja, no melhor estilo Deadpool. Jason também faz um grande trabalho na arte, tornando clara a distinção entre passado e presente.

Wade Wilson foi arrastado pelo governo até o senado para explicar sua participação em um massacre ocorrido no México, mesmo estando sobre a mira de inúmeros fuzis, como era de se esperar, ele não mantêm uma postura séria. No início do interrogatório, ele logo começa a falar sobre um grupo secreto de operações especiais do qual ele fazia parte, que também contava com a presença de Dominó, Mercenário e Silver Sable, todos altamente treinados e especialistas em assassinatos.

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Em meio a explicação, ele é questionado pelo senador sobre seu passado, imediatamente ele começa a discorrer sobre como chegou até ali e como conseguiu àquela aparência, não sendo muito convincente. Durante todo o tempo algemado e sob a mira de várias armas, Deadpool não se contem, atirando piadas a cada quadro, ele terá que pensar rápido antes que tudo saia de controle.

“Deadpool – A Guerra de Wade Wilson”, é uma festa de piadas e violência, o leitor irá se surpreender, rir e chorar com Deadpool, um personagem único e querido por muitos fãs da Marvel. Sua história responde a muitas perguntas, deixando inclusive espaço para interpretação, e neste caso, só lendo para entender.

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Resenha: Dama da meia-noite, Cassandra Clare

Em um mundo secreto onde guerreiros meio-anjo juraram lutar contra demônios, parabatai é uma palavra sagrada. O parabatai é o seu parceiro na batalha. O parabatai é seu melhor amigo. Parabatai pode ser tudo para o outro – mas eles nunca podem se apaixonar.

Emma Carstairs é uma Caçadora de Sombras, uma em uma longa linhagem de Caçadores de Sombras encarregados de protegerem o mundo de demônios. Com seu parabatai Julian Blackthorn, ela patrulha as ruas de uma Los Angeles escondida onde os vampiros fazem festa na Sunset Strip, e fadas estão à beira de uma guerra aberta com os Caçadores de Sombras. Quando corpos de seres humanos e fadas começam a aparecer mortos da mesma forma que os pais de Emma foram assassinados anos atrás, uma aliança é formada. Esta é a chance de Emma de vingança – e a possibilidade de Julian ter de volta seu meio-irmão fada, Mark, que foi sequestrado há cinco anos. Tudo que Emma, Mark e Julian tem a fazer é resolver os assassinatos dentro de duas semanas … antes que o assassino coloque eles na mira. Suas buscas levam Emma de cavernas no mar cheias de magia para uma loteria sombria onde a morte é dispensada. Enquanto ela vai descobrindo seu passado, ela começa a confrontar os segredos do presente: O que Julian vem escondendo dela todos esses anos? Por que a Lei Shadowhunter proíbe parabatais de se apaixonarem? Quem realmente matou seus pais – e ela pode suportar saber a verdade?

A magia e aventura das Crônicas dos Caçadores de Sombras tem capturado a imaginação de milhões de leitores em todo o mundo. Apaixone-se com Emma e seus amigos neste emocionante e de cortar o coração no volume que pretende deliciar tantos novos leitores como os fãs de longa data.

Depois de dois anos sem nenhuma produção, Cassandra Clare volta com tudo. Quando terminei “Princesa Mecânica”, nunca imaginei que a autora conseguiria criar uma história melhor ou uma que eu me apegasse tanto. Hoje, felizmente, venho retirar tudo que eu disse e declarar publicamente meu amor pela nova saga da autora: Dama da Meia-noite, o primeiro livro da série Os Artifícios das Trevas.

Primeiramente, vamos recapitular os acontecimentos de Cidade de Fogo Celestial: os pais de Emma Carstairs foram assassinados durante a Guerra Maligna e, enquanto a Clave culpava Sebastian pelas mortes, a garota sempre duvidou e fez sua própria investigação. No mesmo dia, o pai de Julian foi transformado em um dos Crepusculares e foi morto pelo próprio garoto para salvar seus irmãos. Com tudo que aconteceu, Julian foi obrigado a assumir o papel de pai e mãe dos irmãos, e Emma se tornou parte dessa família tão machucada pela guerra.

Amigos desde crianças e ainda mais unidos pela dor e sofrimento causados pela Guerra Maligna, Emma e Julian se aproximam cada vez mais, se tornam Parabatai e juntos criam os irmãos menores de Julian: Livvy e Ty, Dru e o pequeno Tavvy. Não é segredo pra ninguém – pelo menos pra quem leu Cidade do Fogo Celestial ou a sinopse – que Emma e Julian são parabatai que apaixonados um pelo outro. Mas a lei sobre parabatai é clara: eles nunca devem se apaixonar.

Gostei bastante do casal protagonista. Na verdade, eu já gostava de Emma desde o final de Cidade de Fogo Celestial. Aquela menina que luta pelo que acredita e não se deixa levar pelo que os outros pensam! Precisamos cada vez mais de mocinhas assim #ficadica. Mas quem me conquistou nessa leitura foi Julian. Forçado a deixar sua juventude de lado em prol da sua família, ele nos encanta com o cuidado e amor pelos seus irmãos a cada capítulo.

“Quando você ama alguém, a pessoa se torna parte de quem você é. Está presente em tudo que você faz (…) O toque dela fica na sua pele, a voz permanece em seus ouvidos, e, os pensamentos, na sua cabeça. Você conhece os sonhos da pessoa, porque os pesadelos agridem o seu coração, e os sonhos bons também são seus. E você não acha que a pessoa é perfeita, mas conhece os defeitos dela, sua verdade profunda e as sombras de todos os segredos que ela carrega, e esses segredos não te assustam; na verdade fazem com que você ame ainda mais, porque você não quer perfeição. Você quer a pessoa.”

Embora essa seja a temática principal da leitura: o coração dividido dos personagens, a confusão entre até onde é amizade e quando começou a ser amor, não é só de amores proibidos que se trata Dama da Meia-noite, e esse é um dos meus grandes elogios a série. Todos esses sentimentos confusos e novas descobertas vão se desenvolvendo junto a uma emocionante busca sobre a verdade dos assassinatos dos pais de Emma e sua relação com novos assassinatos que vem ocorrendo na região. E peço licensa para comentar que nem todos os meus anos de Criminal Case, C.S.I., Bones, Castle e The Mentalist não foram suficientes para eu sequer imaginar quem era o verdadeiro assassino! O livro consegue unir a dose perfeita de suspense, ação e romance, não deixando espaços pra críticas.

Também me surpreendi com a explicação sobre porque parabatais não podem ficar juntos. Achei que seria uma lei completamente despropositada e sem sentido, mas ela foi muito bem formulada e achei uma explicação maravilhosa. Ainda não sei como Emma e Julian vão lidar com isso nos próximos livros, mas já estou bem ansiosa pra descobrir!

Os fãs das séries anteriores também não ficarão decepcionados: são constantes as participações de Clary e Jacy e Jem e Tessa (saudades, Will). É estranho ver nosso personagens antes adolescentes impulsivos hoje adultos e responsáveis, dando conselhos sábios para os novos protagonistas! Vou parando por aqui para evitar spoilers, mas a mensagem que quero deixar é: não deixem de ler essa nova maravilha que Cassie preparou pra nós! <3

P.S. Minha única crítica ao livro é o tamanho! Eu amo livros grandes, porque eles significam que ainda temos muitas histórias pra ler <3 mas essas 560 páginas (+ o capítulo extra de Clary e Jace) pesavam minha mão na hora de ler (pontos pros kindles e kobos da vida).

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Resenha: Veronika Decide Morrer, Paulo Coelho

Paulo Coelho nos conta uma história intrigante, a história de Veronika, que no auge dos seus 24 anos, se sentia dentro de tudo que queria: beleza, emprego, família, eis que no dia 11 de novembro de 1997 toma a decisão de tomar alguns comprimidos e acabar com a sua vida.
Mas essa tentativa não teve sucesso, Veronika é acordada no sanatório de Villete, na Eslovênia, onde recebe a notícia que só lhe restaram alguns dias de vida, então, ela passa a conhecer cada pessoa que frequentava a clínica onde fora internada.
O autor coloca cada personagem de um jeito muito singular, e é engraçado como a maioria dos personagens, após serem internados decidem ficar lá pelo resto de seus dias. Enquanto lemos as descrições dos pacientes, ou até a ordem sequencial dos acontecimentos chegamos a questionamentos como: Qual é o verdadeiro significado de loucura? Por que consideramos algumas pessoas loucas? Qual é o real objetivo de um sanatório?
Daniel Pereira
Entre as histórias mais interessantes destacaremos a de Zedka, uma depressiva internada em Villete que aponta de frente os questionamentos já citados para Veronika. Onde até indaga ela qual seria o lado ruim de ser louca, quebrando uma série de preconceitos que a própria personagem tinha, e que podemos nos deparar diariamente quando abordamos tais assuntos.
A personagem que mais me chamou atenção foi Mari, uma mulher que sofria de síndrome do pânico, sua vida fora mudada drasticamente após ser internada, a vida de sua família continuou apesar de sem ela, o que fez a mulher que já havia certa idade decidir continuar no sanatório, por lá ser o lugar onde sua vida seria mais fácil.
Eduard, um jovem esquizofrênico desperta sentimentos em Verônika durante a trama
“(…)-Eu vim a este mundo para passar por tudo o que passei, tentar o suicídio, destruir meu coração, encontrar você, subir até este castelo e deixar que você gravasse meu rosto em sua alma”
O romance dos dois é uma coisa improvável apesar dos sentimentos de Verônika, mas considerei muito bem colocado a maneira em que Paulo Coelho desenvolve essa história.
Em um contexto geral, a história nos passa uma ideia muito diferente do que geralmente temos sobre um sanatório, esse livro é muito recomendado para as pessoas que têm interesse sobre esse assunto, mas é também um livro que toda estante deveria ter, pois o preconceito quebrado ao decorrer das 208 páginas do romance nos faz repensar sobre diversas situações em que julgamos mal o que vemos.

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Resenha: Incendeia-me, Tahereh Mafi

Incendeia-me é o terceiro volume da trilogia distópica Estilhaça-me, escrita por Tahereh Mafi.

Começando exatamente onde Liberta-me terminou, o Ponto Ômega está destruído e Julliete acabou ficando nas mãos de Warner. Devido a isso, uma iminente guerra pode chegar ao Restabelecimento…

Primeiro de tudo, se eu pudesse resumir essa resenha, ela seria: “FUJAM DESSA TRILOGIA. POUPEM TEMPO.”. Mas acho que seria um desrespeito muito grande com vocês, então eis me aqui pra explicar os motivos para se fugir dessa história.

Minha relação com Estilhaça-me nunca foi amigável. De começo, eu não havia lido devido à sua capa horrenda. Mas ok, chegaram as novas e várias amigas falavam para eu ler e então dei uma chance. Li o primeiro livro e fiquei “what?”, tudo bem, era o primeiro volume e, tolo, acreditei que o segundo iria melhorar. Só que aí chega a continuação e, tcharaaaaan, as coisas pioram. Ao invés de evoluir um pouco, o negócio fez foi piorar. Mas não para por aí, como eu sou um teimoso e já tinha lido os dois primeiros livros, me arrisquei e lá se fui terminar essa trilogia. Jesus, o que foi esse terceiro volume? Desculpem a palavra, mas que porcaria foi essa que eu li? O livro é comum, não traz nada de novo, é chato, os personagens são irritantes, mas o pior de tudo é o romance. Sério, estou me perguntando até agora os motivos de tanta gente ter gostado dessa série, porque olha, é tudo mais do mesmo e não tem nada de interessante. Mafi não se deu ao trabalho de explorar o seu cenário, de sequer explicar mais coisas sobre o mundo, sobre o Governo. Decidiu bater na tecla de um romance chato, sem carisma, como se já não bastasse ter uma história insossa e simples.

Ao contrário dos outros dois livros, estes não tem o fator que deixava a leitura um pouco mais tragável. Mafi perdeu a essência poética de sua escrita, o que deixou a experiência com Incendeia-me o pior possível. A única coisa que realmente “salvou” foi os capítulos serem curtos e a linguagem ser simples. Apenas isso. Mas nada compensa o tempo perdido e o desconforto que tive ao ler esse desfecho.

Além disso, o desenrolar das coisas nesse volume é péssimo. Mafi enrolou demais e encaminhou o clímax de uma maneira rápida, como se tivesse feito só pra dizer que fez. Acredito que para quem gostou dos volumes anteriores, o encerramento foi satisfatório, mas para mim, não passou de uma tentativa muito, MUITO frustrada de fazer algo épico.

Sinceramente, o meu conselho para vocês é: evitem essa trilogia. É fraca e nada nos três livros compensam o tempo perdido e o dinheiro gasto.

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Resenha: Justiceiro: Bem-vindo de volta, Frank – Garth Ennis & Steve Dillon

“Frank Castle, o Justiceiro, está de volta a Nova York e pronto para continuar sua incansável e solitária missão contra o crime organizado. Limpando as ruas um criminoso de cada vez, ele está prestes a levar sua guerra à notória família Gnucci. Prepare-se para uma boa dose de justiça sangrenta pelas próprias mãos em seu melhor estilo.”

Desde sua primeira aparição em “Espetacular Homem-Aranha #129”, o Justiceiro alcançou status cult entre os fãs. Isso certamente se deve ao fato de ele ser um dos poucos personagens da Marvel que não pode ser definido com clareza se é herói ou vilão. Diferente dos heróis que só matam caso realmente não exista alternativa, e mesmo assim há heróis que nunca cruzam essa linha, Frank Castle não possui tais pudores.

O roteiro de Ennis é direto e brutal, algo que combina perfeitamente com o Justiceiro, as cenas de combate são muito bem elaboradas, um dos pontos positivos de Ennis. A arte de Dillon é caracterizada por traços suaves e um contraste leve, sempre capturando bem a essência dos personagens.

Frank Castle acabou de retornar a Nova York, e imediatamente trata de começar seu trabalho de Justiceiro. O primeiro alvo é Eddie Gnucci. Deixando um rastro de corpos e sangue, Frank elimina seu alvo, preparando o território para a próxima “vítima”, o irmão de Eddie, Bobbie Gnucci. O Justiceiro completa o trabalho deixando para trás cenas chocantes de morte e desespero, e agora, segue em frente para eliminar seu último alvo, o último dos irmãos Gnucci, Carlo.

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Após lançar o pobre Carlo Gnucci do topo do Empire State Building. O justiceiro passa a ser procurado por todos os criminosos da cidade. A polícia também está atrás de Frank Castle, até mesmo o Demolidor vai atrás do anti-herói. Mas a pessoa que mais o procura e que mais anseia pelo seu sangue é a Mãe Gnucci, com a morte de seus filhos, tudo que ela mais quer, é o Justiceiro morto, ela não medirá esforços para isso, deixando Nova York a mercê do caos.

“Bem-vindo de volta, Frank”, é a definição do personagem o Justiceiro. Frank perdeu sua família, mas sua vingança será eterna, e nessa HQ, isso é retratado com maestria. A violência de Castle, a brutalidade sem limites e o completo desprezo pela vida dos criminosos o torna o personagem mais temido por todos os bandidos do Universo Marvel. Se você for um criminoso, é bom rezar para que o demolidor quebre a sua cara, porque se o Justiceiro o pegar, o inferno será o menor dos seus problemas.

 

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Resenha: Simon vs. A Agenda Homo Sapiens, Becky Albertalli

Simon vs. A Agenda Homo Sapiens é um romance gay lançado recentemente pela editora Intrínseca.

Simon tem dezesseis anos e é gay, mas ninguém sabe. Há não ser Blue, um amigo virtual de Simon, e Martin, um garoto que acidentalmente viu os emails de Simon para Blue e agora o está chantageando para não mostrar os emails para toda a escola.

Durante o desenrolar de Martin o chantageando, Simon vai se aproximando e se apaixonando por Blue, mesmo os dois nunca tendo se visto e o mais legal é que, ambos estudam na mesma escola.

Fazia muito, mas muito tempo que eu não pegava um livro e ficava tão encantado e feliz durante a leitura. Eu senti borboletas na barriga durante quase toda as 266 páginas. Simon é um personagem apaixonante, é impossível não ficar deslumbrado com o rapaz. Mas além disso, acompanhá-lo em sua jornada na descoberta de os seus sentimentos por Blue é incrível.

Narrado em primeira pessoa, podemos nos sentir mais próximos de Simon, o que é ótimo pois ele é uma pessoa maravilhosa. Qualquer Gay ou Lésbica que for ler o livro, em algum momento irá se conectar com alguma situação que Simon passa. Sério. Então, se você está cansado de não se sentir representado pelos personagens de livros YA ou seja qual for o gênero, leia Simon e viva o momento.

Becky Albertalli traz questionamentos muito importantes para o leitor. Ela fala sobre inclusão de minorias e quebra de padrões de um modo que é impossível quem está lendo não pensar sobre esses assuntos. Gosto bastante de quando um livro traz reflexões tão importantes e atuais como essas. Mas não para por aí, Albertalli sabe muito bem como se comunicar com o seu público alvo, não tornando a leitura chata ou maçante em momento algum. A delicadeza de sua escrita é impressionante.

Fico bastante feliz ao ver que cada vez mais editoras estão investindo em livros adolescentes voltados para LGBTs, o que mostra que, aos poucos, estamos caminhando para uma sociedade mais inclusiva e sem tantos preconceitos. Intrínseca está de parabéns por dar uma chance ao livro. E que venham muitas outras histórias lindas e fofas como a de Simon, nós leitores precisamos.

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Resenha: A rainha vermelha, Victoria Aveyard

“Uma sociedade dividida pelo sangue. 
  Um jogo definido pelo poder.”

Quando ouvi falar de “A rainha vermelha” confesso que tive um certo preconceito. Na minha concepção era apenas mais uma narrativa que se passava em um mundo distópico que seria igual a todas as outras que estamos tão acostumados.

Que bom que me enganei.

Mais do que uma distopia, o livro traz uma luta interna (e externa) da personagem principal tentando se adaptar a um novo mundo e não sucumbir a ele. Apesar de ser considerada vermelha (classe baixa), Mare possui habilidades dos prateados (realeza) e vive conflitos por não se encaixar mais em nenhum dos dois mundos. Como um bom romance, o livro traz um triângulo amoroso entre Mare e dois irmãos, que são prateados.

Entre conflitos familiares e uma tentativa de fuga, a vida de Mare vira do avesso quando ela precisa se posicionar e escolher um lado e lidar com um inimigo inesperado. A história traz brigas de poder entre reis e rainhas, rixas familiares e muita ação. Embora seja uma história de ficção, o foco principal faz uma crítica à sociedade que preza o dinheiro e o poder utilizados de forma egoísta e opressora.

Ainda que uma história cheia de conflitos e que não pára um segundo, a narrativa flui leve e fácil, é difícil deixar o livro mesmo que por um momento. O que eu senti de diferente neste livro, e que eu sinto muito falta em algumas distopias, é a construção de Mare. Ela não é uma “menina boa” cheia de ótimas intenções querendo ajudar seu povo tentando controlar o dano que vai causar. Mare até age assim em um primeiro momento, mas ela quer vingança, quer ter certeza de que aquela situação será finalizada. Custe o que custar.

Neste primeiro livro da série, que é dividida em quatro livros (até agora apenas divulgados A rainha vermelha e A espada de vidro), o clima é o velho conhecido presente no primeiro volume das outras séries de livros. Somos apresentados a todas as personagens, o ambiente e bagagem que cada um traz. Diferentemente de algumas outras narrativas, A rainha vermelha já deixa claro a que cada personagem veio e qual o seu papel na trama. Não é preciso explicações ou mesmo dar satisfações, as personagens agem puramente pelo que foram ensinadas na sociedade que habitam. Como uma boa história de briga de poder, o livro traz uma revolução por parte dos menos favorecidos que querem e irão lutar contra o sistema imposto.

Em suma, A rainha vermelha vem para causar sensações extremamente divergentes e principalmente de revolta. Há pequenos problemas na escrita como a repetição de uma ideia muitas vezes ou a demora na descrição de uma cena, mas são problemas de uma autora inexperiente em seu primeiro livro que não atrapalham de forma alguma a leitura de um livro que cumpre bem a função de te deixar com gostinho de quero mais.

A edição do livro, trazido ao Brasil pela Editora Seguinte, está impecável, digna de se ter na estante. E claro que se você gostou, nós queremos te ajudar! Que tal comprar o livro usando o Méliuz? Com ele você recebe de volta uma porcentagem do valor gasto em sua compra e ainda pode aproveitar os cupons de desconto para pagar menos e quem sabe garantir também o segundo livro, que foi lançado recentemente. Dá uma olhadinha nas livrarias disponíveis clicando aqui.

Nós já estamos preparando a resenha dele também, afinal ler aquele PDF mal diagramado pelo celular ninguém merece né? affs! Se você já leu, deixa sua opinião aí nos comentários para que possamos conversar! (=